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A Àrvore do conhecimento do bem e do mal e a Àrvore da vida

A ÁRVORE DO CONHECIMENTO DO BEM E DO MAL E A


ÀRVORE DA VIDA

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A Àrvore do conhecimento do bem e do mal e a Àrvore da vida
INTRODUÇÃO

Os relatos que serão descritos nesse livreto, tem como principal objetivo, ampliar um pouco
mais a visão espiritual daqueles que baseado nos conceitos simbólicos da biblia, ainda se
debatem em suas pesquisas, tentando encontrar a verdadeira causa raiz dos eventos simbólicos
ali descritos no livro de gênesis. O objetivo aqui será de auxiliar, numa simples descrição
literal, na elucidação dos fenômenos espirituais sobre; a “àrvore do conhecimento do bem e do
mal e a àrvore da vida”, fenômenos esses, os quais muitos pesquisadores das escrituras ainda
quebram a cabeça e se debatem na contemporaneidade, tentando interpretar de uma maneira
equivocada, toda áquela simbologia, sem encontrar um elo de ligação que os possibilitasse
chegar a um resultado mais efetivo.
Inspirado no conteúdo do livro “a Mensagem do Graal, na luz da verdade” escrito por
Abdruschin, autor desse livro, fôra possivel agora no presente, interpretar tais fenômenos,
despidos de todo e qualquer conceito figurado, trazendo-os de uma forma nova, simples e
direta, para o cotidiano. Cujo objetivo aqui será de trazer a tona, descrições de eventos que
ocorreram há milhões de anos atrás, eventos esses, ocorridos ainda antes mesmo do germe
espiritual humano vir á terra, para dar inicio ao seu processo de desenvolvimento espiritual
nessa parte da matéria.
O autor

Abdruschin, autor da mensagem do Graal “Na luz da verdade” disse:


Não é afinal tão desconhecido assim que a Bíblia é antes de tudo um livro espiritual. Dá
esclarecimentos sobre fenômenos espirituais, onde seres humanos somente são mencionados
quando em conexão imediata para a elucidação dessas coisas espirituais e para ilustrá-las.
Finalmente, também se torna compreensível ao raciocínio humano, por ser natural, se a descrição
da Criação feita na Bíblia não se referir a terra tão afastada do Criador.

Trecho extraído da Dissertação: Desenvolvimento da Criação – Mensagem do Graal.


E em sua dissertação pecado hereditário Abdruschin também diz:
...Portanto, a herança física da parte atualmente designada como grande cérebro, devido ao seu
intensificado desenvolvimento artificial, pelo que o ser humano traz consigo ao nascer um perigo
que mui facilmente pode emaranhá-lo no mal. Tal fato dificulta, em todo caso, o reconhecimento de
Deus, devido aos limites restritos da ligação à matéria grosseira.
Isso, porém, não lhe tira nenhuma responsabilidade. Essa permanece, pois herda apenas o perigo,
não o pecado propriamente. Não é necessário, em absoluto, que deixe predominar
incondicionalmente o raciocínio, submetendo-se a ele por isso. Pode, ao contrário, utilizar-se da

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grande força do raciocínio como uma espada afiada para abrir caminho na agitação terrestre,
conforme assim lhe indicar a sua intuição, também denominada voz interior.
Trecho extraido da dissertação: Pecado hereditário – Mensagem do graal, na luz da verdade.

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A ÁRVORE DO CONHECIMENTO DO BEM E DO MAL E A ÀRVORE DA VIDA

No livro do Gênesis está escrito;


Deus fez crescer a “árvore do conhecimento do bem e do mal” no centro do Jardim do Éden.
Gênesis 2:16,17.

De acordo com o livro do Gênesis e de suas descrições simbólicas, a chamada árvore do


conhecimento do bem e do mal, se encontrava no centro do Jardim do Éden, e ao lado ou nas
proximidades dessa, encontrava-se também uma outra árvore, e essa fôra denominada
simbolicamente de: “árvore da vida”. Gênesis 2:16,17.
Observando bem o segundo capitulo do gênesis, já é possível analisar que de acordo com o
simbolismo representado no fenômeno espiritual, haviam duas espécies de àrvores, sendo a
primeira; a “árvore do conhecimento do bem e do mal”, a qual se encontrava no centro do
jardim do Èden e, a segunda espécie, se encontrava nas proximidades da primeira, a qual fôra
denominada na descrição simbólica de “árvore da vida.”
Nessa primeira parte do capítulo, já é possível observar, portanto, que existiam
preliminarmente, um jardim e duas espécies diferentes de árvores.
Ter clareza dessas diferenças, em relação ao Jardim e as duas espécies de árvores, deverá
abrir caminhos para uma melhor compreensão do mistério e do conceito simbólico, o qual
envolve o fenômeno espiritual descrito no gênesis.
Diante do que já fora esclarecido até agora, e do material simbólico exposto acima, diriamos
que o próximo passo será de; separarmos temporariamente as três partes individualmente,
assim como esclarecer passo a passo, o que cada um desses simbolismos, representa no
fenômeno espiritual.
Antes, vamos esclarecer que, no passado, á época em que foram recebidos e transcritos esses
simbolismos, a atribuição de elementos simbólicos, utilizando seres e lugares para
representação de determinados fenômenos espirituais á época, está contemplado em quase
todos os capítulos e versículos das escrituras, principalmente no que diz respeito ao antigo
testamento bíblico, assim como também em quase todo o novo testamento escrito pelos
Apóstolos, principalmente no que diz respeito às chamadas parábolas de Cristo, onde nas
quais, ele se utilizou de diversos simbolismos para esclarecimento dos diveros quadros e
fenômenos espirituais da criação, cujo objetivo principal, era mostrar em etapas cronológicas,
como ocorrera a expulsão e, ou o fenômeno da descida do germe espiritual humano do Paraíso
e o processo inicial de desenvolvimento desse germe espiritual, NAS SETE PARTES DO
UNIVERSO MATERIAL, (Filadélfia, Tiatira, Sardes, Smirna, Laodicéa, Éfeso e Pérgamo),
assim como para esclarecer também, muitos outros fenômenos e acontecimentos espirituais,
os quais haviam ocorrido há milhões de anos atrás, bem antes mesmo do inicio de
desenvolvimento do germe espiritual humano na terra, (vide livro, Jesus o Amor de Deus).
Além disso, ele pôde esclarecer também o grande falhar do espirito humano na terra,
trazendo a tona por meio de suas diversas parábolas, todas áquelas falhas, ocorridas na terra
em tempos remotos, e quais os fatores que levaram á tais falhas, cujas ocorrências
antecederam também á sua vinda á terra, para que ele por meio de sua palavra, em um tempo
breve, pudesse trazer ao espirito humano, nova luz e sabedoria e, que praticando-a, o espirito
humano poderia sair do caos em que se encontrava e, assim trilhar por novos caminhos,

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conduzindo-o para fora desse caos hereditário, refazendo o elo de ligação que ele havia
desfeito em tempos remotos através do pecado original.
Um desses quadros espirituais, o qual será foco do nosso tema, é sobre o conceito simbólico
descrito no gênese da Bíblia, de “o Jardim do Éden” e as duas árvores dentro desse jardim “a
árvore do conhecimento do bem e do mal” e a “árvore da vida”.
Antes de entramos no tema propriamente dito, é importante esclarecer que; apesar das
ocorrências sobre esses fenômenos, serem datadas e, ocorridas há mais de um milhão de anos
atrás, (vide livro, os primeiros seres humanos de Roselis Von sass e o livro de Èfeso), não há
qualquer informação histórica de historiadores, ou de arqueólogos, seja, no passado ou no
presente, de que alguém, ou, algum pesquisador da bíblia, tenha dado áquelas imagens
simbólicas, uma interpretação pelo menos aproximada, dos fenômenos espirituais ali
descritos.
Somente na contemporaneidade, no inicio do século 20, é que fôra possível, trazer a tona,
uma interpretação mais coerente e realista, sobre todos áqueles fenômenos espirituais
simbólicos, graças à nova palavra escrita, e transmitida pelo prometido “Espirito da verdade”,
o qual esteve na terra no inicio do século passado, cujo conteúdo nos trouxe uma base
completa, para que pudessemos hoje ter uma visão mais espiritual e realista, daqueles
fenômenos simbòlicos ali descritos.
Para àqueles leitores que ainda desconhecem “o espírito da verdade”, será preciso esclarecer
que; o chamado, “Espírito da Verdade”, fôra áquele prometido por Cristo em sua palavra, o
qual no novo testamento da bíblia é citado como “o consolador”, cuja promessa, seria de
futuramente vir á terra para o cumprimento de uma missão. Sobre ele, “o Espírito da verdade”,
Cristo havia dito que; quando ele, o espírito da verdade, viesse á terra, todos os seus Apóstolos
e discípulos, assim como toda humanidade da terra, estariam novamente presentes e,
poderiam através dele, “o espírito da verdade”, compreender melhor suas parábolas, cujo teor,
ele as tornaria mais fácil e compreensivel, transformando-as em uma linguagem nova, simples
e literal, despido de qualquer conceito simbólico, assim como em relação a tudo o que até
então, não era possível ser assimilado por eles e pelos contempôneos da época, através de suas
parabolás.
Toda essa dificuldade na interpretação de suas parábolas tinha como principais causas, os
diferentes níveis de maturidades espirituais, causado pela hereditáriedade do pecado, e diante
disso, não estavam maduros o suficiente á época, para uma compreensão, dos conceitos
simbólicos verbalizados por ele em suas próprias parábolas, e que apesar de sua fé nas palavras
de Cristo, a possibilidade de compreender suas palavras acertadamente, assim como tantas
outras coisas, ditas por ele de maneira simbólica, não puderam ser compreendidas
corretamente em sua essência por eles, por ainda lhes faltar a verdadeira convicção. Sobre isso
o próprio Cristo sempre manifestava sua tristeza com bastante frequência. Fôra em virtude
dessa dificuldade na compreenção das suas palavras, e uma convicção própria, que só seria
possivel por meio do próprio vivenciar, foi que ele então passou a falar sobre a necessidade da
vinda do consolador, “o espírito da verdade” e, com isso a promessa sobre ele, dizendo a todos
que, quando “o consolador” viesse á terra, ele os relembraria e os esclareceria de maneira mais
simples, sobre todos áqueles fenômenos simbólicos de suas parábolas, os quais, eles ainda não
eram capazes de compreender. Disse, portanto, também que; esse mesmo “espírito da
verdade”, quando viesse, os esclareceria sobre coisas novas e nobres e as interpretaria de uma
maneira mais simples e direta, principalmente no que diz respeito a todos áqueles fenômenos

