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Universidade Licungo

Faculdade da educação

Curso de Psicologia Educacional

Balbina Arcanjo

Cristina Luís Faquira

Laura Neto

José Missiri

Samuel dos Santos

Aprendizagem Motora
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Beira

2024
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Balbina Arcanjo

Cristina Luís Faquira

Laura Neto

José Missiri

Samuel dos Santos

Aprendizagem Motora

O presente trabalho da cadeira de


Psicomotricidade, subordinado
ao tema:
Aprendizagem Motora, a ser entregue
à
docente da cadeira, é de caracter
avaliativo.

Docente: Msc. Laurina Guacha

Beira

2024
Índice
4

I. Introdução....................................................................................................................................4

II. Aprendizagem motora................................................................................................................5

2.1 Desenvolvimento motor............................................................................................................5

2.2 O início da motricidade............................................................................................................6

2.3 Os Níveis de Aprendizagem.....................................................................................................7

2.3.1 Nível de Conhecimento.........................................................................................................7

2.3.2 Nível de Compreensão...........................................................................................................7

2.3.3 Nível de Aplicação................................................................................................................8

2.3.4 Nível de Análise....................................................................................................................8

2.3.5 Nível de Síntese.....................................................................................................................8

2.3.6 Nível de Avaliação................................................................................................................8

2.4 Movimentos..............................................................................................................................9

2.4.1 Básicos.................................................................................................................................10

2.4.2 Reflexos...............................................................................................................................10

2.4.3 Perceptivo............................................................................................................................11

2.4.4 Criativo................................................................................................................................12

2.4.5 Habilidades básicas e destreza.............................................................................................13

2.5 Modelo de aprendizagem perceptiva-motora.........................................................................15

III. Conclusão...............................................................................................................................17

IV. Referências bibliográficas......................................................................................................18


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I. Introdução

O movimento é produzido pelo sistema nervoso e cada pessoa tem comportamentos de


movimento únicos que são específicos de sua composição genética, chamados de padrões
motores. A capacidade de aprender como afectar as reacções do sistema nervoso ao aprender
novas habilidades e modificar as existentes é o aprendizado motor.

O cerebelo e os gânglios da base são as regiões primárias do cérebro que afectam a aprendizagem
motora. O cérebro humano avançado é capaz de aperfeiçoar as habilidades motoras, mesmo tão
subtis quanto os reflexos, por meio de treinamento repetitivo. Um aspecto chave dessa habilidade
é a automação dos movimentos que podem ser alcançados com bastante repetição. Um óptimo
exemplo disso é dirigir. A maioria das pessoas concorda que, depois de um tempo, os
movimentos de dirigir se tornam uma segunda natureza.

1.1 Objectivos:

1.1.1 Objectivos gerais:

 Compreender a aprendizagem motora e o desenvolvimento motor.

1.1.2 Objectivos específicos

• Descrever os níveis de aprendizagem;


• Descrever os movimentos;
• Descrever os modelos de aprendizagem perceptiva-motora.

1.3 Metodologia

Boaventura (2009, p. 64) afirma que todo trabalho de investigação científica necessita de um
potencial bibliográfico, o que confere a pesquisa maiores fundamentos. Tratando-se de um
trabalho académico, para melhor compreensão usou-se o método de consulta bibliográfica.
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II. Aprendizagem motora

Pellegrine (2000) diz que a aprendizagem motora é uma melhora significativa no desempenho,
tem sua inferência na capacidade do indivíduo executar uma determinada tarefa, melhora essa
que ocorre em função da prática.

A maioria dos autores relatam que a aprendizagem motora como a associação de um conjuntos
de processos com a experiência, entenda-se experiência como uma prática que conduz a
mudanças significantes na execução do desempenho da habilidade.

Segundo Cidade et al (sd) define aprendizagem motora, enfatizando os seguintes aspectos: a) a


aprendizagem resulta da prática ou da experiência; b) a aprendizagem não é diretamente
observável; c) as mudanças na aprendizagem são observadas nas mudanças na performance; d) a
aprendizagem envolve um conjunto de processos no sistema nervoso central; e) a aprendizagem
produz uma capacidade adquirida para a performance; f) as mudanças na aprendizagem são
relativamente permanentes. A aprendizagem motora, portanto, dá-se por meio de uma
combinação complexa de processos cognitivos e motores.

