Anatomia Humana e Animal JUNHO

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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Sistema Esquelético e Muscular

Nome da Estudante: Ercília Francisco


Código: 708211441

Quelimane, Maio, 2023


Universidade Católica de Moçambique
Instituto de Educação à Distância

Sistema Esquelético e Muscular

Nome da Estudante: Ercília Francisco


Código: 708211441

Nome do Docente: Rosalita Macate

Curso: Licenciatura em Ensino de Biologia


Disciplina: Anatomia Humana e Animal
Ano de Frequência: 3º Ano, Turma J

Quelimane, Maio, 2023


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problema)
Introdução  Descrição dos
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objectivos
 Metodologia adequada
2.0
ao objecto do trabalho
 Articulação e domínio
do discurso académico
Conteúdo (expressão escrita 3.0
cuidada, coerência /
Análise e coesão textual)
discussão  Revisão bibliográfica
nacional e internacional
2.0
relevante na área de
estudo
 Exploração dos dados 2.5
 Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
 Paginação, tipo e
Aspectos tamanho de letra,
Formatação 1.0
gerais parágrafo, espaçamento
entre linhas
Normas APA
 Rigor e coerência das
Referências 6ª edição em
citações/referências 2.0
Bibliográficas citações e
bibliográficas
bibliografia
Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor

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Índice
Introdução .................................................................................................................................... 2

Objectivo geral:............................................................................................................................ 2

Objectivos específicos: ................................................................................................................. 2

Metodologia ................................................................................................................................. 2

1. Ossos do crânio ..................................................................................................................... 3

2. Tecidos cartilaginosos ........................................................................................................... 8

3. Movimentos articulares ....................................................................................................... 10

4. Características dos músculos ............................................................................................... 11

5. Classificação dos músculos ................................................................................................. 11

6. Constituição dos músculos e doenças musculares ................................................................... 13

Conclusão .................................................................................................................................. 14

Referências Bibliográficas.......................................................................................................... 15

1
Introdução
O presente trabalho aborda a o sistema esquelético e o sistema muscular. O sistema esquelético é
constituído de ossos e cartilagens, além dos ligamentos e tendões. O esqueleto é responsável por
sustentar e dar a forma ao corpo. Ele também protege os órgãos internos e actua em conjunto com
os sistemas muscular e articular para permitir o movimento.

Este trabalho faz um resumo sobre o sistema muscular e esquelético, de modo a responder aos
seguintes objectivos:

Objectivo geral:
Compreender o o sistema muscular e esquelético.

Objectivos específicos:
 Descrever os ossos do crânio;
 Caracterizar os tipos de músculos;
 Mencionar a constituição dos músculos.

Metodologia
Para o alcance destes objectivos foi adoptada uma metodologia assente numa pesquisa
bibliográfica que inclui diversos autores devidamente citados ao longo do texto e mencionados na
bibliografia final deste trabalho. A pesquisa bibliográfica se caracteriza por ser a leitura de livros,
artigos académicos, jornais ou qual outro material de cunho técnico ou académico com, e, neste
trabalho teve o propósito de fazer sustentar o tema em estudo.

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1. Ossos do crânio

Cabeça é a parte superior do corpo que está fixada ao tronco pelo pescoço. Crânio é a parte
esquelética da cabeça que forma uma caixa óssea, ou seja, é o esqueleto da cabeça. O Crânio é
composto de 22 ossos: oito ossos cranianos e 14 ossos faciais. Os ossos móveis são a mandíbula e
os do ouvido (bigorna, martelo e estribo). A abóbada craniana envolve e protege o cérebro,
fazendo parte também da cavidade do nariz e das órbitas.