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espirituais, verbalizados por ele, em suas parábolas, cujo teor, se referia ao espiritual humano e
a Criação de Deus.
Foi diante disso que Cristo falou as seguintes palavras:
"Se vocês me amam, guardareis os meus mandamentos. "E eu rogarei ao Pai e Ele vos dará outro
Consolador, para estar com vocês para sempre, o Espírito da Verdade, que o mundo não pode
receber, porque não o vê nem o conhece; mas vós o conheceis, porque ele habita em vocês e estará
convosco. "João 14:15-18
"Mas o Consolador, o Espírito Santo, a quem o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas
as coisas e vos recordará de todas as coisas que vos tenho dito." João 14:26
"Mas quando vier o Consolador, que eu vos enviarei da parte do Pai, o mesmo Espírito da verdade,
que procede do Pai, ele dará testemunho de mim." João 15:26
"Mas eu vos digo a verdade; É para vossa vantagem que eu vá: pois se eu não for, o Consolador não
virá para vós outros, mas se eu for, vou enviá-lo para vós. "João16: 7
"E quando ele vier, ele convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo: do pecado, porque não
crêem em mim; da justiça, porque vou para meu Pai e não me vereis mais; do juízo, porque o
príncipe deste mundo está julgado. Eu ainda tenho muitas coisas a dizer para vocês, mas vocês não
as podeis suportar agora. No entanto, quando Ele, o espírito da verdade, chegar, ele vos guiará em
toda a verdade, porque não falará por sua própria autoridade, mas o que ele ouve ele falará, e ele irá
dizer-lhes das coisas que virão, ele me glorificará, porque receberá do que é meu e vo-lo anunciará.
Todas as coisas que o Pai tem é meu. Por isso eu vos disse que ele tem o que é meu e vo-lo
anunciará. " João 16:8-15

Com a vinda do consolador, (o espírito da verdade), no final do Sec. XIV para o início do
Séc. XX, àquele prometido por Cristo, tornou-se possível agora interpretar também, não
somente esse, mas todos os diversos fenômenos da Criação descritos na Bíblia, inclusive das
próprias parábolas de Cristo, verbalizadas e posteriormente escritas no novo testamento pelos
Apóstolos, aqui indico o livro de Roberto C.P. Junior, (Visão restaurada das escrituras).
Isso só fôra possivel graças à nova palavra escrita pessoalmente pelo próprio “espírito da
Verdade” nos anos 30 “o consolador”, áquele que há dois mil anos, fôra prometido por Cristo.
Somente a partir da nova palavra trazida pelo próprio “espírito da verdade”, é que fôra
possível então, sob um novo ângulo, dá uma nova interpretação, desse fenômeno descrito no
Gênesis em relação ao “Jardim e as duas árvores”, fenômeno esse que agora será possível
descrevê-lo, despido de qualquer configuração simbólica, ou seja, de uma forma mais literal,
como ele realmente ocorrera.
Depois dessa digressão, poderemos então falar agora mais especificamente sobre áqueles
fenômenos espirituais e de suas configurações simbólicas, decrevendo-os de uma forma mais
literal, os quais estão relacionados tanto ao Jardim do Éden, quanto as duas árvores, a árvore
do conhecimento do bem e do mal e a árvore da vida.
Primeiro devemos observar que na primeira parte da descrição do Gênesis, já é possível
observar quais os elementos simbólicos, quais personagens utilizados, e o local. Dessa forma a
história é contada, para que tais personagens simbólicos, pudessem ganhar vida e atuar
representativamente no fenômeno espiritual.
Será necessário, portanto, agora, esclarecer individualmente o que cada um desses
elementos simbólicos, representou na história contada, trazendo cada personagem da história
para o cotidiano, porém de uma forma mais literal. Dessa forma, cada leitor poderá tirar o
máximo de proveito em relação à visão espiritual do fenômeno, para que assim, ele possa
alinhar os conceitos, e fazer uma exata conexão dos fenômenos ali descritos.

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Portanto, o primeiro passo agora, será compreender a finalidade dos elementos simbólicos,
do local e dos seres que compõe a história, cujos elementos simbólicos, foram representados
tanto pelo casal humano, o “Jardim”, assim como pelas “duas espécies de árvores”, e, que de
acordo com as descrições, a primeira das duas árvores, estava localizada, exatamente “no
centro desse jardim”, e a segunda, nas proximidades da primeira, mais especificamente “ao
lado”.
Antes, porém, vamos descrever abaixo, como os elementos simbólicos, foram descritos
figuradamente no Gênesis:
Na história contada no livro de Genesis está escrito que um casal humano, encontrava-se em um
“jardim”, cuja representação simbólica, fôra apresentado sob a denominação de “Jardim do Éden”,
e quando lá se encontravam, eles foram alertados através de uma voz, que os advertia a respeito de
uma especifica árvore, a qual se encontrava “no centro desse jardim”. A voz, a qual fôra ouvida pelo
casal, também fôra representada simbolicamente, como sendo a voz de um anjo, cujo alerta, e
prévia advertência ao casal humano, referia-se a uma determinada árvore que se encontava no
centro desse Jardim, cuja advertência dizia; “que eles poderiam comer dos frutos de qualquer
espècie de árvore existente no jardim”, porém, que eles jamais “poderiam comer dos frutos da
árvore do conhecimento do bem e do mal”, a qual se encontava no meio do jardim, pois, segundo a
voz que os advertiu, se eles desobedecessem e comessem dos frutos dessa árvore, eles com certeza
morreriam.
Em outro capitulo do Gênesis poderemos também observar, através de outra descrição simbólica,
em relação a uma outra voz ouvida também pelo casal, cujo teor simbólico, falava contráriamente á
voz do anjo, cuja voz na descrição dizia que; “eles não precisavam se preocupar com o que o anjo
lhes havia dito, pois, ela, a voz, lhes garantia que, se eles comessem do fruto da árvore do
conhecimento do bem e do mal, nada lhes poderia acontecer e, que, certamente, não morreriam” e,
complementou ainda dizendo ao casal que; “Deus até sabia que no dia em que eles comessem dos
frutos dessa árvore, os seus olhos se abririam, e que eles passariam a ser como o próprio Deus, com
pleno conhecimento tanto de bem, assim como de mal”. A tal segunda voz ouvida pelo casal, fôra
representada simbolicamente no (Gênesis cap.3,vers.1-5), por uma serpente, (A Serpente como
Instrumento simbólico da tentação ao casal).
Mais adiante, em outro versículo, há também outra descrição, cujo teor diz que; “a mulher
influenciada por essa voz, (A voz da serpente como Instrumento simbólico da tentação), percebeu
que áquela árvore era boa para comer os seus frutos, e que além de agradável aos olhos, tomou de
um de seus frutos e o comeu, e que além disso, ainda ofereceu a metade desse fruto ao seu esposo,
dividindo assim com ele, parte do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal”. (Gênesis
cap.3,vers.4-5)

Nesse processo da descrição simbólica, é possivel observar que além da voz descrita como a
voz do anjo, havia também uma segunda voz, a qual fôra também ouvida pelo casal,
especificamente pela mulher, cuja voz, fôra representada simbolicamente, como à voz de uma
serpente, (A serpente como Instrumento simbólico do principio da tentação).
Observem que, nas configurações simbòlicas, os primeiros elementos foram “representados
á época, por um casal humano, sendo, portanto, um ser masculino e um ser feminino”, um
homem e uma mulher. “Tais simbolismos poderiam também representar toda a espécie
espiritual humana, ou seja, todas as raças humanas, em processo de desenvolvimento na terra.
Em relação ao casal, cujos nomes foram descritos equivocadamente no Gênesis, sob a
denominação de “Adão e Eva”. Devemos observar, que não há nenhuma conexão ou relação
com o fenômeno ali descrito, pois, Adão e Eva, em relação à criação, nunca estiveram na terra,
nem tão pouco poderiam representar o casal humano simbólico, ali representado na história.
Portanto, nesse caso especifico, infelizmente ocorrera uma mistura dos conceitos, os quais
acabaram sendo interpretados de maneira equivocada, cuja mistura, resultou em um erro de

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interpretação que perdura até os dias atuas. Portanto, o casal sobre o qual a bíblia faz
referência simbólica, não diz respeito a “Adão e Eva”, mas, sim, simplesmente ao Masculino e
ao feminino espiritual humano. Maiores detalhes sobre esse conceito a respeito de Adão e Eva
pode-se ler nos livros de Roselis Von Sass e Abdruschin. (vide livro do Juizo Final, a Biblia,
tema Adão e Eva e Mensagem do Graal, na luz da verdade, dissertação a Criação do ser
humano).
Na descrição simbólica do Gênesis 2:8-15, há também uma referência de que “o Jardim” era um
jardim perfeito, cujas características eram paradisíacas e, que dentro desse jardim paradisíaco e
perfeito, era onde se encontravam as duas árvores, estando à primeira no centro desse jardim e a
segunda nas proximidades ou ao lado da primeira.

