Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Materialestudo
Materialestudo
Sumário
1. Sustentabilidade organizacional
3. Organizações globais
Sumário clicável
Voltar ao sumário
OLÁ! TUDO BEM COM VOCÊ? SEJA
BEM-VINDO(A) AO QUARTO PERCURSO
DE APRENDIZAGEM DA DISCIPLINA DE
ADMINISTRAÇÃO E ORGANIZAÇÕES.
Aqui trocaremos ideias e informações
sobre sustentabilidade organizacional,
globalização, modelos integrados
de gestão e perspectivas futuras da
administração.
Nesta nota de aula, você organizará
suas ideias e seus conhecimentos
Olá
para o entendimento atual de
organizações globais, novas estruturas
organizacionais para a preservação de
sua sustentabilidade e os desafios de
um modelo de gestão e administração
para enfrentar concorrências cada vez
mais globais e consumidores mais
exigentes e conectados com o mundo.
Boa leitura, foco e sucesso.
4
1.
Voltar ao sumário
Sustentabilidade organizacional
Segundo Maximiano (2011), do século XX até os dias atuais, tem surgido uma
preocupação maior com a preservação do meio ambiente, principalmente em razão dos
danos provocados à natureza e da relação com a sociedade no futuro. No mundo, existe
a consciência de que o ambiente é uma questão sistêmica, que envolve todas as nações
e o comportamento de cada ser humano. De fato, todas as necessidades humanas são
atendidas por algum tipo de produto ou serviço retirado da natureza. Sem limites de
preservação, a produção de bens e serviços acabará comprometendo a capacidade de
renovação dos recursos naturais e a qualidade da vida do planeta.
5
É um processo participativo que cria e almeja uma visão de comunidade que respeita e
Voltar ao sumário
usa com prudência todos os recursos – naturais, humanos, feitos pelas pessoas, sociais,
culturais, científicos e assim por diante. A sustentabilidade procura garantir, o máximo
possível, que as gerações atuais tenham elevado grau de segurança econômica e possam
ter democracia e participação popular no controle das comunidades. Paralelamente,
as gerações atuais devem manter a integridade dos sistemas ecológicos dos quais
dependem toda a vida e a produção. Devem também assumir responsabilidades em
relação às gerações futuras, para lhes deixar a mesma visão.
Chiavenato (2020) afirma que a ética representa o conjunto de valores e princípios morais
que definem o que é correto e o que não é correto para uma pessoa, grupo ou organização.
O comportamento considerado ético representa quando a organização incentiva seus
colaboradores a agirem de maneira ética, aceitando e seguindo tais valores e princípios.
6
ética a todos os seus parceiros, isto é, às pessoas dentro e fora da organização; e as
Voltar ao sumário
organizações devem cobrar, continuamente, comportamentos éticos de seus parceiros,
seja por meio do respeito aos seus valores básicos, seja mediante práticas transparentes
de negócios.
De acordo com Chiavenato (2020), qualquer empresa produz alguma influência no seu
ambiente, podendo ser:
a) Positiva - quando a organização beneficia o ambiente por meio de suas decisões
e ações;
b) Negativa - quando traz problemas ou prejuízos ao ambiente.
