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TRIBUNAIS DE CONTAS - 2015

CONTABILIDADE DE CUSTOS
RODRIGO FONTENELLE

NAT de avaliar o seu desempenho e de promover


o aperfeiçoamento da gestão pública.
Auditoria é o processo sistemático,
documentado e independente de se avaliar
objetivamente uma situação ou condição para
determinar a extensão na qual critérios são
atendidos, obter evidências quanto a esse
atendimento e relatar os resultados dessa
avaliação a um destinatário predeterminado.

Processo documentado: o processo de


auditoria deve ser fundado em documentos e
padronizado por meio de procedimentos
específicos, de modo a assegurar a sua
OBJETIVO DAS NORMAS
revisão e a manutenção das evidências
obtidas. Isso implica que a entidade de
Obtenção de qualidade e a garantia de
auditoria deve formalizar um método para
atuação suficiente e tecnicamente consistente
executar suas auditorias, estabelecendo os
do auditor na condução dos trabalhos de
padrões que elas deverão observar, incluindo
auditoria.
regras claras quanto à documentação.
Finalidades:
Avaliação objetiva: os fatos devem ser
avaliados com a mente livre de vieses. A
• estabelecer padrões técnicos e de
avaliação objetiva leva a julgamentos
comportamento para o alcance e a
imparciais, estritamente adequados às
manutenção de uma situação individual e
circunstâncias, precisos, e refletem na
coletivamente desejável ao bom exercício do
confiança no trabalho do auditor.
controle externo da administração pública.
Situação ou condição: o estado ou a situação
existente do objeto da auditoria, encontrado
Finalidades:
pelo auditor durante a execução do trabalho
de auditoria.
• manter consistência metodológica no
exercício da atividade.
Evidências: elementos de comprovação da
• promover o aprimoramento profissional e
discrepância (ou não) entre a situação ou
auxiliar os auditores no que diz respeito à
condição encontrada e o critério de auditoria.
qualidade dos exames, à formação de sua
Relato de resultados: os resultados de uma
opinião e à elaboração de seus relatórios.
avaliação de auditoria são relatados a um
destinatário predeterminado, que
Aplicabilidade:
normalmente não seja a parte responsável,
por meio de um relatório, instrumento formal e
• Endereçadas aos Auditores Federais de
técnico no qual o auditor comunica o objetivo,
Controle Externo do Tribunal de Contas da
o escopo, a extensão e as limitações do
União.
trabalho, os achados de auditoria, as
• As NAT têm natureza técnica, e não
avaliações, opiniões e conclusões, conforme
jurídica, geral, e não específica, e são
o caso, e encaminha suas propostas.
aplicáveis a todos os aspectos da função
Compõem as auditorias de regularidade as
auditoria e abrangem todos os tipos de
auditorias de conformidade e as auditorias
trabalho dessa função.
contábeis.
Por ser o TCU uma EFS com funções mais
Auditorias Operacionais: objetivam examinar
abrangentes do que o mandato relativo às
a economicidade, eficiência, eficácia e
auditorias, as NAT não abrangem todas as
efetividade de organizações, programas e
normas relativas ao controle externo que o
atividades governamentais, com a finalidade

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CONTABILIDADE DE CUSTOS
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Tribunal executa em auxílio ao Congresso


Nacional. II. Normas Gerais

Estabelecem os princípios e regras


fundamentais para que o auditor e o Tribunal
possam desempenhar sua missão com ética
e competência.
O enfoque dessas normas é dirigido tanto
para determinados requisitos que devem ser
assegurados pela instituição, como para a
atitude e os aspectos comportamentais do
Estrutura das normas de auditoria auditor.

As NAT apresentam-se estruturadas em Estrutura das normas de auditoria


quatro grupos, descritos nos itens seguintes:
As NAT apresentam-se estruturadas em
I - Preceitos Básicos do Controle Externo quatro grupos, descritos nos itens seguintes:
II - Normas Gerais
III - Normas relativas ao Planejamento e à I - Preceitos Básicos do Controle Externo
Execução II - Normas Gerais
IV - Normas relativas à Comunicação de III - Normas relativas ao Planejamento e à
Resultados Execução
IV - Normas relativas à Comunicação de
Estrutura das normas de auditoria Resultados

I - Preceitos Básicos do Controle Externo Estrutura das normas de auditoria


Constituem os pressupostos fundamentais,
princípios e requisitos lógicos que formam a III. Normas relativas ao Planejamento e à
base para o desenvolvimento das NAT; Execução
descrevem o contexto e as condições de Estabelecem os critérios gerais e
atuação do TCU, ajudando o auditor a procedimentos básicos que o auditor deve
também determinar o escopo e a amplitude seguir para que sua atuação seja objetiva,
de sua atuação. sistemática e equilibrada, na obtenção das
A explicitação desses preceitos visa ainda a informações e evidências que sustentarão
demonstrar a aderência do modelo de suas avaliações, opiniões e conclusões e
controle externo exercido pelo Tribunal às fundamentarão suas propostas de
Diretrizes para Preceitos de Auditoria da encaminhamento.
Intosai.
O enfoque dessas normas é o planejamento e
Estrutura das normas de auditoria a execução das atividades que visam a
alcançar um determinado resultado do
As NAT apresentam-se estruturadas em trabalho de auditoria, bem como o
quatro grupos, descritos nos itens seguintes: gerenciamento dessas atividades

I - Preceitos Básicos do Controle Externo Estrutura das normas de auditoria


II - Normas Gerais
III - Normas relativas ao Planejamento e à As NAT apresentam-se estruturadas em
Execução quatro grupos, descritos nos itens seguintes:
IV - Normas relativas à Comunicação de
Resultados I - Preceitos Básicos do Controle Externo
II - Normas Gerais
Estrutura das normas de auditoria III - Normas relativas ao Planejamento e à
Execução

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IV - Normas relativas à Comunicação de I – PRECEITOS BÁSICOS DO CONTROLE


Resultados EXTERNO
Poder Normativo:
Estrutura das normas de auditoria
“Art. 3° Ao Tribunal de Contas da União, no
IV. Normas relativas à Comunicação de âmbito de sua competência e jurisdição,
Resultados assiste o poder regulamentar, podendo, em
consequência, expedir atos e instruções
Tratam da forma, do conteúdo, dos atributos e normativas sobre matéria de suas atribuições
dos requisitos dos relatórios de auditoria, ou e sobre a organização dos processos que lhe
seja, das formas como o auditor deve devam ser submetidos obrigando ao seu
expressar e comunicar as opiniões e cumprimento, sob pena de responsabilidade.”
conclusões dos trabalhos de auditoria e
encaminhar suas propostas. I – PRECEITOS BÁSICOS DO CONTROLE
EXTERNO
I – PRECEITOS BÁSICOS DO CONTROLE
EXTERNO B) Independência e Autonomia:
A) Poderes do Controle Externo: O termo “auxílio”, disposto no caput do artigo
71 da Constituição, não representa
• PODER DE FISCALIZAÇÃO subordinação hierárquica do Tribunal em
• PODER JUDICANTE relação ao Congresso Nacional.
• PODER NORMATIVO A função de controle é atribuída diretamente
pela Constituição, cujas disposições deixam
I – PRECEITOS BÁSICOS DO CONTROLE inequívoco que se trata de um controle
EXTERNO externo e independente. O TCU exerce
Poder Fiscalização: competências próprias, independentes das
funções do Congresso Nacional, e de suas
“Art. 71”.[...] decisões não cabem recursos ao Congresso
II – Realizar, por iniciativa própria, da Câmara Nacional ou a outros Poderes, se não no seu
dos Deputados, do Senado Federal, de próprio âmbito.
comissão técnica ou de inquérito, inspeções e
auditorias de natureza contábil, financeira, I – PRECEITOS BÁSICOS DO CONTROLE
orçamentária, operacional e patrimonial, nas EXTERNO
unidades administrativas dos Poderes
Legislativo, Executivo e Judiciário e demais Seria o TCU subordinado hierarquicamente
entidades referidas no inciso II.” ao Congresso Nacional, por força do “auxílio”
a que se refere o caput do artigo 71 da
I – PRECEITOS BÁSICOS DO CONTROLE Constituição?
EXTERNO - NÃO, de acordo com as NAT e,
Poder Judicante: principalmente, com o CESPE, para o qual o
TCU é “instrumento técnico do Congresso”.
“Art. 71.[...]
II – Julgar as contas dos administradores e Inamovibilidade e irredutibilidade de subsídio,
demais responsáveis por dinheiros, bens e conforme §§ 3º e 4º do art. 73, da CF/88.
valores públicos da administração direta e Além disso, a composição colegiada do
indireta, incluídas as fundações e sociedades Tribunal visa a garantir a independência de
instituídas e mantidas pelo poder público suas decisões.
federal, e as contas daqueles que derem
causa a perda, extravio ou outra I – PRECEITOS BÁSICOS DO CONTROLE
irregularidade de que resulte prejuízo ao EXTERNO
erário público.” C) Independência dos Membros:

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Para assegurar a independência no Os princípios éticos que orientam o trabalho


desenvolvimento de suas funções, os dos auditores de acordo com estas NAT são:
ministros e auditores substitutos de ministros
gozam de garantias previstas na Constituição I. interesse público, preservação e defesa do
Federal, de vitaliciedade, patrimônio público;
II. integridade;
Embora o controle interno tenha o dever III. independência, objetividade e
estabelecido constitucionalmente de apoiar o imparcialidade;
controle externo, não há relação de hierarquia IV. uso do cargo, de informações e de
entre eles, há complementaridade. recursos públicos.

