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CENTRO UNIVERSITÁRIO JORGE AMADO

GRADUAÇÃO BACHARELADO EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS

SILVIA ROMERO ACOSTA

TRABALHO DA DISCIPLINA (AVA 2) DIREITO APLICADO À GESTÃO

SALVADOR
SETEMBRO 2023
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SILVIA ROMERO ACOSTA

TRABALHO DA DISCIPLINA (AVA 2)

Trabalho apresentado a Universidade Jorge


Amado (Unijorge) como requisito para
conclusão do curso Bacharelado em
Ciências Contábeis na disciplina Direito
Aplicado à Gestão.

Orientador: Prof.ª Kamila Dutra Pena

SALVADOR

SETEMBRO DE 2023
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FATO GERADOR

Situação Problema:

Lançamento é ato privativo da Fazenda Pública, e, segundo o art. 142 do CTN, é o


procedimento administrativo vinculado que verifica a ocorrência do fato gerador,
identifica o surgimento passivo da obrigação tributária, determina a matéria
tributável, aponta o montante do crédito e aplica, se for o caso, a penalidade cabível.
Desse modo, em quais modalidades de lançamento ocorre primeiramente a
participação do sujeito passivo, explique como ela se dá.

RESPOSTA
O lançamento tributário é um ato administrativo por meio do qual a autoridade fiscal
verifica a ocorrência do fato gerador, identifica a matéria tributável, aponta o
montante do crédito tributário e, se for o caso, aplica a penalidade cabível. É um
procedimento vinculado, sujeito a regras e prazos estabelecidos pela legislação
tributária.

A definição acima se baseia no artigo 142 do Código Tributário Nacional (CTN) do


Brasil, que estabelece:

"Art. 142. Compete privativamente à autoridade administrativa constituir o crédito


tributário pelo lançamento, assim entendido o procedimento administrativo tendente
a verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente, determinar a
matéria tributável, calcular o montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo
e, sendo caso, propor a aplicação da penalidade cabível."

O lançamento tributário pode ocorrer de três maneiras distintas:

Lançamento de Ofício ou Auto lançamento: Nesse tipo de lançamento, a


Fazenda Pública atua de forma independente, sem a participação direta do sujeito
passivo (contribuinte). O fisco realiza todos os procedimentos necessários para
apurar o valor do tributo devido com base nas informações disponíveis, como
declarações, documentos fiscais, dados contábeis, entre outros. O sujeito passivo
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não tem um papel ativo nesse processo, a menos que discorde dos valores
apresentados, caso em que ele pode apresentar impugnações ou recursos
administrativos para contestar o lançamento.

Lançamento por Declaração: Nesse caso, o sujeito passivo é convocado pela


autoridade fiscal a apresentar uma declaração ou documento que contenha
informações sobre o fato gerador, base de cálculo, alíquotas aplicáveis e demais
elementos necessários à apuração do tributo. O contribuinte é responsável por
fornecer os dados corretos e completos. A autoridade fiscal, então, verifica as
informações fornecidas, podendo aceitá-las ou ajustá-las de acordo com a legislação
tributária.

Lançamento por Homologação: Nesse tipo de lançamento, o sujeito passivo é


responsável por calcular, declarar e pagar o tributo devido de forma autônoma, sem
intervenção direta da autoridade fiscal antes do pagamento. O fisco tem um papel
posterior de conferência e homologação dos valores apresentados pelo contribuinte.
Caso a autoridade fiscal identifique discrepâncias ou erros nas declarações, ela
pode realizar uma fiscalização posterior e efetuar ajustes no lançamento, cobrando
eventuais diferenças devidas, bem como aplicando penalidades, se for o caso.

Em resumo, nas modalidades de lançamento por declaração e lançamento


por homologação, a participação do sujeito passivo é anterior à ação da autoridade
fiscal. No lançamento por declaração, o contribuinte fornece informações
diretamente à autoridade fiscal por meio de declarações. Já no lançamento por
homologação, o contribuinte realiza o cálculo e o pagamento do tributo de forma
autônoma, aguardando a posterior homologação da autoridade fiscal. Ambos os
casos implicam uma responsabilidade significativa por parte do contribuinte na
apuração e declaração correta dos tributos devidos.
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REFERÊNCIAS

CTN (Código Tributário Nacional). Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966.


Disponível em: < https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l5172compilado.htm >.
Acesso em: 02 de setembro de 2023.

SABBAG, Eduardo. Direito Tributário Essencial. 8ª edição-Rio de Janeiro: Forense;


MÉTODO, 2021.

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