Somente há pouco tempo, as organizações começaram a preocupar-se com obrigações
sociais. Essa preocupação crescente não foi espontânea, mas provocada por movimentos
ecológicos e de defesa do consumidor que põem em foco o relacionamento entre
organização e sociedade. Duas posições antagônicas emergem dessa preocupação,
como a seguir:
7
a) Modelo shareholder: é inverso à responsabilidade social das organizações. Refere-
Voltar ao sumário
se a que cada organização deve se preocupar em obter lucros, ou seja, satisfazer
os proprietários ou acionistas. Ao maximizar lucros, a organização eleva a riqueza
e a satisfação dos proprietários e dos acionistas. Dessa forma, com o aumento dos
lucros, as ações da empresa crescem de valor, aumentando, proporcionalmente,
a riqueza dos donos e dos acionistas. Sendo que a empresa não deve assumir
responsabilidade social diretamente, apenas procura obter a lucratividade dentro
dos limites das regras da sociedade. Dessa maneira, uma organização lucrativa
consegue beneficiar a sociedade, gerando novos empregos, pagando salários
compatíveis com o mercado, melhorando a qualidade de vida dos colaboradores
e as condições de trabalho, contribuindo para o bem-estar da sociedade pagando
os impostos e oferecendo produtos e serviços aos clientes;
8
c) Abordagem da sensibilidade social - a organização não tem apenas metas
Voltar ao sumário
econômicas e sociais, mas também se antecipa aos problemas sociais do futuro,
agindo em resposta a ele antes que se tornem críticos. Representa a abordagem
da cidadania corporativa a partir de um papel proativo na sociedade. Isso provoca
envolvimento na comunidade e encoraja as pessoas a efetuarem esforços de
conscientização social, voluntariado espontâneo e programas comunitários
em áreas carentes. Assim, a responsabilidade social não se limita aos velhos
conceitos de proteção passiva e paternalista ou de fiel cumprimento de regras
legais para avançar na proteção ativa e promoção humana, em função de um
sistema explicitado de valores éticos.
Fica aí então um questionamento: para a sustentabilidade organizacional, qual o modelo
e a abordagem mais adequados para o bom funcionamento dos negócios?
Este tópico traz à tona as mudanças advindas das exigências do mercado e a necessidade
do desempenho integrado do modelo de gestão para o sucesso dos negócios no ambiente
volátil, incerto, complexo e ambíguo.
Chiavenato (2020) revela uma nova lógica das organizações, com a velocidade da mudança
e os desafios do mundo globalizado, sendo conduzidos a um sentido de emergência
proporcional ao ajustamento e à adaptação das organizações, como condição para que
sobrevivam no novo ambiente de negócios.
9
Reduzida unidade de comando representa uma nova exigência. A forma tradicional de
Voltar ao sumário
uma pessoa só poder reportar-se a um único superior está sendo atualmente questionada.
A subordinação ao chefe está sendo substituída pelo relacionamento em direção ao
cliente, seja ele interno ou externo. Esse modelo que representa a ênfase horizontal no
processo está sendo ocupado pela hierarquia vertical, sendo uma tendência a utilização
de equipes funcionais cruzadas, forças-tarefa e estruturas horizontais para ter de forma
mais próxima o colaborador do cliente.
O staff como consultor e não como executor, pois o staff especializado executava serviços
técnicos na solução de problemas para a organização, assumindo, muitas vezes, o papel
da linha. Atualmente, a realidade é transformar o staff de prestador e executor de serviços
em consultor interno, o executor faz parte da linha. A função do staff é orientar a linha
para que faça todo o trabalho e não assumir certas atividades.
10
Cada vez mais, as organizações estão preocupadas com o alcance de objetivos, resultados
Voltar ao sumário
ou metas e não com o comportamento antagônico das pessoas. Dessa forma, regras,
regulamentos, procedimentos, horário de trabalho e outros estão sendo substituídos
por conceitos, como valores organizacionais, missão da organização, foco no cliente, os
quais permitem orientar o comportamento das pessoas.
A indagação que fica é: será que as empresas estão preparadas para as mudan-
ças e as transformações que estão vindo?
Para Chiavenato (2020), não é para perder tempo fazendo previsões ou cenários a respeito
do futuro da Administração, mas incentivar as pessoas a pensar, em como reinventar nas
organizações, como inovar enquanto o futuro ainda não chega. Assim, quando o futuro
aparecer, haverá pouco tempo para engajar na mesma velocidade de antes. Sendo mais
complicado, pois será importante e essencial improvisar para encontrar soluções rápidas
e muitas vezes falhas, pois o improviso não resolve e cria gargalos. O planejamento
está ajudando na monitoração e no diagnóstico ambiental para a adoção de decisões
e de ações estratégicas, táticas e operacionais, objetivas e direcionadas, além de uma
visão correta nas tendências, para preparar as organizações para as novas realidades
e paradigmas que poderão surgir. A análise permanente e direcionada deve ser parte
essencial da estratégia de competitividade e de sustentabilidade das organizações.