Agora que já descrevemos individualmente sobre cada um dos elementos simbólicos,


representados na história biblica contada no Gênesis, poderemos agora, interpretar de uma
forma mais literal, os fenômenos ali descritos, despidos de todo e qualquer conceito figurado.
Começaremos pelo jardim, o qual fôra representado no fenômeno simbolico como o jardim
do Éder.
Na descrição desse Jardim fôra apresentado como um lugar paradisíaco e perfeito, cujo local
era onde se encontrava ás duas árvores simbólicas e as duas vozes representadas pela voz de
um anjo e pela voz de uma serpente.
Para que possamos ter uma compreensão mais abrangente sobre o fenômeno ali descrito,
sobre o Jardim, devemos voltar ao tempo em que a terra ainda nem era habitada e que ainda
estava sendo preparada para receber em seu seio os primeiros espíritos humanos provenientes
do paraíso espiritual.
Esses primeiros espíritos humanos provenientes do Paraíso espiritual desceram para essa
parte da criação como germes espirituais, cujo objetivo era desenvolver a centelha espiritual
“germe espiritual”, com todas as suas capacitações espirituais (virtudes), as quais já portavam
em suas características iniciais internas, tanto no feminino como no masculino, pois essas
virtudes já eram inerentes ao germe.
Esses germes espirituais em sua descida para a matéria grosseira da terra foram separados,
primeiro na parte fino material em duas espécies distintas, cujas espécies nesse processo
representaran, “a separação do masculino do feminino”, (vide Mensagem do Graal, germes
espirituais) e, esses depois de separados, foram ligados temporariamente na terra, a corpos
físicos de uma espécie especifica de animais primitivos, “os babais” (vide livro de Roselis Von
Sass, os primeiros seres humanos”, e “o Livro de Èfeso”, recebido através de inspiração
especial por Irene Manz). Esses animais primitivos, os quais já haviam se desenvolvido
especificamente na terra para servir os seus próprios receptáculos terrenos aos germes
espirituais, já havia atingido seu ponto culminante como espécie em preparação, dessa forma,
eles já estavam preparados para receber o germe espiritual, pois já havia chegado o momento
para isso.
Portanto, esses germes espirtuais só vieram para posterior desenvolvimento nessa parte da
matéria, quando essa determinada espécie de animal primitivo,(os babais), já havia atingido
seu nível máximo de desenvolvimento na terra. Isso só ocorreu após os 3 grandes ciclos de
desenvolvimento da terra em suas respectivas fases, (mineral, vegetal e animal). Quando isso
ocorreu, processou-se na terra uma alteração, cujo objetivo era de que, áquela espécie animal
(os babais), tendo atingido o seu ponto culminante no desenvolvimento de sua espécie, estava
preparada agora para receber em seu seio, o germe espiritual, o qual já estava em preparação

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numa parte da matéria mais etérea, para que agora pudesse utiliza-se desse receptáculo
material do animal primitivo, para ulterior desenvolvimento, ou seja, para que essa espécie
animal (os babais), possibilitasse a partir de então, as primeiras encarnações dos germes
espirituais nos corpos fisicos desses animais primitivos, (os babais), sendo esses, portanto, os
primeiros Pais dos primeiros seres humanos na terra, (vide livros “A mensagem do Graal, na
luz da verdade”, “o livro de “Èfeso” e o livro “os primeiros seres humanos”“).
Segundo Abdruschin em sua Mensagem do Graal Na luz da verdade, depois que essa espécie animal
havia atingido um ponto culminante como a espécie animal mais perfeita na terra, teve de
processar-se, então, uma alteração em prol da continuação no processo de desenvolvimento do
germe espiritual, pois, do contrário, correria o risco de uma completa estagnação, e com isso,
culminando em retrocesso. Por isso essa alteração havia sido prevista e aconteceu.
Segundo ele, depois que o germe espiritual desceu do reino espiritual, como centelha espiritual, ele
perigrinou através dos planos de matéria fina, e pôde através dessa perigrinação, renovar e
soerguer tudo o que encontrava-se em seu limite até então. Quando os animais (os babais) atingira
o ponto culminante em seu desenvolvimento, como receptáculo de matéria grosseira, o germe
espiritual no corpo fino material e espiritual, ao se ligar com o corpo de matéria grosseira da terra,
(encarnar), pôde beneficiá-la e soerguê-la. Pois já estava aparelhado pra isso.
Quando havia chegado o momento pra isso, pois, do grande período para o inicio do
desenvolvimento da Criação: de um lado, se encontrava, na matéria grosseira da terra, o animal
desenvolvido ao máximo, (os babais), o qual forneceu o receptáculo de matéria grosseira, para o
nascimento do primeiro ser humano como filhos desses animais, e do outro lado, na parte da
matéria fina, se encontrava o espirito humano com seu receptáculo fino matérial, o qual aguardava
a ligação ou a encarnação, com o receptáculo de matéria grosseira do animal, para que assim, ele
pudesse dar a tudo quanto é de matéria grosseira um impulso mais amplo, sob sua atuação.
Foi somente quando ocorreu um ato gerador entre o mais nobre par desses animais primitivos
altamente desenvolvidos, é que ocorrera a primeira fecundação para possibilidade de encarnação
do primeiro germe espiritual, ligando á matéria da terra. Com esse evento, processou-se uma
alteração, no exato momento da encarnação, pois, no receptáculo material do animal, ao invés de
uma alma animal, encarnava-se pela primeira vez, a imortal centelha espiritual. As centelhas
espirituais humanas com receptáculos de matéria fina, as quais traziam em seu núcleo aptidões
desenvolvidas e com predominancia positiva (masculino), encarnaram-se e nasceram através
desses animais de acordo com a igual espécie, com corpos masculinos, e aquelas com aptidões
predominantemente negativas, (femininos, ou seja, mais delicados), encarnaram-se e nasceram
com corpos femininos cujas diferenças de espécie são reconheciveis na forma fisica.
Esse processo de ligação entre as duas partes, (geração/encarnação), cujo processo de
desenvolvimento ocorrera no útero do animal primitivo, foi o que possibilitou a geração do
primeiro receptáculo humano terreno, e assim como também, a união entre as duas partes da
matéria, a fina com a grosseira, até o espiritual.

Esse processo de ligação em sua essência foi o que contituíu no gênesis, o nascimento do
primeiro ser humano na terra.
Portanto, essa espécie animal, (os babais), foram os percussores do ser humano na terra, os
quais foram inicialmente denominados pelos historiadores de seres humanos primitivos.
Roselis Von Sass em seu livro intitulado (os primeiros seres humanos) pôde descrevê-los
como não sendo uma espécie comum de animais, mas de uma espécie especifica, cuja origem
fica no paraiso espiritual, os quais vieram para a terra para serem desenvolvidos, com uma
única finalidade, preparar o receptáculo grosso material aos primeiros espiritos humanos,
possibilitando ao germe espiritual, ás primeiras encarnações terrenas, ela denominou essa
espécie animal de “Babais”, pois eram conhecidos por esse nome, cuja interpretação significa
(seres humanos com corações de animais).
Segundo Roselis Von Sass, os babais pertencem a uma espécie da Criação que, tal como outras

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espécies existentes, pode ser classificada como entre animal e ser humano. Eles cumprem suas
missões em todas as estrelas de seres humanos nas sete partes do Universo. Sempre foram e são
essas criaturas, as que possibilitam a encarnação de seres espirituais na matéria mais grosseira.

Portanto, foi essa espécie de animais que inicialmente possibilitaram a moldagem da forma
física do corpo humano de acordo com a imagem e semelhança do espírito, o qual foi ligado a
ele, e que através desse processo de ligação, passaram a nascer no inicio como filhos desses
animais primitivos, “os Babais”. Portanto, somente através dessa ligação com os animais
primitivos, é que esse corpo físico, agora ligado com a centelha espiritual, fôra sendo
gradativamente desenvolvido na terra, através de diversas encarnações, cujo núcleo sendo
espírito, assumiu a partir de então, a supremacia através da força espiritual que já é inerente à
espécie espiritual. Todo esse processo inicial, descrito por Abdruschin em sua “mensagem do
Graal” e pela escritora Roselis Von Sas, em seu livro “os primeiros seres humanos”, sobre os
animais primitivos, os “Babais”, os quais atuaram na preparação do receptáculo terreno,
representou simbolicamente na descrição do gênesis, despido de qualquer configuração
simbólica “o jardim do Éder”, por esse receptáculo terreno do animal primitivo, “os babais”,
inicialmente depois de receber a centelha espiritual, ser um receptáculo puro, imaculado, ou
seja, sem mácula ou sem pecado.
Depois dessa digressão, valtemos ao tema propriamente dito.
Portanto, o jardim, despido de toda e qualquer configuração simbólica, representou no
Gênesis “a parte física do casal humano”, ou seja, “o corpo físico material do animal primitivo”,
(os babais), já com o germe espiritual, ligado a esse receptáculo material, com todos os seus
órgãos que o compõe, tanto em relação ao ser humano masculino como ao ser humano
feminino, ou seja, tanto do homem como da mulher, (com exceção das partes cérebrais), por
isso foram utilizados como elementos simbólicos para as descrições, o masculino e o feminino,
ou seja, um homem e uma mulher, os quais foram erroneamente denominados de “Adão e
Eva”, (vide Mensagem do Graal, a criação do ser humano).
Às referências simbólicas também mostraram que, ambas ás árvores se encontravam dentro
do jardim do Éden, ou seja, dentro do receptáculo terreno, sendo que a primeira árvore,
descrita como “árvore do conhecimento do bem e do mal” estava localizada exatamente no
centro desse jardim do Éden, ou seja, no centro desse receptáculo terreno.
Se “o jardim do Éden”, “representou simbolicamente na descrição do gênesis, os
receptáculos físicos materiais do casal humano, o masculino e feminino”, desenvolvido na terra
pelos primeiros seres humanos, a partir dos “Babais”, tinha que também ser perfeito em sua
forma e característica, através da atuação do espírito, para que tudo pudesse permanecer na
mais perfeita ordem e equilíbrio.
Mas também fora descrito no Gênesis, que o casal humano, fôra alertado através de uma voz que
vinha de dentro, e que fôra representada simbolicamente, como à voz de um anjo.

