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10/05/2023 Venâncio Chirrime 1

• Prova de Auditoria - é toda a informação usada


pelo auditor para chegar às conclusões em que
Conceito se baseia a opinião da auditoria, e inclui (i) a
informação contida nos registos contabilísticos
Prova de subjacentes às DF. (ii) informação obtida de
outras fontes como seja auditorias anteriores e
auditoria procedimentos de controlo de qualidade para
aceitação e continuação de clientes.
• Os registos contabilísticos incluem registos de
assentos contabilísticos iniciais e de apoio, como
seja (i) verificações e registos de transferências
Conceito electrónicas de fundos, (ii) facturas, contratos,
razões gerais e subsidiários, assentos de diário e
Prova de outros ajustamentos às DF que não estejam
reflectidos nos assentos formais de diário (iii)
auditoria folhas de hora e seus cálculos que suportam
imputações de custos, reconciliações e
divulgações.
• Outra informação que o auditor pode usar como
prova de auditoria inclui (i) actas de reuniões (ii)
confirmações de terceiros (iii) relatórios de
Conceito análise (iv) dados comparáveis acerca de
concorrentes (marcas de referência), (v) manuais
Prova de de controlos interno e (vi) informação obtida
pelo auditor proveniente de procedimentos de
auditoria auditoria tais como indagação, observação e
inspecção; e outra informação desenvolvida
pelo Auditor ou disponível que permita que o
auditor atinja conclusões por intermédio de
raciocínio válido;
Venâncio Chirrime

• Suficiência é a medida da quantidade


de prova de auditoria e adequação é
Suficiência a medida da qualidade da prova de
auditoria;
da Prova • A quantidade de prova de auditoria
necessária é afectada pelo risco de
distorção e também pela qualidade
de tal prova de auditoria.

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• Um dado conjunto de procedimentos de


auditoria pode proporcionar prova de
auditoria que seja relevante para certas
asserções, mas não outras.
• Exemplo 1 - A inspecção de registos e
Suficiência documentos de cobrança de contas a
receber após o fim do período, prova a
da Prova existência de valores a receber, mas não
prova a especialização de exercício
• Exemplo 2 - A existência física de
inventário não prova a sua valorização
adequada ou propriedade jurídica.

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É consensual que
• A prova de auditoria é mais fiável quando seja
obtida de fontes independentes fora da
entidade.

Suficiência A prova de auditoria que seja internamente


gerada é mais fiável quando os respectivos
controlos impostos pela entidade sejam mais
da Prova eficazes.
• A prova de auditoria directamente obtida pelo
Auditor é mais fiável do que a prova de auditoria
obtida indirectamente ou por inferência;

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• A prova de auditoria é mais fiável


quando exista em forma documental,
Suficiência seja em papel, electrónica ou outro
meio
da Prova • A prova de auditoria proporcionada
pelos documentos originais é mais
fiável do que prova de auditoria
proporcionada por fotocópias

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• Quando a informação produzida pela


entidade seja usada pelo auditor para
executar procedimentos de auditoria,

Suficiência o auditor deve obter prova de


auditoria acerca do rigor e
integralidade da informação.
da Prova • Por exemplo, comparar o valor das
vendas a partir de cálculo do preço
médio de venda e os dados
estatísticos disponíveis de produção;

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• Geralmente o auditor obtém mais


garantia de fiabilidade a partir de prova
de auditoria obtida de diferentes fontes e
natureza do que de itens de prova de
Suficiência auditoria considerados individualmente.
• Por exemplo, quando a prova de
da Prova auditoria obtida de uma fonte seja
inconsistente com a obtida de uma outra,
o auditor determina que procedimentos
de auditoria adicionais são necessários
para resolver a inconsistência.

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Suficiência • O auditor considera o relacionamento


entre o custo de obter prova de
auditoria e a utilidade da informação
da Prova obtida e não se deverá usar este
facto para omitir um procedimento
de auditoria para o qual não haja
alternativa.

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Procedimentos para obtenção de prova
(tipos de testes)

Requisitos – Prova ▪ Indagação


de auditoria ▪ Inspecção
suficiente e ▪ Observação
▪ Confirmações externas
apropriada ▪ Recálculo
▪ Reexecução
▪ Procedimentos analíticos

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Procedimentos Inspecção de Registos ou Documentos
para obtenção Consiste em examinar registos ou
documentos, quer internos ou externos, em
de prova forma de papel ou electrónica. Por exemplo
inspecção de registos ou documentos para
prova de autorização.

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Procedimentos Inspecção de Activos Tangíveis
• Consiste no exame físico dos activos e
para obtenção proporciona prova de auditoria fiável com
respeito à sua existência, mas não
de prova necessariamente acerca dos direitos e
obrigações da entidade ou da valorização dos
activos e é feita através da observação da
contagem do inventário.

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Observação
• Consiste em olhar para um processo ou
procedimento que está a ser desempenhado por
outros. Os exemplos incluem observação de
Procedimentos contagem de inventários pelo pessoal da entidade
e observação da execução de actividades de
para obtenção controlo.
Indagação
de prova • Consiste em procurar informação de pessoas
conhecedoras, quer seja na área de finanças ou
não, e pode ser dentro ou fora da entidade e
podem ser indagações formais escritas até às orais
informais.

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Confirmação
• É um tipo específico de indagação, em que se obtêm uma
declaração de informação ou de uma condição existente
directamente de uma terceira parte. Por exemplo, confirmação
Procedimentos directa de dívidas a receber ao comunicar se com devedores.
Recalculo
para obtenção • O recalculo consiste na verificação do rigor matemático de
documentos ou de registos. por exemplo obter um ficheiro

de prova electrónico da entidade e computar no na aplicação informática de


auditoria que a Empresa usa.
Reexecução
• A reexecução é a execução independente de procedimentos ou
controlos do auditor que foram originariamente executados como
parte do controlo interno da entidade. Por exemplo, reexecutar a
idade das contas a receber.

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Procedimentos Analíticos
Procedimentos • É avaliação de informação financeira feita por
para obtenção um estudo dos relacionamentos plausíveis
entre dados financeiros e não financeiros. Os
de prova procedimentos analíticos também englobam a
investigação de flutuações e relacionamentos
que sejam inconsistentes com outra
informação relevante ou se desviem
significativamente de quantias previsíveis.

