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Impacto 101004
Impacto 101004
Impacto
A descoberta de que o filho terá uma Malformação Congénita gera desorganização psíquica
para os pais, que se veem diante da perda do filho idealizado e da necessidade de aceitação
urgente de um filho real, muito diferente do que eles planejavam. A perda da perspectiva de
normalidade do filho, somada ainda ao estigma da deficiência, gera a quebra nas
expectativas de uma vida saudável para todos. Os pais sentem-se emocionalmente afetados,
o que, algumas vezes, os levam à sensação de desamparo e incapacidade seguida, por
vezes, de crises conjugais que podem levar à separação do casal. (Cunha, Sales, Pinheiro da
Silva, & Albuquerque, 2021)
Quando a mãe recebe a notícia de que sua criança é portadora de malformação congênita,
ela passa por um processo emocional que exibe os sinais clássicos do luto psicológico. Tais
sentimentos relacionam-se com a perda da gravidez idealizada. O impacto provocado pelo
diagnóstico leva a um período marcado por descontrole emocional, configurando a fase de
choque. É comum a negação dos fatos e a necessidade de confirmação da veracidade de tal
diagnóstico. Posteriormente, o início da adaptação psíquica é caracterizado por sentimentos
de culpa, tristeza, raiva e desapego pelo bebê, compreendendo também questionamentos em
relação à sua competência em ser mãe. Aos poucos, os sentimentos de ansiedade e angústia
tendem a diminuir e a mulher entra em uma fase de equilíbrio até que alcança a fase de
reorganização, quando é capaz de compreender a situação do filho.
Essa sequência constitui os estágios do luto psicológico e nem sempre ocorrem
linearmente, podendo sobrepor-se ou inexistir, além de variar de acordo com a
individualidade de cada gestante. (Medeiros, et al., 2021)
Psicossocial
Conceitos
No entanto, Santos, Vargas Dias, Salimena, & Freitas Bara (2011) salientam que as
malformações congénitas constituem alterações de estrutura, função ou metabolismo
presente ao nascer que resultam em anomalias físicas ou mentais, podendo ou não ser
simples ou múltiplas, de maior ou menor importância clinica.
Enquanto que a Organização Mundial de Saúde (World Health Organization [WHO],
2017), define a como “[...] anomalias estruturais ou funcionais que ocorrem durante a vida
intra-uterina e podem se manifestar no pré-natal, ao nascimento ou, ocasionalmente, serem
detectadas apenas durante a infância”.
Tipos de malformações congénitas
Menores: quando não há relevância cirúrgica e estética, podendo ser única, múltiplas e
associadas as malformações maiores.
Substâncias Teratogénicas
Um agente teratogénico pode ser definido como qualquer substância, organismo, agente
físico ou estado de deficiência que, estando presente durante a vida embrionária ou fetal,
pode produzir uma alteração na estrutura ou função da descendência.
A transmissão vertical é aquela que ocorre entre a mãe (gestante/lactante) e seu filho,
podendo acontecer por diversas vias, como a ascendente (através do canal cervical), a
hematogênica (através do aporte sanguíneo placentário) e o aleitamento materno. As
infecções verticais hematogênicas resultam da presença na circulação placentária de
diferentes agentes como bactérias (sífilis), protozoários (toxoplasmose) e vírus, como no
caso da rubéola.
Apesar do feto ou do embrião estar protegido pela placenta, alguns agentes infecciosos
presentes na mãe podem atingi-lo. Os defeitos induzidos por micro-organismos diferem dos
induzidos por agentes ambientais, uma vez que nem todas as lesões aparecem no período da
gestação, sendo que muitas manifestações clínicas aparecem após o nascimento, mesmo
que congenitamente adquiridas.
A transmissão vertical é aquela que ocorre entre a mãe (gestante/lactante) e seu filho,
podendo acontecer por diversas vias, como a ascendente (através do canal cervical), a
hematogênica (através do aporte sanguíneo placentário) e o aleitamento materno. As
infecções verticais hematogênicas resultam da presença na circulação placentária de
diferentes agentes como bactérias (sífilis), protozoários (toxoplasmose) e vírus, como no
caso da rubéola.
Podendo também a infecção congênita ocorrer por transmissão vertical durante a gestação
(via transplacentária), no momento do parto ou no período pós-natal (via leite materno). O
CMV pode infectar o feto tanto durante a infecção primária materna, quanto durante a
reativação da infecção materna presente antes da concepção. As crianças que apresentam a
doença congênita por CMV podem possuir as seguintes manifestações: retardo do
crescimento intra-uterino, prematuridade, icterícia colestática, hepato-esplenomegalia,
púrpura, plaquetopenia, pneumonite intersticial e manifestações neurológicas como
microcefalia, calcificações intracranianas, crises convulsivas no período neonatal,
coriorretinite e deficiência de acuidade visual e auditiva. A surdez neuro-sensorial é a
sequela mais frequente, atingindo 57% dos lactentes infectados. A incidência da infecção
congênita a CMV é elevada porque, como já mencionado, a transmissão materno-fetal pode
ocorrer após a infecção primária ou recorrente.
Radiação
Com relação ao diabetes mellitus gestacional, um dos mecanismos moleculares pelo qual a
hiperglicemia leva a anomalias estaria associado ao fato de que este quadro causa a
ativação de várias vias moleculares que geram hipóxia do embrião, levam à produção de
radicais superóxido mitocondriais, à diminuição da atividade de anti-oxidantes e a um
aumento das vias apoptóticas. As vias metabólicas ativadas pelo quadro hiperglicêmico
convergem para a inibição da expressão do gene PAX 3 (paired box gene 3), que é
responsável pelo controle da proteína p53. O gene PAX 3 pertence a uma família de genes
PAX que desempenha um papel crítico na formação de tecidos e órgãos durante o
desenvolvimento embrionário.