E essa voz, “a voz do anjo” alertava para uma determinada árvore que se encontrava no
centro desse jardim, cuja região, era no centro desse receptáculo material, mais
especificamente na parte superior, a qual fora descrita na história simbólica de “a árvore do
conhecimento do bem e do mal”.
Além disse, agora já é possível compreendermos, por que a primeira árvore além de se
encontrar no centro do jardim simbólico do Èden, “na parte superior do receptáculo material
dos primeiros seres humanos”, ela ainda era portadora de conhecimento, tanto de bem como
de mal.

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A Àrvore do conhecimento do bem e do mal e a Àrvore da vida
È exatamente aqui, onde se encontra a chave para interpretação correta do mistério, o qual
se refere a “árvore do conhecimento”, pois, como já é possível saber o que representava o
jardim simbólico, (receptáculo material), agora é mais fácil saber, o que representou no
simbolismo do gênesis, “a árvore do conhecimento do bem e do mal”.
Se o Jardim do Èder representou simbolicamente o receptáculo material utilizado pelo
germe espiritual, a partir do animal desenvolvido, á árvore a qual é referida no gênesis, só
poderia está localizado no centro do receptáculo terreno, e conforme descrevemos, está
especificamente localizado na parte superior desse receptáculo, tendo como referência, tanto
ao receptáculo feminino como ao masculino.
Fôra descrito também no simbolismo, que á árvore, era detentora de conhecimento, ou seja,
tinha conhecimento, tanto de bem como de mal, portanto, essa árvore, não poderia tratar-se de
um órgão qualquer do receptáculo terreno, no qual estava encarnada a centelha espiritual, mas
de um especifico órgão, pelo fato dessa parte ou desse órgão no receptáculo, também ser
detentor (a) de conhecimento.
Por isso agora a pergunta, qual era o órgão, sobre o qual fôra descrito no gênesis, como
referência simbólica “a árvore do conhecimento do bem e do mal”? Em relação ao qual, possa
ser interpretado como portador (a) de conhecimento? A resposta já está inerente á própria
pergunta e, nem é preciso quebrar muito a cabeça, para tentar decifrar o enígma, cujo òrgão,
representava simbolicamente “a árvore do conhecimento do bem e do mal”.
Portanto, de acordo com a analogia descrita, só há um único òrgão, em relação ao qual, era
portador de conhecimento, e esse, se encontra até hoje, no mesmo centro simbólico do
receptáculo material, utilizado pelo germe espiritual e, esse elemento simbólico representou no
receptáculo fisico, o cérebro, pois o Cérebro é o único que além de ser um órgão do receptáculo
material, ele também está localizado no centro do jardim, ou seja, no centro do receptáculo
material, e esse é, portanto, também o único que detém por natureza, desde a origem da
espécie animal/humana, (os babais), com a entrada do germe espiritial, conhecimento.
Sim, o único órgão do receptáculo material, que desde os primórdios, tem capacitação para
elaboração de pensamentos e palavras, é o cérebro e, esse cérebro é o único que está localizado
exatamente no centro do receptáculo material, representado pelo jardim, especificamente, na
parte superior da cabeça. Essa foi à principal razão, pela qual, os antigos profetas o
descreveram dessa forma, como ilustração do evento figurado no gênesis, e descrevê-lo
figuradamente como “a árvore do conhecimento do bem e do mal”.
Agora, portanto, ainda será necessário esclarecer, porque á árvore, ou seja, o cérebro,
também detinha conhecimento tanto de bem como de mal. Esse conceito, parece soar estranho
á muitos leitores, sobre o qual surge a pergunta, por que justamente “a árvore”, sobre a qual,
fora referida figuradamente no livro do gênesis, como detentora de “conhecimento de bem e de
mal”, deva tratar-se exatamente da parte cerebral, “o cérebro” que forma o raciocínio humano?
E é por isso que, antecipadamente, poderemos afirmar que é exatamente aì onde se
encontra a chave do mistério, sobre o qual envolve a árvore do conhecimento do bem e do mal,
como sendo o cérebro humano.
Diante do que já constatamos, e para que possamos avançar ainda mais nesse processo, será
necessário agora, pormenorizar ainda mais, a parte cerebral, na conformação física do corpo
humano, pois, o cérebro humano, aparentemente observado sob um ângulo mais externo,
parece ser um só, ou seja, uma única parte, mas que, observado por outro ângulo, e observando
em sua configuração mais interna, o qual inclusive, já fôra observado pela ciência terrena, está

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A Àrvore do conhecimento do bem e do mal e a Àrvore da vida
dividido ainda em duas partes distintas, por isso essas partes, foram posteriormente descritas e
denominadas pela própria ciência, de cérebro e cerebelo.
Na descrição acima é possível observar que o cérebro humano, representado
simbolicamente no gênesis como “á arvore do conhecimento do bem e do mal” trata-se de uma
dessas duas partes, pois, “esse cérebro”, que em sua conformação fisica, aparenta ser um só,
foram classificadas pela própria ciência, como duas partes distintas, cérebro e cerebelo.
O Cérebro, apesar da ciência tê-lo observado e descrito em suas pesquisas, como sendo
áquela parte cerebral, a qual está mais ligada de forma direta aos órgãos sensoriais do corpo
físico, “visão, audição, olfato, paladar e Tato”, ou seja, ao mundo material mais grosseiro da
terra, e de Têlo descrito como a parte responsável por controlar praticamente todas as
atividades do corpo, assim como o que ela denominou de raciocínio lógico, e de tê-lo definido
como sendo “a parte consciente do cérebro, apesar disso, a ciência não pôde avançar muito em
suas pesquisas, com exceção das constatações e diferenças entre as duas partes cerebrais,
Cérebro e cerebelo, denota-se, que mesmo com os avanços tecnológicos e que estão sendo
utilizados pela própria ciência atual, na tentativa de um maior avanço nesse sentido, e mesmo
após longos anos de estudos, pouco conseguiram avançar, com exceção daqueles cientistas que
se ocuparam com o estudo da psique humana, os quais fazem parte “os psiquiátras e os
psicólogos, que conseguiram de uma forma muito limitada, ter a percepção melhor através de
seus estudos, de que há algo além da psique humana.
Mas qual é o verdadeiro significado simbólico da segunda árvore, a árvore da vida?
Na descrição inicial do gênesis, fora expresso também que havia uma segunda árvore e essa
fora denominada simbolicamente de árvore da vida.
Essa segunda árvore, a árvore da vida, apesar de também está localizada no mesmo jardim
(corpo físico), estando essa ao lado ou nas proximidades da primeira, não trazia em si, como
premissa básica, na fenômenologia simbólica, o mesmo conceito de bem de mal como a
primeira, mas apenas de árvore promissora da vida através de seus frutos, sobre a qual pôde-se
observar como uma espécie de fonte promissora da vida, em relação a qual denota-se que, o
casal humano poderia, de acordo com as descrições simbólicas, provar ou comer de seus frutos
á vontade, sem nenhuma espécie de preocupação quanto aos seus efeitos, pois, esses frutos,
traziam em si, apenas efeitos benéficos ao casal humano, pois, na simbologia fôra dito que eles
poderiam provar ou comer, o quanto necessitassem, pois com toda certeza, não morreriam.
Se a segunda árvore, a árvore da vida, assim como a primeira, se encontrava também no
mesmo Jardim do Éden, (corpo físico), porém ao lado da primeira, conclui-se que essa
segunda árvore, só poderia representar simbolicamente, a outra parte cerebral, parte essa que
ficou conhecida pela ciência como “cerebelo”, conforme poderemos ver nas duas figuras
representativas abaixo:

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A Àrvore do conhecimento do bem e do mal e a Àrvore da vida
Diante disso, ficou plenamente claro que, a segunda árvore, representada simbolicamente
como árvore da vida, a qual também fôra descrita com outra denominação diferente da
primeira, só poderia tratar-se do cerebelo, o qual em seus efeitos colaterais resultantes das
sementes cultivadas e de seus frutos traria um resultado apens benéfico.
Em relação a essa outra parte, “o cerebelo”, apesar da ciência também tê-lo observado e
descrito em suas pesquisas, como sendo, áquela parte que, de alguma forma, atua no sentido
de estabelecer o equilibrio corporal, e de também dá estimulo aos músculos e aos tendões,
controlando também as atividades motoras, com desempenho essencial dos movimentos
voluntários e da aprendizagem, e de atuar como função essencial do tato, visão e audição, para
além dessas constatações, a própria ciência também não pôde avançar, pois, apesar das
inúmeras tentativas, através de penosos estudos, ela não saiu do patamar da terra de matéria
grosseira, a não ser as constatações dessas diferenças entre ambas as partes cerebrais, as quais
ela denominou de Cérebro e cerebelo.
O que representou simbolicamente a árvore do conhecimento do bem e do mal e a árvore da
vida?
Agora já poderemos concluir que; a parte simbólica representada pela “árvore do
conhecimento do bem e do mal no meio do jardim”, só poderia representar a parte cerebral, ou
seja, o cérebro que forma “o raciocínio humano”, o qual está localizado no centro do jardim do
Èden, (o corpo físico), além de ter ligação com o centro simbólico do plexo solar, pelo qual foi
transmitido a voz do anjo simbólico, foi por isso que na descrição simbólica fora dito que essa
árvore era plenamente portadora de conhecimento.
Através do novo saber descrito no livro “A mensagem do Graal, Na luz da verdade”, O
raciocínio nada mais é do que o efeito ou as formas pensamentos da vontade criadora do ser
humano, que é formada a partir dos pensamentos gerados da ligação que esse cérebro, o
cérebro anterior, tem com os órgãos sensoriais do corpo físico, os órgãos do sentido, conforme
descrevemos acima, os quais através dessa ligação entram em contato direto com tudo o que é
visível e palpável na terra, “sejam elas pessoas, seres ou a própria natureza”, assim como
também da vontade intuitiva do ser humano, proveniente da alma ou do espírito. Na formação
desse raciocínio os pensamentos têm de anteceder para poder formar as imagens, em relação a
tudo o que os órgãos sensoriais são capazes de ver e sentir no mundo mais visível e palpável, os
quais se tornam visíveis e palpáveis através desses órgãos sensoriais, formando a partir dos
órgãos do sentido as imagens através dessa parte cerebral, que forma o que conhecemos como
raciocínio. O mesmo acontece de dentro pra fora através da vontade intuitiva, quando a alma
ou o espírito ou mesmo um auxiliador, emite uma irradiação, de dentro pra fora através do
plexo solar em ligação com o cerebelo, chegando também até as partes cerebrais passando
pelos dois cérebros, cerebelo e cérebro anterior.
Os pensamentos que são gerados pela parte cerebral do cérebro e que formam o raciocínio,
o qual não tem capacidade de discernimento, poderá ser de espécie positiva ou negativa, boa
ou má, eis porque na descrição, essa parte fora descrita como “a árvore do conhecimento do
bem e do mal”, por que essa parte do cérebro não tem capacidade de discernimento próprio e
atua sempre como ferramenta do eu interior do ser humano, o espírito e, esse poderia se não se
atentasse a voz que vinha de dentro, via centro simbólico do plexo solar, alertando, ou a voz do
anjo, cultivar tanto sementes boas como sementes más, ou seja, sementes as quais, poderiam
resultar em frutos bons ou em frutos maus, se o casal humano não desse atenção à voz que
vinha do anjo, ou seja, da voz que vinha através da outra parte cerebral, o cerebelo, a árvore da