De acordo com Chisholm (1911) o crânio é a estrutura esquelética da cabeça que sustenta o rosto
e protege o cérebro. É subdividido em ossos do neurocrânio e do viscerocrânio. Os ossos do
viscerocrânio são aqueles que estão por trás das estruturas faciais, formam a cavidade nasal,
envolvem os globos oculares e sustentam os dentes da mandíbula superior e inferior. O
neurocrânio, arredondado, envolve e protege o cérebro e abriga as estruturas do ouvido médio e
interno. No adulto, o crânio consiste em 22 ossos individuais, 21 dos quais são imóveis e unidos
em uma única unidade. O 22º osso é a mandíbula, que é o único osso móvel do crânio

Vista anterior do crânio

O crânio anterior consiste nos


ossos faciais e fornece suporte
ósseo para os olhos, dentes e
estruturas do rosto, além disso
fornece aberturas para
alimentação e respiração. Esta
visão do crânio é dominada
pelas aberturas das órbitas e da
cavidade nasal. Também são
vistos os maxilares superior e
inferior, com seus respectivos
dentes (Claud, 1988).

A órbita é a cavidade óssea que


abriga o globo ocular e os
músculos que movem o globo ocular ou abrem a pálpebra superior. A margem superior da órbita
anterior é a margem supraorbital. Localizado próximo ao ponto médio da margem supraorbital, há
uma pequena abertura chamada forame supraorbital. Este permite a passagem de um nervo

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sensorial para a região anterior da testa. Abaixo da órbita está o forame infraorbital, que é o ponto
de emergência para um nervo sensorial que supre a face anterior abaixo da órbita.

No interior da região nasal do crânio, a cavidade nasal é dividida ao meio pelo septo nasal. A
porção superior do septo nasal é formada pela placa perpendicular do osso etmóide e a porção
inferior pelo osso vômer. Ao olhar para a cavidade nasal pela frente do crânio, duas placas ósseas
são vistas projetando-se de cada parede lateral. A maior delas é a concha nasal inferior, um osso
independente do crânio. Localizada logo acima da concha inferior está a concha nasal média, que
faz parte do osso etmóide. Uma terceira placa óssea, também parte do osso etmóide, é a concha
nasal superior. A concha nasal superior está localizada lateralmente à placa perpendicular, na
cavidade nasal superior.

Vista lateral do crânio

De acordo com Tözeren


(2000) uma lateral do crânio é
dominada pela grande abóbada
craniana, maxila e mandíbula.
Separando essas áreas está o
arco zigomático. O arco
zigomático (maçã do rosto) é o
arco ósseo na lateral do crânio
que se estende desde a área da
bochecha até logo acima do
canal auditivo. É formado pela
junção de dois processos
ósseos: um componente
anterior curto, o processo
temporal do osso zigomático e uma porção posterior mais longa, o processo zigomático do osso
temporal, estendendo-se para a frente a partir do osso temporal. Assim, o processo temporal
(anteriormente) e o processo zigomático (posteriormente) se unem, como as duas extremidades de
uma ponte levadiça, para formar o arco zigomático.

Um dos principais músculos que move a mandíbula para cima durante a mordida e a mastigação,
o masseter, surge do arco zigomático. Na lateral do crânio, acima do nível do arco zigomático,
existe um espaço raso denominado fossa temporal. Saindo da fossa temporal e passando

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profundamente ao arco zigomático, está outro músculo que atua na mandíbula durante a
mastigação, o m. temporal.

Vista posterior do crânio

Osso parietal

O osso parietal forma a maior


parte do lado superior e lateral do
crânio. Esses são ossos pareados,
assim temos os ossos parietais
direito e esquerdo se unindo na
parte superior do crânio
formando a sutura sagital. Cada
osso parietal também é
delimitado anteriormente pelo
osso frontal na sutura coronal,
inferiormente pelo osso temporal
na sutura escamosa e
posteriormente pelo osso
occipital na sutura lambdoide (Mooar, 2007).

Osso temporal

O osso temporal é subdividido em várias regiões. A porção superior achatada é a porção escamosa
do osso temporal. Abaixo desta área e projetando-se anteriormente está o processo zigomático do
osso temporal, que forma a porção posterior do arco zigomático.

Posteriormente está a porção mastóide do osso temporal. Projetando-se inferiormente a partir


desta região está uma grande proeminência, o processo mastóide, que serve como um local de
fixação do músculo. O processo mastóide pode ser facilmente sentido na lateral da cabeça, logo
atrás do lóbulo da orelha.

