Aula Teorias Da Enfermagem

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Teorias da

Enfermagem

Prof.ª Me. Francisca Maria Noronha.


O que são teorias de Enfermagem?

– Teoria, no grego, quer dizer “visão”. Constitui uma forma sistemática de olhar o
mundo, para descrevê-lo, explica-lo, prevê-lo ou controla-lo. Teorias de Enfermagem
são instrumentos de trabalho que abordam uma linha de conhecimentos científicos
com visões sobre o processo saúde doença e a experiência do cuidado terapêutico.
O que são teorias de Enfermagem?

– A Enfermagem quando adota uma das teorias de enfermagem, deixa de ter uma
assistência baseada em conhecimentos empíricos para adotar uma assistência
orientada por conhecimentos científicos passando a ser uma Enfermagem
Científica.
As Teorias de Enfermagem e a Sistematização da
Assistência de Enfermagem

– Para implantar a Sistematização de Assistência de Enfermagem (SAE) é necessário


escolher uma teoria de enfermagem para fundamentar o Processo de Enfermagem
em suas etapas. O Processo de Enfermagem é entendido como um método para a
organização e prestação do cuidado de enfermagem.

– As teorias fundamentam o cuidado, validando o ser, o saber e o fazer da


Enfermagem.
Quais são os Objetivos das
Teorias de Enfermagem?

•Direcionar o pensamento do Enfermeiro, sua observação e interpretação


da realidade;
•Fornecer estrutura que atenda às necessidades individualizadas do cliente,
família e comunidade por meio do processo de enfermagem;
•Nortear o domínio das responsabilidades da Enfermagem e;
•Permitir aos profissionais documentar serviços e resultados.
Teoria de Enfermagem
A
Trata-se de um instrumento de
aplicação do processo de enfermagem
que irá contribuir para a detecção e
resolução de problemas de saúde da
clientela cuidada.
Principais Teorias de
Enfermagem
– RELAÇÃO INTERPESSOAL – TEORIA AMBIENTALISTA DE FLORENCE NIGHTINGALE (1854)

– Florence Nithingale transformou a Enfermagem empírica em Enfermagem científica e

profissional, e por isso é considerada a fundadora da Enfermagem moderna em todo o

mundo. Em 1854, foi voluntária na Guerra da Criméia, que liderando 38 mulheres,

organizou um hospital com cerca de 4000 soldados internos, reduzindo a mortalidade

de 40% para 2%. Pelo belíssimo trabalho, recebeu um prêmio em dinheiro do governo

inglês, fundando a primeira Escola de Enfermagem no Hospital St. Thomas, Londres, em

24 de junho de 1860.
RELAÇÃO INTERPESSOAL – TEORIA AMBIENTALISTA
DE FLORENCE NIGHTINGALE (1854)

– Para ela, os cuidados de Enfermagem não deveriam ser fundamentados somente


nos conceitos religiosos de caridade, amor, doação e humildade, mas
principalmente por preceitos de valorização adequado do cuidado, divisão social
do trabalho de Enfermagem e autoridade sobre o cuidado a ser prestado.
A Teoria Ambiental de Florence Nigthingale
tem as seguintes características:

– O estado de saúde do cliente está associado aos fatores ambientais,


percebidos por meio da observação e coleta de dados;

– Trabalha-se com enfoque em caracteres ambientais gerais como:


iluminação, ruído, higiene ambiental e pessoal, água pura, ambiente
externo, utensílios do paciente e aspecto nutricional e;

– O profissionais de enfermagem precisam ter preparação formal para


exercer a profissão.
1851 1853-1856 1858 1859 1874

Membro da
Estudos Guerra da Criméia Real Sociedade
Na Franca de Estatística da
Inglaterra
Fundou a Escola
Devido à repercussão da opinião de Enfermagem
Retorno da França. pública, exigindo do governo uma no Hospital Saint
solução imediata, vislumbrou a Thomas
oportunidade de servir a
humanidade e ao seu país.
Trabalho no Hospital
King's College.
Convocação
Guerra da Criméia
Membro honorário da
Associação Americana de
Florence foi à última a deixar Estatística.
o local, em julho de 1856.
Teoria

Ambientalista

Ventilação; Iluminação; Calor; Limpeza;


Ruídos; Odores e Alimentação.
Ventilação:

 Primeiro e último princípio segundo


Florence.

