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UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA - FACULDADE DE MEDICINA - ESTÁGIO DE PEDIATRIA

asma
MANEJO DA

NO PRONTO SOCORRO

ALINE FAGUNDES MAYER


LAVÍNIA AMARAL C. ALVES
sumário

DEFINIÇÕES E CLASSIFICAÇÃO DE
CASO CLÍNICO CONDUTAS
DIAGNÓSTICO GRAVIDADE
caso clínico

identificação: sexo feminino, 7 anos, natural e procedente de Uberlândia.

Queixa tosse, chiado no peito e falta de ar, há 10 horas.


Principal:

A paciente tem rinite alérgica, a mãe e a irmã mais velha também têm rinite
antecedentes: alérgica, com precipitação dos sintomas com a mudança do tempo e na
presença de poeira e mofo. Nega febre e contato com pessoas doentes.
caso clínico
Hma:
Genitora relata que às 22 horas do dia anterior a paciente iniciou um quadro de tosse
seca que evoluiu com dispneia e sibilância. Foi feita nebulização em casa com soro
fisiológico e 5 gotas de Berotec, sem melhora dos sintomas.

Não é a primeira vez que a paciente tem esses sintomas, desde os 2 anos de idade
apresenta sibilância recorrente, não faz acompanhamento regular com pediatra e a
mãe refere que sempre que a filha apresenta esse quadro a leva na emergência.
caso clínico
exame físico:
Geral: Estado geral regular, lúcida e orientada em tempo e espaço, pálida, afebril ao toque, taquipnéica, hidratada.

Sinais Vitais: FC: 112 bpm; FR: 32 ipm; PA: 95/60mmHg; Tax: 37.3°C

Cabeça e Pescoço: Mucosas úmidas e descoradas ++/4. Mucosa nasal edemaciada, descorada, com presença de
secreção hialina, sem desvio de septo. Sem achados dignos de nota em orelhas, olhos e cavidade oral. Ausência de
linfonodomegalias palpáveis.

Aparelho respiratório: Tórax de conformação habitual, tiragem intercostal, expansibilidade preservada, sibilos
inspiratórios e expiratórios difusos.

Aparelho cardiovascular: Precórdio calmo, ictus impalpável, bulhas rítmicas, normofonéticas, em dois tempos, sem
sopros.

Aparelho gastrointestinal: Abdômen plano, indolor a palpação, sem visceromegalias.

Extremidades: Aquecidas, boa perfusão periférica e pulsos bem palpáveis

Neurológico: Sem alterações


caso clínico

Lista de problemas?
caso clínico

Lista de problemas
1) Tosse
2) Dispneia
3) Sibilância
4) Taquipneia
5) Taquicardia
6) Desconforto respiratório
caso clínico

Lista de problemas diagnóstico


topográfico?
1) Tosse
2) Dispneia
3) Sibilância
4) Taquipneia
5) Taquicardia
6) Desconforto respiratório
caso clínico

Lista de problemas diagnóstico


topográfico
1) Tosse
Sistema respiratório
2) Dispneia
3) Sibilância
4) Taquipneia
5) Taquicardia
Vias aéreas inferiores
6) Desconforto respiratório

Brônquios
caso clínico

Lista de problemas diagnóstico diagnóstico


topográfico sindrômico?
1) Tosse
Sistema respiratório
2) Dispneia
3) Sibilância
4) Taquipneia
5) Taquicardia
Vias aéreas inferiores
6) Desconforto respiratório

Brônquios
caso clínico

Lista de problemas diagnóstico diagnóstico


topográfico sindrômico
1) Tosse
Sistema respiratório
2) Dispneia Síndrome asmática
3) Sibilância
4) Taquipneia
5) Taquicardia
Vias aéreas inferiores
6) Desconforto respiratório Sibilância persistente

Brônquios
caso clínico

Lista de problemas diagnóstico diagnóstico


topográfico sindrômico
1) Tosse
Sistema respiratório
2) Dispneia Síndrome asmática
3) Sibilância
4) Taquipneia
5) Taquicardia
Vias aéreas inferiores
6) Desconforto respiratório Sibilância persistente