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Requisitos – Prova de auditoria
suficiente e apropriada

Procedimentos para obtenção de prova

▪ Definidos quanto a:

✓ Natureza
✓ Oportunidade
✓ Extensão

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Requisitos – Seleção de itens a
testar para obter prova

✓ Podemos seleccionar:

▪ Todos os itens (teste a 100%);


▪ Itens específicos; e
▪ Uma amostra de itens através de
técnicas de amostragem.

✓ A selecção de um, ou a combinação de


vários, destes testes, é uma questão de
julgamento profissional e depende das
circunstâncias (p. ex. fatores de risco)
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No Main Stree Teather, o Caixa recebe dinheiro de Clientes e

Questão para
opera uma máquina que imprime os bilhetes numerados de
acesso. Para entrar no Cinema, o Cliente entrega ingresso a
um Porteiro que fica na entrada da sala de espera a cerca de
15 metros de bilheteira. O Porteiro rasga o bilhete em duas
parte e entrega uma delas ao Cliente e coloca outra numa
urna fechada.

discussão
Pede-se:
1. Quais são os controlos internos visíveis nesta fase de
movimentação da entrada de Caixa;
2. Que medidas o Gerente do Cinema deveria tomar
regularmente para dar a máxima efectividade a esses
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controlos;
3. Suponha que o Caixa e o Porteiro decidissem colaborar
para desviar a receita, que acções deviam tomar;
4. No pressuposto de que o Caixa e o Porteiro,
conseguiram desviar a receitas, que aspectos de
procedimentos de controlo poderiam permitir a
descoberta da fraude
Confirmações
Externas
Noma 505
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• A relevância de confirmações externas ao auditar uma


determinada asserção depende do objectivo do auditor ao
Conceitos seleccionar informação para confirmação. Por exemplo,
quando auditar a asserção plenitude relativa a contas a
prévios pagar, o auditor necessita de obter prova de auditoria de
que não há passivo material por registar, daí que se deve
enviar pedido de confirmação mesmo para Entidades com
saldo nulo.

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Concepção do pedido de confirmação externa

Ao decidir mandar pedido de confirmação deve se considerar:


• A experiência anterior na auditoria ou em trabalhos semelhantes
• a natureza de informação a ser confirmada
• O perfil do respondente a que se destina
• A necessidade de obter anuência da gerência para os terceiros lhe dêem a informação
pretendida

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Confirmações Externas Positivas

• Um pedido de confirmação externa positiva pressupõe que o respondente


indique o seu acordo á informação pedida, por exemplo, confirma que o seu
saldo a favor da Empresa são 6 milhões de meticais;
• Confirmação positiva proporciona prova de auditoria fiável, embora exista risco
de o respondente possa responder sem verificar se a informação é correcta e o
Auditor não estará em condições de detectar este facto;
• Alternativamente, para reduzir este risco, solicita ao respondente para preencher
a quantia no espaço em branco, embora também se reconheça o risco de baixa
taxa de resposta, porque esta resposta requer esforço.

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Confirmação Externa Negativa

• Um pedido de confirmação externa negativa solicita aos respondentes que


respondam no caso de desacordo com a informação fornecida no pedido,
entretanto a esta falta de resposta pode ser também porque o respondente não
recebeu a correspondência ou não deu relevância ao pedido e poderá se assumir
que é uma concordância;
• Consequentemente, o uso de pedidos de confirmação negativa proporciona
geralmente prova menos fiável de que o uso de pedidos de confirmação positiva,
e o auditor considera a execução de outros procedimentos substantivos para
suplementar o uso de confirmações negativas.

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Uso de confirmação Externa Negativa

Os pedidos de confirmação negativas podem ser usados para reduzir o risco de


distorção material a um nível aceitável quando:
• O nível avaliado do risco de distorção material é mais baixo;
• Um grande número de saldos pequenos está envolvido;
• Não se espera um número substancial de erros;
• O auditor não tem razão para crer que os respondentes não terão em atenção
estes pedidos.

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Uso combinado dos dois critérios

• Pode ser usada uma combinação de confirmações externas positivas ou


negativas. Por exemplo, quando o saldo total de contas a receber compreenda
um pequeno número de saldos grandes e um grande número de saldos
pequenos, o auditor pode decidir que é apropriado confirmar todos ou uma
amostra dos saldos grandes com pedidos de confirmação positiva e uma amostra
de saldos pequenos usando pedidos de confirmação negativa.

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Venâncio Chirrime

• Quando o auditor procura confirmar determinados saldos


Pedidos de ou outras informações, e a gerência pede ao auditor que o
não faça, o auditor deve considerar se existem
confirmação à fundamentos válidos para tal pedido e obter prova de
auditoria para suportar a validade dos pedidos da gerência.
Gerência • Se o auditor aceitar o pedido da gerência, o auditor deve
aplicar procedimentos de auditoria alternativos para obter
prova da auditoria apropriada suficiente com respeito a
essa matéria.

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• Se o auditor não aceitar a validade do


pedido da gerência e for impedido de
levar a efeito as confirmações, existiu uma
Pedidos de limitação no âmbito do trabalho do
auditor e o auditor deve considerar o
confirmação à possível impacto no relatório do auditor.
• Quando tomar em consideração as razões
Gerência dadas pela gerência, o auditor aplica uma
atitude de cepticismo profissional e
considera se o pedido tem quaisquer
implicações no que respeita à integridade
da gerência e risco de fraude.