 O paciente deve estar exposto ao ar


fresco, porém, sem correntes de ar;

 “conservar o ar que o paciente respira


tão puro quanto o ar exterior, sem
deixá-lo sentir frio;
Iluminação:

 Os pacientes têm, depois do ar


puro, a necessidade de iluminação,

 Segundo Florence “não é apenas a


claridade que desejam, mas a luz
solar direta”.
Calor:

O enfermeiro deve observar


atentamente o paciente a fim de
evitar que ele se resfrie,
 prevenindo a perda de calor vital,
essencial à recuperação.
Limpeza:

 Refere-se ao ambiente, pois, um


quarto sujo é fonte certa de
infecções, ao paciente, de quem a
higiene cuidadosa “remove matérias
nocivas do sistema”. Além de
proporcionar alívio e conforto
Cont....

 De acordo com Florence o


enfermeiro, “deve estar sempre
limpo” e
 deve “ter o cuidado de lavar as
mãos frequentemente durante
o dia”.
Ruídos:

 Elemento ambiental para o qual a


enfermeira deve estar atenta.

 Qualquer sacrifício é válido para


assegurar o silêncio, pois nem um bom
arejamento, nem uma boa assistência
serão benéficos para o doente, sem o
necessário silêncio.
Odores:

 O odor resultante da doença e deve ser


removido do corpo.

 Ao ventilar-se o quarto do doente, deve-se


evitar o ar proveniente de esgoto;

 Os utensílios de quarto devem ser


mantidos limpos, livres de odores e
guardados em local apropriado.
Alimentação:
Além do já exposto, três componentes:

 Ambiente Físico - A higiene constitui uma


noção inclusa, relacionada com todos os
aspectos do ambiente físico em que se
encontra o paciente;

 Ambiente Psicológico - Um ambiente


negativo poderia causar estresse físico,
afetando o emocional do paciente.
AMBIENTE SOCIAL

É visto como essencial na prevenção de doenças e


refere-se especialmente à coleta de dados, na qual a
enfermeira deve empregar todo seu poder de
OBSERVAÇÃO.
Consulta de Enfermagem, cientificamente fundamentada,
encontra-se em plena vigência constitucional de acordo
com a Lei 7.498/86, regulamentada pelo Decreto
94.406/87, que estabelece competir privativamente ao
enfermeiro a realização da consulta, a prescrição e a
evolução de enfermagem.
TEORIAS DE ENFERMAGEM – TEORIA HUMANÍSTICA
E HUMANITÁRIA DE MARTHA ROGERS (1970)

– A teoria de Martha Rogers estimula a criatividade na Enfermagem visto


que, esta é uma das características cada vez mais exigidas no perfil do
enfermeiro frente às rápidas mudanças tecnológicas e do pensar
humano que vem ocorrendo nestes últimos anos.
Rogers define o indivíduo como um ser holístico com as seguintes
características:

– O indivíduo é um todo unificado, – O campo energético do ser humano é


indivisível e totalmente integrado ao aberto e durante todo o tempo está em
ambiente. Não podemos reduzi-lo a constante troca de energia com o
sistemas e nem a órgãos. O todo do ser ambiente em que se encontra;
humano interage com infinitas – Rogers considera esta mudança mútua de
dimensões que compõem o Universo energia no ambiente/indivíduo como
(Universo pandimensional); sendo de crescimento e atualização,
configurando um processo criativo e
contínuo.
Rogers nomeia alguns processos que ocorrem dentro do
processo de troca de energias entre o ser humano e o ambiente,
a saber:

– Integralidade – É o processo de integração constante, indivisível e total entre os


campos humanos e ambientais não importando qual seja a atividade que o indivíduo
esteja exercendo.
– Ressonância – As trocas de energias entre ser humano e ambiente ocorrem em
variadas frequências de ondas, intensidade e velocidade;
– Helicidade – As respostas provocadas pelas contínuas modificações que ocorrem nos
campos energéticos tem uma direção única, onde o processo passado vai sendo
incorporado ao presente num rítmico dinâmico e não – linear de padrões de resposta.
TEORIAS DE ENFERMAGEM – TEORIA
HUMANÍSTICA E HUMANITÁRIA ROGERS (1970)