Brônquios

diagnóstico
evolutivo?
caso clínico

Lista de problemas diagnóstico diagnóstico


topográfico sindrômico
1) Tosse
Sistema respiratório
2) Dispneia Síndrome asmática
3) Sibilância
4) Taquipneia
5) Taquicardia
Vias aéreas inferiores
6) Desconforto respiratório Sibilância persistente

Brônquios

diagnóstico Crônico - agudizado (exacerbação)


evolutivo
o que é a crise asmática?

definição:
A exacerbação da asma é o estado de
piora aguda e sustentada dos sintomas da
asma.
o que é a crise asmática?

evolução:
Geralmente gradual, com deterioração
progressiva em um período de 5 a 7 dias.
o que é a crise asmática?

causas:
As mais comuns são as infecções virais ou
a exposição a alérgenos ambientais,
seguindo-se poluição ambiental e
exposição ocupacional ou a drogas, sendo
as mais comuns os AINEs.
o que é a crise asmática?
fatores de risco
Uso importante de beta- Uso inadequado de
Asma não controlada
agonista de alívio corticoide inalatório

Alta reversibilidade com


VEF1 reduzido FENO > 50%*
broncodilatadores

Exposição a fumo e Eosinofilia (escarro ou


Comorbidades
alérgenos sangue)

Problemas psicológicos ou História de intubação ou 1 ou + exacerbação grave no


socioeconômicos internação em CTI último ano
o que é a crise asmática?
diagnóstico EMINENTEMENTE
CLÍNICO!

RELEMBRANDO...

IDADE FR NORMAL
IDADE FC NORMAL
< 2 MESES < 60 IRPM
2 - 12 MESES < 160 BPM
2 - 12 MESES < 50 IRPM
1 - 2 ANOS < 120 BPM
1 - 5 ANOS < 40 IRPM
2 - 8 ANOS < 110 BPM
6 - 8 ANOS < 30 IRPM
o que é a crise asmática?

diagnóstico
Sibilo Taquipneia Dispneia

Uso de musculatura Agitação, confusão,


Cianose, sudorese
acessória sonolência

Taquicardia Queda do PFE Dessaturação


o que é a crise asmática?

diagnóstico
Queda do PFE Dessaturação

Medidas seriadas de PFE A oximetria de pulso deve


têm pouca confiabilidade ser adotada em todas as
em crianças e faixas etárias para a
adolescentes, pois a avaliação acurada da
dispneia impede gravidade, mas nunca
verificações confiáveis interpretada de maneira
dessa manobra esforço- exclusiva e isolada do
dependente. contexto clínico.
o que é a crise asmática?

diagnóstico Dispneia: sinais de fadiga respiratória iminente

Confusão mental ou sonolência acentuada

Movimentos torácicos paradoxais

Ausência de sibilos e redução da ventilação

Bradicardia acentuada

Desaparecimento do pulso paradoxal


RECONHECIDA A CRISE, COMO FAREMOS O

MANEJO?
6 A 11 ANOS
manejo da crise asmática de 6 a 11 anos

pilares

DIAGNÓSTICO OXIGENOTERAPIA SABA


Identificação e Salbutamol 4-10 jatos a
classificação de cada 20 min 3x ou
gravidade corretas Manter saturação >94% Fenoterol

Considerar DDx Inalatória/Nebulização


manejo da crise asmática de 6 a 11 anos

pilares

CORTICOIDE BROM. IPRATRÓPIO SULF. MAGNÉSIO


VO ou IV Via inalatória Muito graves

Prednisolona 1-2 Fazer na 1ª hora, se grave, 25-75 mg/kg/dose



mg/kg/dia 1ª hora junto ao SABA →
(máximo 2g) infusão
lenta + monitorizar
manejo da crise asmática de 6 a 11 anos

pilares

REAVALIAÇÃO ALTA UTI


Educação Acidose pH<7,3
30-60 min da ação Subir step Lactato elevado
SATO2 E PEF Prednisolona 1mg/kg/dia Instabilidade
por 3-5 dias Persistência de sinais
Retorno 3 dias de gravidade
manejo da crise asmática de 6 a 11 anos

pilares

IOT ASSOCIADOS
falência cardíaca ou Infecções respiratórias:
respiratória, deterioração ATB
do status mental,
hipoxemia grave. Exaustão Anafilaxia: Epinefrina IM
(relativa)
manejo da crise asmática de 6 a 11 anos

