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Mapas Mentais

Curso Básico de Auditoria

Tribunal de Justiça de Sergipe (TJSE)

INSTRUTOR: Leonardo Câmara Pereira Ribeiro

@leocamarabsb
Conceito de auditoria

Opinião independente
x
Independência
Opinião independente: livre de pressão

Expressa uma opinião Apoiado em papéis de trabalho


Objetividade e imparcialidade
independente
Processo documentado Baseado em procedimentos específicos
O descarte é apenas
após 10 anos. Permite revisão pelo supervisor

Apoiado em evidências
Estruturado em fases
Avalição objetiva julgamento imparcial e preciso
Finalizado com comunicação Processo Sistemático,
dos resultados Estruturado.
conclusões idênticas por auditores
Por ter uma sequência a
Pautado em avaliações diversos
ser seguida.
Auditoria

Estado ou situação existente


Referencial utilizado pelo auditor
Retrata uma situação ou
condição Responde a pergunta "como ?"
Reflete como deveria ser a gestão Utiliza critérios

Pode ser uma boa prática


ou uma norma

Elemento de discrepância Destinatário predeterminado


entre condição e critério
Baseia-se em evidências Apresenta resultados em
forma de relatório Comunica o objetivo, escopo
Um conjunto de evidências dá e a extensão dos exames
origem ao achado Indício Expressa conclusões do auditor
x
Achado
Tipos de auditoria

Tem o objetivo de avaliar evidências para verificar se os atos e fatos da


Conformidade gestão obedecem às condições, às regras e aos regulamentos aplicáveis

Consenso na literatura
Tipos de auditoria

Tem objetivo de avaliar a economicidade, eficiência, eficácia e efetividade de


organizações, programas, planos estratégicos e atividades governamentais,
Operacional com a finalidade de promover o aperfeiçoamento da gestão pública, avaliar os
resultados organizacionais e certificar o funcionamento dos controles internos,
baseando-se em análises de risco;

Tem o obje vo de averiguar, de acordo com normas específicas, a exa dão dos
Financeira ou contábil registros e das demonstrações contábeis no que se refere aos eventos que alteram
o patrimônio e a representação do patrimônio do ente governamental, com a
finalidade de aumentar o grau de confiança das informações por parte dos usuários

o obje vo de examinar fatos ou situações considerados relevantes, de natureza


Especial - Res. CNJ incomum ou extraordinária, sendo realizada para atender solicitação expressa de
n. 309 autoridade competente

Fonte: Enap
Evidências de auditoria

Conceito Típicas de auditoria - Testemunhal:

São constituídas por informações prestadas Questionário com as respostas


por terceiros, mediante declarações verbais ou às questões formuladas ou
As evidências de auditoria são as informações e os dados coletados, escritas, ou por informações colhidas por meio registros de entrevistas.
analisados e avaliados pelo auditor, utilizando as técnicas de de técnica de entrevista ou questionário.
auditoria para sustentar os achados e as conclusões do trabalho.

Constituem meio de informação ou de prova para fundamentar a Típicas de auditoria - Analítica: Tabelas, quadros, em meio físico ou
opinião da auditoria interna governamental e, ao mesmo tempo, São resultantes da verificação das inter-relações eletrônico, contendo registros dos
reduzir o risco de auditoria a um nível aceitável entre dados. As técnicas utilizadas são dados e das análises realizadas pela
Fonte: ENAP Classificação amostragem, técnicas assistidas por computador, equipe de auditoria.
conciliação e revisão analítica.

Fotografias, vídeos, mapas, gráficos,


Típicas de auditoria - Física: São evidências tabelas e registros de observação de
alguma atividade desenvolvida por
obtidas por meio das técnicas de inspeção
física e observação. servidores ou funcionários da unidade
auditada.

Relatórios, memorandos, atas,


Típicas de auditoria - Documental São obtidas contratos, ofícios, notas fiscais, notas de
de fontes internas ou externas à organização. empenho, notas de serviço, termos de
Fonte contrato e demais documentos que
contenham alguma informação
a) obtidas pelo auditor: obtidas diretamente pelo auditor, por meio comprobatória. Tais evidências podem
de inspeções físicas e observação direta; estar armazenadas tanto em meio físico
quanto eletrônico.

b) externas: obtidas com terceiro não pertencente ao objeto


auditado;

c) internas: obtidas no objeto auditado;

a) Suficiência – a quantidade e a qualidade das evidências devem persuadir o leitor de que os


d) justapostas: obtidas pela correlação de evidências procedentes Atributos achados, conclusões, recomendações e determinações da auditoria estão bem fundamentados
de mais de uma fonte.

b) Confiabilidade – garantia de que serão obtidos os mesmos resultados se a auditoria for repetida;

c) Fidedignidade – representam de forma precisa os fatos, sem erros ou tendências;

d) Relevância – Relacionada, de forma clara e lógica, aos critérios e objetivos da auditoria;

e) Utilidade – deve auxiliar a unidade a atingir seus objetivos, deve agregar valor e permitir melhoria
das operações organizacionais.
Fonte: CGU

Fonte: Enap
Técnicas para obtenção
de evidências
Técnicas para obtenção de evidências

As técnicas são os instrumentos utilizados pela auditoria para se obter evidências que sustentam os achados e as conclusões de auditoria.

Portanto, os achados devem estar sempre apoiados por evidências adequadas e suficientes, obtidas via técnicas de auditoria bem aplicadas.
Fonte: Enap

Técnica Evidência Achado

Procedimentos analíticos
Técnicas de auditoria assistidas
Análise documental por computador (TAAC)

Inspeção

Vouching
Observação Técnicas para
obtenção de
evidências
Benchmarking

Confirmação externa

Indagação
Recálculo
Reexecução

Fonte: Enap
Análise documental A análise documental visa à comprovação das transações que, por exigências legais, comerciais ou de controle, são
evidenciadas por documentos, a exemplo de faturas, notas fiscais, certidões, portarias, declarações etc.

Tem como finalidade a verificação da legitimidade do documento, mas também da transação. Essa técnica envolve o
exame de dois tipos de documentos: internos, produzidos pela própria Unidade Auditada, e externos, produzidos por
terceiros.

Análise Documental Mais comumente utilizada nas auditorias de conformidade. No âmbito desse tipo de trabalho, os auditores confrontam os
documentos existentes com o marco normativo ou legal, de forma a sustentar a opinião expressa em seu parecer. São
confrontados sistematicamente: processos licitatórios com os artigos da Lei de Licitação, processos orçamentários e
financeiros com a Lei nº 4.320/1964, registros contábeis e demonstrativos com o Manual de Contabilidade do Setor Público

Nas auditorias de avaliação ou de desempenho, os produtos e indicadores da gestão seguem diretrizes de manuais
de execução ou de avaliação, consubstanciados em documentos, tais como: relatórios de avaliação, planilhas
eletrônicas, registros financeiros

O Conselho Nacional de Justiça realizou licitação para aquisição de 450 terminais de computador de última geração, 180 notebooks e 14
equipamentos de teleconferência. Concluídos os certames licitatórios, o CNJ contratou a empresa Alfa, Beta e Gama fornecer os equipamentos.

Com o objetivo de analisar os contratos, a equipe de auditoria utilizou a técnica de análise documental.

Documentos analisados: contratos de aquisição de equipamentos de tecnologia da comunicação.

a) O objeto do contrato guarda relação com os atos do processo licitatório;

b) o contrato está assinado pelos representantes legais da empresa e pelo ordenador de despesa do CNJ.

c) As pessoas que assinaram o contrato como sócios ou representantes legais estão registradas como tais em estatuto social e outros documentos oficiais
de constituição de empresa.
Testes e exames
d) A pessoa que assinou o contrato como ordenador de despesa está amparada por documento oficial de delegação.
Verificar se:
e) A aquisição dos equipamentos está prevista no orçamento e no Plano de aquisições (ou documento similar) do CNJ.

f) A finalidade dos equipamentos é compatível com as atividades previstas em estatuto ou regimento interno.

g) O processo licitatório contém indicação do vencedor pela Comissão de Licitação, e se a adjudicação e homologação são assinada pelo responsável
ou ordenador de despesa.

h) A pessoa que assinou o contrato como contratante tem o cargo com competência para tal.

i) se o contrato teve a sua publicação resumida na imprensa oficial, observados os prazos e as formas previstas na Lei de Licitações.

j) se o Documento oficializador da demanda (DOD) foi assinado antes da elaboração do termo de referência.

Fonte: Enap
A confirmação externa, ou circularização, é a técnica utilizada para a obtenção de declaração formal e independente de
Confirmação externa partes externas (pessoas, empresas, órgãos fiscalizadores etc.) a respeito de fatos ligados às operações da Unidade
Auditada. Serve também para a verificação, junto a fontes externas à Unidade Auditada, da fidedignidade das informações
obtidas internamente.

Confirmação externa Tem como base de avaliação documentos produzidos por órgãos ou entidades, públicos ou privados, no contexto da
realização de suas operações, atividades e transações, internas e externas.

A confirmação externa pode ser feita diretamente pelo auditor, a partir de consultas a sites ou sistemas oficiais que
fornecem validação eletrônica, como certidões negativas de débitos fiscais ou previdenciários.

O Conselho Nacional de Justiça realizou licitação para aquisição de 450 terminais de computador de última geração, 180 notebooks e 14
equipamentos de teleconferência. Concluídos os certames licitatórios, o CNJ contratou a empresa Alfa, Beta e Gama fornecer os equipamentos.

Com o objetivo de analisar os contratos, a equipe de auditoria utilizou a técnica de confirmação externa.

Documentos analisados: Certificado de Registro Cadastral – CRC ativo no SICAF.

Testes e exames
A empresa tem certificado de registro cadastral ativo no SICAF.
Verificar se:
https://www3.comprasnet.gov.br/sicaf-web/public/pages/consultas/consultarCRC.jsf

Fonte: Enap
Inspeção

A inspeção consiste na verificação de registros, de documentos ou de ativos, que proporcionará ao auditor interno
governamental a formação de opinião quanto à existência física do objeto, ou características do objeto ou do item
examinado.

A inspeção auxilia a examinar registros, documentos e bens tangíveis, a fim de atestar a existência física desses bens. Em
Inspeção outras palavras, essa técnica possibilita a confirmação da existência efetiva e funcional dos bens tangíveis pertencentes a
uma entidade pública

Para realizar a inspeção de forma correta, o auditor deve pautar suas verificações na identificação do item específico
a ser examinado; nas características do item a ser examinado, na autenticidade do item, na quantidade do item
inspecionado, na qualidade do item afim de avaliar se permanece em perfeitas condições.

O Conselho Nacional de Justiça em 2019 realizou auditoria em gestão de serviços com o objetivo de avaliar o desempenho dos serviços à disposição
do CNJ nas áreas de transporte, vigilância, limpeza, manutenção predial e copeiragem.

Com o objetivo de avaliar a identificação dos carros oficiais, a equipe de auditoria utilizou a técnica de inspeção.

Documentos analisados: Registros de emplacamento e Inspeção.

Testes e exames Os carros oficiais são devidamente identificados

Verificar se: Se há registro de emplacamento oficial de veículo conforme normas do DENATRAN

Antes da Auditoria Depois da Auditoria

Fonte: Enap e CNJ


Observação
Consiste no exame de processo ou de procedimento executado por outros, normalmente empregados/servidores da Unidade
Auditada, com a finalidade de averiguar se o item sob exame opera em conformidade com os padrões (critérios) definidos.

A observação busca evidências físicas sobre atividades ou processos realizados por pessoas dentro das entidades, já a
Observação inspeção foca no bem material ou no objeto tangível.

A observação não se restringe à verificação de atividades ou processos realizados. Essas ações precisam estar de
acordo com as normas (internas ou externas), com os padrões e os princípios preestabelecidos. Assim, o profissional
de auditoria compara, analisa, avalia e conclui se a ação observada está ou não em conformidade com os critérios
definidos.

Exemplos de objetos possíveis de serem observados

Operacionalização dos equipamentos de controle de acesso (raio X e scanners) pelos funcionários do Setor de Segurança
Patrimonial;

Utilização dos equipamentos de segurança pelos funcionários do Setor de Engenharia e Limpeza;

A ronda noturna é realizada conforme plano de segurança.

Passo-a-passo para aplicação da técnica

1. Identificação da atividade específica a ser observada e dos padrões que ela deve atender.

2. Observação da execução da atividade.

3. Comparação do comportamento observado com os padrões instituídos.

4. Avaliação das eventuais divergências verificadas entre a atividade realizada e os padrões estabelecidos sobre
a finalidade da atividade.

5. Conclusão sobre a conformidade ou desconformidade da atividade em relação ao padrão determinado e sobre


os impactos negativos no caso de desconformidade.

Fonte: Enap
Indagação A indagação escrita ou oral (entrevista) consiste na formulação de perguntas com a finalidade de obter informações, dados e
explicações que contribuam efetivamente para o alcance dos objetivos do trabalho de auditoria. Normalmente é utilizada
para obter informações complementares ou para compreender fatos que não puderam ser esclarecidos por meio de outras
técnicas de auditoria

Há, dois grupos distintos de pessoas com conhecimento e experiências sobre as atividades das organizações e dos
programas de governo: o público interno e o externo. Com seus conhecimentos e experiência, ambos podem e, em alguns
Indagação casos, devem contribuir com o processo de auditoria, quando o objetivo for avaliar macroprocessos e programas de
governo em que elas estejam inseridas direta ou indiretamente.