– Rogers afirma que o enfermeiro troca energias com o ambiente, e desta forma pode adquirir
características novas tendo sempre capacidade de criatividade e a capacidade de readaptar-se a
cada mudança que ocorre nos campos humano e ambiental. Para ela, o ser humano unitário se
caracteriza ainda pelo uso da:
– Abstração;
– Sensação;
– Emoção;
– Imaginação;
– Linguagem;
– Pensamento Produtivo.
TEORIA DAS NECESSIDADES HUMANAS BÁSICAS DE
WANDA DE AGUIAR HORTA (1979)

Segundo Horta, nenhuma ciência pode sobreviver sem filosofia própria e assim tem de ser
a Enfermagem, que não deve prescindir de uma filosofia unificada que lhe dê bases
seguras para o seu desenvolvimento.
– Ser Enfermeiro (gente que cuida de gente) ;
– Ser Cliente/Paciente (indivíduo, família e comunidade);
– Ser Enfermagem (comprometimento, compromisso).
TEORIA DAS NECESSIDADES HUMANAS BÁSICAS DE
WANDA DE AGUIAR HORTA (1979)

• Segundo Horta, A teoria das Necessidades Humanas Básicas apresenta uma proposta
para a Enfermagem com a colocação da filosofia, proposições, conceitos, definições e
princípios.
• Os conceitos são abstratos e gerais; as proposições derivam dos conceitos e expressam
uma verdade fundamental; os princípios são enunciados, admitidos provisoriamente
como inquestionáveis, mas que se prestam à testes e à experimentação.
TEORIA DAS NECESSIDADES HUMANAS BÁSICAS DE
WANDA DE AGUIAR HORTA (1979)

• Horta coloca para discussão a seguinte questão: a Enfermagem é uma ciência? É uma teoria?
Ela diz que para ser ciência a Enfermagem precisaria ter um corpo de conhecimentos (e isso a
profissão tem), que sejam sistematizados e organizados. Para ser uma teoria, que seja uma
atividade humana, com conhecimentos e teorias relacionadas entre si e referentes ao universo
natural, a Enfermagem possui todos os requisitos.
• O objeto da Enfermagem é o ser humano, assistindo-o no atendimento de suas necessidades
básicas, e estes são os entes da Enfermagem. Ao descrevê-los, explicá-los, relacioná-los entre si
e predizer sobre eles, caracteriza-se a Enfermagem como ciência.
• Horta inspira-se no desenvolvimento de seus estudos, na Teoria da Motivação Humana de
Maslow, fundamentada nas necessidades humanas básicas. Elaborou sua teoria sobre a
motivação humana, fundamentado nas necessidades humanas básicas assim descritas:
TEORIA DAS NECESSIDADES HUMANAS BÁSICAS DE
WANDA DE AGUIAR HORTA (1979)

– Necessidades Fisiológicas;
– Segurança;
– Amor;
– Estima;
– Auto realização.
Segundo Maslow, o indivíduo passa a buscar sempre satisfazer um nível superior ao que
se encontra, onde se situa o permanente estado de motivação por esta busca, nunca
existindo satisfação completa, pois se assim fosse não existiria mais motivação.
TEORIA DAS NECESSIDADES HUMANAS BÁSICAS DE
WANDA DE AGUIAR HORTA (1979)

– Gregária;
– Segurança;
– Aprendizagem;
– Recreação e lazer;
– Auto-imagem;
– Auto-realização;
– Filosofia de vida;
– Sexualidade.
TEORIA DAS NECESSIDADES HUMANAS BÁSICAS DE
WANDA DE AGUIAR HORTA (1979)

Na Enfermagem, segundo Horta, busca-se utilizar a denominação de João Mohana:


- Necessidades de nível psicobiológico;
- Necessidades de nível psicossocial;
- Necessidades de nível psicoespiritual;
• Um princípio é uma premissa chave ou suposição básica que é essencial para expor ou
explicar uma teoria.
TEORIA DAS NECESSIDADES HUMANAS BÁSICAS DE
WANDE DE AGUIAR HORTA (1979)

Assim define estes princípios:


- O ser humano é parte integrante do universo dinâmico, sujeito às leis que o regem no
tempo e no espaço;
- O ser humano está em constante interação com o universo, dando e recebendo
energia;
- A dinâmica do universo provoca mudanças que o levam ao desequilíbrio no tempo e no
espaço.
TEORIA DAS NECESSIDADES HUMANAS BÁSICAS DE
WANDE DE AGUIAR HORTA (1979)

- A Enfermagem respeita e mantém a unicidade, autenticidade e individualidade do ser


humano;
- A Enfermagem é prestada ao ser humano e não à sua doença ou desequilíbrio;
- Todo cuidado de Enfermagem é preventivo, curativo e de reabilitação;
- A Enfermagem reconhece o ser humano como membro de uma família e uma
comunidade;
- A Enfermagem reconhece o ser humano como elemento participante ativo no seu
autocuidado.
Etapas do Processo de Enfermagem
(HORTA, 1979)

Etapas do Processo:
Consulta de enfermagem;
Histórico de enfermagem;
Exame físico;
Diagnóstico de enfermagem;
Prescrição da assistência de enfermagem;
Evolução da assistência de enfermagem;
Relatório de enfermagem.
RELAÇÃO INTERPESSOAL – Teoria
De Relações Interpessoais De
Peplau (1952)
– Em 1952, nos EUA, Hildegard Peplau fez a apresentação de seu livro “Interpersonal
Relations in Nursing: a conceptual frame of reference for psychodinamic nursing”,
introduziu um novo paradigma para a Enfermagem centrado nas relações que se
processam entre a enfermeira e o paciente.
A teoria de relações interpessoais de Peplau tem
as seguintes características:

– Os cuidados de Enfermagem devem estabelecer um processo interpessoal por meio do qual, enfermeira
e paciente podem obter crescimento e desenvolvimento pessoais;

– A Enfermagem deve oferecer condições para existir uma relação psicossocial com o paciente de modo a
reestabelecer o potencial de seu crescimento (ex.: reparação de feridas, reestabelecimento das funções
orgânicas);

– A equipe de Enfermagem tem um papel parecido com a de um psicólogo, uma vez que para cuidar do
paciente, o enfermeiro precisa ter uma intimidade interpessoal para com o cliente capaz de conseguir
mudanças psicológicas.
Para Peplau, o processo de relação interpessoal da
enfermagem tem quatro fases:

1. Orientação – Paciente tem uma necessidades e mostra demanda de cuidados.


Durante a interação com o enfermeiro, o paciente visualiza a dificuldade e dá
oportunidades ao profissional de identificar as suas carências de informação acerca
do seu problema. Assim, o enfermeiro pode realizar as orientações de acordo com o
momento da vida em que o paciente se encontra. Esta fase pode ser carregada de
ansiedade e tensão.
Para Peplau, o processo de relação interpessoal da
enfermagem tem quatro fases:

2. Identificação – A Enfermagem consegue identificar quais são as necessidades do paciente. O


paciente já tem um vínculo com o profissional de Enfermagem existindo uma intimidade
psicossocial. Aqui, o paciente pode assumir três comportamentos: ser participativo nas ações e
cuidados de Enfermagem; isolando-se e tendo atitudes de interdependência em relação ao
enfermeiro ou assumindo total dependência de cuidados.
3. Exploração – Exploração ao máximo da relação enfermeiro/paciente para obtenção dos
melhores benefícios possíveis.
4. Resolução – É caracterizada como um ‘fenômeno psicológico” em que o paciente desfaz o
vínculo com o enfermeiro preparando-se para o retorno para casa.
RELAÇÃO INTERPESSOAL – TEORIA 21
PROBLEMAS DA ENFERMAGEM faye
ABDELLAH (1960)
– Abdellah enfatiza que a assistência de Enfermagem deve considerar o indivíduo como um
todo nas suas necessidades físicas, sociais, psicológicas, espirituais e familiares. Para isso, a
autora desenvolveu os “21 problemas de Enfermagem de Abdellah” que tem a finalidade
de identificar as necessidades do paciente e quais são as atividades de Enfermagem
perante a cada problema identificado.
– Os “21 problemas de Abdellah” são divididos:
– Atividades somáticas;
– Atividades psicossociais e;
– Atividades espirituais.
Os 21 problemas descritos por Abdellah são:

1. Dificuldade em promover higiene física e conforto físicos adequados; 12. Dificuldade em identificar e aceitar as expressões, sentimentos, reações
positivas e negativas;
2. Dificuldade em promover atividade e repouso adequados;
13. Dificuldade em fazer inter-relação entre emoções e doenças físicas;
3. Segurança através de prevenção de acidentes, lesões do físico e de
infecção; 14. Dificuldade em facilitar e manter a comunicação verbal e não verbal eficaz;

4. Dificuldade de facilitar e manter a mecânica corporal correta; 15. Dificuldade em promover o desenvolvimento de relações interpessoais efetivas;

5. Dificuldade de facilitar e manter a oxigenação em todos os tecidos do 16. Dificuldade em facilitar á obtenção de metas espirituais pessoais;
corpo; 17. Dificuldade em criar e/ou manter um ambiente terapêutico;
6. Dificuldade de facilitar e manter a nutrição em todos os tecidos do 18. Dificuldade em facilitar o autoconhecimento das suas necessidades físicas,
corpo; emocionais e de desenvolvimento das suas necessidades físicas, emocionais e de
7. Dificuldade de facilitar e manter a eliminação em todos os tecidos do desenvolvimento variáveis para o seu bem estar;
corpo; 19. Dificuldade em aceitar as limitações físicas e emocionais;
8. Dificuldade de facilitar e manter o equilíbrio hídrico e eletrolítico em 20. Dificuldade em utilizar-se dos recursos existentes na sua comunidade para
todos os tecidos do corpo; resolver os problemas decorrentes da doença e;
9. Dificuldade em reconhecer respostas fisiológicas, compensatórias e 21. Dificuldade em compreender os problemas sociais/ambientais que influenciam
patológicas do corpo; a doença.
10. Dificuldade de facilitar e manter os mecanismos e funções reguladoras;
11. Dificuldade de facilitar e manter a função sensorial;
Os 21 problemas descritos por Abdellah
são:

Para Abdellah, a saúde é um estado no qual o ser humano tem necessidades satisfeitas,
sem problemas reais ou potenciais. O ser humano é um todo biopsicossocial.
RELAÇÃO INTERPESSOAL – Teoria das Necessidades
Fundamentais de Virginia Henderson (1964)

Para Virgínia, a meta de Enfermagem na Teoria das – Manter a temperatura corpórea normal;
necessidades fundamentais é trabalhar de forma – Manter o corpo limpo e arrumado;
independente com outros profissionais de saúde,
ajudando o paciente a ganhar a independência o – Evitar perigos do ambiente;
mais rápido possível fazendo com que eles – Comunicar-se;
coloquem em prática as 14 necessidades
fundamentais, a saber: – Adorar de acordo com a própria fé;
– Respirar bem; – Trabalhar com satisfação;
– Comer e beber; – Recrear-se;
– Eliminar; – Aprender.
– Movimentar-se e manter postura;
– Dormir e descansar;
– Vestir-se e despir-se;
TEORIAS DE ENFERMAGEM –TEORIA DA RELAÇÃO
INTERPESSOAL DE JOYCE TRAVELBEE (1966)

Para Joyce Travelbee, a Enfermagem:


– É um processo interpessoal que envolve enfermeiro e paciente;
– Tem o objetivo de ajudar paciente e família a enfrentar a doença.
TEORIAS DE ENFERMAGEM –TEORIA DA RELAÇÃO
INTERPESSOAL DE JOYCE TRAVELBEE (1966)