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• A fiabilidade da prova de auditoria fornecida


por uma confirmação é afectada pela
competência, independência e autoridade
Características para responder, conhecimento da matéria a
ser confirmada e objectividade do
de respondente.

respondentes • Por esta razão, o auditor tenta assegurar,


quando praticável, que o pedido de
confirmação seja dirigido a um indivíduo
apropriado.
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• O auditor também avalia se determinadas


partes podem proporcionar uma resposta
objectiva e não preconceituosa a um pedido
de informação..
• Por exemplo, o auditor pode deparar com
Características transacções não usuais de final de ano,
transacções que tenham um efeito material
de nas demonstrações financeiras, sendo as
transacções com um terceiro que seja
respondentes economicamente dependente da entidade.
Em tais circunstâncias, o auditor considera
se o terceiro pode ou não estar motivado
para proporcionar uma resposta não
rigorosa.
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Quando levar a efeito procedimentos de


confirmação, o auditor deve manter o
controlo sobre o processo de seleccionar
aqueles a quem um pedido será enviado,
a preparação e envio de pedidos de
confirmação, e as respostas a esses
pedidos.
Processo de
confirmação O auditor assegura que os pedidos de
confirmação, são devidamente
endereçados, e que todas as respostas
sejam enviadas directamente ao auditor
e considera se as respostas procederam
dos expedidores que se pretendia.
• O auditor deve executar procedimentos de auditoria
alternativos quando não seja recebida resposta a um
pedido de confirmação externa positiva. Os
Falta de procedimentos de auditoria alternativos devem ser
tais que proporcionem prova de auditoria acerca das
asserções que o pedido de confirmação se destinava
resposta ao proporcionar.
• No exame de contas a receber, os procedimentos
pedido de alternativos podem incluir o exame de recebimentos
de caixa subsequentes, o exame de documentação de
confirmação expedição ou outra documentação com o cliente para
obter prova de auditoria relativa à asserção de
positiva existência, e o exame das vendas perto do final do
período para obter prova de auditoria relativa à
asserção de corte.
• No exame das contas a pagar, os
Falta de procedimentos alternativos podem incluir
o exame de desembolsos subsequentes de
resposta ao caixa ou de correspondência de terceiros
para obter prova de auditoria da asserção
pedido de de existência, e exame de outros registos,
tais como notas de recebimento de bens,
confirmação para obter prova de auditoria da asserção
positiva de plenitude.

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• O auditor toma em consideração se existe uma
indicação de que as confirmações externas recebidas
podem não ser fiáveis. O auditor toma em
consideração a autenticidade da resposta e executa
procedimentos para afastar qualquer preocupação.
As respostas por meios electrónicos como seja email
Fiabilidade são válidas.
• O auditor pode optar por verificar a origem e o
de respostas conteúdo de uma resposta fazendo uma chamada
telefónica para quem aparenta tê-la enviado.
recebidas • As confirmações verbais são documentadas nos
papéis de trabalho. Se a informação nas confirmações
orais for significativa, o auditor pede às partes
envolvidas para apresentar confirmação escrita da
informação específica directamente ao auditor.
Ao formar as conclusões, o auditor toma em
consideração:
• A fiabilidade das confirmações e os
procedimentos alternativos;
• A natureza de quaisquer excepções
incluindo as implicações tanto
Causas e quantitativas como qualitativas dessas
excepções; e
frequências de • A prova proporcionada por outros
excepções procedimentos de auditoria.
• Com base nesta avaliação, o auditor
determina se são ou não necessários
procedimentos de auditoria adicionais
para obter prova de auditoria apropriada
suficiente.

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• O auditor deve avaliar se os
Avaliação dos resultados do processo
confirmação externa juntamente
da

resultados de com os resultados de quaisquer


outros procedimentos executados,
confirmação proporcionam prova de auditoria
apropriada suficiente com respeito
à asserção da demonstração
financeira que está a ser auditada.

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• Quando o auditor usar confirmações
reportadas a uma data anterior à do
balanço para obter prova de auditoria que
suporte uma asserção, o auditor obtém
Por fim prova de auditoria apropriada suficiente
de que as transacções relevantes para a
confirmações asserção no período intermédio não
foram materialmente distorcidas;
anteriores ao • Dependendo do risco avaliado de distorção
fim do ano material, o auditor pode decidir confirmar
saldos a uma data que não seja a do final
do ano, por exemplo, quando a auditoria
se tem de completar dentro de um curto
prazo após a data do balanço.

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Provas de auditoria ISA 510 - Saldos de
abertura

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Saldos de abertura como prova

• Evidências de que os saldos de abertura não contêm distorções que possam


afectar de forma materialmente relevante as DF do período corrente;
• Evidências de que os saldos de fecho do período anterior foram correctamente
transpostos para o período corrente;
• Evidências de que as políticas contabilísticas foram aplicadas de forma
consistente e as eventuais alterações foram quantificadas e divulgadas

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Procedimentos para validação dos saldos de abertura

• Verificar as políticas contabilísticas seguidas pela entidade, e sua consistência


nos períodos subsequentes e se os saldos reflectem essas mesmas políticas;
• Se foram ou não auditadas as DF de períodos anteriores, e em caso afirmativo
qual foi a opinião do Auditor;
• Verificar a materialidade dos saldos de abertura com relação às DF do período
corrente;

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Procedimentos para validação dos saldos de
abertura

• Quando as DF de períodos anteriores tiverem sido auditadas por um outro


auditor, o auditor corrente passará em revista os papéis de trabalho do auditor
precedente, devendo considerar a competência profissional e independência do
auditor precedente.
• Se o relatório do auditor do período anterior foi modificado, o auditor dispensará
particular atenção no período corrente às matérias que deram origem à
modificação

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Procedimentos para validação dos saldos de
abertura

• Quando as contas nunca foram sujeitas a uma auditoria, o Auditor corrente


avaliará as operações subsequentes para certificar-se da existência, dos direitos,
obrigações e integralidade dos activos e passivos
• Relativamente aos, investimentos financeiros e dívidas a longo prazo, o auditor
examinará normalmente os registos subjacentes aos saldos de abertura e em
determinados casos, pode estar em condições de obter confirmação dos saldos
de abertura com terceiros, por exemplo, dívidas a longo prazo e a investimentos
financeiros;

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CONCLUSÕES DE AUDITORIA E RELATO

• Se o efeito da distorção não estiver devidamente contabilizado e adequadamente


divulgado, o auditor expressará uma opinião com reservas ou uma opinião
adversa, como for apropriado;
• Se o relatório do auditor da entidade do período anterior tiver sido modificado, o
auditor corrente deve considerar o respectivo efeito nas demonstrações
financeiras do período corrente;

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Procedimentos Analíticos
ISA 520