A técnica indagação pode ser escrita ou oral. A forma escrita é geralmente denominada questionário e a oral,
entrevista. Ambas visam obter informações, dados e explicações sobre macroprocessos, processos, atividades,
operações ou programas de governo que estejam dentro do escopo e abrangência dos trabalhos de auditoria.

Entrevista (indagação oral)

A entrevista é mais adequada para situações em que há muitos aspectos a serem esclarecidos, porque facilita e agiliza o fluxo
de informações.

1. livre ou não estruturada: realizada sem roteiro prévio ou com roteiro simplificado (contendo os principais pontos de interesse
da equipe, mas permitindo que sejam formuladas outras questões no momento). Nesse tipo de entrevista, deve ser dada ao
entrevistado a liberdade de desenvolver o assunto. Geralmente, é usada em estudos exploratórios;

Como fazer? 2. semiestruturada: realizada mediante um roteiro previamente estabelecido; normalmente traz perguntas fechadas e algumas
abertas;

3. estruturada: baseada em roteiro fixo, com perguntas bem definidas.

Questionário (indagação escrita)

Documento contendo uma série ordenada de perguntas que devem ser respondidas pelos entrevistados por escrito, geralmente
sem a presença dos auditores.

Formulação das questões requer conhecimento


Formulação das questões não requer conhecimento prévio aprofundado do objeto.
prévio aprofundado do objeto

Fechado Natureza mais avaliativa e menos exploratória


Aberto: Natureza mais exploratória e menos avaliativa.

Categorização e codificação das respostas demandam


análise e tempo, o que pode gerar aumento do Categorização e codificação mais simples, uma vez que
custo de aplicação ou tornar inviável a categorização as alternativas de resposta são as mesmas para todos.

Fonte: Enap
Reexecução, Recalculo e Vouching A reexecução envolve a execução independente pelo auditor de procedimentos ou controles que foram originalmente
realizados como parte do controle interno da Unidade Auditada

Na técnica reexecução, o auditor reexecuta procedimentos e atividades de controle, a fim de testar os sistemas, os
Reexecução processos e os controles internos.

Na reexecução, a atividade deve ser padronizada, ou seja, deve seguir as etapas ou os procedimentos constantes dos
normativos internos ou externos ou pode replicar as etapas ou os procedimentos colhidos na técnica observação.

A reexecução não deve interferir na rotina das atividades ou dos procedimentos reexecutados e o seu resultado
não deve ser considerado como atividade ou procedimentos realizados para a unidade auditada.

Consiste na verificação da exatidão matemática de cálculos efetuados pela própria Unidade Auditada ou por terceiros. Pode
ser realizada de forma manual ou eletrônica.

Recálculo

A equipe de auditoria não elabora novos cálculos, mas confere se, em determinada amostra, os cálculos foram realizados
corretamente pela unidade auditada ou por terceiros, repetindo-os a fim de comprovar sua exatidão.

Consistem basicamente em verificar a correspondência entre lançamentos contábeis e a documentação


que lhe serve de base.

O auditor seleciona primeiramente as transações e, em seguida, verifica se existe de fato a documentação


Vouching que lhe serve de base e, por conseguinte, se aquela transação de fato ocorreu.

Tem a finalidade de assegurar que todos os documentos de transações contábeis foram devidamente
lançados nos sistemas e que os lançamentos contábeis foram devidamente documentados ou existem de
fato

Fonte: Enap
Procedimentos Analíticos Os procedimentos analíticos constituem uma técnica por meio da qual o auditor avalia informações financeiras e não
financeiras (montantes financeiros, quantidades físicas, índices ou percentuais) mediante comparação com parâmetros ou
expectativas identificados ou desenvolvidos pelo auditor.

Diversos métodos são utilizados para executar procedimentos analíticos e variam desde a realização de comparações
Procedimentos Analíticos simples até análises complexas usando técnicas estatísticas avançadas

Ao utilizarem os procedimentos analíticos, os auditores analisam as relações plausíveis entre dados financeiros e não
financeiros, verificando flutuações ou relações identificadas que, conforme seu juízo profissional, demonstram-se
inconsistentes com outras informações relevantes (internas ou externas) ou que diferem significativamente dos valores
esperados.

Baixa execução de projetos .

Com o objetivo de avaliar se os controles sobre a execução orçamentária das


ações classificadas como projetos são efetivos, o programa de auditoria trouxe
questionamento sobre o índice de execução de projetos (EXECPRO).

Como resultado da análise dos dados, obteve-se o seguinte cenário:

Verificar o sumário executivo da Ação Coordenada de Governança


orçamentária. Anexo 1

Fonte: Enap e CNJ


Benchmarking
A técnica consiste basicamente em comparar algum aspecto do desempenho de uma organização com o de outra
organização, ou mesmo com outra área da própria organização, cujo desempenho positivo possa ser considerado uma
referência.
Benchmarking
Como técnica de auditoria, o benchmarking pode ser utilizado em trabalhos de avaliação ou consultoria que tenham o
objetivo de agregar valor por meio da identificação de referências, comparação e melhoria de processos, mediante
evidenciação de boas práticas, indicação de ineficiências e proposição de recomendações com vistas ao aprimoramento
do objeto auditado

Em 2019 o CNJ realizou uma auditoria em acessibilidade. Segue abaixo trecho do achado sobre acessibilidade de sítios e portais.
Conforme se pode observar, o CNJ está classificado nas últimas posições, quando se compara a acessibilidade da página inicial dos sites dos órgãos do Poder
Judiciário e, na última posição, quando se compara a acessibilidade da página inicial dos sites dos demais órgãos de controle (CNMP, TCU, CJF, CGU)

Em análise comparada da acessibilidade da página inicial de diversos No mesmo sentido, em análise comparada com os órgãos de controle
órgãos do Poder Judiciário Federal, realizada no dia 19 de junho, obteve-se (CNMP, TCU, CJF, CGU), realizada no dia 19 de junho, obteve-se o
o seguinte cenário: seguinte cenário:

Fonte: Enap e CNJ


TAAC
As TAAC representam a concretização informatizada de outras técnicas que visam analisar dados ou informações coletadas
em sistemas ou processos automatizados.

Técnica de auditoria assisitida por computador

O uso de TAAC representa o processamento de dados ou informações, de forma a gerar interpretações, indicativos ou
relatórios de exceção sobre determinada área ou processo auditado

Fonte: CGU
Comunicação de auditoria
Comunicação (p1)
Documento formal (comunicado de auditoria Reunião tem por finalidade comunicar aos
ou ordem de serviço de auditoria) do dirigente representantes da Unidade Auditada que o trabalho
da unidade de auditoria à unidade auditada. de auditoria foi iniciado, bem como apresentar as
Reunião de abertura principais informações acerca da sua execução

Informa sobre as diretrizes do trabalho que Formalização da


será realizado, indicando os responsáveis auditoria
Como pauta mínima para a reunião de abertura,
pela coordenação dos trabalhos
sugere-se:

a) comunicação do tipo de auditoria e do objetivo


Informa o cronograma de realização dos
geral do trabalho;
trabalhos, o seu objetivo e o escopo
b) apresentação do cronograma, incluindo prazos
previstos para trabalho de campo (se houver),
Identificação da necessidade de atuação
relatoria e datas prováveis das reuniões com a
rápida, no curso dos trabalhos ou mesmo
Unidade Auditada;
quando ainda de seu planejamento, em
razão do risco da intempestividade de
c) apresentação da equipe de auditoria, inclusive
atuação posterior, evidenciado pelo perigo
indicando quem exercerá o papel de supervisor e de
de demora
Notas de auditoria coordenador de equipe;
Identificação de falha meramente formal ou
d) identificação de representante da Unidade
de baixa materialidade, que não deva Comunicação Auditada que possa atuar como interlocutor da
constar no relatório, mas para a qual devam
ser adotadas providências para equipe de auditoria;
saneamento.
e) definição dos recursos e da estrutura necessários
para os trabalhos de campo, tais como
Documento utilizado para formalizar a disponibilização de espaço físico e de equipamentos,
solicitação, à unidade auditada, de documentos, se for o caso;
de acessos à sistemas, de justificativas, de
informações; de esclarecimentos sobre os f) tratativas sobre acesso a instalações físicas,
assuntos relevantes e pertinentes ao longo dos documentos e informações, inclusive quando houver
trabalhos de auditoria dados sigilosos;

A solicitação de auditoria deverá estabelecer de g) exposição da dinâmica da auditoria, se o auditado


Solicitação de Auditoria não tiver familiaridade com esse processo;
forma objetiva qual a necessidade de unidade
de auditoria e o prazo para atendimento da
demanda h) indicação da forma de comunicação dos
resultados;
É possível defini-lo em comum acordo com a
unidade auditada, desde que o cronograma de i) indicação das responsabilidades do auditado;
realização dos trabalhos de auditoria não seja Informações importantes
prejudicado j) exposição, por parte dos representantes da unidade
auditada, caso queiram, de possíveis sugestões para
a) base normativa e/ou legal que ampara a solicitação de documentos e de o escopo da auditoria ou de quaisquer preocupações
informações; ou dúvidas sobre o trabalho.
b) definição do formato em que os dados deverão ser encaminhados: se por meio
físico (impresso), ou em meio eletrônico (e-mail, CD-ROM, pen-drive, sistema, entre
outros);
c) orientações sobre a necessidade de identificação dos responsáveis e da fonte da
informação, e sobre a necessidade de que os documentos enviados à equipe de
auditoria estejam datados e assinados;
d) necessidade de a unidade auditada comunicar à equipe, no prazo estabelecido
na Solicitação de Auditoria, as situações em que as informações/documentos
solicitados estiverem total ou parcialmente indisponíveis.
Fonte: CGU, TCU, INEP
Comunicação (p2)
Na fase intermediária da auditoria, é crucial que haja
ao menos uma reunião com os representantes da
Comunica à alta administração e às partes Unidade Auditada, especialmente aqueles
interessadas o julgamento profissional e imparcial da Reunião de Apresentação dos relacionados diretamente ao objeto auditado, em que
auditoria interna sobre o objeto auditado, efetuado em achados preliminares sejam discutidos os achados que indicarem a
nível institucional. existência de falhas relevantes e as possíveis
soluções para os problemas detectados.
Possibilita que as partes interessadas utilizem os
elementos contidos no julgamento da auditoria interna Como pauta mínima para a reunião, sugere-se:
como fundamento para a tomada de decisão.
a) reporte de situações ocorridas durante o trabalho
Promove mudanças reais e positivas nos que podem diminuir a confiabilidade do resultado da
objetos/unidades auditados e, consequentemente, auditoria;
agregar valor à gestão.
b) apresentação e discussão dos achados e dos
Relatório de resultados da auditoria;
Contribui para a transparência da gestão pública. Auditoria
Reconhece, quando for o caso, a conformidade e/ou o c) discussão das recomendações para melhoria, bem
desempenho satisfatório do objeto auditado. como dos respectivos prazos para sua
implementação;
Informa, sempre que couber, as boas práticas
relacionadas ao objeto auditado. d) estabelecimento de prazo para a unidade auditada
Comunicação se manifestar formalmente sobre as conclusões
preliminares da auditoria, caso deseje, principalmente
em caso de discordância quanto aos achados.

Se novas informações forem obtidas a partir dessa


interação e ensejarem a modificação dos achados,
deverá haver, após a sua adequação, nova avaliação
por parte do supervisor. Em seguida os achados
deverão ser novamente apresentados à Unidade
Auditada e, se necessário, agendada nova reunião
para discussão

Estrutura e Conteúdo

a) Capa e Folha de rosto


b) Resumo (highlight)
c) Lista de siglas e de abreviaturas
d) Sumário
e) Introdução
f) Resultados dos Exames (achados de auditoria)
g) Recomendações (apenas para relatórios finais)
h) Conclusão (apenas para relatórios finais)
i) Anexos

Fonte: CGU, TCU, INEP


Estrutura do relatório (p1)
Somente as partes mais importantes a) Título da auditoria
b) Tipo de auditoria Capa e Folha de rosto
c) Ano

a. Qual foi o trabalho realizado pela unidade de auditoria?