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A Àrvore do conhecimento do bem e do mal e a Àrvore da vida
vida, a voz do espírito, via centro simbólico do plexo solar, a qual conhecemos hoje como
intuição.
Além disso, por essa parte cerebral estar mais próxima da matéria grossa da terra, essa não
tinha capacidade de decisão própria, por ser apenas uma ferramenta do espírito e, por isso
necessitava da outra parte do cérebro “o cerebelo” via centro simbólico do plexo solar, para
auxiliá-lo nas tomadas de decisões e nas escolhas das espécies de sementes, as quais deveriam
ser direcionadas sempre pelo eu interior, o espírito.
Por quê? Por que essa parte cerebral do “Cerebelo” é a parte mediadora de outra espécie de
irradiação, via centro simbólico do plexo solar, a qual está em ligação direta com o núcleo
interior do ser humano “o espírito”, e que fôra denominada figuradamente no Gênesis “de
anjo”. Foi do espírito que partiu aquela voz, “voz interior” que hoje é conhecida por muitos
como “intuição”, a qual alertava para o estado de vigilância quanto ao provar do fruto da árvore
do conhecimento do bem e do mal, cultivado pelo “cérebro”, fruto esse que representava
simbolicamente “o princípio da tentação de Lúcifer”, princípio esse que fora representado
simbolicamente no gênesis como a tentação da serpente, o qual é hoje conhecido por toda
humanidade da terra e que trouxe no decorrer de gerações, o chamado princípio do erro, que
praticado pelo casal humano, resultou no “pecado original” e a consequência disso foi “o
pecado hereditário”, ou seja, o contínuo cultivo do princípio da tentação, ou do erro, como
sementes provenientes dos pensamentos e das palavras, cultivadas pela irradiação formada
pela parte cerebral do cérebro, a qual é hoje conhecida como raciocínio humano.
Esse princípio, “o da tentação”, o qual fôra descrito no gênesis como “a tentação da
serpente”, é o princípio que Lúcifer havia inserido na Criação, após a sua queda, antes desse
principio chegar à terra, pois quando esse princípio foi inserido por Lúcifer na criação, ele
ainda nem havia penetrado na matéria, nem tão pouco chegado até a terra, onde os espíritos
humanos se encontravam já em seu processo de desenvolvimento (vide livro, os primeiros
seres humanos) e, foi somente depois de muito tempo, que os seres humanos foram alertados,
sobre a queda de Lúcifer, e esse alerta foi “representado simbolicamente no gênesis, através do
princípio da tentação da serpente”, e nessa época, apesar dos seres humanos já se encontrarem
há um longo período de desenvolvimento na terra, sequer imaginavam sobre essas ocorrências
em outras partes da criação, pois, Lúcifer iniciou esse processo de desvio muito antes de seus
princípios adentrarem para as regiões da matéria, por isso demorou ainda bastante tempo até
que esse princípio “o da tentação” chegasse á terra, (vide livro, a mensagem do Graal, Na luz da
verdade, a criação do ser humano, o ser humano na criação e pecado hereditário), portanto, só
muito tempo depois ou milhares de anos após a queda de Lúcifer, é que esse princípio chegou
até o primeiro casal humano na terra, descrito no gênesis como “a tentação da serpente”,
porém, antes desse acontecimento ocorrer na terra, todos os seres humanos que se
encontravam em desenvolvimento aqui na terra, foram alertados sobre a queda de Lúcifer e do
princípio da tentação que ele havia inserido na criação, (vide Mensagem do Graal, o mistério
Lúcifer), e esse alerta veio exatamente na forma simbólica descrita no gênesis, “como tudo que
fôra descrito no gênesis”, através da parte cerebral da intuição, via centro simbólico do plexo
solar, descrito acima como a voz do anjo, se o casal humano tivesse dado ouvido a sua intuição,
ou a sua voz interior, a voz do anjo, mediada pelo cerebelo, via centro simbólico do plexo solar,
eles não teriam cometido o delito de provar do fruto da árvore do conhecimento do bem e do
mal, ou seja, não teriam provado do fruto proibido, ou seja, do fruto do raciocínio, ou
absorvido o princípio da tentação, representado simbolicamente pela “tentação da serpente”.

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A Àrvore do conhecimento do bem e do mal e a Àrvore da vida
O espirito, àquele “representado simbolicamente pelo anjo ou a voz do anjo” era o único que
tinha capacidade de alertar o cérebro, “a árvore do conhecimento do bem e do mal”, através do
cerebelo, via centro simbólico do plexo solar, “a árvore da vida”, pois, esse cérebro, o qual
representou “a árvore do conhecimento do bem e do mal”, em sua conformação não tinha
capacidade de decisão própria, e se essa parte cerebral que forma “o raciocínio humano”
aderisse ao princípio da tentação de Lúcifer “representado simbolicamente pela tentação da
serpente”, seria capaz de cultivar, tanto sementes boas como sementes más, resultando em
bons frutos ou maus frutos e, para que o princípio da tentação ou do erro, fosse absorvido pelo
casal, bastava que essa parte do cérebro do casal humano, “representada pela àrvore do
conhecimento do bem e do mal”, desse ouvido a voz da serpente, ou seja, que aderissem e
praticassem, conscientemente, o princípio da tentação inserido por Lúcifer, e dessa forma
desobedecesse à voz que vinha de dentro, via centro simbólico do plexo solar, “a voz do anjo”,
ou seja, “a voz interior”, a voz do espírito, por isso o alerta ou á advertencia fôra dado pelo
espírito, ou pelos auxiliadores espirituais.
O primeiro passo para interpretar corretamente o sentido simbólico e a função de cada
parte, era saber que aquela parte que tinha ligação mais próxima com os órgãos sensoriais, era
por sua natureza mais grosseira e propícia a formar tanto pensamentos bons como maus, não
tendo essa parte capacidade de discernimento próprio, por isso fora advertida para dar atenção
a voz que vinha de dentro, via centro simbólico do plexo solar, ou seja, “a voz do anjo”,
representada através da segunda parte cerebral, o cerebelo que forma “a intuição” pois, fôra
essa voz interior proveniente do espírito, que em ligação com essa parte cerebral do cerebelo,
que já havia alertado o cérebro sobre o princípio da tentação de Lúcifer como uma espécie de
semente ruim.
As espécies de sementes/frutos as quais foram representadas simbolicamente como
resultantes más, da árvore do conhecimento do bem e do mal, representou “o princípio da
tentação de Lúcifer”, ou seja, a tentação representada simbolicamente pela serpente, e essas
espécies de sementes/frutos são as mesmas ainda hoje cultivadas pela a maioria dos seres
humanos da terra através do mesmo cérebro que forma o raciocínio, sementes essas, as quais
até hoje são conhecidas e cultivadas, tais como; todos áqueles produtos negativos, ou formas
de pensamentos negativos, cultivados pelo ser humano ainda hoje na terra; A mentira,
vaidade, desconfiânça, inveja, ciúme, ódio, prepotência, arrogância, infidelidade, crueldade,
vingânça, calúnia, avareza, falsidade, covardia, vício, impudicícia, perversidade”, ganância,
luxúria, logro, e etc. A lista é grande, mas foram essas entre outras, as inúmeras
sementes/frutos que lúcifer inseriu na criação através do seu princípio, o da tentação, aderir,
aceitar ou praticar voluntariamente um desses princípios, a partir dos pensamentos palavras e
ações, os quais podem ser considerados como sementes em um processo de cultivo, simbolizou
naquela longínqua época, o provar ou comer do fruto da árvore do conhecimento do bem e do
mal pelo casal humano e os efeitos disso poderia levar a morte, ou seja, a morte espiritual ou a
morte do espírito, á morte eterna.
Dessa forma, com o decorrer do tempo, cada ser humano na terra, passou a desenvolver a
partir de determinadas espécies de irradiações, ou sementes cultivadas, geradas nessa parte
cerebral, formas/pensamentos que em sua essência, tinha a mesma espécie daquelas
irradiações que foram gradativamente transmitidas no início, as quais esclareceram como
sendo sementes ou irradiações da mesma espécie incutida por Lúcifer, através do princípio da
tentação, ou da serpente, o que só poderia ser cultivado através dessa parte cerebral “a árvore
do conhecimento do bem e do mal”, o cérebro que forma o raciocínio humano.

