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Patologia Respiratória

ASMA A incidência é mais elevada nas crianças


A hereditariedade é um fator relevante no
A asma é uma doença das vias respiratórias
aparecimento da asma extrínseca
A maior parte dos casos ocorre em pessoas
A asma parece estar a tornar-se mais frequente nos
países desenvolvidos

2. Sintomas e Sinas
A gravidade dos ataques de asma pode ir desde a
ligeira falta de ar á insuficiência respiratória.
Os sintomas frequentes são:
‐ A dificuldade em respirar (dispneia)
‐ A sensação de opressão no peito
‐ A respiração ruidosa e ofegante
alérgicas ‐ A tosse seca

Sempre que há uma exposição a qualquer substâncias a Quando de um ataque grave de asma:
que as pessoas são alérgicas, as suas vias respiratórias A respiração torna-se cada vez mais difícil, sendo
ficam inflamadas e estenosadas, dificultando a acompanhada de:
passagem de ar.
Aflição e ansiedade
A asma é caraterizada por crises repetidas de falta de Aumento da frequência cardíaca (taquicardia)
ar, geralmente associadas a uma respiração ruidosa e Sudação (processo de perda de suor corporal)
ofegante durante a expiração, a qual varia de
intensidade de dia para dia e, igualmente, ao longo do Num ataque de extrema gravidade, o baixo teor de
dia. oxigénio no sangue pode provocar a cianose (na pele e
mucosas), em especial, nos lábios. A pele pode
Asma brônquica: é o tipo mais vulgar de asma, igualmente apresentar-se pálida e suada.
associada a uma respiração ofegante e ruidosa, mas de
origem cardíaca. De modo geral, esta começa na PODE SER FATAL
infância, tendendo a desaparecer com o início da
puberdade, podendo ainda surgir a qualquer idade. 3. Diagnóstico
A base do diagnóstico da asma consiste no conjunto de
queixas características referidas pelo doente.

Tipos de asma Agentes No entanto, entanto, o médico pode socorrer socorrer-


desencadeadores se de exames auxiliares de diagnóstico, sendo os mais
Extrínseca
frequentes:
Um alergeno O fumo do tabaco
(normalmente Os ácaros do pó ‐ O Rx do Tórax.
qualquer coisa que Os pêlos dos animais ‐ A Avaliação dos Teores de Oxigénio (O2) e de
se inalou) Certos alimentos e
desencadeia um Dióxido de Carbono (CO2) no Sangue.
aditivos ‐ O Hemograma e a avaliação de outros Parâmetros
ataque
O bolor Bioquímicos.
Intrínseca
O ar frio ‐ A Espirometria– exame que tem por finalidade
Não existem causas
externas aparentes Os odores e vapores medir as quantidades de ar nas diversas fases
fortes respiratórias
A poluição do ar ‐ Os Testes de Alergia Cutânea– exames que
Certos medicamentos ajudam a identificar as principais substâncias a que
As próprias constipações o individuo é alérgico.
O "stress" emocional ‐ Os Testes de Indução por Inalação– testes que
residem na comparação dos valores apresentados
pelo espirómetro, antes e após a inalação de uma
solução, solução, na qual está diluído um dado
alérgeno.
1. Incidência
4. Terapêutica
Após o início da crise os medicamentos profiláticos
produzem efeito limitado recorrendo a um
broncodilatador.
Broncodilatador: medicamento que combate o
espasmo brônquico das vias respiratórias.
Os asmáticos após aprenderem a administrar o
medicamento a si próprios utilizam um inalador que

aplicam com um nebulizador.


Ocorre sobretudo no inverno.
Por vezes o medicamento é apresentado em forma de
pó. Alem dos fumadores, os bebés, os idosos e outras
pessoas debilitadas, bem como os doente pulmonares
É utilizado também as teofilinas orais como prevenção crónicos, são as pessoas mais suscetíveis.
e tratamento da asma pelas suas propriedades
broncodilatadoras. A bronquite aguda, por infeção bacteriana, pode surgir
de forma oportunista, oportunista, após uma virose (em
Nas condições crónicas os doentes podem ter de tomar que as vias respiratórias ficaram fragilizadas face à
corticosteroides orais. agressão de outros agentes)

5. Prevenção De entre as bactérias que podem causar uma


bronquite aguda estão a:
Não existe cura para asma, mas podemos prevenir ‐ Chlamydia Pneumoniae, a Bordetella Pertussis e
grande parte dos ataques. o Mycoplasma Pneumoniae.
Quem sofre de asma extrínseca, pode submeter-se a Por vezes, bactérias como o Hemophilus Influenzae e
testes, cujo objetivo é detetar se os ataques são o Pneumococus, podem também invadir
desencadeados, por algum dos alérgenos mais comuns. secundariamente a árvore brônquica, brônquica,
Se for descoberta uma causa especifica, podem ser ocasionando uma bronquite aguda.
tomadas medidas para a evitar.
Os Fungos raramente são os causadores desta doença.
Neste sentido, o indivíduo asmático pode recorrer:
1. Sintomas e Sinais
‐ À Dessensibilização (aplicação de uma série de
injeções do agente alérgeno), embora os resultados
‐ Mal-estar geral, com arrepios e febre
nem sempre sejam satisfatórios.
‐ Dores difusas no corpo
‐ Aos medicamentos profiláticos que têm
‐ Odinofagia (dores de garganta)
demonstrado a sua eficácia na prevenção dos
ataques, como os anti-histamínicos histamínicos e Pouco tempo depois o doente apresenta uma tosse
os corticosteroides, por via inalatória (várias vezes irritativa e seca – devido à inflamação da mucosa
ao dia) brônquica que se encontra: tumefacta, edemaciada e
com formação de pús.
Na fase de manifesta bronquite aguda, o doente
BRONQUITE AGUDA costuma referir: Dificuldade em respirar (dispneia)
A bronquite aguda é uma inflamação transitória das Uma respiração ofegante e sibilante (dado o
estruturas (brônquios) que conduzem o ar respirado, estreitamento brônquico)
respirado, de e para os pulmões.
Tosse persistente acompanhada de abundante
Este processo inflamatório faz com que os brônquios expetoração (tosse produtiva) amarelada ou
se tornem avermelhados, avermelhados, edemaciados e esverdeada;
produzam secreções, dificultando, dificultando, assim,
a passagem do ar. Podendo igualmente apresentar uma sensação de
desconforto ou de opressão retrosternal.
Na maior parte das vezes, existe uma evolução benigna
e autolimitada, com curas no espaço de duas a três 2. Diagnóstico
semanas, semanas, sem que sejam tomadas medidas
Em caso de dúvida o médico recorre a exames
terapêuticas especificas.
complementares:
Exame de expetoração: é usado com o objetivo de O enfisema coexiste frequentemente com outras
tentar identificar o microrganismo responsável pela doenças pulmonares, nas quais, as paredes alveolares
infeção. estão destruídas.

Radiografia do tórax – este exame serve para 1. Etiologia e Patogenia


confirmar o diagnóstico e verificar, ou não, a A poluição atmosférica
existência de extensão do processo inflamatório ao O tabagismo (considerado como a principal causa
parênquima pulmonar. da doença)
Análises de sangue – estes exames compreendem,
para além do Hemograma e da Velocidade de 1. Existe um aumento da produção e retenção de
Sedimentação (VS), alguns exames de enzimologia muco na mucosa brônquica
para se avaliar a extensão ou o compromisso das lesões 2. Dá-se o aparecimento de um edema dos esfíncteres
musculares dos brônquicos e bronquíolos
3. Terapêutica 3. Como resultado destas alterações, as vias ficam
mais estreitas, tornando-se então mais suscetíveis
Os sintomas podem ser aliviados através da respiração às infeções que podem causar outros tipos de
em ambientes de calor húmido, quer pela utilização de lesões.
um humidificador, quer pela inalação direta de vapor
de água.
2. Sintomas e Complicações
É aconselhável o doente fazer uma ingestão abundante
Os sintomas são idênticos aos da bronquite aguda –
de líquidos, a fim de fluidificar as mucosidades da
tosse, dispneia e dores torácicas – mas de forma
expetoração, facilitando, facilitando, assim, a sua
continuada. tosse, dispneia e dores torácicas – mas de
expulsão pela tosse.
forma continuada. Em geral não existe febre.
No caso de comprovada infeção bacteriana, deverão
A persistência da sintomatologia também distingue
ser igualmente prescritos antibióticos.
esta doença da asma brônquica crónica, na qual, a
respiração sibilante e a falta de ar variam de
BRONQUITE CRÓ NICA intensidade de uma hora para a outra e de dia para dia.
Existência de tosse com expetoração, na maior parte A existência de expetoração sanguinolenta exige um
dos dias, durante, pelos menos, três meses exame médico urgente, dada a hipótese de cancro do
consecutivos. pulmão.
A doença resulta, normalmente, de uma redução
generalizada do calibre, ou de uma obstrução da árvore
brônquica. A instalação de um quadro Aumento da resistência
enfisematoso/dispneia crónica circulatória pulmonar