Para haver o cuidado de Enfermagem é necessário a relação interpessoal pessoa –a-


pessoa em que o enfermeiro auxilia o indivíduo, a família ou a comunidade através de
fases, as saber:
– Primeira Impressão – percepção da presença de ambos, paciente e enfermeiro;
– Empatia – Compartilhamento das experiências um do outro por já terem experiências
semelhantes na vida e pela vontade de entender o outro;
– Simpatia – Desejo do enfermeiro em resolver o problema do paciente por meio da
relação terapêutica.
TEORIAS DE ENFERMAGEM – TEORIA DE “SISTEMA DE
RESULTADOS” DE DOROTHY JOHNSON (1968)

A Teoria de “Sistema de São eles:


Resultados” de Dorothy Johnson diz – Associação-afiliação;
que o ser humano possui
– Dependência;
subsistemas inter-relacionados,
controlados por fatores biológicos e – Ingestão;
transculturais. Esses subsistemas – Eliminação;
por sua vez são provedores e
– Sexual;
perpetuadores das condições
internas e externas. – Realização e;
– Agressivo/Protetor.
Dorothy Johnson considera que:

– Deve-se reduzir o estresse para que


o paciente possa se recuperar o
mais rápido possível;
– O enfermeiro deve agir para atender
as necessidades do paciente;
– O enfermeiro deve perceber a
incapacidade do paciente de
adaptar-se e propiciar assistência
para a solução dos problemas
encontrados.
TEORIAS DE ENFERMAGEM -TEORIA DO
AUTOCUIDADO DE DOROTHEA OREM
(1980)
– A teoria do autocuidado de Orem engloba:
– O autocuidado – Práticas iniciadas e executadas pelo próprio indivíduo com
finalidade de manutenção de vida e do bem-estar;
– A atividade de autocuidado – Habilidade do individuo em se engajar no
autocuidado;
– A exigência terapêutica do autocuidado – Totalidade de ações de autocuidado.
Para Orem, o autocuidado é a prática de atividades que o
indivíduo executa em prol de sua vida e do seu bem estar e
tem os seguintes requisitos:

– Universais – Atividades de autocuidado no sentido de manutenção da integridade da


estrutura e funcionamento humanos. Exemplo: Atividades do cotidiano;
– Desenvolvimento – Atividades de autocuidado para lidar com mudanças. Exemplo:
Adaptação a novo trabalho ou à adaptação ao luto;
– Desvio de saúde – Atividades de autocuidado no sentido de se recuperar de situações
de adoecimento ou moléstia. Exemplo: Mudanças provocadas por diagnóstico
médico, ferimentos .
Para Orem, o autocuidado é a prática de atividades que o
indivíduo executa em prol de sua vida e do seu bem estar e
tem os seguintes requisitos:
A teoria do cuidado traz dois conceitos importantes:
– Intervenção do autocuidado – Capacidade do individuo em cuidar de si mesmo;
– Intervenção de cuidados dependentes – O individuo perdeu a capacidade de
autocuidado necessitando do outro para exercer o autocuidado.
A grande contribuição da teoria do autocuidado de Orem é relativa ao fato de que o
enfermeiro exerce atividades que contribuem para o autocuidado do paciente
compensando as suas limitações de modo a reestabelecer o seu bem-estar até que ele
tenha condições de exercer o próprio autocuidado
TEORIAS DE ENFERMAGEM – TEORIA DO
AUTOCUIDADO DE KING (1981)

King trabalha a teoria de alcance de metas assumindo que o ser humano tem três estruturas
básicas:
– Sistema Pessoal – Individuo inserido num ambiente. Apresenta conceitos como
percepção, ego, imagem corporal, crescimento, desenvolvimento, tempo e espaço;
– Sistema Interpessoal – formado por agrupamento de pessoas: Duas pessoas se
relacionando, há uma díade; Três pessoas, tríade e; mais de três pessoas, há uma relação
em grupo;
– Sistema Social – Reunião de grupos com interesses e necessidades especiais formando
organizações e sociedades. Os conceitos do sistema social envolvem a organização,
autoridade, poder, status, tomada de decisão e papel.
TEORIAS DE ENFERMAGEM – TEORIA DO
AUTOCUIDADO DE KING (1981)