11
Assim, surgem novas abordagens na gestão e diferentes expectativas diante dos desafios
Voltar ao sumário
atuais. Sendo um quebra-cabeças, com aspectos como: volatilidade, instabilidade,
mobilidade, imprevisibilidade e ambiguidade, que são as principais características desse
ambiente instável e passageiro que envolve as organizações, correndo o risco de lidar com
situações novas, aplicando antigas e ultrapassadas soluções. Na prática, a administração
envolve uma multiplicidade de fatores internos e externos às organizações, como:
realidades, tendências, paradigmas, fenômenos, muitos dos quais estão além da nossa
compreensão. A administração está inserida em um mundo globalizado dos negócios e
de mercados, em uma conjuntura de fatores tecnológicos, econômicos, sociais, culturais,
políticos, ecológicos e demográficos, produzindo momentos de força que conduzem a
situações dinâmicas altamente complexas, inesperadas, ambíguas, imprecisas, rápidas,
momentâneas e passageiras.
Dessa forma, percebe-se que a teoria administrativa está passando por muitas mudanças
e revisão. O mundo evoluiu e a teoria precisa e deve mudar. Mas, para onde? Em que
direção? Os caminhos futuros da teoria administrativa são variados.
Na Era da Informação, o recurso mais importante deixou de ser o capital financeiro para
ser o capital intelectual, baseado no conhecimento. Trocando em miúdos, isso significa
que o recurso mais importante na atualidade não é mais o dinheiro, mas o conhecimento.
O capital financeiro guarda sua importância relativa, mas ele depende totalmente do
conhecimento sobre como aplicá-lo e rentabilizá-lo adequadamente. O conhecimento
ficou na dianteira de todos os demais recursos organizacionais, pois todos eles passaram
a depender do conhecimento. Conhecimento é a informação estruturada que tem
valor para uma organização. O conhecimento conduz a novas formas de trabalho e de
comunicação, a novas estruturas e tecnologias e a novas formas de interação humana.
São as pessoas que aprendem, desenvolvem e aplicam o conhecimento na utilização
adequada dos demais recursos organizacionais.
12
intangíveis (ainda não mensuráveis pelos tradicionais métodos da contabilidade) que são
Voltar ao sumário
identificados como “nossas pessoas”, “nossos clientes” e “nossa organização”. O valor
total dos negócios da organização é calculado pelo valor dos clientes, valor da organização
e valor das competências, e não somente pelos ativos tangíveis que formam o capital
financeiro. Dessa forma, segundo o mesmo autor, o capital intelectual é considerado por
três aspectos intangíveis:
Argyris, citado por Chiavenato (2020), afirmou que a TI (Tecnologia da Informação) tem
um papel importantíssimo no sentido de expandir a aceitação e a prática do aprendizado
nas organizações. Antigamente, a abordagem de cima para baixo ganhava força com base
13
no fato de que boa parte do comportamento não é transparente. A TI torna as transações
Voltar ao sumário
transparentes. Dessa forma, o comportamento não é mais oculto, pois a TI desenvolve
verdades fundamentais, as quais não haviam antes. Sendo assim, a TI está estimulando
e incrementando a ética e o aprendizado nas organizações.
14
3.
Voltar ao sumário
Organizações globais
Vive-se em um mundo globalizado. Isso implica que qualquer lugar está potencialmente
ligado a qualquer outro lugar que se relacione à administração do comércio, de governos,
de programas de auxílio ou qualquer outra troca global de bens e serviços, em especial os
movimentos de fluxos financeiros internacionais e de câmbio de moeda estrangeira que
hoje influenciam o valor do comércio internacional de mercadorias. A globalização é um
processo de expansão econômica, política e cultural em nível mundial.
Os EUA dominam esse cenário; possuem a única força militar capaz de uma projeção
global de poder, e sua variante da língua inglesa tornou-se, rapidamente, a norma global.