Nesse campo, o redator deverá indicar o objeto analisado e o escopo. a) 1º Parágrafo - Parágrafo inicial, contendo as seguintes informações: unidade
auditada (nome); objeto auditado (se for muito grande, a descrição do objeto
b. Por que a unidade de auditoria realizou esse trabalho? deve compor um novo parágrafo); ação/programa orçamentário; referencial
Nesse campo, devem ser indicadas as razões que foram determinantes para a realização legal que embasa o objeto; escopo (os limites da auditoria, o que será e
do trabalho. Essas razões podem ser decorrentes da avaliação de riscos ou da também o que não será incluído no trabalho, mas que o leitor poderia ter
materialidade, da relevância e/ou da criticidade. Resumo expectativa de que fosse, isto é, o quê, quanto, quando, onde).

c. Quais as conclusões alcançadas pela unidade de auditoria? Quais as recomendações A clara delimitação do escopo evitará que a unidade de auditoria, ou mesmo os
que deverão ser adotadas? membros da equipe de auditoria, venham a ser cobrados por aspectos que
Nessa seção, devem ser indicadas, de forma resumida, as principais conclusões tenham relação com o objeto auditado, mas que estejam fora do foco de
(negativas e positivas) alcançadas pela equipe de auditoria, bem como as principais incidência do trabalho. Sugere-se o uso de estruturas como: “Na auditoria
recomendações resultantes do trabalho realizado. examinou-se/examinaram-se...”; “A auditoria abrangeu o período de...”.

a) Descrição sumária do achado b) 2º Parágrafo - Origem e justificativa do trabalho (por quê).Nesse parágrafo,
devem ser apresentados os critérios que sustentaram a escolha do objeto
A descrição sumária é a síntese do achado e, como tal, deve resumi-lo adequadamente, sem (risco, fatores de risco, materialidade, relevância, criticidade...)
dar margem a interpretações não suportadas pelas evidências. Serve como título, mas
normalmente é elaborada após a redação do achado. Deve apresentar valores, números,
quantidades, e quantias, quando esses dados forem relevantes. Em seguida à cada descrição c) 3º Parágrafo - Objetivos/questões de auditoria (o que se pretende alcançar
sumária, deve ser registrado o texto do achado. com o trabalho).Sugerem-se enunciados como: “Os objetivos da auditoria
foram...”
b) Parágrafo(s) introdutório(s) (contextualização): deve apresentar o trabalho realizado de
forma objetiva, com o fim de responder às seguintes perguntas: o quê, quem, quando, quanto Introdução
(valor avaliado, quando couber), onde, como e por quê. d) 4º Parágrafo - Metodologia (como): nesse parágrafo, deverão ser registradas,
de forma sintética, a natureza dos dados examinados, a forma de coleta e a de
c) Condição: é a descrição da situação existente identificada e documentada durante a fase de tratamento desses dados. Caso seja necessário um maior detalhamento da
execução. metodologia empregada, esse deverá ser realizado em anexo ao relatório, sob
o título “Detalhamento da Metodologia”.
d) Manifestação da unidade auditada: É a manifestação da unidade auditada sobre os achados
preliminares.
Resultados dos exames e) 5º Parágrafo - Limitações/restrições: essa declaração só deve ocorrer se
e) Critério: é o padrão utilizado para avaliar se o objeto auditado atende, excede ou está (Achados de auditoria) houver limitações ou restrições ao trabalho, como a recusa do auditado em
aquém do desempenho esperado. Deve ser definido na fase de planejamento, com base nos apresentar informações ou mesmo a sua impossibilidade (por exemplo, “o
objetivos do trabalho, e servir como fundamento para que a equipe de auditoria realize suas documento XX não foi disponibilizado por ter sido perdido no incêndio que
análises. A apresentação do critério é essencial para garantir a consistência da argumentação atingiu a unidade”).
no relatório.

f) Consequência: corresponde a acontecimentos que decorrem ou que podem decorrer da f) 6º Considerações iniciais (visão geral do objeto e do trabalho realizado): tem
diferença existente entre a situação esperada (o critério) e a encontrada (a condição). Quando a finalidade de orientar a leitura do relatório; se houver aspectos positivos
é positivo, corresponde a benefícios alcançados. Quando é negativo, corresponde ao risco a identificados ao longo do trabalho ou aspectos históricos relevantes (a exemplo
que o objeto auditado está exposto ou aos danos que sofreu por não estar conforme o critério. de trabalhos anteriores ou recomendações não atendidas), esses também
poderão ser antecipados nesse parágrafo.
g) Parágrafo final (conclusão do texto do achado): trata-se do fechamento do texto. Deve
indicar de forma sintética a resposta à questão de auditoria, ou seja, o aspecto principal que se Esse conteúdo poderá fazer parte da introdução ou constituir um item à parte.
pretende destacar por meio do achado. Deve configurar-se como o resultado da junção dos Essa variação deverá ser baseada no tamanho. Por exemplo: se for maior do
parágrafos anteriores e servirá como base para a elaboração da descrição. que uma página, deverá compor um novo item separado da introdução.

Fonte: CGU, TCU, INEP


Estrutura do relatório (p2)
Somente as partes mais importantes

Características desejáveis das recomendações


Conceitos
a) monitorável: a recomendação deve ser passível de monitoramento, permitindo
As recomendações consistem em ações que a unidade de auditoria solicita às verificar se o que se pretendia com a recomendação foi alcançado.
unidades auditadas que adotem com a finalidade de corrigir desconformidades, tratar
riscos e aperfeiçoar processos de trabalho e controles. Não fazem parte dos achados, b) atuar na causa raiz: a recomendação deve se propor a atuar diretamente na causa
mas decorrem desses registros e são fundamentais para que a auditoria interna atinja identificada.
seu propósito de agregar valor à gestão.
c) viável: é preciso levar em conta restrições de ordem legal, financeira, de pessoal e
As recomendações devem se pautar preferencialmente em “o quê” necessita ser feito outras que possam afetar a implementação de medidas propostas pelos auditores.
ou qual resultado precisa ser alcançado e devem figurar apenas nos relatórios finais.
Em algumas situações, é possível que a recomendação direcione também a forma, d) apresentar uma boa relação custo-benefício: a equipe de auditoria e o supervisor do
como no caso de elaboração de normativos, por exemplo. trabalho devem avaliar os custos e os benefícios esperados de cada recomendação.

É importante frisar que a equipe de auditoria não deverá decidir unilateralmente e) considerar alternativas: é importante que a equipe de auditoria e o supervisor do
“como” a administração agirá para solucionar os problemas. A solução deverá ser trabalho levantem alternativas e que também analisem aquelas propostas pela unidade
discutida e considerar os conhecimentos de que os gestores dispõem em relação ao auditada quando houver a discussão das recomendações.
objeto auditado e os recursos com os quais podem contar.
f) ser direcionada: a recomendação deve ser direcionada para o agente que tem
responsabilidade e alçada para colocá-la em prática. A efetividade se perde se a
Recomendações recomendação for direcionada ao agente errado ou se não estiver claro quem deve
implementá-la;
Checklist
g) ser direta: a recomendação deve estar claramente identificada no texto do relatório
As recomendações indicam o que deverá ser feito (por exemplo, “elaborar como sendo uma recomendação. Não pode haver dúvida sobre seu conteúdo e sobre a
indicadores de desempenho...”); os objetivos a serem atingidos; os riscos a serem necessidade de atendê-la. Por isso, é necessária uma linguagem direta, sem termos
tratados ou os controles a serem implementados, aperfeiçoados? vagos que possam dar a impressão de que não se trata de recomendação;

As recomendações estão fundamentadas nas evidências dos achados? Foco na h) significância: essa característica deriva da própria relevância do achado. É
consequência: consistem em medidas para corrigir os prejuízos decorrentes da importante apontar situações relevantes dentro do escopo da auditoria, assim como
condição. recomendar aquilo que pode fazer diferença na gestão;

As recomendações apresentam os benefícios esperados e esses são significativos? j) ser positiva: discorrer sobre as medidas a serem tomadas em tom positivo, com
frases afirmativas em vez de negativas, tende a facilitar o convencimento da alta
administração e a consequente implementação da recomendação.
A equipe acordou com (a) gestor (a) prazo razoável para a implementação das
medidas a serem adotadas?

As recomendações indicam claramente aos(às) gestores(as) quais evidências


deverão ser apresentadas pela unidade a fim de que sejam consideradas atendidas

Ciclo das recomendações

Realização dos testes


Definição dos Elaboração dos Discussão das
Identificação do e identificação da Elaboração final Monitoramento
testes e das condição, causa e
achados e das recomendações e Publicação do
problema, dos das das
questões de consequência das
propostas de do plano de ação relatório final
riscos recomendações recomendações
auditoria inconformidades
recomendação com os gestores

Fonte: CGU, TCU, INEP


Estrutura do relatório (p3)
Somente as partes mais importantes

Conclusão

É o componente do relatório de auditoria por meio do qual a equipe de auditoria emite a opinião sobre o objeto auditado.
Essa opinião deve estar baseada em informação suficiente, confiável, relevante e útil. Deve ter caráter gerencial, isto é,
tratar de conteúdos que caibam à alta administração da unidade.

Anexos

Nesta seção, serão registradas as análises da equipe de auditoria e qualquer outra informação considerada relevante pela
equipe, como: tabelas; relatório fotográfico, entre outros.

Sumário Executivo

Sumário Executivo

O Sumário Executivo é um documento direcionado a alta administração, que possui a síntese das constatações, recomendações
e informações.

Os Sumários Executivos podem conter gráficos e uma estrutura de tópicos com diagramação mais amigável e de fácil leitura.

É crucial que os sumários executivos se restrinjam a duas páginas.

Um sumário executivo deve permitir que os leitores tenham uma visão geral dos benefícios alcançados com a auditoria, sem a
necessidade de aprofundar-se em todos os detalhes dos exames e achados.

Fonte: CGU, TCU, INEP


Planejamento de
Auditoria
Processo de auditoria

PAA baseado em risco

Comunicação dos
Planejamento Execução Monitoramento
resultados

Análise Preliminar do Fases da comunicação dos Relatório de Monitoramento


Coleta e análise de dados resultados
Objeto Auditado

Status das recomendações


Achado de Auditoria
Levantamento sobre
a unidade auditada Matriz de achados
Evidências

Mapeamento/validação do
objeto selecionado

Programa de Auditoria

Fonte: CGU, TCU, INEP, IIA


Planejamento Fases:
Plano Anual de Auditoria

1a fase: são identificados e estudados os processos auditáveis;

2a fase: são priorizados com base no risco que oferecem para o atingimento dos objetivos estratégicos no órgão;

3a fase: os processos são selecionados conforme a capacidade operacional e demais fatores que a unidade de auditoria julgar necessário, como por
exemplo: prioridades da gestão, auditorias obrigatórias, auditorias coordenadas, expertise dos auditores, custo da auditoria, entre outros
Universo de objetos auditáveis

Priorização com base em risco Auditoria 01


1 2 3 4 5
Seleção dos objetos a serem auditados
3 8 Auditoria 02
Auditorias
Heading
6 7 8 9 10 Obrigatórias Lorem ipsum dolor
Capacidade sit amet,
Prioridades da consectetur
Auditoria 03
6 12 Operacional adipisicing elit, sed
Alta Administração do eiusmod tempor

11 12 13 14 15 Demais fatores
7 14 de seleção Plano
Anual de
16 17 18 Auditoria

Programa
Planejamento Anual de Auditoria com base em riscos Execução
Plano Anual de Auditoria de Auditoria

(PAA) com base em riscos

Etapas

1
Levantamento de informações; estabelecer o entendimento geral sobre o contexto interno (objetivos, estratégias, processos de governança,
gerenciamento de riscos e controles internos, normativos, recursos humanos, financeiros, tecnológicos etc.) e externo (leis e regulamentos
aplicáveis, políticas públicas relacionadas, partes interessadas, ambiente de atuação, indicadores de desempenho etc.) da organização

2 Definição do universo de processos auditáveis; a equipe definirá a partir do agrupador de macroprocessos de trabalho, quais objetos irão
compor o universo que poderá ser auditado

3
Avaliação da Maturidade da Gestão de Riscos do Tribunal ou Conselho; essa avaliação deve possibilitar à Unidade de Auditoria a tomada
de decisão sobre em que medida ela poderá, ou não, valer-se dos riscos que, eventualmente, já tenham sido mapeados e avaliados pela
gestão

4 Seleção dos Trabalhos de Auditoria com Base em Riscos; utilizando, para tanto, o cadastro de riscos da Unidade Auditada, se confiável, e,
se não, o mapeamento de riscos realizado pela própria unidade de auditoria ou em fatores de risco

Fonte: CGU, TCU, INEP, ISC


Planejamento
Plano Anual de Auditoria Ferramentas
Descrição das etapas Pesquisa
Indagação escrita
entrevistas (gestores, servidores, clientes, usuários, beneficiários etc.)
1 Levantamento de informações brainstorming

Fontes de informação

a. a alta administração, os gestores dos processos, profissionais com grande conhecimento sobre a unidade ou área
de atuação da instituição e as demais partes interessadas, com quem é possível coletar diversas informações,
principalmente suas expectativas em relação à atividade de auditoria interna;

b. áreas responsáveis pelo recebimento de denúncias relacionadas à unidade ou outras instâncias públicas que
detenham essa competência, a fim de subsidiar a elaboração do planejamento;

c. documentos sobre planejamento organizacional (missão, visão, objetivos, valores, metas, indicadores etc.);

d. estrutura organizacional e de governança, e as competências da unidade auditada e suas subunidades;

e. sistemas de gestão recursos humanos;

f. marco legal e regulatório (leis, decretos, regimento interno, regulamentações externas incidentes sobre as unidades
auditadas e suas atividades, bem como políticas, procedimentos e manuais internos relevantes etc.);

g. resultados de trabalhos de auditoria anteriores.