CLASSIFICAÇÃO
manejo da crise asmática de 6 a 11 anos

CLASSIFICAÇÃO
LEVE/MODERADA
LEVE/MODERADA
Fala frases
Ausência de agitação
Aumento da FR
Ausência ou pouco uso de
musculatura acessória
FC = 100-120 bpm
SatO2 = 90-95%
PEF > 50%
manejo da crise asmática de 6 a 11 anos

CLASSIFICAÇÃO
LEVE/MODERADA GRAVE
LEVE/MODERADA
Fala frases Fala por palavras
Ausência de agitação Senta-se inclinado a
Aumento da FR frente
Ausência ou pouco uso de FR > 30 irpm
musculatura acessória Uso de musculatura
FC = 100-120 bpm acessória
SatO2 = 90-95% FC > 120 bpm
PEF > 50% SatO2 < 90%
PEF < 50%
manejo da crise asmática de 6 a 11 anos

CLASSIFICAÇÃO
LEVE/MODERADA GRAVE FALÊNCIA
LEVE/MODERADA RESPIRATÓRIA
Fala frases Fala por palavras
Ausência de agitação Senta-se inclinado a
Aumento da FR frente
Ausência ou pouco uso de FR > 30 irpm Sonolência
musculatura acessória Uso de musculatura Confusão
FC = 100-120 bpm acessória Tórax silencioso
SatO2 = 90-95% FC > 120 bpm
PEF > 50% SatO2 < 90%
PEF < 50%
manejo da crise asmática de 6 a 11 anos

MANEJO INICIAL
LEVE/MODERADA GRAVE FALÊNCIA
manejo da crise asmática de 6 a 11 anos

MANEJO INICIAL
LEVE/MODERADA GRAVE FALÊNCIA

Monitorizar paciente (SatO2) Monitorizar paciente (SatO2) Monitorizar paciente (SatO2)


Oxigênio: manter SatO2 94-98% Oxigênio: manter SatO2 94-98% Oxigênio: manter SatO2 94-98%
SABA 4-10 puffs 20/20 min por 1h SABA 4-10 puffs 20/20 min por 1h SABA 4-10 puffs 20/20 min por 1h
Prednisolona: 1-2 mg/kg máx 40 mg Prednisolona: 1-2 mg/kg máx 40 mg Prednisolona: 1-2 mg/kg máx 40 mg
manejo da crise asmática de 6 a 11 anos

MANEJO INICIAL
LEVE/MODERADA GRAVE FALÊNCIA

Monitorizar paciente (SatO2) Monitorizar paciente (SatO2) Monitorizar paciente (SatO2)


Oxigênio: manter SatO2 94-98% Oxigênio: manter SatO2 94-98% Oxigênio: manter SatO2 94-98%
SABA 4-10 puffs 20/20 min por 1h SABA 4-10 puffs 20/20 min por 1h SABA 4-10 puffs 20/20 min por 1h
Prednisolona: 1-2 mg/kg máx 40 mg Prednisolona: 1-2 mg/kg máx 40 mg Prednisolona: 1-2 mg/kg máx 40 mg
Considerar Brometo de Ipratrópio
Se disponível, CI na leve
manejo da crise asmática de 6 a 11 anos

MANEJO INICIAL
LEVE/MODERADA GRAVE FALÊNCIA

Monitorizar paciente (SatO2) Monitorizar paciente (SatO2) Monitorizar paciente (SatO2)


Oxigênio: manter SatO2 94-98% Oxigênio: manter SatO2 94-98% Oxigênio: manter SatO2 94-98%
SABA 4-10 puffs 20/20 min por 1h SABA 4-10 puffs 20/20 min por 1h SABA 4-10 puffs 20/20 min por 1h
Prednisolona: 1-2 mg/kg máx 40 mg Prednisolona: 1-2 mg/kg máx 40 mg Prednisolona: 1-2 mg/kg máx 40 mg
Considerar Brometo de Ipratrópio Brometo de Ipratrópio
Se disponível, CI na leve Considerar Sulfato de Magnésio
manejo da crise asmática de 6 a 11 anos

