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A MINHA PALAVRA E EU SOMOS UMA SÓ COISA, TUDO

O QUE PERTENCE A MIM TAMBÉM PERTENCE AO PAI,


PORQUE EU E O PAI SOMOS UM.

Essa sentença proferida por Cristo naquela longínqua época, assim como
agora proferida novamente no presente, por Abdruschin em sua “Mensagem
do Graal Na Luz da Verdade” refere-se a duas coisas distintas, o autor e a
palavra.
Antes, porém de entramos no tema propriamente dito, será necessário
distinguir o verdadeiro conceito entre a palavra e o autor, entender que ambos
são um só na origem, e que tudo tem origem no verbo, por isso a expressão
“No principio era o verbo e o verbo estava com Deus, ou seja, “a
palavra”, até que o verbo se fez carne, ou seja, tomou forma e se
ligou a matéria para se expressar na palavra”. Por isso a palavra e o
autor são um só na origem e que tudo foi criado pelo verbo, assim como
tudo será por ele eternamente mantido, até que o verbo por meio de sua palavra
seja compreendido.
Por isso o primeiro passo para uma compreensão inicial desse conceito será
de separarmos temporariamente o autor de sua palavra, para podermos
passo a passo esclarecer de maneira mais simples o fenômeno espiritual em si,
para só depois caminharmos gradativamente naquela direção apontada como
fonte de origem da palavra e do autor.
Primeiro devemos esclarecer que a sentença sobre a qual estamos nos
referindo aqui, não está relacionada a conceitos e nem a teorias escritas sobre as
quais muitos autores de livros que tratam desses temas, tentam descrever como
meios de satisfação e alimentação das suas próprias fantasias e cobiças, mas
refere-se unicamente a uma mesma sentença proferida naquela época distante
por Jesus, o filho de Deus.
Quando Jesus, o filho de Deus, naquela época proferiu essa sentença na
terra, ela foi direcionada a muitos de seus Discípulos e ouvintes “o povo
Judeu”, más, será que realmente suas palavras foram absorvidas e
compreendidas por eles? Como resposta é só observarmos o caminho percorrido
por Jesus e o efeito final desse processo.
Diante disso poderemos concluir que; os discípulos de Jesus e os seus
ouvintes, pouco ou quase nada puderam compreender de suas palavras, assim
como também, sobre a importância das mesmas como indicador de caminho
para a sua própria libertação espiritual, pois, não eram e nunca foram de certa
forma, compreendidas por eles, através de uma visão mais espiritual no termo
mais assertivo, em relação àqueles fenômenos descritos de forma figurada,
principalmente no que diz respeito às formas de expressões utilizadas na época,
“conceitos figurados descritos em forma de simbologia”, também
conhecidas como “Parábolas”, apesar dos discípulos e do povo judeu naquela
época, já terem uma certa familiaridade com os antigos escritos dos profetas,
escritos esses transmitidos pelos antigos profetas na antiga torá, pois já era do