Para Martins & Ivanov (2009) é através da interação do indivíduo com o meio ambiente que são
desenvolvidas as modalidades sensoriais.

Para trabalhar com indivíduos portadores de necessidades especiais, é preciso ter o conhecimento
necessário para lidar com os desafios e esforços que esses grupos apresentam. Será abordada a
deficiência auditiva, como instrumento de estudo, e como o aprendizado motor ocorre nessas
situações.

O aprofundamento acerca da aprendizagem motora para portadores de deficiência auditiva é


preciso que se tenha o conhecimento de seus conceitos, classificações e implicações.

2.1 Desenvolvimento motor

Segundo Gallahue e Ozmun (2003, p.03), “o desenvolvimento motor é a continua alteração no


comportamento ao longo do ciclo da vida, realizado pela interação entre as necessidades da
tarefa, a biologia do individuo e as condições do ambiente”.
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É o estudo do comportamento motor em pessoas normais ou não, abrangendo diferentes faixas


etárias, onde estabelece conceitos básicos que fundamente a sua ação pedagógica. (PALAFOX,
2009, p.03).

2.2 O início da motricidade

No que concerne ao início da existência de motricidade na vida de um ser humano, Filho (2010)
remete para a fecundação do óvulo pelo espermatozóide em que começa a existir herança
biológica, isto é, genótipo. Daqui em diante, dá-se todo o processo de desenvolvimento do ser
humano, como os músculos, as articulações, o sistema nervoso, entre outras partes do corpo
humano (Filho, 2010). Além deste desenvolvimento do feto, agrega-se-lhe o tipo de vida que a
mãe tem, as suas condições de existência, o meio sócio cultural, os hábitos alimentares, a
higiene, a saúde, as actividades no trabalho e no lazer, as possibilidades de acesso a serviços de
saúde, os relacionamentos, entre outras variáveis (Filho, 2010).

Mais tarde, durante o parto, junta-se a todo o processo, mais um conjunto de elementos que vão
condicionar, sendo eles as circunstâncias em que acontece e o processo de se tornar um
organismo independente da mãe (Filho, 2010).

Logo após o parto, aparecem os primeiros relacionamentos d bebé com o mundo, primeiro de
forma involuntária, mais tarde, com a maturação, através d respostas voluntárias a diferentes
estímulos (Filho, 2010).

A motricidade surgiu como uma maneira de acabar com a percepção fragmentada e


especializada, dando lugar a um padrão mais complexo. De modo geral, a motricidade humana é
o conjunto de capacidades e habilidades motoras de um indivíduo, resultante de sua
aprendizagem, com possibilidades e limitações associadas à estrutura biológica dos seres
humanos e de cada pessoa, em especial.

No contexto da educação física, a motricidade humana implica uma nova realidade de


compreensão corporal. Por meio dela, é possível conhecer diversos métodos que possibilitam
ampliar o nível funcional das capacidades condicionais e coordenativas.
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Quer saber o que é motricidade humana? Acompanhe nosso artigo e saiba como ela é importante
para quem deseja melhorar o desempenho na educação física.

2.3 Os Níveis de Aprendizagem

Os níveis de aprendizagem são uma forma de categorizar o conhecimento e as habilidades de um


indivíduo em relação a um determinado assunto. Eles representam diferentes estágios de domínio
e compreensão, permitindo uma avaliação mais precisa do progresso e do desempenho do
aprendiz.

2.3.1 Nível de Conhecimento

O nível de conhecimento é o mais básico da taxonomia de Bloom. Nesse estágio, o aprendiz é


capaz de lembrar e reconhecer informações, fatos e conceitos. É o ponto de partida para a
construção de conhecimento mais complexo.

No nível de conhecimento, o aprendiz pode identificar, listar, descrever e definir termos e


conceitos relacionados ao assunto em questão. É importante ressaltar que esse nível não envolve
a compreensão ou a aplicação do conhecimento, apenas a sua retenção.

2.3.2 Nível de Compreensão

No nível de compreensão, o aprendiz é capaz de demonstrar uma compreensão mais profunda do


conhecimento adquirido. Ele pode explicar, interpretar e resumir informações, relacionando-as a
outros conceitos e contextos.

