Processo 0000641-65.2022.5.12.0031

Fls.
: 1
Poder Judiciário
Justiça do Trabalho
Tribunal Regional do Trabalho da 12ª Região
Ação Trabalhista - Rito Sumaríssimo

0000641-65.2022.5.12.0031
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Processo Judicial Eletrônico
Data da Autuação: 20/07/2022

Valor da causa: R$ 22.923,45
Partes:
RECLAMANTE: TATIANE VIEIRA PACHECO
ADVOGADO: BRUNO FREDERICO RAMLOW
ADVOGADO: EDUARDO DE SOUZA FERREIRA
ADVOGADO: JOAO PAULO TASCA MACHADO
RECLAMADO: EMBRACON SERVICOS ESPECIALIZADOS CONDOMINIAS S/A
ADVOGADO: EDENILSON BISPO SALES
RECLAMADO: ORSEGUPS PARTICIPACOES S/A
ADVOGADO: GUSTAVO REGIS DE FIGUEIREDO E SILVA
ADVOGADO: HEBER ROSSKAMP FERREIRA
PERITO: ODIR FARIAS JUNIOR
PERITO: CHARLES ANDRE DA SILVEIRA
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AO JUÍZO DA __ª VARA DO TRABALHO DE SÃO JOSÉ/SC
TATIANE VIEIRA PACHECO, brasileira, solteira, desempregada,

inscrita no CPF nº 128.899.746-93, residente e domiciliada na Rua Tupinambá,
603, Jardim Atlântico, Florianópolis/SC, CEP 88095-010, vem, por seus
procuradores, com escritório profissional constante no rodapé, propor a
presente
AÇÃO TRABALHISTA (rito sumaríssimo)

em face de:
EMBRACON SERVIÇOS CONDOMINIAIS S/A, pessoa jurídica de

direito privado, inscrita no CNPJ nº 08.417.615/0001-20, com sede na Avenida
Osni João Vieira, 383, Campinas, São José/SC, CEP 88101-270, conforme se
passa a expor.
I. DOS DADOS DE CONTATO
O Autor pode ser contatado pelos seguintes e-mails:

bruno@ramlowadvocacia.com.br, joaopaulotasca@gmail.com.br e
brunoramlow@hotmail.com, pelo telefone constante no rodapé da presente
manifestação, bem como nos telefones (WhatsApp) (48) 99695-4024 ou (48)
98408-5770.
II. DOS FATOS
II.I. Do contrato de trabalho
A Autora foi contratada pela Ré em 07/12/2020, para exercer

a função de servente.
Foi dispensada sem justa causa em 10/05/2022.
Teve como última remuneração o valor de R$ 1.543,23,

conforme TRCT anexo.
Assinado eletronicamente por: BRUNO FREDERICO RAMLOW - Juntado em: 20/07/2022 10:31:43 - 051bbab
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III. DO MÉRITO
III.I. Das verbas rescisórias não pagas
Em que pese dispensada sem justa causa em 10/05/2022, até

o presente momento a Autora não recebeu as verbas rescisórias que faz jus,
conforme TRCT anexo.
Frisa-se desde já que resta impugnado o referido documento,

justamente em razão de a Autora não ter recebido as verbas ali constantes.
Motivo pelo qual, desde já, requer-se a condenação da Ré ao

pagamento das verbas rescisórias constantes no TRCT ora acostado, no
importe líquido de R$ 13.531,76, referente às seguintes verbas:
- Saldo de 10 dias de salário: R$ 311,77;

- Adicional de insalubridade: R$ 85,73;
- Salário-família: R$ 18,82;
- Férias proporcionais em 5/12 avos: R$ 643,02;
- Aviso prévio indenizado: R$ 1.697,55;
- Salário mês anterior: R$ 5.912,00;
- 13º salário proporcional em 04/12 avos: R$ 540,13;
- Férias vencidas: R$ 1.543,23;
- 13º salário aviso prévio indenizado: R$ 257,21;
- Multa estabilidade: R$ 1.543,23;
- Terço constitucional de férias: R$ 814,48;
- Férias aviso prévio indenizado: R$ 257,20.
Concorda a Autora com a dedução de R$ 29,81 (previdência

social) e R$ 59,80 (prev. Social 13º salário).
III.II. Do FGTS e multa de 40%
A Ré ao longo do contrato de trabalho deixou de efetuar os

depósitos mês a mês de FGTS da Autora, assim como não fez o depósito da
multa de 40% devidos diante de sua dispensa imotivada.
Desde já requer seja a Ré condenada a comprovar, ou, a

realizar os recolhimentos a título de FGTS, na forma dos artigos 396 e 400 do
CPC, referentes a toda contratualidade.
Sendo assim, requer-se a condenação da Ré aos

recolhimentos do FGTS, mês a mês, acrescidos da multa de 40%.
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Ainda, ante a dispensa imotivada, requer-se a liberação dos

valores depositados.
III.III. Do adicional de insalubridade
A Autora durante a sua contratualidade laborou em

condições insalubres, na forma do art. 189 da CLT, porém não recebeu
corretamente o respectivo adicional.
Isto porque, no desempenho da sua função, a Autora

realizava a limpeza geral das áreas comuns do condomínio Santos
Dummont, inclusive 18 banheiros existentes, bem como da sauna, academia
e área externa, tanto da piscina quanto do salão de festas.
Portanto, a Autora era responsável pela limpeza de banheiros

e vasos sanitários, bem como recolhimento de lixos de banheiros de uso
público, diariamente, entretanto recebia adicional de insalubridade apenas
em grau médio (20%).
A Autora, durante toda contratualidade, não recebia e, por

conseguinte, não utilizava os devidos EPI’s, conforme estabelecido na
Portaria 3214/78 do Ministério do Trabalho e Emprego.
Nesta senda, a Autora estava exposta aos agentes biológicos

nocivos à saúde, tais como vírus bactérias e fungos, previsto no Anexo 14 da
NR-15, o qual determina o pagamento do adicional de insalubridade em
grau máximo, não obstante, percebia tão somente o adicional em grau
médio, de forma erronia.
Nesse sentido, aliás, têm-se as Súmulas nº 448, II, do TST e 46 do

TRT/SC.
Sendo assim, requer-se desde já a realização de perícia para

a constatação do direito do Autor e o respectivo grau, bem como eventual
outro agente, na forma da Súmula nº 293, do TST.
Desta sorte, requer-se a condenação da Ré ao pagamento

das diferenças de adicional de insalubridade (do grau médio (20%), para o
grau máximo (40%)), calculado sobre o salário base, ou sucessivamente,
sobre o salário mínimo, durante toda a contratualidade, com reflexos
primeiramente em DSR’s, após nas férias acrescidas de 1/3, 13º salários, aviso
prévio e FGTS acrescido da multa de 40%.
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III.IV. Da multa do art. 477 e 467 da CLT
Em face de a rescisão contratual ter sido efetivada por

vontade unilateral do empregador e não tendo este quitado as verbas
rescisórias devidas à Autora no prazo legal, deve ser imputada a multa do
art. 477, §8º, CLT.
Na mesma linha, requer a aplicação da multa do art. 467 da

CLT, ficando a Ré obrigada a pagar os valores incontroversos na primeira
audiência, sob pena de pagá-los acrescidos de 50%.
Requer-se a aplicação das multas do art. 477, 8º e do art. 467

da CLT.
IV. DA JUSTIÇA GRATUITA
A parte Autora declara, expressamente, sob as penas da lei,

não ter condições financeiras para demandar em Juízo sem prejuízo próprio
e de sua família, conforme declaração de hipossuficiência anexa, que
revela presunção juris tantum de veracidade, conforme atual jurisprudência
da SDI do TST (RO-6310-53.2018.5.15.0000, Subseção II Especializada em
Dissídios Individuais, Relator Ministro Evandro Pereira Valadao Lopes, DEJT
25/10/2019).
Ademais, conforme corrobora a CTPS em anexo, o Autor no

presente momento encontra-se desempregado.
Sendo assim, requer-se a concessão dos benefícios da justiça

gratuita.
V. DOS HONORÁRIOS DE SUCUMBÊNCIA
V.I. Da assistência jurídica integral e gratuita ao beneficiário da justiça

gratuita e da inconstitucionalidade do art. 791-A, da CLT
A Constituição Federal dispõe, em seu art. 5º LXXIV, como

direito fundamental, que “o Estado prestará assistência jurídica integral e
gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos.”
A atribuição de pagamento dos honorários advocatícios pelo

beneficiário da justiça gratuita, portanto, frustra a garantia constitucional de
“assistência jurídica integral e gratuita”.
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Ademais, o STF, no julgamento da ADI 5766, realizado no dia

20/10/2021, declarou inconstitucional a cobrança de honorários
sucumbenciais para os beneficiários da justiça gratuita.
Assim sendo, pautando-se na premissa deste Juízo em controle

difuso de constitucionalidade, requer-se a declaração incidental de
inconstitucionalidade do artigo 791-A, da CLT, isentando a parte Autora de
eventual condenação ao pagamento de honorários advocatícios e/ou
periciais por sucumbência nos pedidos formulados.
V.II. Da sucumbência somente em caso de indeferimento total de pedidos
A sucumbência para a parte Autora deve ser aplicada tão

somente nos casos em que o pedido for totalmente indeferido. Neste
sentido, extrai-se da Resolução nº 03/2020 do TRT da 12ª Região, que após
analisar o IRDR 0000112-13.2020.5.12.0000 editou a seguinte tese:
TESE JURÍDICA N.º 05 - "HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS DE

SUCUMBÊNCIA DEVIDOS PELA PARTE RECLAMANTE.
INCIDÊNCIA. O percentual de honorários advocatícios de
sucumbência devidos pela parte reclamante incide
apenas sobre as verbas postuladas na inicial julgadas
totalmente improcedentes."
Isto posto, em caso de sucumbência em desfavor da parte

Autora, requer-se que a sucumbência seja aplicada somente em caso de
indeferimento total de pedidos.
V.III. Do percentual diferenciado dos honorários sucumbenciais, observada a

capacidade financeira das partes (trabalhador x empresário)
O arbitramento do percentual de honorários de sucumbência

deve levar em consideração o poder econômico da parte, em obediência
ao Princípio da Isonomia (CF, art. 5º, caput), sendo certo que o trabalhador
não pode arcar com a verba honorária na mesma proporção que o seu
empregador.
É sabido que o valor social do trabalho e a isonomia, por

decorrerem de imperativos constitucionais, sobrepõem-se à norma
processual no que se referem aos parâmetros para arbitramento, observados
os limites (5% a15%).
Desta forma, em caso de sucumbência em desfavor da parte

Autora, requer-se que o percentual de honorários de sucumbência seja
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arbitrado em 5%, em consonância com a desigual capacidade financeira

das partes.
V.IV. Dos honorários de sucumbência pelo beneficiário da justiça gratuita

somente nos casos em que os créditos obtidos em Juízo promovam
indiscutível e substancial alteração da sua condição econômica
É sabido que, em regra, no Processo do Trabalho os créditos

resultam do descumprimento de obrigações comezinhas do contrato de
trabalho, primordialmente de natureza alimentar, circunstância que o torna
impenhorável.
Nesta toada, recentemente, assim decidiu a 7ª Turma do TST,

senão vejamos:
(...) “O beneficiário da justiça gratuita somente suportará

as despesas decorrentes dos honorários advocatícios
caso o credor demonstre a existência de créditos cujo
montante promova indiscutível e substancial alteração
de sua condição socioeconômica e, para tanto, não se
pode considerar de modo genérico o percebimento de
quaisquer créditos em outros processos, pois, neste caso,
em última análise se autorizaria a constrição de verba de
natureza alimentar.” (AIRR-568-32.2018.5.13.0023, TST, 7ª
Turma, Relator Ministro Claudio Mascarenhas Brandao,
DEJT 23/10/2020).
Assim, em caso de sucumbência em desfavor da parte