No interior do crânio, a porção petrosa de cada osso temporal forma a crista petrosa proeminente,
vertical, orientada diagonalmente que se eleva da fossa craniana posterior até a fossa craniana
média. Localizadas dentro de cada crista petrosa estão pequenas cavidades que abrigam as
estruturas das orelhas média e interna (Claud, 1988).

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Vista Inferior

Osso occipital

O osso occipital é o único osso que


forma o crânio posterior e a fossa
craniana posterior. Em sua superfície
externa, na linha média posterior, há
uma pequena protuberância chamada
protuberância occipital externa, que
serve como local de fixação para um
ligamento da região posterior do
pescoço. Lateralmente a cada lado
desta saliência está uma linha nucal
superior (nucal = “nuca” ou “pescoço
posterior”).

As linhas nucais representam o ponto


mais superior no qual os músculos do
pescoço se fixam ao crânio, com
apenas o couro cabeludo cobrindo o
crânio acima dessas linhas. Na base do
crânio, o osso occipital contém a
grande abertura do forame magno, que permite a passagem da medula espinhal conforme ela sai
do crânio. Em cada lado do forame magno há um côndilo occipital de formato oval. Esses
côndilos formam articulações com a primeira vértebra cervical que permitem o movimento
inclinado (como em concordância) da cabeça (Schmiedeler, 1934).

Osso frontal

Segundo Mooar (2007) o osso frontal é o único osso que forma a testa. Em sua linha média
anterior, entre as sobrancelhas, há uma ligeira depressão chamada glabela. O osso frontal também
forma a margem supraorbital da órbita. Próximo ao meio dessa margem, está o forame
supraorbital, a abertura que fornece a passagem de um nervo sensorial para a testa. O osso frontal
é espessado logo acima de cada margem supraorbital, formando cristas sobrancelhas
arredondadas. Elas estão localizadas logo atrás de suas sobrancelhas e variam em tamanho entre
os indivíduos, embora sejam geralmente maiores nos homens. Dentro da cavidade craniana, o
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osso frontal se estende posteriormente. Essa região achatada forma tanto o teto da órbita abaixo
quanto o assoalho da cavidade craniana anterior acima.

Osso Esfenóide

De acordo com Chisholm (1911) o osso esfenoidal é um osso único e complexo, localizado na
região central do crânio. Ele serve como um osso de “pedra angular”, porque se junta a quase
todos os outros ossos do crânio. O esfenóide forma grande parte da base do crânio central e
também se estende lateralmente para contribuir para os lados do crânio. Dentro da cavidade
craniana, as asas menores direita e esquerda do osso esfenóide, que se assemelham às asas de um
pássaro voador, formam o lábio de uma crista proeminente que marca a fronteira entre as fossas
cranianas anterior e média. A sella turcica (ou “Sela turca”) está localizada na linha média da
fossa craniana média.

Esta região óssea do osso esfenoidal tem esse nome devido à sua semelhança com as selas de
cavalo usadas pelos turcos otomanos, com um dorso alto, denominado dorso da sela, e uma frente
alta. A depressão arredondada no assoalho da sela túrcica é a fossa hipofisária, que abriga a
glândula hipófise, do tamanho de uma ervilha. As asas maiores do osso esfenoidal estendem-se
lateralmente para ambos os lados, longe da sela túrcica, onde formam o assoalho anterior da fossa
craniana média.

A asa maior é melhor vista na parte externa do crânio lateral, onde forma uma área retangular
imediatamente anterior à porção escamosa do osso temporal. Na face inferior do crânio, cada
metade do osso esfenóide forma duas placas ósseas finas e orientadas verticalmente. Estas são a
placa pterigóide medial e a placa pterigóide lateral (pterigóide = “em forma de asa”). As placas
pterigóideas mediais direita e esquerda formam as paredes laterais posteriores da cavidade nasal.
As placas pterigóides laterais um pouco maiores servem como locais de fixação para os músculos
da mastigação que preenchem o espaço infratemporal e atuam na mandíbula.