Além disso, no nível de compreensão, o aprendiz é capaz de identificar padrões, inferir


significados e fazer previsões com base no conhecimento adquirido. Esse nível envolve uma
análise mais crítica e reflexiva do conteúdo.
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2.3.3 Nível de Aplicação

No nível de aplicação, o aprendiz é capaz de utilizar o conhecimento adquirido em situações


práticas e reais. Ele pode resolver problemas, tomar decisões e aplicar conceitos e princípios em
contextos diferentes.

Esse nível envolve a transferência do conhecimento para novas situações, exigindo do aprendiz a
capacidade de adaptar e aplicar o que foi aprendido de forma flexível e criativa.

2.3.4 Nível de Análise

No nível de análise, o aprendiz é capaz de examinar e decompor o conhecimento em partes


menores, identificando relações e padrões. Ele pode comparar, contrastar e classificar
informações, identificando semelhanças e diferenças.

Esse nível envolve uma análise mais aprofundada do conteúdo, permitindo ao aprendiz
compreender as estruturas subjacentes e as interconexões entre os diferentes elementos.

2.3.5 Nível de Síntese

No nível de síntese, o aprendiz é capaz de integrar e combinar diferentes partes do conhecimento


para criar algo novo. Ele pode gerar hipóteses, criar modelos e propor soluções inovadoras.

Esse nível envolve a capacidade de pensar de forma criativa e original, utilizando o


conhecimento adquirido para gerar novas ideias e abordagens.

2.3.6 Nível de Avaliação

No nível de avaliação, o aprendiz é capaz de fazer julgamentos e avaliar a qualidade, a validade e


a relevância do conhecimento adquirido. Ele pode argumentar, justificar e tomar decisões com
base em critérios estabelecidos.

Esse nível envolve uma análise crítica e reflexiva do conteúdo, permitindo ao aprendiz avaliar
diferentes perspectivas e tomar decisões informadas.
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2.4 Movimentos

A aprendizagem motora refere-se à capacidade de aprender novos movimentos, modificar


movimentos existentes e aprimorar habilidades motoras. Vamos explorar mais detalhadamente:

1. Comportamentos de Movimento Únicos:


o O movimento é produzido pelo sistema nervoso, e cada pessoa tem padrões
motores específicos, determinados por sua composição genética. Esses
comportamentos de movimento únicos são a base para a aprendizagem motora.
2. Aprendizado de Novas Habilidades Motoras:
o A aprendizagem motora está presente nas subtilezas dos reflexos e no
aprendizado de novas habilidades.
o Por exemplo, bebés aprendendo a engatinhar e andar estão envolvidos na
aprendizagem de novas habilidades motoras.
3. Modificação de Habilidades Motoras Existentes:
o Além de adquirir novas habilidades, a aprendizagem motora também permite
melhorar habilidades motoras já existentes. o Por exemplo, aprender a usar uma
tesoura ou a escrever envolve modificar habilidades motoras preexistentes.
4. Automação de Movimentos:
o O cérebro humano avançado é capaz de aperfeiçoar habilidades motoras por meio
de treinamento repetitivo.
o A automação dos movimentos ocorre com a prática constante, tornando-os uma
segunda natureza. Um exemplo é dirigir, onde os movimentos se tornam
automáticos com o tempo.
5. Reabilitação Física:
o A aprendizagem motora também é essencial na reabilitação física. o Após um
trauma ou cirurgia, as habilidades motoras antigas podem precisar ser
reaprendidas ou ajustadas para que a pessoa recupere a capacidade de se mover
como antes.
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Em resumo, a aprendizagem motora abrange desde os primeiros passos de um bebé até aprimorar
as habilidades de um violinista profissional. É uma parte fundamental do nosso desenvolvimento
e adaptação contínua às demandas do mundo físico.

2.4.1 Básicos

A aprendizagem motora refere-se à capacidade de aprender novos movimentos, modificar


movimentos existentes e aprimorar habilidades motoras. Ela está presente em várias situações,
desde os reflexos subtis até o aprendizado de novas habilidades e a reabilitação física.