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A Àrvore do conhecimento do bem e do mal e a Àrvore da vida
De inicio tudo era aparentemente imperceptível, e que principiou com um simples foco de
pensamento negativo, mas fortalecido pela vontade intuitiva, conforme Abdruschin descreveu
em sua Mensagem do Graal, descrevendo esse processo figurado conforme segue abaixo:
O oferecimento da maçã pela mulher, processo esse, o qual representou a consciência adquirida
pela mulher e de seus atrativos perante o homem e a utilização intencionada dos mesmos. O fato de
aceitar e comer, por parte do homem, no entanto, foi a sua concordância a esse respeito, ou seja,
juntamente com o despertar do impulso de atrair a atenção da mulher somente sobre si mesmo,
com o que ele começou a se fazer desejado pela acumulação de tesouros e pela apropriação de
diversos valores. Com isso teve inicio o cultivo excessivo do raciocínio, ou seja, o pecado original, a
prática consciente do principio da tentação inserido por Lúcifer, com seus fenômenos colaterais de
cobiça, inveja, ganância, mentiras, opressões e de diversos outros principios. Com a prática
conciente desse principio, o que ficou conhecido como pecado hereditário, com o decorrer do
tempo foi se tornando cada vez mais visível na parte do cérebro, possibilitando o completo desvio, e
com isso, com o decorrer do tempo, também, o completo rompimento da ligação com a outra parte
cerebral, o cerebelo.

Roselis Von sass em seu livro “O Juizo final, também descreveu como esse processo ocorreu
e o qual resultou no chamado “pecado original e Hereditário”
Muitas pessoas se têm ocupado com essas perguntas no decorrer do tempo, porém ninguém achou
a resposta certa. O pecado original descrito na Bíblia, que teve por consequência o pecado
hereditário e a expulsão do Paraíso, não fornece nenhuma explicação sobre o mistério que o
envolve. Existem muitas interpretações, aliás, até fantásticas, e opiniões as mais diversas sobre
esse acontecimento, mas todas até agora têm sido ilógicas e erradas, visto que todas as pessoas que
trataram desse problema consideraram demasiadamente terrena aquela ocorrência espiritual
descrita na Bíblia. Muitas pessoas, até hoje, supõem que o Paraíso deve ser procurado na Terra…
No livro “Na Luz da Verdade”, Mensagem do Graal, de Abdruschin, encontramos o esclarecimento
certo também sobre o pecado original. Aliás, uma explicação através da qual desaparece tudo o
que é enigmático e misterioso acerca do pecado original. Resta apenas o grande falhar humano, a
culpa irreparável contra o amor do Criador!
O pecado original e o pecado hereditário, que dele se originou, foram provocados pelo cultivo
unilateral da parte anterior do cérebro,12 a que está sujeito o trabalho do raciocínio! O resultado
disso foi que a parte posterior do cérebro estacionou em seu desenvolvimento, atrofiando-se no
decorrer do tempo. Essa parte posterior do cérebro, atrofiada por culpa da humanidade, é hoje
denominada “cerebelo”.
No entanto, a atividade do cerebelo é de extraordinária importância, já que essa parte do cérebro
constitui o instrumento do espírito, mediante a qual é transmitida a intuição. Em lugar de intuição
poderíamos dizer consciência, voz interior ou também voz do espírito.
A intuição é uma onda de força que se origina no espírito. Tal onda de força é percebida pelo ser
humano onde o espírito, na alma, está em conexão com o corpo terreno, isto é, no centro do assim
chamado “plexo solar”.
Devido ao excessivo trabalho do raciocínio, a cooperação harmoniosa entre a intuição, proveniente
do espírito, e o raciocínio, preso ao espaço e ao tempo, ficou de tal forma perturbada, que já
desde muitos milênios a capacidade da intuição, isto é, a conexão com o espírito se acha
completamente interrompida. Essa desconexão da ligação espiritual equivale à “expulsão” do
Paraíso…13

Nesse mesmo trecho descrito por Roselis Von sass, há um complemento de imagens ou
personagens representativas, de como esse delito ocorrera no inicio desse processo, através de
duas descrições (“A Grinalda de Penas” e “A Dança de Mandra”), as quais se referem à prática
inicial, desse prinicpio de Lúcifer na terra.
Trecho extraído do livro “O juizo final”, de Roselis Von Sass.

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A Àrvore do conhecimento do bem e do mal e a Àrvore da vida
Esse processo da hereditariedade, provocado inicialmente através do delito causado pelo
casal humano, acabou levando ao completo rompimento da ligação que até então existia entre
o cerebelo e o cérebro, é o que se configurou também no chamado pecado original e
hereditário, o qual resultou com o tempo na completa separação entre os dois mundos, o
espiritual e a criação posterior, o universo material.
Com o decorrer do tempo, esse passou também a dominar sobre a outra parte cerebral, o
cerebelo, dificultando dessa forma em retransmitir e receber tudo o que era proveniente do
espírito, ou seja, daquilo que era mediado via centro do plexo solar e o cerebelo.
Depois dessa digressão, podemos voltar ao tema propriamente dito.
Porque o casal humano fora advertido quanto ao provar do fruto da árvore do conhecimento
do bem e do mal, se essa árvore representava simbolicamente o Cérebro humano?
Já naquela época distante os espíritos humanos provenientes do germe espiritual, do
paraíso, como descrevemos no início, já se encontravam há tempos presentes na terra, e se
desenvolviam naturalmente sem que nada até então pudesse interferir nesse processo de
desenvolvimento, e até então, eles nada sabiam sobre a queda do Arcanjo Lúcifer e nem sobre
o seu falso princípio, o qual ele já havia inserido na criação. Não era ainda do conhecimento do
casal humano, o saber sobre a verdadeira finalidade de cada uma dessas ferramentas e a forma
correta de utilização, pois Lúcifer era quem traria esse saber ao espírito humano em
desenvolvimento na terra, por essa razão, a advertência fora transmitida dessa forma, para que
o casal permanecesse em estado de alerta e vigilância em relação ao princípio da tentação,
incutido por Lúcifer na criação. Foi só muito tempo depois, que os espíritos humanos
receberam a notícia e foram alertados sobre essa queda e o princípio inserido por ele na
criação. Esse alerta veio através de auxiliadores espirituais, e foram transmitidos através das
duas partes cerebrais hoje conhecidas, os quais auxiliavam o espírito humano na terra naquela
longínqua época. Como o ser humano é dotado desde a sua origem com o livre arbítrio, cabia
ao casal humano, que fora alertado, aceitar ou não o princípio tentador, princípio esse que
depois, passou a ser conhecido por todos os seres humanos da época como; princípio da
tentação, por isso fora dito que eles praticaram o princípio de forma consciente, pois Lúcifer já
havia inserido o seu princípio em outras partes da criação, através de espíritos humanos que
ele havia desviado, inclusive desviou também um dos guardiões do Graal, “Amfortas”, o qual
absorveu em parte esse princípio da tentação e o praticou, assim como também outros
espíritos em outras partes do espiritual humano e no Paraíso, durante esse percurso de
descida, e que já haviam absorvido o seu princípio e praticado, “vide livro, o Juízo final de
Roselis Von Sass”, e livro a Mensagem do Graal, o mistério Lucifer”, portanto, esses espíritos,
já haviam decaído para as matérias, por já terem absorvido e praticado esse princípio, antes
mesmo dele chegar à terra de matéria grosseira. Para que esse princípio (o da tentação)
pudesse chegar até a terra onde se encontravam os seres humanos em desenvolvimento,
passaram-se milênios, mesmo assim o ser humano na terra ainda estava aparelhado de tal
forma, que ele não precisava ter aderido ao princípio, pois era dotado de capacitações
suficientes para tal e proteger-se, bastava que ele estivesse atento vigilante e pudesse dar
ouvidos a voz do anjo, via centro simbólico do plexo solar, ou seja, “a voz interior” a voz do
espirito, ou dos auxiliadores espirituais.
Essa foi a principal razão pela qual o casal humano fora advertido quanto ao provar do fruto
da árvore do conhecimento do bem e do mal, pois, existiam outros em outras partes da criação
que como eles, já haviam aderido a esse mesmo princípio, e haviam caído, pois, Lúcifer havia
se desviado por conta própria do verdadeiro princípio do qual era portador, “o principio do

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A Àrvore do conhecimento do bem e do mal e a Àrvore da vida
verdadeiro Amor”, e utilizou-se desses espíritos que ele havia desviado e que caíram, com a
finalidade de também através desses espíritos, auxiliá-lo a inserir seu princípio na matéria,
chegando até a terra, onde os espíritos humanos se desenvolviam, por essa razão fôra dado o
alerta.
Disse Abdruschin em sua Mensagem do Graal – Dissertação – O mistério Lucifer.
A tentação no Paraíso, narrada na Bíblia, mostra o efeito da introdução do princípio de Lúcifer, ao
descrever figuradamente como este, mediante tentação, procura verificar a força e a perseverança
do casal humano, a fim de logo lançá-lo impiedosamente no caminho da destruição, ante a menor
vacilação.
A perseverança teria sido equivalente ao alinhar-se jubilosamente à vontade divina, que está nas
leis singelas da natureza ou da Criação. E essa vontade, o mandamento divino, era de pleno
conhecimento do casal humano. Não vacilar seria ao mesmo tempo uma obediência a essas leis,
com o que o ser humano somente pode beneficiar-se, de modo certo e irrestrito, tornando-se assim
o “senhor da Criação” de fato, porque “segue com elas”. Então todas as forças tornar-se-lhe-ão
serviçais, se não se opuser a elas, e funcionarão automaticamente a seu favor.

