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Guia para Comites de Auditoria - EY
Guia para Comites de Auditoria - EY
de Auditoria
Na direção certa
Guia para
Comitês de Auditoria
Na direção certa
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Na direção certa
1 Mercado de capitais e governança 06
Apresentação
Mercado
1 de capitais e
governança
“Investir em ações é ser dono de um pedacinho
da empresa em que você confia.”
BM&FBOVESPA
A governança
2 e o Comitê
de Auditoria
O dever
3 do Comitê
de Auditoria
No Brasil, o Comitê de Auditoria Estatutário foi instituído por meio da Instrução CVM
no 308, cujo resumo apresentamos a seguir.
a | Responsabilidade e regras
A atuação do Comitê de Auditoria como suporte à credibilidade das demonstrações
financeiras é assim resumida:
• Independência
A independência deve ser revisada pelo menos uma vez por ano ou,
preferencialmente, com mais frequência, para que relacionamentos ou circunstâncias
que possam afetá-la sejam identificados o mais rapidamente possível. A Seção 301
da SOX e a CVM proíbem que membros do Comitê de Auditoria aceitem honorários
por serviços de consultoria da companhia ou de qualquer controlada ou sejam
afiliadas à companhia ou controlada. A remuneração proibida pode incluir
remuneração indireta a cônjuges, filhos menores ou adultos que residam com um
membro do comitê.
• Expertise em finanças
A empresa deve informar se há pelo menos um especialista em finanças no comitê,
e se não possuir um especialista em finanças no Comitê de Auditoria deve divulgar
esse fato e explicar o motivo. Se o comitê possuir um especialista em finanças, a
companhia deve informar o seu nome. O Conselho de Administração avaliará se o
profissional é um especialista em finanças, observando os seguintes atributos:
• Entendimento sobre demonstrações financeiras.
• Capacidade de avaliar a aplicação geral dos princípios contábeis em estimativas,
provisões e reservas.
• Experiência em preparar, auditar, analisar ou avaliar demonstrações financeiras
com o mesmo nível de complexidade das demonstrações da companhia, ou
experiência em supervisionar os profissionais envolvidos nessas atividades.
• Entendimento sobre controles internos.
• Entendimento das funções do Comitê de Auditoria.
Esses atributos podem ser obtidos por meio de formação e experiência profissional.
• Sessões executivas
Os Comitês de Auditoria normalmente realizam reuniões privadas, com as
auditorias interna e externa e com a administração. Os membros do comitê
poderiam usar essas oportunidades para:
• Refletir sobre assuntos relevantes, avaliar o que funciona e o que não funciona, e
identificar ações de acompanhamento.
• Estabelecer expectativas claras sobre a auditoria interna, o auditor independente
e a administração.
• Reunir-se em particular com vários membros da administração, tais como o
diretor financeiro, o controller, o diretor jurídico, o diretor de TI, o diretor de risco
e outras pessoas, conforme necessário.
• Conversar claramente sobre expectativas e objetivos para cada reunião.
• Solicitar ideias ou sugestões para questões e tópicos específicos.
Resumo geral
Resumo geral
• Concentre-se nas mensagens e nos bons exemplos da liderança, bem como na cultura,
na ética e no monitoramento do canal de denúncia.
• Determine se a auditoria interna possui uma linha direta para se reportar ao Comitê de
Auditoria e uma linha indireta com a administração para atividades administrativas.
As firmas de auditoria melhoraram a sua prática ao longo dos anos, e as novas normas
de Auditoria do International Auditing and Assurance Standards Board (IAASB)
adotadas pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC) a partir de 1º de janeiro de
2010, consolidam essa evolução no Brasil. As diretrizes internacionais adotadas são
mais detalhadas e específicas do que nas normas anteriores, e as responsabilidades
dos auditores estão melhor definidas. As duas principais questões derivadas dessas
normas na relação da auditoria com a empresa podem ser destacadas: o conteúdo
técnico na condução da auditoria propriamente dita e a questão da independência.