Autora, requer-se que esta fique limitada aos casos em que os créditos
obtidos em Juízo promovam indiscutível e substancial alteração da sua
condição econômica.
V.V. Da impossibilidade da compensação dos créditos obtidos em juízo com

os honorários de sucumbência – Da limitação às verbas indenizatórias
Eventual condenação da parte Autora em honorários de

sucumbência não deverá ser compensada com créditos obtidos em juízo.
A Anamatra aprovou tese na Comissão 4-B que vela pela

regulamentação concorrente do CPC associada à impenhorabilidade dos
direitos trabalhistas (CPC, art. 833, IV) e à inviabilidade de compensação em
relação a crédito não penhorável (CC, art. 373, III), resultando, assim, na
aplicação da norma mais apta para a tutela dos direitos dos trabalhadores.
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Para tanto, deve se afastar a incidência do § 3º do art. 791-a

da CLT em favor da aplicação do art. 98, § 3º, do CPC, em decorrência da
aplicação subsidiária, obstando, assim, a compensação, desconto ou
dedução dos honorários advocatícios sucumbenciais dos créditos obtidos
pelo trabalhador em juízo, aplicando a norma mais benéfica ao caso
concreto (in dubio pro operario).
Ademais, caso não seja o entendimento deste Juízo, a

dedução deve se limitar tão somente às verbas de cunho indenizatório e,
não sendo suficiente, ficar sob condição suspensiva de exigibilidade. Isto
porque, evidente a natureza alimentar dos créditos trabalhistas, os quais,
inclusive, estão elencados no rol de impenhorabilidade do art. 833, IV, do
CPC.
Desta forma, requer-se a decretação da impossibilidade de

compensação de créditos obtidos em juízo com o intuito de saldar
honorários de sucumbência, ou ainda, sucessivamente, que a dedução
ocorra somente sobre as verbas de natureza indenizatória.
V.VI. Da suspensão de exigibilidade
Por fim, caso mantida a condenação neste particular, deverá

ser observada a suspensão de exigibilidade prevista no § 4º do art. 791-A, da
CLT, o qual dispõe que “as obrigações decorrentes de sua sucumbência
ficarão sob condição suspensiva de exigibilidade”.
Desta sorte, em caso de condenação em honorários

sucumbenciais, requer-se a suspensão de exigibilidade das obrigações
decorrentes da sucumbência da parte Autora, na forma do art. 791-A, § 4º,
da CLT.
VI. INDICAÇÃO DO VALOR DOS PEDIDOS
Abaixo, indica o Autor, por estimativa (art. 12, §2º, Instrução

Normativa nº 41/2018, do TST), o valor dos seus pedidos, sem prejuízo de
futura liquidação de sentença:
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VII. PEDIDOS
Diante do exposto, requer-se que se digne Vossa Excelência

em condenar a Ré, nos pleitos abaixo, determinando:
a) A condenação da Ré ao pagamento das verbas

rescisórias devidas a Autora, conforme TRCT anexo, no importe de R$
13.534,76, referente às seguintes verbas:
- Saldo de 10 dias de salário: R$ 311,77;

- Adicional de insalubridade: R$ 85,73;
- Salário-família: R$ 18,82;
- Férias proporcionais em 5/12 avos: R$ 643,02;
- Aviso prévio indenizado: R$ 1.697,55;
- Salário mês anterior: R$ 5.912,00;
- 13º salário proporcional em 04/12 avos: R$ 540,13;
- Férias vencidas: R$ 1.543,23;
- 13º salário aviso prévio indenizado: R$ 257,21;
- Multa estabilidade: R$ 1.543,23;
- Terço constitucional de férias: R$ 814,48;
- Férias aviso prévio indenizado: R$ 257,20.
a.1) Concorda a Autora com a dedução de R$ 29,81

(previdência social) e R$ 59,80 (prev. Social 13º salário).
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b) A condenação da Ré aos recolhimentos do FGTS, mês a

mês, acrescidos da multa de 40%.
b.1) Ainda, ante a dispensa imotivada, a liberação dos valores

depositados.
c) A condenação da Ré ao pagamento das diferenças de

adicional de insalubridade (do grau médio (20%), para o grau máximo
(40%)), calculado sobre o salário base, ou sucessivamente, sobre o salário
mínimo, durante toda a contratualidade, com reflexos primeiramente em
DSR’s, após nas férias acrescidas de 1/3, 13º salários, aviso prévio e FGTS
acrescido da multa de 40%;
d) A aplicação da multa do art. 477 da CLT, assim como da

multa do art. 467 da CLT;
e) A concessão dos benefícios da justiça gratuita.
f) A condenação da Ré ao pagamento dos honorários

sucumbenciais no percentual de 15%, ou, sucessivamente, outro percentual
deferido por este Juízo;
f.1) A declaração incidental de inconstitucionalidade do artigo
791-A, da CLT, isentando a parte Autora de eventual condenação ao
pagamento de honorários advocatícios e/ou periciais por sucumbência;
f.2) Em caso de sucumbência em desfavor da parte Autora,
que a sucumbência seja aplicada somente em caso de indeferimento total
de pedidos;
que o percentual de honorários de sucumbência seja arbitrado em 5%, em
razão da desigual capacidade financeira das partes;
que esta fique limitada aos casos em que os créditos obtidos em Juízo
promovam indiscutível e substancial alteração da sua condição econômica;
f.5) A decretação da impossibilidade de compensação de
créditos obtidos em juízo com o intuito de saldar honorários de sucumbência,
ou ainda, sucessivamente, que a dedução ocorra somente sobre as verbas
de natureza indenizatória;
f.6) A suspensão de exigibilidade das obrigações decorrentes
da sucumbência da parte Autora, na forma do art. 791-A, § 4º, da CLT.
Todas as verbas devidas deverão ser apuradas em regular

liquidação de sentença.
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VIII. DOS REQUERIMENTOS
Diante do exposto, requer o Autor seja julgada totalmente

procedente a presente ação.
Requer a citação da Ré no endereço indicado no preâmbulo

da exordial, para querendo, contestar presente ação, sob pena de revelia.
Requer a juntada pela Ré dos documentos abaixo

relacionados, referentes a toda a contratualidade do Autor, sob pena de
aplicação do disposto nos artigos 396 e 400 do NCPC:
- Contrato de trabalho;
- TRCT e aviso prévio;
- Extrato de FGTS;
- Comprovante de pagamento de verbas rescisórias;
- Comprovantes de pagamentos de salário, férias e 13º
salário;
- Recibos de entrega de EPI’s, PPRA, PPP, PCMSO, LTACT,
exames médicos admissional, periódico e demissional.
Por fim, requer a produção de todas as provas em direito

admitidas, especialmente testemunhal e depoimento pessoal da Ré, sob
pena de confissão.
Dá-se à causa o valor estimado de R$ 22.923,45 (vinte e dois

mil novecentos e vinte e três reais e quarenta e cinco centavos).
Termos em que, pede deferimento.
São José-SC, 20 de julho de 2022.
BRUNO FREDERICO RAMLOW JOÃO PAULO TASCA MACHADO

OAB/SC 21.625 OAB/SC 49.249
EDUARDO DE SOUZA FERREIRA

OAB/SC 55.750
JP
https://pje.trt12.jus.br/pjekz/validacao/22072010301702200000049710199?instancia=1
Número do documento: 22072010301702200000049710199
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Processo:
Cálculo: 388
PLANILHA DE CÁLCULO
Reclamante: TATIANE VIEIRA PACHECO
Reclamado:
Período do Cálculo: 07/12/2020 a 10/05/2022 Data Ajuizamento: 22/07/2022 Data Liquidação: 31/07/2022
Resumo do Cálculo
Descrição do Bruto Devido ao Reclamante Valor Corrigido Juros Total
DIFERENÇAS DE ADICIONAL DE INSALUBRIDADE 4.037,65 3,14 4.040,79
13º SALÁRIO SOBRE DIFERENÇAS DE ADICIONAL DE INSALUBRIDADE 341,63 0,20 341,83
AVISO PRÉVIO SOBRE DIFERENÇAS DE ADICIONAL DE INSALUBRIDADE 266,64 0,00 266,64
FÉRIAS + 1/3 SOBRE DIFERENÇAS DE ADICIONAL DE INSALUBRIDADE 484,80 0,00 484,80
MULTA DO ARTIGO 477 DA CLT 1.543,23 0,00 1.543,23
VERBAS RESCISÓRIAS NÃO PAGAS 13.531,76 0,00 13.531,76
FGTS 8% 1.405,55 0,25 1.405,80
MULTA SOBRE FGTS 40% 1.308,60 0,00 1.308,60
Total 22.919,86 3,59 22.923,45
Percentual de Parcelas Remuneratórias e Tributáveis: 0,00%
Descrição de Créditos e Descontos do Reclamante Valor Descrição de Débitos do Reclamado por Credor Valor
VERBAS 20.209,05 LÍQUIDO DEVIDO AO RECLAMANTE 22.923,45
FGTS 2.714,40 HONORÁRIOS LÍQUIDOS PARA PROCURADOR DA AUTORA 3.438,52
Bruto Devido ao Reclamante 22.923,45 IRPF SOBRE HONORÁRIOS PARA PROCURADOR DA AUTORA 0,00
Total de Descontos 0,00 Total Devido pelo Reclamado 26.361,97
Líquido Devido ao Reclamante 22.923,45
Critério de Cálculo e Fundamentação Legal
1. Prazo do aviso prévio apurado segundo a Lei nº 12.506/2011.

2. Avos de férias e/ou 13º salário apurados considerando a projeção do prazo do aviso prévio.
3. Valores corrigidos pelo índice 'Tabela Única de Atualização e Conversão de Débitos Trabalhistas', acumulado a partir do mês subsequente ao vencimento, conforme súmula nº
381 do TST. Última taxa 'Tabela Única de Atualização e Conversão de Débitos Trabalhistas' relativa a 31/01/2022.
4. Juros apurados desde o vencimento das verbas vencidas, em fase pré-judicial, conforme decisão do STF na ADC 58; juros simples TRD até 21/07/2022; e sem incidência de
juros a partir de 22/07/2022.
Cálculo liquidado por offline na versão 2.9.1 em 19/07/2022 às 10:10:24. Pág. 1 de 7
Assinado eletronicamente por: BRUNO FREDERICO RAMLOW - Juntado em: 20/07/2022 10:31:43 - fb18348
Fls.: 17
Processo:
Cálculo: 388
Reclamado:
Dados do Cálculo
Estado: SC Município: SAO JOSE Admissão: 07/12/2020 Demissão: 10/05/2022
Regime de Trabalho: Tempo Integral Aplicar Prescrição Quinquenal: Não Aplicar Prescrição Trintenária: Não
Maior Remuneração: 1.543,23 Última Remuneração: Limitar Avos ao Período de Cálculo: Não
Prazo de Aviso Prévio: Calculado Projetar Aviso Prévio Indenizado: Sim Considerar Feriados Sim
Zerar Valor Negativo (Padrão): Não Considerar Feriados Estaduais: Sim
Carga Horária (Padrão): 220,00 Sábado como Dia Útil: Sim
PONTOS FACULTATIVOS
Nome Abrangência
CORPUS CHRISTI Nacional
CARNAVAL Nacional
SEXTA-FEIRA SANTA Nacional
Faltas e Férias
FÉRIAS
Relativa Período Aquisitivo Período Concessívo Prazo Situação Abono Período de Gozo 1 Período de Gozo 2 Período de Gozo 3
2020/2021 07/12/2020 a 06/12/2021 07/12/2021 a 06/12/2022 30 Indenizadas Não - - -
Histórico Salarial
OCORRÊNCIAS DO HISTÓRICO SALARIAL
MÊS/ANO SALÁRIO BASE
12/2020 1.279,23
01/2021 1.279,23
02/2021 1.279,23
03/2021 1.279,23
04/2021 1.279,23
05/2021 1.279,23
06/2021 1.279,23
07/2021 1.279,23
Fls.: 18
MÊS/ANO SALÁRIO BASE
08/2021 1.279,23
09/2021 1.279,23
10/2021 1.279,23
11/2021 1.279,23
12/2021 1.279,23
01/2022 1.279,23
02/2022 1.279,23
03/2022 1.279,23
04/2022 1.543,23
05/2022 1.543,23
Demonstrativo de Verbas
Nome: DIFERENÇAS DE ADICIONAL DE INSALUBRIDADE
Período: 07/12/2020 a 10/05/2022 Incidência(s): FGTS
Comentário: -
((((SALÁRIO MÍNIMO) / 1,0000) X 0,20000000) X 1,0000)
Período Mensal Base Divisor Multiplicador Quantidade Dobra Devido Pago Diferença Índice Correção Valor Corrigido
07 a 31/12/2020 870,83 1,0000 0,20000000 1,0000 Não 174,17 0,00 174,17 1,110641103 193,44
01 a 31/01/2021 1.100,00 1,0000 0,20000000 1,0000 Não 220,00 0,00 220,00 1,102045151 242,45
01 a 28/02/2021 1.100,00 1,0000 0,20000000 1,0000 Não 220,00 0,00 220,00 1,096780604 241,29
01 a 31/03/2021 1.100,00 1,0000 0,20000000 1,0000 Não 220,00 0,00 220,00 1,086674531 239,07
01 a 30/04/2021 1.100,00 1,0000 0,20000000 1,0000 Não 220,00 0,00 220,00 1,080193370 237,64
01 a 31/05/2021 1.100,00 1,0000 0,20000000 1,0000 Não 220,00 0,00 220,00 1,075461340 236,60
01 a 30/06/2021 1.100,00 1,0000 0,20000000 1,0000 Não 220,00 0,00 220,00 1,066608490 234,65
01 a 31/07/2021 1.100,00 1,0000 0,20000000 1,0000 Não 220,00 0,00 220,00 1,058983807 232,98
01 a 31/08/2021 1.100,00 1,0000 0,20000000 1,0000 Não 220,00 0,00 220,00 1,049641993 230,92
01 a 30/09/2021 1.100,00 1,0000 0,20000000 1,0000 Não 220,00 0,00 220,00 1,037810948 228,32
01 a 31/10/2021 1.100,00 1,0000 0,20000000 1,0000 Não 220,00 0,00 220,00 1,025504889 225,61
01 a 30/11/2021 1.100,00 1,0000 0,20000000 1,0000 Não 220,00 0,00 220,00 1,013645240 223,00
01 a 31/12/2021 1.100,00 1,0000 0,20000000 1,0000 Não 220,00 0,00 220,00 1,005800000 221,28
01 a 31/01/2022 1.212,00 1,0000 0,20000000 1,0000 Não 242,40 0,00 242,40 1,000000000 242,40
01 a 28/02/2022 1.212,00 1,0000 0,20000000 1,0000 Não 242,40 0,00 242,40 1,000000000 242,40
01 a 31/03/2022 1.212,00 1,0000 0,20000000 1,0000 Não 242,40 0,00 242,40 1,000000000 242,40
01 a 30/04/2022 1.212,00 1,0000 0,20000000 1,0000 Não 242,40 0,00 242,40 1,000000000 242,40
01 a 10/05/2022 404,00 1,0000 0,20000000 1,0000 Não 80,80 0,00 80,80 1,000000000 80,80
Total 4.037,65
Fls.: 19
Nome: 13º SALÁRIO SOBRE DIFERENÇAS DE ADICIONAL DE INSALUBRIDADE
Período: 07/12/2020 a 10/05/2022 Incidência(s): Não há.
Comentário: -
((((DIFERENÇAS DE ADICIONAL DE INSALUBRIDADE) / 12,0000) X 1,00000000) X AVOS)
20 a 20/12/2020 209,00 12,0000 1,00000000 1,0000 Não 17,42 0,00 17,42 1,110641103 19,35
20 a 20/12/2021 220,00 12,0000 1,00000000 12,0000 Não 220,00 0,00 220,00 1,005800000 221,28
10 a 10/05/2022 242,40 12,0000 1,00000000 5,0000 Não 101,00 0,00 101,00 1,000000000 101,00
Total 341,63
Nome: AVISO PRÉVIO SOBRE DIFERENÇAS DE ADICIONAL DE INSALUBRIDADE