Ciclo de levantamento

Leis e Regulamentos Políticas públicas


Aplicáveis relacionadas

Objetivos Estratégias

Processos de
Recursos, Cultura,
Governança,
Organização e
Gestão de
Valores
Riscos e
Controles
Partes externas Contexto social,
interessadas econômico e cultural

Fonte: CGU, TCU, INEP, ISC


Planejamento Agrupador: Agrupador:
Plano Anual de Auditoria Unidades de negócio Macroprocessos de trabalho Obje vos estratégicos do órgão
Descrição das etapas

2
Departamento de
Universo da auditoria Tecnologia da
Informação
Gestão de TIC

Gestão de
Sistemas de TIC

Gestão de Tecnologia da informação e Comunicação


serviços
Articular o aperfeiçoamento da governança e
da gestão de tecnologia da informação

Gestão de bens
Departamento de
Recursos Humanos Orçamento Finanças e Infraestrutura

Garantir a insfraestrutura adequada ao


Segurança CNJ
institucional

Aquisições, Comunicação Institucional


contratações e
fiscalizações Estimular a comunicação interna, a integração e a
colaboração no âmbito do CNJ, e ampliar a
divulgação externa das ações institucionais
Departamento de Suprimentos de
Orçamento e fundos
Finanças Diagnóstico e Gestão Estratégica

Aperfeiçoar a gestão das políticas judiciárias e


outros instrumentos de governança do Poder
Gestão da Força Judiciário
de Trabalho

Gestão de Pessoas e Qualidade de Vida no


Direitos e Trabalho
Vantagens Implantar ações que promovam a saúde e a
qualidade de vida no trabalho, de forma integrada
e contínua

Departamento de Diárias e
Administração Passagens
Comunicação
Interna e Ações
Institucionais
Fonte: CGU, TCU, INEP, ISC
Planejamento
Plano Anual de Auditoria
Descrição das etapas

2 Universo da auditoria

Fases

1) Definição dos agrupadores dos macroprocessos de trabalho;

2) Realização do mapeamento dos macroprocessos de trabalho;

3) Aprovação/revisão do mapeamento

4) Desdobramento dos macroprocessos de trabalho

5) Aprovação do universo auditável

Processo A1

Macroprocesso Processo A2 Entregas à


A sociedade.

Processo A3 Razão de existir do


órgão.
Agrupadores

Processo B1 Produtos
institucionais
Macroprocesso entregues aos
B Processo B2 clientes

Processo B3

Universo Auditável

Fonte: CGU, TCU, INEP, ISC


Planejamento
Plano Anual de Auditoria Avaliação de riscos realizada pelas unidades auditadas

Descrição das etapas


Maturidade

3 Maturidade
Avaliação de riscos realizada pela unidade de auditoria

Quando não houver a possibilidade de se utilizar nenhuma das bases para avaliar a maturidade da gestão de
riscos dos processos de trabalho, a unidade de auditoria deverá se valer dos fatores de riscos para priorizar os
objetos constantes do universo auditável.

O Processo de
Gestão de Riscos é
Existe Gestão suficiente e
de riscos ? confiável?

Sim Sim Associar os riscos


Identificar e analisar
aos objetos
os riscos
auditáveis
Início Fim
Não Não

Sim

A unidade de
auditoria pode avaliar
Não
os riscos envolvidos
no processo?

Classificar os
processos de
trabalho por meio de
fatores de risco

Fonte: CGU, TCU, INEP, ISC


Planejamento
Plano Anual de Auditoria
Descrição das etapas

4 Seleção Baseia no cadastro de riscos da Unidade Auditada;


Com base na unidade auditada
É possível que não haja uma correspondência direta entre os riscos
identificados pela gestão e os processos de trabalho mapeados pela
Seleção equipe. Nesses casos, será necessário, primeiramente, realizar a associação
entre os processos de trabalho mapeados pela unidade de auditoria e os
objetos identificados pelo sistema de gestão de riscos da unidade auditada
(macroprocessos, processos, unidades de negócio etc.)

Com base na auditoria

Etapas

a) Etapa 01 - Identificar e avaliar os riscos-chave relacionados aos macroprocessos de auditoria


identificados;

b) Etapa 02 - Associação dos riscos dos macroprocessos aos processos de trabalho (objetos de
auditoria);

c) Etapa 03 - Priorização dos objetos de auditoria com base em riscos.

Probabilidade
1 2 3 4 5
Muito Baixa Baixa Média Alta Muito Alta
Probabilidade x
Impacto
5
5 10 15 20 25

Macroprocesso
Muito Alto Risco A1 2 x 5 = 10 Médio

4 Risco A2 5 x 5 = 25 Muito alto

A
Impacto

4 8 12 16 20
Alto
Quais riscos podem decorrer das fraquezas e Risco A3 3 x 5 = 15 Muito alto
das ameaças relacionadas ao macroprocesso? 3
Médio
3 6 9 12 15

Macroprocesso
2 Risco B1 2x4=8 Médio
2 4 6 8 10
Baixo
Risco B2 5 x 2 = 10 Médio

B
1
1 2 3 4 5
Muito Baixo Risco B3 4 x 5 = 20 Muito Alto

Fonte: CGU, TCU, INEP, ISC


Planejamento
Plano Anual de Auditoria
Descrição das etapas

4 Seleção A materialidade refere-se ao montante de recursos orçamentários ou financeiros alocados por uma
gestão, em um específico ponto de controle (unidade, sistema, área, processo programa ou ação)
Materialidade
objeto dos exames de auditoria ou fiscalização. Essa abordagem leva em consideração o caráter
relativo dos valores envolvidos.
Fatores de
risco
A relevância significa a importância de determinado objeto que será auditado em função do alcance
Relevância dos objetivos estratégicos do órgão. O critério de relevância indica que as auditorias selecionadas
devem procurar responder questões de interesse da sociedade, que estão em debate público e são
valorizadas

Representa a composição dos elementos referenciais de vulnerabilidade, das fraquezas, dos pontos
Criticidade/vulnerabilidade de controle. É condição imprópria, por ilegalidade, por ineficácia ou por ineficiência, de uma situação
gerencial

Fonte: CGU, TCU, INEP, ISC


Planejamento
Plano anual de Auditoria

a. relação dos macroprocessos ou temas passíveis de serem trabalhados, classificados por meio de matriz de risco,
com a descrição dos critérios utilizados para a sua elaboração;

b. estimativa de horas destinadas às ações de capacitação e participação em eventos que promovam o conhecimento
necessário a execução do Plano de Auditoria;

c. a descrição sumária de cada auditoria com indicação dos riscos, da relevância, do objetivo, dos resultados
esperados, do escopo e do dimensionamento da equipe;
Conteúdo mínimo

d. cronograma de cada auditoria a ser realizada durante o ano;

e. a quantidade de horas disponíveis para realização das consultorias de modo que não haja prejuízo às ações de
avaliação;

f. diretrizes do CNJ no que tange às Ações Coordenadas de Auditoria.

Fonte: Enap, CGU, TCU, INEP, ISC


Planejamento
Auditorias

Tem roteiro prontinho no


final do material

Visa a obtenção de compreensão suficiente do objeto e a definição


Levantamento sobre o objeto clara dos objetivos, do escopo do trabalho, dos exames a serem
realizados e dos recursos necessários para a realização da
auditoria

a) leis e regulamentos sobre organização, funcionamento do órgão;


b) regimento internos;
Levantamento sobre a unidade auditada c) manuais organizacionais;
d) fluxos de processos de trabalho.
Análise preliminar do objeto

O objeto selecionado em uma auditoria normalmente é um processo. Entende-se por processo um


conjunto de atividades sequenciadas e relacionadas entre si que têm como finalidade transformar
insumos em produtos e serviços.
Mapeamento/validação do objeto selecionado
Embora não seja obrigatório, recomenda-se o desenho do processo a ser auditado, ou seja, o
fluxo do processo, o qual permite que se enxerguem com maior facilidade seus participantes e
suas atribuições, os controles existentes, as oportunidades de melhoria

Fonte: Enap, CGU, TCU, INEP, ISC


Planejamento
Programa
A equipe deverá definir o objetivo da auditoria por meio da especificação do problema e dos possíveis benefícios que a organização terá com os
Objetivo
resultados dos trabalhos de auditoria

Análise crítica sobre os processos organizacionais e suas perspectivas futuras, avaliando o contexto em que
Relevância do tema para a administração está inserido o tribunal ou conselho, buscando alinhar as ações de auditoria com os objetivos estratégicos do
órgão

Padrão razoável e atingível de desempenho a ser empregado quando da aplicação dos testes de auditoria, são utilizados para avaliar a adequação
Critérios de controles, de sistemas, de processos ou de práticas, e ainda quanto à economia, eficiência e eficácia

Conjunto de exames, previstos no programa de trabalho, a fim de obter evidências suficientes,


Procedimentos de auditoria
confiáveis, fidedignas, relevantes e úteis, que permitam responder à questão de auditoria
formulada

a) complexidade e no volume das operações;

b) natureza do item em exame;


Extensão dos procedimentos
c) principais riscos e na avaliação preliminar dos controles a eles relacionados;

d) grau de segurança e no tipo de evidência que pretende obter, a fim de fundamentar sua opinião.

Programa de auditoria Época dos procedimentos A época diz respeito ao período apropriado para a aplicação dos procedimentos de auditoria

Teste de controle
Natureza dos procedimentos
Procedimento substantivo

Ao formular as questões e, quando necessário, as subquestões de auditoria, a equipe estabelece o


foco de sua investigação, as dimensões e os limites que deverão ser observados durante a execução
dos trabalhos

Questões de Auditoria a. clareza e especificidade;


b. uso de termos que possam ser definidos e mensurados;
c. viabilidade investigativa (possibilidade de ser respondida);
d. articulação e coerência (o conjunto das questões elaboradas deve ser capaz de esclarecer o
problema de auditoria previamente identificado).

Mesurar e avaliar os custos envolvidos em cada serviço prestado pela unidade de auditoria

Estimativa de custos Os custos levantados pela equipe de auditoria em que não é possível alocar diretamente em
determinada auditoria, deverão ser distribuídos em todas as auditorias do ano, utilizando-se critérios
de rateio que melhor se adequem a natureza do custo

a) Tarefas;
Cronograma e Recursos Humanos b) Data Limite;
c) Responsáveis pelas tarefas;

Fonte: Enap, CGU, TCU, INEP, ISC


Planejamento
Questões de auditoria

1º Passo 2º Passo 3º Passo 4º Passo 5º Passo 6º Passo

Descrever Subdividir o Formular Relacionar Testar Selecionar


o problema problema questões questões questões questões

Exclusão de parcela Aprofundamento dos Violação da Convenção


Efeitos da sociedade do níveis de Internacional sobre os Direitos
acesso à justiça desigualdade social das Pessoas com Deficiência

Problema Inacessibilidade de sítios e portais do Poder Judiciário

Falta de
Deficiência nos Falta de
acompanhamento Déficit em
Causas controles de treinamento de
periódico de governança de TIC
publicações conteudistas
sistemas de TIC

subquestão 1.1

Questão 01

subquestão 1.2

Problema

subquestão 2.1

Questão 02

subquestão 2.2

Fonte: Enap, CGU, TCU, INEP, ISC


Execução de Auditoria
Execução
Coleta e análise de dados Realizar os testes de auditoria

São o resultado da comparação entre um critério preestabelecido pela equipe de auditoria durante a
fase de planejamento e a condição real encontrada durante a realização dos exames, a qual deve ser
comprovada por evidências

Execução de operações ou atividades relativas a processos, projetos ou programas da organização


desconforme com o critério adotado, causando impactos mínimos nos objetivos de prazo, custo, qualidade,
Baixo escopo, imagem, e/ou no atendimento de metas, padrões ou capacidade de entrega de produtos/serviços
às partes interessadas

Achados Classificação dos achados Execução discrepante do critério estabelecido ou interrupção de operações ou atividades relativas a
Médio processos, projetos ou programas, causando impactos significativos nos objetivos, porém recuperáveis

Execução discrepante do critério estabelecido ou interrupção de operações ou atividades relativas a


Alto
processos, projetos ou programas da organização, causando impactos irreversíveis/severos nos objetivos

a) critério
Atributos do achado b) condição
Execução c) causa
d) efeito

a. a evidência documental é mais confiável do que a evidência testemunhal, mas a confiabilidade varia dependendo da fonte e do propósito do documento;

b. a evidência testemunhal que é corroborada por escrito é mais confiável do que a evidência testemunhal sozinha;

c. a evidência baseada em muitas entrevistas em conjunto é mais confiável do que a evidência baseada em uma ou poucas entrevistas;

d. a evidência testemunhal obtida sob condições nas quais as pessoas podem falar livremente é mais confiável do que a evidência obtida sob
circunstâncias nas quais as pessoas podem se sentir intimidadas;
Evidências
e. a evidência obtida de uma terceira parte bem informada, credível e imparcial é mais confiável do que a evidência obtida da administração da entidade
auditada ou de outras pessoas que tenham um interesse direto no objeto de auditoria;

f. a evidência obtida quando o controle interno é efetivo é mais confiável do que a evidência obtida quando o controle interno é fraco ou inexistente;

g. a evidência obtida por meio de observação direta, cálculo e inspeção do auditor é mais confiável do que a evidência obtida indiretamente;

h. documentos originais são mais confiáveis do que documentos copiados.

a) achado;
b) critério;
c) resumo da situação encontrada;
Matriz de Achados d) evidência;
e) causa;
f) efeito;
g) encaminhamento.

