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TCE Psicodiagnóstico REVISADO
TCE Psicodiagnóstico REVISADO
FERNANDÓPOLIS - SP
2018
FERNANDÓPOLIS - SP
2018
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1 Justificativa
A avaliação psicológica hoje constitui uma das funções do psicólogo, que abarca
desde testagens, de uma forma positivada, bem como, estratégia humanista de atendimento
pautado em entrevista, observação, aplicação de testes, avaliação e prognóstico psicológico,
com finalidade holística. Dentro desta esfera, considera-se o psicodiagnóstico como um
instrumento que contribuirá no diagnóstico e, sendo uma ferramenta que, oportunizará a
somatória destas informações, possibilitando agregar valores diretivos a um estudo reflexivo,
pautado no motivo do encaminhamento, objetivo, sinais e sintomas, limitações humanas,
informações estas colhidas por meio de entrevista, observação, seleção de testes e aplicação,
avaliação e conclusão de um trabalho que deve ser objetivo e com prazo delimitado. Desta
forma, o psicodiagnóstico auxilia o profissional da psicologia no processo de encontro de
respostas a questões propostas visando a solução de problemas.
2 Introdução
2.2 Objetivos
O objetivo do Psicodiagnóstico é organizar elementos presentes no estudo psicológico,
de forma a obter uma compreensão do cliente a fim de ajudá-lo. Desta forma é preciso ter
conhecimento prévio dos motivos do encaminhamento, queixas, quem realizou a solicitação e
outros informes, que possam embasar um estudo e, realização de um levantamento de dados
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de natureza psicológica, social, médica, profissional e/ou escolar, sobre o sujeito e pessoas
significativas.
Faz-se importante a definição da necessidade do paciente e da fonte de solicitação para
compreender-se o objetivo do processo do psicodiagnóstico, pois podem variar, em função do
solicitante.
OCAMPO (2014) relata que o psicodiagnóstico parte da síntese que se deve examinar
as manifestações da doença apresentada e assim poder definir um diagnóstico, recomendar um
tratamento e prever um prognóstico. Nesse diapasão, o autor elenca os objetivos do
psicodiagnóstico, v.g, de avaliação simples do desempenho cognitivo, avaliação de déficit
cognitivo e disfunção cerebral, diagnóstico diferencial, avaliação compreensiva dinâmica,
prevenção e avaliação forense.
ARZENO (2003) e TRINCA (1984a) reescreve o objetivo do psicodiagnóstico como
sendo clínico, profissional, educacional, forense, tendo a finalidade de diagnóstico, indicação
de tratamento e/ou prevenção e, CUNHA (2007), como sendo objetivos de uma avaliação
psicológica clínica, a classificação simples, descrição, classificação nosológica, diagnóstico
diferencial, avaliação compreensiva, entendimento dinâmico, prevenção, prognóstico e perícia
forense.
2.3 Documentos
A Resolução 007/2003 estabelece que findo o atendimento, caberá ao psicólogo,
emitir devolutiva ao interessado, através de uma das quatro modalidades de documentos:
declaração, atestado, relatório/laudo e parecer psicológico.
A declaração visa informar a ocorrência de fatos ou situações objetivas relacionadas
ao atendimento psicológico, com a finalidade de declarar: a) Comparecimentos do atendido
e/ou do seu acompanhante, quando necessário; b) Acompanhamento psicológico do atendido;
c) Informações sobre as condições do atendimento (tempo de acompanhamento, dias ou
horários). Neste documento não deve ser feito o registro de sintomas, situações ou estados
psicológicos. (Resolução CFP nº 007/2003, p. 5).
Já o atestado certifica uma determinada situação ou estado psicológico, tendo como
finalidade afirmar sobre as condições psicológicas de quem, por requerimento, o solicita, com
fins de: a) Justificar faltas e/ou impedimentos do solicitante; b) Justificar estar apto ou não
para atividades específicas, após realização de um processo de avaliação psicológica, dentro
do rigor técnico e ético que subscreve esta Resolução; c) Solicitar afastamento e/ou dispensa
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3 Técnicas Utilizadas
importantes para a avaliação, o cliente tem a possibilidade de expor seus problemas e assuntos
de seu interesse com total liberdade (OCAMPO e ARZENO, 2001).