Na educação básica, as habilidades motoras fundamentais desempenham um papel crucial no


desenvolvimento físico das crianças. Essas habilidades permitem que elas realizem movimentos
básicos essenciais para sua saúde e bem-estar. As habilidades motoras fundamentais incluem:

1. Correr: A capacidade de se mover rapidamente em uma direcção.


2. Pular: A habilidade de saltar com os dois pés ou um pé de cada vez.
3. Lançar: A capacidade de arremessar objectos, como uma bola.
4. Pegar: A habilidade de agarrar objectos em movimento.
5. Equilibrar: A capacidade de manter a estabilidade em diferentes posições.

Essas habilidades formam a base para o desenvolvimento motor mais avançado e são essenciais
para a participação em actividades físicas e esportivas. Portanto, é importante que as crianças
tenham a oportunidade de praticar e aprimorar essas habilidades desde cedo.

2.4.2 Reflexos

A aprendizagem motora é a capacidade de aprender novos movimentos, modificar movimentos


existentes e aprimorar habilidades motoras. Ela está presente em várias situações:

1. Reflexos: Os reflexos são respostas automáticas e estereotipadas a estímulos específicos.


Eles não podem ser aprendidos, modificados ou aprimorados pelo aprendizado. Por
exemplo, quando furamos o dedo com uma agulha, o toque estimula um neurónio
sensitivo que envia o impulso até a medula, resultando em uma resposta reflexa.
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2. Aprendizado de Novas Habilidades Motoras: Isso ocorre quando adquirimos novas


habilidades que envolvem movimento. Por exemplo, bebés aprendendo a engatinhar e
andar estão passando por aprendizado motor.
3. Melhoria de Habilidades Motoras Existentes: Aqui, a meta é aprimorar habilidades já
adquiridas. Por exemplo, melhorar o desempenho esportivo ou aprender a desenhar, que
usa muitas das mesmas habilidades motoras adquiridas ao aprender a escrever.
4. Reabilitação Física: Quando ocorre um trauma (como ferimento ou cirurgia) ou
mudanças significativas (como um surto de crescimento), as habilidades motoras antigas
podem precisar ser reaprendidas ou ajustadas. Por exemplo, após uma cirurgia de
substituição do joelho, um paciente pode precisar reaprender a andar com o novo joelho3.

Em resumo, a aprendizagem motora abrange desde subtilezas nos reflexos até o aperfeiçoamento
de habilidades complexas, como tocar um instrumento musical ou praticar desportos.

2.4.3 Perceptivo

Na aprendizagem motora, o termo perceptivo refere-se à capacidade de colectar e processar


informações do ambiente ao seu redor. Vamos explorar um pouco mais esse conceito:

• Percepção: É a habilidade de reconhecer estímulos sensoriais, como visão, audição,


olfacto, paladar e tato. Por exemplo, quando um bebé ouve um brinquedo cair no chão e
vira a cabeça na direcção do ruído, ele está usando a percepção para responder ao
estímulo.
• Desenvolvimento Motor Perceptivo: Refere-se ao processo pelo qual uma criança
aprende a responder fisicamente a esses estímulos ou dicas do ambiente. Durante os
primeiros anos de vida, as habilidades motoras perceptivas se desenvolvem
constantemente. Isso inclui desde os movimentos dos olhos até o engatinhar, andar e
outras habilidades motoras mais complexas.
• Habilidades Motoras Grosseiras e Finas: As habilidades motoras podem ser divididas
em duas categorias principais:
1. Habilidades Motoras Grosseiras: Envolvem actividades como rolar, sentar,
engatinhar e andar. Essas habilidades permitem que a criança ganhe novas
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perspectivas para avaliar o ambiente ao seu redor e comece a aprender regras e


habilidades sociais.
2. Habilidades Motoras Finas: São tarefas mais complexas, como tocar, agarrar e
manipular objectos. Elas permitem que a criança aprenda sobre os detalhes de
diferentes objectos e pessoas.

Em resumo, o desenvolvimento motor perceptivo é fundamental para que as crianças interajam


com o mundo ao seu redor, usando suas habilidades físicas em resposta aos estímulos sensoriais
que percebem.