Comentário: -
((((DIFERENÇAS DE ADICIONAL DE INSALUBRIDADE) / 30,0000) X 1,00000000) X APURADA)
10 a 10/05/2022 242,40 30,0000 1,00000000 33,0000 Não 266,64 0,00 266,64 1,000000000 266,64
Total 266,64
Nome: FÉRIAS + 1/3 SOBRE DIFERENÇAS DE ADICIONAL DE INSALUBRIDADE

Comentário: -
((((DIFERENÇAS DE ADICIONAL DE INSALUBRIDADE) / 12,0000) X 1,33333333) X AVOS)
10 a 10/05/2022 242,40 12,0000 1,33333333 12,0000 Não 323,20 0,00 323,20 1,000000000 323,20
10 a 10/05/2022 242,40 12,0000 1,33333333 6,0000 Não 161,60 0,00 161,60 1,000000000 161,60
Total 484,80
Nome: MULTA DO ARTIGO 477 DA CLT

Comentário: -
((((MAIOR REMUNERAÇÃO) / 1,0000) X 1,00000000) X 1,0000)
01 a 10/05/2022 1.543,23 1,0000 1,00000000 1,0000 Não 1.543,23 0,00 1.543,23 1,000000000 1.543,23
Total 1.543,23
Fls.: 20
Nome: VERBAS RESCISÓRIAS NÃO PAGAS
Comentário: -
01 a 10/05/2022 - - - - - 13.531,76 0,00 13.531,76 1,000000000 13.531,76
Total 13.531,76
Demonstrativo de Juros sobre Verbas

Nome: JUROS SOBRE VERBAS
Ocorrência Data Inicial Total de Verbas Contribuição Social Previdência Privada Capital Taxa Juros
12/2020 20/12/2020 19,35 0,00 0,00 19,35 0,1093 % 0,02
12/2020 31/12/2020 193,44 0,00 0,00 193,44 0,1093 % 0,21
01/2021 31/01/2021 242,45 0,00 0,00 242,45 0,1093 % 0,26
02/2021 28/02/2021 241,29 0,00 0,00 241,29 0,1093 % 0,26
03/2021 31/03/2021 239,07 0,00 0,00 239,07 0,1093 % 0,26
04/2021 30/04/2021 237,64 0,00 0,00 237,64 0,1093 % 0,26
05/2021 31/05/2021 236,60 0,00 0,00 236,60 0,1093 % 0,26
06/2021 30/06/2021 234,65 0,00 0,00 234,65 0,1093 % 0,26
07/2021 31/07/2021 232,98 0,00 0,00 232,98 0,1093 % 0,25
08/2021 31/08/2021 230,92 0,00 0,00 230,92 0,1093 % 0,25
09/2021 30/09/2021 228,32 0,00 0,00 228,32 0,1093 % 0,25
10/2021 31/10/2021 225,61 0,00 0,00 225,61 0,1093 % 0,25
11/2021 30/11/2021 223,00 0,00 0,00 223,00 0,1093 % 0,24
12/2021 20/12/2021 221,28 0,00 0,00 221,28 0,0796 % 0,18
12/2021 31/12/2021 221,28 0,00 0,00 221,28 0,0605 % 0,13
01/2022 31/01/2022 242,40 0,00 0,00 242,40 0,0000 % 0,00
02/2022 28/02/2022 242,40 0,00 0,00 242,40 0,0000 % 0,00
03/2022 31/03/2022 242,40 0,00 0,00 242,40 0,0000 % 0,00
04/2022 30/04/2022 242,40 0,00 0,00 242,40 0,0000 % 0,00
05/2022 10/05/2022 16.008,23 0,00 0,00 16.008,23 0,0000 % 0,00
Total 3,34
Demonstrativo de FGTS
Fls.: 21
Nome: FGTS 8%
Período: 12/2020 a 05/2022
Comentário: PAGAR AO RECLAMANTE
(SALÁRIO BASE + DIFERENÇAS DE ADICIONAL DE INSALUBRIDADE + VERBAS RESCISÓRIAS NÃO PAGAS) X 8%
Ocorrência Base Alíquota Devido Recolhido Diferença Índice Correção Valor Corrigido Juros Total
12/2020 1.240,20 8% 99,22 85,28 13,93 1,110641103 15,48 0,02 15,50
01/2021 1.499,23 8% 119,94 102,34 17,60 1,102045151 19,40 0,02 19,42
02/2021 1.499,23 8% 119,94 102,34 17,60 1,096780604 19,30 0,02 19,32
03/2021 1.499,23 8% 119,94 102,34 17,60 1,086674531 19,13 0,02 19,15
04/2021 1.499,23 8% 119,94 102,34 17,60 1,080193370 19,01 0,02 19,03
05/2021 1.499,23 8% 119,94 102,34 17,60 1,075461340 18,93 0,02 18,95
06/2021 1.499,23 8% 119,94 102,34 17,60 1,066608490 18,77 0,02 18,79
07/2021 1.499,23 8% 119,94 102,34 17,60 1,058983807 18,64 0,02 18,66
08/2021 1.499,23 8% 119,94 102,34 17,60 1,049641993 18,47 0,02 18,49
09/2021 1.499,23 8% 119,94 102,34 17,60 1,037810948 18,27 0,02 18,29
10/2021 1.499,23 8% 119,94 102,34 17,60 1,025504889 18,05 0,02 18,07
11/2021 1.499,23 8% 119,94 102,34 17,60 1,013645240 17,84 0,02 17,86
12/2021 1.499,23 8% 119,94 102,34 17,60 1,005800000 17,70 0,01 17,71
01/2022 1.521,63 8% 121,73 102,34 19,39 1,000000000 19,39 0,00 19,39
02/2022 1.521,63 8% 121,73 102,34 19,39 1,000000000 19,39 0,00 19,39
03/2022 1.521,63 8% 121,73 102,34 19,39 1,000000000 19,39 0,00 19,39
04/2022 1.785,63 8% 142,85 123,46 19,39 1,000000000 19,39 0,00 19,39
05/2022 14.126,97 8% 1.130,16 41,15 1.089,00 1,000000000 1.089,00 0,00 1.089,00
Total 1.405,55 0,25 1.405,80
Nome: MULTA DE 40% SOBRE FGTS (DEVIDO)

Comentário: PAGAR AO RECLAMANTE
(FGTS (Total Devido) x 40%)
Data Ocorrência Base Percentual Devido Índice Correção Valor Corrigido Juros Total
10/05/2022 3.271,50 40% 1.308,60 1,000000000 1.308,60 0,00 1.308,60
Demonstrativo de Honorários
Nome: HONORÁRIOS DEVIDOS PELO RECLAMADO
Valores Calculados C=(A x B)
Composição de Base: (Bruto) x 15,00%
Ocorrência Descrição Credor Base (A) Alíquota (B) Valor (C)
31/07/2022 HONORÁRIOS DE SUCUMBÊNCIA PROCURADOR DA AUTORA 22.923,45 15,00 % 3.438,52
Total 3.438,52
Fls.: 22
Fls.: 23
PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA DO TRABALHO
PROCESSO JUDICIAL ELETRÔNICO
1ª VARA DO TRABALHO SÃO JOSÉ
ATSum 0000641-65.2022.5.12.0031
DECISÃO
Não se configurando qualquer hipótese prevista no art. 286 do CPC que

justifique a distribuição dirigida a este órgão julgador em face do(s) processo(s) 0000582-
14.2021.5.12.0031, redistribua-se o feito.
SAO JOSE/SC, 20 de julho de 2022.
JONY CARLO POETA

Magistrado
Assinado eletronicamente por: JONY CARLO POETA - 20/07/2022 16:46:56 - 3a3d8b3

https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=22072014080981800000049717986
Número do processo: 0000641-65.2022.5.12.0031 ID. 3a3d8b3 - Pág. 1
Fls.: 24
PODER JUDICIÁRIO
ATSum 0000641-65.2022.5.12.0031
DESPACHO
Vistos.
I -
Considerando ser incomum a Reclamada pactuar acordos, DEIXO de remeter os
autos ao CEJUSC.
II - Diante do disposto no art. 6º do Ato 11/2020, da CGJT, que

autoriza a utilização do rito processual estabelecido no art. 335 do CPC, CITE-SE a parte
Reclamada EMBRACON SERVICOS ESPECIALIZADOS CONDOMINIAS S/A para, querendo,
oferecer resposta em 10 (DEZ) dias úteis, a contar da data do recebimento da
notificação, sob pena de revelia e confissão ficta quanto à matéria fática.
OBSERVEM-SE, preferencialmente, os meios eletrônicos para a

intimação da parte, nos termos do art. 22 da Consolidação dos Provimentos da
Corregedoria do Tribunal Regional do Trabalho da 12ª Região.
DETERMINO à Secretaria que utilize os convênios disponíveis

para a identificação e a busca de endereços dos sócios e dos administradores, a fim de
possibilitar a notificação, a ser realizada, preferencialmente, na pessoa do sócio-
administrador.
III - No mesmo prazo para resposta, a parte Reclamada deverá

informar telefones, whatsapp e e-mails atualizados para contato, e poderá apresentar
proposta para conciliação do feito.
IV - Após, INTIME-SE a parte Reclamante para manifestação,

querendo, sobre os documentos e demais requerimentos apresentados pela parte
Reclamada, no prazo de 10 (DEZ) dias úteis, devendo apresentar as diferenças das
verbas que entende devidas, por amostragem, caso existentes, sob pena de preclusão.
V - No mesmo prazo para manifestação, a parte Reclamante

deverá informar telefones, whatsapp e e-mails atualizados para contato, e poderá
apresentar proposta para conciliação do feito e/ou manifestar-se, querendo, sobre a
eventual proposta apresentada pela parte contrária.
Assinado eletronicamente por: CHARLES BASCHIROTTO FELISBINO - Juntado em: 06/08/2022 09:13:07 - 7e5bb3b
Fls.: 25
VI - Os dados para contato (telefones, whatsapp e correio

eletrônico) deverão ser informados em petição própria com a opção de "sigilo"
acionada, em consonância com o disposto no Ofício Circular CR n. 8/2021.
VII - APRESENTADAS as propostas, deverá a Secretaria da