A base subjacente aos objetivos dos auditores, nunca é demais repetir, é obter
evidência suficiente para expressar uma opinião sobre as demonstrações financeiras
segundo o General Accepted Accounting Principles (Gaap), que é o jargão para o
conjunto de normas contábeis e societárias. Ao discutir sobre o escopo, a extensão
dos testes, os resultados esperados do trabalho e outros aspectos envolvidos na
tarefa de auditoria, os representantes das empresas acrescentam valor à informação
contábil divulgada ao mercado por meio da credibilidade que o relatório dos
auditores empresta a essa informação. Com a adoção do IFRS, entretanto, esse
processo tornou-se visivelmente mais complexo.
Além disso, este último deve supervisionar o trabalho dos auditores por meio
da revisão do escopo planejado, resultados do trabalho, quaisquer mudanças no
escopo planejado, extensão do teste de controle interno manual e eletrônico,
extensão dos testes substantivos e, finalmente, como todos esses testes
respondem à matriz de risco identificada pelo auditor.
• Honorários de auditoria
O Comitê de Auditoria geralmente revisa as informações relativas aos honorários
dos auditores independentes. Ele deve garantir que a administração não restrinja
inadvertidamente o escopo de auditoria. Fica ainda sob a responsabilidade da
administração a negociação dos honorários com os auditores independentes,
mas o Comitê de Auditoria aprova os honorários de auditoria e determina que
os auditores independentes sejam adequadamente remunerados para que
possam designar pessoal bem treinado e altamente experiente, condições
exigidas para a realização dos procedimentos necessários para obter uma
auditoria de alta qualidade.
Resumo geral
• Discuta com os auditores seus pontos de vista referentes aos controles internos da
companhia sobre os relatórios financeiros.
No enfoque dos aspectos internos, a gestão de risco abrange uma ampla gama
de opções. A classificação convencional entre riscos estratégicos, financeiros e
operacionais pode servir como base, mas tanto essa classificação como o uso de
outros modelos não devem limitar o entendimento dos riscos da companhia. No
caso das empresas do setor financeiro, a gestão de risco consiste, em essência, em
administrar o risco de seus portfólios de recursos tomados e empréstimos feitos,
porém, nas companhias não financeiras os fatores são menos diretos e objetivos.
Nesse caso, os gestores podem limitar-se apenas ao que é facilmente reconhecível
e quantificável, o que deve levar a esforço adicional de questionamento pelo
Comitê de Auditoria.
Feita com base em entrevistas com 150 conselheiros de 16 países, entre eles o
Brasil, a pesquisa mostra que os membros do Conselho de Administração e do
Comitê de Auditoria, pelo próprio papel que assumem, têm percepções diferenciadas
sobre riscos e sobre como eles devem ser gerenciados. O primeiro grupo, por
exemplo, dá mais ênfase aos riscos de negócios e de desempenho, enquanto o
segundo está mais atento aos riscos regulatórios e de compliance. Além disso, e
também como reflexo de suas responsabilidades, os conselheiros se preocupam
mais com riscos de mercado, dificuldades em transações internacionais e ameaças
da concorrência. Como contraponto, os riscos relacionados à transparência na
divulgação de assuntos regulatórios e de compliance são os que mais preocupam os
investidores.
Fatores de Risco
A Seção 4 do FR (Fatores de Risco) procura refletir sobre os principais riscos
relacionados a contingências legais e societárias.
Devem ser expostos quaisquer fatores de risco que possam influenciar a decisão de
investimento, em especial aqueles relacionados com:
• O emissor e seu controlador, direto ou indireto, ou grupo de controle.
• Seus acionistas, suas controladas e coligadas.
• Seus fornecedores.
• Seus clientes.
• Os setores da economia nos quais o emissor atue e sua respectiva regulação.
• Os países estrangeiros onde o emissor atua.
Riscos de mercado
Riscos de mercado, inclusive riscos cambiais e taxas de juros, a que a companhia
está exposta.
