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IMPOSTO SOBRE RENDIMENTO DE TRABALHO

O imposto sobre o rendimento de trabalho foi criado pela Lei nº 12/81,

tendo sido posteriormente, alterado pela Lei nº 12/92. Trata-se de um imposto

directo e progressivo que incide sobre os rendimentos do trabalho real,

periódico e progressivo, por conta própria e por conta de outrem.

Defende e protege a franja populacional mais desfavorecida, como é o

caso dos deficientes físicos e multilados de guerra, os cidadãos com idade

superior a 60 anos e, ainda, os que prestam serviço militar nas forças Armadas

e na Policia Nacional.

Este imposto é aplicável aos rendimentos pessoais resultantes de

serviços prestados em Angola. Este imposto é cobrado de remuneração total

(salário e outros direitos) recebido por serviços prestados em Angola (para os

cidadãos nacionais e não nacionais). A empresa deve pagar esse imposto até

ao final do mês seguinte. Foi recentemente actualizado pelo decreto n º 74/08,

3 de Junho que mudou as taxas progressivas e escalões.

SÃO CONSIDERADAS REMUNERAÇÕES:

O salário base

Os salários especiais que, nos termos da Lei Salarial, sejam

atribuídos para certos postos de trabalho que exijam um tratamento salarial

específico
Os prémios e outros estímulos materiais atribuídos por força da

Lei Salarial e seus diplomas regulamentares

As retribuições pela prestação de trabalho extraordinário e pela

prestação detrabalho nocturno ou por turnos

Os subsídios de residência, de renda de casa e outros de

natureza análoga, quetenham carácter de regularidade

As indemnizações por despedimento semjusta causa e as

quantias pagas aos trabalhadores em cumprimento de acordo de cessação de

trabalho

As comissões, bónus, prémios de rendimentos, de produtividade,

assiduidade, de cobrança e outras prestações de natureza análoga, quetenham

carácter regular

As diuturnidades, a participação nos lucros da empresa e os

abonos por falhas

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Os subsídios de alimentação e de função e responsabilidade

O subsídio por regime de disponibilidade de trabalho.

Os subsídios de transporte

As ajudas de custo

As indemnizações pagas pela não concessão de férias ou período

de descanso

Os complementos de prestações regulamentares da Segurança

Social pagos pela empresa

Os subsídios pagos pela empresa aos trabalhadores para estudo

dos seus filhos

Os subsídios destinados ao pagamento de despesas com

assistência médica ou hospitalização do trabalhador.

NÃO SÃO CONSIDERADAS REMUNERAÇÕES:

Imposto sobre consumo


Imposto sobre capital

Imposto de Selo

Imposto Industrial

INCIDÊNCIA

DO

IMPOSTO SOBRE OS RENDIMENTOS DO

TRABALHO

O Imposto sobre os Rendimentos do Trabalho (lRT) incide sobre os

rendimentos obtidos, quer por conta de outrém, quer por conta própria,

expressos em dinheiro ou espécie, independentemente da respectiva natureza,

proveniência e forma de pagamento. O conceito de rendimentos do trabalho é

amplo, incluindo, designadamente, todas as remunerações percebidas a título

de ordenados, vencimentos, salários, honorários, avenças, gratificações,

subsídios, prêmios, comissões, participações, senhas de presença,

emolumentos, participações em multas, custas e outras remunerações

acessórias. Incluem-se, ainda, os abonos para falhas, os subsídios diários, de

representação de viagens. ou deslocações e quaisquer outras importâncias da

mesma natureza que excedam os limites fixados para os funcionários do

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Estado, bem como as remunerações dos membros dos órgãos estatutários das

pessoas colectivas, e os aumentos patrimoniais e despesas efectivamente

realizadas sem a devida comprovação da origem do rendimento

DETERMINAÇÃO DA MATÉRIA COLECTÁVEL

CONTRIBUINTE POR CONTA PRÓPRIA

Rendimentos de trabalho por conta própria são os auferidos no

exercício, de forma independente, de profissão em que predomine o carácter

científico, artístico ou técnico da actividade pessoal ou pela prestação, também

de forma independente, de serviços não tributados por outro imposto. Só se

consideram de carácter científico, artístico ou técnico as actividades

desenvolvidas no âmbito de profissões constantes da lista anexa ao Código do

IRT.

Os contribuintes que trabalham por conta própria apresentam na

repartição fiscal da sua residência uma declaração (conforme o modelo anexo),

durante o mês de Janeiro de cada ano, onde são discriminadas todas as

remunerações ou rendimentos auferidos no ano anterior, fazendo

imediatamente a liquidação do imposto devido (auto liquidação).

A administração fiscal confirma ou corrige os rendimentos declarados

pelo contribuinte, fazendo os acertos julgados necessários. Caso o contribuinte

não apresente a declaração completa, a administração fiscal fixará o valor da

matéria colectável.

CONTRIBUINTES POR CONTA DE OUTREM

Rendimentos do trabalho por conta de outrem são todas as


remunerações atribuídas ou pagas por uma entidade patronal, considerando-

se, para este efeito, como entidade patronal toda a pessoa individual ou

colectiva que, por contrato de trabalho ou outro a ele legalmente equiparado,

adquire o poder de dispor da força de trabalho de outrem, mediante pagamento

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de uma remuneração. Consideram-se igualmente como rendimentos do

trabalho por conta de outrem, os rendimentos dos membros dos corpos

gerentes, conselhos fiscais, mesas das assembleias-gerais ou outros órgãos

de sociedades, assim como as importâncias que os sócios das sociedades e

donos de empresas individuais escriturem na contabilidade da empresa a título

de remuneração do seu próprio trabalho.

As entidades a quem compete pagar ou entregar as remunerações

(substitutos fiscais ou contribuinte de facto) são responsáveis pela redução

(desconto) e entrega nos cofres do Estado do valor do imposto devido pelos

seus trabalhadores.

O imposto deve ser pago até ao dia 10 do mês seguinte ao do

recebimento das remunerações por meio do DAR do mês seguinte ao do

recebimento de arrecadação de receitas, na repartição de finanças da área da

sua residência. Para efeitos do IRT os salários do pessoal das empresas do

estado, privadas e mistas devem ser processados em folhas de remunerações,

desde que sejam mais de três (3) trabalhadores.


INCIDÊNCIA PESSOAL

O imposto é devido pelas pessoas singulares, quer residam quer não em

território angolano, desde que obtenham rendimentos por serviços prestados

em Angola. O Código não contém qualquer definição de "serviços prestados

em Angola". O anterior Código do IRT, aprovado pela lei nº 12/92, de 19 de

Junho, continha uma definição expressa do conceito de residente para efeitos

fiscais, a qual desapareceu no Código actualmente em vigor. Atendendo a que

a lei nº 10/99, de 29 de Outubro, revogou expressamente o anterior Código,

não existe, de momento, qualquer conceito legal de residente para efeitos

fiscais.

NÃO INCIDÊNCIA DO IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO DO

TRABALHO

Não constituem matéria colectável, designadamente:

• Os subsídios de aleitamento, por morte, por acidentes de trabalho e

doenças profissionais, desemprego e funeral;

• As pensões de reforma por

velhice, invalidez e sobrevivência, as

gratificações de fim de carreira e as indemnizações por despedimento;

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