Unidade dar ciência da proposta à parte adversa e envidar esforços no sentido da
mediação e composição do litígio, utilizando-se os meios eletrônicos disponíveis.
VIII - As partes poderão requerer a realização de audiência por

videoconferência em qualquer fase do processo, cujo procedimento será adotado em
conformidade às normas institucionais expedidas pela Presidência do TRT desta Região.
IX - DECORRIDO o prazo concedido à parte Reclamante para

manifestação aos documentos apresentados com a resposta, será designada a prova
pericial para verificação da existência de insalubridade, oportunizando às partes a
formulação de quesitos e a indicação de assistente técnico.
X - APRESENTADO o laudo pericial, as partes deverão ser

intimadas para manifestação, querendo, no prazo de 5 (CINCO) dias úteis. No mesmo
prazo assinalado, as partes deverão dizer se pretendem a produção de outras provas,
especificando-as, em caso positivo, sob pena de preclusão.
XI - REQUERIDA a produção de prova oral, o processo será

incluído em pauta de instrução, com a maior brevidade possível.
XII - NÃO REQUERIDA a produção de outras provas, o processo

será incluído em pauta de encerramento da instrução processual, com a dispensa do
comparecimento das partes, facultado o comparecimento do procurador.
\ICCS
SAO JOSE/SC, 06 de agosto de 2022.
CHARLES BASCHIROTTO FELISBINO

Juiz(a) do Trabalho Substituto(a)
Assinado eletronicamente por: CHARLES BASCHIROTTO FELISBINO - Juntado em: 06/08/2022 09:13:07 - 7e5bb3b
Número do processo: 0000641-65.2022.5.12.0031
Fls.: 26
PODER JUDICIÁRIO
ATSum 0000641-65.2022.5.12.0031
INTIMAÇÃO
Fica V. Sa. intimado para tomar ciência do Despacho ID 7e5bb3b proferido nos autos.
DESPACHO
Vistos.
I -
Considerando ser incomum a Reclamada pactuar acordos, DEIXO de remeter os
autos ao CEJUSC.
II - Diante do disposto no art. 6º do Ato 11/2020, da CGJT, que

autoriza a utilização do rito processual estabelecido no art. 335 do CPC, CITE-SE a parte
Reclamada EMBRACON SERVICOS ESPECIALIZADOS CONDOMINIAS S/A para, querendo,
oferecer resposta em 10 (DEZ) dias úteis, a contar da data do recebimento da
notificação, sob pena de revelia e confissão ficta quanto à matéria fática.
OBSERVEM-SE, preferencialmente, os meios eletrônicos para a

intimação da parte, nos termos do art. 22 da Consolidação dos Provimentos da
Corregedoria do Tribunal Regional do Trabalho da 12ª Região.
DETERMINO à Secretaria que utilize os convênios disponíveis

para a identificação e a busca de endereços dos sócios e dos administradores, a fim de
possibilitar a notificação, a ser realizada, preferencialmente, na pessoa do sócio-
administrador.
III - No mesmo prazo para resposta, a parte Reclamada deverá

informar telefones, whatsapp e e-mails atualizados para contato, e poderá apresentar
proposta para conciliação do feito.
IV - Após, INTIME-SE a parte Reclamante para manifestação,

querendo, sobre os documentos e demais requerimentos apresentados pela parte
Reclamada, no prazo de 10 (DEZ) dias úteis, devendo apresentar as diferenças das
verbas que entende devidas, por amostragem, caso existentes, sob pena de preclusão.
Assinado eletronicamente por: CHARLES BASCHIROTTO FELISBINO - Juntado em: 06/08/2022 09:14:07 - 92e2f96
Fls.: 27
V - No mesmo prazo para manifestação, a parte Reclamante

deverá informar telefones, whatsapp e e-mails atualizados para contato, e poderá
apresentar proposta para conciliação do feito e/ou manifestar-se, querendo, sobre a
eventual proposta apresentada pela parte contrária.
VI - Os dados para contato (telefones, whatsapp e correio

eletrônico) deverão ser informados em petição própria com a opção de "sigilo"
acionada, em consonância com o disposto no Ofício Circular CR n. 8/2021.
VII - APRESENTADAS as propostas, deverá a Secretaria da

Unidade dar ciência da proposta à parte adversa e envidar esforços no sentido da
mediação e composição do litígio, utilizando-se os meios eletrônicos disponíveis.
VIII - As partes poderão requerer a realização de audiência por

videoconferência em qualquer fase do processo, cujo procedimento será adotado em
conformidade às normas institucionais expedidas pela Presidência do TRT desta Região.
IX - DECORRIDO o prazo concedido à parte Reclamante para

manifestação aos documentos apresentados com a resposta, será designada a prova
pericial para verificação da existência de insalubridade, oportunizando às partes a
formulação de quesitos e a indicação de assistente técnico.
X - APRESENTADO o laudo pericial, as partes deverão ser

intimadas para manifestação, querendo, no prazo de 5 (CINCO) dias úteis. No mesmo
prazo assinalado, as partes deverão dizer se pretendem a produção de outras provas,
especificando-as, em caso positivo, sob pena de preclusão.
XI - REQUERIDA a produção de prova oral, o processo será

incluído em pauta de instrução, com a maior brevidade possível.
XII - NÃO REQUERIDA a produção de outras provas, o processo

será incluído em pauta de encerramento da instrução processual, com a dispensa do
comparecimento das partes, facultado o comparecimento do procurador.
\ICCS

Assinado eletronicamente por: CHARLES BASCHIROTTO FELISBINO - Juntado em: 06/08/2022 09:14:07 - 92e2f96
Fls.: 28
PODER JUDICIÁRIO
ATSum 0000641-65.2022.5.12.0031
CHAVES DE ACESSO - Processo PJe-JT
Chaves para acesso à inicial e aos documentos que a acompanham.
Para ver o inteiro teor, digite a chave correspondente no endereço:

http://pje.trt12.jus.br/documentos
Descrição Tipo de documento Chave de acesso**
22080609130629300000
Intimação Intimação
050087974
22080515230260400000
Despacho Despacho
050075957
22072014080981800000
Decisão Decisão
049717986
Termo de Rescisão de Contrato de 22072010310953300000

TRCT
Trabalho (TRCT) 049710248
22072010310892100000
Procuração Procuração
049710244
Declaração de 22072010310919700000
Declaração de Hipossuficiência
Hipossuficiência 049710246
22072010301702200000
Petição Inicial Petição Inicial
049710199
Cálculo de 22072010310968100000
Planilha de Cálculos
Liquidação 049710249
ILKA CARLA CHAVES DA SILVA

Servidor
Assinado eletronicamente por: ILKA CARLA CHAVES DA SILVA - Juntado em: 10/08/2022 16:38:27 - a63c662
Fls.: 29
Assinado eletronicamente por: ILKA CARLA CHAVES DA SILVA - Juntado em: 10/08/2022 16:38:27 - a63c662
Certificado por TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 12A REGIAO:02482005000123
Fls.: 30
PODER JUDICIÁRIO
ATSum 0000641-65.2022.5.12.0031

2ª VARA DO TRABALHO DE SÃO JOSÉ
Av. Acioni Souza Filho (Beira-mar de São José), 657, 5º andar, Praia Comprida, São José
/SC, CEP 88103-790 - Tel.: (48) 3381-3720 - E-mail: 2vara_soo@trt12.jus.br
Balcão virtual: https://meet.google.com/cvt-hyfx-kiz
MANDADO DE CITAÇÃO INICIAL

Autorizado o cumprimento por meio eletrônico
Destinatário: EMBRACON SERVICOS ESPECIALIZADOS CONDOMINIAS S/A

RUA OSNI JOAO VIEIRA , 383, CAMPINAS, SAO JOSE/SC - CEP: 88101-270
OBSERVAÇÃO: a diligência poderá ser cumprida preferencialmente de forma eletrônica,

pelo endereço eletrônico societario@grupoembracon.com.br, ou por outros meios de
que disponha para localizá-lo, inclusive a consulta à Internet.
O Ex.mo Juiz do Trabalho desta Vara do Trabalho, Dr. Charles

Baschirotto Felisbino, MANDA o Oficial de Justiça Avaliador que, à vista do presente
mandado e em seu cumprimento, proceda à
CITAÇÃO do(a) Reclamado(a) acima nomeado, INTIMANDO-O

nos seguintes termos:
Fica Vossa Senhoria NOTIFICADO(A) de que tramita

eletronicamente a presente reclamação trabalhista, cuja petição inicial e documentos
poderão ser acessados via internet (http://pje.trt12.jus.br/documentos), digitando a
chave abaixo:
Chave de acesso: 22081016382687200000050174094
Assinado eletronicamente por: ILKA CARLA CHAVES DA SILVA - Juntado em: 10/08/2022 16:44:49 - b50bcb4
Fls.: 31
Fica NOTIFICADO(A), ainda, do despacho proferido, DEVENDO

APRESENTAR RESPOSTA diretamente no PJe, com a juntada dos documentos
pertinentes, no prazo de DEZ dias, sob as penas da revelia e confissão previstas no art.
844 da CLT.
Caso não consiga consultá-los/visualizá-los via internet, deverá

comparecer à Unidade Judiciária, no endereço acima indicado para receber orientações.
Se não possuir equipamento para conversão ou escaneamento

de documentos em formato PDF, deverá comparecer à Unidade Judiciária, para
proceder à adequação dos documentos por meio dos equipamentos disponibilizados.
Fica CIENTE de que eventuais testemunhas serão ouvidas, se

necessário, em audiência de instrução eventualmente designada.
Compete ao advogado ou à parte comunicar ao juízo qualquer

mudança posterior de endereço, sob pena de se reputarem válidas as notificações ou
intimações enviadas para o endereço constante dos autos.
A autenticidade da ordem emanada no presente mandado pode

ser conferida, outrossim, mediante acesso ao sítio eletrônico deste Regional na Internet
<www.trt12.jus.br>, aba Serviços, opção PJe, na qual constam consultas pelo número
do processo e por chave de acesso, ou ainda, no endereço eletrônico <https://pje.trt12.
jus.br/documentos>, digitando como chave de acesso o número do documento que se
encontra aposto ao rodapé.
Outras informações podem ser obtidas por meio do telefone,

correio eletrônico ou por meio do Balcão Virtual indicados no cabeçalho, este último
também acessível por meio do sítio eletrônico deste Regional <www.trt12.jus.br>, aba
Varas do Trabalho, 2ª Vara do Trabalho de São José, Balcão Virtual.
Firmo o presente eletronicamente, para seu fiel cumprimento,

em conformidade com o disposto no art. 250, Inciso VI, do CPC.