Agora que já conhecemos quais foram às ferramentas utilizadas de forma simbólica para
esclarecer o fenômeno do Jardim e das duas árvores, agora foi possível então desmitificar as
configurações simbólicas do gênesis sobre o Jardim, e as duas árvores, a árvore do
conhecimento do bem e do mal e a árvore da vida.
Poderemos afirmar, portanto, que o cérebro é a parte que no gênesis foi representada
simbolicamente como a “árvore do conhecimento do bem e do mal”, parte essa também
responsável pela “elaboração do raciocínio humano”, raciocínio esse que no mundo grosseiro
da terra é onde são gerados os pensamentos humanos, tanto os pensamentos bons como
pensamentos maus.
Já o cerebelo é a parte que no gênesis foi representada simbolicamente como a ‘árvore da
vida”, e essa é áquela parte responsável pela elaboração da intuição humana, intuição essa que
no mundo mais fino, foi quem transmitiu o alerta através da parte cerebral do Cerebelo, via
centro simbólico do plexo solar, ao cérebro, o qual é responsável pela elaboração da intuição,
tanto do eu espiritual, como de medidores espirituais, através de pensamentos bons, os quais
alerta e adverte quanto a espécies de sementes/frutos ruins cultivadas pelo cérebro.
A espécie de pensamento elaborado pelo cérebro que forma o ‘raciocínio’, contêm já no
gérmen, as características dessas escolhas, podendo o pensamento ser de espécie boa ou má, se
a espécie escolhida for boa o resultado dos frutos a serem colhidos será também de espécie
boa, porém se a espécie na escolha for má, também os frutos serão de acordo com espécie de
sementes escolhidas e cultivadas, pois numa sementeira todos os frutos independentes da
espécie, deverão ser colhidos na época da colheita, conforme está nitidamente claro descrito na
lei universal da reciprocidade, “tudo o que semeares terás de colher”.
Aqui devemos nos atentar que, Lúcifer depois que inseriu o seu princípio da tentação por
meio da “árvore do conhecimento do bem e do mal”, ou seja, da parte cerebral que forma o
raciocínio, acabou com o tempo sendo absorvido por essa parte cerebral no casal humano, a
qual foi absorvido e praticado primeiro pela parte feminina, conforme fora descrito no Gênesis
e depois também absorvido e praticado pela parte masculina, a qual passou a praticar também
conscientemente, com o início dessas práticas, por parte do casal humano na terra, acabou
resultando no princípio do erro, ou seja, no pecado original.
O efeito decorrente desse processo, o qual foi representado simbolicamente como o repasse
de forma simbólica da parte do fruto da árvore do conhecimento ou do princípio da tentação

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A Àrvore do conhecimento do bem e do mal e a Àrvore da vida
do feminino “a mulher” para a parte masculina “o homem”, representou para posteridade o
pecado hereditário, o qual surgiu do pecado original, ou seja, a retransmissão do mesmo
princípio da tentação para outros seres humanos na terra, que também, assim como os
primeiros, absorveram e praticaram.
A partir do pecado hereditário, depois que o casal humano provou do fruto da árvore do
conhecimento do bem e do mal, agora conhecido por todos como a parte cerebral que forma “o
raciocínio”, essa parte entrou em atividade constante através do cultivo unilateral da parte do
cérebro, pois essa parte também mais grosseira, só deveria atuar como mediadora para a parte
mais grosseira da matéria da terra, por essa estar limitada a essa parte da terra.
A outra parte cerebral, “o cerebelo”, parte receptora da voz interior do espirito, que deveria
atuar como mediadora entre o espirito e o raciocínio, via centro simbólico do plexo solar,
acabou com o decorrer do tempo e em virtude do cultivo excessivo da outra parte cerebral, a
ser automaticamente reprimida e impedida em sua atividade normal, ou seja, bloqueada. Em
virtude disso, essa parte se tornou menor, enquanto a outra cada vez maior, e acabou com o
tempo por dificultar toda e qualquer compreensão sobre qualquer saber vindo do espiritual, e
no decorrer de milênios, quase tudo o que se referia ao saber proveniente da vontade Deus,
vindo do espiritual através de auxiliadores espirituais e enteais, acabou sendo com o tempo,
completamente interrompido pela parte cerebral do raciocínio, “o cérebro”, ou seja, essa parte
não assimilava mais nada que viesse do espírito, “a voz interior”, conhecida no gênesis como a
voz do anjo” e com o tempo nada mais poderia ser recebido e retransmitido á terra, através da
parte do cerebelo de todo e qualquer saber proveniente de Deus, esse evento também descrito
no gênesis, ficou conhecido simbolicamente como o domínio de Caim sobre Abel, ou seja, o
domínio do raciocínio sobre a intuição, o qual representou simbolicamente na Bíblia, como a
morte de Abel (a intuição), praticada por Caim (o raciocinio).
Conforme esclareceu Abdruschin em sua “Mensagem do Graal Na luz da verdade” na
dissertação “a ferramenta torcida”.
Cabe a uma parte da massa cerebral do cerebelo a tarefa de captar o que é espiritual, como uma
antena, e retransmiti-la a outra parte cerebral, “o cérebro”, para que depois de recebido essa outra
parte, “o cérebro” que gera o raciocínio, pudesse transformar o que é então captado, para utilização
na terra de matéria grosseira. Da mesma forma em sentido inverso, deveria o cérebro, que gera “o
raciocínio”, captar da matéria grosseira todas as informações através dos órgãos sensoriais e
transformá-las em irradiações, “somente boas irradiações”, e retransmiti-las ao “cerebelo”, para
que essa parte pudesse receber e transformá-las em “bons frutos” para o mundo de matéria fina,
pois é nesse mundo onde são cultivadas todas “as sementes” para ulterior colheita do ser humano
na terra de matéria grosseira, pois, ambos os mundos estão unidos, separados apenas pelo corpo
físico do ser humano, deveria ambos os cérebros trabalhar inicialmente dessa forma, em harmonia
completa, para que uma parte em ligação com a outra, possibilitasse o desenvolvimento do espirito,
o único que viera para essa parte da matéria com o objetivo de desenvolver-se progressivamente
para o amadurecimento do espiritual.
O objetivo principal de ambos os cérebros, era de efetuar um trabalho em harmonia, através de
uma ligação conjunta entre ambos os mundos, no sentido de cultivarem apenas sementes boas.
Assim estava nas determinações iniciais da vontade criadora, inserida em sua leis.
Como, porém, pelo excessivo cultivo unilateral do cérebro, esse acabou gradativamente dominando
tudo em sua atividade na terra, e assim ficou perturbada a harmonia indispensável do trabalho em
conjunto de ambos os cérebros e, com o tempo, acabou perturbando tudo em relação ao atuar
correto do espirito na matéria.
Através do excessivo cultivo da parte cerebral do “Cérebro, a árvore do conhecimento do
bem e do mal” a parte receptora “o cerebelo que forma a intuição, a árvore da vida”, que
captava tudo que era proveniente do espiritual, ficou dessa forma com o tempo, retardada no seu

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A Àrvore do conhecimento do bem e do mal e a Àrvore da vida
desenvolvimento e de certa forma até atrofiada, diminuindo inclusive de tamanho, enquanto que a
outra parte “o cérebro que forma o raciocínio”, se tornou cada vez mais crescido e
desenvolvido em sua atividade através do consequente e excessivo aprendizado terreno, na maioria
das vezes cultivando apenas sementes que era mal e com o tempo essa parte acabou por
interromper completamente a ligação entre ambas às partes. Essa interrupção ficou conhecida nas
histórias da criação como “o fechamento do paraíso”, porque a parte do cerebelo não conseguia
mais transmitir e nem receber, nada que viesse de ambas as partes, para um trabalho em conjunto
e em ligação com o Cérebro, e que pudesse ser retransmitido à matéria grosseira da terra. Com isso
a parte do cérebro que forma o raciocínio acabou por absorver uma maior atividade somente na
parte da terra de matéria grosseira, não podendo essa captar mais nada que viesse através da parte
do cerebelo como forma de corrigir o erro que a parte do cérebro transmitia de forma desfigurada
como formas de pensamentos criadas pelo raciocínio e, que fora incutida pelo principio da tentação
de Lúcifer e com o tempo essa parte acabou dominando tudo na terra, (Caim, o raciocínio),
perdendo a completa conexão entre ambos os mundos.
Hoje são poucos os seres humanos em quem ambas as partes cerebrais na terra, “descritas de
forma figurada na bíblia como á árvore do conhecimento do bem e do mal” “cérebro”
e árvore da vida “cerebelo”, se encontra mais ou menos em harmonia, pois em todos os seres
humanos sem exceção, essa harmonia fora perturbada através do exagerado cultivo do raciocínio.
Nesses seres humanos é possível observar grandes diferenças, porque nesses é possível observar
que eles se sobressaem do costumeiro padrão comum na terra, eles acabam se destacando mais por
grandes inventos, assim como acabam desenvolvendo mais no seu dia a dia, uma capacidade
intuitiva mais apurada, que se diferenciam de outros. Eles conseguem captar facilmente muita coisa
proveniente do espiritual, que outros seres humanos só conseguem captar mediante penosos
estudos e mesmo assim com pouca capacidade de assimilação.
Abdruschin – A ferramenta torcida

Abdruschin também em sua mensagem do Graal pôde esclarecer em mais um trecho, numa
simples visão, como esse processo ocorreu e o caminho pelo qual atuaram as duas partes
cerebrais:
...O fenômeno todo é na realidade muito simples. Quero repetir mais uma vez: o espírito, com o
auxílio do plexo solar, impressiona a ponte a ele dada, imprime, portanto, uma determinada
vontade em ondas de força no instrumento a ele dado para tanto, o cerebelo, que logo retransmite
ao cérebro anterior o que recebeu. Nesse retransmitir já se processou uma pequena modificação
pela compressão, visto que o cerebelo acrescenta algo de sua própria espécie. Como elos articulados
de uma corrente, assim atuam os instrumentos no corpo humano, os quais estão à disposição do
espírito para utilização. Todos eles agem, porém, apenas formando, (pensamentos e palavras) não
podem diferentemente. Tudo quanto lhes é transmitido, eles formam de acordo com sua própria
espécie peculiar, (bem ou mal, bom ou ruim). Dessa maneira, também o cérebro anterior recebe a
imagem transmitida pelo cerebelo e, de acordo com sua espécie um pouco mais grosseira,
comprime-a pela primeira vez em conceitos mais restritos de espaço e tempo, com isso, torna-a
mais densa e a faz chegar assim ao mundo fino material, já mais palpável, das formas de
pensamentos. Logo a seguir, porém, já forma também palavras e frases, que, então, por meio dos
órgãos da linguagem, (palavra ou escrita) penetram como ondas sonoras formadas na fina matéria
grosseira, para aí, por sua vez, provocar um novo efeito, o qual acarreta o movimento dessas ondas.
A palavra falada é, portanto, uma manifestação das imagens por meio do cérebro anterior, (Cérebro
responsável pelo raciocínio). Este, porém, também pode dar a direção da manifestação, em vez de
aos órgãos da linguagem, aos órgãos da movimentação, pelo que se origina, em lugar da palavra, a
escrita ou a ação.
Abdruschin – “Mensagem do Graal Na luz da verdade”, dissertação “a ferramenta torcida”.