Osso Etmóide

O osso etmóide é um osso único da linha média que forma o teto e as paredes laterais da cavidade
nasal superior, a porção superior do septo nasal, e contribui para a parede medial da órbita. No
interior do crânio, o etmóide também forma uma porção do assoalho da cavidade craniana
anterior. Dentro da cavidade nasal, a placa perpendicular do osso etmóide forma a parte superior
do septo nasal. O osso etmóide também forma as paredes laterais da cavidade nasal superior.

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Estendendo-se de cada parede lateral estão a concha nasal superior e a concha nasal média, que
são projeções curvas e finas (cornetos) que se estendem para a cavidade nasal (Chisholm, 1911).

Na cavidade craniana, o osso etmóide forma uma pequena área na linha média do assoalho da
fossa craniana anterior. Essa região também forma o teto estreito da cavidade nasal subjacente.
Esta porção do osso etmóide consiste em duas partes, a crista galli e as placas cribriformes. A
crista galli (“crista ou crista do galo”) é uma pequena projeção óssea para cima localizada na linha
média. Funciona como um ponto de fixação anterior para uma das meninges (membranas
protetoras que cobrem o cérebro). De cada lado da crista galli está a placa cribriforme (cribrum =
“peneira”), uma área pequena e achatada com numerosas pequenas aberturas denominadas
forames olfatórios. Pequenos ramos nervosos das áreas olfativas da cavidade nasal passam por
essas aberturas para entrar no cérebro.

2. Tecidos cartilaginosos

Segundo Chisholm (1911) o tecido cartilaginoso é um tecido conjuntivo especializado, com


consistência rígida e desenpenha as seguintes funções:

 Forma o esqueleto temporário dos embriões;


 Tem a função de suporte para tecidos moles e com flexibilidade ;
 Reveste articulações pois esse tecido absorve choques;
 Forma e faz crescer os ossos longos (é precursor do tecido ósseo);
 Facilita o deslizamento dos ossos nas articulações.

Esse tecido apresenta as


seguintes células: condroblasto,
condrócito, fibroblasto e células
condrogênicas.

A matriz é feita de colágeno (ou


colágeno com elastina), que
fornece flexibilidade, associado
com proteoglicanos, ácido
hialurônico, glicoproteínas e
água de solvatação que dão
força. A água de solvatação, da
matriz, tem a função de contrachoque e de nutrição para os condrócitos.
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Os condrócitos ficam em lacunas, como podemos observar na imagem (na imagem a célula se
afasta da sua cápsula, ficando um vazio por causa da retração, graças ao corte histológico). Sua
oxigenação é deficiente, ocorrendo respiração anaeróbica. Já os nutrientes chegam nos
condrócitos mais profundos pela água de solvatação e pelas compreesões feitas sobre a
cartilagem. O grupo isógeno ganha esse nome porque é uma lacuna onde um condrócito se dividiu
e ainda não produziram matriz suficiente para separar um do outro, permanecendo em íntima
aposição. O condroblasto é a célula que está em maior atividade, está na periferia de forma
alongada, futuramente será um condrócito. E as células condrogênicas são células mesênquimais
que originam os condroblastos (Chisholm, 1911).

Características:

 Apresenta muita matriz extracelular;


 É originado do mesênquima;
 Não tem vasos e nem nervos;
 A nutrição é feita pelo tecido conjuntivo adjacente (pericôndrio) ou pelo líquido sinovial;
 É a substância para formar tecido ósseo na ossificação endocondral;
 Possui baixo metabolismo.

Existem 3 TIPOS de cartilagem:

 Cartilagem hialina;
 Cartilagem elástica;
 Cartilagem fibrosa.

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3. Movimentos articulares

De acordo com Mooar (2007) as articulações movem-se em direções diferentes. O movimento


ocorre em tomo de um eixo e de um plano. Os termos a seguir são usados para descrever os vários
movimentos que ocorrem numa articulação sinovial. A articulação sinovial é uma articulação
móvel livre, onde a maioria dos movimentos
articulares ocorrem.

Flexão: é o movimento de dobra de um osso


sobre o outro causando uma diminuição do
ângulo da articulação.