Servidor
Assinado eletronicamente por: ILKA CARLA CHAVES DA SILVA - Juntado em: 10/08/2022 16:44:49 - b50bcb4
Fls.: 32
PODER JUDICIÁRIO
ATSum 0000641-65.2022.5.12.0031
ID do mandado: {VAL $idMandado}

Destinatário: {VAL $nomeDestinatarioMandado}
CERTIDÃO DE DEVOLUÇÃO DE MANDADO
ID do mandado: b50bcb4
CERTIDÃO
Em cumprimento ao mandado expedido nos autos, no dia 15/08

/22, enviei a contrafé por email ao setor jurídico da reclamada EMBRACON SERVICOS
ESPECIALIZADOS CONDOMINIAS S/A (juridico@grupoembracon.com.br e coord.
juridico@grupoembracon.com.br), sendo confirmado expressamente o recebimento
por parte do coordenador jurídico, Sr. Edenilson Sales, no dia 16/08/22, às 11:54 horas
(via whatsapp 48 98855-7766).
Dou fé.
SAO JOSE/SC, 16 de agosto de 2022
ROMULO BACHA BORGES
Oficial de Justiça Avaliador Federal

Assinado eletronicamente por: ROMULO BACHA BORGES - Juntado em: 16/08/2022 15:46:13 - 42ff33f
Fls.: 33
PODER JUDICIÁRIO
ATSum 0000641-65.2022.5.12.0031
DESPACHO
Vistos.
I - Não apresentada defesa pelo Reclamado, devidamente citado por

oficial de justiça (Certidão ID. 42ff33f), caracterizada a revelia, cujos efeitos serão
apreciados oportunamente.
II - INCLUA-SE em pauta para oitiva da parte Reclamante e INTIME-SE a

Reclamada da data de audiência designada, pela ECT, enviando cópia da intimação
para o endereço eletrônico já utilizados no mandado de citação (ID. b50bcb4).
III - A audiência será realizada na modalidade de videoconferência,

utilizando-se, para tanto, o aplicativo denominado Zoom, cuja sala virtual deverá ser
acessada pelas partes, advogados e eventuais testemunhas por intermédio de
computador, telefone celular ou tablet.
Para viabilizar a participação no ato da audiência sem intercorrências,

deve-se seguir as seguintes instruções:
a) deverão as partes, procuradores e eventuais testemunhas estar

presentes, na data e hora a serem designadas, no “Hall de entrada” da sala virtual de
audiências desta Unidade Judiciária, onde deverão permanecer até que seja apregoada
a audiência, ocasião em que serão encaminhados à sala virtual de audiências. O “Hall
de entrada” é acessível através do seguinte endereço eletrônico:
https://trt12-jus-br.zoom.us/j/85142986185
ID da reunião: 851 4298 6185 (o ID da reunião pode ser solicitado

quando o acesso ocorre através de celular, tablet ou do cliente da plataforma)
b) o encaminhamento à sala de audiências será feito por meio de um

novo link a ser oportunamente disponibilizado no chat da sala de espera virtual,
acessível no botão “chat” ou “bate-papo” do “Hall de entrada” da sala virtual de
audiências desta Unidade Judiciária;
Assinado eletronicamente por: MIRIAM MARIA D AGOSTINI - Juntado em: 31/08/2022 22:30:20 - 0b87b3b
Fls.: 34
c) recomenda-se expressamente às partes e aos advogados que

instalem o aplicativo Zoom com antecedência em relação à audiência, bem como aos
advogados que antecipadamente orientem seus clientes e testemunhas quanto à
operação do aplicativo. Todavia, acessando por intermédio de computador, será
possível a participação no ato sem a utilização do aplicativo, por meio de um aplicativo
navegador (Chrome, Firefox, Safari, entre outros), devendo o usuário, para tanto,
selecionar na opção "Join from Your Browser" ou “Ingresse em seu navegador” após o
acesso ao endereço eletrônico supra informado;
d) o ideal é que as partes, advogados e testemunhas participem das

audiências por teleconferências de onde estiverem para evitar exposições e
deslocamentos desnecessários, devendo primar para estarem sozinhas/isoladas
durante o depoimento e realização da audiência.
e) caso o procurador opte por levar/receber a parte e respectivas

testemunhas no seu escritório deverá proporcionar ambiente compatível para oitiva
isolada de maneira que a testemunha que ainda não depôs não ouça o depoimento da
parte e nem da testemunha que a antecedeu, sob pena de perda da prova.
A data da audiência, da qual as partes serão intimadas, será definida

oportunamente.
IV - Caberá à parte interessada comunicar à(s) testemunha(s) que

pretende ouvir a forma de participação na sala de audiência.
Considerando o adiamento excessivo de audiências por ausência de

testemunhas, acarretando enorme prejuízo à prestação jurisdicional e ofensa aos
princípios da economia e celeridade processuais e duração razoável do processo (art.
5º, inc. LXXVIII da CF), DETERMINO, sob pena de perda da prova e para fim de aplicação
do disposto no art. 825 da CLT, que a parte comprove, na audiência instrutória
TELEPRESENCIAL (designada para a inquirição da testemunha), que, em relação à
testemunha ausente, houve prévio convite para participação (aplicação já prevista no
§3º do art. 852-H da CLT).
V - Ficam as partes advertidas que, em caso de ausência ou atraso,

serão aplicadas as cominações de confissão ficta, na forma do entendimento da
Súmula nº 74 do c. TST. A certidão de comparecimento em audiência poderá ser
requerida no ato da audiência, e estará à disposição do requerente, no processo, no
prazo de 24h.
VI - Para facilitar a comunicação e prática de atos, os advogados e partes

deverão informar, sempre que possível, por petição nos autos, dados de contato tais
como e-mail, telefones, whatsapp e outros, incluindo os dados da testemunha
Fls.: 35
arrolada. Os dados para contato (telefones, whatsapp e e-mails) deverão ser

apresentados com a opção de "sigilo" acionada, em consonância com o disposto no
Ofício Circular CR n. 8/2021.
\VAG\mmd
MIRIAM MARIA D AGOSTINI

Juiz(a) do Trabalho Titular
Fls.: 36
PODER JUDICIÁRIO
ATSum 0000641-65.2022.5.12.0031
INTIMAÇÃO
Fica V. Sa. intimado para tomar ciência do Despacho ID 0b87b3b proferido nos autos.
DESPACHO
Vistos.
I - Não apresentada defesa pelo Reclamado, devidamente citado por

oficial de justiça (Certidão ID. 42ff33f), caracterizada a revelia, cujos efeitos serão
apreciados oportunamente.
II - INCLUA-SE em pauta para oitiva da parte Reclamante e INTIME-SE a

Reclamada da data de audiência designada, pela ECT, enviando cópia da intimação
para o endereço eletrônico já utilizados no mandado de citação (ID. b50bcb4).

acessada pelas partes, advogados e eventuais testemunhas por intermédio de
computador, telefone celular ou tablet.

a) deverão as partes, procuradores e eventuais testemunhas estar

presentes, na data e hora a serem designadas, no “Hall de entrada” da sala virtual de
audiências desta Unidade Judiciária, onde deverão permanecer até que seja apregoada
a audiência, ocasião em que serão encaminhados à sala virtual de audiências. O “Hall
de entrada” é acessível através do seguinte endereço eletrônico:

Assinado eletronicamente por: MIRIAM MARIA D AGOSTINI - Juntado em: 31/08/2022 22:31:20 - d425ed3
Fls.: 37

c) recomenda-se expressamente às partes e aos advogados que

instalem o aplicativo Zoom com antecedência em relação à audiência, bem como aos
advogados que antecipadamente orientem seus clientes e testemunhas quanto à
d) o ideal é que as partes, advogados e testemunhas participem das

durante o depoimento e realização da audiência.


oportunamente.

Considerando o adiamento excessivo de audiências por ausência de

5º, inc. LXXVIII da CF), DETERMINO, sob pena de perda da prova e para fim de aplicação

Fls.: 38

prazo de 24h.
VI - Para facilitar a comunicação e prática de atos, os advogados e partes

deverão informar, sempre que possível, por petição nos autos, dados de contato tais
como e-mail, telefones, whatsapp e outros, incluindo os dados da testemunha
arrolada. Os dados para contato (telefones, whatsapp e e-mails) deverão ser
apresentados com a opção de "sigilo" acionada, em consonância com o disposto no
Ofício Circular CR n. 8/2021.
\VAG\mmd

Fls.: 39
PODER JUDICIÁRIO
ATSum 0000641-65.2022.5.12.0031

/SC, 88103-790 Tel. (48) 3381-3720, correio eletrônico <2vara_soo@trt12.jus.br>
NOTIFICAÇÃO DE AUDIÊNCIA - Processo PJe-JT
Destinatário: TATIANE VIEIRA PACHECO

Audiência de instrução: 23/01/2023 13:30
Fica V. S.ª intimado de que a AUDIÊNCIA TELEPRESENCIAL DE

INSTRUÇÃO PARA OITIVA DA PARTE AUTORA foi designada para a data e hora acima
indicadas.
A audiência será realizada na modalidade de videoconferência,

acessada pelas partes, advogados e testemunhas por intermédio de computador,
telefone celular ou tablet.
Para viabilizar sua participação no ato da audiência sem intercorrências,

a) deverão as partes, seus procuradores e testemunhas estar presentes,

na data e hora acima designadas, no “Hall de entrada” da sala virtual de audiências
desta Unidade Judiciária, onde deverão permanecer até que seja apregoada a
audiência, ocasião em que serão encaminhados à sala virtual de audiências. O “Hall de
entrada” é acessível através do seguinte endereço eletrônico:

Assinado eletronicamente por: REJANE SCHMITT DE ARAUJO - Juntado em: 21/10/2022 18:06:51 - 82a269f
Fls.: 40

c) recomenda-se expressamente às partes, advogados e testemunhas

que instalem o aplicativo Zoom com antecedência em relação à audiência, bem como
aos advogados que antecipadamente orientem seus clientes e testemunhas quanto à
d) cabe à parte interessada comunicar o link à(s) testemunha(s) que

pretende ouvir;
e) o ideal é que as partes, testemunhas e advogados participem das

durante o depoimento e realização da audiência;
f) caso o procurador opte por levar/receber a parte e respectivas

Fica V. Sª advertido(a) que, em caso de ausência ou atraso, serão

aplicadas as cominações de confissão ficta, na forma do entendimento da Súmula nº 74
do c. TST. A certidão de comparecimento em audiência poderá ser requerida no ato da
audiência, e estará à disposição do requerente, no processo, no prazo de 24h.
SAO JOSE/SC, 21 de outubro de 2022.
REJANE SCHMITT DE ARAUJO

Servidor
Assinado eletronicamente por: REJANE SCHMITT DE ARAUJO - Juntado em: 21/10/2022 18:06:51 - 82a269f
Fls.: 41
PODER JUDICIÁRIO
ATSum 0000641-65.2022.5.12.0031

NOTIFICAÇÃO DE AUDIÊNCIA - (CARTA REGISTRADA)

RUA OSNI JOAO VIEIRA , 383, CAMPINAS, SAO JOSE/SC - CEP: 88101-270

INSTRUÇÃO PARA OITIVA DA PARTE AUTORA foi designada para a data e hora acima
indicadas.



Assinado eletronicamente por: REJANE SCHMITT DE ARAUJO - Juntado em: 21/10/2022 18:06:51 - 1058e28
Fls.: 42




pretende ouvir;




Assinado eletronicamente por: REJANE SCHMITT DE ARAUJO - Juntado em: 21/10/2022 18:06:51 - 1058e28
Servidor
Rastreamento https://rastreamento.correios.com.br/app/index.php?Registros=BH669864197BR
Fls.: 43
BH 669 864 197 BR

REGISTRADO CONVENCIONAL
Objeto entregue ao destinatário

Pela Unidade de Distribuição, SAO JOSE - SC
26/10/2022 15:27
Objeto saiu para entrega ao destinatário

SAO JOSE - SC
26/10/2022 09:48
Objeto postado
SAO JOSE - SC
25/10/2022 10:29
1 of 1 15/12/2022 17:24
Assinado eletronicamente por: REJANE SCHMITT DE ARAUJO - Juntado em: 15/12/2022 17:25:26 - ff5b89c
Fls.: 44
EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA 2ª VARA DO TRABALHO DE

SÃO JOSÉ – SANTA CATARINA
EMBRACON SERVICOS ESPECIALIZADOS CONDOMINIAS, por intermédio do

advogado infrafirmado, vem requerer a juntada de procuração para
regularização da representação processual conforme documentos em anexo.
Nestes termos,
Pede deferimento.
São José-SC, 23 de janeiro 2023.
Edenilson Bispo Sales

OAB/SC 61.130
Assinado eletronicamente por: EDENILSON BISPO SALES - Juntado em: 23/01/2023 13:06:41 - d47d870
Fls.: 45
Assinado eletronicamente por: EDENILSON BISPO SALES - Juntado em: 23/01/2023 13:06:41 - 8646bfa
Fls.: 46
EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA VARA DA 2ª VARA DO

TRABALHO SÃO JOSÉ – SANTA CATARINA
- JUNTA DOCUMENTOS PARA INSTRUÇÃO PROCESSUAL
PROCESSO Nº 0000641-65.2022.5.12.0031
EMBRACON SERVICOS ESPECIALIZADOS CONDOMINIAS

S/A, por seu advogado abaixo assinado, constituído nos termos do instrumento
de mandato anexo, vem perante V.Exa., REQUERER A JUNTADA DE
DOCUMENTOS, em observância ao rito sumaríssimo, especificamente ao art.
852-H, caput, da CLT: “Todas as provas serão produzidas na audiência de
instrução e julgamento, ainda que não requeridas previamente”, vem se
manifestar nos seguintes termos:
I. DA CONEXÃO E PREVENÇÃO (DA EXISTENCIA DEPOSITO).