O consumo norte-americano, notadamente de energia, exaure os recursos naturais do
planeta. Os EUA não são, apenas, imensamente globalizados; são, também, maciçamente,
endividados, com muitos desses débitos mantidos em bancos chineses e japoneses. O
mundo global flutua em um mar de petróleo e de outros recursos naturais que, segundo
alguns analistas, alcança um ponto transbordante em termos de reservas a serem
utilizadas e de mecanismos existentes de influência de preços.
15
A maioria das corporações globais está sediada em apenas alguns países. Empresas do
Voltar ao sumário
Japão e dos EUA dominam a lista das 500 firmas globais. Há duas vezes mais empresas
norte-americanas do que japonesas. Alemanha, Reino Unido e França têm, cada um,
quase metade do que o Japão. Além desses, a maioria dos outros países dificilmente
aparece, com exceção de Suíça, Itália, Coreia do Sul e Canadá, com dez dessas firmas,
e há um punhado delas nos demais países da OCDE (Organização para a Cooperação e
o Desenvolvimento Econômico), bem como uma ou duas da China, Taiwan, Venezuela e
de outras economias industrializadas. À medida que o mundo se torna economicamente
global, é cada vez mais dominado pelos EUA e Japão e por interesses do Sudeste
asiático, Leste europeu e de seus aliados. A integração tecnológica, econômica e cultural
desenvolve-se entre essas três regiões e no interior das mesmas, e evidencia-se em
padrões de comércio internacional e em fluxos de investimentos. Alianças estratégicas
interempresariais se concentram grandemente entre companhias provenientes desses
países. Ali se encontram o poder científico, a supremacia tecnológica, a dominância
econômica e a hegemonia cultural.
As elites que comandam a economia mundial permanecem centradas na Europa, nos EUA
e no Japão, com a inclusão de China, Índia, Brasil e Rússia e ainda a África do Sul como
os maiores candidatos que se debatem para alcançar alguns desses postos. Atividades
internacionais capacitam as empresas a adentrar novos mercados, explorar vantagens
organizacionais e tecnológicas, bem como reduzir custos e riscos de negócios e atingir
maior integração econômica de suas atividades.
Na prática, isso pode ser um pouco mais difícil. Há uma pluralidade de corporações
transnacionais, que não dominam setores da indústria nacional em todos os mercados
nem operam sem consideração a Estados mais ou menos soberanos. O poder das
transnacionais pode ser facilmente superestimado. Apenas um pequeno número de
corporações transnacionais é autenticamente globalizado e nem toda corporação
transnacional é necessariamente grande, em uma definição convencional do termo.
Kanter, citado por Chiavenato (2020), definiu quatro processos importantes associados
à globalização:
16
a) Mobilidade de capital, pessoas e ideias: representam os principais ingredientes
Voltar ao sumário
de um negócio (capital, pessoas e ideias), adquirindo cada vez mais mobilidade,
migrando de um lugar para o outro com incrível rapidez e facilidade. A transferência
de informações ocorre em alta velocidade, tornando o lugar irrelevante.
Para Chiavenato (2020), as organizações precisam pensar como o cliente, isso represen-
ta a lógica global de negócios, na qual dois fenômenos ocorrem simultaneamente: o regu-
lamentado está se tornando desregulamentado (o que reduz o controle político); e o de-
sorganizado está ficando organizado (o que aumenta a coordenação dos setores). Dessa
forma, o autor afirma que, para vencer em mercados globais e bastante competitivos, as
organizações de sucesso compartilham uma forte tendência a inovação, aprendizado e
colaboração, a partir das seguintes ações:
17
a) As organizações estruturam-se em torno da lógica do cliente: atendendo
Voltar ao sumário
rapidamente às necessidades e desejos dos clientes em novos conceitos de
produtos e serviços, transformando o conceito geral do negócio quando as
tecnologias e mercados mudam.
b) Estabelecem metas elevadas: tentando definir os padrões mundiais nos nichos
almejados, buscando redefinir a categoria a cada nova oferta.
c) Selecionam pensadores criativos com uma visão abrangente: procuram definir
seus cargos de forma abrangente e não de forma limitada, estimulando seus
colaboradores a adquirir múltiplas habilidades, trabalhando em vários territórios
geográficos, e dão a eles as melhores ferramentas para executar suas tarefas.