I – PRECEITOS BÁSICOS DO CONTROLE II – NORMAS GERAIS


EXTERNO A) Princípios Éticos:
D) Natureza do controle e seus requisitos O auditor deve honrar a confiança pública,
básicos: procedendo com honestidade, probidade e
tempestividade. A ideia central aqui é a
Por ser uma EFS com mandato constitucional seguinte: quando estiver diante de mais de
e legal mais abrangente do que a uma opção legal, o auditor deve escolher
competência para realizar auditorias, sempre a mais ética e a que melhor se ajuste
ao interesse público.
Não é possível classificar o TCU
exclusivamente como órgão de auditoria A credibilidade da auditoria no setor público
externa governamental, sendo essa, porém, baseia-se na objetividade dos auditores no
uma das funções contidas no seu escopo de cumprimento de suas responsabilidades
atuação. profissionais. A objetividade inclui ser
independente, de fato e na aparência, manter
I – PRECEITOS BÁSICOS DO CONTROLE uma atitude de imparcialidade, ter
EXTERNO honestidade intelectual e estar livre de
D) Natureza do controle e seus requisitos conflitos de interesse.
básicos:
Nos termos fixados no art. 70, da Constituição II – NORMAS GERAIS
Federal, a fiscalização exercida mediante A) Princípios Éticos:
controle externo é quanto à legalidade,
legitimidade, economicidade e aplicação das O auditor deverá declarar impedimento ou
subvenções e renúncia de receitas. suspeição nas situações que possam afetar,
ou parecer afetar, o desempenho de suas
A eficiência, a eficácia e a efetividade somam- funções com independência e imparcialidade.
se a esses critérios, dada a competência
atribuída ao TCU para realização de A posição de auditor, as informações e os
auditorias operacionais (art. 71, IV, CF/88), recursos públicos só devem ser utilizados
destacando-se a eficiência como princípio para fins oficiais, e não inadequadamente
erigido à categoria de constitucional da para ganho pessoal. Abusar da posição de
administração pública pela EC 19/98, ao lado auditor para obter ganho pessoal viola
dos princípios da legalidade, da responsabilidades fundamentais do
impessoalidade, da moralidade e da profissional de auditoria.
publicidade.
II – NORMAS GERAIS
II – NORMAS GERAIS B) Normas gerais relativas ao tribunal:
A) Princípios Éticos:
• Manutenção de independência,
Integram o Código de Ética dos Servidores do objetividade e imparcialidade
Tribunal de Contas da União (CESTCU) • Compromisso com a competência
• Utilização de julgamento profissional

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• Controle e garantia de qualidade III - NORMAS RELATIVAS AO


PLANEJAMENTO E À EXECUÇÃO
II – NORMAS GERAIS
C) Normas gerais relativas à pessoa do A) Planejamento geral das auditorias do TCU:
auditor: O planejamento geral de curto prazo, até um
• Cautela, zelo e julgamento profissional ano, e de longo prazo, mais de um ano,
• Competência e desenvolvimento levarão em conta a alocação da capacidade
profissional operacional, considerando todas as ações de
• Comportamento profissional e cortesia controle externo, de maneira integrada, e as
• Conflitos de interesses ações de capacitação necessárias para lhes
• Sigilo profissional dar suporte.
O planejamento geral deve alinhar suas
II – NORMAS GERAIS atividades às expectativas do Congresso
C) Normas gerais relativas à pessoa do Nacional, às medidas, aos gastos e aos
auditor: objetivos do plano plurianual e de outros
planos específicos de ação governamental.
O auditor deverá declarar impedimento ou
suspeição nas situações que possam afetar, A) Planejamento geral das auditorias do
ou parecer afetar, o desempenho de suas TCU:
atribuições com independência e O planejamento geral deve documentar e
imparcialidade, especialmente participar de justificar as seleções realizadas, calcando-se
auditorias nas situações em que o em modelos que incluam métodos de
responsável auditado seja cônjuge, parente seleção, hierarquização e priorização
consanguíneo ou afim, em linha reta ou fundamentados em critérios de relevância,
colateral, até o terceiro grau, ou pessoa com materialidade, risco e oportunidade, dentre
quem mantenha ou manteve laço afetivo ou outras técnicas de alocação da capacidade
inimigo ou que envolva entidade com a qual operacional, levando-se também em conta a
tenha mantido vínculo profissional nos últimos demanda potencial por ações de controle
dois anos, ressalvada, neste último caso, a originadas de iniciativas externas.
atuação consultiva, declarando o Informações sobre o planejamento geral
impedimento ou a suspeição por meio de somente poderão ser divulgadas para dar
justificativa reduzida a termo, que será publicidade à ação fiscalizatória do Tribunal,
avaliada e decidida pelo dirigente da unidade se não comprometerem o sigilo dos trabalhos
técnica. a serem realizados.

II – NORMAS GERAIS B) Proposição de auditorias:


C) Normas gerais relativas à pessoa do A unidade técnica ao propor auditorias deve
auditor: definir o objetivo e o escopo preliminar, bem
como prever uma estimativa de alocação de
O auditor deve guardar sigilo sobre dados e recursos e dos prazos de suas fases.
informações obtidos em decorrência do
exercício de suas funções, utilizando-os, C) Objetivos da auditoria:
exclusivamente, para a elaboração de Devem ser estabelecidos objetivos para cada
pareceres e relatórios. trabalho de auditoria. Para tanto, deve-se
realizar uma avaliação preliminar de objetivos
Auditores não devem revelar a terceiros e riscos relevantes relacionados à atividade
dados e informações obtidos no processo de objeto da auditoria, cujos resultados deverão
auditoria, seja oralmente ou por escrito, estar refletidos nos objetivos estabelecidos.
exceto para cumprir as responsabilidades
legais ou de outra natureza que C) Objetivos da auditoria:
correspondam a atribuições legais do No desenvolvimento dos objetivos o auditor
Tribunal. deve considerar, além das exposições
significativas a riscos, a probabilidade de

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erros, irregularidades e descumprimentos a desperdício, perda, mau uso, dano, utilização


princípios, normas legais e regulamentações não autorizada ou apropriação indevida.
aplicáveis.
F) Supervisão, Revisão e Comunicação:
D) Alocação de recursos ao trabalho de Supervisão
auditoria: A supervisão deve cobrir desde o
Deve-se determinar os meios apropriados planejamento até a emissão do relatório, deve
para alcançar os objetivos de auditoria, ser exercida por auditor que possua perfil e
levando em conta limitações de tempo e de competência profissional adequados ao
recursos disponíveis e, especialmente, a trabalho.
competência necessária dos membros da
equipe, que deve ser baseada na avaliação Revisão
da natureza e complexidade de cada trabalho. Todo o trabalho de auditoria deve ser
revisado pelo coordenador da equipe de
E) Identificação e avaliação de objetivos, auditoria, que possua perfil e competência
riscos e controles: profissional adequado ao trabalho, antes de o
Para determinar a extensão e o alcance da relatório ser emitido. A revisão deve ser feita
auditoria que será proposta, a unidade técnica à medida que cada parte da auditoria vai se
deve dispor de informações relativas aos concluindo.
objetivos relacionados ao objeto que será
auditado e aos riscos relevantes associados a F) Supervisão, Revisão e Comunicação:
esses objetivos, bem como à confiabilidade O papel da revisão é assegurar que:
dos controles adotados para tratar esses
riscos. - todas as avaliações e conclusões estejam
suportadas por suficientes, adequadas,
E) Identificação e avaliação de objetivos, relevantes e razoáveis evidências;
riscos e controles: - todos os erros, deficiências e questões
A avaliação de riscos e de controle interno relevantes tenham sido devidamente
visa a avaliar o grau em que o controle interno identificados, documentados e sanados.
de organizações, programas e atividades
governamentais assegura, de forma razoável, F) Supervisão, Revisão e Comunicação:
que na consecução de suas missões,
objetivos e metas, os princípios - Comunicação entre equipe de auditoria e
constitucionais da administração pública supervisor
serão obedecidos e os seguintes objetivos de - Durante toda a realização do trabalho,
controle serão atendidos: inclusive na fase de execução, deve ocorrer
constante troca de informações entre a
E) Identificação e avaliação de objetivos, equipe de auditoria e o supervisor.
riscos e controles:
I. eficiência, eficácia e efetividade Comunicação entre equipe de auditoria e
operacional, mediante execução ordenada, supervisor
ética e econômica das operações;
II. integridade e confiabilidade da informação Eventuais situações de obstrução ao livre
produzida e sua disponibilidade para a exercício da auditoria ou de sonegação de
tomada de decisões e para o cumprimento de processo, documento ou informação, bem
obrigações accountability; como qualquer ocorrência de ameaça velada
III. conformidade com leis e regulamentos ou explícita, de animosidade, de indisposição
aplicáveis, incluindo normas, políticas, ou de intimidação de auditores no
programas, planos e procedimentos de desenvolvimento dos trabalhos deverão ser
governo e da própria instituição; comunicadas imediatamente ao supervisor do
IV. adequada salvaguarda e proteção de trabalho. ATENÇÃO!
bens, ativos e recursos públicos contra