II. AÇÃO CIVIL COLETIVA Nº 0000671-88.2021.5.12.0014
III. SUCESSÃO EMPRESARIAL (ORSEGUPS PARTICIPAÇÕES)
A reclamante pleiteia no exordial pagamento de

verbas rescisórias.
Inicialmente, necessário informar que existe Ação
Coletiva n° 0000671-88.2021.5.12.0014, de legitimidade do SINDICATO DOS
EMPREGADOS EM EMPRESAS PRESTADORAS DE SERVICO E ASSEIO E
Assinado eletronicamente por: EDENILSON BISPO SALES - Juntado em: 23/01/2023 13:17:09 - 039acb5
Fls.: 47
CONSERVACAO NO MUNICIPIO DE FLORIANOPOLIS - CNPJ: 05.777.066/0001-06,

na qualidade substituto processual, tramitando na 2º Vara do Trabalho de
Florianópolis, foi assentado acordo entre os trabalhadores e a Reclamada, e
que está incluído a substituída (reclamante) para pagamento de verbas
trabalhistas (comprovantes anexos).
Comprovante de deposito em favor da Reclamante

no valor de R$5.646,66, fls.1312 daqueles autos:
Em suma, em face da discussão das parcelas de

natureza rescisórias revela-se prevento o juízo da tramitando na 2ª Vara do
Trabalho de Florianópolis nos termos da documentação anexa.
Fls.: 48
1.1 DA SUCESSÃO EMPRESARIAL DA EMPRESA ORSEGUPS PARTICI

1.2 ACÃO CIVIL PUBLICA (0000671-88.2021.5.12.0014)
Necessário esclarecer, que a Reclamada Embracon

Serviços Condominiais e Embracon Segurança Vigilância vendeu TODA a
operação empresarial à ORSEGUPS PARTICIPAÇÕES, com cláusula de
exclusividade e de não concorrência por 10 anos não possuindo mais atividade
empresa. A sucessão empresarial inclusive foi reconhecida na ação civil publica
de nº (0000671-88.2021.5.12.0014) em tramite na 2ª Vara do Trabalho de
Florianópolis, assim como reconhecida preteritamente em diversos juízos do TRT-
12, conforme sentenças em anexo.
Destacamos trecho de reconhecimento da sucessão

empresarial da empresa Orsegups junto a inativa Embracon Serviços
Condominiais:
Fls.: 49
1.3 DA RECONHECIDA SUCESSÃO EMPRESARIAL –

DOCUMENTACAO
A Reclamada vendeu toda operação empresarial à

ORSEGUPS PARTICIPAÇÕES, incluído todo faturamento, transferência de
empregados, equipamentos, clientes, carros, motos, com cláusula de
exclusividade e de não concorrência por 10 anos não possuindo mais atividade
empresa, conforme documentos anexos.
a) As empresas vendidas foram interrompidas, devido a venda e

transferência total das operações a Orsegups.
2. Nos termos do art. 448-A da CLT, - Caracterizada a

sucessão empresarial ou de empregadores prevista nos arts. 10, 448 e 448-A
desta Consolidação, as obrigações trabalhistas, inclusive as contraídas à época
em que os empregados trabalhavam para a empresa sucedida, são de
responsabilidade do sucessor.
Fls.: 50
b) DESTACAMOS: TRANSFERÊNCIA DE TODA ATIVIDADE ECONÔMICA
TODOS OS CONTRATOS E
EXCLUSIVIDADE A ORSEGUPS
Fls.: 51
c) DESTAQUE: TRANSFERÊNCIA DE EMPREGADOS
d) DESTAQUE: TRANSFERÊNCIA DE OPERAÇÃO

Reunião da Fusão Empresarial
Fls.: 52
e) DESTAQUE: TRANSFERÊNCIA DOS MAIS DE 900 EMPREGADOS
f) DESTAQUE: TRANSFERÊNCIA DE BENS
Fls.: 53
g) DESTAQUE: COMUNICADO DA VENDA AOS CLIENTES
h) DESTAQUE: TRANSFERÊNCIA DE TODO FATURAMENTO, CLIENTES EXCLUSIVIDADE
Fls.: 54
i) DESTAQUE – TRANSFERÊNCIA DE ESTRUTURA E TITULARIDADE:
Transferência
Estrutura
Fls.: 55
Deste modo, a transferência da atividade econômica, a

transferência de clientes (condomínios e tomadores de serviços), a transferência
dos bens e equipamentos, a transferência do faturamento, assim como a
transferência de empregados (continuidade da relação contratual), para a
sucessora Orsegups mantendo com exclusividade a continuidade da atividade
econômica da sucedida são elementos concretos da sucessão empresarial.
Neste diapasão os arts. 448, da Consolidação das Leis

Trabalhistas, norteiam o fato jurídico da sucessão empresarial do direito
brasileiro, vejamos:
“Lei Nº 5.452, de 1º De Maio De 1943 - Consolidação Das

Lei do Trabalho.
Art. 448 - A mudança na propriedade ou na estrutura

jurídica da empresa não afetará os contratos de trabalho
dos respectivos empregados.
Art. 448-A. Caracterizada a sucessão empresarial ou de

empregadores prevista nos arts. 10 e 448 desta
consolidação, as obrigações trabalhistas, inclusive as
contraídas à época em que os empregados trabalhavam
para a empresa sucedida, são de responsabilidade do
sucessor. (incluído pela lei nº 13.467, de 2017)” (grifo nosso)
É o caso dos autos.
A sucessão empresarial estabelece-se ora de forma

contratual, ora de forma jurídica conforme se denota em inúmeros
processos trabalhistas entre as executadas.
1.4 DA SUCESSÃO EMPRESARIAL DA EMPRESA ORSEGUPS PARTICI

1.5 DIVERSOS JULGADOA AO CASO CONCRETO
Fls.: 56
1. No tocante a sucessão empresarial entre a sucedida

Embracon e a sucessora Orsegups, destacamos a decisão proferida na
Reclamação Trabalhista nº 0000004-96.2022.5.12.0037, em tramite na pelo juízo
da 7ª Vara de Florianópolis em que reconhece a sucessão empresarial
conforme trecho abaixo:
a) DESTACAMOS TRECHO RECONHECIMENTO SUCESSÃO EMPRESARIAL DA ORSEGUPS –

PROCESSO Nº 1013680-70.2021.8.26.0011, TRAMITE NA 1ª VARA CIVEL DE
Fls.: 57
SÃO PAULO:
Fls.: 58
2. Ainda colacionamos trecho das decisões do

judiciário paulista contra empresa Orsegups por sua má fé negocial e
reconhecimento da sucessão empresarial:
Trecho da sentença 1013680-70.2021.8.26.0011 (Tramite TJSP

– Foro Regional de Pinheiros):
“[...] Diante de todo o processado, forçoso se faz

reconhecer a sucessão empresarial entre a embargante e a
empresa Embracon, uma vez que adquiriu a parte saudável
desta, ou seja, sua carteira de clientes, equipamentos e
materiais necessários para o desempenho da atividade
empresarial, esvaziando o patrimônio daquela; devendo a
embargante responder pelos débitos da referida empresa,
em especial, os relacionados à cessão de recebíveis
firmado com a parte embargada, nos termos do art. 1.116
do Código Civil. Por fim, tem-se por enfrentadas todas as
teses da inicial contrárias aos fundamentos acima,
inexistindo alegação capaz, em tese, de infirmar a
conclusão desta sentença. Posto isso, julgo IMPROCEDENTE
os embargos à execução, com resolução de mérito,
reconhecendo a sucessão empresarial entre a parte
embargante e a empresa Embracon, devendo responder
pelas dívidas assumidas por esta junto à parte embargada,
extinguindo o feito nos termos do art. 487, I do CPC.
(Processo 1013680-70.2021.8.26.0011: Órgão Julgador: Foro
Regional I - Pinheiros - 1ª Vara Cível; Data do Julgamento:
23/08/2022)
“Trecho do Acordão 2085099-69.2021.8.26.0000 – TJSP –

Câmara Comercial)
Ementa: Agravo de Instrumento – Incidente de

desconsideração da personalidade jurídica – Sucessão
empresarial da executada, ocorrida no curso do incidente
Fls.: 59
de cumprimento de sentença – Cessão à empresa Vigzul

Tecnologia e Monitoramento S/A., de parte da clientela da
executada na prestação de serviços de monitoramento,
rastreamento e similares, no âmbito da iniciativa privada,
bem como de todos os equipamentos empregados na
prestação dos serviços -Embora a empresa devedora
(Eurosec) tenha se mantido ativa, restringindo sua atuação
no âmbito do setor público, é certo que a cessionária Vigzul,
além de continuar a atividade no mesmo espaço físico,
houve expressa autorização, pela cedente, do uso de seu
nome em veículo de marketing para a comunicação da
clientela acerca da sucessão havida – Posterior cessão à
empresa Orsegups da integralidade da carteira de clientes
- uma vez operada a sucessão empresarial da executada,
que, diga-se, provocou o esvaziamento de seu patrimônio
e, por conseguinte, a frustração da satisfação do crédito
exequendo, se mostra inequívoco o abuso da
personalidade jurídica havido, de sorte que se justifica a
inclusão das sucessoras no polo passivo da demanda –
Recurso a que se nega provimento. (TJSP; Agravo de
Instrumento 2085099-69.2021.8.26.0000; Relator (a): Mauro
Conti Machado; Órgão Julgador: 16ª Câmara de Direito
Privado; Foro Regional III - Jabaquara - 3ª Vara Cível; Data
do Julgamento: 30/11/2021; Data de Registro: 03/12/2021).
3. Apresentamos pacífica jurisprudência:
Ementa: SUCESSÃO TRABALHISTA.

RESPONSABILIDADE DA EMPRESA SUCEDIDA. O
entendimento predominante na doutrina e
jurisprudência é de que a sociedade empresária
sucessora, no caso a primeira reclamada, responde
integralmente pelos débitos oriundos das relações
de trabalho, ainda que referentes ao período
anterior à sucessão, já que assume, por sub-
rogação, todos os direitos e obrigações do
antecessor. No entanto, essa circunstância não
isenta de responsabilidade a empresa sucedida. Em
Fls.: 60
primeiro lugar, porque a sucedida foi empregadora

e, com isso, auferiu as vantagens decorrentes da
utilização da força de trabalho do empregado. E,
em segundo lugar, a sucessão, não raro, é
expediente utilizado para fraudar a satisfação das
obrigações trabalhistas. Por isso, e devido ao caráter
protecionista do sistema pátrio, o sucedido deve
responder, em caráter solidário, pelas obrigações
trabalhistas do sucessor. Recurso ordinário da
segunda reclamada a que se nega provimento.
(TRT-2 10003879020195020441 SP, Relator: PAULO
EDUARDO VIEIRA DE OLIVEIRA, 3ª Turma - Cadeira 4,
Data de Publicação: 17/02/2022)
Ementa: SUCESSÃO TRABALHISTA.

RESPONSABILIDADE DA EMPRESA SUCEDIDA. Via de
regra, em se tratando de sucessão trabalhista, é o
sucessor que se responsabiliza pelos direitos e
obrigações trabalhistas, conforme art. 448-A da CLT.
Contudo, em situações excepcionais de fraude na
sucessão, ou insuficiência econômica do sucessor,
admite-se a responsabilidade da empresa sucedida,
já que a finalidade precípua dos artigos 10 e 448 da
CLT é garantir a integral satisfação dos créditos
trabalhistas. (TRT-3 - RO: 00102930820195030114 MG
0010293-08.2019.5.03.0114, Relator: Jorge Berg de
Mendonca, Data de Julgamento: 14/06/2021, Sexta
Turma, Data de Publicação: 15/06/2021.)
Ementa: SUCESSÃO EMPRESARIAL.