O foco da teoria é paciente com doenças crônicas de difícil evolução e a finalidade é


estabelecer metas de modo a facilitar e encorajar ações do paciente e dos profissionais de
enfermagem para a reabilitação e redução de danos cujo processo de enfermagem deve ter
as seguintes etapas:
– Diagnóstico – Detecção das necessidades de cuidado;
– Estabelecimento de metas comuns ao enfermeiro e paciente;
– Exploração e viabilização de meios comuns a ambos, para alcançar as metas traçadas;
– Evolução – Avaliação contínua do alcance de metas e redefinição das metas quando
necessário.
TEORIAS DE ENFERMAGEM – MODELO DE
SISTEMAS DE NEUMAN (1972)

Betty Neuman diz que o seu modelo enfatiza a reação da pessoa ao estresse e os
fatores de reconstituição ou adaptação. Ela considera que o indivíduo é
constituído por um centro cercado por uma série de círculos concêntricos, a
saber:
– Linha Normal de Defesa;
– Linha Flexível de Resistência;
– Linhas de Resistência representadas por estressores, a reação aos estressores
e a reação à unidade total, interagindo com o ambiente.
Alguns conceitos importantes para
Neuman:
– Estressores – Forças ou estímulos que atuam sobre o indivíduo produzindo
tensão. Podem estar presentes no ambiente interno e externo do sistema
impedindo a manutenção do equilíbrio.
– Indivíduo/homem/Cliente: Referem-se ao sistema aberto. Está em contato
permanente com o ambiente e em constante troca com ele. É composto por
variáveis fisiológicas, psicológicas, socioculturais, de desenvolvimento e
espirituais;
– Ambiente: Conjunto de forças internas e externas que circundam o indivíduo
a todo o instante. Ambiente Interno é aquele que se relaciona com o cliente e
ambiente externo corresponde ao inter e extrapessoal, relacionado com tudo
o que é exterior ao cliente.
Alguns conceitos importantes
para Neuman:
– Linhas de Resistência – Fatores internos do indivíduo que tem a função
de defesa contra os estressores. Tornam-se ativas quando a linha normal
do indivíduo é invadida pelos estressores ambientais. As linhas de
resistência são formadas durante o tempo com habilidades fisiológicas,
psicológicas, socioculturais, de desenvolvimento e espirituais.
– Linha Flexível de Defesa – Esta linha de defesa é flexível e pode ser
mudada facilmente. Ela tem a função de ser amortecedor para a linha
normal de defesa quando o ambiente é estressante. Além disso, age
como filtro quando o ambiente oferece apoio servindo de força positiva
que contribui para o crescimento e desenvolvimento do indivíduo.
Neste sentido, estressores podem ser:
– Estressores intrapessoais – Ocorrem dentro do indivíduo. Exemplo: raiva, medo,
ciúmes;
– Estressores interpessoais – Ocorrem entre um ou mais indivíduos. Exemplo:
Relações familiares;
– Estressores extrapessoais – Forças que ocorrem fora do sistema e agem sobre o
indivíduo. Exemplo: desemprego.
A Enfermagem tem papel primordial no atendimento ao paciente, pois, ao reconhecer
que os estressores tem variáveis socioeconômica, psicológica, biológica, de
desenvolvimento e/ou espiritual, o enfermeiro pode fazer boa avaliação do impacto e
do significado de cada estressor no sistema e estabelecer um plano de cuidados
eficientes para minimizar e/ou exaurir o impacto dos estressores que estão causando a
doença.
TEORIAS DE ENFERMAGEM – TEORIA
TRANSCULTURAL DO CUIDADO DE
LEININGER (1978)
A teoria transcultural tem as seguintes características:
– Foco: Estudo da análise comparativa de diferentes culturas e subculturas
no que diz respeito ao:
– Comportamento relativo ao cuidado geral;
– Cuidado de enfermagem;
– Valores;
– Crenças e;
– Padrões de comportamento relacionados a saúde e doença.
TEORIAS DE ENFERMAGEM – TEORIA
TRANSCULTURAL DO CUIDADO DE
LEININGER (1978)
– Objetivo: Desenvolver um corpo de conhecimento científico e humanizado.
– Definição: A teoria transcultural é um conjunto inter-relacionado de conceito
e hipóteses de enfermagem fundamentados nas necessidades de indivíduos
e grupos (manifestações de comportamento relativo ao cuidado, valores,
crenças).
– Importância dos aspectos culturais e da necessidade humana nas ações de
enfermagem: Enfermeiros que não praticam a enfermagem considerando os
considerando os aspectos culturais e da necessidade humana do paciente
poderão ter ações de enfermagem ineficazes, e trazer consequências
negativas para os assistidos.
TEORIAS DE ENFERMAGEM – MODELO
DA ADAPTAÇÃO DE ROY (1979)

