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STJ JURIS - Demonstrando Inequívoca Arbitrariedade Que Fere o Princípio Constitucional Da Igualdade.
STJ JURIS - Demonstrando Inequívoca Arbitrariedade Que Fere o Princípio Constitucional Da Igualdade.
200 - MS
(2018/0089265-1)
Documento: 1729031 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 23/08/2018 Página 2 de 5
CERTIDÃO DE JULGAMENTO
PRIMEIRA TURMA
AgInt no
Número Registro: 2018/0089265-1 PROCESSO ELETRÔNICO RMS 57.200 / MS
Relator
Exmo. Sr. Ministro SÉRGIO KUKINA
Presidente da Sessão
Exma. Sra. Ministra REGINA HELENA COSTA
Subprocurador-Geral da República
Exmo. Sr. Dr. FRANCISCO RODRIGUES DOS SANTOS SOBRINHO
Secretária
Bela. BÁRBARA AMORIM SOUSA CAMUÑA
AUTUAÇÃO
RECORRENTE : VINICIUS CETRARO MOREIRA
ADVOGADO : MOHAMED RENI ALVES AKRE - MS013033
RECORRIDO : ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL
PROCURADOR : ARLETHE MARIA DE SOUZA E OUTRO(S) - MS005071
AGRAVO INTERNO
AGRAVANTE : VINICIUS CETRARO MOREIRA
ADVOGADO : MOHAMED RENI ALVES AKRE - MS013033
AGRAVADO : ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL
PROCURADOR : ARLETHE MARIA DE SOUZA E OUTRO(S) - MS005071
CERTIDÃO
Certifico que a egrégia PRIMEIRA TURMA, ao apreciar o processo em epígrafe na
sessão realizada nesta data, proferiu a seguinte decisão:
"Retirado de Pauta por indicação do(a) Sr(a). Ministro(a)-Relator(a)."
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AgInt no RECURSO EM MANDADO DE SEGURANÇA Nº 57.200 - MS
(2018/0089265-1)
RELATÓRIO
(A) "a hipótese ora examinada versa sobre promoção por merecimento, a
qual se distingue da promoção por antiguidade. Portanto, sem razão o recorrente ao
utilizar precedentes deste Tribunal Superior para embasar a sua tese, uma vez que somente
a promoção do militar por antiguidade pode caracterizar ato administrativo vinculado. A
promoção por merecimento, por sua vez, é - regra geral - ato administrativo
discricionário" (fl. 591); e
(B) "como ato discricionário que é, sujeita-se à avaliação - até certo ponto
subjetiva - da autoridade competente, que decidirá sobre a conveniência e oportunidade
de sua efetivação. Se, por um lado, isto não significa que o Governador possa promover
qualquer pessoa a qualquer tempo, sem observância dos critérios e limites regulamentares
(pois discricionariedade não se confunde com arbitrariedade), é igualmente certo, de
outra mão, que o militar que atenda às exigências para ser promovido não tem, só por
isso, direito líquido e certo à desejada promoção" (fl. 591).
Nas razões do agravo interno, às fls. 598 a 616, a parte recorrente sustenta, em
síntese, que o exercício irregular da discricionariedade pelo Governador do Estado na escolha
daqueles que serão promovidos ao Posto de Coronel, sem a observância dos critérios legais,
implica violação de direito. Pontua que, tanto a Lei Complementar Estadual n° 53/90 quanto a Lei
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Estadual n° 61/80, que regulamentam a carreira e as promoções dos Policiais Militares e
Bombeiros Militares do Estado de Mato Grosso do Sul, contemplam, objetivamente, os critérios
promocionais a serem seguidos. Argumenta que a questão "cinge-se em demonstrar que a
promoção onde o recorrente foi preterido está em desacordo com os critérios objetivos
estipulados pela legislação estadual, a qual é organizada por expressa determinação
constitucional (art. 22, XXI)" (fl. 602).
