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$ Início Expressão 4 Estratégias para Desenvolver a Fala de Seus


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Filhos

4 Estratégias para
Desenvolver a Fala de
Seus Filhos
& CARLOS NADALIM ' 26 COMENTÁRIOS ( EXPRESSÃO,

FONÉTICA, LINGUAGEM

) * + ,

- TEMPO DE LEITURA: 9 MINUTOS

Seus filhos falam palavras incompletas? Não con-


seguem terminar uma frase? Em vez de dizer o
nome das coisas, só apontam para elas? Parece
que têm preguiça de falar? Pois bem! No vídeo de
hoje, vou lhe ensinar 4 estratégias muito eficazes
para você ajudar seus filhos a desenvolver a fala.
Assista!

Retomarei um assunto importantíssimo, que já


foi tratado em outra oportunidade no blog: a mo-
delagem da linguagem. Mas, além de refrescar
sua memória, relembrando uma das estratégias
de modelagem da linguagem já explicada aqui,
agora vou lhe ensinar outras estratégias que o
ajudarão – e muito! – a desenvolver a fala de seu
filho, tornando-a mais clara e articulada.

É mais do que sabido que as crianças aprendem


a falar naturalmente. Ainda bebês, ouvem a voz
dos pais, as conversações cotidianas, a leitura de
histórias por adultos, e, graças a esse contato
com a linguagem oral em diversos ambientes e
contextos, vão colecionando uma imensa vari-
edade de sons verbais. Enquanto não conse-
guem falar, gesticulam, balbuciam, mexem-se,
respondendo aos estímulos verbais do ambiente.
Nós, pais, adoramos essa etapa, quando as crian-
ças balbuciam “dá”, “dá, “dá” para cá, “tá”, tá”,
“tá” para lá, “má”, “má”, “má” para cima, “bá”,
“bá”, “bá” para baixo. É uma verdadeira profusão
de sílabas!

Porém, como diz o ditado popular, “o tempo é o


mestre de tudo”, e as crianças vão percebendo
que o balbucio que até então faziam não corres-
ponde exatamente aos sons verbais que ouvem
ao seu redor. A partir daí é que elas começam a
tentar imitar sucessivamente, e com mais preci-
são, os sons verbais que ouvem.

Nas Confissões, Santo Agostinho nos conta como


foi que aprendeu a falar. Se você já leu esse clás-
sico da literatura (e, se não leu, faça um favor a si
mesmo: leia!), você há de lembrar que tudo o
que ele narra coincide com o que acabei de dizer.
E isso foi há mais de 1.600 anos!

Voltando agora ao presente, o meu filho Frances-


co, por exemplo, está prestes a completar três
aninhos. Faz um bom tempo que ele saiu do pe-
ríodo de balbucio e entrou no universo da imita-
ção. Mas, quando ele tenta proferir certas pala-
vras e frases, ainda comete erros de pronúncia e
constrói estruturas frasais muitas vezes incom-
pletas ou até sem sentido. É claro que minha es-
posa e eu toleramos esses erros, pois, no fim das
contas, são parte do processo de imitação. No
entanto, em alguns momentos, fazemos pe-
quenas correções, ou melhor, modelagens na
linguagem dele. E sempre com muita naturali-
dade. Daqui a pouco vocês saberão exatamente
como fazemos isso!

O problema é que muitos pais ficam atormenta-


dos com esses “erros” que as crianças cometem
durante o período de imitação. As queixas são de
todo tipo. Um diz, preocupado: “Ao tentar ex-
pressar um desejo ou descrever o que está vendo
ou ouvindo, meu filho apenas aponta para as coi-
sas, trocando as palavras por gestos e por ex-
pressões faciais.” Outro se queixa: “Quando meu
filho resolve falar, no lugar de frases bem feitas,
ora ele diz apenas uma palavra, ora frases incom-
pletas, muitas vezes sem sentido algum”. A mãe,
aflita, diz: “Há situações em que meu filho diz
palavras incompletas: no lugar de ‘rato’, pronun-
cia ‘ato’; no lugar de ‘cama’, diz ‘ama’. Tenho a
sensação de que ele está com preguiça de falar.
Não sei o que fazer!” E a agonia parece intermi-
nável!

Afinal, o que fazer em situações como essas que


acabo de narrar? Existe alguma solução? A res-
posta é sim, sugiro que você ajude seu filho a
desenvolver a linguagem dele, utilizando es-
tratégias de modelagem da linguagem.