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ISA 520 - Âmbito

• Utilização de procedimentos analíticos como procedimentos substantivos


(“procedimentos analíticos substantivos”)
• Necessidade da sua execução em data próxima do final da auditoria como formação de
uma conclusão global sobre as DF
• ISA 315 - Aborda a sua utilização como procedimentos de avaliação do risco
• ISA 330 - Inclui requisitos e orientação respeitantes à natureza, oportunidade e extensão
dos procedimentos de auditoria em resposta aos riscos avaliados (inclui procedimentos
analíticos substantivos)

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ISA 520 – Objetivo do Auditor
Procedimentos • Obter prova de auditoria relevante e fiável
• Conceber e executar procedimentos
Analíticos analíticos em data próxima do final dos
trabalhos para avaliar globalmente as DF

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Procedimentos Analíticos (definição)
• Apreciações da informação financeira através
da análise de relações plausíveis não só entre
dados financeiros como também não-
financeiros.
• Investigação das flutuações ou relações
ISA 520 – identificadas que sejam inconsistentes com
outra informação relevante ou que difiram
Procedimentos de valores esperados numa quantia
significativa.
Analíticos • Incluem comparação de informação com
✓ Períodos anteriores
✓ Orçamentos/previsões
✓ Informação similar do setor de
actividade
• Podem ser usados vários métodos (p.e.
simples comparações; análises complexas
suportadas em técnicas estatísticas)

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ISA 520 – Requisitos
Procedimentos • Procedimentos Analíticos
Substantivos
Analíticos
• Procedimentos Analíticos
que ajudam na Formação de
uma Conclusão Global
• Investigar resultados de
Procedimentos Analíticos
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Procedimentos Analíticos Substantivos
Necessário
✓ determinar se são adequados para certas
asserções, tendo em conta os RDM e os
ISA 520 – testes de detalhe, se existirem
✓ apreciar a fiabilidade dos dados, tendo em
Procedimentos conta a fonte, a comparabilidade e a
natureza e relevância da informação
Analíticos disponível, e os controlos sobre a sua
preparação
✓ desenvolver uma expetativa sobre quantias
registadas e apreciar se a mesma é adequada
para identificar distorções relevantes
✓ determinar a diferença entre as quantias
registadas e os valores esperados,
considerada aceitável, sem mais investigação

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Procedimentos Analíticos que ajudam na
ISA 520 – formação duma Conclusão Global
Procedimentos O Auditor deve conceber e executar
procedimentos analíticos em data próxima
Analíticos do final da auditoria que o ajudem na
formação de uma conclusão global sobre se
as DF são consistentes com o conhecimento
que tem da entidade
✓ Ajuda o auditor a extrair conclusões
razoáveis sobre as quais basea a sua
opinião
✓ Os resultados destes procedimentos
podem identificar um RDM não
identificado antes.

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Investigar Resultados de Procedimentos
Analíticos
• Se os procedimentos executados
identificarem flutuações ou relações
ISA 520 – inconsistentes com outra informação
relevante ou difiram dos valores esperados
Procedimentos numa quantia significativa, é necessário
investigar as diferenças
Analíticos • Indagando a gerência e obtendo prova de
auditoria apropriada relevante para as
respostas; e
• Executando outros procedimentos de
auditoria considerados necessários nas
circunstâncias

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Exemplo
Descrição Ano I Ano II Variação
Vendas 900 000 1 100 000 200 000
Custos de Vendas 250 000 150 000 (100 000)

Amortização Exercício 100 000 90 000 (10 000)


Juros Financeiro 150 000 150 000 -
Custos Administrativos 300 000 250 000 (50 000)
Resultado Exercício 100 000 460 000 360 000

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10/05/2023 Doutor Venâncio Chirrime 54
ISA 540 – Auditar Estimativas Contabilísticas
❑ Âmbito

✓ Aborda as responsabilidades do auditor relacionadas com estimativas


contabilísticas, incluindo estimativas contabilísticas de justo valor, e suas
divulgações.

✓ Mais especificamente, expande a forma como a ISA 315, a ISA 330 e


outras ISA relevantes devem ser aplicadas em relação a estimativas
contabilísticas.

✓ Inclui requisitos e orientação sobre distorções de estimativas e sobre


indicadores de falta de isenção da gerência.

10/05/2023 Doutor Venâncio Chirrime 55


ISA 540 – Auditar Estimativas Contabilísticas
❑ Objetivo

✓ Obter prova de auditoria suficiente e apropriada sobre se:

▪ As estimativas (incluindo as de justo valor) quer reconhecidas quer


divulgadas são razoáveis; e

▪ As divulgações efectuadas são adequadas face ao referencial


contabilístico aplicável.

10/05/2023 Doutor Venâncio Chirrime 56


ISA 540 – Auditar Estimativas Contabilísticas
❑ Definições

✓ Estimativa contabilística
Valor aproximado de uma quantia monetária quando não existe outro meio
preciso de mensuração. Aplica-se a todas as quantias que exijam estimação
incluindo estimativas de justo valor

✓ Estimativa de um ponto da gerência


Quantia selecionada pela gerência para o reconhecimento ou divulgação
como estimativa contabilística nas DF
✓ Estimativa de um ponto do auditor ou intervalo do auditor
Quantia ou intervalo de quantias derivados da prova de auditoria para usar
na avaliação da estimativa de um ponto da gerência

10/05/2023 Doutor Venâncio Chirrime 57


ISA 540 – Auditar Estimativas Contabilísticas
❑ Definições

✓ Incerteza de estimação
Suscetibilidade de uma estimativa contabilística e das divulgações
relacionadas a uma falta de precisão inerente na sua mensuração
✓ Falta de isenção da gerência
Falta de neutralidade na preparação da informação
✓ Desfecho de uma estimativa contabilística
Quantia monetária real que resulta da concretização das transações,
acontecimentos ou condições subjacentes à estimativa contabilística

10/05/2023 Doutor Venâncio Chirrime 58


ISA 540 – Auditar Estimativas Contabilísticas
❑ Considerações sobre a natureza das estimativas

INCERTEZA DA ESTIMATIVA OBJECTIVO DA MENSURAÇÃO

▪ Varia em função da natureza e ▪ Prever o desfecho futuro de uma


fiabilidade da informação obtida transacção, acontecimento ou
pela gerência condição
▪ Afecta os riscos de distorção ▪ Expressar um valor de uma
material das DF transacção corrente com base em
▪ Aumenta a susceptibilidade a condições prevalecentes à data da
situações de falta de isenção da mensuração (p. ex. um preço de
gerência mercado)