MANEJO INICIAL
LEVE/MODERADA GRAVE FALÊNCIA

Monitorizar paciente (SatO2) Monitorizar paciente (SatO2) Monitorizar paciente (SatO2)


Oxigênio: manter SatO2 94-98% Oxigênio: manter SatO2 94-98% Oxigênio: manter SatO2 94-98%
SABA 4-10 puffs 20/20 min por 1h SABA 4-10 puffs 20/20 min por 1h SABA 4-10 puffs 20/20 min por 1h
Prednisolona: 1-2 mg/kg máx 40 mg Prednisolona: 1-2 mg/kg máx 40 mg Prednisolona: 1-2 mg/kg máx 40 mg
Considerar Brometo de Ipratrópio Brometo de Ipratrópio Preparar IOT
Se disponível, CI na leve Considerar Sulfato de Magnésio Solicitar leito em UTI
manejo da crise asmática de 6 a 11 anos

MANEJO INICIAL
LEVE/MODERADA GRAVE FALÊNCIA

Monitorizar paciente (SatO2) Monitorizar paciente (SatO2) Monitorizar paciente (SatO2)


Oxigênio: manter SatO2 94-98% Oxigênio: manter SatO2 94-98% Oxigênio: manter SatO2 94-98%
SABA 4-10 puffs 20/20 min por 1h SABA 4-10 puffs 20/20 min por 1h SABA 4-10 puffs 20/20 min por 1h
Prednisolona: 1-2 mg/kg máx 40 mg Prednisolona: 1-2 mg/kg máx 40 mg Prednisolona: 1-2 mg/kg máx 40 mg
Considerar Brometo de Ipratrópio Brometo de Ipratrópio Preparar IOT
Considerar Sulfato de Magnésio Solicitar leito em UTI

Reavaliar 30 - 60 min
manejo da crise asmática
MEDIDAS INICIAIS
Reavaliar 30 - 60 min

BOA RESPOSTA

PFE > 70% do basal,


diminuição de FC e FR, sibilos
raros ou ausentes, sem uso
de mm. acessória, dispneia
mínima ou ausente e
SO2>95% em aa
manejo da crise asmática
MEDIDAS INICIAIS
Reavaliar 30 - 60 min

BOA RESPOSTA

Continuar com SABA se


necessário:
4 puffs a cada 1h
manejo da crise asmática
MEDIDAS INICIAIS
Reavaliar 30 - 60 min

BOA RESPOSTA

Alta com
ESTÁVEL
orientações

Continuar com SABA se


necessário:
4 puffs a cada 1h Reavaliar
60 min
manejo inicial da crise asmática
MEDIDAS INICIAIS
Reavaliar 30 - 60 min

BOA RESPOSTA

Alta com
ESTÁVEL
orientações

Continuar com SABA se


necessário:
4-10 puffs a cada 2-4 h Reavaliar
60 min
Resgate SABA 20/20 min + Considerar
INSTÁVEL
drogas ainda não utilizadas
manejo inicial da crise asmática
MEDIDAS INICIAIS

Alta com BOA RESPOSTA


ESTÁVEL Manter
orientações
tratamento e
Reavaliar reavaliações
periódicas
60 min INCOMPLETA

Resgate
Manter ou
SABA
adicionar
20/20CS
min+ +resgate
Considerar
INSTÁVEL
drogas
SABAainda
20/20
nãomin
utilizadas Considerar Sulfato
MÁ RESPOSTA de Magnésio e
leito de UTI
manejo inicial da crise asmática
MEDIDAS INICIAIS
Reavaliar 30 - 60 min

BOA RESPOSTA INCOMPLETA

PFE 40- 70% do basal,


aumento de FC e FR, sibilos
leves ou moderados, uso
moderado de mm. acessória,
dispneia moderada ou
ausente e SO2 91-95% em aa
manejo inicial da crise asmática
MEDIDAS INICIAIS
Reavaliar 30 - 60 min