De acordo com Carrasco e Potter (2005), a entrevista semidirigida tem início, meio e
fim bem delimitados devido ao tempo restrito que se obtém para contato com o cliente e seus
familiares. Apesar do caráter exploratório da entrevista inicial é essencial que o cliente sinta-
se acolhido, no entanto, com cautela para evitar que os objetivos iniciais sejam desviados.
A coleta de dados acerca da história de vida do sujeito (anamnese) tem como
finalidade a reconstrução global da vida deste indivíduo para, desta forma, compreender o
enquadre do problema atual e sua significação no momento presente na vida do cliente
(CUNHA, 2000).
Conforme pontuado por Carrasco e Potter (2005), as entrevistas de anamnese podem
ser realizadas com o próprio cliente e/ou com pessoas que puderem trazer mais informações
sobre sua história de vida, como familiares e amigos. Ainda de acordo com as autoras acima
citadas, no psicodiagnóstico todas as entrevistas podem ser consideradas de anamnese, pelo
fato de que os dados referentes à história de vida do cliente são coletados desde a entrevista
inicial até a entrevista de devolução. Além das informações obtidas no contexto clínico, é
preciso ir mais a fundo, investigando os sistemas familiar, social, cultural e econômico do
cliente, de onde podem ser retiradas informações pertinentes e determinantes para o processo.
segunda, é um elo a mais dentro de uma amplitude onde novos aspectos e modificações
estruturais vão surgindo pela intervenção do terapeuta.
3.3 Testagem
Os testes psicológicos são instrumentos de avaliação ou mensuração de características
psicológicas, constituindo-se como métodos/técnicas de uso privativo do psicólogo, em
decorrência do que dispõe o §1° do artigo 13 da Lei nº 4.119/62 (Resolução CFP 002/2003).
A testagem psicológica caracteriza-se como um dos instrumentos a serem utilizados no
processo de psicodiagnóstico.
Considera-se que os testes psicológicos são procedimentos sistemáticos de observação
e registro de amostras de comportamentos e respostas de indivíduos com o objetivo de
descrever e/ou mensurar características e processos psicológicos, compreendidos
tradicionalmente nas áreas emoção/afeto, cognição/inteligência, motivação, personalidade,
psicomotricidade, atenção, memória, percepção, dentre outras, nas suas mais diversas formas
de expressão, segundo padrões definidos pela construção dos instrumentos.
Conforme pontuado por Cunha (2000), a utilização de testes psicológicos no decorrer
do processo de psicodiagnóstico, tem a finalidade de fornecer dados que confirmem, ou
descartem as hipóteses iniciais formuladas pelo profissional. Importante observar que, os
testes em si não proporcionam uma avaliação completa da pessoa, no entanto com a aplicação
de vários testes, a margem de erro é consideravelmente reduzida (EXNER apud CUNHA,
2000).
No que diz respeito à escolha da bateria de testes a ser utilizada em um processo de
psicodiagnóstico é essencial atentar-se para que estes atendam às necessidades específicas de
cada caso, que supram, principalmente, o objetivo da avaliação, levando-se em consideração
ainda a idade, sexo e escolaridade do sujeito avaliado (CARRASCO e POTTER, 2005).
Execução e Total, além de quatro escores de Índices Fatoriais: Compreensão Verbal (ICV),
Organização Perceptual (IOP), Memória Operacional (IMO) e Velocidade de Processamento
(IVP).
O fator Compreensão Verbal (ICV) composto pelos subtestes Vocabulário,
Semelhanças e Informação tem como finalidade avaliar o conhecimento verbal adquirido e o
processo mental necessário para responder as questões, ou seja, a capacidade de compreensão
(raciocínio verbal). O Índice de Organização Perceptual (IOP) composto pelos subtestes
Completar Figuras, Cubos e Raciocínio Matricial tem a finalidade de mensurar o raciocínio
não-verbal, raciocínio fluído, atenção para detalhes e integração visomotora.