10/05/2023 Doutor Venâncio Chirrime 59


ISA 540 – Auditar Estimativas Contabilísticas
❑ Considerações sobre a natureza das estimativas

INCERTEZA DA ESTIMATIVA

A incerteza de uma estimação é


relativamente BAIXA Num contexto de JV
▪ Transacções não complexas
▪ Transacções de rotina ▪ Dados observáveis
▪ Dados estão facilmente disponíveis ▪ Método de mensuração prescrito no
referencial é simples e facilmente
aplicável
▪ Modelo utilizado para a mensuração é
bem conhecido e geralmente aceite

10/05/2023 Doutor Venâncio Chirrime 60


ISA 540 – Auditar Estimativas Contabilísticas
❑ Considerações sobre a natureza das estimativas

INCERTEZA DA ESTIMATIVA

A incerteza de uma estimação é


relativamente ALTA Num contexto de JV
▪ Particularmente quando são baseadas
em pressupostos significativos
▪ Dados não observáveis
Exemplo: Desfecho de litígios
▪ Instrumentos financeiros derivados não
transaccionados publicamente
▪ Modelo muito especializado
desenvolvido internamente

10/05/2023 Doutor Venâncio Chirrime 61


ISA 540 – Auditar Estimativas Contabilísticas
❑ Considerações sobre a natureza das estimativas
Exemplos de situações correntes que implicam estimação

▪ Ajustamentos para saldos de cobrança duvidosa


▪ Ajustamentos para perda de valor de inventários
▪ Ajustamentos para perda de valor de investimentos
▪ Métodos de depreciação/vida útil de activos tangíveis e intangíveis
▪ Obrigações decorrentes de
❖ garantias prestadas
❖ benefícios de longo prazo a empregados
❖ litígios

10/05/2023 Doutor Venâncio Chirrime 62


ISA 540 – Auditar Estimativas Contabilísticas
❑ Requisitos principais
✓ Procedimentos de avaliação de risco e actividades relacionadas
✓ Identificação e avaliação dos RDM
✓ Respostas aos riscos avaliados de distorção material
✓ Procedimentos substantivos para responder aos riscos
✓ Apreciação da razoabilidade das estimativas contabilísticas e
determinação de distorções
✓ Indicadores de possível falta de isenção da gerência
✓ Declarações escritas

10/05/2023 Doutor Venâncio Chirrime 63


ISA 540 – Auditar Estimativas Contabilísticas
❑ Requisitos – Procedimentos de avaliação de risco
Os procedimentos de avaliação do risco ajudam o auditor a desenvolver uma expetativa quanto à
natureza e tipo das estimativas.

A principal consideração do Deve ter-se em conta:


auditor é sobre se o ▪ O referencial contabilístico aplicável
conhecimento que obteve é
suficiente para identificar e ▪ A forma como a gerência identifica as situações
avaliar os riscos de distorção que podem dar origem a estimativas
em relação a essas estimativas (reconhecidas ou somente divulgadas)
e para planear a natureza, ▪ A forma como a gerência faz as estimativas e a sua
oportunidade e extensão de fonte
procedimentos de auditoria
adicionais. ▪ Se houve ou deveria ter havido alteração na
estimativa relativamente à estimativa anterior,
razões e efeitos

10/05/2023 Doutor Venâncio Chirrime 64


ISA 540 – Auditar Estimativas Contabilísticas
❑ Requisitos – Procedimentos de avaliação de risco
Referencial desenvolvido pela entidade
Referencial contabilístico
Referencial de aplicação obrigatória

O auditor deve compreender os requisitos do referencial contabilístico para:


▪ Avaliar se tal referencial
- estabelece as condições de reconhecimento, mensuração e divulgação de
estimativas contabilísticas
- especifica as situações em que se permite ou exige uma estimativa de justo valor
de um activo ou passivo
▪ Discutir com a gerência como ela entendeu os requisitos e a forma como os aplicou

10/05/2023 Doutor Venâncio Chirrime 65


ISA 540 – Auditar Estimativas Contabilísticas
❑ Requisitos – Procedimentos de avaliação de risco

Forma como a gerência Conhecimento do negócio e do setor


identifica as situações Experiência na preparação das DF

▪ O auditor deve:
- Fazer indagações da gerência
- Obter o conhecimento da entidade e do seu ambiente de controlo através do processo de
avaliação do risco

▪ Isto ajuda o auditor a identificar novas circunstâncias ou alterações nas circunstâncias


que podem originar a criação de uma estimativa

10/05/2023 Doutor Venâncio Chirrime 66


ISA 540 – Auditar Estimativas Contabilísticas
❑ Requisitos – Procedimentos de avaliação de risco

Forma como a gerência Métodos e modelos


Pressupostos
faz as estimativas Controlos
Utilização de peritos

▪ O auditor deve:
- Fazer indagações da gerência sobre:
▪ Natureza, relevância e nível de documentação que suporta os métodos, modelos e
pressupostos
▪ Quais os controlos estabelecidos relevantes para cobrir riscos de distorção
▪ As circunstâncias em que a utilização de peritos (internos ou externos) é apropriada
- Rever o desfecho das estimativas incluídas nas DF do período anterior

10/05/2023 Doutor Venâncio Chirrime 67


ISA 540 – Auditar Estimativas Contabilísticas
❑ Requisitos – Identificação e avaliação dos RDM

✓ O auditor deve avaliar o grau de incerteza associado à estimativa o


qual pode ser influenciado por:

▪ Julgamento
▪ Sensibilidade da estimativa a alterações nos pressupostos
▪ Existência de técnicas de mensuração reconhecidas
▪ Disponibilidade e fiabilidade de fontes externas
▪ Relevância dos dados/acontecimentos passados para prever
dados/acontecimentos futuros

10/05/2023 Doutor Venâncio Chirrime 68


ISA 540 – Auditar Estimativas Contabilísticas
❑ Requisitos – Identificação e avaliação dos RDM

✓ Quando o auditor determina que uma estimativa contabilística dá


origem a um risco significativo, deve avaliar os controlos da
entidade.

