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Malformação congénita

Malformações congénitas (português europeu) ou congênitas (português brasileiro) podem ser


definidas como "todo defeito na constituição de algum órgão ou conjunto de órgãos que determine uma
anomalia morfológica estrutural presente no nascimento devido à causa genética ambiental ou mista"
(OPAS, 1984)[1] Essa definição abrange todos os desvios em relação à forma, tamanho, posição, número
e coloração de uma ou mais partes capazes de ser averiguadas macroscopicamente ao nascimento e/ou,
segundo Freire-Maia (Freire-Maia, 1976),[2] decorrente de condição morfológica congênita ainda que
por ser discreta não tenha sido verificada na ocasião em que a criança nasceu.

Tratamentos possíveis para malformações fetais

Aproximadamente 1% das gestações apresenta anomalias estruturais ou alterações no desenvolvimento


fetal. Felizmente, já existem tratamentos para algumas malformações fetais; desde que sejam
diagnosticadas precocemente.Com os avanços tecnológicos, surgiram métodos de imagem que não
apenas possibilitam a identificação das malformações, mas possibilitaram realizar procedimentos
intrauterinos minimamente invasivos. Assim, algumas doenças fetais podem ser, muitas vezes,
corrigidas durante a gestação, proporcionando maior sobrevida ou mais qualidade de vida para o feto.

Os tratamentos para malformações fetais podem ser indicados para diversos tipos de doenças, como:

Mielomeningocele: uma malformação congênita na coluna vertebral, caracterizada pelo não


fechamento da porção mais baixa do tubo neural, fazendo com que o final da medula espinhal e
meninges fiquem presas à pele. O diagnóstico pode ser feito durante a ecografia morfológica, entre 18 e
22 semanas, pela visualização direta do defeito, ou sinais indiretos de alterações na cabeça do feto. A
Cirurgia Fetal de Mielomeningocele pode ser realizada por via aberta ou vídeocirúrgica, com grande
potencial de diminuir as sequelas motoras e neurológicas do feto.

Síndrome da Transfusão Feto-Fetal: quando gêmeos compartilham a mesma placenta e há passagem


de sangue entre um (doador) e o outro (receptor). O diagnóstico é feito pela identificação de diferenças
em relação à quantidade de líquido amniótico, à repleção da bexiga, às alterações hemodinâmicas e
cardíacas, e em função da gravidade da doença. O procedimento indicado é a Ablação Fetoscópica a
Laser dos vasos sanguíneos que causam este desvio.

Hérnia Diafragmática Congênita: quando o fechamento inadequado do diafragma leva à subida de


órgão abdominais para o tórax, inibindo o desenvolvimento pulmonar. O diagnóstico é feito pela
identificação das vísceras abdominais no tórax e desvio do coração fetal. Geralmente, também há
aumento do líquido amniótico. Nos casos graves, pode-se fazer a Oclusão Traqueal Fetal, com balão
inserido por fetoscopia na traquéia do feto, induzindo o desenvolvimento do pulmão.

Malformações fetais - causas, tipos, diagnóstico, tratamento e prevençãosegunda-feira, 15 de agosto de


2016 - Atualizado em 11/06/2019

O que são malformações fetais?


Malformações fetais são defeitos na formação de um órgão, parte de um órgão ou de uma região maior
do corpo durante a gestação e já presentes por ocasião do nascimento. Quase invariavelmente, toda
mulher grávida durante o pré-natal preocupa-se com uma possível malformação do feto, embora isso só
ocorra em menos de 1% dos partos e, na maioria das vezes, por alterações insignificantes, sem muita ou
sem nenhuma significação clínica.

Saiba mais sobre a "Gestação semana a semana" e o "Pré-natal".

Quais são as causas das malformações fetais?

Cerca de 50% das causas das malformações congênitas permanecem desconhecidas.

Das restantes, aproximadamente 25% se devem a defeitos cromossomiais com base genética e menos
de 10% são devidas a fatores ambientais, físicos ou químicos.

Em resumo, as malformações podem ser devidas a fatores genéticos, herdados ou não, fatores
extrínsecos, drogas e outras substâncias químicas, infecções viróticas ou outros defeitos congênitos

.Quais são os principais tipos de malformações fetais?

As malformações fetais podem ser

(1) estruturais, quando há alterações anatômicas;

(2) funcionais, se há alterações de funcionamento sem alterações anatômicas;

(3) metabólicas e

(4) comportamentais.

Elas afetam, sobretudo, o sistema cardíaco, a medula espinhal ou problemas relacionados com
a cabeça,o sistema urinário, o sistema digestivo e as estruturas musculoesqueléticas.

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