Entende, ainda, que não houve a devida observância aos critérios objetivos e
legais determinados pela sistemática estadual de promoção dos Policiais Militares do Estado de
Mato Grosso do Sul, em afronta aos princípios da legalidade e da impessoalidade, ambos
previstos no art. 37, caput, da Constituição Federal.
É o relatório.
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AgInt no RECURSO EM MANDADO DE SEGURANÇA Nº 57.200 - MS
(2018/0089265-1)
VOTO
Já nas razões recursais, fls. 489 a 507, o agora agravante alegou preterição na
promoção por merecimento levada a efeito pelo Decreto "P" nº 5.201 de 16 de novembro de
2016, publicado no DOE nº 9.287 de 17 de novembro de 2016, ao argumento de que "a
promoção para o posto de Coronel QOBM deveria se dar apenas pelo critério de
merecimento, por expressa disposição legal, nos termos do art. 10, 'c' c/c art. 22, § 2º da
Lei nº 61/1980 e art. 52, parágrafo único, do Decreto nº 10.768/2002, uma vez que
inexiste a previsão da 'Livre Escolha' na sistemática estadual do Estatuto dos Policiais
Militares" (fl. 495), acenando com a necessidade de uniformização de jurisprudência e alegando
que o posicionamento desta Corte Superior é no sentido de que a ascensão na carreira militar é
ato administrativo vinculado .
Posta em ordem a questão a ser dirimida, a qual, repita-se, diz com a promoção
por merecimento, colho da subjacente legislação estadual que disciplina a espécie, verbis:
Nesse contexto, como ato discricionário que é, sujeita-se à avaliação – até certo
ponto subjetiva – da autoridade competente, que decidirá sobre a conveniência e oportunidade de
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sua efetivação. Se, por um lado, isto não significa que o Governador possa promover o militar a
qualquer tempo, sem observância dos critérios e limites regulamentares (pois discricionariedade
não se confunde com arbitrariedade), é igualmente certo, de outra mão, que o Tenente-Coronel
constante da Lista de Escolha, que atenda às exigências para ser promovido, não tem, só por
isso, direito líquido e certo à desejada promoção ao Posto de Coronel.
Nesse sentido:
A propósito:
Por todo o exposto, tenho que a argumentação da parte agravante não abala a
fundamentação da decisão recorrida, razão pela qual nego provimento ao presente agravo
interno.
É como voto.
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CERTIDÃO DE JULGAMENTO
PRIMEIRA TURMA
AgInt no
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Relator
Exmo. Sr. Ministro SÉRGIO KUKINA
Presidente da Sessão
Exma. Sra. Ministra REGINA HELENA COSTA
Subprocurador-Geral da República
Exmo. Sr. Dr. FRANCISCO RODRIGUES DOS SANTOS SOBRINHO
Secretária
Bela. BÁRBARA AMORIM SOUSA CAMUÑA
AUTUAÇÃO
RECORRENTE : VINICIUS CETRARO MOREIRA
ADVOGADO : MOHAMED RENI ALVES AKRE - MS013033
RECORRIDO : ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL
PROCURADOR : ARLETHE MARIA DE SOUZA E OUTRO(S) - MS005071
AGRAVO INTERNO
AGRAVANTE : VINICIUS CETRARO MOREIRA
ADVOGADO : MOHAMED RENI ALVES AKRE - MS013033
AGRAVADO : ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL
PROCURADOR : ARLETHE MARIA DE SOUZA E OUTRO(S) - MS005071
CERTIDÃO
Certifico que a egrégia PRIMEIRA TURMA, ao apreciar o processo em epígrafe na
sessão realizada nesta data, proferiu a seguinte decisão:
A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo interno, nos termos do voto do
Sr. Ministro Relator.
Os Srs. Ministros Regina Helena Costa (Presidente), Napoleão Nunes Maia Filho (que
ressalvou o seu ponto de vista) e Benedito Gonçalves votaram com o Sr. Ministro Relator.
Ausente, justificadamente, o Sr. Ministro Gurgel de Faria.
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