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Da mesma forma, quaisquer fatos que a Comunicação com o auditado e


equipe avalie que poderão resultar dano ao requisições de documentos e informações
erário ou irregularidade grave deverão ser
levados de imediato ao conhecimento do Na apresentação das constatações, deve-se
supervisor do trabalho, a fim de que possam mencionar a situação encontrada, o critério de
ser tomadas medidas tempestivas com o auditoria, e por decisão da equipe, as causas
intuito de eliminar ou minimizar os efeitos das e os efeitos. Não se deve fazer menção a
constatações. conclusões ou propostas de
encaminhamento.
Comunicação com o auditado e A apresentação dos achados na reunião de
requisições de documentos e informações encerramento somente pode ser dispensada
nos casos em que represente risco à equipe
Os auditores devem comunicar a natureza e ou à consecução dos objetivos da auditoria.
suas responsabilidades sobre o trabalho de
auditoria aos dirigentes e responsáveis da Comunicação com o auditado e
entidade auditada, incluindo o dirigente requisições de documentos e informações
máximo do organismo auditado, o comitê de
auditoria ou a diretoria ou outro órgão de Deve ser informado aos dirigentes e
supervisão equivalente, na inexistência do responsáveis da entidade auditada, ou aos
comitê de auditoria. representantes designados por eles, que os
achados são preliminares, podendo ser
Comunicação com o auditado e corroborados ou excluídos em decorrência do
requisições de documentos e informações aprofundamento da análise.
Deve ser informado, ainda, que poderá haver
A requisição de documentos e informações, inclusão de novos achados.
durante a fiscalização – planejamento,
execução e relatório – será formalizada por As reuniões de apresentação e de
meio de ofício de requisição, que deve fixar encerramento contarão, sempre que possível,
prazo para seu atendimento, estabelecido, com a participação de representante de órgão
sempre que possível e desde que não ou de unidade do sistema de controle interno.
comprometa o prazo de realização dos
trabalhos, em comum acordo com o G) PLANEJAMENTO E EXECUÇÃO DAS
fiscalizado. As informações consideradas AUDITORIAS
necessárias à realização dos trabalhos Credenciamento e prerrogativas do auditor
poderão ser solicitadas ainda durante a fase
de planejamento. O auditor é credenciado para planejar,
supervisionar, coordenar, executar e relatar
Comunicação com o auditado e auditorias mediante portaria de fiscalização,
requisições de documentos e informações sendo-lhe asseguradas as seguintes
prerrogativas, a partir da expedição e durante
No início da execução dos trabalhos, a equipe o prazo estabelecido na portaria:
realizará reunião de apresentação. Ao
término da fase de execução, será realizada 1) livre ingresso em entidades sujeitas à
reunião de encerramento com os dirigentes e jurisdição do Tribunal e acesso a todos os
responsáveis da entidade auditada, ou com processos, documentos, sistemas
representantes designados por eles, para a informatizados e a todas as informações
apresentação verbal das principais necessárias à realização de seu trabalho, que
constatações do trabalho realizado. não podem ser sonegados sob qualquer
pretexto;
Sempre que possível, os achados colhidos ao 2) competência para requerer, por escrito, aos
longo da execução deverão ser discutidos responsáveis pelas entidades jurisdicionadas,
com o supervisor previamente à reunião de os documentos e as informações necessários
encerramento.

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ao seu trabalho, fixando prazo razoável para questões de auditoria, o planejamento é


atendimento. passível de mudanças durante a realização
dos trabalhos pela própria equipe de
G) PLANEJAMENTO E EXECUÇÃO DAS auditoria, as quais deverão ser submetidas ao
AUDITORIAS supervisor para aprovação.
Construção da visão geral do objeto
G) PLANEJAMENTO E EXECUÇÃO DAS
A visão geral do objeto elaborada na fase de AUDITORIAS
planejamento será revisada após a execução Escopo da auditoria
para incorporação ao relatório da auditoria,
contendo, geralmente, as seguintes • Nas situações em que, mesmo
informações: relacionados ao objetivo da auditoria, os fatos
fogem ao escopo estabelecido, mas a
I. descrição do objeto de auditoria, com as consistência das evidências encontradas
características necessárias a sua recomende sua abordagem, a equipe, em
compreensão; conjunto com o supervisor e o titular da
II. legislação aplicável; unidade técnica coordenadora, deve avaliar a
III. objetivos institucionais, quando for o caso; oportunidade e a conveniência de realizar
IV. setores responsáveis, competências e exames para desenvolver achados no
atribuições; trabalho em curso, levando em conta que não
V. objetivos relacionados ao objeto de haja desvirtuamento da auditoria inicial em
auditoria e riscos relevantes a eles termos de comprometimento do prazo e/ou
associados, bem como eventuais deficiências dos exames planejados. Os achados
de controle interno. decorrentes deverão ser relatados
contemplando os mesmos elementos dos
G) PLANEJAMENTO E EXECUÇÃO DAS demais.
AUDITORIAS
Escopo da auditoria G) PLANEJAMENTO E EXECUÇÃO DAS
O escopo envolve a definição: AUDITORIAS
Escopo da auditoria
• das questões de auditoria,
• a profundidade e o detalhamento dos - Prejudicada a hipótese, a equipe deve
procedimentos, comunicar os fatos identificados ao titular da
• a delimitação do universo auditável unidade técnica, que avaliará a conveniência
(abrangência), e a oportunidade de propor nova ação de
• a configuração da amostra (extensão) e controle.
• a oportunidade dos exames.
G) PLANEJAMENTO E EXECUÇÃO DAS
G) PLANEJAMENTO E EXECUÇÃO DAS AUDITORIAS
AUDITORIAS Escopo da auditoria
Escopo da auditoria
• Nas situações em que os fatos sejam
Durante a execução, os auditores podem se incompatíveis com o objetivo ou com a
deparar com fatos que fogem ao escopo ou natureza da ação de controle, caberá ao
ao objetivo estabelecido para o trabalho ou titular da unidade técnica avaliar a
que sejam incompatíveis com a natureza da conveniência e a oportunidade de aprofundar
ação de controle, mas que, dada a sua os exames acerca das constatações, a fim de
importância, mereçam a atenção da equipe. que estas sejam devidamente
Nestes casos, as seguintes opções devem fundamentadas, levando em conta que não
ser consideradas: haja desvirtuamento da auditoria inicial em
termos de comprometimento do prazo e/ou
Nas situações em que os fatos relacionem-se dos exames planejados,
de forma clara e lógica com o objetivo e as

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• Ou propor a realização de outra ação de situação encontrada (ou condição), critério,


controle com vistas a concluir os exames dos causa e efeito.
fatos identificados.
Decorre da comparação da situação
- Na hipótese de aprofundamento dos encontrada com o critério e deve ser
exames no trabalho em andamento, o relato e devidamente comprovado por evidências. O
as propostas de encaminhamento deverão achado pode ser negativo, quando revela
ser feitos em processo apartado. impropriedade ou irregularidade, ou positivo,
quando aponta boas práticas de gestão.
G) PLANEJAMENTO E EXECUÇÃO DAS
AUDITORIAS Achados negativos podem envolver
Programas e procedimentos de auditoria impropriedades e irregularidades.

Deve ser desenvolvido e documentado um G) PLANEJAMENTO E EXECUÇÃO DAS


plano para cada trabalho de auditoria, que AUDITORIAS
evidenciará o objetivo, o escopo, o prazo e a Desenvolvimento dos achados
alocação de recursos, além de programas de
auditoria que alcancem os objetivos, O desenvolvimento dos achados é o processo
aprovados antes do início da execução. mais importante de uma auditoria, pois são
No TCU, os programas de auditoria devem eles que fundamentam as conclusões e as
ser documentados em matrizes de propostas de encaminhamento que serão
planejamento e, no que couber, de possíveis submetidas ao Tribunal e, posteriormente,
achados. comunicadas aos responsáveis e demais
interessados.
G) PLANEJAMENTO E EXECUÇÃO DAS
AUDITORIAS Um achado de auditoria deve ser:
Programas e procedimentos de auditoria
I. ser relevante para os objetivos da auditoria
O programa de auditoria, elaborado com base para que mereça ser relatado;
nos elementos obtidos na visão geral do II. ser apresentado de forma objetiva e estar
objeto, objetiva estabelecer, diante da devidamente fundamentado em evidências;
definição precisa dos objetivos do trabalho, a III. apresentar consistência de modo a
forma de alcançá-los e deve evidenciar: mostrar-se convincente a quem não participou
do trabalho.
1. o objetivo e o escopo da auditoria;
2. o universo e a amostra a serem G) PLANEJAMENTO E EXECUÇÃO DAS
examinados; AUDITORIAS
3. os procedimentos e as técnicas a serem Desenvolvimento dos achados
utilizados, os critérios de auditoria, as
informações requeridas e suas fontes, as O desenvolvimento dos achados de auditoria
etapas a serem cumpridas com respectivos deve contemplar, no mínimo, os seguintes
cronogramas; aspectos:
4. a quantificação dos recursos necessários à
execução do trabalho. 1. situação encontrada
2. critério de auditoria
G) PLANEJAMENTO E EXECUÇÃO DAS 3. causa
AUDITORIAS 4. efeitos reais e potenciais
Desenvolvimento dos achados 5. evidências

Achado de auditoria é qualquer fato G) PLANEJAMENTO E EXECUÇÃO DAS


significativo, digno de relato pelo auditor, AUDITORIAS
constituído de quatro atributos essenciais:

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O desenvolvimento dos achados de auditoria Distribuição desigual de leitos entre os


deve contemplar, no mínimo, os seguintes estados da federação (a região sudeste
aspectos: dispõe de 0,53 leitos por mil habitantes,
enquanto na região norte o índice é 0,04).
- SITUAÇÃO ENCONTRADA: situação
existente, identificada durante a fase de Efeitos:
execução. Deve contemplar o período de Deficiência de atendimento em locais com
ocorrência do achado; baixo índice de leitos.

