Você está na página 1de 42

Lipídeos e membranas

Profa. Dra. Joana d’Avila

Disciplina: Bioquímica (QUI1330)


Bibliografia
v Livro Biologia Molecular da Célula. Bruce Alberts.
Capítulo 10: Estrutura da membrana

v Livro Fundamentos de Bioquímica. Donald Voet, Judith G. Voet,


CharloGe W. PraG.
Capítulo 9: Lipídeos e Membranas Biológicas
Propriedades gerais dos lipídeos

vSubstâncias anfiOlicas com cadeias de hidrocarbonetos apolares, insolúveis


em água
vFormam agregados supramoleculares
vFunções biológicas:
1. Componentes essenciais das membranas biológicas, juntamente com as proteínas
2. Reservas energéCcas
3. Sinalização intracelular e intercelular
Tipos de lipídeos

vÁcidos graxos: longas cadeias de hidrocarbonetos

vTriglicerídeos: três ácidos graxos esterificados a um glicerol

vGlicerofosfolipídeos: principais componentes de membranas biológicas

v Esteroides: derivados do colesterol


Nomenclatura

3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20

654 321
w

20:5(~ 5,8,11,14•17) Ácido eicosapentanoico (EPA) ((

Os seres humanos necessitam do ácido graxo poli-


LU -insaturado ômega 3 a-linolênico (ALA; 18:3(t. • • ),
9 12 15

na convenção-padrão), mas não têm a capacidade enzimáti-



s propriedades físicas dos ácidos graxos e dos compos-
ue os contêm são determinadas, em grande parte, pelo (a) Grupo -o O
"cç
Ácidos graxos
carboxila
rimento e pelo grau de insaturação da cadeia hidrocar-
da. A cadeia hidrocarbonada apoiar é responsável pela
solubilidade dos ácidos graxos na água. O ácido láuri-
2:0, Mr 200), por exemplo, tem solubilidade em água
063 mg/g - muito menor do que a da glicose (M, 180),
Lipídeos
de 1.100 anfipáCcos
mg/g. Quanto (cabeças
mais longa polares
for a cadeia e
acila do
graxo caudas
e quantoapolares)
menos ligações duplas ela tiver, mais Cadeia
hidrocarbonada
é a solubilidade em água. O grupo ácido carboxílico é
( e ionizado em pH neutro) e é responsável pela leve
ilidadeAdos extensão do empacotamento
ácidos graxos depende
de cadeia curta em água.
s pontos do de
grau de também
fusão saturaçãosão muito influenciados
comprimento e pelo grau de insaturação da cadeia hi- (e ) Ácidos graxos (d) Mistura de ácidos graxos
saturados saturados e insaturados
rbonada. À temperatura ambiente (25ºC), os ácidos
Lipídeos
s saturados saturados
de 12:0 (completamente
a 24:0 têm consistência de cera,
sso quereduzidos)
os ácidos graxos insaturados de mesmo com-
ento são líquidos oleosos. Essa diferença nos pontos
são deve-se a diferentes graus de empacotamento das
culas dosLipídeos insaturados
ácidos graxos (Figura (com
10-1). ligações
Nos compostos
duplas)
letamente saturados, a rotação livre em torno de cada
o carbono-carbono dá grande flexibilidade à cadeia
carbonada; a conformação mais estável é a forma com-
mente estendida, na qual o impedimento estérico dos
Configuração espacial

FIGURA 9-1 Fórmulas estruturais de al-


guns ácidos graxos C18. Todas as ligações du-
plas têm configuração cis. Ácido esteárico Ácido oleico Ácido linoleico Ácido a-linolênico
Propriedades +sicas Fundamentos de Bioquímica 243

TABELA 9-1 Ácidos graxos biológicos mais comuns

Símboloa Nome comum Nome sistemático Estrutura Tfusão (°C)


Ácidos graxos saturados
12:0 Ácido láurico Ácido dodecanoico CH3(CH2)10COOH 44,2
14:0 Ácido mirístico Ácido tetradecanoico CH3(CH2)12COOH 53,9
16:0 Ácido palmítico Ácido hexadecanoico CH3(CH2)14COOH 63,1
18:0 Ácido esteárico Ácido octadecanoico CH3(CH2)16COOH 69,6
20:0 Ácido araquídico Ácido eicosanoico CH3(CH2)18COOH 77
22:0 Ácido beênico Ácido docosanoico CH3(CH2)20COOH 81,5
24:0 Ácido lignocérico Ácido tetracosanoico CH3(CH2)22COOH 88

Ácidos graxos insaturados (todas as ligações duplas são cis)