d) Encorajam o empreendimento: investindo em equipes de empoderamento
para que as mesmas possam adquirir novos conceitos de produtos e serviços,
deixando que essas equipes coloquem em prática suas ideias e reconheçam
fortemente a iniciativa.
e) Sustentam o aprendizado constante: promovendo a ampla circulação de
informações, observam os concorrentes e inovadores no mundo inteiro,
medindo seu próprio desempenho com base em padrões mundiais de qualidade
e oferecendo treinamento contínuo para manter atualizado o conhecimento
das pessoas.
f) Colaboram com os parceiros: combinando o melhor de sua especialização e de
seus parceiros, desenvolvendo aplicações customizadas para os clientes. Em
outros paradoxos, as organizações bem-sucedidas apresentam uma cultura
que combina características aparentemente opostas, com padrões rígidos e
interesse pelas pessoas; com direcionamento em inovações proprietárias e
uma habilidade de compartilhar com os parceiros. Seus principais ativos são os
três Cs: conceitos, competência e conexões, os quais elas estimulam e repõem
continuamente. Assim, as organizações de sucesso estão criando o shopping
center global do futuro. No processo de globalização, as empresas se tornam
a classe mundial, focalizadas externamente e não internamente, baseando-se
no conhecimento mais recente e operando por entre as fronteiras de funções,
setores, empresas, comunidades ou países em complexas redes de parcerias
estratégicas.
Clegg et al. (2014) contribuem com esse tema mencionando que a globalização possui
uma essência técnica, que se organiza em termos de fluxos de dados, distribuição
globalizada, transformação e resultados, organizados por cadeias de suprimento globais.
Essas, por sua vez, inserem-se em sistemas tecnológicos e logísticos, que são, por sua
vez, acoplados a sistemas financeiros e de governança. Os atores principais, sem dúvida,
são as firmas transnacionais, cuja habilidade para movimentar recursos e estruturas de
apoio globais permite estruturar circuitos globais, no centro dos quais está um complexo
18
de produção, incorporando dados materiais, processos transformacionais, redes de
Voltar ao sumário
distribuição e canais de comercialização de bens de consumo. Cada um desses itens é
reciprocamente interconectado, com circuitos de feedback.
Clegg (2014) continua em suas ideias e menciona que, quanto mais a empresa se globaliza,
mais probabilidade terá́ de perder sua própria identidade dentro de um emaranhado de
companhias, alianças e mercados. Particularmente em indústrias nas quais há um líder de
mercado dominante em todo o mundo, alianças e redes estratégicas permitem coalizões
de parceiros menores para concorrerem com as principais companhias, em vez de cada
um competir de modos diversos.
19
sutilmente, e que não são imediatamente aparentes ou identificáveis em uma análise
Voltar ao sumário
simplista.
Clegg (2014) continua com seu pensamento e relata que algumas firmas se globalizam
por meio de fusão e aquisição de outras, frequentemente em outros países. Ser grande e
globalizado não é nenhuma receita infalível de sucesso, não importa o que as instituições
financeiras – cujos lucros advêm da corretagem desses contratos – possam dizer. Ser
globalizado parece descortinar às empresas riscos e desafios em vez de dominação global
e lucros fáceis. Alianças entre firmas por meio de fusões e aquisições é algo arriscado,
porque acarreta o custo de complexidade estratégica e organizacional. Administrar a
cultura da organização não é algo simples, especialmente no caso em que a organização
é resultado de uma fusão entre duas ou mais culturas distintas.
E, por fim, Clegg (2014) traz que, em um mundo globalizado, uma consequência paradoxical
da crescente globalização é a concentração de nichos de conhecimento de classe
mundial em indústrias especialistas, em diferentes economias locais, ao redor do mundo.