- CRITÉRIO DE AUDITORIA: indica o estado G) PLANEJAMENTO E EXECUÇÃO DAS


requerido ou desejado ou a expectativa em AUDITORIAS
relação a uma situação objeto de auditoria, Evidências
reflete como “deveria ser”, que o auditor
compara com a situação encontrada; As evidências, elementos essenciais e
comprobatórios do achado, devem ser
G) PLANEJAMENTO E EXECUÇÃO DAS suficientes e completas de modo a permitir
AUDITORIAS que terceiros, que não participaram do
trabalho de auditoria, cheguem às mesmas
- CAUSA: identifica a razão ou a explicação conclusões da equipe;
para a situação encontrada ou o fator ou
fatores responsáveis pela diferença entre Adequadas e fidedignas, gozando de
essa e o critério de auditoria. A causa é o autenticidade, confiabilidade e exatidão da
elemento sobre o qual incidirão as ações fonte; pertinentes ao tema e diretamente
corretivas que serão propostas, pois relacionadas com o achado.
representa a origem da divergência que se As evidências testemunhais devem, sempre
observa entre a situação encontrada e o que possível, ser reduzidas a termo e
critério; corroboradas por outras evidências.

- EFEITOS REAIS E POTENCIAIS: identifica São atributos das evidências: validade,


os resultados ou as consequências para a confiabilidade, relevância e suficiência.
entidade, o erário ou para a sociedade, da
discrepância entre a situação encontrada e o
critério. Subdividem-se em duas classes: os
efeitos reais, ou seja, aqueles efetivamente
verificados, e os efeitos potenciais (riscos),
aqueles que podem ou não se concretizar.

- EVIDÊNCIAS: conforme tratado no tópico


seguinte.

Exemplo de achado de auditoria


G) PLANEJAMENTO E EXECUÇÃO DAS
Achado – Insuficiência de leitos psiquiátricos AUDITORIAS
na maior parte dos estados brasileiros. Documentação da auditoria

Critério – A quantidade de leitos psiquiátricos Os papéis de trabalho devem conter, quando


estabelecida pela Organização Mundial de aplicável, as seguintes informações:
Saúde é de 0,43 por mil habitantes.
I. Nome da entidade, identificação do objeto
Condição – O Brasil tem, em média, 0,37 auditado, título e objetivo;
leitos psiquiátricos por mil habitantes. II. Unidade utilizada na apresentação dos
valores e origem das informações;
Causas:

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RODRIGO FONTENELLE

III. Critério de seleção aplicado na escolha da evidências apresentadas, se necessário com


amostra, data-base das informações ou aplicação de procedimentos.
período abrangido e seu tamanho;
IV. Comentários, se for o caso, e assinaturas IV - NORMAS RELATIVAS À
de quem elaborou e revisou; COMUNICAÇÃO DE RESULTADOS
A) RELATÓRIO DE AUDITORIA
G) PLANEJAMENTO E EXECUÇÃO DAS
AUDITORIAS Comunica aos leitores o objetivo e as
Documentação da auditoria questões de auditoria, o escopo e as
limitações de escopo, a metodologia utilizada,
Um papel de trabalho informativo não é os achados de auditoria, as conclusões e as
sinônimo de papel de trabalho com excesso propostas de encaminhamento.
de dados e informações.
Ao final da auditoria, todos os papéis de Inclui apenas informações relevantes para os
trabalho obtidos devem ser classificados em objetivos da auditoria, devidamente apoiadas
transitórios ou permanentes: por evidências adequadas e pertinentes.

• transitórios são aqueles necessários ao Os relatórios devem ser minuciosamente


trabalho somente por um período limitado, revisados pelo coordenador da equipe de
para assegurar a execução de um auditoria e pelo auditor responsável pela
procedimento ou a obtenção de outros papéis supervisão do trabalho.
de trabalho subsequentes.
B) ESTRUTURA E CONTEÚDO DOS
• todos os demais papéis de trabalho obtidos, RELATÓRIOS
não classificados como transitórios, são
considerados como papéis de trabalho De maneira geral, os relatórios de auditoria
permanentes. devem contemplar:
I. a deliberação que autorizou a auditoria e as
G) PLANEJAMENTO E EXECUÇÃO DAS razões que motivaram a deliberação, se
AUDITORIAS necessário;
Utilização do trabalho de terceiros II. uma declaração de conformidade com as
NAT;
• A responsabilidade dos auditores não é III. o objetivo e as questões de auditoria;
reduzida pela utilização desses trabalhos. IV. a metodologia da auditoria, o escopo e as
limitações de escopo;
A unidade técnica coordenadora do trabalho V. a visão geral do objeto da auditoria,
deve obter do especialista o seu compromisso revisada após a execução;
de manutenção de confidencialidade, bem VI. os resultados da auditoria, incluindo os
como tomar as precauções necessárias para achados, as conclusões, os benefícios
que ele atue em consonância com as NAT. estimados ou esperados, o volume de
recursos fiscalizados e as propostas de
G) PLANEJAMENTO E EXECUÇÃO DAS encaminhamento;
AUDITORIAS VII. a natureza de qualquer informação
Utilização do trabalho de terceiros confidencial ou sensível omitida, se aplicável.
Responsabilidade do auditor pelas
constatações de especialistas: C) REQUISITOS DE QUALIDADE DOS
Caso as constatações apontadas nos RELATÓRIOS
trabalhos de outros auditores sejam utilizadas
nos trabalhos do Tribunal, a equipe de Na redação do relatório de auditoria os
auditoria assume integral responsabilidade auditores devem orientar-se pelos seguintes
pela veracidade dos fatos, devendo se requisitos de qualidade:
assegurar de que compartilha das conclusões
apresentadas, mediante revisão das • clareza

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• convicção estenda mais do que o necessário para


• concisão respaldar a mensagem.
• completude
• exatidão O relatório não deve exceder trinta páginas,
• relevância excluídos a folha de rosto, o resumo, o
• tempestividade sumário, as listas de figuras e tabelas, os
• objetividade anexos e os documentos juntados, exceto
quando houver achados de alta complexidade
C) REQUISITOS DE QUALIDADE DOS ou em grande quantidade, a critério do titular
RELATÓRIOS da unidade técnica coordenadora da
auditoria;
CLAREZA: produzir textos de fácil
compreensão. Evitar a ambiguidade e C) REQUISITOS DE QUALIDADE DOS
restringir ao máximo a utilização de RELATÓRIOS
expressões em outros idiomas, exceto
quando se tratar de expressões que já se COMPLETUDE: apresentar toda a
tornaram corriqueiras. Quando possível, informação e todos os elementos necessários
utilizar ilustrações, figuras e tabelas. para satisfazer os objetivos da auditoria,
permitir a correta compreensão dos fatos e
Usar palavras e expressões em seu sentido situações relatadas.
comum, usar frases curtas e concisas.
Construir orações na ordem direta, EXATIDÃO: apresentar as necessárias
preferencialmente na terceira pessoa, evidências para sustentar seus achados,
evitando adjetivações dispensáveis. conclusões e propostas, procurando não
deixar espaço para contra argumentações. A
C) REQUISITOS DE QUALIDADE DOS exatidão é necessária para assegurar ao leitor
RELATÓRIOS que o que foi relatado é fidedigno e confiável.