RESPONSABILIDADE DA EMPRESA SUCEDIDA. A
jurisprudência firmada pelo c. TST é no sentido de
que a sucessão trabalhista, em regra, transfere para
o sucessor a exclusiva responsabilidade pelos
contratos empregatícios. Portanto, a menos que se
comprove a existência de fraude no processo
sucessório, o sucedido responde, de forma exclusiva,
pelo passado, presente e futuro dos contratos
empregatícios. (TRT 17ª R., ROT 0001672-
27.2017.5.17.0009, Divisão da 2ª Turma, DEJT
03/12/2019). (TRT-17 - ROT: 00016722720175170009,
Relator: DESEMBARGADOR MARCELLO MACIEL
MANCILHA, Data de Julgamento: 14/11/2019, Data
de Publicação: 03/12/2019)
4. Desta forma, conforme evidenciado, REQUER a

juntada de documentos para evidência da sucessão empresarial da ORSEGUPS
Fls.: 61
PARTICIPACOES S/A, inscrita no CNPJ: 10.361.314/0001-73 e ORSEGUPS

PRESTACAO DE SERVICOS DE LIMPEZA LTDA, inscrita no CNPJ sob
nº14.355.814/0001-53 e sua responsabilização nos ditames da Consolidação das
Leis do Trabalho.
1.6 DO PLEITO DE INSALUBRIDADE
38. Nobre julgador, inicialmente é de impugnar todos os

fatos narrados da inicial, pois são levianos, aventureiros e não merecem
prosperara, devendo ser julgado totalmente improcedente a demanda.
39. Postula a Reclamante pagamento de adicional de

insalubridade em grau máximo 40% (quarenta por cento), com o suposto
fundamento de que exercia função de auxiliar de serviços gerais, e que
mantinha contato habitual e permanente com agentes químicos e biológicos.
40. Inicialmente, é de se impugnar as alegações e supostos

fatos trazidos pela Reclamante, pois não condizem com a verdade, haja vista
que as atividades desempenhadas pelo reclamante não o expunham às
condições insalubres que ensejam pagamento do adicional de insalubridade.
47. Ainda, somente são consideradas atividades insalubres

aquelas que, por sua natureza, condições ou métodos de trabalho, exponham
o reclamante a agentes nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância
fixados em razão da natureza e da intensidade do agente e do tempo de
exposição aos seus efeitos.
49. Não é despiciendo salientar que, ainda que por sua

natureza, condições ou métodos de trabalho, o empregado esteja exposto a
agentes nocivos, não há que se falar em adicional de insalubridade quando se
estiver dentro dos limites de tolerância fixados em razão da natureza e da
intensidade do agente e do tempo de exposição aos seus efeitos.
Fls.: 62
50. Não tendo o reclamante se exposto a agentes

insalubres, bem como ruído - agente nocivo apto a ensejar a percepção do
adicional de insalubridade - de forma habitual e permanentemente durante a
relação de emprego, é indevido o adicional de insalubridade pretendido.
Assim, improcede o pleito reclamante quanto a este ponto, pois, inexistentes as
condições insalubres afirmadas pelo reclamante.
51. É de bom alvitre ressaltar, que é indevido o referido

adicional quando não restar provado que o reclamante laborava em
condições insalubres, manuseando produtos químicos nocivos à saúde, sem
utilizar qualquer equipamento de proteção. Ademais, a teor dos arts. 333, I, do
CPC e 818 da CLT, incumbe ao reclamante provar os fatos alegados.
52. Ademais, a Orientação Jurisprudencial 278/TST-SDI-I,

estabelece que a realização de perícia é obrigatória para a verificação de
insalubridade.
53. Não obstante, é fato que a Reclamante jamais laborou

com limpeza de dejetos ou banheiros de grande circulação, sendo absurda
ainda a afirmação de que estava exposta a agentes insalubres configurados
como grau máximo, como restará comprovado com suficiência no curso da
instrução processual.
54. Os tribunais pátrios têm jurisprudência consolidada

neste sentido, vejamos:
Ementa: INSALUBRIDADE. PERÍCIA. A caracterização e

a classificação da insalubridade e da periculosidade,
segundo as normas do Ministério do Trabalho, far-se-
ão através de perícia a cargo do Médico do
Trabalho ou Engenheiro do Trabalho, registrados no
Ministério do Trabalho, nos termos do art. 195, da CLT.
(TRT-2 10003231620215020472 SP, Relator: ALVARO
Fls.: 63
ALVES NOGA, 17ª Turma - Cadeira 5, Data de

Publicação: 17/02/2022)
Ementa: ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. O contato

com "álcalis cáusticos" em sua composição bruta, ou
seja, para fabricação do cimento, caracteriza
atividade insalubre, nos termos do Anexo 13 da NR-
15 da Portaria nº 3.214/78 do MTE. Já a manipulação
do cimento e cal (preparo e transporte), não se
insere na relação oficial da referida Norma
Regulamentadora. Assim, o pedreiro que, durante
seu mister, manuseia argamassa de cimento e cal,
fica exposto ao produto industrializado e não tem
direito ao adicional de insalubridade. Recurso da
reclamada provido. (TRT-2 10003764320205020371 SP,
Relator: SONIA MARIA DE OLIVEIRA PRINCE
RODRIGUES FRANZINI, 12ª Turma - Cadeira 3, Data de
Publicação: 16/11/2021)
54. Portanto, improcede a pretensão autoral.
55. Por fim, acaso seja determinada a realização de

perícia para atestar que no ambiente de trabalho inexiste agentes capazes
gerar o direito à percepção da insalubridade no grau pretendido, requer seja
condenada a parte autora ao pagamento dos honorários periciais, na forma
estabelecida pelo art. 790-B da Consolidação das Leis do Trabalho, com
alterações trazidas pela Lei nº 13.467 de 2017.
56. A título de cautela, outrossim, acaso seja reconhecido

o direito à percepção da insalubridade, requer seja limitado aos períodos em
que houve prestação de serviços e calculados sobre o salário-mínimo vigente à
época, conforme determina a legislação vigente.
1.7 BASE DE CÁLCULO ADICIONAL DE INSALUBRIDADE
Fls.: 64
No que diz respeito à base de cálculo do adicional de

insalubridade, o STF, ao deferir medida liminar requerida na Reclamação n°
6.266-0/DF, movida pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), suspendeu
a aplicação da Súmula n. 228 do TST, decidindo pela permanência do salário-
mínimo como base de cálculo para o adicional de insalubridade até que
sobrevenha lei ou norma coletiva dispondo sobre a matéria, revigorando, assim,
o art. 192 consolidado.
Nesse contexto, ainda que reconhecida a

inconstitucionalidade do art. 192 da CLT e, por conseguinte, da própria Súmula
228 do TST, tem-se que a parte final da Súmula Vinculante n° 4 do STF não
permite criar critério novo por decisão judicial, razão pela qual, até que se edite
norma legal ou convencional estabelecendo base de cálculo distinta do
salário mínimo para o adicional de insalubridade, continuará a ser aplicado esse
critério para o cálculo do referido adicional, salvo a hipótese da Súmula 17 do
TST, que prevê como base de cálculo o piso salarial da categoria, que o possua
(já que o piso salarial é o salário mínimo da categoria).
Importa salientar que referido entendimento é o adotado

pelo C. TRT da 12ª Região. Vejamos:
Ementa: "ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. BASE DE

CÁLCULO. [...] I - Com a edição da Súmula Vinculante
nº 4 do STF, impõe-se a utilização do salário mínimo
como base de cálculo do adicional de
insalubridade, salvo previsão mais favorável
estabelecida em acordo ou convenção coletivos.
[...]."(sic) (Súmula nº 48, Item I, do TRT da 12ª Região).
(TRT-12 - RO: 00041563120145120018 SC 0004156-
31.2014.5.12.0018, Relator: NARBAL ANTÔNIO DE
MENDONÇA FILETI, SECRETARIA DA 1A TURMA, Data
Fls.: 65
Ementa: "ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. BASE DE

CÁLCULO. [...] I - Com a edição da Súmula Vinculante
nº 4 do STF, impõe-se a utilização do salário mínimo
como base de cálculo do adicional de
insalubridade, salvo previsão mais favorável
estabelecida em acordo ou convenção coletivos.
[...]". Súmula nº 48, Item I, do TRT da 12ª Região). (TRT-
12 - RO: 00004425920155120008 SC 0000442-
59.2015.5.12.0008, Relator: NARBAL ANTÔNIO DE
MENDONÇA FILETI, SECRETARIA DA 1A TURMA, Data
Ementa: RECURSO ORDINÁRIO DA RECLAMADA.

ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. BASE DE CÁLCULO.
Salvo nos casos de ajuste em sentido diverso no
contrato de trabalho ou no plano coletivo, a base de
cálculo do adicional de insalubridade é o salário
mínimo. Incidência da Súmula Vinculante 4 do
Supremo Tribunal Federal. RECURSO ADESIVO DO
RECLAMANTE. HORAS EXTRAS. ADICIONAL. EXCESSO
DA SEGUNDA HORA EXTRA DIÁRIA. A legislação pátria
e as disposições normativas aplicáveis ao autor não
preveem o pagamento de horas extras nos termos
postulados, ou seja, com adicional de 100% para as
horas extras prestadas após a segunda hora extra do
dia, sendo imperativo confirmar a sentença que
indefere a pretensão. (TRT-4 - RO:
00003234120115040403, Data de Julgamento:
11/04/2012, 6ª Turma)
Dessa forma, não resta dúvida que a base de cálculo do

adicional de insalubridade é o salário-mínimo, não havendo outra base de
cálculo.
Fls.: 66
1.8 DOS JUROS E CORREÇÃO MONETÁRIA
Diante da total improcedência dos pedidos formulados na

petição inicial, são indevidos juros e correção monetária no caso concreto.
Contudo, na hipótese de eventual e improvável condenação, o que se admite
apenas para argumentar, postula-se, quanto à correção monetária, a
observância do disposto no art. 459 da CLT, bem como da Lei n° 8.177/1991, ou
seja, a utilização dos índices do mês subsequente ao do vencimento, bem
como a TR – Taxa Referencial como critério de correção monetária, nos termos
do art. 879, parágrafo 7º, da CLT, impugnando-se o IPCA- E por ausência de
previsão legal.
De outra parte, em que pese não ter havido pedido

expresso nesse sentido, sucessivamente, caso Vossa Excelência não entenda
pela aplicação da Taxa Referencial, para fins de correção monetária, em razão
da recente decisão judicial exarada pelo E. Supremo Tribunal Federal a respeito
do tema, propugna a expoente, sucessivamente, pela limitação da
incidência do IPCA-E somente até a data do ajuizamento da ação e pela
aplicação da Taxa Selic, a partir de então, nos termos do art. 406 do Código
Civil, sem a incidência de qualquer percentual a título de juros, uma vez que
estes já se encontram englobados no percentual definido pelo Banco Central.
Nesse sentido, aliás, tem-se o voto do Min. Dias Toffoli[1],

ao referir que a Selic é “uma taxa que engloba juros moratórios e correção
monetária, razão pela qual a sua incidência impede a aplicação de outros
índices de atualização sob pena de bis in idem”. Logo, a saber que é pacífico,
na jurisprudência[2] que indevidos juros compostos (juros sobre juros) na Justiça
do Trabalho e já englobando a taxa Selic os juros de mora, não há falar na
incidência de qualquer outro percentual sob tal rubrica, o que não pode deixar
de ser observado por esse MM. Juízo.
A reclamada invoca, ainda, a aplicação da Súmula n° 381

do E.TST.
1.9 DA COMPENSAÇÃO/DEDUÇÃO
Fls.: 67
A Reclamada requer a compensação/dedução dos

valores já pagos ao Postulante em igual título, no caso de uma eventual
condenação ao pagamento de alguma das parcelas requeridas na exordial,
conforme permite o art. 767 da CLT.
1.10 PEDIDO FINAL
Desse modo, requer sejam acolhidas as preliminares

suscitadas e por todo o exposto, improcedem e se contesta os pedidos
constantes da peça vestibular em face da Reclamada, por inteiramente
despropositados e descabidos, na forma das razões aduzidas nesta defesa.
7Isto posto espera e requer seja a ação julgada

improcedente em face da reclamada, responsabilizado o Reclamante pelo
pagamento das custas.
Sucessivamente, requer o reconhecimento da sucessão

empresarial em face da ORSEGUPS PARTICIPACOES S/A, inscrita no CNPJ:
10.361.314/0001-73, e ORSEGUPS PRESTACAO DE SERVICOS DE LIMPEZA LTDA,
inscrita no CNPJ sob nº14.355.814/0001-53, conforme evidenciado aos autos e
sua responsabilidade única e exclusiva nos termos da legislação e jurisprudência
dos Tribunais Superiores.
Por fim, em observância ao rito sumaríssimo,

especificamente ao art. 852-H, caput, da CLT: “Todas as provas serão produzidas
na audiência de instrução e julgamento, ainda que não requeridas previamente”
protesta pela produção de todos os meios de provas em direito admitidos,
depoimento pessoal do reclamante, ouvida de testemunhas, juntada de novos
documentos, tudo sem prejuízo da juntada de outros documentos, pericial e
demais que se façam necessários à elucidação do feito.
Nestes termos,
Fls.: 68
Pede juntada e deferimento.