A significativa dimensão local do fenômeno da globalização consiste em economias
regionais desenvolvidas sobre redes interligadas de relações entre firmas, universidades
e outras instituições, em seu ambiente local. Especialização precoce se reforça pelo
crescimento de empresas e instituições similares, a fim de criar nichos industriais e de
serviços altamente competitivos. Pode-se explicar as razões para a concentração local de
indústrias especializadas em termos de vantagens de estarem nos mesmos lugares de
empresas similares, fornecedores e contratantes especializados, bem como de clientes
com conhecimento. Além disso, esses lugares tendem a oferecer uma boa infraestrutura
tecnológica e de instituições especializadas em pesquisa, bem como força de trabalho
altamente qualificada, em que a especialização dentro das empresas capacita uma
terceirização extensa e encoraja empresas novas similares a se estabelecerem no local.
20
4.
Voltar ao sumário
Perspectivas futuras da gestão
Ficam aqui algumas indagações. Para onde a gestão está indo e quais os caminhos está
tomando?
Algumas dicas podem ser oferecidas pelo que está acontecendo com a ciência moderna,
que também está passando por uma forte revisão em seus conceitos. Afinal, a teoria
administrativa não fica incólume ou distante desse movimento de crítica e renovação.
Contudo, para sabermos para onde vamos, precisamos, antes, saber de onde viemos.
21
c) O período atual, ou terceiro período da Administração, está acontecendo graças à
Voltar ao sumário
profunda influência das teorias do caos e da complexidade na teoria administrativa,
como os avanços da moderna tecnologia e das ágeis inovações.
A Era Industrial foi marcada em quase todo o século XX, atingindo a Era da Informação
e, atualmente, a Era Digital. Nessa nova era, as mudanças e transformações ocorrem
de forma, gradativamente, mais rápidas e intensas e descontínuas. A descontinuidade
significa que as mudanças não são mais lineares ou sequenciais e não seguem uma
relação de causa e efeito. Elas são totalmente diversas e alcançam patamares diferentes
do passado.
Como dizia Joseph Schumpeter, citado por Chiavenato (2020), uma economia mais
saudável é considerada aquela que rompeu o equilíbrio por meio da inovação tecnológica.
Em vez de tentar otimizar o que já possui, a atitude produtiva é a de inovar por meio do
que se chamou de destruição criativa. Destruir o antigo para criar o novo. Na visão de
Schumpeter, os ciclos em que o mundo viveu no passado foram todos determinados por
atividades econômicas diferentes. Cada ciclo tem as suas fases, só que, em cada fase,
estão ficando cada vez mais curtas, fazendo com que a economia renove a si mesma
mais rapidamente para que um novo ciclo possa iniciar novamente.
Chiavenato (2014) informa que, na medida em que a administração se defronta com novos
desafios e novas situações que se desenvolvem com o decorrer do tempo, as teorias
administrativas precisam adaptar suas abordagens ou modificá-las completamente para
continuarem úteis e aplicáveis.
Logo, adaptar-se virou sinônimo de sobrevivência nos dias de hoje. E para sobreviver
diante do mercado, que com a globalização tornou-se um único, a teoria e a prática da
administração devem se preocupar com certos fatores, como: Gestão do Conhecimento,
Capital Humano e Capital Intelectual, Responsabilidade Social, entre outros.
22
Abertura a sugestões e à persuasão e não à coerção, que se baseia no exercício da
Voltar ao sumário
•
autoridade como meio de coordenação do trabalho.
• O modelo adotado pelas organizações, no futuro, é o de equalização do poder e
não o da diferenciação, reduzindo diferenças impostas pela hierarquia de autori-
dade.
• Criação de networking e alianças estratégicas entre as empresas através de tec-
nologias de gestão de relacionamento com clientes, fornecedores de recursos de
serviços, concorrentes, agências reguladoras e outros.
• Fronteiras organizacionais irão desaparecer.
• A tecnologia da informação terá influência cada vez maior das empresas, agilizan-
do o trabalho organizacional.
• Influência dos profissionais, das pessoas, dos cientistas sendo mais crescente no
seio das organizações.
• A organização deverá satisfazer as múltiplas expectativas dos grupos de interes-
ses envolvidos, grupos que contribuem direta ou indiretamente para o sucesso da
organização.