CONVICÇÃO: expor os achados e as C) REQUISITOS DE QUALIDADE DOS


conclusões com firmeza, demonstrando RELATÓRIOS
certeza da informação comunicada, evitando
RELEVÂNCIA: expor apenas aquilo que tem
palavras ou expressões que denotem
importância dentro do contexto e que deve
insegurança, tais como “SMJ”, “supõe-se”, ser levado em consideração em face dos
“parece que”, “deduzimos”, “achamos”, “há objetivos da auditoria. Não se deve discorrer
indícios”, “talvez”, “entendemos”, “esta equipe sobre fatos ou ocorrências que não
de auditoria entende que...”,“foi informado a contribuem para as conclusões e não
esta equipe de auditoria que...”, “ouvimos resultem em propostas de encaminhamento.
dizer”, “conforme declarações verbais”, “boa
TEMPESTIVIDADE: emitir tempestivamente
parte”, “alguns”, “diversos” “a maioria”,
os relatórios de auditoria para que sejam mais
“muitas/vários/inúmeros”, úteis aos leitores destinatários.
“aparenta/aparentemente”.
OBJETIVIDADE: no sentido de
C) REQUISITOS DE QUALIDADE DOS imparcialidade. A credibilidade de um relatório
RELATÓRIOS é reforçada quando as evidências são
apresentadas de forma imparcial. A
CONCISÃO: ir direto ao assunto, utilizando comunicação deve ser justa e não enganosa,
linguagem sucinta, transmitindo o máximo de resguardando-se contra a tendência de
informações de forma breve, exata e precisa. exagerar ou superenfatizar deficiências.
Não devem ser utilizados comentários entre
aspas com sentido dúbio ou irônico. Ser D) DECLARAÇÃO DE CONFORMIDADE
conciso significa que o relatório não se COM AS NAT

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contidas no tópico “desenvolvimento dos


Os relatórios de auditoria devem incluir uma achados”, especialmente no tocante a seus
declaração dos auditores de que os trabalhos atributos essenciais e representam o principal
foram realizados em conformidade com as capítulo do relatório. Para sua elaboração,
NAT, desde que todos os requisitos nelas deve-se utilizar a matriz de achados, papel de
previstos tenham sido observados. trabalho que estrutura o desenvolvimento dos
achados. Cada achado deve ser descrito com
Quando não seguirem as NAT na íntegra ou base nos seguintes elementos, quando
segui-las com restrições ou adaptações, aplicável:
como nas situações em que tiverem ocorrido
limitações de escopo em função de restrições I. descrição ou basicamente o título do
de acesso a registros oficiais do governo ou achado;
de outras condições específicas necessárias II. situação encontrada;
para conduzir a auditoria, os auditores devem III. objetos nos quais foi constatado;
declarar no relatório os requisitos que não IV. critério de auditoria adotado;
foram seguidos, as razões para não terem V. evidências;
seguido e como isso afetou ou pode ter VI. causas;
afetado os objetivos, os resultados e as VII. efeitos reais ou potenciais;
conclusões da auditoria. VIII. responsável: qualificação, conduta, nexo
de causalidade e culpabilidade;
E) OBJETIVOS DA AUDITORIA, ESCOPO, IX. esclarecimentos prestados pelos
METODOLOGIA E LIMITAÇÕES responsáveis;
X. conclusão da equipe de auditoria;
Os auditores devem incluir no relatório o XI. proposta de encaminhamento.
objetivo da auditoria, o escopo, a metodologia
utilizada e as limitações, estas se tiverem Os auditores devem relatar seus achados
ocorrido, ou uma declaração de que nenhuma numa perspectiva de descrever a natureza e
restrição significativa foi imposta aos exames. a extensão dos fatos e do trabalho realizado
que resultou na conclusão.
Os usuários do relatório precisam dessas
informações para entender o propósito da Em auditorias operacionais, a forma de
auditoria, a natureza e a extensão dos apresentação dos achados pode diferir da
trabalhos de realizados, o contexto e utilizada em auditorias de conformidade,
perspectiva sobre o que é relatado, e todas as podendo, inclusive variar entre um e outro
limitações significativas ao trabalho realizado. trabalho.

F) DESCRIÇÃO DA VISÃO GERAL DO H) ESCLARECIMENTOS DE


OBJETO RESPONSÁVEIS

Os relatórios devem conter uma descrição Os esclarecimentos dos responsáveis acerca


das características do objeto de auditoria que dos achados preliminares de auditoria,
sejam necessárias à sua compreensão, consistentes em manifestações formais
objetivando oferecer ao leitor o conhecimento apresentadas por escrito em resposta a
e a compreensão necessária para um melhor ofícios de requisição da equipe de auditoria,
entendimento do relatório. A visão geral do deverão ser incorporados nos relatórios como
objeto, elaborada na fase de planejamento e um dos elementos de cada achado,
revisada após a fase de execução, atende a individualmente.
esse objetivo.
I) COMENTÁRIOS DOS GESTORES
G) APRESENTAÇÃO DOS ACHADOS
Nas auditorias operacionais, a regra é
Os achados de auditoria devem ser submeter o relatório preliminar aos
desenvolvidos com base nas orientações comentários dos gestores, inclusive os

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achados, as conclusões e as propostas de Os benefícios estimados ou esperados da


encaminhamento formuladas pela equipe. auditoria, tais como débito, multa, economia,
ganho, melhoria, apurados conforme critérios
Nas demais auditorias, o encaminhamento do estabelecidos em norma específica, ou a
relatório preliminar aos gestores é obrigatório expectativa de controle gerada, devem ser
se houver achados de alta complexidade ou consignados nos relatórios de auditoria. A
de grande impacto, e opcional nas demais equipe deve quantificar ou, se não for
situações, a critério do dirigente da unidade possível, estimar os benefícios que poderão
técnica. ser obtidos, caso as ações contidas nas
propostas venham a ser adotadas.
I) COMENTÁRIOS DOS GESTORES
O montante de recursos efetivamente
O relatório preliminar a ser submetido aos auditado deve ser consignado nos relatórios
gestores deve ser antes revisado pelo de auditoria, sob a denominação volume de
supervisor e deve ser remetido por intermédio recursos fiscalizados (VRF), conforme
de ofício da unidade técnica, estipulando-se critérios de apuração estabelecidos em norma
prazo reduzido, porém factível, para que os específica.
gestores encaminhem seus comentários.
L) CONCLUSÕES
O ofício deve informar que a obtenção desses
comentários não representa abertura do A força das conclusões dos auditores
contraditório e, portanto, não significa depende da suficiência e da adequação das
exercício de direito de defesa, o qual, se evidências que suportam os achados e da
necessário, poderá ser exercido nas etapas solidez da lógica utilizada para formulá-las. As
processuais posteriores. Deve, ainda, conclusões são mais fortes quando levam a
esclarecer que a não apresentação dos propostas de encaminhamento cujos usuários
comentários, no prazo estipulado, não do relatório concordam com a necessidade
impedirá o andamento normal do processo das proposições.
nem será considerada motivo de sanção.
As conclusões do relatório são afirmações da
J) RELATO DE INFORMAÇÕES equipe, deduzidas dos achados.
CONFIDENCIAIS OU SENSÍVEIS
L) CONCLUSÕES
Sempre que o relato envolver informações
sensíveis ou de natureza confidencial, Em auditorias operacionais, as conclusões
sobretudo se a publicação dessas são inferências lógicas sobre a
informações puder comprometer economicidade, eficiência, eficácia e
investigações ou procedimentos legais em efetividade de organizações, programas ou
curso, ou que possam ser realizados, a atividades governamentais, com base nos
equipe deverá consultar o titular da unidade achados.
técnica sobre a necessidade de tratar o
processo como sigiloso. Informações e A conclusão não é apenas um resumo dos
documentos protegidos por sigilo achados, devendo-se destacar, de forma
constitucional ou legal somente poderão equilibrada, os pontos fortes do objeto de
integrar autos de processos de controle auditoria, as principais oportunidades de
externo mediante autorização judicial para melhoria de desempenho e os possíveis
seu compartilhamento. benefícios esperados quantificando-os,
sempre que possível, em termos de economia
K) BENEFÍCIOS ESTIMADOS OU de recursos ou de outra natureza de melhoria.
ESPERADOS E VOLUME DE RECURSOS Devem ser relatadas as dificuldades
FISCALIZADOS enfrentadas pelos gestores e destacadas as
iniciativas positivas por eles empreendidas no
sentido de superar as dificuldades.

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M) PROPOSTAS DE ENCAMINHAMENTO 1 - (CESPE/TCU/2013) - A revisão do


trabalho de auditoria pelo coordenador da
As propostas de deliberação devem ser equipe é realizada posteriormente à
consistentes com os achados, decorrendo emissão do relatório preliminar, no qual
logicamente destes e das conclusões e todos os aspectos relevantes são
focando nas causas identificadas. devidamente caracterizados e
Na proposta de encaminhamento, para cada comunicados, independentemente de as
achado de auditoria, decorrente ou não de irregularidades ou impropriedades terem
questões de auditoria, podem ser sido ou não sanadas.
formuladas, conforme o caso, proposições
de recomendações, determinações, medidas
saneadoras, medidas cautelares, dentre
outras previstas legal ou regimentalmente.
2 - (CESPE/TCU/2011) - Julgue os
As propostas de determinação e de próximos itens, a respeito das normas de
recomendação devem ser formuladas auditoria do TCU, da auditoria de
focando “o quê” deve ser aperfeiçoado ou regularidade e operacional e dos
corrigido e não “o como”, dado à instrumentos de fiscalização.
discricionariedade que cabe ao gestor e ao A CF, ao conferir ao TCU competência
fato de que a equipe de auditoria não detém a para realizar, inclusive por conta própria,
única ou a melhor solução para o problema auditorias de natureza operacional,
identificado. reconheceu que, além de o controle
externo ter como balizamento para sua
N) MONITORAMENTO DE DELIBERAÇÕES atuação fiscalizadora os aspectos de
legalidade, legitimidade e economicidade,
As deliberações proferidas pelo Tribunal deve também contemplar os critérios da
devem ser devidamente acompanhadas eficiência — com status de princípio
quanto ao seu cumprimento ou à sua constitucional da administração pública —
implementação, observando-se que as , eficácia e efetividade.
determinações endereçadas aos
jurisdicionados serão obrigatoriamente
monitoradas e as recomendações o serão a
critério do Tribunal, do relator ou da unidade 3 - (CESPE/TCU/2011) - Julgue os
técnica. próximos itens, a respeito das normas de
auditoria do TCU, da auditoria de
O) DISTRIBUIÇÃO DE RELATÓRIOS regularidade e operacional e dos
instrumentos de fiscalização.
Os relatórios de auditoria destinam-se Durante a fase de execução dos trabalhos
exclusivamente aos relatores e à apreciação de auditoria, a equipe encarregada deve
dos colegiados do Tribunal; propostas para aplicar os procedimentos previstos na
envio a outros destinatários devem ser matriz de planejamento em busca dos
inclusas nas propostas de encaminhamento chamados achados. O achado é
do relatório. considerado negativo quando os indícios
de impropriedade ou irregularidade não
P) CRITÉRIOS PARA DIVULGAÇÃO DE produzem evidências.
RESULTADOS DE AUDITORIAS
Os resultados das auditorias só podem ser
divulgados após a apreciação pelos
colegiados, salvo expressa autorização do
relator ou dos próprios colegiados. 4 - (CESPE/TCU/2011) - Julgue os
próximos itens, a respeito das normas de
auditoria do TCU, da auditoria de