Extensão: é o movimento que ocorre


inversamente à flexão. É o endireitamento de
um osso sobre o outro, causando aumento do
ângulo de articulação. O movimento,
geralmente, traz uma parte do corpo à sua
posição anatômica após esta ser flexionada. A
hiperextensão é a continuação da extensão,
além da posição anatômica.

Abdução: é o movimento para longe da linha


média do corpo e adução é o movimento de
aproximação da linha média do corpo. As exceções a esta definição de linha média são os dedos e
os artelhos, onde o ponto de referência para os dedos é o dedo médio. O movimento para longe do
dedo médio abduz, mas aduz somente como um movimento de volta da adução. O ponto de
referência dos artelhos é o segundo artelho. Semelhante ao dedo médio, o segundo artelho abduz
da direita para a esquerda, mas não abduz a não ser como movimento de volta da adução.

Circundução: é a combinação de todos esses movimentos numa seqüência em que a parte da


extremidade faz um grande círculo no ar, enquanto as partes próximas à extremidade proximal
fazem um círculo pequeno.

Rotação: é o movimento de um osso ou parte dele em torno de seu eixo longitudinal. Se a


superfície anterior se move em direção à linha média, é chamado medial ou rotação interna. Se a
superfície anterior se movimenta para longe da linha média, este movimento é chamado rotação
lateral ou externa. Alguns termos são usados para descrever movimentos específicos de certas
articulações, como:
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Pronação: é o movimento ao longo de um plano paralelo ao solo e para longe da linha média e
retração é o movimento no mesmo plano em direção à linha média. Ainda existem alguns termos
como desvio ulnar e radial, para se referir à adução e abdução do punho.

Inclinação lateral: quando se refere ao tronco que se move para a direita ou para a esquerda.

4. Características dos músculos

Entre as suas principais características estão: excitabilidade, contratilidade, extensibilidade e


elasticidade. Os músculos representam 40% da massa corporal. Por isso, em muitos animais o
tecido muscular é o mais abundante. As células do tecido muscular são alongadas e recebem o
nome de fibras musculares ou miócitos.

Segundo Tözeren (2000) o tecido muscular é caracterizado pela presença de células alongadas,
denominadas fibras musculares ou miócitos, com um citoplasma rico em filamentos proteicos,
principalmente actina e miosina. A actina é uma fibra proteica do citoesqueleto e, junto a outras
proteínas, forma os chamados filamentos finos. A miosina é uma proteína associada ao
citoesqueleto e forma os filamentos espessos.

As células musculares apresentam ainda tecido conjuntivo conjugado e sua matriz extracelular é
constituída pela lâmina basal e fibras reticulares. Algumas estruturas das células musculares
recebem denominações especiais. A membrana das células musculares é denominada sarcolema,
seu citoplasma chama-se sarcoplasma, e seu retículo endoplasmático liso é chamado de retículo
sarcoplasmático.

5. Classificação dos músculos

Quanto à situação:

a) Superficiais ou Cutâneos: estão logo abaixo da pele e apresentam, no


mínimo, uma de suas inserções na camada profunda da derme. Estão
localizados na cabeça (crânio e face), pescoço e na mão (região hipotenar).
Exemplo: platisma.

b) Profundos ou Subaponeuróticos: são músculos


que não apresentam inserções na camada profunda da derme e, na maioria
das vezes, se inserem em ossos. Estão localizados abaixo da fáscia
superficial. Exemplo: pronador quadrado.
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Quanto à Forma:

a) Longos: são encontrados especialmente nos membros. Os mais


superficiais são os mais longos, podendo passar duas ou mais articulações
(uni ou bi-articulares). Exemplo: bíceps braquial.

b) Curtos: encontram-se nas articulações cujos movimentos têm pouca


amplitude, o que não exclui força nem especialização.
Exemplo: músculos da mão.

c) Largos: caracterizam-se por serem laminares. São encontrados nas


paredes das grandes cavidades (tórax e abdome). Exemplo: diafragma.

Quanto à Disposição da Fibra:

a) Reto: Paralelo à linha média. Ex: reto abdominal.


b) Transverso: Perpendicular à linha média. Ex: transverso abdominal.
c) Oblíquo: Diagonal à linha média. Ex: oblíquo externo.