2.4.4 Criativo

A aprendizagem criativa é uma abordagem pedagógica que busca proporcionar uma


experiência educativa inovadora, visando desenvolver habilidades essenciais para a vida em
sociedade. Nela, o professor cria ambientes propícios ao estímulo da criatividade, da
imaginação e da colaboração. Vamos explorar mais sobre essa metodologia:

1. Definição da Aprendizagem Criativa:


o A aprendizagem criativa é uma metodologia pedagógica que busca desenvolver
conexões pessoais em um ambiente que estimule a criatividade e a imaginação,
propondo novas maneiras de construir e transmitir o conhecimento, colocando o
aluno como protagonista.
o Ela foi proposta por Mitchel Resnick e baseada no construcionismo de
Seymour Papert, que se inspirou em grandes pensadores como Piaget, Paulo
Freire e Montessori.
2. Os 4 Pilares da Aprendizagem Criativa:
o A aprendizagem criativa é sustentada por quatro pilares:
 Projectos: Acreditamos que aprendemos melhor quando temos a chance
de construir algo relevante para nós, independentemente do que seja
(desde objectos e brinquedos até recursos tecnológicos como vídeos ou
programas de computador).
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 Paixão: A aprendizagem criativa é ainda melhor quando compartilhada.


Os alunos são incentivados a trocar ideias com outras pessoas e a explorar
livremente os materiais e conceitos envolvidos.
 Pares: A colaboração com colegas enriquece os projectos e estimula a
criatividade.
 Pensar Brincando: A aprendizagem criativa envolve explorar, inventar e
compartilhar de forma descontraída e lúdica.
3. Benefícios da Aprendizagem Criativa:
o A abordagem oferece muitas vantagens para a vida dos alunos e dos professores:
 Personalização: Os professores podem criar novas formas de apresentar
projectos, adaptando o ensino para cada estudante.
 Desenvolvimento de Competências: Os alunos se envolvem activamente
no processo de ensino-aprendizagem, tornando-se responsáveis pelo que
aprendem e desenvolvendo habilidades essenciais para a realidade actual.

Se você deseja explorar mais sobre a aprendizagem criativa, a Rede Brasileira de


Aprendizagem Criativa oferece recursos, campanhas e iniciativas para promover essa
abordagem no ecossistema educacional brasileiro.

2.4.5 Habilidades básicas e destreza

As habilidades e destrezas são conceitos importantes que desempenham um papel significativo


no desenvolvimento pessoal e profissional. Vamos explorar esses termos:

1. Habilidades:
o As habilidades referem-se às capacidades específicas que uma pessoa possui para
realizar tarefas com eficácia. Elas podem ser adquiridas por meio de aprendizado
e prática.
o Existem três grandes grupos de habilidades:
 Habilidades cognitivas: Estas estão relacionadas aos processos mentais,
como memória, lógica e uso de linguagens formais, como matemática.
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 Habilidades sociais: Estas envolvem a capacidade de se comunicar


adequadamente com os outros e lidar com diferentes contextos sociais.
 Habilidades físicas: Essas requerem coordenação entre corpo e mente,
como habilidades motoras e destrezas físicas.
o Exemplos de habilidades incluem:
 Autoconhecimento: Compreender suas próprias emoções, valores e
motivações.
 Empatia: Capacidade de se colocar no lugar dos outros e compreender
seus sentimentos.
 Tomada de decisões: Avaliar opções e escolher a melhor alternativa.
 Comunicação eficaz: Expressar ideias de forma clara e ouvir
atentamente.
 Resolução de conflitos: Lidar com desentendimentos de maneira
construtiva.
2. Destrezas:
o As destrezas referem-se à maestria ou habilidade em realizar uma tarefa
específica. Elas geralmente envolvem aspectos qualitativos do movimento.
o Na educação física, as destrezas motrizes básicas incluem:
 Deslocamento: Movimentar-se de um lugar para outro.
 Saltos: Pular com coordenação.
 Giros: Realizar rotações controladas.
 Lançamentos e recepções: Habilidades relacionadas a arremessar e pegar
objectos.
 Equilíbrio e coordenação: Manter o equilíbrio e coordenar movimentos.
o Essas destrezas são essenciais para o desenvolvimento físico e a participação em
actividades esportivas.