E que estratégias são essas? Ora, são basicamen-


te quatro. A primeira chama-se conversa consi-
go mesmo.

Suponhamos que seu filho esteja perto de você,


a uma distância tal em que ele possa ouvi-lo.
Chamemos a essa distância “área de escuta”. Co-
mece, então, a descrever em voz alta o que você
está vendo, ouvindo, fazendo ou sentindo.

Um ponto importante: enquanto você estiver fa-


zendo a descrição em voz alta, seu filho não pre-
cisa estar muito próximo, nem prestar atenção
em você. Basta que ele esteja dentro da área de
escuta, ou seja, nem muito perto, nem muito
longe.

Outra coisa importante: pronuncie palavras cla-


ras e frases simples, que seu filho seja capaz de
compreender. E tudo bem vagarosamente.

Imagine que você esteja na garagem de casa, la-


vando o carro, enquanto seu filho brinca por per-
to, na “área de escuta”. Nesse momento, você
começará a descrever o que está percebendo e
fazendo: “água gelada”, “pneu sujo”, “esfrego,
esfrego, esfrego”, “o carro está limpo”. Faça isso
em diferentes ambientes, descrevendo outras
ações e situações.

A segunda estratégia se parece muito com a


primeira. Chama-se conversa paralela. Mas
agora, em vez de descrever o que você está fa-
zendo, você dirá em voz alta aquilo que está
acontecendo com o seu filho. Quando ele se en-
contrar dentro da área de escuta, comece a des-
crever o que ele está fazendo, olhando, ouvindo
ou sentindo. Aqui vale a mesma regra da estraté-
gia anterior: seu filho não precisa estar muito
perto ou prestar atenção no que você diz. E, as-
sim como antes, suas palavras e frases devem
ser claras e simples, de modo que a criança
seja capaz de compreendê-las. E tudo bem
devagar.

Vamos a um exemplo. Seu filho e você estão a


passear tranqüilamente. De repente, ele tropeça,
e você diz: “João tropeçou”, “João caiu”, “sua
roupa está suja”, “João anda pelo parque”, etc.

Em síntese: nesta estratégia, você irá descrever


não o que você faz, mas o que seu filho faz.

A terceira estratégia é a da extensão, que já foi


apresentada por mim no blog. Mas não custa
nada relembrá-la.

A extensão consiste, essencialmente, em refor-


mular a fala da criança, dizendo o mesmo que foi
dito por ela, mas de forma correta, acrescentan-
do uma ou mais palavras, se necessário.

Preste atenção neste exemplo. Seu filho está a


observar um bichinho de estimação, quando, de
repete, não mais que de repente, vira-se para
você e diz: “Cachorrinho latindo!”. Tendo enten-
dido perfeitamente o que seu filho quis dizer,
você reformula a frase dele, mantendo o sentido:
“Sim, o cachorrinho está latindo.”

A partir dessas reformulações, seu filho irá com-


parando as próprias frases com as suas, e aos
poucos começará a compor frases mais corretas
e mais bem elaboradas.

Mas atenção nisto: as crianças se deleitam em


ouvir suas próprias palavras repetidas por outra
pessoa. Portanto, na reformulação, é muito im-
portante não alterar o significado do que elas
querem expressar.

Vejamos outros exemplos. A criança emite o som


“mumm, mumm”, que para ela significa algo
mais ou menos como “colo”; então você diz: “Ma-
ria quer colo”. Considerando que o “mummm” da
criança significa a palavra “colo”, você acrescen-
tou duas palavras, certo?

A criança diz “papai”, ao que você completa: “Pa-


pai chegou”.
A criança diz “carro rápido”, e você, entendendo
o que ela quer expressar, faz a seguinte reformu-
lação: “O carro anda rápido”.
A criança diz “passarinho voando”, e a mãe refor-
mula: “O passarinho está voando”.
A criança diz “não qué”, e a reformulação poderia
ser: “Você não quer”.
A criança, por fim, diz “jogar bola”, e você refor-
mula assim: “Vamos jogar bola”. Simples, não é
mesmo?

A quarta e última estratégia é a do elogio.


Grosso modo, você terá de reagir às tentativas de
fala do seu filho, usando de elogios verbais ou
não verbais. Por exemplo, como elogio verbal,
você pode repetir num tom carinhoso o que ele
acabou de dizer, ou manifestar, com palavras de
aprovação, o quanto gostou da fala dele, e assim
em diante. Já os elogios não verbais podem ser
um abraço, um sorriso, uma expressão facial de
aprovação, um piscar de olhos, etc. Vamos nova-
mente aos exemplos práticos.

