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crônica. Uma tosse de uma semana possui suspeitas (com base SINTOMAS ASSOCIADOS
epidemiológica) distintas de uma tosse de um anos. Uma tosse
de uma semana pode-se pensar em um processo viral; ao passo Alguns sintomas são muito importantes de serem questiona-
que uma tosse de um ano se pode pensar em neoplasia. dos, tais como (1) dispneia e (2) dor toráxica (frequentemente
associados), (3) febre, (4) perda de peso, (5) coriza, (6) odinofa-
FREQUÊNCIA gia, (7) dor na garganta, (8) cefaleia, (9) algia facial, (10) DRGE.
Em geral, os sintomas associados irá depender da duração.
Deve-se perguntar qual a frequência dessa tosse, horários em
que ela é mais frequente (manhã, noite ou contínua). Algumas Paciente com tosse há mais de 3 semanas. Tosse subaguda
pessoa só tossem quando se alimentam, situação na qual asso- pode ser tuberculose, então, questiona-se sobre fatores associa-
cia-se a tosse a problemas do TGI. Outras pessoas tossem quando dos: hemoptise, perda de peso, sudorese, febre baixa vespertina.
vão fazer atividade física. Em resumo, divide-se em grandes grupos segundo a duração,
questionando o paciente sobre fatores que possam estar associ-
INTENSIDADE ados ao grupo de doenças de acordo com a duração. Também
deve-se investigar a cronologia do aparecimento de sintomas. “O
Questiona-se se é uma tosse intensa, tosse que atrapalha o
que começou primeiro?”.
sono, tosse que atrapalha suas atividades habituais? É uma tosse
que é tão forte que ele sente como se estivesse sendo asfixiado?
FATORES DE MELHORA/PIORA
Nessa etapa da anamnese, alguns sintomas devem ser dire- • Tabagismo → carga tabágica, tipo, frequência, ativo/passivo
tamente questionados ao paciente, um pouco diferente da • Etilismo
H.D.A, na qual há um relato, sim, direcionado, mas com um com- • Drogas ilícitas: crack, cocaína
ponente espontâneo bem maior – o paciente relatará que está • Animais domésticos
com falta de ar, coração acelerado e suando muito caso seja fa- • Fogão à lenha
tores que o incomodam, mesmo sem o questionamento médico.
IVAS
De acordo com cada tópico, pergunta-se:
Gripe
• Sintomas gerais: síndrome consumptiva (sudorese, febre,
perda de mais de 10% do peso, calafrio) – pode indicar lin- Resfriado
foma, que causa muita febre, muita sudorese e calafrio
Coqueluche
• Pele e fâneros: urticária/dermatite, impetigo ou lesões infec-
ciosas (falam a favor de infecção), rash cutâneo malar (fala a DPOC
favor de lúpus)
• Cabeça e pescoço: sintomas nasais, nódulos de tireoide, lin- Bronquite
fadenopatia, disfonia (bem presente na DRGE), pigarro
Enfisema
• Mamas: nódulo, ginecomastia
• TGI: pirose, dor retroesternal, regurgitação Asma
• Músculoesquelético: artralgia rigidez matinal – busca por
sintomas de alguma colagenose PNM
• Neurológicos: roncos, insônia, alteração do sensório, ansie-
EAP
dade
Embolia pulmonar
ANTECEDENTES MÉDICOS
Tosse pós-infecciosa
Nos antecedentes médicos, alguns fatores são importantes
diretamente para a tosse. DRGE
ANTECEDENTES FAMILIARES
• TB
• Asma
• Atopia
• Bronquite/enfisema
• Deficiência de alfa1-antitripsina – interfere na elastase, cau-
sando destruição do septo interalveolar e DPOC em jovens
• Bronquiectasias
4 PROPEDÊUTICA MÉDICA – ABORDAGEM SEMIOLÓGICA DA TOSSE
Bronquiectasias
DRGE
Asma
Síndrome consumptiva