BOA RESPOSTA INCOMPLETA

MÁ RESPOSTA

Resgate
Manter SABA
ou adicionar
20/20 CS
min++
BOA RESPOSTA Considerar
resgate SABA
drogas
20/20
não usadas
min
Considerar Sulfato
de Magnésio e
leito de UTI
Alta com Manter
orientações tratamento e INCOMPLETA
reavaliações
periódicas
manejo inicial da crise asmática
MEDIDAS INICIAIS
Reavaliar 30 - 60 min

BOA RESPOSTA INCOMPLETA MÁ RESPOSTA

PFE <40% do basal, aumento


de FC e FR, redução do MVF,
uso importante de mm.
acessória, dispneia intensa e
SO2 < 91% em aa
manejo inicial da crise asmática
MEDIDAS INICIAIS
Reavaliar 30 - 60 min

BOA RESPOSTA INCOMPLETA MÁ RESPOSTA

Considerar Sulfato
de Magnésio e
leito de UTI
manejo inicial da crise asmática
MEDIDAS INICIAIS
Reavaliar 30 - 60 min

BOA RESPOSTA INCOMPLETA MÁ RESPOSTA

Considerar Sulfato
Planejar a alta Considerar drogas não de Magnésio e
utilizadas ainda e manter leito de UTI
tratamento e reavaliações
periódicas
na
lo ia
i s o / d ia s
n kg d
ed g/ 3
P r m n te
1 ra
du
manejo da crise asmática de 6 a 11 anos

DEVO PEDIR EXAMES COMPLEMENTARES?


manejo da crise asmática de 6 a 11 anos

DEVO PEDIR EXAMES COMPLEMENTARES?

NÃO
manejo da crise asmática de 6 a 11 anos

DEVO PEDIR EXAMES COMPLEMENTARES?

NÃO

Gasometria: casos graves, PFE < 30% ou SO2 < 90%

RX de tórax: suspeita de pneumonia, ICC e pneumotórax

HMG: suspeita de infecção (OBS: uso de corticoide)


manejo da crise asmática alta
Iniciar corticoide
o l
a
o n ia
s
inalatório para
is g / d d ia
n
ed g/ 3
P r m n te
1 ra
k
manutenção ou subir um
du
step + Prednisolona Agendar retorno
1mg/kg/dia 3 dias ambulatorial para
acompanhamento em
2-3 dias

Importância do
tratamento
Controle ambiental
Ensinar/revisar a técnica
RECONHECIDA A CRISE, COMO FAREMOS O

MANEJO?
</= 5 ANOS
manejo da crise asmática *</= 5 anos

Criança apresenta exacerbação asmática aguda ou subaguda ou episódio de


Atendimento primário
sibilância agudo

Considerar diagnósticos diferenciais


Avaliar a criança Considerar fatores de risco
Classificar severidade

LEVE/MODERADA SEVERA
Sem fôlego, agitado Incapacidade de comer ou beber
FC </= 180 bpm (0 a 3 anos) Cianose central
FC </= 150 bpm (4 a 5 anos) Confusão ou sonolência
Sat O2 >/= 92% FR > 40 irpm | Sat O2 < 92%
MV diminuídos
FC > 180 (0 a 3 anos) ou > 150 (4 a 5 anos)
manejo da crise asmática *</= 5 anos

URGÊNCIA
SEVERA Transferir criança para UTI

Salbutamol 100 mcg 6 puffs (com


espaçador) até de 20 em 20 minutos

Oxigenioterapia (94 - 98%)

Prednisolona 2 mg/kg (máx 20 mg para < 2


anos e 30 mg para 2 - 5 anos)

Considerar nebulização com Ipratrópio (250


mcg | 1 a 2 doses)
manejo da crise asmática *</= 5 anos
LEVE/MODERADA

INICIAR TRATAMENTO

Salbutamol 100 mcg 2 puffs com espaçador,


MONITORAR
até de 20 em 20 minutos (na primeira hora)
(1 a 2 horas)
Oxigênioterapia (94 - 98%)

Considerar Ipratrópio (1 a 2 puffs)

Piora ou ausência de resposta Melhora

(...)