Sobrecarga do coração direito


Devido á necessidade de
aumento da força de contração
Hipertensão pulmonar para bomber o sangue através
dos pulmões

Cor pulmonale crónico Edema dos membros inferiores


Insuficiencia cardíaca direita Infiltração do interstício dos
de causa pulmonar que se pode membros inferiores devido ao
manifestar através da cianose refluxo criado nos vasos
3. Prevenção 1. Etiologia
‐ Diminuição da poluição atmosférica
‐ Evitar fumar Com o controle das infeções por meio da vacinação e
‐ Vacinação anual antigripal e antipneumocócica: da antibioterapia, a incidência das bronquiectasias tem
são benéficas na prevenção das crises, mas não diminuído.
têm efeito na progressão da doença Atualmente, a doença está praticamente extinta nas
‐ Consultar o médico em caso de persistência de crianças dos países mais desenvolvidos
tosse (produtiva ou não) e de dispneia.
As bronquiectasias são causadas geralmente por
4. Terapêutica infeções pulmonares na infância, tais como:
‐ antibioterapia: após teste de sensibilidade aos ‐ Sarampo
antibióticos ‐ Tosse convulsa
‐ administração de aerossóis com broncodilatadores ‐ Tuberculose
para combater o espasmo brônquico ‐ Pneumonias bacterianas
‐ higiene alimentar Do ponto de vista bacteriológico, bacteriológico, as
mais frequentes são:
bronquiectasias
‐ O Staphylococcus Aureus,
É uma doença pulmonar infeciosa e necrosante ‐ A Pseudomona Aeruginosa,
crónica, em que um ou mais brônquios se apresentam ‐ A Klebsiella, Pneumoniae,
distorcidos e distendidos, com lesões da camada de ‐ O Mycoplasma Pneumoniae,
revestimento interior gerando progressivamente: ‐ Alguns Anaeróbios.
 Uma inflamação crónica e acentuada das paredes; Os fungos, como o Aspergillus e o Histoplasma,
 Fibrose; também podem contribuir para o surgimento da
 Redução da musculatura brônquica;
 Perda da mobilidade dos cílios celulares Em
As bronquiectasia podem ser causadas por:
brônquicos; ‐ Infeções broncopulmonares repetitivas: podendo
 Retenção de secreções; estar relacionadas com deficiências congénitas ou
 Dilatação anómala e permanente das vias aéreas adquiridas dos mecanismos de defesa
afetadas. ‐ Obstruções brônquicas: por corpos estranhos,
tumores
Em geral, esta situação ocorre precocemente na
‐ Lesões pulmonares necrosantes: que levam a
infância e provoca infeções pulmonares crónicas que
cicatrizes e a retrações
persistem na vida adulta.

doença.

2. Sintomas e sinais
O principal sintoma é a tosse produtiva com grandes
quantidades expetoração verde-escura contendo pus,
sendo ocasionalmente raiada de sangue.
Esta expetoração provoca mau hálito. Se a
bronquiectasia for extensa, pode provocar uma
dispneia.

3. Diagnóstico
Pode ser feito, através da história/sintomatologia, e
confirmado pela:
‐ Radiografia do tórax
‐ TAC

Pneumonia Lobar

1. Mecanismos de defesa

‐ Broncografia: radiografia dos brônquios, em que 1. Inespecíficos 2. específicos


estes são visualizados após a administração de uma ("remoção/expulsão) (“destruição”)
substância de contraste aos raios X. Nas superfícies nasais - as partículas que
o Permite determinar com exatidão as eventuais espirros contornam estas defesas,
lesões ao nível dos brônquios superfícies ciliadas mais ao depositarem-se na
proximais: arrastadas superfície alveolar são
‐ Broncoscopia depuradas por células
através do revestimento
mucoso para a nasofaringe fagocitárias e por fatores
4. Terapêutica deglutidas expectorada humorais
na superfície
Administração de: traqueobrônquica:
arrastadas pelo movimento
‐ Antibióticos ciliar até a orofaringe e
‐ Mucolíticos expulsas através da tosse
‐ Broncodilatadores
A fisioterapia, através da drenagem postural, pode
reduzir as exacerbações da doença e a sua progressão.
Na fase aguda verificam-se diversas alterações nos
Se houver persistência dos sintomas, apesar destas pulmões, como consequência de infeção:
medidas, poderá ser recomendada a intervenção
cirúrgica, a fim de serem removidas as áreas Congestão
pulmonares comprometidas.
Agente da pneumonia ao atingir o alvéolo
Provoca a formação de um exsudado
5. Metas de tratamento e Plano de Com saída de plasma rico em albumina e raros elementos celulares dos vasos para os
alvéolos
assistência O ar é expulso dos alvéolos tornando o pulmão mais pesado
Todos os alvéolos de um lobo, ou todo o pulmão, ficam cheios de exsudado, devido:
Á sua intercomunicação, através dos poros de kohn;
Metas de tratamento Plano de assistência Á compressão inerente aos movimentos respiratórios
O septo interlobar impede a passagem do esxudado de um lobo para outro
Daí a designação de pneumonia lobar
No entanto, todo o pulmão, ou até ambos os pulmões podem ser atacados, sendo o direito
mais afetado que o esquerdo.

Limpar as vias aérias de secreções Tosse controlada efetiva


Drenagem postural 2a 4 vezes por
Manter um nível apropriado de dia, durante os episódios agudos
Hepatização cinzenta
hidratação, a fim fluidificar as
secreções 8 a 10 copos de água, durante o dia O exsudado da pneumonia contém fibrinogénio
Prevenir ou controlar a recorrência Que transforma em fibras de fibrina, a partir do 2º dia
de infeções Programa domiciliar de drenagem Formação de redes que se cruzam e passam pelos poros de alvéolo para alvéolo.
postural que pode ser feito ao Simultaneamente muitos neutrófilos saem dos vasos, acumulando-se nas malhas dessa
longo da vida. Imunização e rede.
terapia com antibióticos
apropriados
Hepatização vermelha

A fibrina retrai-se e desloca-se das paredes alveolares, formando-se um espaço vazio


entre o coágulo e a prede alveolar,
o que origina um vácuo, que descomprime os septos alveolares.
os capilares distendem-se e engurgutam-se de sangue, podendo até haver hemorragias
dentro dos alvéolos.

resolução

fase final dos casos que ocorrem favoravelmente.