✓ Exemplos de estimativas que podem ter um grau de incerteza


elevado
▪ Estimativas altamente dependentes de julgamento
▪ Estimativas que não são calculadas usando técnicas de mensuração
reconhecidas
▪ Estimativas em que o desfecho foi muito diferente da estimativa original
▪ Estimativas de justo valor feitas com uso de modelos complexos ou sem dados
observáveis

10/05/2023 Doutor Venâncio Chirrime 69


ISA 540 – Auditar Estimativas Contabilísticas
❑ Requisitos – Respostas aos riscos avaliados

✓ Com base nos riscos avaliados o auditor deve determinar:

▪ Se a entidade aplicou adequadamente os requisitos do referencial


contabilístico aplicável, e

▪ Se os métodos utilizados são:

✓ apropriados e consistentes nas circunstâncias e


✓ se eventuais alterações efectuadas quer nos métodos quer nas estimativas
são apropriados nas circunstâncias

10/05/2023 Doutor Venâncio Chirrime 70


ISA 540 – Auditar Estimativas Contabilísticas
❑ Requisitos – Respostas aos riscos avaliados

✓ Em função da natureza da estimativa, o auditor deve executar um ou mais


dos seguintes procedimentos:
▪ Verificar acontecimentos ocorridos até à emissão do relatório
▪ Testar à forma como a estimativa foi efetuada (métodos, pressupostos, etc.)
▪ Testar à eficácia dos controlos relevantes para efetuar a estimativa
▪ Desenvolver uma estimativa de um ponto ou um intervalo para comparar com a
estimativa do ponto da gerência

✓ Analisar necessidade da utilização de competências especializadas (peritos)


para avaliar um ou vários aspetos da estimativa.

10/05/2023 Doutor Venâncio Chirrime 71


ISA 540 – Auditar Estimativas Contabilísticas
❑ Requisitos – Respostas aos riscos avaliados

✓ Testar a eficácia operacional dos controlos pode constituir resposta


apropriada quando o processo tiver sido bem concebido e estiver bem
implementado e mantido:
▪ Existem controlos para a revisão e aprovação das estimativas pelos níveis
apropriados (gerência/EG)
▪ Estimativa deriva do processamento de rotina de dados

✓ Deve ser testada a eficácia operacional dos controlos quando:


▪ Avaliação dos RDM parte do princípio que os controlos sobre o processo estão a
operar eficazmente; ou
▪ Os procedimentos substantivos por si só não proporcionam prova de auditoria
suficiente e apropriada.

10/05/2023 Doutor Venâncio Chirrime 72


ISA 540 – Auditar Estimativas Contabilísticas
❑ Requisitos – Procedimentos substantivos adicionais

✓ Incerteza de estimação (para além doutros procedimentos


constantes da ISA 330, é necessário apreciar) :

▪ De que forma a gerência considerou pressupostos ou desfechos


alternativos e a razão por que os rejeitou.

▪ Se os pressupostos significativos usados são razoáveis.


(Será considerado significativo quando uma variação razoável alterar de forma material a
mensuração da estimativa contabilística)

▪ A intenção da gerência para executar planos de ação específicos e a sua


capacidade para o fazer.

10/05/2023 Doutor Venâncio Chirrime 73


ISA 540 – Auditar Estimativas Contabilísticas
❑ Requisitos – Procedimentos substantivos adicionais

✓ Critérios de Reconhecimento e Mensuração - necessário obter prova


suficiente e apropriada sobre se:

▪ A decisão da gerência de reconhecer ou de não reconhecer as


estimativas contabilísticas nas DF; e

▪ A base de mensuração selecionada para as estimativas contabilísticas

estão de acordo com os requisitos do referencial de relato financeiro


aplicável.

10/05/2023 Doutor Venâncio Chirrime 74


ISA 540 – Auditar Estimativas Contabilísticas
❑ Requisitos – Apreciação da razoabilidade das estimativas

✓ A prova obtida pode concluir que a estimativa do auditor difere do


ponto da gerência:

QUANDO A PROVA É UM PONTO QUANDO A PROVA É UM INTERVALO

A distorção é a diferença entre o ponto A distorção mínima (porque fica fora


de estimativa da gerência e o ponto de do intervalo) é a diferença entre a
estimativa do auditor estimativa do ponto da gerência e o
ponto mais próximo do intervalo do
auditor

10/05/2023 Doutor Venâncio Chirrime 75


ISA 540 – Auditar Estimativas Contabilísticas
❑ Requisitos – Possível falta de isenção da gerência
✓ Necessário rever os julgamentos e decisões feitos pela gerência na
elaboração das estimativas.
✓ Indicadores de falta de isenção não constituem por si só distorções para
efeitos de conclusão sobre razoabilidade das mesmas

✓ Exemplos de indicadores:
▪ Alterações numa estimativa contabilística ou método, quando a gerência fez
uma avaliação subjetiva de que houve uma alteração
▪ Uso de pressupostos próprios da entidade para estimativas de justo valor,
quando forem inconsistentes com pressupostos de mercado observáveis
▪ Seleção ou construção de pressupostos significativos que produzem uma
estimativa de um ponto favorável aos objetivos da gerência

10/05/2023 Doutor Venâncio Chirrime 76


ISA 540 – Auditar Estimativas Contabilísticas
❑ Requisitos – Declarações escritas
✓ Necessário obter declarações escritas da gerência e/ou dos EG sobre a
razoabilidade dos pressupostos significativos que foram utilizados para as
estimativas reconhecidas ou divulgadas:

✓ Sobre a apropriação dos processos de mensuração, incluindo os respetivos


pressupostos e modelos, e consistência dos mesmos

✓ Pressupostos refletem apropriadamente a intenção e capacidade da gerência


para adotar medidas específicas

✓ Divulgações são completas e apropriadas

✓ Nenhum acontecimento subsequente exige ajustamento às estimativas e


divulgações incluídas nas DF

10/05/2023 Doutor Venâncio Chirrime 77


ISA 540 – Auditar Estimativas Contabilísticas
❑ Requisitos – Declarações escritas
✓ Necessário obter declarações escritas da gerência e/ou dos EG sobre a
razoabilidade dos pressupostos significativos que foram utilizados para as
estimativas não reconhecidas ou divulgadas:

✓ Apropriação das bases usadas pela gerência para determinar que os critérios de
reconhecimento ou de divulgação não foram satisfeitos