O fator Memória Operacional (IMO) compreendido por Aritmética, Dígitos e
Sequência de Números e Letras relaciona-se com a capacidade de atentar-se para determinada
informação, mantê-la brevemente e processá-la na memória, para em seguida, emitir uma
resposta. O Índice de Velocidade de Processamento (IVP) composto pelos subtestes Códigos
e Procurar Símbolos está relacionado com a resistência à distração, medindo, então, os
processos relacionados à atenção, memória e concentração para processar, rapidamente, a
informação visual.
3.4 Devolutiva
Cunha, Freitas e Raymundo (1991), dispõem de algumas recomendações sobre a
entrevista de devolução. Dentre elas destacam a linguagem, devendo esta ser clara e objetiva,
evitando-se o uso de jargões técnicos e terminologias ambíguas, para facilitar a compreensão
do cliente.
Nesta entrevista, o profissional retomará com o cliente e/ou seus responsáveis os
motivos iniciais pela busca do atendimento, como o processo de psicodiagnóstico foi
conduzido, os métodos e técnicas utilizadas e, por fim, a indicação da terapêutica que julgar
mais adequada ao caso. A entrevista devolutiva deve ter início sendo abordados os aspectos
menos comprometidos do paciente, ou seja, menos causadores de ansiedade.
Diversos autores defendem que a entrevista de devolução é um dos momentos mais
importantes do psicodiagnóstico, pois é o que particulariza e caracteriza o processo.
Para a realização do processo de psicodiagnóstico é essencial que o psicólogo tenha um bom
conhecimento do caso, através da análise criteriosa de todo o material colhido, possibilitando-
o assim elaborar hipóteses explicativas que serão capazes de situar o cliente dentro de um
contexto, um todo, levando-se em conta as suas capacidades, limitações e defesas.
De acordo com Ocampo (1981), um ponto fundamental é comparar a entrevista inicial
com a de devolução, pois desta forma é possível contextualizar as queixas iniciais, notando se
as mesmas se multiplicaram, reduziram ou transformaram-se.
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4 Estudo de Caso
4.1 Identificação
O presente estudo pautou-se no atendimento declinado a R.L.O., masculino, 38 anos
de idade, cursou até o 2º ano do ensino médio e reside com seus genitores, na cidade de
Ouroeste/SP.
4.2 Demanda
Realizado processo de psicodiagnóstico com R.L.O. mediante solicitação do MM Juiz
de Direito da Vara Única da Comarca de Ouroeste – SP, visandoinvestigar as comorbidades
previstas nos CID 10 F72 (Retardo Mental Grave) e CID 10 F20.1 (Esquizofrenia).
de informações obtidas junto aos genitores de R.do seu histórico pessoal e clínico
(identificação, queixa principal, sinais e sintomas patológicos, antecedentes pessoais,
condições de nascimento, fases do desenvolvimento da infância e adolescência e
acompanhamento escolar) por meio de anamnese semidirigida.O processo de
psicodiagnóstico deu-se em seis sessões, sendo realizada a anamnese e a aplicação de 06
testes diferentes, entre psicométricos e projetivos, descritos abaixo:
Técnica Projetiva de Desenho Casa-Árvore-Pessoa (HTP), com a finalidade de extrair
informações acerca das funções intelectual e emocional do sujeito.
Escala Wechsler de Inteligência para adultos (WAIS III), a qual tem como objetivo
avaliar o desempenho intelectual de adolescentes e adultos, fornecendo três escores de
QI: Verbal, Execução e Total, além de quatro escores de Índices Fatoriais:
Compreensão Verbal, Organização Perceptual, Memória Operacional e Velocidade de
Processamento.
Teste de Aprendizagem Auditivo-Verbal de Rey (RAVLT), utilizado para avaliação
dos processos de aprendizagem, evocação e reconhecimento da memória episódica.
Figuras Complexas de Rey, que tem como finalidade investigar a memória visual,
além de avaliar qualitativamente a capacidade de organização e planejamento do
indivíduo.
Teste dos Cinco Dígitos (Five Digits Test – FDT), utilizado para avaliar o efeito de
interferência atencional (efeito Stroop), através de informações conflitantes sobre
números e quantidades.
Modified Wisconsin CardSorting Test (MWCST), a fim de avaliar a capacidade do
indivíduo de raciocinar abstratamente e modificar suas estratégias cognitivas como
resposta a alterações nas contingências ambientais.