16:1n-7 Ácido palmitoleico Ácido 9-hexadecenoico CH3(CH2)5CH“CH(CH2)7COOH 20,5
18:1n-9 Ácido oleico Ácido 9-octadecenoico CH3(CH2)7CH“CH(CH2)7COOH 12
18:2n-6 Ácido linoleico Ácido 9,12-octadecadienoico CH3(CH2)4(CH“CHCH2)2(CH2)6COOH 25
18:3n-3 Ácido a-linolênico Ácido 9,12,15-octadecatrienoico CH3(CH2)(CH“CHCH2)3(CH2)6COOH 211
18:3n-6 Ácido g-linolênico Ácido 6,9,12-octadecatrienoico CH3(CH2)4(CH“CHCH2)3(CH2)3COOH 211
20:4n-6 Ácido araquidônico Ácido 5,8,11,14-eicosatetraenoico CH3(CH2)4(CH“CHCH2)4(CH2)2COOH 249,5
20:5n-3 AEP Ácido 5,8,11,14,17-eicosapentaenoico CH3CH2(CH“CHCH2)5(CH2)2COOH 254
22:6n-3 DHA Ácido 4,7,10,13,16,19 docosoexenoico CH3 CH2 (CH“CHCH2)6CH2COOH 244
24:1n-9 Ácido nervônico Ácido 15-tetracosenoico CH3(CH2)7CH“CH(CH2)13COOH 39
a
Número de átomos de carbono: número de ligações duplas. Para os ácidos graxos insaturados, a quantidade “n2x” indica a posição da última ligação dupla do ácido graxo, onde n é o
número de ligações duplas e x é a posição do último átomo de C com ligação dupla contando a partir da extremidade metil terminal (v).
Fonte: LipidBank (http://lipidbank.jp).
1 3
/
CH
..___2 /
CH
..___2

Triglicerídeos
HO 2CH OH
1
OH
Glicerol

Triglicerídeos ou triacilgliceróis contêm 3 ácidos graxos


esterificados e umaDonald
244 molécula deJudith
Voet, glicerol.
G. Voet & Charlotte W. Pratt

São insolúveis em água e têm estruturas bastante reduzidas


de ácidos graxos aumenta com o grau de
de alta energia que funcionam como reservas energéCcas.
fenômeno tem consequências importantes

B Triacilgliceróis contêm três ácido


As gorduras e os óleos existentes em planta
ria, em misturas de triacilgliceróis (tamb
substâncias apolares e insolúveis em água
graxos (à esquerda). Os triacilgliceróis atuam
sendo a mais abundante classe de lipídeos,
Glicerol Triacilglicerol membranas celulares.
1-Estearoil, 2-linoleoil, 3-pa lmitoil-glicerol,
um triacilglicerol misto
Os triacilgliceróis diferem-se de acordo
Triglicerídeos

• Compõem a gordura animal e os óleos vegetais


• Presente no tecido adiposo, lipoproteínas plasmáticas
estrutura geral comum: cada uma é constituída por uma fina película de moléculas de
lipídeos e proteínas unidas principalmente por interações não covalentes (Figura 10-1).
As membranas celulares são estruturas dinâmicas, fluidas e a maioria de suas molé-
culas move-se no plano da membrana. As moléculas lipídicas são organizadas como

Glicerofosfolipídeos
(fosfolipídeos)
• Principal componente das Bicamada
lipídica
(5 nm)
membranas biológicas
• Formam
(A)
bicamadas
Figura 10-1 Duas visões de uma membrana celular. (A) Mi-
crografia eletrônica de um segmento da membrana plasmática
de uma hemácia humana observada em corte transversal mos-
trando a estrutura de sua bicamada. (B) Representação esque- Molécula lipídica Molécula proteica
mática tridimensional de uma membrana celular e a distribuição
geral de seus componentes lipídicos e proteicos. (A, cortesia de
(B)
Daniel S. Friend.)
CAPÍTULO 10 Estrutura da membrana 567

CH2 N+(CH3)3
COLINA CH2
Grupamento O
da cabeça FOSFATO _
O P O
(hidrofílica)
O
GLICEROL CH2 CH CH2
Cabeça
O O hidrofílica
C O C O Caudas
1 2 CH2 CH2 hidrofóbicas
CH2 CH2
CH2 CH2 (D)
CH2 CH2
CAUDA DE ÁCIDO GRAXO

CH2 CH2
CH2 CH2
CH2 CH2
Caudas Ligação
hidrofóbicas CH2 CH
dupla cis-atuante
CH2 CH
CA

CH2 CH2
UD

CH2
CH2
A

CH2
DE

CH2
CH2
ÁC

CH2 CH2
ID
O

CH2 CH2
Figura 10-2 Partes de uma típica molécula
GR

CH2 CH2
de fosfolipídeo. Este exemplo é de uma fos-
AX

CH2 CH3
O

fatidilcolina, representada esquematicamente


CH3
(A) por uma fórmula (B), por um modelo de
(A) (B) (C)
preenchimento espacial (C) (Animação 10.1)
e por um símbolo (D).
des-
smo

par- Membranas são bicamada lipídicas


uda,
à sua
cau-
A formação das bicamadas é guiada pelo efeito hidrofóbico
256 Donald Voet, Judith G. Voet & Charlotte W.
tipo
dem
FIGU
am o (a) (b) o diag
am à Unive
uma
cimo vente
13d). Em g
dão ração
igu- somo
ndes de fil
mole- inter
serve
orme
FIGURA 9-14 Formação de bicamada por veícu
valor fusão
fosfolipídeos. O formato cilíndrico do envelope
cadeia acil com um grupo amino (NH2) e dois grupos hidroxila (OH) em uma extremida-
de. Na esfingomielina, o esfingolipídeo mais comum, uma cauda de ácido graxo é liga-
da ao grupo amino e um grupo fosfocolina é ligado ao grupo hidroxila terminal. Juntos,
Os quatro principais fosfolipídios das membranas
os fosfolipídeos fosfatidilcolina, fosfatidiletanolamina, fosfatidilserina e esfingomielina
constituem mais da metade da massa de lipídeos da maioria das membranas celulares
Figura 10-3 Os quatro principais fosfolip
os das membranas plasmáticas de mamí

