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Ética Das Religiões
Ética Das Religiões
AULA 3
CONTEXTUALIZANDO
Gregório Robles (2005, p. 36) escreve que todo ser humano tem a
necessidade de responder a seguinte pergunta: para que vivo? Segundo ele,
trata-se de uma necessidade psíquica, mental e espiritual que afeta o estrato
mais nobre da personalidade humana. A ética religiosa serve como referencial
para orientar as práticas de fé a compreenderem os direitos e deveres a serem
exercidos na vida acadêmica e sociocomunitária.
Manfredo Oliveira, estudando aos apontamentos de Martelli (1995, p. 453)
comenta que atualmente é acentuada a compreensão da religião como espaço
de articulação do sentido da vida, ela constitui na presente geração uma reserva
de símbolos e significados, reproduzidos institucionalmente ou livremente,
buscados pelos indivíduos, dentro de uma multiplicidade de percursos e níveis.
Para Catão (1995, p. 63), "toda religião comporta uma ética e toda ética
desemboca numa religião, na mesma medida em que a ética se orienta pelo
sentido do transcendente da vida humana”.
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TEMA 1 – NA FORMAÇÃO ACADÊMICA
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os corações de seus seguidores diante do grande Império. Havia o respeito ao
Império e o receio quanto a transgredir os seus preceitos.
A ética religiosa em meio ao exercício político foi um desafio naquele
período e assim tem sido ao passar dos séculos. Luís Gustavo T. Silva (2017)
comenta que a relação entre religião e política é objeto de estudo recorrente nas
ciências sociais. A ascensão da religiosidade nas últimas décadas tem
mobilizado ampla atenção dos pesquisadores para a interface entre essas
esferas no mundo contemporâneo.
Diamantino Bártolo (2007) comenta que em cada momento, o ser
humano, por força dos vários papéis que vai desempenhando, tem o dever de
assumir o seu exercício de cidadania, sempre a partir dos deveres e dos direitos,
nos limites estabelecidos pela ética.
José Luiz Ames (2006) observa que, para Maquiavel, por meio da religião,
se faz possível reconhecer e respeitar as regras políticas a partir de um
mandamento religioso. Esse pensamento seria uma norma coletiva que pode
assumir tanto o aspecto coercivo exterior, ligado à disciplina militar ou à
autoridade política quando pensamos sobre o caráter persuasivo interior da
educação moral e cívica para que seja gerado um consenso coletivo.
Marcos Martins (2000) comenta que assim como na Grécia Antiga, havia
duas categorias de cidadãos, os passivos e os ativos, no gerenciamento da vida
coletiva. Atualmente, isso também acontece na realidade nacional brasileira.
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O que pode ser feito pela natureza a partir de uma compreensão ético-
religiosa pluriparticipativa? Melhorar os índices de salubridade do planeta como
objetivo a ser alcançado também pelos religiosos.
Richard A. S. Rosa (2018) estudando sobre religião, educação e direito
analisa a ótica do judaísmo sobre o meio-ambiente. A religião dos judeus,
segundo ele, tem um comprometimento ambiental que cultiva a moral, a
prudência e o contato com Criador para que se viva de forma justa. Quando não
há o devido cuidado com o meio-ambiente para preservá-lo e dá-se lugar a
depravação e a barbaridade, gera-se um desequilíbrio, no qual se manifestam
oscilações sociais e cósmicas.
Isabel Carvalho e Carlos Alberto Steil (2008) comentam que hábitos
ecológicos de cuidado responsável para com o ambiente e a natureza passaram
a fazer parte de sistemas de crenças religiosas que visam situar o sujeito no
mundo, na sociedade e na natureza, e ao mesmo tempo de uma experiência do
sagrado, no sentido de que a reconexão com a natureza passa a fazer parte de
um sistema de crenças ecológicas.
Geneci Bett comenta que a educação ambiental visa auxiliar o aluno a
agir no espaço e a influir na sua construção. Efetivamente possibilita: atitude de
participação ativa na construção e produção de moradia; corresponsabilidade
em gestão territorial; valorização da vida no espaço; respeito ao direito das
pessoas pelo deslocamento espacial e ética ambiental.
NA PRÁTICA
FINALIZANDO
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Estudamos a ética religiosa praticada em questões políticas e abordamos
como é importante pensar nas necessidades do meio ambiente a partir de uma
perspectiva religiosa. Por fim, observamos que a liberdade de culto é um direito
nacional e inviolável. Todos são livres para cultuarem conforme suas convicções
religiosas lembrando-se sempre de respeitar as diferenças de credos,
convicções e práticas.
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REFERÊNCIAS
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