Relatou que seu filho sempre fora uma criança com características comuns a outras
crianças, porém aos 07 anos de idade apresentou dificuldades de aprendizagem, bem como
comportamentos descritos como estranhos, como a crença de que pessoas estavam falando
sobre ele, bem como, medo de sons estridentes de bombas e fogos de artifício, seguido de
comportamento de fuga.
R. apresentou surtos psicóticos no ano de 2002 e 2012, sendo necessária a intervenção
seguida de internação no hospital psiquiátrico Bezerra de Menezes, na cidade de São José do
Rio Preto – SP, onde permaneceu por cerca de 30 dias.
No que se refere ao desenvolvimento, R. nasceu a termo, após 09 meses de gestação e,
teve desenvolvimento neuropsicomotor típico, alimentou-se desde o nascimento de leite
pasteurizado. Apresentou histórico clínico de desidratação e pneumonia logo nos primeiros
meses de vida, necessitando de hospitalização.
Quanto ao período escolar, os informantes relataram que houve dificuldades na
adaptação nos primeiros anos, caracterizadas por enfrentamentos, agressividades e
incapacidade em permanecer sozinho no ambiente escolar e dificuldades de relacionamento
interpessoal. R. interrompeu seus estudos no segundo ano do ensino médio, face ao baixo
rendimento escolar.
R. foi acompanhado pelo psicológico desde a infância e, com 18 anos de idade, foi
diagnosticado pelo médico psiquiatra com Retardo Mental Grave (CID – F72) e Esquizofrenia
(CID – F20). Atualmente faz uso dos medicamentos: Haloperidol 05 mg (12/12h);
Clorpromazina 100 mg (0-0-1); Biperideno 2 mg (12/12h); Prometazina 25 mg (0-0-1) e
Clozapina 100 mg (12/12h).
O avaliado apresentou rotina básica, demonstrando limitada autonomia face a
dependência nas atividades de vida diária (AVDs), diante da necessidade de auxilio nos
afazeres domésticos, na colocação do próprio alimento no prato, bem como incapacidade para
amarrar o cadarço do tênis ou cordão de suas calças e bermuda, face a pouca coordenação
motora. R. tem boa relação com familiares e conhecidos e confunde-se na distinção do
parentesco com os sobrinhos denominando-os de “netos, genros e sogro”. Atualmente é
assistido no CRAS (Centro de Referência de Assistência Social) da cidade de Ouroeste – SP.
deficitário. No entanto, embora tenha sido apresentado tal resultado, ressalta-se que o sujeito
demonstrou facilidade em manter o que foi aprendido, mesmo tendo aprendido pouco, uma
vez que manteve as informações ao longo da aplicação do teste, mesmo diante de
interferências.
Na quinta sessão os testes Figuras de Rey, FDT e Wisconsin foram aplicados.
Figuras Complexas de Rey é um teste neuropsicológico que possibilita a investigação
da memória visual e algumas funções de planejamento e execução de ações, onde a
reprodução da cópia reflete a capacidade visuoespacial e habilidade organizacional, enquanto
a reprodução da memória imediata reflete a quantidade que é armazenada e recuperada da
memória, portanto, a cópia representa a habilidade de construção visual e a memória
simboliza a capacidade de lembrança e reconhecimento.
O objetivo geral do teste é a avaliação da memória do indivíduo, no entanto, há a
possibilidade de avaliar qualitativamente as funções executivas: organização e planejamento.
Observou-se que R reduziu sua capacidade desorganização na execução da figura quando
ocorridas as trocas de cores, relacionando-se a memória operacional, o que indica dificuldade
de organização e planejamento. Percebeu-se ainda, que não armazenou a sequência de cores e
traçados da cópia para a reprodução da memória. As pontuações da reprodução da cópia e
memória enquadram-se no percentil <1,0, indicando que o indivíduo encontra-se inferior à
média.
O Teste dos Cinco Dígitos– FDT tem a finalidade de avaliar a velocidade de
processamento, as funções executivas e o funcionamento atencional utilizando as rotinas de
leitura e contagem de números. Possui quatro etapas: leitura, contagem, escolha e alternância.