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conhecimento não só da casta religiosa, mas também de todo o povo judeu.
Elementos simbólicos, sempre foram utilizados desde de tempos remotos, para
esclarecer diversos conceitos sobre fenômenos espirituais bíblicos, elementos
esses conhecidos como parábolas.
Por isso esses escritos ainda hoje, pouco ou quase nada, foram
compreendidos pelos atuais cristãos contemporâneos, pois, esses
esclarecimentos por meio de simbologias, só poderiam ser assimilados através
da intuição espiritual, conceito pouco conhecido á época.
Se eles realmente tivessem assimilado esse saber por meio da intuição,
há muito já teriam também encontrado a chave para o verdadeiro saber
das palavras de Cristo, ou de suas parábolas simbólicas, assim como, já
teriam encontrado a chave para compreensão da verdadeira razão pela qual ele
veio a terra.
Um exemplo; se a casta sacerdotal e politica da época, “os escribas
e Fariseus”, assim como todo povo Judeu, que em detrimento da forma como
foram influenciados por essas duas castas, e sob a qual se auto intitulavam
verdadeiros servos de Deus, e por isso se considerem como os mais preparados
espiritualmente para reconhecê-lo, quando os sinais sobre sua vinda se
propalasse entre eles, sequer foram capazes da mínima reflexão, quando fora
exigido deles que ouvissem o que ele tinha pra dizer e nem mesmo os milagres
realizados, servira como prova de sua autenticidade, imaginem se ele não tivesse
realizado nenhum milagre.
O que ficou evidente foi; que eles por mais que se declarassem portadores de
um saber, que comprovou-se posteriormente não ser nenhum saber, e sobre o
qual se mostravam orgulhosos, sequer foram capazes de reconhecer naquele
homem simples, o tão esperado Messias, sobre o qual, essas mesmas castas
tanto aguardavam naquela época. Em virtude disso, quando o próprio Messias,
com sua maneira simples, se apresentou entre eles, tornaram-se hostis e
indiferentes diante dessa simplicidade, e suas únicas atitudes foram, deboche
e hostilização, além do pouco caso com a pessoa do filho de Deus.
Diante daquela atitude, ficou evidente que não haviam amadurecido
espiritualmente para aquele momento, apesar de serem á época, um dos
povos mais evoluídos espiritualmente. Essa atitude por parte da maioria
dos Judeus mostrou o quanto ainda não haviam compreendido corretamente a
própria palavra, a palavra escrita pelos antigos profetas da antiga Torá.
E diante dessa falta de reconhecimento, a única possibilidade possível, era
que eles só pudessem reconhecer na pessoa de Cristo, um impostor ou um
falso profeta, isso tornou-se gradativamente cada vez mais evidente e diante
disso decidiram, portanto, seguir por um caminho falso, totalmente
contrário ao que era desejado pela luz, aquele caminho direcionado pelo
raciocínio, aquele que só enxerga o que está dentro dos limites de sua
capacidade de compreensão limitada, “a matéria grosseira da terra” e por meio
do qual, as castas religiosas e o povo Judeu, jamais seriam capazes de
reconhecê-lo.

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O indicador de caminho para isso fora dada exatamente por meio de sua
palavra, “a palavra de Cristo”, palavra essa que ele pôde auri de si mesmo e
não pelos feitos (milagres) que ele realizou á época, apesar desses feitos estarem
exatamente de acordo com as leis que ele mesmo proferiu por meio de sua
palavra.
Esse foi em última análise, o caminho, através do qual, as duas castas e o
povo Judeu decidiram trilhar, e diante dessa decisão, não foram capazes
sequer de reconhecer o esperado Messias, por meio de sua propria
palavra que ele proferiu verbalmente. E Essa falta de reconhecimento, foi
a razão principal do povo Judeu tomar aquela decisão voluntária, a qual
culminou cegamente em um julgamento injusto e por fim também a condenação
de Cristo à morte na cruz.
E esse mesmo caminho já trilhado pela maioria dos Judeus daquela época,
também se perpetuou de uma forma renovada na contemporaneidade, mas
dessa vez não apenas pelo povo dos judeus, mas pela maioria dos seres
humanos contemporâneos, principalmente pelos chamados Cristãos
contemporâneos.
Naquela época, estava nas mãos do povo judeu “o poder de decisão” entre
“reconhecer a Cristo por meio de sua palavra ou de recusá-lo”, pois esse povo
era entre outros povos o mais adiantado e espiritualmente evoluído, sendo eles
os primeiros a reconhecer o Criador como o Deus único.
Esse nível de maturidade espiritual, é que os tornara o povo convocado por
Deus á época. Esse nível de maturidade espiritual fora se desenvolvendo
gradativamente, durante várias gerações, desde a libertação e migração do povo
Hebreu do Egito, à chamada terra prometida, quando Moisés os libertou do jugo
do faraó. Moisés foi, portanto, o precursor desse processo junto a Abdruschin, o
qual os preparou naquela época para que se tornassem “um povo
convocado”, para que futuramente estivessem preparados para reconhecer e
receber em seu seio, o Messias.
Foi exatamente esse nível de maturidade espiritual que os tornou “o povo
convocado”, mas também recaiu sobre eles a maior de todas as
responsabilidades, pois diante das leis universais, a quem muito foi dado, muito
mais será exigido, e o povo Judeu por se encontrarem na dianteira sobre o saber
de Deus em relação a outros povos, tinham diante disso, não só a
responsabilidade de reconhecer o Messias enviado por Deus, mas de também
ampará-lo e servi-lo em toda sua trajetória de vida terrena, e dessa forma
auxiliá-lo em sua grande missão na terra, missão essa que deveria trazer para
humanidade da terra, um novo saber, o qual só poderia ser reconhecido
por meio da palavra que ele trouxe, e através da mesma, era possibilitado
a salvação de muitos.
Mas o que fizera o povo dos Judeus, quando o Messias se apresentou entre
eles? Estavam eles preparados? Reconheceram eles, o Messias, por meio da
palavra que ele trouxe?
Eis aqui a importância do saber através da palavra, só ela os capacitaria ao
reconhecimento do filho de Deus, por meio de sua palavra. Essa falta de