plasmá6cas de mamíferos
de mamíferos (ver Tabela 10-1, p. 571). ros. Observe que os diferentes grupamentos
cabeças estão representados em cores difere
As moléculas lipídicas mostradas em (A-C) sã
fosfoglicerídeos, os quais são derivados do g
CH3 CH3 rol. A molécula em (D) é a esfingomielina, a q
+ NH3 + NH3 CH3 CH3 CH3 CH3 é derivada da esfingosina (E), sendo, portant
+ N + N um esfingolipídeo. Observe que somente a
CH2 H C COO CH2 CH2 fosfatidilserina possui carga total negativa, cu
importância discutiremos mais adiante; os ou
CH2 CH2 CH2 CH2
três são eletricamente neutros em pH fisiológ
O O O O carregando, portanto, uma carga negativa e
carga positiva.
O P O O P O O P O O P O
O O O OH O OH OH
CH2 CH CH2 CH2 CH CH2 CH2 CH CH2 CH CH CH2 HC CH CH2
CH CH NH3 +
O O O O O O NH
C OC O C OC O C OC O CH C O CH

CADEIA DE GORDURA

CADEIA DE GORDURA
CAUDA DE ÁCIDO
CAUDA DE ÁCIDO

CAUDA DE ÁCIDO

CAUDA DE ÁCIDO

CAUDA DE ÁCIDO

CAUDA DE ÁCIDO

CAUDA DE ÁCIDO

GRAXO
GRAXO

GRAXO

GRAXO

GRAXO

GRAXO

GRAXO
Fosfatidiletanolamina Fosfatidilserina Fosfatidilcolina Esfingomielina Esfingosina
(A) (B) (C) (D) (E)
CAPÍTULO 11 A bainha de mielina é rica em esfingolipídios
Transporte de membrana de pequenas moléculas e propriedades elétricas das membranas 625

Bainha de mielina madura


l
~1 mm

Bainha de
mielina
Nódulos de Ranvier
A
Camadas
de mielina

Axônio
axon
Núcleo

(A)

Axônio

Axônio Célula da glia


FIGURA 9-8 Micrografia eletrônica de uma
fibra nervosa mielinizada. Essa visão transver-
sal mostra as membranas enroladas em espiral
Nódulo de
ao redor de cada axônio do nervo. A bainha de
(C) Bainha de mielina
Ranvier mielina pode ter de 10 a 15 camadas de espes-
sura. O seu alto conteúdo lipídico a torna um
(B) isolante elétrico. (Cortesia de Cedric S. Raine,
1 !m
Albert Einstein College of Medicine, EUA.)
Esteróides
Contêm 4 anéis fusionados
Precursores
250 Donaldde hormônios
Voet, Judith G. Voetesteróides
& Charlotte W.(testosterona,
Pratt estrogênio, corCsol)

(a) (b)

FIGURA 9-10 Colesterol. (a) Fórmula estru-


tural com o sistema de numeração padrão. (b)
Modelo de volume atômico com minimização de 12 17
11 13 16
energia, com C em verde, H em branco, e O em C D
vermelho. (Com base C nas coordenadas
D forneci- 9 14 15
das por Richard Venable e Richard Pastor, NIH, 1
2 10 8
Bethesda, Maryland, EUA.) A B
A B 3 5 7
4 6
Compare o tamanho e a forma geral do HO
colesterol com os de glicerofosfolipíde-
Colesterol
os, fosfolipídeos e gangliosídeos.
Ciclopentanoperidrofenantreno

(Figura 9-10). O colesterol é um dos principais componentes das membranas


OH

Esteróides
OH OH

o o
Testosterona Cortisol Prednisona

OH OH
OH

HO
/J-Estradiol Aldosterona Prednisolona

Í'07 FIGURA 10-18 Esteroides derivados do colesterol.


L1J A testosterona, o hormônio sexual masculino, é produzida
nos testículos. O estradiol, um dos hormônios sexuais femininos, é pro-
duzido nos ovários e na placenta. O cortisol e a aldosterona são hor-
mônios sintetizados no córtex da glândula suprarrenal; eles regulam o
metabolismo da glicose e a excreção de sal, respectivamente. A pred-
nisona e a prednisolona são esteroides sintéticos utilizados como
agentes anti-inflamatórios. O brassinolídeo é um regulador do cresci- Brassinolideo
mento encontrado em plantas vasculares. (brassinosteroide)
254 Donald Voet, Judith G. Voet & Charlotte W. Pratt

Inflamação
OH OH
COOH
COOH

Ácido araquidônico LTB4


(leucotrieno)
(Inibida pelo
PGH2-sintase ácido acetilsalicílico) HO OH
COOH

COOH

O OH

15-LXA4
O (lipoxina)
OH
COOH
OH COOH
PGH2
HO O

HO O
OH
COOH
HO OH O
TxB2
(tromboxana)
6-oxo-PGF1a
(prostaciclina)

HO OH

PGF2a
(prostaglandina)

