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Elaboração de Teste e Plano de Aula
Elaboração de Teste e Plano de Aula
ÍNDICE
Introdução ........................................................................................................................................ 3
PARTE I: ELABORAÇÃO, CORREÇÃO E ENTREGA DE UM TESTE ................................... 4
1.1. Conceito, objectivos e intervenientes da Avaliação ................................................................. 4
1.2. Modalidades da Avaliação ........................................................................................................ 5
1.3. Tipos de Avaliação ................................................................................................................... 5
1.4. Técnicas e Instrumentos de Avaliação ...................................................................................... 5
1.4.1. Definição de Teste ................................................................................................................. 6
1.4.2. Elaboração de Teste ............................................................................................................... 6
Exemplo do Plano de um teste ......................................................................................................... 8
1.4.3. Correcção e entrega do Teste ou entrega e correcção do teste? ........................................... 10
EXERCÍCIO .................................................................................................................................. 11
PARTE II: PLANIFICAÇÃO DUMA AULA .............................................................................. 12
2.1. Principais conceitos: Planificação, Plano, Aula e Plano de Aula ........................................... 12
2.2. Principais elementos do plano de aulas .................................................................................. 13
Esquema dum plano de aula Modelo ............................................................................................. 15
EXERCÍCIO .................................................................................................................................. 15
Conclusão....................................................................................................................................... 16
Bibliografia .................................................................................................................................... 17
Seminário de Capacitação dos Professores da E. S. de Nacala. Por: Tito Raimundo e Filomena Alberto Sarande
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Introdução
O Processo de Ensino e Aprendizagem é regido por princípios e normas que garantem melhor a
sua operacionalização. E porque os campos de aprendizagem são diversificados, existem as
linhas de orientação que são comuns, estas encontramos na Didáctica Geral e as particulares,
pautadas nas didácticas específicas.
A presente reflexão foca dois aspectos fundamentais do PEA que são avaliação e planificação,
por isso está subordinada pelos seguintes temas: Elaboração, correcção, entrega de um teste e
planificação duma aula.
Os conteúdos desenvolvidos são fruto de leitura e síntese de diferentes fontes didácticas que
abordam sobre a matéria, contextualizando à realidade actual do PEA na Escola Secundária de
Nacala Porto.
A estrutura da abordagem comporta duas partes enraizadas no tema. A primeira parte destaca a
elaboração, correcção e entrega de um teste e, a segunda parte contempla a planificação de uma
aula.
1
Processo de Ensino e Aprendizagem.
2
Instituto Nacional de Desenvolvimento da Educação.
3
Regulamento de Avaliação do Ensino Secundário.
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Segundo PILETTI (2006, p.197), existem várias técnicas e vários instrumentos de avaliação para
tal, por exemplo avaliação diagnostica pode se utilizar o pré-teste diagnóstico, a ficha de
observação ou qualquer outro instrumento elaborado pelo professor. Para a avaliação formativa
temos as observações, os exercícios, os questionários, as pesquisas. E finalmente, para a
avaliação sumativa, os dois tipos de instrumentos mais utilizados são as provas objectivas e as
provas subjectivas.
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A partir do teste: faz-se o balanço do desempenho do aluno, para verificar se ele desenvolveu as
competências prescritas; desenvolvem-se actividades de superação a partir do aproveitamento
alcançado pelo aluno e avalia-se o aluno com seu aproveitamento na base da escala de
classificação.
O teste pode ser escrito, oral/gestual ou prático. O teste deve ser corrigido, analisado e entregue
ao aluno até 7 dias após a sua realização.
Os resultados do teste oral/gestual devem ser registados nos instrumentos de registo de notas.
Para o aluno com Necessidades Educativas Especiais (NEE), o teste obedece critérios
específicos.
Para HAIT (2003, p.296), quando mais dados o professor poder colher no teste, utilizando os
instrumentos variados e adequado aos objectivos propostos, tanto mais informações terá a seu
dispor para replanejar o seu trabalho e orientar a aprendizagem dos alunos.