Callista Roy entende que a enfermagem:


– São como uma profissão da área da saúde que centra nos
processos de vida humanos;
– Dá ênfase à promoção da saúde aos indivíduos, famílias, grupos e
a sociedade como um todo;
– Alia ciência com a prática assistencial expandindo a capacidade de
adaptação e;
– Melhora a transformação pessoal do paciente.
TEORIAS DE ENFERMAGEM – MODELO
DA ADAPTAÇÃO DE ROY (1979)

– Para Roy, a saúde é um reflexo de adaptação da interação entre pessoa e


ambiente. A pessoa saudável não está livre da doença, estresse ou da
morte, mas a capacidade de lidar com estas situações deve ser a melhor
possível.
– O modelo da adaptação de Roy considera como objetivos da enfermagem a
promoção dos indivíduos e grupos aos quatros modos de adaptação:
– Físico-fisiológico;
– Identidade de autoconceito;
– Interdependência e;
– Desempenho de papel.
MODELO DA ADAPTAÇÃO DE ROY
(1979) - quatros modos de adaptação

1 – Modo de adaptação físico-fisiológico – Está associado ao ser físico do


paciente e diz como ele reage aos estímulos do ambiente. O comportamento é
a manifestação fisiológica do organismo apresentando as seguintes
necessidades básicas fisiológicas:
– Oxigenação;
– Nutrição;
– Eliminação;
– Atividade e repouso e;
– Proteção.
MODELO DA ADAPTAÇÃO DE ROY
(1979) - quatros modos de adaptação

2 – Modo de adaptação do autoconceito – Envolve os aspectos


psicológicos e espiritais do sistema humano. É composto por:
– Ser físico, evidenciado pela Imagem Corporal;
– Ser pessoal englobando a autoconsciência, autoideal ou
expectativa e;
– Ser ético marcado pelos valores morais e espirituais.
MODELO DA ADAPTAÇÃO DE ROY
(1979) - quatros modos de adaptação

2 – Modo de adaptação do autoconceito – Envolve os aspectos


psicológicos e espiritais do sistema humano. É composto por:
– Ser físico, evidenciado pela Imagem Corporal;
– Ser pessoal englobando a autoconsciência, autoideal ou
expectativa e;
– Ser ético marcado pelos valores morais e espirituais.
MODELO DA ADAPTAÇÃO DE ROY
(1979) - quatros modos de adaptação

2 – Modo de adaptação do autoconceito – Envolve os aspectos


psicológicos e espiritais do sistema humano. É composto por:
– Ser físico, evidenciado pela Imagem Corporal;
– Ser pessoal englobando a autoconsciência, autoideal ou
expectativa e;
– Ser ético marcado pelos valores morais e espirituais.
CONCLUSÃO
O mundo de hoje e, consequentemente o mercado de trabalho,
está consciente dos seus direitos e exige os melhores serviços
prestados ao público.
Uma Enfermagem excelente só pode ser oferecida quando todo o
seu conhecimento é aplicado, o cuidado realizado a partir de uma
conclusão pautada no conhecimento científico.
Este processo inicia-se com a escolha de uma teoria de
Enfermagem.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

– ALMEIDA, Vitória de Cássia Felix de; LOPES, Marcos Venícios de; DAMASCENO,
Marta Maria Coelho. Teoria das Relações Interpessoais de Peplau: Análise
Fundamentada em Barnaum. Revista da Escola de Enfermagem da USP, São
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– PELLOSO, Et Al: Ensino de teorias de enfermagem em Cursos de Graduação em
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