FIGURA 9-12 Eicosanoides. O araquidonato é o precursor das tipo de eicosanoide, cada um tem vários derivados fisiologicamente
prostaglandinas (PG), das prostaciclinas, das tromboxanas (Tx) e das significativos, que são designados por letras e números subscritos
lipoxinas (LX). O araquidonato é também o precursor dos leucotrie- (p. ex., PGH2 de prostaglandina H2).
nos. Apesar de ser mostrado apenas um único exemplo de cada

tes. As prostaglandinas (p. ex., Figura 9-12) foram descobertas na década de


sono-vigília e a sensibilidade de certos tecidos a hormônios presença de diversos grupos hidroxila ao longo da cadeia
como a adrenalina e o glucagon. As prostaglandinas de um (Figura 10-1 7) . Esses compostos são potentes agentes anti-
terceiro grupo elevam a temperatura corporal (produzindo -inflamatórios. Uma vez que sua síntese é estimulada por
a febre) e causam inflamação e dor.
Lipídeos sinalizadores
Os trombox anos (TX) têm um anel de seis membros
doses baixas de ácido acetilsalicíl.ico (81 mg) administrada
diariamente, essa dose baixa é comumente prescrita para
que contém um éter. São produzidos pelas plaquetas (tam- indivíduos com doenças cardiovasculares. •

HO OH o
"¾,

Leucotrieno A 4 (LTA 4 )

FIGURA 10·17 O ácido araquidônico e alguns derivados


LLJ de eicosanoides. O ácido araquidônico (araquidonato em
390 Estruturas supramoleculares
CA PÍTULO 11 • M EM BRANA S BI O LÓ GICA S E TR ANSPOR T E

Unidades individuais Cavidade


têm a forma de cunha Unidades individuais são cilíndricas aquosa
(secção transversal da (secções t ransversais da cabeça e
cabeça maior do que da cade ia lateral são iguais)
a da cadeia lateral)

(a) Micela (b) Bicamada (e) Ves ícula

FIGURA 11-4 Agregados lipídicos antipáticos formados na água. (a) Nas micelas, as cadeias hidrofóbicas dos ácidos graxos são sequestradas no
núcleo da esfera. Praticamente não há água no interior hidrofóbico. (b) Em uma bicamada aberta, todas as cadeias laterais acila, exceto aquelas das mar-
gens da lâmina, estão protegidas da interação com a água. (c) Quando a bicamada bidimensional se dobra sobre ela mesma, ela forma uma bicamada
fechada, uma vesícula oca tridimensional (lipossomo) que envolve uma cavidade aquosa.
Lipossomos
Estrutura supramolecular formada por bicamada lipídica e importância biotecnológica
servem como modelos de membranas biológicas e, além disso, s
veículos para medicamentos, pois são absorvidos por muitas célu
fusão com a membrana plasmática.
Bicamadas lipídicas têm propriedades de fluidos
B Bicamadas lipídicas têm propriedades de fluidos
(a) Difusão transversal (movimento de A transferência de uma molécula lipídica através de uma bicamada (
ponta-cabeça)
processo chamado de difusão transversal ou movimento de pont
(a) Difusão
evento não catalisada
extremamente transbicamada
raro, pois (" f/ip-flop"
esse movimento exige) que o grupo hid
muito ça polar do lipídeo atravesse o cerne hidrocarbonado anidro da bic
lenta
cidades do movimento de ponta-cabeça dos fosfolipídeos têm meia
dias ou mais. Contrastandomuito comlenta
as baixas velocidades do movim
-cabeça, os ...,.,_,_...,._<J
lipídeos são altamente
(t 112 em móveis
dias) no plano da bicamada (difu
gura 9-16b). Estima-se que os lipídeos em uma membrana de célul
difundam em cerca de 1 mm de comprimento em ,1 s. Devido às m
(b) Difusão lateral (b) Difusão não catalisada lateral
lipídeos, a bicamada lipídica pode ser considerada um fluido bidime
O interior de uma bicamada lipídica está em movimento co

rápida m,
tude das rotações ao redor das ligações C–C das caudas lipídicas.
físicas sugerem que o interior
Essa característica do ~_..)
muito
cerne da
darápida
bicamada tem a viscosidade de ó
bicamada é evidente em simulaçõ
(lµm/s)

molecular, em que as posições dos átomos em função do tempo s


cálculos das forças
(e) Traslado que atuam
transbicamada sobre eles (Figura 9-17). A viscosida
catalisado
aumenta consideravelmente nas proximidades dos grupos da cabe
Observação experimental da fluidez da membrana plasmá8ca
FRAP : Fluorescence Recovery a/er Photobleaching267 Fundamentos de Bioquímica

(a) (b) (c)


Fotodescoloração
por laser do marcador
fluorescente
Descoloração

Intensidade da
fluorescência o
recuperação çã
era
up

c
Re
Tempo

FIGURA 9-27 A técnica de recuperação da fluorescência recupera-se à medida que as moléculas descoradas difundem-se
após fotodescoloração. (a) Um pulso intenso de luz laser descora lateralmente para fora dela e moléculas fluorescentes intactas di-
os marcadores fluorescentes (em verde) de uma pequena região fundem-se para o interior da área. (c) A velocidade de recuperação
de uma célula imobilizada contendo um componente de membrana da fluorescência depende da velocidade de difusão da molécula
marcado fluorescentemente. (b) A fluorescência da área descorada marcada.