UTI
manejo da crise asmática *</= 5 anos

LEVE/MODERADA Melhora

Piora ou ausência de resposta


(10 puffs)

CONTINUAR TRATAMENTO CONFORME


NECESSIDADE
Melhora
Monitorização
UTI
Se recorrência de sintomas em 3 a 4 horas:
- Salbutamol "extra" 2 a 3 puffs / hora
Alta - Prednisolona 2 mg / kg

Continuar medicação de alívio conforme necessidade | Considerar


ajuste de medicação de controle | Manter Predinisona por 3 a 5 dias
| Verificar técnica e adesão ao tratamento | Retorno em 1 a 2 dias
fechamento
relembrando... diagnóstico diagnóstico
topográfico sindrômico
Lista de problemas Sistema respiratório
Síndrome asmática
1) Tosse
2) Dispneia
3) Sibilância Vias aéreas inferiores
4) Taquipneia Sibilância persistente
5) Taquicardia
6) Desconforto respiratório
Brônquios

diagnóstico
evolutivo como você manejaria esse
Crônico - agudizado (exacerbação) caso?
fechamento

monitorização
Saturação de oxigênio: 91%

PaO2 (ar ambiente): 60mmHg

PaCO2 (ar ambiente): 40mmHg

Pico de fluxo expiratório: 45%


fechamento

classificação
fechamento

classificação
Estado geral e mental
Taquicardia (112 bpm)
sem alterações

Dispneia moderada PFE 45%

Retrações subcostais Sat 91%

Sibilos difusos PaO2 60 mmHg

Taquipneia PaCO2 < 45 mmHg


fechamento
classificação
Estado geral e mental
Taquicardia (112 bpm)
sem alterações

Dispneia moderada PFE 45%


GRAVE
Retrações subcostais Sat 91%

Sibilos difusos PaO2 60 mmHg

Taquipneia PaCO2 < 45 mmHg


fechamento
manejo

GRAVE

Monitorizar paciente (SatO2)


Oxigênio: manter SatO2 94-98%
SABA 4-10 puffs 20/20 min por 1h
Prednisolona: 1-2 mg/kg máx 40 mg
Brometo de Ipratrópio: 10-20 gotas
Considerar Sulfato de Magnésio
fechamento
evolução

1 hora depois ...


fechamento
evolução

Sem uso de
FR 28 irpm
musculatura
FC 100 bpm
acessória

Dispneia leve PFE > 70% basal

Sibilos raros Sat 95% em aa


fechamento
evolução

Sem uso de
FR 28 irpm
musculatura
FC 100 bpm
acessória

Boa resposta
Dispneia leve PFE > 70% basal

Sibilos raros Sat 95% em aa


fechamento
evolução

Sem uso de
FR 28 irpm
musculatura
FC 100 bpm
acessória

Boa resposta
Dispneia leve PFE > 70% basal

Sibilos raros Sat 95% em aa


Aumento intervalo de SABA para
cada 1-2 horas

Observo mais 1 hora


fechamento
evolução
Boa resposta
PFE > 70% do basal Sem dispneia

Aumento
Aumentointervalo
intervalode
denebulização
SABA para
Sat 97% em aa FR 26 irpm
para
cada
cada
1-2 2
horas
horas

Observo mais 1 hora Sibilos raros FC 95 bpm


fechamento
evolução
Boa resposta
PFE > 70% do basal Sem dispneia

Aumento
Aumentointervalo
intervalode
denebulização
SABA para
Sat 97% em aa FR 24 irpm
para
cada
cada
1-2 2
horas
horas

Observo mais 1 hora Sibilos raros FC 90 bpm

Estável
fechamento
1 EDUCAÇÃO alta
Importância do tratamento
Controle ambiental
Ensinar a técnica

2 PRESCRIÇÃO
Corticoide inalatório para
manutenção + alívio (SABA)
Prednisolona 1mg/kg/dia 3 dias

3 ACOMPANHAMENTO
Agendado retorno com
pneumologista pediátrico em 2
dias
obrigada!
referências

Manejo da crise de asma no pronto socorro

Diretrizes da Sociedade Brasileira de Pneumologia


e Tisiologia para o manejo da asma-2012. J Bras
Pneumol, v. 38, n. Suplemento 1, 2012.

Global Initiative for Asthma. Global Strategy for


Asthma Management and Prevention, 2022 (GINA,
2022).

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