• Responsabilidade social, novas técnicas administrativas e ética serão criadas para
avaliação do desempenho em todas as esferas das atividades da organização. Os
balanços contábeis e as demonstrações financeiras deverão agregar o balanço
social e as demonstrações de responsabilidade social.
Resumo:
Neste percurso, aprendemos que falar sobre sustentabilidade organizacional é falar de
adaptabilidade, flexibilidade, inovação, relacionamento com o mercado e com a sociedade.
É entender que a sustentabilidade vai além do simples fator financeiro. Representa toda
uma mudança nos modelos de gestão e no papel da responsabilidade ética e social para
o sucesso competitivo dos negócios. Ser sustentável baseia-se no entendimento de que
os problemas do planeta são interdependentes e sistêmicos.
23
de controle mais amplos, maior participação e empowerment, ênfase nas equipes de
Voltar ao sumário
trabalho e integração com a TI são modelos necessários para se tornar organização
global do novo século.
Para finalizar, para onde a gestão está indo e quais os caminhos estão tomando? A
adaptação virou sinônimo de sobrevivência nos dias atuais. A sobrevivência diante do
mercado requer uma prática da administração que deve se preocupar com certos fatores,
como: Gestão do Conhecimento, Capital Humano e Capital Intelectual, Responsabilidade
Social, entre outros. Dinamismo, flexibilidade e inovação são pontos-chave para o futuro
das organizações.
24
Referências:
Voltar ao sumário
CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à teoria geral da administração: uma visão abran-
gente da moderna administração das organizações. 10. ed. São Paulo: Atlas, 2020.
Disponível em: <https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597024234/
cfi/6/2!/4/2/2@0:35.0>.
CHIAVENATO, Idalberto. Administração: teoria, processo e prática /Idalberto Chiavenato.
5. ed. Barueri, SP: Manole, 2014. Disponível em: <https://integrada.minhabiblioteca.com.
br/books/9788520445457>
CLEGG, Stewart; KORNBERGER, Martin (Co-autor).; PITSIS, Tyrone (Co-autor). Administra-
ção e organizações: uma introdução à teoria e à prática. 2. ed. Porto Alegre: Bookman, 2014.
Disponível em: <https://integrada.minhabiblioteca.com.br/books/9788577808304>.
MAXIMIANO, Antonio Cesar Amaru. Introdução à administração. 8. ed. São Paulo: Atlas,
2011. Disponível em: <https://integrada.minhabiblioteca.com.br/books/9788522475872>.
25
Voltar ao sumário
UNIVERSIDADE DE FORTALEZA (UNIFOR)
Presidência
Lenise Queiroz Rocha AUTORA
CLAUDIA MARIA CARVALHO MIRANDA
Vice-Presidência
Manoela Queiroz Bacelar
Possui graduação em Administração de Empresas pela
Reitoria Universidade Estadual do Ceará (1988) e mestrado
Fátima Maria Fernandes Veras
em Administração de Empresas pela Universidade de
Vice-Reitoria de Ensino de Graduação e Pós-Graduação Fortaleza (2001). Atualmente é Supervisora de Estágio
Maria Clara Cavalcante Bugarim e Desenvolvimento de Carreiras dos Cursos de Gestão,
Vice-Reitoria de Pesquisa membro do NDE dos cursos de Administração e
José Milton de Sousa Filho
Marketing da Universidade de Fortaleza, professora dos
cursos de graduação em Administração e Marketing
Vice-Reitoria de Extensão nas disciplinas Administração e Organizações, Branding,
Randal Martins Pompeu Marketing e Empreendedorismo, além de assumir o
Vice-Reitoria de Administração cargo de CEO da empresa NutriPoint. Tem experiência
José Maria Gondim Felismino Júnior na área de Administração, com ênfase em Marketing,
Empreendedorismo e Gerencia de Pequenas Empresas.
Diretoria de Comunicação e Marketing
Ana Leopoldina M. Quezado V. Vale
Diretoria de Planejamento
Marcelo Nogueira Magalhães
Diretoria de Tecnologia
José Eurico de Vasconcelos Filho
RESPONSABILIDADE TÉCNICA
26