As duas primeiras são medidas de atenção automática, velocidade de processamento e as duas
últimas, de atenção controlada, atenção executiva.
O avaliado obteve classificação Deficitária na primeira etapa – Leitura, encontrando-se
no Percentil <5. Na etapa Contagem, embora a classificação para o Tempo tenha sido
Superior (Percentil >95), mostrou-se Deficitária em relação aos Erros (Percentil <5). Nas
etapas Escolha e Alternância, ambos os resultados encontram-se em classificação Deficitária.
Observou-se que durante a execução da atividade R. demonstrou-se muito ansioso e, emitiu
respostas muito rápidas a fim de terminar a atividade em curto prazo.
Por fim, o teste ModifiedWisconsin CardSorting Test– MWCST objetiva avaliar a
capacidade do indivíduo de raciocinar abstratamente e modificar suas estratégias cognitivas
como resposta a alterações nas contingências ambientais.
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O teste foi aplicado em sua versão modificada, sendo composto por dois baralhos
idênticos com 24 cartas cada e quatro cartas-estímulo, fornecendo escores quanto aos acertos,
assim como apontando fontes de dificuldade nas tarefas. As cartas apresentam figuras que
possuem três tipos de configuração: Cor, Forma e Número, que se repetem duas vezes, sendo
necessário que o sujeito tenha 06 acertos por categoria, para que assim seja permitido transitar
para a próxima.
Na aplicação do MWCST com o avaliado, iniciou-se com a categoria Cor, não
havendo 06 acertos consecutivos, impossibilitando a mudança de categoria. Foram utilizadas
as 48 cartas do baralho e após isto, conforme orientações do manual, encerrado o teste. Diante
de tal resultado, apurou-se que o indivíduo encontra-se em classificação Deficitária, quando
comparado com população de mesma idade.
Na sexta sessão houve a devolutiva da avaliação psicológica aos responsáveis de R.
Após a finalização do processo e a compreensão teórico-prática do Psicodiagnóstico foi
efetuada a formulação de um Laudo Psicológico, documento este encaminhamento ao juízo
requerente.
5 Considerações finais
Durante a trajetória de aproximadamente nove meses teve-se a oportunidade de um
contato mais apurado com o ser humano e suas peculiaridades através de avaliações
psicológicas, objeto do presente estágio.
O estágio de Psicodiagnóstico promoveu o contato com três pessoas, de sexo, idade e
hipóteses diagnósticas diversas, momento este, indescritível e primoroso na nossa formação
profissional, presenteando-nos com conhecimento teórico-prático, assistido de supervisão e
orientações específicas a cada novo estudo. Foi possível também o contato com diversos
instrumentos de avaliação psicológica, incluindo testes avaliadores de diferentes esferas,
possibilitando assim a ampliação do nosso conhecimento teórico e técnico neste eixo.
Frente às supervisões, além do suporte técnico, foi um momento de suporte emocional
significativo para aumentar nossa autoconfiança profissional. Podemos assegurar ainda, que o
estágio supervisionado foi uma experiência em que pudemos lapidar nossos conhecimentos,
nossa visão do outro e principalmente oportunidade impar de crescimento pessoal e
profissional.
O estágio como um todo representou uma experiência única e fonte de aprendizagem
permanente. Viver essa experiência, portanto, envolveu frustrar algumas fantasias, questionar-
nos, desconstruir algumas certezas e, acima de tudo, surpreendermos.
6 Referências Bibliográficas
OCAMPO, J. F. V; PEREZ, M. A. G.
SEDÓ, Manuel. O teste dos cinco dígitos; versão brasileira Jonas Jardim de Paula, Leandro
Fernandes Malloy-Diniz; [tradução Otto Mendonça]. – São Paulo; Hogrefe CETEPP,
2015.
WECHSLER, David. Escala Wechsler de Inteligência para adultos (WAIS III). Manual
Técnico. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2011.
ZIMMERMANN N, et al. Brazilian preliminary norms and investigation of age and education
effects on the Modified Wisconsin Card Sorting Test, Stroop Color and Word test and
Digit Span test in adults. Dement Neuropsychol; 9 (2):120-127. Jun/ 2015.