o exsudado liquefaz-se sendo absorvido pelo sangue ou eliminado na expectoração
os alvéolos, ao ficarem livres do seu conteúdo patológico, fazem com que o ar entre de
novo, ressumind, assim, as suas funções.
nos casos pode verificar-se:
a supuração (pús) com formação de um abcesso
a gangrena
a evolução para uma pneumonia crónica, continuando a eliminação de pus oela
expectoração e a instalação gradual da fibrose
É um quadro inflamatório difuso que que de forma
isolada os lóbulos do pulmão.
pneumonia
Em casos mais graves: alteração degenerativa do
É um quadro patológico caracterizado por um processo tecido pulmonar, que conduzem á formação de
infecioso do parênquima pulmonar pequenos abcessos.
Na maioria dos casos trata-se de uma sequela de
Os vasos que bronquite:
O tecido O tecido
rodeiam os
conetivo elástico
alvéolos  em que a inflamação dos bronquíolos pode passar
para os alvéolos;
 a obstrução dos brônquios pelas secreções, ao
1. Causada por: colapsar as zonas correspondentes do pulmão,
‐ Microrganismos (infeção direta): bactérias, vírus, pode levar posteriormente á sua infeção
micoplasmas, fungos e parasitas
‐ Causas circunstanciais (infeção indireta): aspiração pneumonias “Especiais”
de comida, fluídos ou vómitos. inalação de
químicos tóxicos, fumo, pó, gases
1. As pneumonias que afetam hospedeiros
2. Métodos de diagnóstico normais (“pneumonias comunitárias”)
‐ Avaliação do estado geral do doente e exame
Podem ser causadas por:
torácico:
o inspeção, palpação, percussão, auscultação  Vírus: decorrendo da infeção pelo Influenza (vírus
da gripe). Na maioria dos casos são moderados e
3. Métodos complementares de resolvem-se sem tratamento.
diagnóstico
 Mycoplasmas (“atípicas”): são os menores
‐ radiologia microrganismos conhecidos capazes de existência
‐ exame de expetoração extracelular, com caraterísticas comuns às
‐ hemograma bactérias e aos vírus. A pneumonia ocorre com
‐ testes enzimológicos maior frequência em zonas muito populosas.
‐ testes urinários
‐ exame da aspiração endotraqueal  Legyonella Pneumophilia (“atípica”): transmite-
‐ punção pulmonar transtorácica percutânea se em ambientes húmidos. É muito grave, com
‐ broncoscopia por fibra ótica taxas de mortalidade elevadas
‐ biópsia a céu aberto
2. Pneumonias que afetam hospedeiros
4. Patologia imunossuprimidos
A pneumonia manifesta-se sob várias formas. diferem Causadas por “agentes oportunistas”, como:
na:
 O Pneumocystis Carinii
‐ natureza  Os fungos
‐ causas  Os vírus
‐ consequências
Pneumonias “nã o infeciosas”
Incluem-se todos os processos inflamatórios do
pulmão que têm como causa primária:
Segundo um critério anatómico:

a inflamação afeta uma


zona limitada do pulmão,
pneumonia lobar
em geral um lobo. Doença  A inalação de fumos, de pó ou de produtos
com curso rápido.
tóxicos
 A aspiração de comida, de líquidos ou do
vómito
o processo é mais difuso  A perfuração
na sua distribuição.
broncopneumonia
normalmente tem maior Dá-se inicialmente um processo inflamatório e,
duração que a lobar
posteriormente, poderá haver uma infeção
desencadeada por um microrganismo que “beneficia”
da fragilidade que as referidas condições provocam.
broncopneumonia
Sintomas e sinas  Febre
 Dispneia
Sintomas gerais da Pneumonia  Tosse com eventual produção de expetoração
 Cefaleias
 Dores musculares e articulares
 Sensação de fadiga
 Perda de apetite
 Sudorese noturna
 Respiração superficial e rápida
 Taquicardia
 Cianose (tom azulado da pele)
 Mau estado geral
Pneumonia típica Pneumonia atípica Cavitaçã
 Febre súbita  Início lento e gradual Evolução
Processo Necrose o
do
 Tosse produtiva com  Febre baixa ou moderada processo
infiltrado tecidular pulmona
expetoração  Tosse seca r
purulenta  Rinorreia
 Dor pleural  Mialgias Os microrganismos originam o abcesso pulmonar
 Sinais de  Odinofagia através de:
consolidação  Raros fervores e roncos
pulmonar  Uma pneumonia aguda – que não curou
em zonas delimitadas na devidamente
 Leucocitose auscultação
 Uma ferida do pulmão – a partir do exterior
 Aspiração – de material séptico da boca ou das
Metas gerais de tratamento e plano de vias aéreas
assistência o É a causa mais frequente e a mais comum em
alcoólatras, em indivíduos com alteração da
Metas de Plano de assistência consciência e/ou debilitados, bem como em
tratamento crianças.
Controle da Uso de medicamentos apropriados  Evacuação para o pulmão de um abcesso formado
infeção (antibióticos) num órgão vizinho.
Manter ou Exercícios de respiração profunda,  Embolias sépticas – em que êmbolos infetados de
melhorar a localizados á área de envolvimento zonas de circulação venosa ou de uma endocardite
ventilação Terapia com O2 e uso temporário de bacteriana, do coração direito, ficam retidos no
ventilação mecânica pulmão.
Mudanças frequentes de decúbito no
 Uma obstrução brônquica – por neoplasias ou
leito e fora dele.
corpos estranhos que dificultam a drenagem.
Mobilizar as Drenagem postural com percussão e
secreções quando a vibração nas áreas afetadas  O abcesso é mais comum no pulmão direito
dor diminuir e a Tosse efetiva – verificar se a tosse é (segmento apical do lobo inferior)
tosse torna-se profunda e controlada. o Porque o brônquio principal direito segue
produtiva Tosse assistida quando necessário proximamente a direção da traqueia na sua
Humidificação adequada bifurcação.
Complicaçõ es da pneumonia
2.1. Caraterísticas do abcesso
 Insuficiência respiratória  A sua capacidade de drenagem espontânea
 A atelectasia  Cavidade pode conter fragmentos necróticos e
 Broncospasmo exsudado inflamatório
 O derrame pleural  A superfície da cavidade ser revestida de epitélio
 O empiema escamoso/pavimentoso de regeneração
 A necrose
 A pericardite 3. Sintomas e Sinais
 Abcesso pulmonar
O abcesso começa por uma pneumonia ou por uma
broncopneumonia, por vezes c/reação pleural.
Abcesso pulmonar
Após a abertura do abcesso:
Coleção purulenta bem delimitada, desenvolvida numa
cavidade neoformada, localizada no parênquima  Febre (que costuma diminuir com a drenagem)
pulmonar.  Tosse produtiva com expetoração, cada vez mais
abundante e com cheiro fétido (se o abcesso for
1. Causas pútrido)
A infeção por qualquer microrganismo, dos quais se  Dispneia
destacam:  Sudorese noturna, por vezes com arrepios
 Mau estado geral
 Os estreptococos Aureus, viridians e hemolycitus  Emagrecimento
 O pneumococos alguns estreptococos anaeróbios  Dor pleurítica
 Algumas bactérias gram-
4. Diagnóstico
2. Patologia  Da sensação de cheiro desagradável no quarto do
doente
 Da sensação de fervores subcrepitantes á
auscultação 5. Terapêutica
 Do Rx  Prescrição de antibióticos após o respeptivo TSA
o Confirma a presença do abcesso  Higiene alimentar com abundante ingestão de
o Avalia a magnitude da infeção líquidos e reforça vitamínico
o Identifica a presença de comprometimento  Drenagem do pús, podendo ser necessária a
pleural de cavitação cirurgia
o Acompanha á resposta á terapêutica  Fisioterapia respiratória
antimicrobiana

