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NA CASA DE MEU PAI, HÁ MUITAS MORADAS.

O que cristo quis dizer com essa expressão simbólica?


Antes, porém, de entrarmos no tema propriamente, será necessário
afirmar que, para uma interpretação correta dessa expressão simbólica, o
leitor ou buscador sincero, deverá conhecer a obra completa de
Abdruschin, “A Mensagem do Graal na luz da Verdade”, obra essa
que contempla em imagens todas as bases da criação universal e suas
respectivas partes, somente através do conhecimento exato sobre a
criação e como ela está dividida em suas respectivas partes, será possível
compreender de forma clara e objetiva, as palavras de Cristo expressa
simbolicamente nesse conceito; “A CASA DE MEU PAI”.
O objetivo desse escrito será apenas de ampliar um pouco mais a visão
dos leitores da bíblia á uma compreensão mais realista da verdade
expressa de maneira simbólica nessas palavras de Cristo e em suas
parábolas.
O primeiro passo para compreensão desse conceito, será
compreendermos corretamente, que a casa sobre a qual Cristo se referiu
de maneira simbólica, não representa especificamente uma casa ou uma
morada terrena, as quais nós seres humanos necessitamos e utilizamos
temporariamente durante o nosso percurso de vida na terra, mas Cristo
se referiu simbolicamente ao grande lar da Criação ou ao grande universo
material desenvolvido, universo esse, o qual ficou conhecido no livro a
“Mensagem do Graal” como; “Criação Posteriormente
desenvolvida”, criação essa que contempla todas essas moradas
temporárias, onde nas quais os espíritos humanos permanecem depois da
morte terrena, desde a sua vinda do Paraíso como germe espiritual
inconsciente e, cuja finalidade era o seu desenvolvimento nessa parte da
matéria ou Criação Posterior desenvolvida, a qual pertence á terra.
Portanto, devemos observar que as palavras de Cristo não trazem
nenhuma referência sobre uma aproximação do espirito humano á Deus,
como muitos imaginam, até porque o Criador está muito distante do reino
espiritual ou do Paraíso, assim como, muito mais distante da Criação
posteriormente desenvolvida, sobre a qual Cristo se referiu nessas
palavras. Por isso jamais devemos imaginar uma aproximação nesse
contexto, porque uma aproximação a Deus, jamais será possível para um
espirito humano, por ele ser apenas uma criatura e não o próprio criador,
ou seja, o espirito humano é apenas uma criatura, que pertence à obra
Criadora de Deus.
Portanto, as moradas as quais cristo se referiu, trata-se unicamente
da Criação Material, ou a última criação desenvolvida, com a finalidade
única de desenvolver o germe espiritual ou o espirito humano.
Em relação a esse conceito, Cristo também quis mostrar que na
Criação de seu Pai, há muitas moradas, ou seja, muitas partes ou planos,
os quais servem como moradas temporárias aos espíritos humanos
durante o seu percurso de desenvolvimento espiritual nessas partes da
matéria ou Criação posteriormente desenvolvida.
Essa casa ou Criação posteriormente desenvolvida está ainda
subdividida em sete partes ou planos, os quais foram representados
simbolicamente na Bíblia, como Igrejas, e agora esclarecidas na
Mensagem do Graal como as sete partes do universo material ou Criação
Posteriormente desenvolvida, são elas; SMIRNA, FILADÉLFIA, TIATIRA,
LAODICÉA, SARDES, PÉRGAMO E ÉFESO, essas moradas não se
encontram nem na terra como interpretam os Cristãos, nem no paraíso,
mas muito abaixo e distante da origem da obra de Deus, a “Criação-
Espiritual”.
Essa Criação-Posteriormente desenvolvida é ainda hoje o lugar dessas
moradas temporárias de todos os espíritos humanos que vieram do
paraíso com a finalidade de desenvolvimento espiritual nessas partes da
matéria citadas acima, aqueles espíritos que vieram como sementes
espirituais do Paraíso, conforme Abdruschin esclareceu em diversas
dissertações na sua Mensagem do Graal.
Portanto, foi sempre para alguma dessas partes da Criação material,
ou da Criação posteriormente desenvolvida, que os espíritos humanos
foram atraídos após a morte terrena (lei de atração das iguais
espécies) e lá permaneceram por um determinado tempo até que lhes
fosse dado uma nova possibilidade de retorno á terra através de uma nova
reencarnação.
Devemos, portanto entender que a terra não é a única e eterna
morada para os espíritos humanos vindos do Paraíso, mas que há além da
terra, outras moradas reservadas aos espíritos humanos após a morte
terrena, depois que o espirito humano deixa esse planeta.
Ainda será necessário esclarecer que na terra, há espíritos humanos
em seus “diferentes níveis de desenvolvimento espiritual” e que
na terra esses espíritos humanos, permanecem aparentemente juntos, ou
seja, numa mesma morada. São esses níveis espirituais, que definem já
aqui na terra, “a separação entre as espécies”, de acordo com as leis
universais, “reciprocidade, atração da igual espécie e gravidade”,
para depois serem direcionadas as várias moradas reservadas a esses
espíritos, depois do transpasse terreno, ou após a morte terrena.
Por isso é importante compreender que mesmo depois da morte
terrena na terra, ainda “ocorrerão separações de ordem fino
material”, que se efetivarão “automaticamente” de acordo com as
três leis universais citadas acima, as quais já são antes definidas na terra e
sempre de acordo com o grau ou nível de desenvolvimento espiritual de
cada espirito humano, digo, desenvolvimento espiritual, porque não é a
mesma coisa que desenvolvimento terreno/Material, ou intelectual, mas
há uma grande diferença entre um e o outro.
No transpasse para essas outras moradas, os seres humanos que se
desenvolvem espiritualmente na terra, serão separados, sempre de acordo