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regularidade e operacional e dos específica; falta de critério de


instrumentos de fiscalização. aceitabilidade dos preços unitário e global.
As determinações e recomendações do Nesse caso, a situação descrita caracteriza
TCU são monitoradas obrigatoriamente uma auditoria operacional.
pelos seus ministros e pelas unidades
técnicas.
Quando as devidas providências forem
adotadas, o resultado dos monitoramentos
deixará de ser considerado no 8 - (CESPE/TCU/2007) - O julgamento das
planejamento dos trabalhos subsequentes. contas dos gestores públicos em virtude
de danos ao erário decorrentes de atos de
gestão ilegítima ou antieconômica, ou por
desfalques ou desvio de dinheiros, bens e
valores públicos, é um meio de detecção
5 - (CESPE/TCU/2008) - Na auditoria de fraudes propiciado pela fiscalização
operacional realizada no âmbito de um adotada pelo TCU, e a modalidade
órgão ou programa governamental, os específica de auditoria que o TCU utiliza
critérios ou objetivos pelos quais para detectar fraudes é a auditoria de
eficiência e eficácia são medidas devem conformidade. Julgue CERTO ou ERRADO.
ser especificados pelos auditores e, não,
pela administração, e os pareceres
relativos a esses trabalhos não podem
conter recomendações ou sugestões.
Julgue CERTO ou ERRADO. 9 - (CESPE/TCU/2007) - Em uma situação
em que se avaliem dados e informações de
licitações e contratos, o sistema de
controle interno do Poder Executivo
federal deve, necessariamente, adotar os
6 - (CESPE/TCU/2008) - O achado de critérios de economicidade e efetividade.
auditoria deve estar fundamentado em Julgue CERTO ou ERRADO.
evidências juntadas ao relatório, sendo
estas elementos indiciários e
complementares que permitem a terceiros
chegarem a conclusões independentes
daquelas a que chegar a equipe de 10 - (CESPE/TCU/2007) - Suponha que uma
auditoria. auditoria, realizada em uma escola
agrícola federal subordinada ao Ministério
da Educação, tenha constatado falhas e
deficiências na área orçamentário-
financeira, no sistema escola-fazenda e na
7 - (CESPE / TCU / 2007) – Considere-se área de recursos humanos.
que, em cumprimento a decisão do TCU, Nessa situação hipotética, a auditoria
tenha sido elaborado relatório de auditoria descrita é um exemplo de auditoria de
na área de licitações e contratos de natureza operacional, que abrange,
determinado tribunal e tenham sido inclusive, avaliação de programas, o que
constatadas as seguintes falhas na permite à equipe de auditoria pronunciar-
condução de procedimentos licitatórios: se sobre o aumento da evasão escolar em
edital de licitação com imposições virtude da situação. Julgue CERTO ou
restritivas à competição; prévio ERRADO.
cadastramento de licitantes no sistema
integrado de cadastramento unificado de
fornecedores; exigências, durante a fase
de habilitação de licitantes, de
documentos não-previstos em lei

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Acerca das normas relativas aos tribunais


de contas, julgue os itens subsequentes.
11 - (CESPE/TCE-RO/2013) - O tribunal de
contas pode contratar consultores ou 15 - (CESPE/TCE-RO/2013) - O profissional
especialistas de procedência externa para de auditoria governamental designado
executar trabalho limitado ao escopo para a realização de um trabalho em órgão
definido pelo servidor do quadro do ou entidade da administração não poderá
tribunal de contas responsável pelos recusá-lo, devendo-se considerar que a
trabalhos de auditoria governamental. seleção para o cargo exige formação
multidisciplinar e as equipes são
interdisciplinares, sem prejuízo da
requisição de especialistas em outras
áreas.
12 - (CESPE/TCE-RO/2013) - A função dos
tribunais de contas é a verificação do
cumprimento da regularidade e da
execução dos programas sob a
responsabilidade dos órgãos e entidades 16 - (CESPE/TCE-RO/2013) - A
governamentais. Consequentemente, responsabilidade do profissional de
recomendações de caráter gerencial, auditoria governamental alcança as áreas
visando à melhoria dos processos administrativa, civil e penal, podendo
operacionais, cabem exclusivamente à atingi-lo mesmo em casos caracterizados
auditoria interna e às assessorias apenas por negligência, imperícia ou
especializadas. imprudência.
As responsabilidades éticas perante os
usuários internos e externos devem
constar no Código de Ética Profissional,
sendo definidas em normas legais e
13 - (CESPE/TCE-RO/2013) - O tribunal de regulamentares.
contas, que tem a responsabilidade de
manter sua independência e objetividade
em todas as fases do trabalho de auditoria
governamental, não deverá deixar-se
influenciar pelas demandas sociais. 18 - (CESPE/TCE-ES/2012) - Nos exames
realizados na auditoria de regularidade,
devem ser respeitados, além do princípio
da legalidade, os critérios de
economicidade, eficiência, eficácia,
Com relação às normas relativas aos efetividade, equidade, ética e proteção ao
profissionais de auditoria governamental, meio ambiente. Julgue CERTO ou
julgue os itens a seguir. ERRADO.

14 - (CESPE/TCE-RO/2013) - O profissional
de auditoria governamental deve aplicar
todos os procedimentos recomendados
para cada tipo de auditoria 19 - (CESPE/TCDF/2012) - Acerca das
especificamente e não se desviar deles, normas de auditoria governamental
nem reduzir a extensão ou profundidade aplicáveis ao controle externo, julgue os
dos exames, exceto por questões de itens subsequentes.
tempo e programação definidas pelas A responsabilidade do auditor
circunstâncias internas ou externas. governamental inclui avaliar a eficácia, a
eficiência, a equidade e a proteção
ambiental na aplicação dos recursos
públicos, por parte do gestor público, na

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sua gestão orçamentária, financeira, 24 - (FCC/TCM-GO/2015) - As Normas de


econômica, patrimonial e operacional. Auditoria, NAT do TCU apresentam
recomendações referentes aos relatórios
de auditoria. “Apresentar, entre outras,
toda a informação e todos os elementos
necessários para satisfazer os objetivos
20 - (CESPE/TCDF/2012) - Acerca das da auditoria, permitir a correta
normas de auditoria governamental compreensão dos fatos e situações
aplicáveis ao controle externo, julgue os relatadas, prover os usuários do relatório
itens subsequentes. com uma compreensão suficientemente
Um dos objetivos específicos do tribunal íntegra. As relações entre objetivos,
de contas, ao efetuar suas auditorias critérios, achados e conclusões precisam
governamentais, é recomendar, quando ser expressas de forma clara e íntegra,
necessário, ações de caráter gerencial permitindo sua verificação” é a
visando a promoção da melhoria das característica de:
operações.
(A) tempestividade.
(B) completude.
(C) clareza.
21 - (CESPE/TCDF/2012) - O relatório de (D) convicção.
auditoria operacional de uma entidade (E) objetividade.
pública pode conter críticas relativas a
casos de desperdícios, exageros ou
ineficiências na aplicação de recursos
públicos. Julgue CERTO ou ERRADO. 25 - (FCC/TCM-GO/2015) - Os
procedimentos de auditoria incluem as
seguintes etapas: planejamento, avaliação
do sistema de controle interno, elaboração
22 - (CESPE/TCDF/2012) - Acerca das de papéis de trabalho, avaliação dos
normas de auditoria governamental riscos de auditoria, elaboração dos
aplicáveis ao controle externo, julgue os programas de trabalho, aplicação de testes
itens subsequentes. de controle e procedimentos substantivos,
Sendo a auditoria operacional etapa elaboração de relatórios e emissão do
preparatória para a auditoria de relatório ou certificado.
regularidade, devido às suas Um achado passa de indício à evidência,
peculiaridades, essas auditorias não quando atender aos requisitos de
podem, na prática, ser realizadas suficiente e completo, pertinente ao tema e
concomitantemente. diretamente relacionados com o achado,
sendo a evidência precedida dos atributos
de:

23 - (CESPE/SECONT-ES/2009) - Somente
por meio da auditoria operacional verifica-
se a efetividade e a aplicação de recursos (FCC/TCM-GO/2015)
externos, oriundos de agentes financeiros (A) contagem, confirmação, conferência e
e organismos internacionais. Julgue confronto com registros auxiliares.
CERTO ou ERRADO. (B) condição, caráter, capacidade de
colateral.
(C) legalidade, afetividade, legitimidade e
afetação.