As políticas de gerenciamento de risco adotadas, e o procedimento previsto
quanto ao seu monitoramento e controle:
• Estratégias.
• Instrumentos e parâmetros de hedge.
• Hedge com objetivos fora da proteção patrimonial, estruturas e controles.
• Controles internos
Com os riscos mapeados, a implantação e a manutenção de um sistema de controles
internos constituem obrigação relevante da administração devido a sua importância
na confiabilidade das informações financeiras divulgadas. É impossível responder às
responsabilidades fiduciárias de fornecer informações ao mercado, tempestivamente
e dignas de confiança, sem o apoio de um fluxo de informações com pontos de
prevenção e detecção de possíveis inconsistências e erros. Esse conjunto é chamado
de Controle Interno.
As empresas com controle bem definido terão provavelmente mais transações dos
controladores a serem revisadas pelo Comitê de Auditoria do que as empresas
com capital democratizado, em que as transações mais relevantes envolverão os
administradores.
• Divulgação contábil
As questões relativas à informação contábil estão previstas no pronunciamento CPC
05 – Divulgação sobre Partes Relacionadas, que trata da divulgação de transações e
saldos existentes com partes relacionadas nas demonstrações financeiras individuais
da controladora ou investidora. Sua finalidade está associada a um efeito potencial
sobre a informação contábil, ainda que não existam transações com essas partes
relacionadas. A existência do relacionamento pode ser suficiente para afetar o
Por esses motivos, e nos termos do CPC 05 (IAS 24) - Divulgação sobre partes
relacionadas - “o conhecimento de transações, saldos existentes e relacionamentos
com partes relacionadas pode afetar as avaliações das operações da entidade por
parte dos usuários de demonstrações contábeis, inclusive as avaliações de riscos
e das oportunidades que se oferecem à entidade”.
• A pressão para aceitar menos do que a alta qualidade nos relatórios contábeis.
• Os executivos não dão conhecimento aos auditores sobre suas ações envolvendo controle
interno e assuntos contábeis.
II | Quais critérios e práticas contábeis foram alteradas no ano corrente? Por quê?
Qual o efeito?
III | Ajustes indicados pelos auditores mas não registrados pela Cia? Por quê?
Treinamento
4 e educação
continuada
Treinamento e educação
• Situação atual dos auditores externos.
Os novos membros devem se familiarizar com as normas e os procedimentos
da companhia e obter as recentes atas das reuniões do Comitê de Auditoria.
Resumo geral
Treinamento e educação
Relatório anual
5 do Comitê
de Auditoria
O Comitê de Auditoria deve refletir sobre esse conteúdo com base tanto no seu
regimento quanto no código de governança, em particular nos processos que se
refletem na transparência da divulgação das informações contábeis.
As reuniões do Comitê são planejadas para facilitar e incentivar a comunicação entre o Comitê,
a empresa, a área de auditoria interna e o auditor independente. O Comitê discutiu com
os auditores internos e o auditor independente sobre o escopo geral e os planos para suas
respectivas auditorias. O Comitê se reúne com os auditores internos e o auditor independente,
com ou sem a presença da administração, para discutir sobre os resultados de seus exames;
suas avaliações do controle interno [inclusive o controle interno dos relatórios financeiros];
e a qualidade geral dos relatórios financeiros da empresa.O Comitê de Auditoria reconhece
a importância de manter a independência do auditor independente da empresa, tanto de fato
como na aparência. Todo ano, o Comitê avalia as qualificações, o desempenho e a independência
do auditor independente e opina sobre sua recontratação. Nesse sentido, o Comitê de Auditoria
considera a qualidade e a eficiência dos serviços prestados pelos auditores, suas qualificações
(globais), expertise técnica e conhecimento das operações e do setor de atuação da empresa.