com sua espécie e leveza, os quais já foram definidos pelas três leis
universais citadas acima. Portanto já aqui na terra, é onde o espirito
humano deverá formar a base essencial, que definirá a espécie a qual ele
pertence. “Isso refere-se apenas às diferentes espécies de seres
humanos em desenvolvimento na terra” que, de acordo com o seu
grau ou nível de desenvolvimento espiritual, já define aqui na terra a sua
própria espécie, para depois do transpasse terreno ser encaminhado á
uma das sete moradas.
Como exemplo podemos citar que; quando um ser humano parte da
terra após a morte terrena, a alma ou o espirito depois de desligado do
corpo material ascenderá ou cairá “Lei da gravidade” para um plano ou
morada, considerando nesse caso um determinado peso ou uma
determinada leveza espiritual, a qual também já está definida na, “lei de
atração das iguais espécies” de acordo com a sua espécie, as quais se
complementam com a “Lei da reciprocidade”. Essas leis atuam
sempre de acordo com o grau de desenvolvimento espiritual de cada ser
humano. Somente já fora do âmbito da terra, no plano de matéria mais
fina, depois que o espirito é desligado do corpo material, é que essas leis
se tornam perfeitamente visíveis ao espirito humano consciente, o qual
deverá ser direcionado de acordo com elas, a um determinado plano ou a
uma das moradas sobre as quais cristo chamou figuradamente de
“moradas da casa de meu Pai”.
Portanto, a nova morada de um espirito humano que deixou a terra
após a morte terrena, será sempre definida de acordo com o seu nível de
desenvolvimento espiritual, que já foi definida durante o percurso de sua
vida terrena pelas três leis citadas acima.
Se o ser humano se desenvolveu de tal forma que caminhou em seus
pensamentos, palavras e ações de acordo com as palavras de Cristo, ou
também das palavras da Mensagem do Graal, ele, portanto, deverá ser um
espirito com mais leveza, após a morte terrena, e que, portanto, ascenderá
para planos ou moradas mais leves, ou seja, será atraído para uma
determinada morada de igual espécie. Porém, se o ser humano não se
desenvolveu de tal forma, que não viveu em seus pensamentos, palavras e
ações de acordo com as palavras de Cristo, ou também das palavras da
Mensagem do Graal, conforme é exigido por ambas as palavras, então
esse espirito humano deverá, após a morte terrena, ser atraído pela sua
igual espécie para essas moradas, ou descer para planos ou moradas
inferiores, mais pesadas, as quais se encontram também em regiões mais
distantes das outras partes da Criação.
Com isso devemos compreender que a terra não é a única e última
morada para os seres humanos, como muitos em sua forma de crença
acreditam, mas devemos compreender que após a morte terrena, há
nessas partes da Criação material, ainda muitas outras moradas, as quais
deverão servir de moradas temporárias aos espíritos humanos que partem
da terra, e nessas moradas deverão permanecer, até que se dê um novo
retorno a terra em uma nova reencarnação, com exceção daqueles
espíritos humanos que por atingir a autoconsciência, tenham ascendido
às regiões do Paraiso, a eterna morada dos espíritos humanos que se
desenvolvem na terra.
Através desse conceito, elimina-se também definitivamente o erro
propagado pelos cristãos de que o espirito humano dorme após a morte
terrena, até que venha na terra o dia do juízo e Jesus possa ressuscitá-los
e levar consigo os seus.
Portanto, com a interpretação correta desse conceito, em relação ás
essas palavras figuradas de Cristo, elimina-se também esse erro que se
propagou até os dias atuais.
Essas mesmas moradas foram também aquelas descritas
simbolicamente por Cristo nas parábolas do semeador e do Filho Pródigo,
moradas essas, as quais, nos encontramos ainda hoje, sem poder retornar
á nossa verdadeira casa, o Paraíso.
Os Filhos pródigos, representados simbolicamente na parábola, foram
todos aqueles germes espirituais humanos que vieram do paraíso para
desenvolvimento nessas partes da matéria, ou as moradas ás quais Cristo
se referiu, e que depois de um determinado tempo desse processo de
desenvolvimento, se desviaram através do falso principio da tentação de
Lúcifer, que teve inicio com o cultivo do raciocínio, ou mais conhecido
como pecado original e hereditário, Vide “Mensagem do Graal, a
criação do ser humano e o ser humano na Criação”, “Pecado
original e hereditário”. Eis por isso a dificuldade dos filhos pródigos
retornarem a casa do pai, a eterna morada de onde partiram os Filhos
pródigos, ou os espíritos humanos que vieram como germes espirituais do
Paraíso para a Criação-Posterior.
A parábola em si, tem apenas o intuito de mostrar figuradamente, o
caminho percorrido pelo espirito humano até a vinda de Cristo e que
durante esse trajeto os Filhos pródigos foram voluntariamente se
desviando por meio de seu livre arbítrio, através desse falso principio de
Lúcifer, o principio da tentação, agora esclarecido de forma mais simples
na Mensagem do Graal. Todos os espíritos humanos, que antes e depois
de Cristo, ainda se encontram em desenvolvimento nessas partes da
matéria ou Criação-Posterior, são aqueles filhos pródigos citados na
parábola de Cristo, por isso, feliz daquele filho pródigo que antes do
fechamento do ciclo do juízo final e da grande purificação, ainda
conseguir se enquadrar a vontade criadora, a qual está inserida em suas
leis universais, para que assim possam durante o novo reino do milênio,
previsto para começar logo após a grande purificação, ainda ter a
possibilidade de retornar a sua verdadeira e eterna casa, o Paraíso, para
serem recebidos com alegria por aqueles filhos que já se encontram em
sua verdadeira casa.
Autor desconhecido

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