Fonte: Enap, CGU, TCU, INEP, ISC


Execução
Fases da comunicação Tem o objetivo de permitir que o gestor da unidade auditada possa esclarecer questões levantadas unidade de
Relatório Preliminar auditoria, tecer comentários sobre as constatações e informações, além de apontar falhas nos critérios ou nos
exames executados, antes que seja emitido o Relatório Final

Os achados de auditoria que indicarem a existência de falhas devem ser apresentados à Unidade
Auditada, para que esta apresente esclarecimentos, avaliações ou informações adicionais que
contribuam para o entendimento das condições verificadas ou para a construção de soluções

Apresentação das informações prestadas pelo auditado


a) devem ser informados os meios pelos quais o gestor se manifestou (número, origem e data dos
documentos, horário e data da mensagem eletrônica etc.); Exemplo: “Por meio do Memorando nº
xxxxx, de xx/ de xxxx, de 20XX, a unidade auditada [...]”.

b) nos casos em que uma manifestação do gestor se referir a diversas constatações, deve ser
transcrito para o campo “manifestação da unidade auditada”, referente a cada constatação, apenas o
trecho que se referir especificamente a esse registro;

Manifestação do Auditado c) para os casos em que a manifestação do gestor envolver mais de um item no mesmo trecho e não
for possível separar o que trata de cada constatação, a manifestação deve ser transcrita em cada
registro.

d) quando não houver manifestação sobre a constatação apresentada no Relatório Preliminar:

I. caso o gestor não apresente manifestação sobre o relatório, ou seja, não trate de qualquer
item, deve ser informado: “Não houve manifestação da unidade auditada”;

Fases da Comunicação II. caso o gestor apresente manifestação sobre o relatório, mas não trate da constatação: “Não
houve manifestação da unidade auditada para esse item”.

a) analise cuidadosamente os argumentos apresentados pelo gestor;


Análise da resposta pela equipe b) identifique o argumento mais contundente;
c) priorize a análise dos principais argumentos, àqueles de conteúdo material;

O Relatório Final de Auditoria é o documento que formaliza os resultados da auditoria. É através dele que o auditor
Relatório Final interno vai mostrar o que foi examinado, destacando os pontos positivos, pontos negativos, a manifestação a área
auditada, as recomendações e as conclusões da auditoria

A eficiência e a garantia da qualidade da auditoria somente estão asseguradas após uma revisão completa dos papéis de
trabalho. A inspeção final e objetiva é de responsabilidade do supervisor da auditoria, que deverá, após a conclusão dos
trabalhos, efetuar a revisão final dos papéis utilizados no processo de auditoria.
Revisão
O supervisor de auditoria, ao revisar os papéis de trabalho, determina se as evidências neles circunstanciadas são
suficientes, a seu juízo, para chegar às mesmas conclusões e opiniões, tal como expresso no esboço do relatório

Ao final da fase de execução, poderá ser realizada reunião de encerramento, na qual a equipe de auditoria
Reunião de encerramento apresentará os achados e as recomendações de auditoria aos gestores das unidades auditadas

Fonte: Enap, CGU, TCU, INEP, ISC


Execução
Técnicas para avaliação de respostas
Tópicos especiais

As informações apresentadas são falsas Apresente a informação verdadeira e indique as evidências que a comprovam

O gestor apresenta informações pertinentes, mas Demonstre que deu a devida atenção às informações, mas informe que elas são insuficientes para
insuficientes para comprovar a inexistência da falha comprovar a inexistência da falha. Se possível, indique o porquê.

O gestor cita norma ou documento aplicável ao fato,


mas apresenta interpretação deturpada Apresente a interpretação correta da norma ou documento.

O gestor não consegue entender os riscos que Demonstrar que a repetição de determinada prática constatada poderá prejudicar a gestão e os resultados de
determinada falha poderá significar para a gestão como determinada política pública. Exemplo: “Se todos as unidades deixarem de elaborar os estudos técnicos
um todo preliminares, nesses casos [...]”;

O gestor não concorda com o critério utilizado para a Citar norma ou jurisprudência que sustente a interpretação da Auditoria Interna sobre os fatos constatados.
análise

A evidência apresentada é inadequada ao contexto da Informe o motivo pelo qual a evidência apresentada foi considerada inadequada
constatação

O gestor apresenta ofensas. Ignore as ofensas.

Cite as evidências que comprovam que a fonte usada pelo gestor não é confiável. Se possível, indique quais
A fonte que o gestor usa não é confiável.
podem ser usadas no caso analisado.

a) verificar se o texto do relatório é dotado de clareza, correção, coerência, objetividade, ênfase,


sobriedade e precisão e se está de acordo com a norma culta e com as demais referências técnicas
aplicáveis;

b) averiguar se os registros são lastreados em papéis de trabalho, os quais devem ser suficientes para
permitir que outros servidores possam chegar às mesmas conclusões expressas no relatório e, se
necessário, comprovar a veracidade das informações;

c) avaliar se a “recomendação” está coerente com o fato narrado pela auditoria e pela unidade
auditada;

d) ler o texto com atenção a fim de detectar a existência de frases com sentido ambíguo ou jocoso;
Check-list para a atividade de revisão
e) avaliar se em auditorias ou consultorias passadas, o posicionamento da unidade de auditoria
manteve-se coerente com as recomendações atuais;

f) quando houver emprego de amostragem, conferir a adequação da amostra selecionada;

g) avaliar se há informações ou constatações que, devido à sua baixa relevância, não deveriam estar
no relatório de auditoria;

h) verificar se o conteúdo das tabelas e gráficos estão claros e se podem ser visualizados na íntegra;

i) Avaliar se o escopo da auditoria está adequado ao escopo aprovado no PAA;

Fonte: Enap, CGU, TCU, INEP, ISC


Monitoramento de
Auditoria
Monitoramento

O monitoramento consiste em acompanhar as iniciativas do ente auditado, no sentido de implementar


ações corretivas e ou de melhoria dos pontos críticos que foram identificados e validados durante a
realização dos trabalhos de auditoria.

As atividades de monitoramento podem ser realizadas de forma contínua ou em intervalos específicos


Conceitos de tempo, sendo possível adotar as seguintes estratégias:

a) Verificar em período preestabelecido, por exemplo, anualmente, a situação de todas as


recomendações ou de algumas consideradas mais relevantes;
b) Realizar trabalhos específicos de avaliação com o objetivo de verificar as providências adotadas
pela administração e avaliar a qualidade das ações corretivas; e
c) Acompanhar as recomendações pendentes, no decorrer de outro trabalho de avaliação programado
na área da atividade avaliada, conforme importância e relevância.

O plano de ação constitui-se em um conjunto de medidas que cabem à Unidade Auditada adotar com a
finalidade de tratar riscos significativos, solucionar problemas complexos identificados pela equipe de auditoria
e abordar situações em que haja grande quantidade de ações a serem adotadas.

Monitoramento e Acompanhamento da Auditoria Os planos de ação devem conter as seguintes informações:


Plano de ação
a) Objetivo geral que se pretende alcançar por meio das ações.
b) Ações que serão realizadas
c) Objetivo de cada uma das ações.
d) Cronograma para desenvolvimento das ações.
e) Responsável pela execução de cada ação.

O objetivo deste relatório é formalizar e confirmar que o monitoramento está sendo feito, bem como
informar aos interessados a posição dos servidores técnicos diante regularização dos achados de
auditoria.

Relatório de Monitoramento Atendida - Recomendação que foi validada pela equipe de


auditoria responsável.

Em atendimento - Recomendação que cumpriu parcialmente o que


foi proposto e a equipe de auditoria responsável solicitou
Status das recomendações complementação ou foi concedido novo prazo para implementação
em virtude de solicitação da diretoria competente.

Atrasada - Recomendação que não há manifestação da área


auditada após o prazo acordado no que tange ao encaminhamento
da resposta de implementação da recomendação

Fonte: Enap, CGU, TCU, INEP, ISC


Anexo 01 – Modelo de sumário executivo
SUMÁRIO EXECUTIVO

Dezembro/2019
AUDITORIA OPERACIONAL – AVALIAÇÃO DOS INDICADORES
POR QUE FOI REALIZADA ESTA AUDI- SETORIAIS DO PLANO ESTRATÉGICO DE GESTÃO DE PESSOAS
TORIA O QUE A AUDITORIA CON STATOU?

Para avaliar se os indicadores setoriais do A SGP não executou todas as etapas do Guia Metodológico
Plano Estratégico de Gestão de Pessoas – para a construção de indicadores
PEGEP STJ 2020 estão medindo adequa-
Dos dez passos previstos no guia metodológico que orienta a construção,
damente o cumprimento dos objetivos
mensuração e avaliação de indicadores, três não foram seguidos pela SGP, o
setoriais da Secretaria de Gestão de Pes-
que pode ter contribuído para a elaboração de indicadores inadequados ou
soas – SGP.
insuficientes. Foram desconsideradas as etapas: 1) definição de indicadores
candidatos; 2) avaliação de indicadores candidatos e 3) definição de indicado-
O QUE A AUD-STJ RECOMENDA res prioritários.
1) Avaliar se os indicadores da SGP são su- Fatores críticos de sucesso sem mensuração pelos indicado-
ficientes para mensurar todos os fatores res
críticos de sucesso constantes nos objeti-
Todo objetivo estratégico, ou setorial, tem pontos importantes, chamados de
vos do Plano Estratégico de Gestão de
“fatores críticos do sucesso”, que precisam ser executados para que o seu pro-
Pessoas – PEGEP STJ 2020;
pósito seja alcançado. Para que os gestores saibam se o que foi planejado está
2) Seguir as etapas descritas no Guia Me- sendo realizado, esses pontos precisam de acompanhamento rotineiro, o que
todológico do STJ na formulação de no- ocorre por meio dos indicadores. Verificou-se, porém, que a SGP não mede o
vos indicadores e na revisão dos já exis- atendimento dos seguintes fatores:
tentes. Nessas atividades, procurar envol-
1) “Inovar os processos de trabalho”, do objetivo “Gerenciar o paga-
ver os servidores das áreas afetadas pelo
mento de pessoal”; e
fator crítico de sucesso, aumentando as
2) “Atuar com foco na inovação”, do objetivo “Atender a demanda do
chances de cumprir todas as etapas por-
usuário interno por serviços concernentes à gestão de pessoas”.
menorizada no Guia;
Indicadores apresentam metas de desempenho inadequadas
3) Definir com a Administração as diretri-
zes a serem seguidas com relação à ino- Uma meta adequada é aquela que é desafiadora e bem definida. Nesse con-
vação no âmbito da Secretaria de Gestão texto, apurou-se que a meta do indicador “Análise de concessão de direitos e
de Pessoas e criar indicadores e metas vantagens”, de conceder 85% de direitos e vantagens aos servidores no prazo
para mensurar o cumprimento dessas di- padrão estipulado pela unidade, não é desafiadora, uma vez que já foi supe-
retrizes; e rada. Com relação à meta do indicador “Tempestividade dos lançamentos em
folha de pagamento”, verificou-se não haver mais espaço para crescimento
4) Incluir no Sistema Stratej os dados bru-
dos valores medidos, pois já cumprem 100% do previsto.
tos dos cálculos dos indicadores, para
cada período apurado, em forma de
As decisões adotadas com base nos indicadores não são do-
anexo, sem prejuízo do sigilo de informa-
cumentadas
ções.
Os indicadores devem e precisam ser revisados periodicamente a fim de que
seja ratificada sua utilidade para a estratégia da unidade. Um bom indício de
sua adequação são as decisões tomadas com base nas informações por eles
geradas. Constatou-se que a SGP não documentou as decisões que foram
adotadas a partir da análise dos indicadores “Satisfação do usuário interno com
serviços da SGP”, “Análise de concessão de direitos e vantagens” e “Satisfação
com o programa de estágio do STJ”.