As medidas de recuperação da fluorescência após fotodescoloração demons-


tram que as proteínas de membrana têm velocidades de difusão lateral variadas.
Entre 30 a 90% dessas proteínas difundem-se livremente; elas se difundem em
velocidades apenas em torno de uma ordem de magnitude menor do que a dos
lipídeos, que têm tamanho muito menor. Assim, elas se difundem ao longo dos
20 mm de extensão de uma célula eucariótica em uma hora. Outras proteínas
difundem-se de modo mais lento, e algumas são essencialmente imóveis, devido a
conexões sob a membrana.
FRAP : Fluorescence Recovery aZer Photobleaching

milisegundos
A fluidez da membrana depende da
composição lipídica e da temperatura Fundamentos de Bioquímica 2

(a) Acima da temperatura de transição (b) Abaixo da temperatura de transição

GURA 9-18 Transição de fase em uma bicamada lipídica. (a) Qual o efeito de mudanças no comprimento da cade
ima da temperatura de transição, tanto as moléculas de lipídeos no grau de saturação dos ácidos graxos na temperatura
eiras como suas caudas apolares são extremamente móveis no transição da bicamada?
por S. Jonathan Singer e Garth Nicolson na sua teoria unificadora da estrutura Estrutura de membrana e modelo do
de membranas conhecida como modelo do mosaico fluido. Nesse modelo, as mosaico fluido.
proteínas integrais são vistas como icebergs flutuando em distribuição aleatória
ou em mosaico em um “mar” lipídico bidimensional (Figura 9-25). Um elemen-

Diagrama de uma membrana plasmática


to fundamental do modelo é o fato de que as proteínas integrais são capazes de

Extracelular

Glicolipídeo Proteína integral


Oligossacarídeo Proteína integral

a-hélice hidrofóbica

Fosfolipídeo
Proteína periférica Proteína Colesterol
Citoplasma ligada a lipídeo

FIGURA 9-25 As proteínas


Diagrama de deumamembrana são visualizadas
membrana plasmática. Pro- como icebergs
carboidratos quee flutuam
(esferas verdes em
marrons) das uma e dos gli-
glicoproteínas
teínas integrais (em lilás) estão inseridas em uma bicamada com- colipídeos ocorrem somente na superfície externa da membrana. A
bicamada
posta por fosfolipídeos (grupos das cabeças polares lipídicamaioria
em azul ligados muito dasfluida
membranas contém uma proporção de proteínas maior
a caudas sinuosas) e colesterol (em amarelo). Os componentes de do que a desenhada aqui.
Membrana plasmá-ca
- Separam fisicamente uma célula viva do seu ambiente
- Seletivamente permeáveis
- Moléculas muito hidrofóbicas ou pequenas moléculas sem carga podem se mover através
da membrana
- Moléculas maiores precisam ser transportadas (poros, carreadores, permeases,
endocitose, exocitose)
- Gases não polares (O2, CO2) e moléculas hidrofóbicas (hormônios esteroidais, vitaminas
lipídicas e algumas drogas difundem-se através da membrana)

- Outras moléculas e íons são transportados por canais ou poros, transporte passivo e
transporte ativo
pítulo 1 (ver Figura 1-9) e no Problema 2-1 (p. 57) . apoiares. As membranas têm uma espessura de 5 a 8 nm (50
Claramente, as células têm mecanismos para controlar a 80 Á), quando se inclui as protuberâncias das proteínas
os tipos e as quantidades de lipídeos de membrana que elas nos dois lados da membrana. Evidências fornecidas por mi-

Composição de membranas plasmáJcas


sintetizam, bem como para direcionar lipídeos específicos a croscopia eletrônica e estudos da composição química, assim
organelas particulares. Todos os reinos, todas as espécies, como estudos físicos da permeabilidade e do movimento de
todos os tecidos ou tipos celulares e as organelas de cada moléculas proteicas e lipídicas individuais em membranas,

•@:jj(li§• Principais componentesdas membranasplasmáticasde váriosorganismos


Componentes(%em peso)

Proteínas Fosfolipídeo Esterol Tipo de esterol Outroslipídeos


Bainha de mielina humana 30 30 19 Colesterol Galactolipídeos, plasmalogênio
Fígado de camundongo 45 27 25 Colesterol
Folha de milho 47 26 7 Sitosterol Galactolipídeos
Leveduras 52 7 4 Ergosterol Triacilgliceróis, ésteres de esterila
Paramécio (protista ciliado) 56 40 4 Estigmasterol
E. coli 75 25 o
Nota: os valores nào chegam a 100% porque em muitos casos existem outros componentes além de proteínas, fosfolipídeos e esteróis. As plantas, por
exemplo, têm um conteúdo de glicolipídeos alto.
Interação da membrana com o citoesqueleto Fundamentos de Bioquímica 269

Eritrócito

Actina
(a) Tropomiosina
Banda 4,1
Charlotte W. Pratt
Composição lipídica da membrana Espectrina
a
b
Camada interna Camada externa
Esfingolipídeos
totais

Esfingomielina

Fosfatidilcolina

Fosfatidiletanolamina
dos
rana Anquirina
Fosfatidilserina
olipí-
e em Banda 4,2
1744 50 40 30 20 10 0 10 20 30 40 50
Porcentagem do total (b) Canal de ânions Glicoforina A
parece improvável que o canal da SecY possa expandir-se para acomodar simul-
taneamente numerosas hélices transmembrana, essas hélices devem ser colocadas
na membrana uma ou duas de cada vez. Os mecanismos pelos quais o translocon