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capacitação é que levou o povo dos Judeus, a praticar um dos atos mais
insanos conhecidos na história da humanidade, a condenação e o sacrifício
de Jesus pela morte na cruz, morte essa praticada sob a falsa alegação de
que ele era um falso impostor, um falso profeta e blasfemador da palavra de
Deus, justamente ele que era o próprio portador da palavra viva de Deus.
Essa falta de reconhecimento da pessoa do autor por meio de sua palavra,
fora, portanto, a chave para aquela decisão voluntária do povo Judeu, a qual
influenciada pela casta sacerdotal e politica da época, decidira entre a vida e a
morte do corpo terreno de Cristo, decisão essa que o levou ao gólgota, sob
aquela acusação direta de blasfemador da palavra.
Não penseis que na contemporaneidade isso se modificou, pois a bem pouco
tempo também ocorrera algo semelhante á época de cristo, mas dessa vez com
outro enviado de Deus, o Filho do Homem.
A diferença consiste em que, a morte do corpo terreno de Cristo foi de
ordem moral e física, onde ele sofreu todas as mutilações e humilhações
terrenas e ainda foi pregado em uma Cruz e, a morte do corpo terreno do Filho
do Homem, foi de certa forma de ordem mais moral que física, mas que ele
também não ficou isento de sofrer fisicamente todas as dores que lhe foram
infligidas nos últimos anos que antecederam a sua morte, a morte por irradiação
diretamente sobre o corpo físico.
O Filho do Homem como novo portador da palavra, não passara pelas
mesmas dores das mutilações físicas e humilhantes as quais Cristo passou no
caminho que antecederam ao gólgota. Porém, não muito diferente da morte
moral sob a qual Cristo também teve que sofrer, pois, o Filho do Homem, não só
sofreu sob ataques de ordem moral pela casta sacerdotal e politica da época,
como também, sob todas as astúcias trevosas, desencadeadas pela maioria da
época e até por muitos que diziam tê-lo reconhecido por meio de sua palavra.
Diante daquela decisão voluntária do povo judeu em relação a Cristo,
decisão essa a qual a história recente comprova por todos os meios a veracidade
dos fatos, não difere muito do mesmo fenômeno que ocorrera na
contemporaneidade e até com a afirmação de que, a humanidade
contemporânea da terra, ainda não compreendera plenamente a verdadeira
finalidade dessa sentença, entre a palavra e o autor, pois se houvessem
compreendido, tudo já havia tornado-se novo.
Mas quem é o Filho do Homem para que possamos também aqui expor uma
ocorrência semelhante ao tempo de Cristo?
O Filho do Homem foi aquele prometido por Cristo, quando naquela época
ele antevia que sua missão se aproximava do final, ele então passou a anunciar
de forma direta sobre a necessidade de sua futura vinda á terra.
... E Quando porém vier o Filho do homem vier, porventura achará fé na
terra?” (Lucas 18:8) ...
O Filho do Homem foi aquele prometido por Cristo como “o consolador, o
espirito da verdade”, sobre o qual ele falou aos seus discípulos que logo viria