*Adaptação do modelo Government Accountability Office - GAO

RELATÓRIO Nº 10/2019 - PROCESSO Nº 020.603/2019


1. INTRODUÇÃO
1.1. Contextualização 1.2. A Ação Coordenada de Auditoria
O aprimoramento da Governança Orçamentária e Fiscal As Ações Coordenadas de Auditoria têm por objetivo a
Pública se tornou um dos elementos da agenda de avaliação concomitante, tempestiva e padronizada sobre
reformas do país, visando tornar o governo mais eficiente, questões de relevância e criticidade para o Poder
elevando a qualidade do gasto público e promovendo a Judiciário, bem como o atendimento aos princípios de
sustentabilidade financeira governamental da União, eficiência, eficácia, economicidade e efetividade.
Estados, Distrito Federal e Municípios para médio e longo
Nesse sentido, a Ação Coordenada de Auditoria, em
prazos.
Governança Orçamentária e Financeira, Planejamento,
No contexto do Poder Judiciário, o Conselho Nacional de Gerenciamento, Execução e Gestão Contábil analisou a
Justiça (CNJ) promoveu diversas ações buscando adequação orçamentária e financeira utilizando como
aprimorar a estrutura de governança orçamentária e base os requisitos estabelecidos na Legislação Federal,
financeira dos tribunais. Entre elas estão: nas Resoluções CNJ nº 195/2014 e nº 198/2014, e nas
boas práticas em gestão orçamentaria nacionais e
1. Aprovação da Resolução CNJ nº 195/2014, que
internacionais.
dispõe sobre a distribuição de orçamento nos
órgãos do Poder Judiciário de primeiro e segundo Conforme estabelecido no Programa de Auditoria as
graus e dá outras providências; questões foram divididas nos 4 eixos temáticos a seguir:

2. Aprovação da Resolução CNJ nº 198/2014, que 1. Controles de execução orçamentária:


dispõe sobre o Planejamento e a Gestão Estratégica conformidade, eficiência e efetividade
no âmbito do Poder Judiciário e dá outras O orçamento do órgão é elaborado e executado de
providências; modo responsável, atendendo a legislação vigente
3. Aprovação da Resolução CNJ nº 102/2014, que e reduzindo riscos orçamentários e fiscais?
dispõe sobre a regulamentação da publicação de
informações alusivas à gestão orçamentária e 2. Transparência
financeira, aos quadros de pessoal e respectivas O acesso às informações orçamentárias é
estruturas remuneratórias dos tribunais e transparente e oportuno, permitindo o
conselhos; e conhecimento das atividades orçamentárias
passadas, presentes e programadas,
4. Criação da Comissão de Gestão Estratégica,
Estatística e Orçamento, que se propõe a adotar possibilitando a participação da sociedade no
medidas de Gestão Estratégica Nacional para o processo orçamentário?
desdobramento da estratégia, acompanhamento
dos indicadores de desempenho, fomento da troca 3. Responsabilidade Institucional
de experiências e análise da estratégia por meio dos Existe estrutura de governança formalmente
indicadores e estatísticas, além de garantia do constituída, que auxilie na captação das
orçamento necessário aos projetos estratégicos. necessidades e demandas?

Assim, tendo em vista a importância do tema para a 4. Alinhamento Estratégico


agenda de desenvolvimento do país, o Plenário do CNJ na Existe alinhamento entre os planejamentos
6ª Sessão Virtual, de 23 de fevereiro de 2016, aprovou a
orçamentário e estratégico de longo prazo?
realização da Ação Coordenada de Auditoria em
Governança Orçamentária e Financeira, Planejamento, O questionário de coleta dos dados foi estruturado em 27
Gerenciamento, Execução e Gestão Contábil para ser perguntas. Quatro perguntas foram direcionadas
Introdução

executada no ano de 2019.


especificamente para os Tribunais Estaduais, as demais 14. TCU - Acórdão 543/2016 – Plenário;
foram direcionadas a todos os segmentos da Justiça 15. TCU - Acórdão 1464/2016 – Plenário;
(Estadual, Trabalhista, Federal e Eleitoral), com exceção 16. CGU - Guia de Transparência Ativa para
das questões relativas à Resolução CNJ nº 195/2014, que Órgãos e Entidades do Poder Executivo
não se aplica ao segmento da Justiça Eleitoral. Federal; e
17. CGU - Cartilha Técnica para Publicação de
1.3. Tratamento dos dados Dados Abertos no Brasil.
Os questionários com 27 perguntas foram enviados pela É importante ressaltar a escassez de normas e manuais
ferramenta SGQ para 91 órgãos, resultando em 2.457 itens sobre o tema governança orçamentária e financeira,
avaliados. Os dados foram tratados, posteriormente, de motivo pelo qual a maior parte dos estudos recaiu sobre
modo a separar os tribunais que apresentavam resultados práticas internacionais, principalmente sobre os manuais
discrepantes. da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento
Econômico (OCDE) e do Fundo Monetário Internacional
Após a verificação desses grupos, a Secretaria de Auditoria
(FMI).
(SAU) solicitou, para alguns tribunais, que apresentassem
evidências adicionais ou justificativas quanto aos dados
apresentados, abrindo prazo suplementar para a remessa
dessas informações.

Das 27 perguntas, a equipe de auditoria que trabalhou no


tratamento e análise dos dados, aprofundou a análise
apenas sobre os resultados que apresentaram dados
insatisfatórios (criticidade – Ineficiência em controles) e
desconformidades com as normas.

Assim, dados satisfatórios não foram avaliados em


profundidade e não resultaram em análises estatísticas.

1.4. Critérios Utilizados


Os documentos utilizados durante a fase de planejamento
para conhecimento das normas vigentes relacionadas ao
tema da Ação Coordenada de Auditoria foram, entre
outros:

1. CNJ - Resolução nº 68/2009;


2. CNJ - Resolução nº 102/2009;
3. CNJ - Resolução nº 195/2014;
4. CNJ - Resolução nº 198/2014;
5. CNJ - Resolução nº 114/2010;
6. OCDE - Melhores Práticas da OCDE para a
transparência orçamentária;
7. OCDE - Restoring Fiscal Sustainability :
8. Lessons for the Public Sector;
9. OCDE - Principles of budgetary
governance;
10. FMI - Código de Boas Práticas para a
Transparência Fiscal;
11. MCASP 8ª ed.;
12. TCU - Acórdão 948/2016 – Plenário;
13. TCU - Acórdão 2127/2016 – Plenário;
Introdução
2. RESULTADOS
Os resultados da Ação Coordenada de Auditoria serão de serviços de coleta biométrica para fins de apuração do
separados por pergunta, seguindo a ordem e numeração limite de pessoal apresentado no Relatório de Gestão
do questionário de governança orçamentária enviado aos Fiscal.
tribunais como anexo do Programa de Auditoria.
A dúvida recaia no fato de a classificação da despesa
poder ser feita na GND 3 – Outras despesas Correntes1, ou
Serão apresentados apenas os dados que resultaram em
GND 1 - Pessoal e Encargos Sociais2.
constatações de falhas, erros, ineficiência de controles e
desconformidade com as normas, à exceção da Questão 4 Cabe informar que, para efeitos da LRF, os valores dos
do Grupo 1, uma vez que os tribunais eleitorais informaram contratos de terceirização de mão-de-obra que se referem
haver dúvida quanto a classificação, para fins de limite de à substituição de servidores e empregados públicos serão
pessoal na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), dos contabilizados como "Outras Despesas de Pessoal",
contratos de terceirização destinados à coleta de dados hipótese em que deverão ser somados as demais
biométricos. despesas de pessoal (GND 01) para fins de apuração do
limite de gastos com pessoal.
2.1. Classificação de gastos com Caso a prestação de serviços não se enquadre em
contratos de terceirização na Justiça substituição de servidores, os valores deverão ser
lançados na GND 3 – Outras Despesas Correntes, hipótese
Eleitoral (Questão 4, Grupo 01). em que não geram impactos nos limites para despesas de
pessoal estatuídos na LRF.
4. O somatório de todos os gastos com os ativos, Diante da dúvida levantada, diversos tribunais da Justiça
os inativos e os pensionistas, relativos a Eleitoral alegaram que a prestação de serviços acessórios
mandatos eletivos, cargos, funções ou empregos, nos postos de trabalho para cadastramento biométrico
civis, militares e de membros de Poder, com não caracteriza substituição de servidores e empregados
quaisquer espécies remuneratórias, tais como públicos, motivo pelo qual, não deveria ser contabilizada
vencimentos e vantagens, fixas e variáveis, como Despesas de Pessoal.
subsídios, proventos da aposentadoria, reformas
e pensões, inclusive adicionais, gratificações, Nesse sentido, esclarece a Resolução TSE nº 23.440/2015
horas extras e vantagens pessoais de qualquer que:
natureza, bem como encargos sociais e Art. 12. As atividades relacionadas com a atualização
contribuições recolhidas pelo ente às entidades do cadastro eleitoral mediante incorporação de dados
de previdência são somados para fins de cômputo biométricos, nos serviços ordinários ou de revisão,
de despesa total com pessoal? deverão ser supervisionadas por servidor do quadro de
pessoal da Justiça Eleitoral, ou ainda por servidor
requisitado ordinariamente ou em caráter
extraordinário, cabendo aos tribunais regionais
Em análise à descrição da Questão 4, do Grupo 01, alguns eleitorais examinar a conveniência e oportunidade de
tribunais do segmento da Justiça Eleitoral trouxeram aplicação de outros instrumentos administrativos,
dúvidas quanto à classificação dos contratos de prestação inclusive os de contratação de pessoal de apoio
administrativo, dado o caráter excepcional e temporário

1
Despesas orçamentárias com aquisição de material de consumo, pagamento de Poder, com quaisquer espécies remuneratórias, tais como vencimentos e
de diárias, contribuições, subvenções, auxílio-alimentação, auxílio-transporte, vantagens, fixas e variáveis, subsídios, proventos da aposentadoria, reformas e
além de outras despesas da categoria econômica "Despesas Correntes" não pensões, inclusive adicionais, gratificações, horas extras e vantagens pessoais
classificáveis nos demais grupos de natureza de despesa. de qualquer natureza, bem como encargos sociais e contribuições recolhidas
2 pelo ente às entidades de previdência, conforme estabelece o caput do art. 18 da
Despesas orçamentárias com pessoal ativo, inativo e pensionistas, relativas a
Resultados

LRF.
mandatos eletivos, cargos, funções ou empregos, civis, militares e de membros
desses serviços, voltados à complementação das transcritos, dizem respeito a preenchimento de
equipes de trabalho atuantes nas referidas atividades, documentos, digitação de dados em sistema
considerando o grande volume de coletas biométricas informatizado, verificação de aposição de assinatura ou
a ser alcançado até o fechamento do cadastro eleitoral. de impressão digital pelo eleitor, entrega do protocolo de
(Redação dada pela Resolução nº 23.518/2017) solicitação de alistamento, etc.:

A equipe de auditoria do Conselho Nacional de Justiça Ante a manifestação do TCU, no sentido de alinhar-se ao
(CNJ), visando conhecer o posicionamento do Tribunal de posicionamento de que os gastos com contratação de
Contas da União (TCU) sobre o assunto, indagou, em serviço de apoio para coleta de dados biométricos não
reunião com membro da SECEX-ADMIN, se o Tribunal de devem ser classificados como Despesas de Pessoal, uma
Contas já havia se manifestado sobre o assunto. vez que não se assemelham aos contratos de mão de obra
em substituição à servidores, a Secretaria de Auditoria
Em resposta, foi informado que o citado Tribunal já havia
(SAU) decidiu por não elaborar nenhum encaminhamento
se debruçado sobre o tema no julgamento do TC
a autoridade superiora do CNJ sobre a dúvida ora
014.607/2017-4, cujos principais trechos seguem
suscitada, encerrando a análise da Questão 04 do Grupo
transcritos a seguir:
01.

2.2. Baixa execução de projetos


De outro modo, o titular da 3ª Diretoria Técnica (3ª DT)
da Secretaria de Controle Externo da Administração do (Questão 2, Grupo 01).
Estado (SecexAdministração), por reputar que a Lei
7.444/1985 foi recepcionada pela ordem constitucional
Informe o Quociente da Execução de Projetos
vigente e que as contratações realizadas pela Justiça
(EXECPRO).
Eleitoral encontram respaldo no art. 37, inciso IX, da
CF/1988, propôs, entre outras medidas, considerar EXECPRO = Σ(pagamento dos projetos:
improcedente a presente denúncia. Investimentos + Correntes) / Σ (Dotação líquida)
8. Ressalto, inicialmente, que a despeito de o denunciante
ter afirmado que a contratação de empresa terceirizada
para auxiliar no cadastramento biométrico dos eleitores
infringe o princípio do concurso público, não logrou Com o objetivo de avaliar se os controles sobre a execução
demonstrar cabalmente quais atribuições exclusivas dos orçamentária das ações classificadas como projetos são
servidores públicos integrantes da carreira da Justiça efetivos, o programa de auditoria trouxe questionamento
Eleitoral estariam sendo efetivamente desempenhadas sobre o índice de execução de projetos (EXECPRO).
pelos colaboradores terceirizados.
Como resultado da análise dos dados, obteve-se o
(...)
seguinte cenário:
14. De acordo com os elementos constantes dos autos,
infere-se que as ações desempenhadas pelos
terceirizados relacionam-se com atividades meramente
operacionais de coletar dados dos eleitores e registrá-los
em sistema informatizado próprio da Justiça Eleitoral
(Sistema ELO). Exigir que a simples coleta da biometria e
seu registro no sistema sejam efetuados exclusivamente
por servidor de carreira representaria subutilização dessa
força de trabalho o que, consequentemente, não se
coadunaria com o princípio da eficiência insculpido no
caput do art. 37 da CF/1988. (Grifos não constam do
original.)