Tráfego de vesículas depende da composição de


reconhece os segmentos transmebrana não são bem compreendidos. Por exemplo,
a remoção ou a inserção experimental de uma hélice transmembrana de uma pro-
teína politópica não altera necessariamente a orientação das hélices subsequentes

membranas
na membrana; quando duas hélices sucessivas têm a mesma orientação, uma delas
pode ser forçada para fora da membrana.
11. 1 COMPOSIÇÃO E ARQU ITE TU RA DAS M EMBRANAS 391

E Proteínas de transporte de vesículas intracelulares


Membrana Trans Golgi ou membrana plasmática
Logo após sua síntese no RE rugoso, as proteínas transmembrana, de secreção e
plasmática Lúmen ou espaço ext racelular
lisossômicas parcialmente processadas aparecem no aparelho de Golgi (Figura
9-39). Essa organela de 0,5 a 1,0 mm de diâmetro consiste
e[ em uma pilha de três
a seis ou mais (dependendo da espécie) sacos membranosos achatados e funcio-
nalmente distintos conhecidos como cisternas, onde ( ocorre o processamento pós-
Vesícula
Ü secretora
-tradução subsequente, em especial glicosilação (Seção 8-3C). As pilhas do Golgi

"'
(Figura 9-40) têm duas faces distintas, cada uma delas composta por uma rede de
tubos membranosos interconectados: a rede Golgi cis, em posição oposta ao RE,
é a porta de entrada das proteínas para o aparelho de Golgi, e a rede Golgi trans,
pela qual as proteínas processadas saem para seus destinos finais. As pilhas dooGol-
Esfingolipídeos 4i! Fosfatidilinositol-fosfato (PIP)
gi têm pelo menos três tipos de sacos, as cisternas cis, mediais e trans, cada uma
delas contendo diferentes conjuntos de enzimas que processam glicoproteínas. 9 Fosfatidilcolina (PC) Fosfatidi linositol (PI)
As proteínas são modificadas gradualmente à medida que transitam de uma
extremidade das pilhas do Golgi para a outra. As proteínas são transportadas f Fosfatidiletanolamina
por ( PE)
OH
Ceramida

meio de dois mecanismos: Fosfatidilserina (PS) O Colesterol


1. Elas são transportadas entre compartimentos sucessivos do Golgi da direção
cis para a trans como carga dentro de vesículas membranosas que brotam de
Reticulo endoplasmático
um compartimento e fundem-se com o compartimento sucessivo, no proces- Citosol
so conhecido como transporte anterógrado, ou para a frente.
2. Elas são transportadas como passageiros nos compartimentos que transitam
FIGURA 9-39 Micrografia eletrônica do nas pilhas do Golgi, isto é, as cisternas cis no final se tornam cisternas trans,
aparelho de Golgi. Neste arranjo de vesículas processo chamado de progressão ou maturação de cisternas. (Proteínas resi-
achatadas, proteínas transmembrana e de secre-
dentes do Golgi podem migrar para trás por meio do transporte retrógrado
ção recentemente sintetizadas são processadas
e selecionadas. (©Biophoto Associates/Photo indo de um compartimento para o precedente por meio de vesículas mem-
Envelope
nuclear Lúmen
Researchers, Inc.) branosas.)
Núcleo
Lúmen

Citoplasma

RE
rugoso

Rede Aparelho Ribossomo


Golgi de Golgi
cis
Cisternas FIGURA 9-40 O processamento pós-tra-
cis
dução das proteínas. As proteínas destinadas
à secreção, à inserção na membrana plasmá-
tica ou aos lisossomos são sintetizadas pelos
Cisternas ribossomos associados ao RE (pontos cinzas;
mediais parte superior). À medida que são sintetizadas,
as proteínas (pontos vermelhos) são injetadas
para o lúmen do RE ou inseridas na sua mem-
Rede brana. Após o processamento inicial no RE, elas
Cisternas
Golgi são encapsuladas em vesículas que brotam da
trans
trans membrana do RE e a seguir se fundem com a
rede Golgi cis (parte superior). As proteínas são
Vesícula progressivamente processadas nas cisternas
de secreção cis, mediais e trans do Golgi. Finalmente, na
rede Golgi trans (parte inferior), as glicoproteí-
nas completas são selecionadas para serem
Proteína
distribuídas aos seus destinos finais: membrana
secretada Lisossomos plasmática, vesículas de secreção ou lisosso-
mos, para onde são transportadas por outras
Membrana vesículas.
plasmática
Liste, em ordem, todos os compartimen-
tos celulares envolvidos na síntese de
uma proteína de secreção.
Difusão facilitada te um
Difusão simples ( a favo r do g radiente
( apenas compostos
memb
eletroquímico)
apoiares, a favor memb
s,ora
do gradiente de íons, q
concentração) íons, q
qual o
mente
Mecanismos de quími
gradie
transporte através de dois fa
poten
membranas está d
culas
Íon o maior
As
Transporte iônico
locida
m ed iado por ionóforo são de
(a favor do gradiente O
Íon Transporte ativo dois ti
eletroquímico) secundário (contra o passi
Canal iônico ( a favor do gradiente eletroquímico, um gr
gradiente eletroquímico; impulsionado pelo
pode ser aberto por um movimento iônico a
transp
ligante ou um íon) favor de seu gradiente) s ivo o
Transporte através de membranas