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e nos esclareceria de maneira mais simples não só sobre a sua palavra simbólica,
mas também sobre muitas outras coisas novas.
Foi por isso que Cristo disse as seguintes palavras; "Se vocês me amam,
guardareis os meus mandamentos. "E eu rogarei ao Pai e Ele vos dará outro
Consolador, para estar com vocês para sempre, o Espírito da Verdade, que o
mundo não pode receber, porque não o vê nem o conhece; mas vós o conheceis,
porque ele habita em vocês e estará convosco. "João 14:15-18
"Mas o Consolador, o Espírito Santo, a quem o Pai enviará em meu
nome, esse vos ensinará todas as coisas e vos recordará de todas
as coisas que vos tenho dito." João 14:26.
"Mas quando vier o Consolador, que eu vos enviarei da parte do Pai, o
mesmo Espírito da verdade, que procede do Pai, ele dará testemunho de
mim." João - 15:26
“Mas eu vos digo a verdade; É para vossa vantagem que eu vá: pois se eu
não for, o Consolador não virá para vós outros, mas se eu for, vou enviá-lo
para vós”. “João - 16:7”.
"E quando ele vier, ele convencerá o mundo do pecado, da justiça e
do juízo: do pecado, porque não crêem em mim; da justiça, porque vou
para meu Pai e não me vereis mais; do juízo, porque o príncipe deste
mundo está julgado. Eu ainda tenho muitas coisas a dizer para vocês,
mas vocês não as podeis suportar agora. No entanto, quando Ele, o
espírito da verdade, chegar, ele vos guiará a toda a
verdade, porque não falará por sua própria autoridade, mas o que
ele ouve ele falará, e ele irá dizer-lhes das coisas que virão, ele me
glorificará, porque receberá do que é meu e vo-lo anunciará. Todas
as coisas que o Pai tem é meu. Por isso eu vos disse que ele tem o que é meu e
vo-lo anunciará. "João 16:8-15”.
Com a vinda do consolador, o espirito da verdade, o qual fora prometido
por Cristo naquela época, toda a verdade simbólica dos fenômenos espirituais
descritos na Bíblia, puderam ser interpretados de maneira mais simples e direta
e sem as configurações dos acontecimentos ali descritos, graças à nova palavra
“Mensagem do Graal na luz da verdade” escrita pelo espirito da Verdade
“o Filho do Homem” prometido por Cristo, palavra essa que ele mesmo
deixou como legado a humanidade contemporânea, fora possível hoje
reconhecer em sua forma real, também o verdadeiro conceito sobre a palavra e o
autor.
E no presente, como esse fenômeno se apresenta diante da humanidade
contemporânea? Ela já se tornou capaz de reconhecer o Filho do Homem,
por meio de sua palavra? Ou continuam como no tempo dos Judeus, a
crucifica-lo em uma Cruz simbólica, sobre a qual, devem hoje passar pelo
seu gládio judicial?
Portanto chegou a hora do julgamento e da grande colheita e essa virá
também por meio do próprio reconhecimento da palavra trazida pelo Filho do
Homem, por meio da qual, os seres humanos poderão eliminar todos os erros

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do passado, os quais, perduram até os dias atuais. Querem os seres humanos
lança-los definitivamente fora ou querem definitivamente serem varridos por
eles?
Chegou a hora da decisão final, ou reconhecereis o Filho do Homem
por meio de sua palavra, a qual representa hoje na terra o juiz para cada
ser humano, ou sereis varridos por essa mesma palavra durante o grande
processo de purificação final na terra, quando da passagem do Grande
cometa pela parte do universo de Èfeso.
Lembrai-vos sempre! Somente é possível o reconhecimento da pessoa
do autor por meio de sua palavra e não diferentemente.
Autor desconhecido

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