✓ Apropriação da base utilizada pela gerência para ultrapassar a presunção relativa


à utilização do justo valor, relativamente às estimativas contabilísticas não
mensuradas ou divulgadas ao justo valor

10/05/2023 Doutor Venâncio Chirrime 78


Doutor Venâncio Chirrime 79
ISA 550 – Partes Relacionadas

❑ Âmbito

✓ aborda as responsabilidades do auditor quanto aos relacionamentos e


transações com partes relacionadas

✓ desenvolve a forma como a ISA 315, a ISA 330 e a ISA 240 devem ser
aplicadas em relação aos RDM associados aos relacionamentos e
transações com partes relacionadas

Doutor Venâncio Chirrime 80


ISA 550 – Partes Relacionadas

❑ Natureza dos relacionamentos e transacções

✓ as efectuadas no âmbito da actividade normal não acarretam RDM mais


alto que as efectuadas com os restantes terceiros
✓ o risco aumenta quando:
▪ Existe um conjunto alargado e complexo de relações e estruturas
▪ Os Sistemas de Informação podem não ser eficazes na identificação
ou sumarização de transacções e saldos
▪ As transacções podem não ser efectuadas segundo termos e
condições de mercado normais (p.e. sem qualquer retribuição)

Doutor Venâncio Chirrime 81


ISA 550 – Partes Relacionadas

❑ Responsabilidade do Auditor

✓ se referencial de relato financeiro exigir requisitos específicos de


contabilização e divulgação é necessário identificar, avaliar e responder
aos RDM daí resultantes
✓ mesmo que o referencial de relato não estabeleça esses requisitos, será
necessário tomar conhecimento dos relacionamentos e transações com
partes relacionadas
✓ conhecimento é relevante para avaliação do risco de fraude

Doutor Venâncio Chirrime 82


ISA 550 – Partes Relacionadas

❑ Objetivos do Auditor

✓ Independentemente do referencial de relato financeiro estabelecer ou


não alguns requisitos, o auditor deve obter conhecimento dos
relacionamentos e transacções com partes relacionadas para ser capaz
de:
▪ Reconhecer factores de risco de fraude; e
▪ Concluir, com base na prova de auditoria obtida, se as DF estão
adequadamente apresentadas ou não são enganadoras

Doutor Venâncio Chirrime 83


ISA 550 – Partes Relacionadas

❑ Definições

✓ Parte relacionada
▪ Pessoa ou outra entidade que tem controlo ou influência
significativa, directa ou indirectamente por meio de um ou mais
intermediários, sobre a entidade que relata
▪ Uma outra entidade sobre a qual a entidade que relata tem controlo
ou influência significativa directa ou indirectamente por meio de um
ou mais intermediários; ou
▪ Uma outra entidade que está sob controlo comum com a entidade
que relata tendo:
▪ Controlo de propriedade comum
▪ Proprietários que são membros próximos da família; ou
▪ Gerência principal comum
Doutor Venâncio Chirrime 84
ISA 550 – Partes Relacionadas

❑ Definições (cont.)

✓ Parte relacionada
▪ Porém, as entidades que estão sob controlo comum por um Estado (governo
nacional, regional ou local) não são consideradas relacionadas salvo se
empreenderem transacções significativas ou partilharem recursos numa
extensão significativa umas com as outras
✓ Controlo
▪ Poder de gerir as políticas financeiras e operacionais de uma entidade de
forma a obter benefícios das suas actividades
✓ Influência significativa

▪ Poder de participar nas decisões de política financeira e operacional duma


entidade, mas não o controlo dessas políticas
Doutor Venâncio Chirrime 85
ISA 550 – Partes Relacionadas

❑ Requisitos

✓ Procedimentos de Avaliação do Risco e actividades Relacionadas


✓ Identificação e Avaliação dos RDM Associados a Relacionamentos e
transacções com Partes Relacionadas
✓ Resposta aos RDM Associados a Relacionamentos e transacções com
Partes Relacionadas
✓ Avaliação da Contabilização e Divulgação das Relações e transacções com
Partes Relacionadas Identificadas
✓ Declarações Escritas
✓ Comunicação com os Encarregados da Governação
✓ Documentação

Doutor Venâncio Chirrime 86


ISA 550 – Partes Relacionadas

❑ Procedimentos de Avaliação do Risco e Atividades Relacionadas

✓ responsabilidades no sector público podem não se limitar a tratar os


RDM associados aos relacionamentos e transacções com partes
relacionadas, podendo incluir a responsabilidade pelo tratamento dos
riscos de incumprimento da lei/regulamento
✓ necessário indagar a gerência sobre:
▪ identidade das partes relacionadas, incluindo as alterações face ao período
anterior
▪ natureza das relações com essas partes relacionadas; e
▪ se foram efectuadas transacções com partes relacionadas durante o período
e, em caso afirmativo, o tipo e finalidade das transacções

Doutor Venâncio Chirrime 87


ISA 550 – Partes Relacionadas

❑ Procedimentos de Avaliação do Risco e Atividades Relacionadas


(cont.)

✓ a ISA 600 exige que a equipa de trabalho do grupo proporcione ao


auditor de cada componente uma lista das partes relacionadas preparada
pela gerência do grupo e de outras suas conhecidas
✓ necessário indagar a gerência e executar procedimentos de forma a
identificar os controlos estabelecidos para:
▪ Identificar, contabilizar e divulgar os relacionamentos e transacções com
partes relacionadas
▪ Autorizar e aprovar transacções e acordos significativos com partes
relacionadas; e
▪ Autorizar e aprovar transacções e acordos significativos fora do âmbito
normal da actividade
Doutor Venâncio Chirrime 88
ISA 550 – Partes Relacionadas

❑ Procedimentos de Avaliação do Risco e Atividades Relacionadas


(cont.)

✓ Ao inspeccionar documentos, auditor deve estar atento a acordos ou


outras informações que possam indicar a existência de relacionamentos
e transacções com partes relacionadas não identificadas ou divulgadas
pela gerência.
✓ se identificadas transacções significativas fora do âmbito normal da
actividade da entidade, deve ser questionada a gerência sobre:
▪ natureza dessas transacções; e
▪ se poderão estar envolvidas partes relacionadas

Doutor Venâncio Chirrime 89


ISA 550 – Partes Relacionadas

❑ Procedimentos de Avaliação do Risco e Atividades Relacionadas


(cont.)