Transporte passivo: a favor do gradiente de concentração, não gasta energia


Difusão simples: transporte passivo não mediado
Difusão facilitada: transporte passivo mediado por transportador
Canais iônicos: transporte de íons mediado por transportador

Transporte a5vo: contra o gradiente de concentração, gasta energia (ATP)


Canais iônicos e transportadores a8vos têm funções complementares. O obje8vo principal dos
transportadores é gerar gradientes de concentração transmembrana, que são então explorados por
canais iônicos para gerar sinais elétricos.
Proteínas de membrana
• Receptores
• Canais iônicos
• Transportadores
• Proteínas de adesão
• Junções comunicantes
• Citoesqueleto
• Moléculas sinalizadoras
Difusão facilitada da glicose por transportadores GLUT

h<ps://pdb101.rcsb.org/motm/208
Transporte ativo de íons pela Na+ / K+ ATPase
Canais iônicos dependentes de voltagem

FIGURA 4.6. Capítulo 4 Purves - Neuroscience - 6 Ed. - 2018


Na+/Ca 2+ exchanger, which shares 412withCAP theÍTULOCa 2+11 pump
• MEMBRANAS BIO LÓGICAS E T RANSPORT E
Lingrel et al., 1994; B after Nyblom et al., 2013.)
2+
the important job of keeping intracellular Ca concentra-
+ + s, s, s,
tions low (Figure 4.13A). Another antiporter, the
O dióxido de carbono Na /H O bicarbonato

~e
produzido pelo catabolismo Proteína dissolve-se no .J e
exchanger, regulates intracellular pHentra
(Figure 4.13B). Iontrocadora plasma
no eritrócito. these are the Na+/K+/Cl– co-transporter, which transports
sanguíneo.
HCO- – Cl -
exchangers of the second type, the co-transporters Cl3 along with Na+ and K+ into cells (Figure 4.13C), and
Canais iônicos trocadores
CO
2 , work de cloreto-
-bicarbonato

by carrying multiple ions in the same direction.

C02Na
l Two such
Na respiração
co-transporters regulate intracellular Cl– concentration by
translocating Cl– along with extracellular +
+ H20 and/or K ;
tecidual

+
anidrase carbônica
the K+/Cl – co-transporter, which removes intracellular
Cl – (Figure 4.13D). As you will see in Chapter 6, neu-
rotransmitters
HC0 3
)

,co,xc,-
+ H+ CI- are transported into synaptic terminals
COi + Hi O anidrase carbônica
Uniporte Simporte Antiporte
Antiporters Co-transporters
( Cotransporte
(A) Na+/Ca2+ (B) Na+/H+ (C) Na+/K+/Cl– (D)
Nos pulmões K+/Cl (E) Na+/neuro-
exchanger exchanger co-transporter
C02
co-transporterHC03
transmitterFIGURA 11-32
c1- Três classes gerais de sistemas de transporte. Os
transportadores diferem no número de solutos (substratos) transporta-
O dióxido de carbono 0 bicarbonato entra co-transporter
dos e na d ireção na qual cada soluto se move. Exemplos dos três tipos de
deixa o eritrócito no eritrócito a partir
Na+ Na K +
e é exa lado. Cl do plasma Na +
sanguíneo. GABA,transportadores estão d iscutidos no texto. Observe que essa classifica-
+
Na ção não diz nada sobre o quanto esses processos necessitam de energia
Dopamine FIGURE 4.13 deExamples of ion
FIGURA 11-31 Trocador de cloreto-bicarbonato da membrana do (transporte ativo) ou não dependem energia (transporte passivo).
eritrócito. Esse sistema de cotransport e permite a entrada e a saída de exchangers. Ion exchangers use
Hco; sem alteração no potencial de membrana. O seu papel é aumentar the electrochemical gradients of
essas células podem manter níveis internos de P na faixa
a capacidade do sangue em transportar (02. A metade superior da figura
co-transported
do milimolar. (0 Problema 11-2,ions as a source
a seguir, descr~ve of
outra
ilustra os eventos que ocorrem na respiração nos tec idos, e a metade
inferior, os eventos que ocorrem nos pulmões. energy.
situação dessas, These
na qual exchangers
as células can beCa2 +
precisam bombear
further
para fora através da subdivided into antiporters
membrana plasmática.) O transporte
de vezes. Assim como o transportador de glicose, ele é uma that swap ions on the two sides of e
ativo é termodinamicamente desfavorável (endergônico)
PURVES: Neuroscience 5e ocorre apenas acoplado (clireta ou incliretamente) a um pro-
the membrane (A,B) and co-trans-
Ca 2+
Sinauer Associates H+ K+
proteína integral que provavelmente Cl a membrana
atravessa
cesso exergônico, como a absorção de luz solar, uma reação
de oxidação,porters that de
carry
ATP multiple
ou o fluxo ions in
pelo menos 12 vezes. Essa proteína é responsável por me-
Dragonfly Media Group cliar o movimento simultâneo de dois ânions: para cada íon
uma hidrólise concomitante
PN6E_04_12.ai the same
de alguma outra espéciedirection (C–E).
química a favor de seu gracliente
de Hco; que se move em uma clireção, um íon Cl- move-se
04/12/17 na clireção contrária , sem transferência efetiva de carga; a
eletroquímico. No transporte ativo primário, o acúmulo de
soluto é acoplado cliretamente a uma reação química exer-
troca é eletroneutra. O acoplamento entre a movimenta-
gônica, como na conversão de ATP a ADP + Pi (Figura
ção de Cl- e de Hco; é obrigatório. Na ausência de cloreto,
11-33). O transporte ativo s ecundário ocorre quando o
Purves - Neuroscience - 6 Ed. - 2018
o transporte de bicarbonato cessa. O trocador de ãnions é
transporte endergônico ("morro acima") de um soluto está
típico desses sistemas, chamados de s istemas de cotrans -
acoplado a um fluxo exergônico ("morro abaixo") de um so-
Canais iônicos dependentes de ligantes