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(D) inspeção, observação, recalculo e


reexecução.
(E) condição, critério, causa e
consequência. 28 - (ESAF / SEFAZ-SP / 2009) - Sobre a
auditoria de natureza operacional, é
correto afirmar:
A) tem por objetivo certificar as contas do
gestor público, apurando eventuais
26 - (FCC/TCE-RS/2014) - As informações responsabilidades.
contidas em trabalhos realizados por B) é realizada, tão somente, com base na
especialistas, que não componham a verificação das demonstrações contábeis.
equipe de auditoria do Tribunal de Contas, C) no âmbito da administração indireta, só
segundo as NAT, devem: pode ser realizada por auditores
(A) ser submetidas a segunda opinião para independentes contratados mediante
assegurar a confiabilidade. licitação.
(B) integrar o relatório como evidências D) compreende duas modalidades:
para os achados levantados pelos auditoria de desempenho operacional e
auditores. avaliação de programas.
(C) ser de responsabilidade integral dos E) é aplicável, apenas, no âmbito da
especialistas contratados. administração direta.
(D) ser assumidas integralmente pela
equipe de auditoria no que se refere à INSTRUMENTOS DE FISCALIZAÇÃO
responsabilidade pela veracidade dos
fatos, em qualquer circunstância. Lima (2007) explica que:
(E) ser de responsabilidade da unidade “Antes da Constituição de 1988, as
técnica coordenadora dos trabalhos de fiscalizações dos Tribunais de Contas
auditoria. restringiam-se a auditorias financeiras e
orçamentárias. A partir da nova Carta,
ampliaram-se as dimensões da fiscalização
exercida pelo controle externo, cabendo-lhe
examinar os aspectos de natureza contábil,
27 - (FCC / TRE-CE / 2012) – Segundo as financeira, orçamentária, patrimonial e
normas de auditoria do TCU, adotadas a operacional da gestão pública, sob os critérios
partir da Portaria no 280/2010, alterada da legalidade, legitimidade, economicidade,
pela Portaria 168/2011, em relação à eficiência, eficácia e efetividade.”
classificação das auditorias, aquela que
"objetiva examinar a economicidade, INSTRUMENTOS DE FISCALIZAÇÃO
eficiência, eficácia e efetividade de
organizações, programas e atividades Nesse sentido, o TCU vem desenvolvendo
governamentais, com a finalidade de “instrumentos de fiscalização”, que são
avaliar o seu desempenho e de promover o técnicas e ferramentas, com características
aperfeiçoamento da gestão pública" próprias, utilizadas no exercício de suas
classifica-se como auditoria: atribuições de fiscalização.
(A) de conformidade. De acordo com o disposto no Regimento
(B) contábil. Interno do TCU – RITCU –, os instrumentos
(C) operacional. que o Tribunal utiliza na realização de suas
(D) de sistema. atividades de fiscalização são os seguintes (L
(E) interna. – A – M – A – I):

- Levantamento;
- Auditoria;
- Monitoramento;

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- Acompanhamento; e Auditoria
- Inspeção; Definição do RITCU:
“Art. 239. Auditoria é o instrumento de
INSTRUMENTOS DE FISCALIZAÇÃO fiscalização utilizado pelo Tribunal para:
I – examinar a legalidade e a legitimidade dos
Art. 244 do RITCU, “As auditorias, atos de gestão dos responsáveis sujeitos a
acompanhamentos e monitoramentos sua jurisdição, quanto ao aspecto contábil,
obedecerão a plano de fiscalização elaborado financeiro, orçamentário e patrimonial;
pela Presidência, em consulta com os II – avaliar o desempenho dos órgãos e
relatores das listas de unidades entidades jurisdicionados, assim como dos
jurisdicionadas, e aprovado pelo Plenário em sistemas, programas, projetos e atividades
sessão de caráter reservado.” governamentais, quanto aos aspectos de
economicidade, eficiência e eficácia dos atos
INSTRUMENTOS DE FISCALIZAÇÃO praticados;
III – subsidiar a apreciação dos atos sujeitos a
Na sequência, no § 2º, esclarece que “Os registro.”
levantamentos e inspeções serão realizados
por determinação do Plenário, da câmara, do INSTRUMENTOS DE FISCALIZAÇÃO
relator ou, na hipótese do art. 28, inciso XVI,
do Presidente, independentemente de Inspeção
programação, observada a disponibilidade
dos recursos humanos e materiais Transcrição de trecho do RITCU:
necessários.” “Art. 240. Inspeção é o instrumento de
fiscalização utilizado pelo Tribunal para suprir
Assim, fica claro que os casos de auditorias, omissões e lacunas de informações,
acompanhamentos e monitoramentos (A – M esclarecer dúvidas ou apurar denúncias ou
- A) devem constar de plano de fiscalização representações quanto à legalidade, a
anterior, enquanto os levantamentos e legitimidade e à economicidade de fatos da
inspeções podem ser determinados pelos administração e de atos administrativos
referidos no § 2º. praticados por qualquer responsável sujeito à
sua jurisdição.”
INSTRUMENTOS DE FISCALIZAÇÃO
Levantamento INSTRUMENTOS DE FISCALIZAÇÃO
Acompanhamento
O RITCU trata do levantamento da seguinte
forma: RITCU:
“Art. 238. Levantamento é o instrumento de “Art. 241. Acompanhamento é o instrumento
fiscalização utilizado pelo Tribunal para: de fiscalização utilizado pelo Tribunal para:
I – conhecer a organização e o funcionamento I – examinar, ao longo de um período
dos órgãos e entidades da administração predeterminado, a legalidade e a legitimidade
direta, indireta e fundacional dos Poderes da dos atos de gestão dos responsáveis sujeitos
União, incluindo fundos e demais instituições a sua jurisdição, quanto ao aspecto contábil,
que lhe sejam jurisdicionadas, assim como Financeiro, orçamentário e patrimonial; e
dos sistemas, programas, projetos e
atividades governamentais no que se refere II – avaliar, ao longo de um período
aos aspectos contábeis, financeiros, predeterminado, o desempenho dos órgãos e
orçamentários, operacionais e patrimoniais; entidades jurisdicionadas, assim como dos
sistemas, programas, projetos e atividades
II – identificar objetos e instrumentos de governamentais, quanto aos aspectos de
fiscalização; e economicidade, eficiência e eficácia dos atos
III – avaliar a viabilidade da realização de praticados.”
fiscalizações.”

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INSTRUMENTOS DE FISCALIZAÇÃO
Monitoramento

O RITCU dispõe sobre monitoramento da


seguinte forma:
“Art. 243. Monitoramento é o instrumento de
fiscalização utilizado pelo Tribunal para
verificar o cumprimento de suas deliberações
e os resultados delas advindos.”
O monitoramento tem por objetivo verificar o
cumprimento das deliberações do Tribunal,
bem como os resultados delas advindos, ou
seja, seus benefícios efetivos.

INSTRUMENTOS DE FISCALIZAÇÃO INSTRUMENTOS DE FISCALIZAÇÃO


Monitoramento Monitoramento

A verificação do cumprimento de cada uma 6 - proposta de encaminhamento.


das deliberações monitoradas deve estar
estruturada sob os seguintes aspectos: Para deliberações de implementação
complexa, que envolvam grande número de
1 - Situação que levou à proposição da ações, etapas de implementação
deliberação, com ênfase na irregularidade, interdependentes, diversos órgãos/entidades
impropriedade, problema ou deficiência ou demandem prazo longo de monitoramento,
apontados; a fase de execução do primeiro
monitoramento pode ser utilizada para validar
2 - Providências adotadas e comentários dos o plano de ação apresentado pelos
gestores – que medidas foram tomadas pelos responsáveis e, ainda, para a elaboração de
responsáveis até a data do monitoramento; um plano de monitoramento.
esclarecimentos dos responsáveis acerca de O plano de monitoramento é o documento
obstáculos ou dificuldades encontrados, bem elaborado pela Unidade Técnica que registra
como sobre melhorias, em decorrência das a previsão de monitoramentos necessários
implementações. para a verificação do cumprimento das
deliberações.
3 - Análise – avaliação das medidas
implementadas em confronto com a situação Para cada monitoramento, deverá ser prevista
original; deve ficar claro o que foi cumprido, o a data provável para a realização do trabalho,
que está pendente de cumprimento, o que, o tempo estimado de duração e as principais
porventura, não é mais aplicável, bem como o ações a serem verificadas.
atendimento aos prazos estipulados.
Ao final da fase de execução, realiza-se a
4 - Evidências que fundamentem as reunião de encerramento, na qual a equipe
conclusões. apresenta verbalmente o grau de atendimento
das deliberações monitoradas ao gestor do
5 - Conclusão – deve ser informado o grau de órgão/entidade fiscalizado e outros
atendimento da deliberação, no período responsáveis, cuja participação seja
verificado, de acordo com as seguintes considerada oportuna.
categorias:
INSTRUMENTOS DE FISCALIZAÇÃO
Monitoramento

Sempre que possível, o grau de atendimento


das deliberações monitoradas deverá ser

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discutido com o supervisor, anteriormente à


reunião de encerramento.