Roselis Von sass em seu livro intitulado “o juízo final”, também descreveu sobre o que
representou figuradamente o conceito sobre “Caim e Abel”, na descrição simbólica do Gênesis.
Caim e Abel
Tomemos, como último exemplo, um acontecimento descrito no Velho Testamento da Bíblia. Trata-

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se de “Caim e Abel”!
Sabemos através da Mensagem do Graal, de Abdruschin, “Na Luz da Verdade”, que a Bíblia era em
primeira linha um livro espiritual, dando-nos esclarecimentos sobre fatos espirituais. Muito antes
do tempo de Cristo, um vidente recebeu e retransmitiu, corretamente, a história de Caim e Abel. O
quadro espiritual foi-lhe mostrado de tal maneira, que não poderia haver dúvidas… Só muito,
muito mais tarde, quando os velhos textos dos videntes e profetas foram revisados novamente, para
que se tornassem mais “compreensíveis” aos seres humanos, é que a Verdade original foi tão
turvada e até falsificada, que a maior parte dos seres humanos interpretavam as descrições da
Bíblia como acontecimentos ocorridos na Terra.
A história de Caim e Abel não deveria ser apenas um ensinamento para o ser humano não cobiçar
os bens de seu irmão, tampouco apenas ter o sentido de que não deveria matar para se apropriar
dos bens alheios… Tais delitos poderiam ser redimidos, se o arrependimento fosse sentido de
modo intuitivo e profundo, sendo reparados também os danos. Naturalmente, a extinção de tal
culpa não é fácil, contudo existe a possibilidade de uma reparação.
O quadro original recebido pelo vidente sobre Caim e Abel era o seguinte:
Caim e Abel! O vidente viu espiritualmente duas figuras humanas, que apesar da diferença exterior
estavam ligadas entre si de alguma forma. Caim (o cérebro que gera o raciocinio) era um tipo
rústico, feio, sua cabeça desproporcionalmente grande em comparação ao corpo. Tinha também
algo de brutal e ardiloso. Seus interesses eram dirigidos exclusivamente para as coisas terrenas.
Tudo quanto estivesse fora disso, ele combatia implacavelmente. Corporificava o ser humano
preso à matéria, brutal, não obstante covarde, que adorava seus ídolos terrenos…
Abel (o cerebelo que gera a intuição), era exatamente o contrário. Belo e bem-proporcionado.
Também sua vestimenta era mais leve e clara. Em seus olhos brilhava o amor e a alegria de viver;
seu olhar muitas vezes se elevava em silencioso agradecimento à Luz. Apesar da diversidade, Caim
e Abel pertenciam-se um ao outro. (pertenciam ao mesmo jardim, o corpo fisico), Mesmo
não querendo saber nada sobre Abel, Caim tinha de aturar sua presença, pois este não o
abandonava. Embora ele o tratasse com todo o desprezo, Abel procurava incansavelmente
despertar nele um anseio espiritual… (a voz do anjo, da intuição espiritual).
Todos os esforços de Abel foram em vão; seu amor e paciência aborreciam Caim. E ao mesmo
tempo ele também os temia. Certo dia a voz de Abel (a voz do anjo, a intuição) começou a ficar
mais fraca. Somente muito baixinho suas palavras exortantes chegavam ao ouvido de Caim…
Apesar disso… Abel ainda se encontrava próximo. Ele movimentava-se apenas lentamente e parecia
estar doente e fraco, até transparente, e mesmo nesse estado Caim não podia suportar sua
presença.
“Então Caim matou Abel (rompeu-se a ligação entre o cérebro e o cerebelo e a voz da
intuição, a partir de então não foi mais ouvida), e a voz do seu sangue absorvido pela terra,
clamou para o céu”… (o alerta espiritual que subiu até os páramos luminosos, até o reino
de Parsival, através de Loheragrin, de que o princípio da tentação de Lúcifer havia sido
absorvido e praticado pelo raciocinio humano na terra).
E o Senhor amaldiçoou Caim… (o raciocínio humano com as suas práticas contrárias à
luz, o pecado hereditário). Nesse momento se tornou visível o sinal dos condenados em sua
testa. (o X). A partir desse instante Caim foi banido do reino de Éden, o reino da Luz. (Rompeu-
se a ligação entre o Cerebro e o cerebelo, separando os dois mundo entre a matéria
fina e grosseira, entre o corpo e a alma). Desde então, passou a viver bem longe, no reino
hostil de ‘Nod’, que é o reino lúgubre dos renegados…” (Aqui trata-se do reino das trevas
para onde os espiritos presos excessivamente ao raciocinio eram direcionados pela
lei da gravidade espiritual, após a morte terrena).
O quadro espiritual mostrado ao vidente, sobre Caim e Abel, impressionou-o profundamente. Sim,
era para ele uma revelação. Pois naquela época dominava desavergonhada idolatria por toda a
parte na Terra, e por toda a parte os seres humanos se combatiam e se tornavam inimigos… Os
bem-intencionados sofriam e procuravam os motivos da situação calamitosa.
O motivo foi o Caim dominador, o cérebro, o raciocínio. O raciocínio queria ser o senhor e não o
servo. Não queria mais ouvir a voz do seu espírito. Essa voz exortante interior tornou-se-lhe

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incômoda…
Caim, o raciocínio preso à Terra, e Abel, o espírito ligado à Luz… Caim, o raciocínio, opôs-se
tanto tempo à voz de Abel, a voz do espírito, que finalmente o matou…
O que é o ser humano sem espírito? Matéria perecível, nada mais. Certa vez um escritor, cujo
nome não lembro mais, emitiu em poucas palavras uma correta definição. Ele escreveu:
“Quem separa a carne do espírito, obtém um resultado esquisito. O ser humano transforma-se
numa estátua, para a qual, na realidade, não há mais utilidade!”
Caim e Abel! Os filhos de Adão e Eva!…
Adão e Eva são dois seres nos reinos da Luz que nunca estiveram encarnados na Terra;
corporificam o supremo espiritual humano… O masculino positivo e o feminino negativo. O fato de
Caim e Abel terem sido designados como filhos de Adão e Eva devia indicar que o quadro espiritual
visto pelo vidente se refere aos seres humanos. Abel, o espírito humano, mais fino, almejando pela
Luz, que no entanto se tornou indolente, e Caim, o raciocínio grosseiro, preso à Terra. Apesar de
diferentes, um necessita do outro. Sem a cooperação harmoniosa entre ambos não há
desenvolvimento no sentido da Luz. Consequentemente não há libertação nem ressurreição…
“Caim matou Abel, e a voz do seu sangue absorvido pela terra, clamou para o céu…”
Com a expressão sangue deve-se entender o espírito. O espírito sacrificado à Terra, à matéria, ao
raciocínio. O espírito que sem oposição se deixou sacrificar.
Sempre que for mencionado o sangue em um escrito espiritual deve-se entender aquilo que se
acha estreitamente ligado ao espírito. Pois é o espírito que forma o sangue.
No meio da gestação, quando o corpo da criança está em formação, é que o espírito encarna. Daí,
então, é que o próprio sangue do corpo da criança começa a circular. Quando o espírito, por
ocasião da morte terrena, abandona o corpo é que o sangue deixa de existir. O leitor encontrará
esclarecimentos mais detalhados no livro “Na Luz da Verdade”, Mensagem do Graal, de
Abdruschin, vol. 3, dissertação O mistério do sangue.
Roselis Von Sass

Aqui encerro minha interpretação sobre os conceitos simbólicos descritos no Gênesis da


Bíblia, em relação fenômeno espiritual, das duas espécies de àrvores dentro do jardim do Èden,
a “árvore do conhecimento do bem e do mal” e a “árvore da vida”. Diante do esclarecido acima,
espero ter contribuido de alguma forma para elucidação das simbologias ali expostas, e que
possam elas servir de base espiritual, na direção do despertar dáqueles leitores que ainda não
adormeceram no sono da morte espiritual, ou seja, áqueles que ainda estão espiritualmente
despertos, e que através dessas elucidações, eles possam encontrar ainda a tempo o elo de
ligação para uma saída do caos em que se encontram na terra, e dessa forma seguir numa nova
direção, na direção da luz, para que assim, se tornem capazes de reconhecer conscientemente,
onde e como ocorrera o grande falhar do espírito humano na terra, e corrigí-lo, pois do
contrário, ele jamais sairá do atual caos em que se encontra, caos esse que o enveredou por
caminhos falsos e que ainda hoje, os mantém eternamente presos aos limites de espaço e
tempo da matéria grosseira da terra, e que através do Cérebro, responsável pelo raciocínio, “a
árvore do conhecimento do bem e do mal”, os manteve e mantém ainda hoje, presos á matéria
grosseira da terra.
Autor desconhecido

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