Purves - Neuroscience - 6 Ed. - 2018


hormones (gluco- Ca2+ ions that serve
eculesasare
a second-messenger signal but
more difficult to study, within
hyroid hormones the cell. Good examples
are clearlyofimportant
such receptors are the numerous
in neuronal devel-
molecules are rel- ionotropic neurotransmitter
opment andreceptors described in Chapter
other circumstances where 6. 2 Channel
d are often trans- Enzyme-linked receptors
physical contact also havecells
between an extracellular
provides opens.

Tipos de receptores
Channel
uids by binding to binding site for information
chemical signals Enzyme inactive
about(see Figure
cellular 7.4B). The intra-
identities. closed Substrate Effector
may persist in the cellular domain of such receptors is an enzyme whose cat-
alytic activity is regulated by the binding of an extracellular
Receptor Types 3 Ions flow 3 Enzyme generates
across membrane. activated effector.
Regardless of the nature of the initiating
signal, cellular responses are determined
(A) Channel-linked receptors (B) Enzyme-linked receptors (C) G-protein-coupled receptors (D) Intracellular receptors
by the presence of receptors that specif-
Ions 1 Signal ically1bind
Signalto the signaling molecules.
binds. Signaling
Bindingbinds.
of signal molecules causes a molecule
conformational change2 in the receptor,
Enzyme
1 Signal
binds.
which then triggers a subsequent
activated.signal-
2 Activated receptor
ing cascade within the affected cell. The regulates transcription.
Receptor
receptors for impermeant signal mole-
cules are proteins that span the plasma
membrane. The extracellular domain of
such receptors includes the binding site 1 Signal
2 Channel for the signal, while the intracellular binds.
Channel opens. domain activates intracellular signaling
closed Enzyme inactive G-protein
cascades after the signal binds. A large
Substrate Effector
number of these receptors have been
identified and are grouped into fami- 2 G-protein 3 G-protein
3 Ions flow 3 Enzyme generates
across membrane. lies defined by the mechanism
activated effector.used to binds. activated. Receptor
transduce signal binding into a cellular
response (Figure 7.4).
(C) G-protein-coupled receptors (D) Intracellular receptors FIGURE 7.4 Categories of cellular receptors. Cell-impermeant signaling mol-
Channel - linked receptors (see ecules can bind to and activate channel-linked receptors (A), enzyme-linked re-
Figure 7.4A), also called ligand-gated ceptors (B), or G-protein-coupled receptors (C). Cell-permeant signaling molecules
Signaling
ion channels (see Figure 4.8), have the
molecule activate intracellular receptors (D).
1 Signal
binds.
2 Activated receptor
1907, when the British physiologist John N. Langley intro- other effector proteins, such as enzymes, that make intra-
duced the concept of receptor molecules to explain the cellular messengers that open or close ion channels. Thus,
specific and potent actions of certain chemicals on mus- G-proteins can be thought of as transducers that couple
Receptores de neurotransmissores
cle and nerve cells. We now know that neurotransmitter neurotransmitter binding to a receptor with regulation of

(A) Ligand-gated ion channels (B) G-protein-coupled receptors

Ions 1 Neurotransmitter
binds.
1 Neurotransmitter
Neurotransmitter binds.

Receptor
2 Channel
opens.
Effector protein
Outside cell
5 Ions flow
across
membrane.

γ
Inside cell β
α α
Intracellular
G-protein
messengers 4 Ion
channel
opens.

2 G-protein is
3 Ions flow activated. 3 G-protein subunits or Ions
across membrane. intracellular messengers
modulate ion channels.

FIGURE 5.14 Two different types of neurotransmitter tabotropic receptors usually activate G-proteins, which mod-
receptors. (A) Ligand-gated ion channels combine receptor ulate ion channels directly or indirectly through intracellular
and channel functions in a single protein complex. (B) Me- effector enzymes and second messengers.
Sinalização intracelular de receptores acoplados a proteína G
Neuro-
Norepinephrine Glutamate Dopamine
transmitter

b-adrenergic mGluR Dopamine


Receptor
D2

G-protein
Gs Gq Gi

Effector
protein Adenylyl cyclase Phospholipase C Adenylyl cyclase

Second
messengers cAMP Diacylglycerol IP3 cAMP

Later Protein Ca2+


Protein kinase A Protein kinase A
effectors kinase C release

Target Increase protein Increase protein phosphorylation Decrease protein


action phosphorylation and activate calcium-binding proteins phosphorylation

Você também pode gostar