Deve ser informado ao gestor que as 31 - (CESPE/TCU/2007) - Julgue os itens a


constatações são preliminares, podendo ser seguir, que tratam de metodologias
corroboradas ou alteradas em decorrência do empregadas em auditoria governamental e
aprofundamento da análise. da etapa de monitoramento do trabalho de
auditoria.
A apresentação do grau de atendimento das O monitoramento é um instrumento de
deliberações monitoradas na reunião de fiscalização exclusivo da auditoria, cujas
encerramento somente pode ser dispensada finalidades são desenvolver metodologias,
nos casos em que represente risco à equipe corrigir desvios e assegurar os objetivos
ou à consecução do objetivo da fiscalização. previstos.

Relatório é o instrumento formal e técnico por


intermédio do qual a equipe comunica aos
leitores: o objetivo; a metodologia utilizada; o 32 - (CESPE/TCU/2004) - Se um Ministro do
grau de atendimento das deliberações, as TCU desejar que a área técnica realize
conclusões e a proposta de encaminhamento. alguma auditoria, deverá enviar sua
solicitação ao presidente do tribunal, ao
qual, então, caberá determinar a realização
do trabalho. Julgue CERTO ou ERRADO.
29 - (CESPE/TCU/2013) - Acerca do tipo de
auditoria e dos instrumentos de
fiscalização, julgue o item subsequente.
Considere que, após o exame da prestação 33 - (FCC/DPE-RS/2013) - Em relação aos
de contas de uma entidade, o TCU tenha instrumentos de fiscalização utilizados
determinado uma série de providências pelo Tribunal de Contas da União no
para a regularização da situação dessa desempenho de sua função constitucional,
entidade. a auditoria é utilizada, dentre outros, para:
Nessa situação, a verificação do
cumprimento das deliberações e os (A) conhecer a organização e o
resultados delas advindos serão objeto de funcionamento dos órgãos e entidades da
inspeções. administração direta, indireta e
fundacional dos Poderes da União,
incluindo fundos e demais instituições que
lhe sejam jurisdicionadas, assim como dos
30 - (CESPE/TCU/2011) - Julgue os sistemas, programas, projetos e atividades
próximos itens, a respeito das normas de governamentais no que se refere aos
auditoria do TCU, da auditoria de aspectos contábeis, financeiros,
regularidade e operacional e dos orçamentários, operacionais e
instrumentos de fiscalização. patrimoniais.
As determinações e recomendações do
TCU são monitoradas obrigatoriamente - (FCC/DPE-RS/2013)
pelos seus ministros e pelas unidades (B) examinar a legalidade e a legitimidade
técnicas. Quando as devidas providências dos atos de gestão dos responsáveis
forem adotadas, o resultado dos sujeitos a sua jurisdição, quanto ao
monitoramentos deixará de ser aspecto contábil, financeiro, orçamentário
considerado no planejamento dos e patrimonial.
trabalhos subsequentes.

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(C) suprir omissões e lacunas de D) 3 – 2 – 1 – 4 – 5


informações, esclarecer dúvidas ou apurar E) 1 – 2 – 3 – 4 – 5
denúncias ou representações quanto à
legalidade, à legitimidade e à QUESTÕES EXTRAS
economicidade de fatos da administração
e de atos administrativos praticados por
qualquer responsável sujeito à sua
jurisdição.
36 - (XXX) - As Normas de Auditoria do
(D) examinar, ao longo de um período TCU – NAT – estão organizadas em quatro
predeterminado, sob aspecto orçamentário Capítulos, apresentando os Preceitos
e financeiro, os atos de gestão dos Básicos do Controle Externo, as Normas
responsáveis sujeitos a sua jurisdição. Gerais de Auditoria, as Normas relativas
ao Planejamento e à Execução e as
(E) avaliar, mediante solicitação do Poder Normas relativas à Comunicação de
Executivo Federal, o desempenho das Resultados.
empresas Estatais Dependentes quanto Além dos quatro capítulos, apresentam
aos aspectos da legalidade e legitimidade algumas bases conceituais, incluindo uma
dos atos praticados. definição de Auditoria e uma classificação
das Auditorias.

34 - (ESAF/TCU/2006) - Em relação aos


instrumentos de fiscalização utilizados 36 - (XXX) - Quanto à natureza das
pelo TCU, assinale a opção que aponta a auditorias, as Normas de Auditoria do TCU
correta correlação entre as colunas. as classificam em Auditorias de
regularidade, que objetivam examinar a
1) Levantamentos economicidade, eficiência, eficácia e
2) Auditorias efetividade de organizações, programas e
3) Inspeções atividades governamentais, com a
4) Acompanhamentos finalidade de avaliar o seu desempenho e
5) Monitoramentos de promover o aperfeiçoamento da gestão
pública; e as Auditorias operacionais, que
( ) Verificar o cumprimento das objetivam examinar a legalidade e a
deliberações do TCU e os resultados delas legitimidade dos atos de gestão dos
advindos. responsáveis sujeitos à jurisdição do
(ESAF/TCU/2006) Tribunal, quanto aos aspectos contábil,
( ) Avaliar, ao longo de um período financeiro, orçamentário e patrimonial.
predeterminado, o desempenho dos Compõem as auditorias de regularidade as
órgãos e entidades jurisdicionados, auditorias de conformidade e as auditorias
quanto aos aspectos de economicidade, contábeis.
eficiência e eficácia dos atos praticados.
( ) Suprir omissões e lacunas de
informações.
( ) Avaliar a viabilidade de realização de 37 - (XXX) - A Constituição Federal de 1988
fiscalizações. estabelece que o controle da gestão
( ) Subsidiar a apreciação dos atos contábil, financeira, orçamentária,
sujeitos a registro. operacional e patrimonial da União será
exercido pelo Tribunal de Contas da União,
A) 2 – 5 – 3 – 4 – 1 mediante Controle Externo, e pelo Sistema
B) 4 – 2 – 1 – 3 – 5 de Controle Interno de cada Poder, que
C) 5 – 4 – 3 – 1 – 2 será subordinado ao Tribunal de Contas

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da União, em vista da amplitude dos


trabalhos do Controle Externo.
41 - (XXX) - De acordo com as Normas de
Auditoria do TCU, ao término da fase de
execução, será realizada reunião de
38 - (XXX) - A credibilidade da auditoria no encerramento com os dirigentes e
setor público baseia-se na objetividade responsáveis da entidade auditada, ou
dos auditores no cumprimento de suas com representantes designados por eles,
responsabilidades profissionais. A para a apresentação verbal das principais
objetividade inclui ser independente, constatações do trabalho realizado,
manter uma atitude de imparcialidade, ter quando será mencionada a situação
honestidade intelectual e estar livre de encontrada, o critério de auditoria, as
conflitos de interesse. causas e os efeitos, fazendo-se menção às
Nesse sentido, caso uma equipe de conclusões e propostas de
auditores do TCU estivesse realizando um encaminhamento.
trabalho de auditoria em uma Autarquia e,
no decorrer da auditoria, participasse de
uma festa na casa de um dos dirigentes da
entidade auditada, não haveria problemas
de independência dos auditores, desde 42 - (XXX) - Em relação aos achados
que tivessem a consciência de que essa negativos definidos pelas Normas de
atitude não chegou a influenciar a opinião Auditoria do TCU, julgue a afirmativa a
emitida. seguir.
A comprovação de que um edital de
licitação foi publicado fora dos prazos
previstos na Lei nº 8.666/93 é considerada
uma irregularidade, enquanto o pagamento
39 - (XXX) - De acordo com as Normas de por serviços não prestados é considerado
Auditoria do TCU, o planejamento geral de uma impropriedade, do ponto de vista do
curto prazo considera os trabalhos a Controle Externo.
serem desenvolvidos dentro de um ano, A inclusão dos aspectos positivos do
enquanto o de longo prazo considera o objeto poderá levar a um melhor
período maior que um ano, e levam em desempenho por outras organizações do
conta a alocação da capacidade governo que lerem o relatório.
operacional, considerando todas as ações
de controle externo, de maneira integrada,
e as ações de capacitação necessárias
para lhes dar suporte.
43 - (XXX – 2011) - Os papéis de trabalho
são classificados pelas Normas de
Auditoria do TCU em temporários e
permanentes, dependendo do prazo que
40 - (XXX) - Todo o trabalho realizado pela deverão ficar arquivados até sua possível
equipe de auditoria, em todas as fases e destruição.
em todos os níveis, deve ser
adequadamente supervisionado,
independentemente da competência
individual dos auditores, para assegurar
que os objetivos sejam atingidos, a 44 - (XXX) - O capítulo 4 das Normas de
qualidade seja assegurada e as equipes se Auditoria do TCU trata da comunicação
desenvolvam. dos resultados. De acordo com o tema,
julgue a assertiva a seguir.

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O relatório de auditoria não deve


apresentar apenas aspectos negativos do
órgão ou entidade auditado, mas pode
reconhecer os aspectos positivos, se
aplicável aos objetivos da auditoria.
A inclusão dos aspectos positivos do
objeto poderá levar a um melhor
desempenho por outras organizações do
governo que lerem o relatório.

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