Pleurisia
A pleura é uma membrana serosa, fina, transparente e
flexível que envolve cada pulmão. PLEURISIA LÍQUIDA
Neste tipo de pleurisia há ocorrência de derrame.
Existe a pleura visceral (interna) e a pleura parental
É mais grave que a pleurisia seca, mas menos dolorosa
(externa). A primeira reveste a superfície do pulmão. A
porque o líquido separa as camadas pleurais.
segunda contacta com a caixa torácica, o diafragma, o
O aumento de líquido entre as superfícies pleurais pode
coração e o mediastino.
provocar a compressão do pulmão, dificultando, assim, a
Entre a pleura visceral e a pleura parietal, de cada sua expansão, o que acaba por comprometer a capacidade
pulmão, encontra-se a cavidade pleural que contém o respiratória.
O coração fica sujeito a um maior esforço.
líquido pleural. 1. PLEURISIOA SEROFRIBINOSA
• Pode ocorrer como um estado de transição entre a
Este tem a capacidade de lubrificar o deslizamento da pleurisia fibrinosa e a pleurisia serosa, ou vice-versa.
pleura visceral contra a parietal, auxiliando, • Verifica-se a existência de exsudado fibrinoso e
auxiliando, assim, o mecanismo da respiração seroso.
• Na sua resolução pode ocorrer, tal como na fibrinosa,
Pleurisia a formação de aderências pleurais com hemitorácicas
A pleurisia, também conhecida por pleurite, é uma e a reabsorção do excesso de líquido no espaço
inflamação da pleura. Ocorre quando um agente causal pleural.
irrita a pleura e produz uma inflamação, tornando-a • A sua causa mais comum são as viroses.
mais irregular e espessa. 2. PLEURISIA SEROSA
Ocorre o aumento de líquido entre as pleuras, pleuras, por
Esta pode ser acompanhada ou não de derrame pleural. transudação de linfa.
Após o desaparecimento da inflamação, a pleura pode O exsudado é rico em proteínas e lípidos.
retornar ao normal, ou ocorrer a formação de No processo de cura pode ocorrer a reabsorção do líquido
aderências que fazem com que as camadas pleurais se em excesso, com resolução ou organização de algum
unam. componente fibrinoso ainda existente
1. Tipos de pleurisia 3. PLEURISIA SUPURADA
O exsudado pleural é nitidamente purulento, o que indica
Pleurisia seca/ Pleurisia líquida que ao espaço pleural
chegaram bactérias ou fungos.
PLEURISIA SECA • A inflamação das pleuras é maior do que na pleurisia
Neste tipo de pleurisia não existe derrame pleural. serofibrinosa.
• Ocorre edema e eritema pleural, seguido por um • O empiema indica que houve necrose tecidual, tecidual,
depósito de fibrina em que é destruído o epitélio acumulando acumulando-se pús no espaço pleural.
pleural. • Pode existir a formação de um abcesso, abcesso, se o pús
• Forma-se um exsudado fibrinoso (conteúdo ficar limitado no interior de uma bolsa.
(conteúdo de fibrinogénio que se polimeriza numa • Neste tipo de pleurisia o processo curativo é delicado –
espessa camada de fibrina) ao longo das superfícies será necessário
pleurais afetadas. • Neste tipo de pleurisia o processo curativo é delicado –
• A cura pode fazer-se sem sequelas ou levar à será necessário recorrer à punção-biópsia pleural ou, até
formação de mesmo, à cirurgia, cirurgia, de modo a
• aderências, ou sínfises pleurais, com retrações retirar o pús existente na cavidade pleural.
hemitorácicas que comprometem a função • As suas causas mais comuns são – a tuberculose,
respiratória. tuberculose, as lesões torácicas e as pneumonias lobares,
• Pela resposta fibrinosa pode ocorrer fibrose local em que existe a formação de um exsudado fibrino-
purulento, purulento nos alvéolos que pode passar para o O sintoma mais comum é a dor torácica aguda e
espaço pleural localizada, localizada, que normalmente tem um início
4. PLEURISIA HEMORRÁGICA súbito e é descrita como “dor em pontada”, por vezes
• Existe predominância de sangue no derrame pleural transfixiva. A dor pode variar desde um desconforto
• Pode existir a formação de um quisto pleural vago até uma dor intensa.
• O tratamento é efetuado por cirurgia ou punção- Esta pode ser sentida apenas quando o indivíduo
biópsia pleural respira profundamente ou tosse, ou pode ser contínua,
piorando com a respiração profunda e a tosse.

Pleurisia Infeciosa / Pleurisia não Assim, o indivíduo sente alívio ao dormir sobre o lado
atingido, dado que limita os movimentos respiratórios.
Infeciosa
Respiração rápida e superficial, porque a respiração
A pleurisia infeciosa pode estar associada a: profunda produz a dor; se este encurtamento da
• Pneumonias bacterianas ou virais respiração for prolongado, durante uns dias, algumas
• Tuberculose áreas do pulmão colapsam, originando uma atelectasia.
• Micoses Este tipo de respiração pode levar à dispneia, dispneia,
• Empiemas cianose e, consequentemente, à insuficiência
A pleurisia não infeciosa resulta mais frequentemente respiratória aguda.
de: Se a dor diminuir ou desaparecer – pode ser indício de
• Doenças neoplásicas derrame pode ser indício de derrame pleural. A
• Doenças reumáticas existência de derrame pleural provoca dificuldade na
respiração –dispneia – cuja gravidade é exacerbada
com o aumento do cuja gravidade é exacerbada com o
Pleurisia Aguda / Pleurisia Crónica aumento do derrame, dado que se eleva também a
compressão do pulmão.
Pleurisia Aguda: estabelece-se e desaparece, ou seja,
a causa subjacente é resolvida, pelo que o quadro de Para além da diminuição dos movimentos
pleurisia também. respiratórios, também ocorre uma diminuição das
vibrações vocais, devido ao acúmulo de líquido.
Pleurisia Crónica: consiste na permanência da
A tosse produtiva e febre dependem da etiologia. O
pleurisia com dor constante ou frequente, interferindo
emagrecimento é frequente nas formas crónicas.
na respiração e nas atividades diárias.
A macicez à percussão – é reveladora da interposição
Muitas vezes, a pleurisia é crónica, porque a doença
de uma coleção líquida;
que lhe está subjacente também o é. Geralmente este
tipo de pleurisia é de etiologia tuberculosa. A Cianose– se a pessoa apresentar a pele azulada é
sinal de grave compromisso ventilatório.
ETIOLOGIA DA PLEURISIA Há que ter sempre em consideração a causa subjacente
A pleurisia surge, na grande maioria das vezes, na à pleurisia, uma vez que os sinais e sintomas variam
sequência de outras doenças. Seguem-se as suas conforme a mesma.
principais causas:
• Pneumonia;
DIAGNÓ STICO
• Tuberculose (principal causa de pleurisia); A Pleurisia é diagnosticada – pelo exame físico e pelos
• Infeções virais ou fúngicas; sinais e sintomas referidos pelo paciente. Geralmente é
• Neoplasias primitivas ou secundárias do pulmão fácil de ser realizado, realizado, dado que a dor é muito
(pleurisia hemorrágica, característica, e através da:
• serosa ou serofibrinosa);
• Infeções de estruturas vizinhas; Auscultação onde se verificam:
• Lesões traumáticas do tórax (pleurisia • Sons respiratórios, reduzidos,
hemorrágica, seguida de pleurisia infeciosa); • Fricção pleural (som designado de “ranger de sola
• Doenças do tecido conjuntivo: febre reumática, de couro”) — Atrito pleural.
doença reumatoide, lúpus eritematoso sistémico;
• Metástases pleurais. A suspeita de pleurisia através da auscultação pode ser
confirmada através de Exames Imagiológicos, tais
SINTOMAS E SINAIS como:
Radiografia Torácica: - apesar de não revelar a Numa situação mais grave, poderá ser necessária a
pleurisia de forma direta, pode evidenciar possíveis Ventilação Assistida, dado que a dor, durante a
causas: respiração, pode tornar-se mais intensa.
• fratura de uma costela;
• doença pulmonar;
PREVENÇÃ O
Tomografia Computorizada. Para a prevenção da pleurisia deve dar-se atenção,
atenção, em primeiro lugar, às suas possíveis causas.
Ultrassonografia do Tórax
A VACINAÇÃO pode ajudar a prevenir as infeções
Outra forma de diagnóstico é feita pela: virais e bacterianas, ao diminuir a probabilidade de
desenvolvimento de pneumopatias e,
A Punção biópsia pleural, em que através de uma consequentemente, da pleurisia.
agulha se retira uma porção de líquido e um fragmento
de pleura, para serem posteriormente analisados NÃO FUMAR, dado que o fumo facilita o
através de exames patológicos, bacteriológicos e aparecimento de infeções respiratórias (por diminuir os
bioquímicos. mecanismos de defesa dos pulmões) pulmões) e do
cancro do pulmão, situações que podem conduzir à
É um procedimento simples, simples, feito com pleurisia.
anestesia local para evitar a dor, podendo ser realizado
tanto em ambiente ambulatório como em hospitalar. EVITAR O CONTACTO com PESSOAS
INFECTADAS (caso de indivíduos suspeitos de
TERAPÊ UTICA tuberculose sem tratamento...)

O tratamento definitivo é decidido de acordo com a


causa da pleurisia.
A Antibioterapia – está indicada em caso de infeção
bacteriana.
O uso de Analgésicos e Anti-inflamatórios
inflamatórios – está indicado para alívio da dor
torácica.
A codeína e outros narcóticos são analgésicos potentes
não indicados, indicados, pois suprimem a tosse que,
conjuntamente com a respiração profunda, ajudam a
evitar qualquer outra pneumopatia.
O doente com pleurisia é estimulado a respirar
profundamente e a tossir quando a dor torácica
diminuir.
A Fisioterapia– está indicada em presença de uma
pleurisia líquida, no sentido de, mais rapidamente,
rapidamente, reabsorver o líquido inflamatório da
pleura.
A Drenagem Pleural– está indicada a fim de retirar o
líquido em excesso, existente na cavidade pleural;
Em alguns casos o Internamento pode ser necessário
para a drenagem cirúrgica do líquido, por tubos, ou

mesmo, para a realização de uma cirurgia na pleura.