Por isso, ao elaborar o teste deve considerar os níveis ou categorias de habilidades cognitivas. De
acordo com a classificação de BLOOM4 apud PILETTI (2003, p.197), constituim os principais
níveis ou categorias de habilidades cognitivas:
d) Análise – capacidade de dividir a informação complexa nas suas partes, analisar a relação
entre as partes e o modo como formam um todo. As capacidades a adquirir são: analisar,
4
A Taxonomia de Bloom é uma hierarquia. Cada categoria é baseada no que está abaixo. Por exemplo, a aplicação
depende na compreensão que, por sua vez, depende no conhecimento. Ou mais simplesmente: só se pode aplicar uma
coisa quando se a compreende; e só se pode compreender uma coisa quando se tem conhecimento dela.
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f) Avaliação – implica dar opiniões e tomar decisões (julgar o valor do conhecimento). Não
pode haver uma única “resposta correcta”. As capacidades a adquirir são: avaliar, criticar,
aferir, justificar, julgar, comparar, defender, detectar, escolher, estimar, explicar,
seleccionar, etc.
Escola __________________________________________________
Disciplina: _______________________________________________
Classe:___________________________________________________
Turmas: _________________________________________________
Tipo de Avaliação _________________________________________
Professor:________________________________________________
Complete a seguinte
frase usando uma
03 palavra para cada Empregar
espaço: correctamente as Sozinho e
acompanhado, palavras que acompanhado. 3.0 Aplicação
ninguém, não completam o sentido
acompanhado, frase.
sozinho.
Mais vale ______
do que mal
___________.
04 Assinala com V
(verdadeiro) ou F Distinguir a
(falso) a sequência sequência lógica da A–F Análise
lógica da formação formação duma B–V
de uma frase: frase. C-F 3.0
A Verbo, objecto e
sujeito.
B Sujeito, verbo e
objecto.
C Objecto, verbo e
sujeito.
05 Dentre várias
definições da Sintetizar a Amor a
Filosofia, é comum definição da sabedoria 4.0 Síntese
que a palavra Filosofia.
Filosofia,
etimologicamente
significa...
06 “Todos indivíduos
são iguais perante a Avaliar a
lei.” classificação Nome e 3.0
Classifique morfológica das preposição Avaliação
morfologicamente as palavras.
palavras sublinhadas?
Na hora de elaborar o teste é preciso utilizar o conteúdo ministrado em sala de aula e sua forma
de apresentação. O ideal é evitar surpresas, porque elas tendem a levar o aluno ao erro.
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Ao escrever perguntas para testes use verbos como definir, descrever, nomear, seleccionar,
mostrar, fornecer uma definição ou escolher a resposta correcta, porque são concretos e o aluno
entende claramente o que se espera deles nestas perguntas.
A adequada correcção de provas, assim como a revisão dos resultados obtidos, pode ajudar a
identificar conceitos e métodos com os quais os alunos estão tendo dificuldade; ou pode ainda
destacar questões bem ou mal construídas.
Os primeiros quatro (4) níveis (Excelente, Muito Bom, Bom e Satisfatório) são considerados
positivos e o último (Não Satisfatório) é negativo.
O professor deve registar, durante o ano, todas as classificações na caderneta e mapa de avaliação
do professor que incluem a apreciação geral do nível de assimilação bem como a classificação
qualitativa e quantitativa.
Recordar que o teste deve ser corrigido, analisado e entregue ao aluno até 7 dias após a sua
realização.
O professor deve fazer a entrega presencialmente o teste ao aluno e mostrar disponibilidade para
a sua reclamação, caso necessário.
Para mais eficiência da correcção do teste, é prático o professor primeiro entregar a prova ao
alunos e depois fazer a respectiva correcção.
EXERCÍCIO
Cada grupo de disciplina vai elaborar uma pergunta de um dos níveis cognitivos, segundo a
taxonomia de Bloom.