Quanto à Função:

a) Agonistas: são os músculos principais que ativam um movimento específico do corpo, eles se
contraem ativamente para produzir um movimento desejado. Ex: realizar uma flexão de cotovelo,
o agonista é o bíceps braquial.

b) Antagonistas: músculos que se opõem à ação dos agonistas. Quando o agonista contrai-se, o
antagonista relaxa progressivamente produzindo um movimento suave. Ex: no exemplo anterior, o
antagonista é o tríceps braquial.

c) Sinergistas: são aqueles que participam auxiliando a movimentação principal ou estabilizando


as articulações para que não ocorram movimentos indesejáveis durante a ação principal. Ex: no
mesmo exemplo, os flexores e extensores do punho contraem-se mantendo estáveis as
articulações do punho e cotovelo.

d) Fixadores: estabilizam a origem do agonista de modo que ele possa agir mais eficientemente.
Estabilizam a parte proximal do membro quando move-se a parte distal.

Quanto à Nomenclatura:

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O nome dado aos músculos é derivado de vários fatores, entre eles o fisiológico e o topográfico:
a) Ação: extensor dos dedos.

b) Ação Associada à Forma: pronador redondo e pronador quadrado.

c) Ação Associada à Localização: flexor superficial dos dedos.

d) Forma: músculo deltóide (letra grega delta).

e) Localização: tibial anterior.

f) Número de Origem: bíceps femoral e tríceps braquial.

6. Constituição dos músculos e doenças musculares

Na optiva de Mooar (2007) as doenças musculares são aquelas onde há comprometimento


estrutural ou funcional primário do músculo, fato esse também denominado de miopatia. Os
sintomas mais comuns envolvem a fraqueza muscular e a fatigabilidade. Podem ocorrer também
dor, rigidez, espasmos ou cãibras.

Existem inúmeras causas para tais patologias. Todavia, costuma-se dividi-las em dois tipos : as
hereditárias e as adquiridas. As distrofias são miopatias hereditárias e, apesar da diferente
nomenclatura, também fazem parte desse grande grupo das aflições musculares (Tözeren, 2000).

a) As miopatias hereditárias englobem:

 Miopatias congênitas
 Distrofias Musculares
 Miotonias e canalopatias
 Miopatias metabólicas primárias
 Miopatias mitocondriais

b) As miopatias adquiridas são representadas:

 Miopatias inflamatórias
 Miopatias tóxicas e induzidas por drogas
 Miopatias metabólicas secundárias e endócrinas
 Miopatias infecciosas

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Conclusão

A realização deste trabalho permitiu perceber que O sistema esquelético é constituído de ossos e
cartilagens, além dos ligamentos e tendões. O esqueleto é responsável por sustentar e dar forma ao
corpo. Ele também protege os órgãos internos e atua em conjunto com os sistemas muscular e
articular para permitir o movimento. Outras funções são a produção de células sanguíneas na
medula óssea e armazenamento de sais minerais, como o cálcio. O osso é uma estrutura viva,
muito resistente e dinâmica pois tem a capacidade de se regenerar quando sofre uma fratura.

Por seu turno o sistema muscular é composto pelos diversos músculos do corpo humano. Os
músculos são tecidos, cujas células ou fibras musculares possuem a função de permitir a
contração e produção de movimentos. As fibras musculares, por sua vez, são controladas pelo
sistema nervoso, que se encarregam de receber a informação e respondê-la realizando a ação
solicitada.

14
Referências Bibliográficas

Chisholm, H. (1911). Encyclopædia Britannica. Cambridge University Press.

Claud, A. (1988). A Anatomia e Biologia do Esqueleto Humano (em inglês). [S.l.]: Texas A&M
University Press.

Mooar, P. (2007). Muscles. Merck Manual.

Schmiedeler, E. (1934). Pais e Filhos: Um Estudo Introdutório da Educação dos Pais. [S.l.]: D.
Appleton-Century

Tözeren, A. (2000). Dinâmica do Corpo Humano: Mecânica Clássica e Movimento Humano.


[S.l.]: Springer.

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