São utilizados para tal, exercícios respiratórios


associados à elevação e ao abaixamento do braço do
lado afetado da pleura;

Tuberculose
O que E? •

É uma doença infetocontagiosa
Pode apresentar-se na forma aguda ou crónica
• É causada por um bacilo do género PATOLOGIA
Mycobacterium, tipo – Tuberculosis
• Afeta principalmente os pulmões A produção e o desenvolvimento das lesões, assim
• Afeta principalmente os pulmões, podendo, no como a cicatrização e a evolução, são sobretudo
entanto, atingir qualquer outro órgão ou tecido do determinadas pelo:
organismo
• Pode ter cura, se corretamente tratada ‐ Número de bacilos da tuberculose presentes no
• A sua progressão pode levar á morte da pessoa inóculo e pela sua multiplicação posterior.
infetada ‐ Grau de resistência e de hipersensibilidade do
hospedeiro
A BACTÉ RIA
• É uma micobactéria Tuberculose
São mais sensíveis as pessoas sem primária
Os bacilos entram no organismo por
• Tem a forma de um bastonete recto e fino contacto anterior com o bacilo da inalação os bacilos entram no
tuberculose (principalmente as organismo por inalação – procedência
• É aeróbio crianças), ou os idosos. exógena.
• Prolifera dentro dos fagócitos
• É ácido-alcali e álcool-RESISTENTE
• É igualmente RESISTENTE a ambientes secos
• A patogenicidade não resulta de qualquer
toxicidade inerente ao mesmo, mas sim, da sua Depositam-se nos alvéolos pulmonares, sub-pleurais
capacidade de induzir a hipersensibilidade no
hospedeiro

1. Constituída por:
Infeção inicial
Porque não existem células T
Lípidos: responsáveis pela maioria das reações Mycobacterium
Leves manifestações e febre baixa Exposição
sensibilizadas
tuberculosis
celulares referentes à tuberculose;
Proteínas: indutoras da hipersensibilidade à
tuberculina, podendo também induzir a formação de Os bacilos tuberculosos multiplicam-se na correntes sanguínea e linfática
uma série de anticorpos;
Imunidade medida por células após 3/6 semanas
A maioria não evolui
Polissacarídeos: cuja função não é conhecida na para a doença clínica
Reação inflamatória
patogenia da tuberculose (fase exsudativa)
devido

2. Como se transmite
Diretamente (contágio direto), através da inalação de
gotículas contaminadas, expulsas com – a saliva, os (Teste tuberculina +)
espirros e a tosse. Infeção pulmonar Normalmente o sistema
pequena e limitada imunitário limita e
Indiretamente, através da inalação de pó – infeção através da
contaminado por material seco infetado.

Via respisratória Fagocitose dos bacilos


Conversão dos
Hipersensibilidade
Via macrófagos em células
(criando resistência á
epiteliais
gastrointestinal infeção)
Modo direto ou Inibição da replicação
indireto por: intracelular do bacilo
Via cutânea
1. Infeção Primária
Via genital COMPLEXO DE GOHN
Lesão isolada no parênquima pulmonar, pulmonar,
geralmente sub-pleural, acompanhada por uma lesão
• Através das fezes (nos pacientes com lesões dos – gânglios linfáticos hilares que drenam essa
gastrointestinais) ou da urina (no caso de parte do pulmão.
infeções do trato urinário) A lesão pulmonar dá origem a um nódulo cinzento
• Através da ingestão de leite infetado (não circunscrito (1 cm de diâmetro).
pasteurizado) Alguns dias depois a lesão torna-se granulomatosa.
• Através da pele (por ferida) Na segunda semana apresenta um centro caseoso
mole, necrótico.
2. Pneumonia Tuberculosa
Os bacilos (livres ou dentro de fagócitos) são drenados
através dos canais linfáticos, indo os gânglios Manifestações:
linfáticos hilares. Disseminação
• Febre alta
Bacilífera
• Pleurisia
2º parte do complexo • Linfadenite
de gohn Perigo de vida
3. Tuberculose secundária
Pode ser:
• Reativação dos bacilos tuberculosos
(-) De 10% dos endógenos adormecidos, num paciente
(+) De 90% dos adultos normais e nas
adulto normais sensibilizado
crianças  5
• Reinfeção dos bacilos exógenos
Inicia-se nos segmentos apicais ou nos posteriores, de
um ou mais lobos pulmonares, locais onde,
previamente, os microrganismos terão sido
“semeados” durante a infeção primária.
Curam lesões do Tuberculose primária
complexo de gohn progressiva Estas lesões sendo esféricas e cavitárias, são
designadas por – nódulos cavitários – e constituídas
por:
A infeção tem uma evolução autolimitada porque a • Uma cápsula fibrosa que circunda um centro
resposta imunocelular é suficiente para controlar a acelular caseoso, contendo numerosos bacilos
multiplicação dos bacilos. tuberculosos.
• Os bacilos propagam-se através dos pulmões,
Tanto no pulmão como nos gânglios linfáticos, as sendo se através dos pulmões, sendo lançados no
lesões do complexo de Gohn curam através da: meio ambiente durante as crises de tosse.
• Cicatrização fibrosa
• Retração
• Calcificação Tipos de Lesões Pulmonares da
A morte da maioria dos microrganismos. Mas alguns Tuberculose Secundária
continuam viáveis durante anos. Quando ocorre a rutura de uma lesão caseosa, os
bacilos podem ser veiculados para o interior da
TUBERCULOSE SECUNDÁRIA cavidade pleural empiema tuberculoso.
A propagação pode ser feita também para outras
áreas.
LESÃO INTERTICIAL
Em (-) de 10% dos adultos normais e me
crianças com menos de 5 anos de idade Retração cicatricial e calcificação da área que
circunscreve a lesão
LESÃO PLEURAL
Fibrose e aderências pleuris associadas a uma
Os mecanismos imunos são escassos e pleurisia, com acentuada dor pleural e dispneia.
falham no controle da multiplicação do
bacilo tuberculoso
4. Tuberculose Miliar
Forma disseminada da tuberculose – os bacilos tendo
acesso à via linfática e sanguínea, atingem diversos
órgãos, onde se implantam, originando lesões
diminutas branco-amareladas.
TUBERCULOSE PRIMÁRIA
PROGRESSIVA
Locais mais comuns das lesões miliares:
• Pulmões • Fígado
• Gânglios linfáticos • Meninges
O foco do complexo primário de ghon, no • Rins • Cérebro
pulmão, pode aumentar rapidamente. A • Supra-renais
erosão da árvore brônquica pode levar a • Fundo do olho
lesões das áreas adjacentes. • Medula óssea • Genitália (trompas e
• Baço testículos)
O aumento do caseum nos gânglios
• ossos
Independente dos órgãos envolvidos, todos os
linfáticos hilares pode originar uma
irrupção na parede de um brônquio, granulomas têm um aspeto semelhante e seguem a
fazendo através dele uma descarga de mesma progressão.
bacilos
GRANULOMA
‐ Coleções focais de histiocitos
‐ Células epiteliais
‐ Células gigantes de Langhanas
‐ Necrose caseosa central
‐ Fibrose TUBERCULOSE PRIMÁRIA:
‐ Mineralização  Na maioria dos casos é praticamente
assintomática;
FATORES DE RISCO  Na criança é comum a febre, a perda de apetite e
‐ As precárias condições de vida (higiene, (higiene, a incapacidade em ganhar peso e crescer a ritmo
saúde, alimentação, alimentação, etc); normal;
‐ Os grandes aglomerados populacionais;  Quando se estende à pleura verifica-se a
‐ A existência de doenças crónicas debilitantes pleuridinia (dor ao tossir e à respiração
(silicose, diabetes mellitus, cardiopatias profunda);
congénitas, SIDA, alcoolismo, doenças de adição a  Quando a lesão primária pulmonar é
drogas...); disseminada ao brônquio, verifica-se uma tosse
‐ A Idade (as crianças e os idosos são mais seca e persistente, com expetoração escassa e
suscetíveis) mucopurulenta
‐ As raças e etnias (os povos de raça branca e os
mongóis têm maior resistência) TUBERCULOSE SECUNDÁRIA:
 Quando o processo é restrito a lesões apicais
mínimas, pode ser assintomático;
 Febres altas (vespertinas);
 Sudorese noturna;
Exame bacteriológico Baciloscopia com cultura  Enfraquecimento e fadiga fácil;
 Perda de apetite e de peso;
 Tosse com expetoração mucopurulenta;
 Hemoptise (por vezes com asfixia)
Um resultado posivo indica  Dispneia com ortopneia (casos mais avançados)
que a pessoa, ou está
Exame radiológico
imunizada contra a
tuberculose, ou está infetada TUBERCULOSE MILIAR:
 Podem não existir sinais focais;
 Podem não existir lesões macroscópicas nítidas;
 Os sintomas podem restringir-se a uma febre de
Teste da tuberculina
Não distingue entre a infeção e etiologia desconhecida;
a doença ativa
 A existência de outros sintomas dependerá do(s)
órgão(s) atingido(s)

