Telef: 926 777 003 – 999 777 003

DIGNO
MAGISTRADO DO MINISTÉRIO PÚBLICO
JUNTO DO SIC-LUANDA

LUANDA

QUEIXA-CRIME

Rosa Jorge Marques, solteira, nascida aos 09 de Agosto de 1995, portadora do Bilhete
de Identidade nº 002805208LA032, residente na Rua da Dimuca, Casa S/N, Zona 13, no
Bairro do Sambizanga, no Município e província de Luanda, doravante designada como
ofendida.

Vem apresentar queixa-crime contra

Weza Afonso,
Que faz nos termos e com os seguintes fundamentos:

1. As 9h do dia 15 de Janeiro de 2024, apareceu a sra Hortência Maria Afonso,

no Complexo Escolar Maravilha com a finalidade de regularizar a situação financeira da
propina da sua educanda referente ao mês de Fevereiro.
2. Na ocasião, alegou que havia feito o pagamento do mês de Janeiro, e que o
mês que havia de pagar seria apenas o mês de Fevereiro.
3. Por não estar registado no livro de pagamento o registo do pagamento do mês
alegado, pediu-se a sra que comprovasse a sua alegação por meio do recibo de
pagamento que faz fé do pagamento por ela efectuado.
4. A Sra não refutou, saiu, mas não voltou a tempo, e quando voltou à lesada já
não mais se encontrava na instituição, porque tinha que dar seguimento a outras
actividades de carácter pessoal.
5. O cartão comprova que foram liquidados os meses de Outubro à Dezembro, e
se houvesse prova em contrário o ónus de provar seria da lesante.
5. No dia seguinte, isto é no dia 16 de Janeiro, quando eram 10h a Sra retomou á
nossa instituição com o mesmo assunto, porém não havia trazido o que lhe tinha sido
pedido no dia anterior “o recibo de confirmação do mês alegadamente pago”
6. A lesada lhe disse que só lhe resolveria a situação se a Sra perovasse por meio
de recibo o mês que alegadamente a sra insistia que pagou,

Rua das Mangueiras, B, nº 26, 1º andar • Bairro Kapolo II • Luanda • Angola•NIF: 5000787949 •
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 7. Pelo que arrogantemente a Sra se levantou e com gritarias e sem nenhum
respeito começou a ofender gravemente a honra da lesada, e a sujar o bom nome da
mesma, no meio de outros encarregados de educação.
8. A lesada pacificamente pediu a lesante que se acalmasse e que não ficava bem
criar todo aquele alvoroço diante dos encarregados de educação;
9. Não se conformando, mesmo depois de aconselhada por outros encarregados a
lesante, chamou gatuna a lesada, que no entender da lesante ela rasurou a própria
assinatura para extrair dela meios financeiros;
10. Em defesa a lesada respondeu que não havia necessidade para furtar a lesante
até porque ela ganha bem e jamais faria isso com ninguém;
11. Em resposta a lesante disse em alto e bom som que tratava-se do “ modus
operandi” da lesada que a mesma era mestre e sabia muito bem como enganar.
12. A honra significa decoro, dignidade, boa fama, diante disso é um direito de
protecção constitucional nos termos do n.º 1 do artigo 32º da CRA, a honra está ligada a
reputação, a imagem que os outros têm de você.
13. Nos termos do n.º1 do artigo 214º combinado com n.º1 do artigo 215º ambos
do CP, entendemos que estão preenchidos cumulativamente os requisitos legais para
imputação da conduta ao crime, desde logo a intenção de ofender a lesada uma vez que
esta última sempre apelou a calma,
14. O facto de a lesante formular juízos ofensivos e sem provas,
comprometendo a sua honra e reputação diante dos outros encarregados de Educação;
15. Os factos referidos no ponto anterior mostram claramente a intenção da
lesante denegrir a imagem da lesante, beliscando a sua reputação diante dos
encarregados de educação e de seu superior hierárquico (Director) que presenciou tais
acusações que põe em perigo a continuidade de seu cargo na referida instituição .

Por todo o acima exposto, porque devidamente fundamentado e provado, não

deixando dúvidas sobre a existência do direito ora reclamado pela lesada, requer-
se o seguinte:

a) Que seja instaurado o procedimento criminal pelos factos narrados, e

consequentemente requerer, nos termos e para efeitos do artigo 51.º CPP,
a sua constituição como assistente;
b) Que a lesante seja responsabilizada civilmente, por danos morais nos
termos do artigo 483.º e 484.º ambos do CC.

Termos em que requer;

Pela acostumada, sã e serena Justiça!

Espera deferimento

Os mandatários
Teodoro Franco Luís dos Santos
(Adv.estagiário Céd.Nº 10.917)

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 José Jorge Marques
(Adv.estagiário Céd.Nº 11.392)

Termos em que se requer a V.Exª se digne

Ordenar a abertura do competente inquérito instaurando o respectivo procedimento
criminal ressalvando o direito de ulteriormente o ofendido se constituir assistente,
deduzindo acusação particular e pedido de indemnização cível.

Junta cópia do Bilhete de Identidade, Boletim de Óbito, Certificado de Óbito e

Procuração

Os Advogados
________________________________
António Domingos da Silva
Cédula nº 785
______________________________
Teodoro dos Santos
Cédula nº 10.917
_________________________________
Maura Félix
Cédula nº 11.191
__________________________________
José Jorge Marques
Cédula nº 11.392

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