Seu filho quer pular na cama. Ao tentar descrever


o que deseja, diz ele: “pama”, “pama”, “pama”.
Você pode abrir bem os olhos, sorrir e reformu-
lar: “Cama. A cama é macia. João adora pular na
cama. É muito gostoso ouvir você dizer a palavra
‘cama’”.

Outro exemplo: seu filho aponta para uma bola


que está em cima do armário e diz “bola”. Na ver-
dade, “bola” equivale à sentença: “eu quero a
bola”. Então você pode bater palmas e dizer:
“Bola! Você quer a bola!” Ao dar a bola para ele,
acrescente: “Pegue a bola.”

Por fim, um último exemplo. Você está preparan-


do o almoço. Seu filho se aproxima e, sabendo
que só depois do almoço poderá comer doce, lhe
pede: “Eu …oce”. Então você dá um abraço nele
e responde: “Você quer um doce! Gostei de sua
fala! Agora, porém, não posso lhe dar um doce.
Primeiro, almoce. Depois, ganhará um doce.”

Finalmente, vou expor em resumo algumas ori-


entações que irão auxiliá-lo a fazer com mais efi-
cácia esta atividade. Pois bem.

1º As estratégias podem ser praticadas em diver-


sos ambientes: na fila do banco, em casa, na
sala de espera de um consultório, etc.

2º Caso queira exercitá-las em momentos especí-


ficos do dia, reserve cinco minutos por criança –
não mais do que isso! Durante esse período, con-
centre-se apenas no ensino de aspectos da fala.

3º Pratique sempre com uma só criança de cada


vez.

4º Não aplique as estratégias a todo momento,


pois isso pode aborrecer os pequenos.

5º Evite emitir comandos ou fazer perguntas


durante os exercícios de modelagem da
linguagem.

Seguindo esse passo a passo, você ajudará seu


filho a desenvolver a fala e a expressar-se cada
vez melhor!

Faça o download da versão em áudio e ouça essa


dica quando quiser!

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& Sobre Carlos Nadalim

Pai de Francesco e Teresa e


marido de Bárbara, Carlos
Nadalim é também coorde-
nador pedagógico na escola Mundo do Ba-
lão Mágico, em Londrina, cidade onde
mora. Junto com Arno Alcântara, é co-fun-
dador do blog "Como Educar seus Filhos",
em que publica vídeos, entrevistas e artigos
com dicas para os pais sobre educação in-
fantil, especialmente no tocante à alfabeti-
zação domiciliar. Já ensinou, pela internet,
1630 pais e mães a alfabetizarem seus filhos
em casa, por meio do curso "Ensine seus
Filhos a Ler - Pré-alfabetização" .

) FACEBOOK

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Crianças?

26 Comentários

Denis
/ Link permanente

Olá, me filho tem 2 anos e meio e não


pronuncia nenhuma palavra, nem mama
e papa.
Só pronuncia sons e as vezes demostra
que quer falar, mas é como se estivesse
falando um idioma desconhecido. Nem
“dá” ele faz, só aponta.
Me apoio em “cada criança tem seu pró-
prio tempo”, para não ficar desesperado.
O que posso fazer? É preocupante ?

0 RESPONDER

Daniele Araújo Agner Terêncio


/ Link permanente

Parabéns pelo blog, muito didático para


os pais de primeira viagem como eu e as
atividades sugeridas geram resultados.

0 RESPONDER

Pâmela Arumaa
/ Link permanente

Nós que agradecemos a confiança,


Daniele.

Abraços.

0 RESPONDER

Fatima lana diniz


/ Link permanente

Tenho uma filha com 26 anos ela tem sín-


drome de down não conseguiu alfabeti-
zar conhece todas as letras mas não con-
segui sílabar tem algum metodo e ainda
tem como alfabetiza-la.

0 RESPONDER

Pâmela Arumaa
/ Link permanente

Olá, Fatima! Aqui é a Pâmela, faço par-


te da equipe de suporte. Tudo bem?

Lamentamos a situação de sua filha.


Não tivemos experiência com alunos
portadores de Síndrome de Down,
porém, uma de nossas alunas que é
fonoaudióloga aplicou o método do
curso em crianças que têm muitas
dificuldades de aprendizagem, ela
trabalha na Apae.

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