15. A Resolução TSE 21.538/2003 deixa assente o


caráter meramente operacional, instrumental e acessório
das atividades realizadas pelos atendentes da Justiça
Resultados

Eleitoral, as quais, de acordo com os dispositivos a seguir


A aderência ao teto de gastos foi um exame dividido em
Percentual de execução de ações duas análises distintas. A primeira análise recaia sobre a
orçamentárias classificadas como aderência aos órgãos federais à EC 95. A segunda analise
projetos recaia sobre o risco de que os tribunais de justiça viessem
Tribunais com a ser obrigados às mesmas regras do teto, e não
execução inferior a conseguissem se adequar ao limite imposto.
50%
Como resultado da primeira análise obteve-se o seguinte
26% Execução entre
cenário:
39% 50,1 e 75%

Tribunais entre EC 95 - Limite dos tribunais do Poder Judiciário


75,1 e 100% da União
23% 71,21%
71,50%
13% Tribunais que não 71,00% 69,38% 69,82%
70,50% 69,08%
têm projetos no 70,00%
orçamento 69,50% 68,39%
69,00%
68,50%
68,00%
Aproximadamente 40% dos tribunais sob Controle do CNJ, 67,50%
67,00%
executam menos da metade do orçamento destinado aos 66,50%
projetos. Justiça do Justiça Justiça Justiça Justiça do
trabalho Eleitoral Federal Militar da Distrito
A composição dos tribunais que executam menos que 50% União Federal e
territórios
do orçamento destinado aos projetos, por segmento de
justiça, ficou assim representada:
Como visto no gráfico acima a situação dos órgãos da
Composição dos tribunais com execução de ações União é relativamente confortável. Atenção especial para o
classificadas como projetos inferior a 50% TJDFT, que atingiu 71,21% do limite para o pagamento de
despesas primárias. Para o Poder Judiciário da União, os
Justiça Militar dados estão atualizados até o mês de novembro de 2019.
Justiça Federal
Justiça Estadual
Na segunda análise (análise de risco dos Tribunais de
Justiça), definiu-se como possível evento o
Justiça Eleitoral
estabelecimento de limite para o incremento de despesas
Justiça do Trabalho
primárias. Como risco, definiu-se a possibilidade de o
0 5 10 15 Tribunal de Justiça descumprir o limite legal ou, para
cumprir, ter de sacrificar os investimentos na sua
totalidade.
2.3. Aderência ao teto de gastos Nesse sentido, cumpre mencionar que a LC 156/2016, que
(Questões 6 e 7, Grupo 01). estabeleceu o programa de renegociação de dívidas dos
Estados para com a União, já estabeleceu regras rígidas
para o crescimento das despesas primárias correntes,
6. Informe o valor do índice Despesa Primária Paga nesses termos:
(DPP) que evidencia o pagamento das despesas
Art. 4º Para celebração, lastreada no Acordo Federativo
primárias frente a Dotação Inicial Primária.
celebrado entre a União e os entes federados em 20 de
7. Os contratos que envolvam despesas primárias junho de 2016, dos termos aditivos de que tratam os
do orçamento fiscal e da seguridade social são arts. 1º e 3º desta Lei Complementar, tendo em vista o
reajustados por índices inflacionários? que dispõe o art. 169 da Constituição Federal,
respeitadas a autonomia e a competência dos entes
federados, fica estabelecida a limitação, aplicável nos
dois exercícios subsequentes à assinatura do termo
Resultados
aditivo, do crescimento anual das despesas primárias
correntes

Em análise quanto a hipótese de ocorrência do risco, é Os contratos da amostra são


importante salientar que diversos Estados já aprovaram reajustados por índices inflacionários?
leis limitando a expansão dos gastos primários correntes,
a exemplo dos Estados do Amazonas e Mato Grosso.
SIM
Ainda, segundo dados do Tesouro Nacional3, 18 estados NÃO
aderiram ao programa de repactuação de dívidas com a 7% Justiça Eleitoral
União. Não solicitaram a repactuação os Estados do 87% 13% 2%

Amapá, Amazonas, Bahia, Maranhão, Rio Grande do Norte, 4%


Justiça Estadual
Roraima e o Distrito Federal.
Justiça Trabalhista
Diante do cenário de risco apresentado, os dados do Poder
Judiciário Estadual levantados pela Ação Coordenada de
Auditoria, apresentaram os seguintes resultados:
2.4. Compliance
Percentual de Tribunais de Justiça
aderentes a regras do limite de teto de No quesito compliance, foram analisados os segmentos de
gastos Transparência, Auditoria Interna e Ética. Cumpre salientar
que a aderência às normas foi avaliada em diversos
20
tópicos, (e.g. Tópico 1 e Tópico 3).
15

10 2.4.1.Transparência (Questões 1, 4 e
5 4.2, Grupo 02).
0
Dentro do limite Fora do limite
1. Existe algum instrumento disponibilizado
2017 2018
pelo tribunal que apresente informações
orçamentárias, bem como outros relatórios
Dos 29 Tribunais de Justiça4 ( TJDFT está sujeito a regra fiscais dirigidos ao público, com linguagem de
da EC95), 13 estariam fora do limite em 2017 e 10 estariam fácil entendimento?
fora do limite em 2018. Desse modo é importante que os
controles sobre os gastos primários de natureza 4. O órgão publica relatórios de progresso na
continuada dos Tribunais de Justiça sejam incrementados, implementação do orçamento?
de modo a prever os riscos de limitação da expansão
4.2 Caso a resposta da questão anterior seja
desses gastos em virtude de leis estaduais.
afirmativa, existe reporte adequando desses
dados, enfatizando divergências significativas
Por fim, outro risco levantando, foi o de que os valores dos
entre o planejamento e a execução?
contratos celebrados pelos tribunais cresçam, em virtude
dos reajustes acima da inflação (índice de reajuste dos
gastos primários - reajuste inflacionário). Nessa análise
não se vislumbrou risco significativo, conforme resultados Os critérios definidos para as questões da transparência
a seguir: em matéria orçamentária foram definidos em função de
boas práticas internacionais.

3 4
http://www.tesouro.fazenda.gov.br/-/veja-o-balanco-dos- 26 Tribunais de Justiça Estaduais e 3 Tribunais de Justiça
estados-que-aderiram-a-renegociacao-de-divida-com-uniao- Militar Estaduais.
Resultados

e-bndes
Os resultados obtidos apresentaram o seguinte cenário:
Caso a resposta da questão anterior
seja afirmativa, existe reporte adequado
Transparência - Relatório com liguagem de fácil desses dados, enfatizando divergências
entendimento. significativas entre o planejamento e a
Sim execução?
NÃO
Sim
Sim 2% 2% Justiça 7% NÃO
7% Estadual 7% Justiça Trabalhista
93%
3% Justiça
73% 27% Justiça Eleitoral
Eleitoral 2%
Justiça 1% Justiça Estadual
Trabalhista 10%
Justiça Federal

Apesar de não ser um problema do Poder Judiciário, em


Apenas 7% dos tribunais sob controle administrativo do função dos dados estatísticos apresentados, é importante
CNJ não publicam instrumento que apresente informações esclarecer que a Lei de Acesso a Informação (LAI) foi
orçamentárias, bem como outros relatórios fiscais promulgada em 2011, de modo que é importante que o
dirigidos ao público com linguagem de fácil entendimento. Poder Judiciário busque instrumentos de transparência
Assim, observa-se que o Poder Judiciário, em grande parte, ativa para dados orçamentários.
está aderente às normas internacionais no quesito
transparência.
2.4.2. Ética (Questão 2, Grupo 02).
Na mesma seara, apenas 16% dos tribunais não publicam
relatórios de progresso na implementação do orçamento. 2. As normas éticas para o comportamento dos
servidores públicos são claras e amplamente
O órgão publica relatórios de progresso divulgadas?
na implementação do orçamento?
Com relação as normas éticas, é necessário esclarecer que
um quarto dos órgãos sob controle administrativo do CNJ,
ainda estão em estágios iniciais de implantação de uma
Sim
NÃO política de disseminação da ética pública.
4% Justiça Estadual
84% 16% 3%
9%
Justiça Trabalhista Nesse sentido, cumpre enfatizar que os Tribunais de
Justiça Eleitoral Justiça estão na contramão da maior parte do Poder
Judiciário, uma vez que 12 Tribunais de Justiça e 1
Tribunal de Justiça Militar, ou seja, praticamente metade
dos Tribunais de Justiça Estaduais, não têm normas éticas
claras e amplamente divulgadas, conforme resultados a
Desses 16%, apenas 27% não tem reporte adequado dos seguir:
dados de execução orçamentária, enfatizando
divergências significativas entre o planejamento e a
execução, conforme se observa a seguir:
Resultados
Trabalhista nunca realizaram auditorias na execução do
As normas éticas para o comportamento dos
servidores públicos são claras e amplamente orçamento do órgão5.
divulgadas?
Por outro lado, dentre os tribunais que realizaram
Sim
NÃO
auditorias na execução do orçamento, percebeu-se que
aproximadamente 30% das auditorias realizadas (13
Justiça
13% Trabalhista tribunais) não avaliaram os controles aplicados à execução
7%
75% 25% Justiça Militar orçamentária e apenas 7% apontaram que os controles
4% eram ineficientes. Com isso a auditoria agregou valor à
1%
Justiça organização, uma vez que apontou tais fragilidades nos
Estadual
controles.
Justiça
Eleitoral
Entre as Unidades de Auditoria que apontaram as
fragilidades, duas compõem o segmento da Justiça
Estadual e uma da Justiça Trabalhista.
2.4.3.Auditoria Interna (Questão 3 e 3.2
As Unidades de Auditoria que avaliaram os controles da
do, Grupo 02). atividade de execução orçamentária e concluíram pela
eficiência, somam 29 e representam 64% da amostra
3. A execução do orçamento já foi objeto de conforme gráfico abaixo.
auditoria?

3.2. Os controles da atividade de execução Os controles da atividade de execução


orçamentária são eficientes?
orçamentária são eficientes?

NÃO AVALIOU
Com relação à realização de auditorias, os dados 64% 5%
SÃO INEFICIENTES
SÃO EFICIENTES
apresentados em função da Ação Coordenada de Auditoria
7%
refletiram um cenário preocupante, uma vez que Justiça
Trabalhista
aproximadamente metade do Poder Judiciário nunca 29%
2%
Justiça Estadual
realizou auditoria em execução orçamentária.

A execução do orçamento já foi objeto de


auditoria?

Sim
Não
Justiça
12% Eleitoral
Sim; Justiça
44% 11% Trabalhista
56% 17%
Justiça
1% Estadual
3%
Justiça Militar

Justiça Federal

Nesse sentido, cumpre esclarecer que 16 tribunais da


Justiça Eleitoral, 10 da Justiça Estadual e 11 da Justiça
Resultados

5
6 tribunais não responderam a Questão 3 do Grupo 02.
2.5. Aderência à Resolução CNJ nº Como resultado desse exame obteve-se o seguinte
cenário:
195/2014 – Comitê Orçamentário
(Questões 2 a 5, Grupo 03). Os relatórios de reporte orçamentários são
encaminhados ao comitê, antes das reuniões?

2. O comitê orçamentário realiza encontros Sim


para discutir as necessidades ou demandas do Não
órgão, auxiliando na definição de prioridades 38%
Justiça Estadual
de modo a alinhá-las à possibilidade 22% 78%
36% Justiça
orçamentária? Trabalhista
4% Justiça Federal
3. Os relatórios de reporte orçamentários são
encaminhados ao comitê, antes das reuniões?
Avaliou-se, também, se o comitê criado contribui na
4. O comitê auxilia na elaboração da proposta
elaboração da proposta orçamentárias, definindo as
orçamentária?
prioridades do órgão, ou seja, atuando como Alta
5. O comitê realiza o acompanhamento de Administração em matéria orçamentária.
projetos e contratações?
Como resultado dessa avaliação, obteve-se o seguinte
cenário:

Visando obter indícios sobre o correto funcionamento dos


Comitês Orçamentários, a Ação Coordenada de Auditoria O comitê auxilia na elaboração da proposta
trouxe 4 questões. orçamentária?