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Diante disso, o interesse desta reflexão pelo tema, deveu-se não só pelo que ele tem de
importância, como também pela busca por maiores conhecimentos para sua formação
profissional.
Ainda, de acordo com LIBÂNEO (1994, p. 24), “plano é um documento utilizado para o registo
de decisões do tipo: o que se pensa fazer, como fazer, quando fazer, com que fazer, com quem
fazer”. Para existir plano é necessária a discussão sobre fins e objetivos, culminando com a
definição dos mesmos, pois somente desse modo é que se pode responder às questões indicadas
acima.
Aula é um conjunto dos meios e condições pelos quais o professor dirige e estimula o processo
de ensino em função da actividade própria do aluno no processo de aprendizagem escolar, ou
seja, a assimilação consciente e activa dos conteúdos (Cfr. LIBÂNEO, 1994, p.177).
Por isso, a aula é toda situação didáctica na qual se põem objectivos, conhecimentos, problemas,
desafios com fins instrutivos e formativos que incitam as crianças e jovens a aprender
Nestes termos, NÉRICE (1991, p.97) sustenta que o “plano de aula é um projecto de actividades,
destina-se a indicar elementos concretos de realização da unidade didáctica e consequentemente
do plano do curso”.
Por isso, mesmo para um professor experiente, é impossível entrar em sala de aulas sem antes
planificar a aula. É por isso que os profissionais que entendem bastante de didática insistem na
idéia de planificação como algo que requer horário, discussão, esquematização e certa
formalidade. Agindo-se, assim, tem-se uma garantia de que as aulas vão ganhar qualidade e
eficiência.
PILLETTE (2007) suatenta que: o plano de aula é a forma predominante do PEA. “É na aula
que organizamos e criamos as situações docentes, isto é, as condições e meios necessários para os
alunos assimilarem activamente conhecimentos, habilidades e desenvolvam suas capacidades
cognitivas.”
b) Tempo – em cada função didáctica deve haver uma determinação de tempo mediante a
manipulação do conteúdo projectado.
f) Conteúdo – refere-se aos tópicos significativos mais importantes que serão objecto de
estudo durante a aula.
g) Metodologia – a escolha das estratégias deve ser decorrente/estar coerente com o que
visam os objectivos (essas estratégias permitem ao aluno atingir aqueles objectivos).
Podem ser: expositivo, elaboração conjunta ou trabalho independente.
Objectivos específicos:
Tempo Função didáctica Conteúdo Actividades Métodos Recursos
Professor Aluno
Introdução e
Motivação
Mediação e
Assimilação
Domínio e
consolidação
Controlo e Avaliação
EXERCÍCIO
Cada grupo de disciplina elaborar um plano de aula.
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Conclusão
A avaliação desempenha um papel preponderante para a compreensão das mudanças verificadas
durante o processo de ensino-aprendizagem. É através da avaliação que o professor procura tirar
as dúvidas existentes e compreende os seus alunos no que diz respeito ao seu crescimento em
termos de educação.
É através dos testes que o professor orienta de forma válida as decisões individuais e colectivas.
Para conhecer um certo algo equivale o avaliá-lo, atribuir-lhe um valor.
Deste modo, este trabalho é voltado para todos os professores, atuantes ou em formação, para que
tenham maior compreensão sobre a necessidade de se planificar, num processo interativo,
coletivo e que, principalmente, apontem caminhos para a reflexão sobre questões que envolvem o
plano de aula.
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Bibliografia
BLOOM, B. S. e outros (1973). Taxionomia de objectivos educacionais e domínio cognitivo.
Porto Alegre, globo.
HAIDT, Regina (2003). Curso de Didáctica Geral. 7ed. Editora João Guizzo. São Paulo.
LIBÂNEO, José Carlos (1994). Tendências pedagógicas da prática escolar. In: LUCKESI, C.C.
Filosofia da Educação, São Paulo: Cortez.