Exame anátomo-patológico
Quando o teste é negativo, é DIAGNÓ STICO
(histológico e citológico,
sorológico, bioquímico e de
necessário fazer a profilaxia Pode ser necessária uma broncoscopia com ou sem
com a vacina do BCG remoção biópsia para exame de um pedaço a fim de se
biologia molecular
estabelecer o diagnóstico certo
TERAPÊ UTICA
Devem ser administrados, pelo menos, dois
SINTOMAS antibióticos diferentes, para evitar a resistência
‐ Tosse persistente (com/sem expetoração), podendo bacteriana aos fármacos, como, por exemplo– a
ocorrer situações de hemoptise; estreptomicina e a rifampicina.
‐ Dor torácica (toracalgias);
‐ Perda de peso, anorexia e falta de apetite; Os corticosteroides estão indicados em caso de
‐ Fadiga, fraqueza, astenia e mal-estar; sintomatologia pleural tuberculosa, a fim de promover
‐ Febre (principalmente vespertina); a reabsorção do transudado.
‐ Suores noturnos;
‐ Dispneia e distúrbios respiratórios Os fatores característicos do hospedeiro são
‐ Respiração estridulosa (em caso de estenose importantes no controle dos microrganismos que
brônquica); resistem ao tratamento.
‐ Broncopneumonia agressiva;
‐ Meningite;
‐ Eventualmente, eritema nodoso.
Exercícios respiratórios:
Trabalhar as aberturas
As pleuras colam e o intercostais
Se tem
pulmão não distende Aplicação de uma força
l
• Aumentar a tolerância ao esforço, de forma É indicado o tratamento com isoniazida, quer em
progressiva pessoas que tiveram contactos com doentes com
• Incentivar a prática regular de exercício físico tuberculose pulmonar, quer em doentes medicados
• Indicar as técnicas de mobilidade para facilitar a com imunossupressores.
respiração

PREVENÇÃ O
1. Vacina BCG:
É administrada nos primeiros dias de vida do recém-
nascido
Atualmente, recomenda-se uma segunda dose da
vacina a partir dos 6 anos de idade

2. Quimioprofilaxia

Insuficiência Respiratório
DEFEITOS DA VENTILAÇÃO
DEFINIÇÃ O Ventilação: processo através do qual os pulmões
preenchem os alvéolos com ar
É a incapacidade de o aparelho respiratório manter as A função ventilatória pode ser medida através de um
trocas gasosas em níveis adequados. aparelho – o espirómetro – que nos permite
determinar os vários volumes pulmonares.
• O sangue venoso que retorna aos pulmões não é
suficientemente oxigenado – diminuição do
oxigénio – hipoxemia
• O dióxido de carbono não é convenientemente
eliminado – aumento do dióxido de carbono –
hipercapnia
• Existe uma deficiente oxigenação dos tecidos –
hipoxia

CAUSAS DA INSUFICIENCIA 1. Espirómetro


RESPIRATÓ RIA
Volume de ar inspirado ou
expirado durante uma
Volume corrente (VC)
inspiração ou expiração,
1. Disfunções do SNC respetivamente (500ml)
2. Disfunções do sistema
neuromuscular Quantidade de ar que pode
Defeitos de ser inspirada forçosamente,
Em termos gerais, a insuficiência

Permite medir 4 volumes

3. Disfunções da caixa torácica Volume de reserva


ventilação por após a inspiração do
inspiratória (VRI)
respiratória é causada por:

4. Disfunções das vias intra e volume corrente normal


extra-torácicas (3000ml)
5. Patologia pleural
Quantidade de ar que pode
Defeitos nas trocas Volume de reserva ser expirado forçosamente,
gasosas ao nível da 1. Enfisema expiratória (VRE) após a expiração do volume
membrana alveolar 2. Fibrose pulmonar difusa corrente normal (1100ml)
por:

Defeitos na 1. Insuficiencia cardíaca Volume de ar que


permanece nas vias aéreas
perfuração por: 2. Êmbolos pulmonares Volume residual (VR) e nos pulmões, apõs uma
expiração o mais forçada
possível (1200ml)

2. Capacidades Pulmonares
Quantidade máxima do ar que uma INSUFICIÊ NCIA RESPIRATÓ RIA
Capacidade inspiratória
pessoa pode inspirar, após uma
expiração normal (3500ml)
AGUDA
CI=VC+VRI
ETIOLOGIA  Atelectasia (colapso dos alvéolos
S pulmonares);
Quantidade de ar que permanece nos  Obstrução das vias aéreas;
pulmões no fim de uma expiração
Capacidade residual funcional normal (2300ml)  Pneumonias (inflamação do
CRF=VRE+VR parênquima pulmonar por agentes
patogénicos);
 Pneumotórax (acumulação de ar entre
Volume máximo de ar que uma as duas camadas da pleura);
Capacidade vital
pessoa consegue expelir, após uma
inspiração profunda (4600ml)
 Embolias (obstrução da artéria
CV=VRI+VC+VRE pulmonar ou dos seus ramos);
 Edema Pulmonar Agudo (passagem de
transudado dos capilares para os
CV=VRI+VC+VR
alvéolos, ocupando o espaço alveolar);
Capacidade pulmonar total
(5800ml)  Patologias do Foro Neuro-Muscular;
 Obesidade Acentuada (Síndroma de
Pickwick).
SITUAÇÕ ES EM QUE AS TROCAS FATORES
DESENCADEANT
 Infeções;
GASOSAS NÃ O OCORREM ES  Insuficiência cardíaca;
 Anestesia geral;
NORMALMENTE
 Intervenções cirúrgicas.
HIPOXEMIA
Quando Aumenta o Espaço Morto Fisiológico (zonas INSUFICIENCIA RESPIRATÓ RIA
que não intervêm nas trocas gasosas):
CRÓ NICA
 No Enfisema Pulmonar;
 Na Bronquite Crónica; ETIOLOGIAS
 Na Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC). Bronquite Crónica (inflamação Perturbações Neuro-Musculares
TIPO OBSTRUTIVO

TIPO RESTRITIVO
prolongada da árvores árvores (existe uma diminuição da
brônquica com hipertrofia das capacidade dos músculos
Quando Existe uma Redução da PO2 Inspirada: glândulas produtoras de muco). respiratórios e da parede, torácica, o
que provoca uma redução da
Asma (obstrução difusa das vias
aéreas, de origem inflamatória). ventilação).
 Em altitudes elevadas; Bronquiectasias (alargamento Ablação do Parênquima Pulmonar
(casos de fibrose extensa,
 Por inalação de mistura gasosa com pouca irreversível do diâmetro dos
brônquios e bronquíolos, com tuberculose e dneoplasia o provoca
uma diminuição da aérea disponível
percentagem de O2. fibrose e inflamação associadas).
para as trocas gasosas
Enfisema (afecção pulmonar
pulmonar caracterizada pela
Quando Existe um Shunt (zonas bem profundidas, mas dilatação dos espaços aéreos
situados na porção terminal dos
mal ventiladas): brônquiolos, com destruição e
perda de elasticidade das paredes
 Na Atelectasia (colapso alveolar); bronquíolo-alveolares).