A primeira delas visa avaliar se o comitê se reúne para


discutir necessidades ou demandas do órgão. Como 20%
resultado dessa análise, obteve-se o seguinte cenário: 65% 35%
13%
2%
O comitê orçamentário realiza encontros para
discutir as necessidades ou demandas do
SIM Justiça Trabalhista
órgão, auxiliando na definição de prioridades de NÃO
modo a alinhá-las à possibilidade orçamentária? Justiça Estadual Justiça Federal

Ao final, avaliou-se a participação do comitê orçamentário


SIM no acompanhamento dos projetos prioritários. Nesse
NÃO
sentido, buscou-se conhecer a estrutura de governança do
11% Justiça Estadual
orçamento, ou seja, se existe definição de metas e
74% 26%
13% Justiça Trabalhista
objetivos a serem alcançados e se existe reporte adequado
2% desses resultados.
Justiça Federal
Como resultado dessa avaliação, obteve-se o seguinte
cenário:

Em outra análise, verificou-se avaliar se o comitê recebe


relatórios de reporte, antes de tomar alguma decisão.
Nesse sentido, buscou-se avaliar se os membros do
comitê detêm todas as informações relevantes antes de
decidirem sobre questões orçamentárias.
Resultados
Com isso, é importante que os comitês assumam papel de
O comitê realiza o acompanhamento de
unidade de governança dentro do ciclo de gestão do
projetos e contratações?
orçamento.
SIM
NÃO Para isso é necessário que haja estrutura de reporte de
Justiça Trabalhista metas e resultados aos comitês orçamentários.
32% Justiça Estadual
39% 61% 23%
Justiça Federal
2.6. Participação do Poder Judiciário
2% 4% Justiça Militar na formulação da LDO (Questões 5 e 6,
Grupo 4).
Cabe mencionar que em 61% dos tribunais (35 tribunais de
um total de 56, uma vez que o segmento eleitoral não está 5. (Somente para Tribunais de Justiça) O
obrigado a cumprir a Resolução CNJ nº 195/2014) não têm tribunal comunica as metas e prioridades para
uma estrutura de governança orçamentária adequada, o Poder Executivo antes do envio da proposta
apesar de os comitês orçamentários estarem em da Lei de Diretrizes Orçamentárias ser
funcionamento. encaminhada para votação.?
Nesse sentido, cabe mencionar os ensinamentos do 6. (Somente para Tribunais de Justiça) As
referencial básico de governança do TCU, in verbis: unidades técnicas de orçamento dos tribunais
Governança, neste sentido, relaciona-se com de justiça participam de reuniões com órgãos
processos de comunicação; de análise e avaliação; de do executivo para estabelecer as metas e
liderança, tomada de decisão e direção; de controle, prioridades dos órgãos do Poder Judiciário na
monitoramento e prestação de contas. Lei de Diretrizes Orçamentárias?
(...)
Governança também se preocupa com a qualidade do
processo decisório e sua efetividade: Como obter o
maior valor possível? Como, por quem e por que as Com o objetivo de avaliar se os órgãos do Poder Judiciário
decisões foram tomadas? Os resultados esperados Estadual7 participam efetivamente da formulação de
foram alcançados? Metas e Prioridades da Lei de Diretrizes Orçamentárias, a
Ação Coordenada de Auditoria trouxe dois
No mesmo manual, o TCU6 ilustra o ciclo de governança e questionamentos.
o ciclo de gestão, de modo a estabelecer uma relação de
A primeira avaliação buscou esclarecer se os Tribunais de
definição da estratégia pela Alta Administração e
Justiça comunicam por algum meio as metas e prioridades
prestação de contas pela gestão, conforme figura abaixo:
do Poder Judiciário ao Poder Executivo antes de enviar o
Projeto de Lei ao Legislativo.

Como resultado dessa avaliação, obteve-se o seguinte


cenário:

7
6
Disponível em: < Para o Poder Judiciário da União, foi feita requisição de
https://portal.tcu.gov.br/governanca/entendendo-a- Auditoria ao Departamento de Acompanhamento Orçamentário
governanca/referencial-de-governanca/ > Acesso em (DAO) que informou que no âmbito da União, há a participação
03.12.2019 do Poder Judiciário na formulação das Metas e Prioridade da
Resultados

LDO.
O tribunal comunica as metas e prioridades
para o Poder Executivo antes do envio da
proposta da Lei de Diretrizes Orçamentárias O art. 165 da CF/1998, de reprodução obrigatória pelas
ser encaminhada para votação? Constituições Estaduais, informa também que a LDO
compreenderá metas e prioridades da Administração
Pública8 Federal (Estadual, nas constituições estaduais).
Não Logo, é incongruente que a LDO contenha as metas e
44%
Não Sim
prioridades do Poder Judiciário, mas tal poder não tem
Sim
56% nenhuma participação na formulação de tais metas.

Corroborando o entendimento acima, cumpre citar a


orientação da LRF, in verbis:
Art. 9º Se verificado, ao final de um bimestre, que a
A segunda avaliação buscou verificar se os tribunais
realização da receita poderá não comportar o
participam efetivamente das reuniões, debatendo e cumprimento das metas de resultado primário ou
expondo as necessidades do Poder Judiciário, ou seja, nominal estabelecidas no Anexo de Metas Fiscais, os
buscou-se avaliar se há uma participação efetiva na Poderes e o Ministério Público promoverão, por ato
definição das metas e prioridades estabelecidas na LDO. próprio e nos montantes necessários, nos trinta dias
Como resultado desse exame obteve-se o seguinte subseqüentes, limitação de empenho e movimentação
cenário: financeira, segundo os critérios fixados pela lei de
diretrizes orçamentárias. (Grifos não constam do
As unidades técnicas de orçamento dos Tribunais de original.)
Justiça participam de reuniões com órgãos do
executivo para estabelecer as metas e prioridades (...)
dos órgãos do Poder Judiciário na Lei de Diretrizes
Orçamentárias?
§ 3º No caso de os Poderes Legislativo e Judiciário e o
Ministério Público não promoverem a limitação no
prazo estabelecido no caput, é o Poder Executivo
autorizado a limitar os valores financeiros segundo os
37%
NÃO SIM critérios fixados pela lei de diretrizes orçamentárias.
63% (Grifos não constam do original.)

É importante frisar que, se o Poder Judiciário não


participou da elaboração da LDO, poderá ser prejudicado
Ante o cenário demonstrado, de que quase metade do quando houver limitação de empenho e movimentação
Poder Judiciário Estadual está completamente alijado do financeira, uma vez que não participou da formulação dos
processo de formulação de metas e prioridades da LDO, é critérios que orientam tais limitações.
importante esclarecer o que informa a Constituição
Federal no art. 99, in verbis:
Art. 99. Ao Poder Judiciário é assegurada autonomia
administrativa e financeira.
§ 1º Os tribunais elaborarão suas propostas
orçamentárias dentro dos limites estipulados
conjuntamente com os demais Poderes na lei de
diretrizes orçamentárias. (Grifos não constam do
original.)

8
Embora seja o Poder Executivo o administrador por excelência, órgãos e agentes que, em qualquer desses poderes estejam
nos Poderes Legislativo e Judiciário, há numerosas tarefas que exercendo função administrativa, serão integrantes da
constituem atividade administrativa (...). Desse modo, todos os Administração Pública. José dos Santos Carvalho Filho, Manual
Resultados

de Direito Administrativo, 33ªEd. 2019. p.12.


3. ENCAMINHAMENTOS
Em função dos exames realizados pelas equipes de Apesar de não refletir um problema endêmico do Poder
auditoria dos tribunais sob controle administrativo do Judiciário, uma vez que apenas 7% dos tribunais não
Conselho Nacional de Justiça, a Secretaria de Auditoria do publicam instrumento que apresente informações
CNJ (SAU) encaminha para providências as constatações orçamentárias, bem como outros relatórios fiscais
a seguir: dirigidos ao público, com linguagem de fácil entendimento,
3.1. Secretaria-Geral do CNJ. encaminha-se para conhecimento da Secretaria-geral os
dados contidos no item 2.4.1 deste documento.
3.1.1. Baixa execução de projetos
3.1.4.Aderência à Resolução CNJ nº 195/2014
Constatou-se que 39% dos tribunais executam menos da
metade do orçamento classificado como projetos Constatou-se que no item 2.5 deste documento que
(construção de unidades, aquisições de equipamentos e diversos tribunais, apesar de terem comitês orçamentários
etc.). constituídos, não são efetivos, uma vez que não há
evidência de que tenham sido feitas reuniões ou que haja
Desse modo, sugere-se que a Secretaria-Geral encaminhe
uma estrutura de governança adequada no âmbito dos
os dados contidos no item 2.2 deste documento, à
comitês.
Comissão de Gestão Estratégica, Estatística e Orçamento
para conhecimento e providências que julgar cabíveis. Desse modo, sugere-se que a Secretaria-Geral encaminhe
os dados contidos no referido item (item 2.5 deste
3.1.2.Aderência dos Tribunais Estaduais ao teto documento), à Comissão de Gestão Estratégica,
de gastos. Estatística e Orçamento para conhecimento e providências
que julgar cabíveis.
Em virtude da análise de riscos realizada no tópico 2.3
deste documento, que compreende a possiblidade de que 3.1.5.Participação do Poder Judiciário na
alguns tribunais possam ter dificuldades orçamentárias,
formulação da LDO
caso haja restrição da expansão de despesas primárias,
sugere-se à Secretaria–Geral que encaminhe a referida Em função da constatação de que diversos Tribunais de
análise para conhecimento da comissão de Gestão Justiça (44%) são alijados do processo de elaboração das
Estratégica Estatística e Orçamento do CNJ e, caso julgue metas e prioridades estabelecidas na LDO, conforme
conveniente, para que seja emitido ofício para os tribunais constata-se dos dados obtidos no item 2.6 deste
informando das constatações do item 2.3, de modo que documento, sugere-se à Secretaria-Geral que encaminhe
possam estar atentos aos projetos que envolvam longo as informações constantes do referido item para
período de execução e os gastos continuados, reforçando conhecimento da Comissão de Gestão Estratégica.
os controles sobre a expansão dos gastos de natureza Estatística e Orçamento e, caso julgue conveniente, que
primária como um todo. seja expedido ofício para os demais tribunais informando
tais constatações, de modo que os tribunais possam
Nesse sentido, esclarecemos que o risco maior recai sobre
diligenciar medidas junto ao Poder Executivo que visem
os gastos primários correntes, em virtude da LC156/2016.
incluir o Poder Judiciário nas discussões das metas e
Nesse ponto, é crucial que os tribunais estejam atentos prioridades da LDO.
aos gastos que envolvam despesas de pessoal de qualquer
3.2. Secretaria-Geral e Secretaria
natureza (indenizações, vantagens, auxílios, salários, ajuda
de custos e outros.) Especial de Programas, Pesquisas e
3.1.3.Transparência ativa dos dados Gestão Estratégica.
orçamentários. 3.2.1. Normas éticas.
Encaminhamentos
Constatou-se que, com relação às normas éticas, um
quarto dos órgãos sob controle administrativo do CNJ,
ainda estão em estágios iniciais de implantação de política
de disseminação da ética pública.

Os Tribunais de Justiça respondem pela maior parte dos


órgãos do Poder Judiciário (12 Tribunais de Justiça e 1
Tribunal de Justiça Militar) que não têm normas éticas
claras e amplamente divulgadas

Nesse sentido, encaminha-se tal constatação para a


Secretaria-Geral e para a Secretaria Especial de
Programas, Pesquisas e Gestão Estratégica, para
conhecimento e providências consideradas cabíveis.

Informamos ao final que, caso julguem necessário


conhecer os dados individualizados de cada tribunal, a SAU
tem todas as informações em banco de dados.

3.3. Secretaria de Auditoria.


3.3.1. Auditoria Interna.
Em virtude do cenário apresentado – 44% dos tribunais não
realizaram auditorias na execução do orçamento –, a
Secretaria de Auditoria (SAU), tão logo haja definição
quanto à publicação do Sistema de Auditoria do Poder
Judiciário (SIAUDI-JUD), pautará o assunto no âmbito do
comitê de Auditoria para que seja incluído nos Planos
Anuais de Auditoria dos tribunais pelo menos uma
auditoria em execução orçamentária, que tenha como
objetivo avaliar todas as fases do ciclo orçamentário,
avaliando os controles em cada fase.

Assim, a Secretaria de Auditoria (SAU) incluiu em


monitoramento esse encaminhamento para providências
quando da definição sobre a instituição do referido
sistema.
Encaminhamentos
Anexo 02 - Roteiro Análise preliminar do objeto

Informações Requeridas Localização da Observações da Equipe de


Informação Auditoria
Informações sobre a unidade auditada
Atribuições e responsabilidades das áreas envolvidas.
Objetivos e estratégias das áreas envolvidas.
Metas de desempenho das áreas envolvidas.
Gerenciamento dos riscos relacionados aos objetivos das áreas
envolvidas.
Mapeamento dos processos das áreas envolvidas.
Prestação de contas das áreas envolvidas no exercício anterior.
Informações sobre o objeto auditado
Relação do objeto de auditoria com a missão, a visão, os objetivos
estratégicos da unidade auditada.
Objetivos e estrutura de governança, de gerenciamento de riscos e
controles do objeto de auditoria, se existente.
Indicadores de desempenho do objeto de auditoria.
Objetivos e riscos associados ao objeto de auditoria (definidos pela
estrutura organizacional competente, conforme a política de gestão de
riscos da organização) e os controles internos associados a esses riscos.
Apetite a risco da organização em relação aos riscos associados ao
objeto da auditoria (definido pela estrutura organizacional
competente, conforme a política de gestão de riscos da organização).
Fluxogramas (mapas de processos) relacionados ao objeto da auditoria.
Responsáveis pelo objeto da auditoria.
Leis e regulamentos, normas, orientações, manuais e procedimentos
internos, decisões de órgãos reguladores relacionados ao objeto de
auditoria.
Jurisprudência de interesse (Tribunal de Contas da União, Supremo
Tribunal Federal, Superior Tribunal de Justiça etc.).
Estudos sobre o objeto da auditoria.
Quantidade/lotação/perfil da força de trabalho envolvida (inclusive
terceirizados).
Principais insumos utilizados (energia, equipamentos, matéria-prima
etc.).
Sistemas informatizados utilizados.
Partes interessadas.
Programas/ações orçamentários envolvidos.
Materialidade dos recursos (em R$).
Histórico de achados.
Recomendações dos órgãos de controle pendentes de atendimento.
Resultados de trabalhos anteriores da Unidade de Auditoria.
Informações extraídas de sistemas corporativos, da imprensa, da
internet.

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