✓ exemplos de transações (fora do âmbito normal da atividade):


▪ transações complexas de capitais próprios
▪ transações com entidades offshore
▪ locação de instalações ou prestação de serviços de gestão a terceiros sem
retribuição
▪ transações venda com grandes descontos ou devoluções não usuais
▪ ……

✓ indagar sobre as transações fora do âmbito normal da actividade envolve


a compreensão da sua justificação económica e dos termos e condições
em que estas foram celebradas

Doutor Venâncio Chirrime 90


ISA 550 – Partes Relacionadas

❑ Identificação e Avaliação dos RDM Associados a


Relacionamentos e transacções com Partes Relacionadas
✓ necessário determinar se algum dos RDM são Riscos Significativos
✓ se identificado factor de risco de fraude, associado a uma parte relacionada com
influência dominante, devem ser atendidas as recomendações constantes da ISA
240. Exemplos de factores:
▪ domínio da gerência por uma única pessoa ou por um pequeno grupo de pessoas sem
controlos compensadores
▪ rotação anormalmente alta da gerência de topo ou de consultores profissionais
▪ uso de intermediários para transacções significativas relativamente às quais parece não
existir justificação de negócio clara
▪ excessiva participação ou preocupação da parte relacionada na selecção de políticas
contabilísticas ou na determinação de estimativas significativas

Doutor Venâncio Chirrime 91


ISA 550 – Partes Relacionadas

❑ Resposta aos RDM Associados a Relacionamentos e


transacções com Partes Relacionadas

✓ Identificação de Partes Relacionadas ou transacções Significativas não


identificadas ou não divulgadas pela gerência
▪ comunicar prontamente o facto a toda equipa de trabalho
▪ solicitar à gerência que identifique todas as transacções para avaliação
posterior
▪ indagar quanto às razões de os controlos existentes não terem conduzido à
identificação ou divulgação dessas relações ou transacções
▪ executar procedimentos substantivos apropriados
▪ reconsiderar o risco de que possam existir outras partes relacionadas ou
transacções significativas não identificadas pela gerência
▪ se a não divulgação pela gerência se afigurar intencional, avaliar as
implicações para a auditoria

Doutor Venâncio Chirrime 92


ISA 550 – Partes Relacionadas

❑ Resposta aos RDM Associados a Relacionamentos e


transações com Partes Relacionadas (cont.)

✓ transações significativas fora do âmbito normal da atividade


▪ inspecionar os contratos ou acordos subjacentes, se existirem, e avaliar:
o justificação económica das transações (ou a sua falta);
o e os termos das transações são consistentes com as explicações da
gerência; e
o se as transações foram devidamente contabilizadas e divulgadas de
acordo com o referencial de relato financeiro aplicável
▪ obter prova de auditoria de que as transações foram apropriadamente
autorizadas e aprovadas

Doutor Venâncio Chirrime 93


ISA 550 – Partes Relacionadas

❑ Resposta aos RDM Associados a Relacionamentos e


transações com Partes Relacionadas (cont.)

✓ Avaliação da justificação económica das transações efectuadas fora do


âmbito normal tendo em atenção:
▪ Se a transação
o é demasiado complexa
o apresenta termos comerciais não usuais (p.e. preços, taxas de juro, garantias e
termos de reembolso não usuais)
o não tem uma aparente razão de negócio lógica
o envolve partes relacionadas anteriormente não identificadas
o é processada de uma forma não usual

▪ Se gerência discutiu a natureza e a contabilização com os EG


▪ Se gerência coloca maior ênfase num tratamento contabilístico particular em
vez de prestar a devida atenção à realidade económica subjacente à
transação
Doutor Venâncio Chirrime 94
ISA 550 – Partes Relacionadas

❑ Avaliação Contabilização e Divulgação Relacionamentos e


transacções com Partes Relacionadas identificadas

✓ necessário avaliar:
▪ se os relacionamentos e transacções com partes relacionadas identificadas
foram apropriadamente contabilizados e divulgados; e
▪ Se os efeitos não permitem que as DF representem uma apresentação
apropriada, ou fazem com que as DF sejam enganadoras

Doutor Venâncio Chirrime 95


ISA 550 – Partes Relacionadas

❑ Declarações Escritas

✓ da gerência e quando apropriado dos EG (Encarregados de Governação),


confirmando que:
▪ divulgaram ao auditor a identidade das partes relacionadas da entidade e todas os
relacionamentos e transacções de que têm conhecimento com essas partes; e
▪ contabilizaram e divulgaram apropriadamente esses mesmos relacionamentos e
transacções

✓ dos EG quando estes:


▪ tiverem aprovado transacções específicas com partes relacionadas que afectam
materialmente as DF ou envolvam a gerência
▪ tiverem prestado declarações orais específicas sobre detalhes de determinadas
transacções com partes relacionadas
▪ tiverem interesses financeiros ou outros nas partes relacionadas ou em transacções
com partes relacionadas
Doutor Venâncio Chirrime 96
ISA 550 – Partes Relacionadas

❑ Comunicação com os EG
✓ excepto se todos estiverem envolvidos na gestão da entidade, devem ser-lhe
comunicadas as matérias significativas que surgiram durante a auditoria em
conexão com as partes relacionadas da entidade
✓ exemplos de matérias significativas de partes relacionadas a serem comunicadas:
▪ não divulgação (intencional ou não) pela gerência ao auditor de partes relacionadas ou
de transacções significativas com essas partes
▪ identificação de transacções significativas que não foram apropriadamente autorizadas
e aprovadas
▪ desacordo com a gerência quanto à contabilização e divulgação de transacções
significativas com partes relacionadas
▪ incumprimento de leis ou regulamentos aplicáveis que proíbam ou restrinjam tipos
específicos de transacções com partes relacionadas
▪ dificuldades na identificação da parte que, em última análise, controla a entidade

Doutor Venâncio Chirrime 97


ISA 550 – Partes Relacionadas

❑ Documentação

✓ nomes das partes relacionadas identificadas

✓ natureza dos relacionamentos em causa

Doutor Venâncio Chirrime 98

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