 Em situações de preenchimento intra-alveolar


(Pneumonia; Edema Pulmonar).
Quando Existe um Desequilíbrio da Relação
SINTOMAS
Ventilação/Perfusão:  Dispneia: sensação de dificuldade em respirar,
cujo aparecimento, intensidade, rapidez e
 Na Asma (V/Q<1);
evolução, fornecem dados valiosos para o
 Nas DPOC (V/Q<1);
diagnóstico.
 Na Doença Vascular Pulmonar (V/Q>1)
 Cianose: coloração arroxeada da pele e mucosas,
HIPERCÁPNIA devido a um excesso de hemoglobina reduzida,
cuja intensidade não é um reflexo preciso da
Aumento do espaço morto fisiológico e o desequilíbrio gravidade da insuficiência respiratória.
ventilação/perfuração.  Taquipneia: movimentos respiratórios
anormalmente rápidos e superficiais.
 Aumento da produção de CO2  Taquicardia: ritmo cardíaco acelerado.
 Redução do impulso ventilatória  Bradicardia: lentidão do ritmo cardíaco (se a
 Disfunção da bomba respiratória, ou aumento da insuficiência persistir)
resistência das vias aéreas que dificultam a
manutenção de uma ventilação adequada MEIOS DE DIAGNÓSTICO
1. Inspeção Muscular do Tórax:
Verifica-se uma contração dos músculos Intercostais se
uma contração dos músculos Intercostais – por
Retração Intercostal – com utilização dos músculos
acessórios à respiração
2. Radiografia do Tórax: Pode exibir um pulmão
demasiado expandido.
3. TAC do Tórax: Uma TAC que revele um
enfisema, é sinal de uma IR.
4. Amostra de Sangue:
 níveis baixos de O2.
 níveis altos de CO2.
5. Gasimetria
Essencial para distinguir a gravidade da insuficiência
respiratória. Em situações normais:
80mmHg<PaO2< 100mmHg
35mmHg<PaCO2< 45mmHg

TRATAMENTO
MEDICAMENTOS Broncodilatadores
Antibióticos
Esteroides
aerossóis
OXIGENOTERAPI
A
FISIOTERAPIA O fisioterapeuta poderá intervir,
através de exercícios terapêuticos,
na mobilização e remoção das
secreções brônquicas
Traumatismos Torácicos
Os traumatismos torácicos são todos o tipo de O principal método de diagnóstico destas fraturas é a
traumatismos que afetam a caixa torácica ou as radiografia da (hemi)grelha costal em 2 planos, planos,
estruturas e órgãos que ela envolve. ou mesmo a TAC (para melhor precisão).

TIPOS DE TRAUMATISMO O tratamento foca-se na resolução dos sintomas.


Assim, o alívio da dor é a medida mais importante
Ambos os tipos de traumatismo podem provocar as
2. Fraturas duplas das costelas – Tórax Paradoxal
mesmas lesões.
Esta lesão verifica-se quando o tórax apresenta
Traumatismo Em que não há perfuração do tórax.
movimentos paradoxais na respiração. Parte é sugada
s torácicos Uma das causas mais frequentes são
para dentro na inspiração e empurrada para fora na
fechados os acidentes de viação.
expiração. Tais movimentos devem-se à pressão
Traumatismo São normalmente causados por
negativa pulmonar.
s torácicos balas ou armas brancas que, ao
abertos penetrarem no tórax, fazem a Acontece quando há fraturas duplas ou múltiplas de
comunicação entre a cavidade várias costelas seguidas, seguidas, ou quando as
pleural e o exterior fraturas das costelas estão associadas à fratura do
esterno.
TIPOS DE LESÕ ES Provoca a dispneia, podendo conduzir à insuficiência
TRAUMÁ TICAS respiratória.

• Lesões da caixa torácica Pode levar igualmente à contusão pulmonar e,


• Lesões pulmonares posteriormente, à instalação de uma atelectasia.
• Lesões das vias respiratórias É importante estabilizar o local das fraturas e aliviar a
• Lesões cardíacas dor.
• Lesões dos vasos
3. Fraturas da junção esterno-condral ou
LESÕ ES DA CAIXA TORÁ CICA costo condral
Estas lesões afetam a estrutura óssea do tórax e podem Estas fraturas afetam a cartilagem que liga as costelas
ser: ao esterno ou as costelas às cartilagens.
1. Fraturas simples das costelas Provocam dor, que é agravada pelos movimentos
respiratórios. São tratadas como as fraturas costais.
A fratura de uma ou mais costelas classifica-se como
simples quando é isolada. As fraturas não são demonstráveis por radiografia. O
diagnóstico é feito com base nos sintomas.
Não provoca mobilidade anormal nem lesões viscerais
subjacentes. 4. Fraturas do externo
Origina desconforto e dores, que aumentam com o Podem provocar apenas incapacidades mínimas, mas,
movimento da caixa torácica e que, com o tempo, também, originar o aparecimento de um tórax
podem vir a ser acompanhadas de dispneia e tosse. paradoxal, especialmente quando associadas a fraturas
O paciente pode igualmente desenvolver uma costais.
taquipneia e aumentar, quer temperatura corporal, quer
o ritmo cardíaco (taquicardia).
A atelectasia (colapso pulmonar) pode surgir devido à
acumulação de secreções nos pulmões, pulmões,
facilitada pela respiração superficial.
Outras complicações das fraturas das costelas, para
LESÕ ES PULMONARES
além da atelectasia, são – o pneumotórax, o • Podem ser unilaterais ou bilaterais.
pneumotórax sob tensão e o hemotórax. • Podem originar a deslocação pulmonar.
• Manifestam-se através de dores que são suscetíveis Etiologia Consequencias de Acidente com arma de fogo
de ocasionar: traumaismo direto do torax:
Acidente com arma branca
o Hipoventilação;
Contusão
o Tosse, que se pode complicar com a retenção de
secreções. Consequencia de fraturas Punção pleural
costais
1. Complicações Biópsias pleurais
Ventilação mecânia com
Atelectasia ou Colapso Pulmonar: pressão positiva no fim de
uma expiração em situação
de grave dificuldade
Colapso dos alvéolos pulmonares que, após se respiratória
esvaziarem do ar que contêm, acabam por se retrair. Sintomas e Dor Torácica aguda permanente, de tipo pontada, que se
sinais agrava com a respiração, com a tosse ou com qualquer
Pode ser assintomática ou sintomática movimento do tórax;

Sintomas e Dores torácicas Tosse Quintosa (consecutiva) n/ produtiva ou seca e irritativa;