Em resumo, habilidades e destrezas são componentes fundamentais para o crescimento pessoal, a


adaptação social e o sucesso em várias áreas da vida.
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2.5 Modelo de aprendizagem perceptiva-motora

A aprendizagem perceptivo-motora refere-se à interacção entre a percepção e a acção motora.


Vamos explorar esse conceito em detalhes:

1. Percepção:
o A percepção é a capacidade de colectar e processar informações do ambiente ao
nosso redor. Envolve os sentidos (visão, audição, olfacto, paladar e tato) e a
interpretação desses estímulos.
o No contexto da aprendizagem perceptivo-motora, a percepção está relacionada à
consciência sensorial e à compreensão dos estímulos que nos cercam.
2. Acção Motora:
o A acção motora refere-se aos movimentos físicos que realizamos em resposta a
esses estímulos. É a maneira como nosso corpo responde ao ambiente.
o Isso inclui habilidades motoras finas (como pegar objectos pequenos) e
habilidades motoras grossas (como correr ou pular).
3. Desenvolvimento Motor Perceptivo:
o O desenvolvimento motor perceptivo avalia como uma criança responde
fisicamente a mudanças ou estímulos no ambiente ao seu redor. o Ele envolve o
desenvolvimento da percepção sensorial e do comportamento motor. o À medida
que as crianças crescem, esses dois aspectos se sobrepõem naturalmente.
4. Componentes do Desenvolvimento Motor Perceptivo:
o Alguns dos componentes essenciais incluem:
 Organização Espacial: Capacidade de situar-se e orientar-se no espaço,
compreendendo direcções e distâncias.
 Organização Temporal: Compreensão do tempo e sequência de eventos.
 Percepção Táctil, Visual, Auditiva, Olfactiva e
Gustativa:
Reconhecimento e interpretação de estímulos sensoriais.
 Simbolização: Habilidade de associar símbolos a conceitos.
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 Coordenação Visomotora e Dinâmica Manual: Integração entre visão e


movimento das mãos.
5. Actividades Perceptivo-Motoras na Educação Infantil:
o Na sala de aula, podemos promover o desenvolvimento perceptivo-motor por
meio de actividades como:
 Desenhar a sala de aula, identificando objectos em relação à criança.
 Marcar o braço das crianças para diferenciar direita e esquerda.
 Explorar jogos que envolvam percepção espacial e temporal.

Lembrando que o ambiente escolar desempenha um papel fundamental no desenvolvimento


saudável e eficaz das crianças, permitindo que elas aprendam por meio de experiências
sensoriomotoras e maturação orgânica.
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III. Conclusão

Para que uma aprendizagem se mantenha é necessários que uma série de factores se interliguem.
Na teoria Behaviorista e neo-behaviorista a aprendizagem promove um comportamento que se
vai mantendo, se dele se obtiver uma satisfação, independentemente de qual seja a satisfação.
Pelo reforço sistematizado o comportamento vai-se mantendo. Na perspectiva
comportamentalista todo o comportamento é aprendido, logo também pode ser desaprendido. A
desaprendizagem é a extinção do comportamento aprendido que de alguma forma é inadequado.
Nesta perspectiva a noção de aprendizagem está ligada ao condicionamento clássico e ao
condicionamento operante. Na aprendizagem por condicionamento clássico aprende-se por
associação de um ou mais estímulos obtendo-se assim a resposta. Forma-se como que um elo
entre o estímulo e a resposta.
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IV. Referências bibliográficas


• PELLEGRINE, A.M. A aprendizagem de habilidades motoras I: O que muda com a
prática? Rev. paul. Educ. Fís., São Paulo, supl.3, p.29-34, 2000.

• MARTINS, EF; IVANOV, N. Identificação das formas de comunicação em portadores


de surdocegueira para planejamento da intervenção terapêutica. Universidade de Brasília.
Brasília, DF. ACTA FISIATR 2009; 16(1): 10 – 13

• ALLAHUE, David L. OZMUN, Jhon C. Compreendendo o Desenvolvimento Motor.


Bebes, crianças e adultos. 2ª ed. São Paul: Phorte, 2003.

• Kolyniak Filho, Carol. (2010). Motricidade e aprendizagem: algumas implicações para a


educação escolar. Construção psicopedagógica, 18(17), 53-66

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