O Comitê verificou com o auditor independente, que é responsável por expressar uma
opinião sobre a conformidade das demonstrações financeiras [consolidadas] auditadas [e os
respectivos anexos] com os princípios contábeis geralmente aceitos, seus julgamentos no que
refere à qualidade, não somente aceitabilidade, dos princípios contábeis da empresa e outras
questões que devam ser discutidas com o Comitê, conforme as normas do Comitê de Supervisão
Contábil de Empresas Abertas dos Estados Unidos (PCAOB), se aplicável, inclusive sua Norma de
Auditoria n° 16, Comunicações com Comitês de Auditoria, as instruções da Comissão de Títulos e
Valores Mobiliários, e outros regulamentos cabíveis. Além disso, o Comitê discutiu com
o auditor independente sobre a independência da firma de auditoria com relação à administração
e à empresa, inclusive as questões citadas na carta emitida conforme os termos da Norma
3526 do PCAOB, Comunicação com Comitês de Auditoria sobre independência, se aplicável, e
considerou a compatibilidade dos serviços não relacionados à auditoria com a independência do
auditor independente.
O Comitê de Auditoria:
1• Revê o seu regimento regularmente para verificar se as suas funções estão
descritas adequadamente?
Comentários
5• Qual o perfil da equipe dos auditores em termos de senioridade e quais são as suas
qualificações e experiência no segmento? Se necessário, existe a disponibilidade
de especialistas?
6• Qual a quantidade de horas previstas para o pessoal sênior, inclusive sócios, nos
serviços de auditoria propostos?
7• Quais as principais áreas que fazem parte do escopo dos serviços de auditoria, como,
por exemplo: auditoria, impostos, tecnologia da informação (TI), atuária, instrumentos
financeiros, revisão de alterações e mudanças no IFRS, revisão de temas SEC e seus
respectivos responsáveis e qualificações?
Comentários
17 • Quais procedimentos serão executados para lidar com o risco de distorção relevante
devido à fraude?
Comentários
3• Qual o papel que a auditoria interna desempenha na avaliação dos controles internos sobre
relatórios contábeis, especialmente das demonstrações financeiras? Houve recomendações
significativas para a administração sobre melhorias nos controles internos?
4• Quais são as políticas contábeis da companhia sobre transações e eventos, e como elas têm
sido consideradas no plano de auditoria interna? Quais são os julgamentos, as estimativas
e as premissas contábeis significativas reportados como críticos nas demonstrações
financeiras, e como eles têm sido considerados no plano de auditoria interna?
6• A área de auditoria interna foi dotada com os recursos necessários, tendo em conta a
amplitude e a complexidade das operações da organização? Existe uma estrutura
adequada para atender a seus objetivos estabelecidos?
Comentários
Comentários
8• Faz indagações à administração e aos auditores externos para identificar as áreas que
envolveram julgamentos, estimativas e políticas contábeis significativas utilizados
na elaboração das demonstrações financeiras?
10 • Faz indagações à administração e aos auditores externos sobre a forma pela qual
avaliam o risco de distorções significativas nas demonstrações financeiras e que
medidas tomaram em relação a esses riscos?
11 • Obtém entendimento da razão pela qual a administração não considerou determinados ajustes
de auditoria identificados e do seu eventual efeito sobre as demonstrações financeiras?
Demonstrações financeiras
1• Há uma política de divulgação de informações contábeis que considere o contexto
expresso em comentários formais no relatório da administração e formulários
de reguladores (referência, 20-F), além de outros documentos da empresa (prospectos,
slides, informações divulgadas em roadshow) onde estejam destacadas as informações
financeiras relevantes da companhia?
Comentários
Comentários
Comentários
Riscos
1• O comitê discute as orientações e políticas de gestão pelas quais a companhia analisa e
administra a sua exposição ao risco?
Comentários
Riscos (continuação)
4• O comitê avalia o processo de monitoramento dos controles de riscos adotados pela
diretoria executiva (relatórios, grupos de trabalho, integridade e tempestividade
das informações etc.)?
Controle interno
1• Os processos para a aderência à Lei Anticorrupção estão implementados e testados
em todas as localidades?
Comentários
12 • Quais são as mudanças mais importantes nos controles internos que a empresa precisa
implementar no futuro?
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