sinais Dispneia intensa e angustiante Dispneia com Taquipneia;
Tosse
Taquicardia Taquicardia;
Cianose Cianose;
Diagnóstico Rx simples do tórax
TAC tórax Agitação
Broncoscopia (é capaz de detetar o
bloqueio da passagem de ar do Lesões abertas pleurocutâneas
brônquio e a sua causa)
Terapêutica Depende da causa que a ocasionou, Lesão que resulta da entrada do ar no espaço pleural
podendo ser adjuvada com a durante a inspiração. Se a abertura for superior ao
fisioterapia diâmetro da traqueia:
entra mais ar no espaço pleural, através da lesão, do
Lesão do parênquima que no pulmão através da traqueia.
A presença de uma lesão parenquimatosa origina um Durante a inspiração o pulmão do lado afetado o
quadro de edema intersticial com obliteração dos pulmão do lado afetado colapsa e pode ocorrer a
espaços alveolares e de largas áreas parenquimatosas. deslocação do outro pulmão para o lado da lesão.
Pode manifestar Pode manifestar-se por –
HEMOPTISES Na expiração o processo é o inverso.
Diagnóstico: Rx simples do tórax Insuficiente troca gasosa entre os pulmões e o meio
ambiente
Empiema pleural ou pleurisia purulenta
Sintomas e sinais: dispneia
Consiste num derrame purulento da cavidade pleural
Etiologia Conspurcação da cavidade pleural por
contiguidade com uma área
parenquimatosa; infetada;
Por comunicação interna c/ as vias
aéreas;
Por comunicação com o exterior
Sintomas e Mal-estar; hipertermia; taquipneia;
sinais estado de toxicidade
Diagnóstico Rx do tórax
Toracocentese
Pneumotórax (Traumático) Traumatopneia ou “Flutter”
Consiste na presença de ar na cavidade pleural. Pode Mediastínico
ser aberto ou em tensão/opercular
Consiste na comunicação da cavidade pleural com o Na oclusão da artéria pulmonar existem zonas do
exterior devida a feridas penetrantes do tórax; pulmão que são ventiladas, mas não são ventiladas,
mas não perfundidas - espaço morto.
Inspiração Expiração
Sintomas e • Dor retro-esternal esternal intensa;
Sinais • Dispneia com Taquipneia;
O ar entra pela ferida O ar sai pela ferida • Tosse seca, podendo igualmente
existir Tosse com expetoração raiada
com sangue (hemoptise);
O mediastino é empurrado para o
lado são, comprimindo o pulmão
O mediastino retoma a sua • Febre baixa;
posiçãomediana
contra-lateral • Ansiedade;
• Taquicardia;
Esta dança mediastínica provoca, • Cianose;
quer a insuficiência respiratória,
quer a dificuldade no enchimento • Estado de Choque;
cardíaco. • Ingurgitamento Jugular (na insuf.
ventricular direita).
Se o orifício não for ocluído Diagnóstic • Gasometria Arterial (costuma acusar
ocorre a morte (rapidamente). o uma descida de oxigénio no sangue);
• Cintigrafia Pulmonar;
• Arteriografia Pulmonar (exame em
Hemotórax
que se injeta uma substância de
Consiste na presença de sangue na cavidade pleural. contraste nas artérias)
Acompanha-se, quase sempre, de um certo grau de Terapêutica Médica e raramente cirúrgica
exsudação pleural, em que 60 a 80% está associado o
pneumotórax. Síndrome de sofrimento pulmonar
Etiologia Esta lesão é causada por dilaceração das agudo
artérias pulmonares ou do próprio
Edema agudo do pulmão de etiologia não cardíaca, que
parênquima pulmonar
origina uma diminuição acentuada de O2 no sangue.
Diagnóstic Rx do tórax (demonstra líquido e sangue
o no espaço pleural) Etiologi Resulta de uma perturbação Resulta de uma
Terapêutica Depende da gravidade da lesão a perturbação membranária alvéolo-capilar,
Pode ser conservadora ou invasiva com produção de edema rico em proteínas
(cirúrgica) que conduz à formação de uma membrana
Quilotórax ou pleurisia quilosa hialina, ao colapso alveolar maciço à
instalação de uma hipertensão arterial
Consiste num derrame de linfa na cavidade pleural pulmonar
Sintoma • Dispneia com taquipneia
Etiologia:
s e • Taquicardia
Mais frequente nos traumatismos penetrantes com sinais • Sensação de angústia
lesão do canal torácico ou dos seus colaterais, que • Cianose
aparece 3 a 7 dias após o traumatismo.
Se houver lesão da porção baixa do canal -
quilotórax direito;
Se houver lesão da porção alta do canal –
quilotórax esquerdo.
Pode ser igualmente provocado por patologia
metabólica LESÕ ES DAS VIAS AÉ REAS
Pleurisias
Rutura da traqueia
Inflamação da pleura, acompanhada ou não de derrame
pleural. Consiste na perfuração da traqueia. Pode causar:
• Massivas perdas de ar
Embolia pulmonar • Enfisema do mediastino (consiste na presença de
Obliteração súbita, total ou parcial, de uma das artérias ar no mediastino)
pulmonares, ou de um dos seus ramos, por um êmbolo • Enfisema subcutâneo – que se estendo ao pescoço
- Enfarto Pulmonar Terapêutica: é cirúrgica (inclui a traqueostomia ou
incisão da traqueia)
Rutura dos brônquios principais causando um pequeno aumento da pressão do
pericárdio, obstaculizando o retorno venoso sistémico.
A lesão pode ser restrita ao tronco brônquico principal;
estender estender-se superiormente, para a traqueia ou, SINTOMAS e SINAIS:
inferiormente, para os brônquios secundários. Choque Profundo (pele fria e húmida, pulso rápido,
Quando ocorre um corte transversal completo dos pressão sanguínea normal ou baixa, batimentos
brônquios - morte (na maioria dos casos). cardíacos fracos, distensão venosa sistémica com
sinais de insuficiência circulatória da periferia);
Sintomas e • Hemoptise
sinais • Enfisema subcutâneo Baixo Rendimento Cardíaco (hipotensão,
extenso taquicardia, pressão venosa jugular aumentada,
• Instalação de um diminuição do fluxo urinário, diminuição da
pneumotórax temperatura).
Terapêutica Cirurgia
Rutura do aparelho valvular
LESÕ ES CARDÍACAS Ocorre nos traumatismos torácicos fechados.

Sintomas • Dor Torácica anterior, dando a SINTOMAS e SINAIS:


e sinais impressão de um angor ou de um • Existência de Ruídos e de diminuição dos Tons
gerais enfarto; Cardíacos;
• Alterações do Ritmo Cardíaco • Insuficiência Cardíaca.
(taquicardia, extra-sístoles, fibrilação
auricular…); Rutura auricular ou ventricular
• Sinais de Insuficiência Cardíaca aguda
(quer por dilatação do coração, quer É a lesão mais grave dos traumatismos torácicos
por tamponamento) fechados-geralmente fatal.
O prognóstico vai depender do tipo da lesão cardíaca, Traumatismos torácicos abertos
propriamente dita, e das lesões associadas.
SINTOMAS e SINAIS:
Rutura do coração
Vão depender do tipo de lesão cardíaca. Habitualmente
Compressão do músculo cardíaco entre as vértebras e o ocorre:
esterno. Se o miocárdio estiver fragilizado, o coração
rompe mais facilmente, por: • Hemopericárdio;
• Hemorragias Intensas;
• Aumento da pressão da pressão intracardíaca;
• Hemorragia externa para a cavidade pleural. Morte imediata
(Se sobrevive, pode confluir para uma insuficiência
cardíaca congestiva)
• Curto-Circuito Esquerdo-Direita em presença de
Lesão do miocárdio traumatismo do septo interventricular;
• Fístula Aorto-Pulmonar;
Varia de um edema focal, com poucas hemorragias do • Fístulas Arterio-Venosas. Coronárias.
pericárdio ou do subendocárdio, para a rutura
completa. LESÕ ES DOS VASOS
Contusão do Miocárdio: SANGUÍNEOS
É a lesão mais frequente dos traumatismos torácicos Rutura de um vaso de grande calibre
fechados (por massagem cardíaca externa).
Ocorre nos traumatismos torácicos abertos
SINTOMATOLOGIA:
Sinais e sintomas
• Dor Torácica anterior;
• Arritmias; • Hemotórax (mais frequente);
• Alterações Electrocardiográficas semelhantes à • Hemopericárdio;
do enfarte.
A formação do HEMATOMA pode:
Tamponamento cardíaco • Comprimir os Vasos de Grande Calibre;
Derrame sanguíneo para o saco Derrame sanguíneo • Formar Fístulas Artério-Venosas;
para o saco pericárdico (intacto e não dilatável),
• Originar uma Insuficiência Cardíaca Congestiva
com gasto elevado de energia

Rutura da aorta
• Lesão conducente a uma diminuição do fluxo
vascular.
• Ocorre distalmente à artéria subclávia
(geralmente), com:
‐ pressão arterial e da pulsação nas extremidades
superiores;
‐ pressão arterial e da pulsação nas extremidades
inferiores.
Sintomas e • Dispneia;
sinais • Dor intensa no Tórax, sobretudo no
dorso, independente da respiração;
• Diferença de Pulsações
(comparativamente) entre os Membros
Superiores;
• Sinais de Contusão da Caixa Torácica;
• Apagamento Sistólico sobre a área Inter-
Escapular
Prognóstic • Morte Imediata (o mais frequente);
o • Morte por Hemorragia - adiada (horas ou
semanas após a lesão);
• Sobrevivência por um longo período com
o desenvolvimento de um falso aneurisma
da aorta (no tecido periaórtico e pleura)
Diagnóstic • Rx do tórax
o • arteriografia
Terapêutic Cirurgia
a
Lesão da artéria subclávia
Ocorrência pouco comum
Etiologia A Rotura, por Compressão ou Obstrução à
passagem do fluxo sanguíneo
Sintomas e • Diminuição da Força do membro
sinais superior envolvido;
• Parestesias;
• Palidez;
• Mucosas Frias;
• Ausência de Pulso Periférico no
membro superior envolvido
• Pressão Sanguínea na extremidade
envolvida;
• Massa Latejante na região cervical.
Diagnóstic arteriografia
o

Rutura dos vasos pericárdicos ou das


artérias coronárias
Ocorre nos traumatismos torácicos fechados
Sintomas e sinais: hemopericárdio

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