São José, 17 de janeiro de 2023.
EDENILSON BISPO SALES

OAB/SC 61.130
Fls.: 1312 Fls.: 69
Documento assinado pelo Shodo
Assinado eletronicamente por: LEONARDO VIEIRA DE AVILA - 06/06/2022 22:49 - ff18bda

Número do processo: ACC 0000671-88.2021.5.12.0014
ID. ff18bda - Pág. 1
Assinado eletronicamente por: EDENILSON BISPO SALES - Juntado em: 23/01/2023 13:17:09 - ad884e5
Fls.: 70
Fls.: 1
Poder Judiciário
Ação Civil Coletiva

0000671-88.2021.5.12.0014

Partes:
AUTOR: SINDICATO DOS EMPREGADOS EM EMPRESAS PRESTADORAS DE SERVICO
E ASSEIO E CONSERVACAO NO MUNICIPIO DE FLORIANOPOLIS
ADVOGADO: LEONARDO VIEIRA DE AVILA
AUTOR: SINDICATO DOS EMPREGADOS EM EMPRESAS DE VIG E SEGUR PRIVADA
PRESTADORA DE SERV NO MUNICIPIO DE FLORIANOPOLIS SC
AUTOR: SINDICATO DOS EMPREGADOS EM EMPRESAS PRESTADORAS DE SERVICOS
E ASSEIO E CONSERVACAO DE SAO JOSE E REGIAO
AUTOR: SINDICATO DOS EMPREGADOS EM EMPRESAS DE VIGILANCIA E SEGURANCA
PRIVADA PRESTADORAS DE SERVICOS DE SAO JOSE E REGIAO
ADVOGADO: ARI LEITE SILVESTRE
RÉU: EMBRACON SEGURANCA E VIGILANCIA S/A
RÉU: EMBRACON SERVICOS ESPECIALIZADOS CONDOMINIAS S/A
TERCEIRO INTERESSADO: MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO
TERCEIRO INTERESSADO: ORSEGUPS PARTICIPACOES S/A
ADVOGADO: MARIANA LINHARES WATERKEMPER
Assinado eletronicamente por: EDENILSON BISPO SALES - Juntado em: 23/01/2023 13:17:09 - 087de74
Fls.:
Fls.:271
PODER JUDICIÁRIO
2ª VARA DO TRABALHO DE FLORIANÓPOLIS
ACC 0000671-88.2021.5.12.0014
AUTOR: SINDICATO DOS EMPREGADOS EM EMPRESAS PRESTADORAS DE
SERVICO E ASSEIO E CONSERVACAO NO MUNICIPIO DE FLORIANOPOLIS E
OUTROS (4)
RÉU: EMBRACON SEGURANCA E VIGILANCIA S/A E OUTROS (2)
DECISÃO
I - RELATÓRIO
A Entidade Sindical requer o direcionamento da Execução em

face da pessoa jurídica terceira Orsegups Participações S/A. Pretende a sua inclusão no
polo passivo em razão da sucessão de empregadores que afirma haver ocorrido.
Por analogia, aplicou-se o regramento da desconsideração da

personalidade jurídica como medida de assegurar o contraditório e a ampla defesa da
terceira, que, por sua vez, foi intimada e apresentou defesa.
A defesa, com documentos, foi submetida ao contraditório,

tendo o Exequente apresentado réplica.
É o relatório.
DECIDE-SE
II – FUNDAMENTAÇÃO
1.PROVIDÊNCIAS SANEADORAS
1.1. DA SUSPENSÃO PROCESSUAL
Rejeita-se o requeriomento da terceira ORSEGUPS de suspensão

processual com base na decisão proferida pela Exma. Vice-Presidente do c. Tribunal
Superior do Trabalho nos Autos n. TST-Ag-ED-AIRR-10252-81.2015.5.03.0146 porque ela
se refere à inclusão de de empresa integrante de grupo econômico que não participou
do processo de conhecimento, o que de forma incontroversa, não se aplica ao caso
concreto no qual não há alegação de grupo econômico.
2. MÉRITO
Assinado eletronicamente por: VALTER TULIO AMADO RIBEIRO - Juntado em: 20/12/2022 00:31:40 - 82c9e79
Fls.:
Fls.:372
2.1.DA RESPONSABILIDADE PATRIMONIAL. SUCESSÃO DE

EMPREGADORES
Primeiramente, fundamental consignar que recentemente, este

Juízo analisou a matéria por ocasião do julgamento do processo 0000879-
72.2021.5.12.0014, na qual se reconheceu a sucessão de empregadores e, com isso, a
responsabilidade patrimonial da ORSEGUPS, o que também se aplica ao presente feito
por se tratar, rigorosamente, do mesmo caso concreo.
O art. 448-A da CLT atribui à sucessora o ônus e o bônus, sendo

certo que a ORSEGUPS adquiriu a carteira de clientes, dando continuidade aos
contratos de trabalho dos então empregados da EMBRACON.
A título de fundamentação, somam-se precedentes coligidos

aos autos às fls. 864/900 do proceso supracitado, não apenas da Justiça do Trabalho
mas da própria Justiça Estadual reconhecendo que a ORSEGUPS sucedeu a EMBRACON.
Sendo assim, reitera-se o que consignado acima: O art. 448-A da

CLT atribui à sucessora o ônus e o bônus, isentando a sucedida ante a ausência de
previsão legal.
É relevante pontutar que não há demonstração ou alegação de

de grupo econômico (art. 2º, § 2º da CLT) entretanto, como bem destacou o Exequente
por meio do documento de id db0a68e (fls. 1483/1500) os quais comprovam que a
EMBRACON, propriamente foi incorporada à ORSEGUPS, que passou a ser
imediatamente, beneficiada pelo faturamento daquela, e , por conseguinte, como já
anotado, também deverá assumir o ônus, a saber, o cuimprimento de obrigações
trabalhistas.
Ante o exposto, acolhe-se o requerimento do Exequente

e declara-se que a responsável primária pelos créditos constituídos é a sucessora, na
forma do art. 448-A da CLT, ORSEGUPS PARTICIPAÇÕES S.A.
III – DISPOSITIVO
Pelo exposto, decide o JUÍZO DA 2ª VARA DO TRABALHO DE

FLORIANÓPOLIS-SC jogar PROCEDENTE o incidente de desconsideração da
personalidade jurídica para determinar a inclusão da ORSEGUPS PARTICIPAÇÕES S.A.
no polo passivo, bem como o direcionamento da execução em face do seu patrimônio,
tudo nos termos da fundamentação que se incorpora a este dispositivo.
Fls.:Fls.:
4 73
Intimem-se as partes.
VÁLTER TÚLIO AMADO RIBEIRO
Juiz do Trabalho
GABRIEL COELHO JOAQUIM PEREIRA
Assessor do Juiz Titular
FLORIANOPOLIS/SC, 20 de dezembro de 2022.
VALTER TULIO AMADO RIBEIRO

Fls.: 74
Assinado eletronicamente por: EDENILSON BISPO SALES - Juntado em: 23/01/2023 13:17:09 - d5512c0
Fls.: 75
Comunicado
Hoje a Embracon Condomínios e a Orsegups Participações S/A estabelecem

um acordo operacional que irá impulsionar as soluções, serviços e tecnologia
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Gestão Condominial. A conexão entre a melhor empresa de Segurança
Patrimonial e Portaria Remota com a maior Administração de Condomínios
de Santa Catarina passa a criar a experiencia perfeita para quem mora,
trabalha ou administra um condomínio.
João Machado da Silva Neto Gilson Cesar Silva

Diretor da Embracon Condomínios Diretor de Mercado de Expansão Orsegups
Assinado eletronicamente por: EDENILSON BISPO SALES - Juntado em: 23/01/2023 13:17:09 - 6489d14
Fls.: 76
COMUNICADO DE MIGRAÇÃO DA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS
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Assinado eletronicamente por: EDENILSON BISPO SALES - Juntado em: 23/01/2023 13:17:09 - 863c5e8
Fls.: 77
Diretor de Mercado e Expansão

55 48 3381-6604
gilsoncesar@orsegups.com.br
ORSEGUPS PARTICIPAÇÕES S.A.
Assinado eletronicamente por: EDENILSON BISPO SALES - Juntado em: 23/01/2023 13:17:09 - 863c5e8
Fls.: 78
Assinado eletronicamente por: EDENILSON BISPO SALES - Juntado em: 23/01/2023 13:17:09 - 9f50a2c
Fls.: 79
Fls.: 80
Fls.: 81
Fls.: 82
Fls.: 83
Fls.: 84
Fls.: 85
Fls.: 86
Assinado eletronicamente por: EDENILSON BISPO SALES - Juntado em: 23/01/2023 13:17:09 - 2f3ea13
Fls.: 87
Fls.: 88
Fls.: 89
Fls.: 90
Fls.: 91
Fls.: 92
Fls.: 93
Fls.: 94
fls. 2168
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

COMARCA DE SÃO PAULO
1ª VARA CÍVEL DO FORO REGIONAL XI - PINHEIROS
Rua Jericó, s/n, térreo, Sumarezinho, São Paulo/SP, CEP 05435-040, telfone (11) 3815-0146
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SENTENÇA
Reclamação: 1013680-70.2021.8.26.0011 - Embargos à Execução

Data da Audiência: 13/07/2022 às 14:00h
Embargante: Orsegups Segurança e Vigilância Ltda e outro
Embargado: Fundo de Investimentos Em Direitos Creditórios da Indústria Exodus
Institucional
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CASSIO PEREIRA BRISOLA, liberado nos autos em 23/08/2022 às 19:39 .
Vistos.
A parte embargante opôs embargos à execução que lhe

move a parte embargada, alegando, em apertada síntese, ter adquirido a carteira de clientes da
empresa Embracon, a qual teria feito contrato de cessão de recebíveis com a parte embargada.
Afirma ter sido prejudicada pela empresa Embracon, não tendo ciência da cessão do crédito
para terceiro. Informa ter suspendido os pagamentos à empresa Embracon. Nega sucessão
empresarial ou a prática de fraude ou conluio com a empresa Embracon. Prossegue afirmando
ter feito aquisição onerosa da carteira de clientes da Embracon. Ante a ausência de sucessão
empresarial, afirma não ser responsável pelo pagamento do crédito executado nos autos.
Postulou a concessão de tutela de urgência. Requer seja declarada a inexigibilidade do título
executado perante si.
Os embargos foram recebidos sem atribuição de efeito

suspensivo, fl. 272.
Regularmente intimada, a parte embargada apresentou sua

impugnação, alegando, em resumo, que a empresa Embracon realizou operação societária de
cessão de ativos (venda de carteira de clientes) para a parte embargante. Afirma ter ocorrido
sucessão empresarial entre a parte embargante e a empresa cedente – Embracon, ante a
Assinado eletronicamente por: EDENILSON BISPO SALES - Juntado em: 23/01/2023 13:17:09 - 73b7c02
Fls.: 95
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aquisição de ativos e da carteira de clientes, além de equipamentos, conforme contrato

celebrado entre elas. Requer a improcedência dos embargos.
Houve réplica.
O feito foi saneado com a designação de audiência de
instrução para oitiva das testemunhas arroladas.
As partes apresentaram alegações finais.
É o relatório.
Fundamento e decido.
Os embargos são improcedentes.
Inicialmente, afasto a alegação de cerceamento de defesa,

ante o indeferimento da quebra do sigilo bancário da empresa Embracon, formulado pela
embargante em suas alegações finais, pois, o indeferimento foi feito na decisão saneadora, a
qual deveria ser combatida com o recurso apropriado, estando precluso o requerimento.
Passo a analisar o conjunto probatório.
A alegação da parte embargante de imparcialidade da

testemunha da parte embargada não merece acolhida, a uma, por já ter sido objeto de
indeferimento a audiência de instrução; a duas, pois o mesmo argumento vale para a
testemunha dela, seu diretor de mercado, que afiançou a realização de um negócio que pode
se revelar prejudicial para ela.
Passo ao resumo do depoimento das testemunhas.
Fls.: 96
fls. 2170

A testemunha da embargante Sr. Gilson, em juízo, não

participou da cessão da carteira de clientes ou cessão de créditos. Teve conhecimento através
dos clientes adquiridos passaram a receber cobrança da embargada. A compra foi efetuada em
julho de 2021 e o contrato firmado em 21 agosto de 2021. Conduziu a aquisição da carteira
clientes da Embarcon. Foi requerida da empresa Embracon apenas as informações sobre a
carteira de clientes. A carteira foi vendida livre de ônus. Houve demonstração de que os
clientes pagavam em dia para a Embracon. Foi demonstrado pagamentos para a Embracon.
Não houve demonstração pela Embracon de que efetivamente recebia os valores dos clientes.
O risco estava baseado no recebimento da carteira. Soube da cessão do crédito para a
embargada apenas em outubro de 2021, quando já tinha pago todas as parcelas para a
Embracon. Conversou sobre a compra com Rodrigo Dela Roca sócio da Embracon. Teve
ciência pelo 'mercado' em setembro da cessão de crédito pela Embracon. Não tinha
conhecimento de que a Embracon tinha cedido crédito para instituições financeiras. O
contrato tinha um valor limite. Se o cliente não pagasse, a embargante não pagaria à
Embracon. Foram adquiridos ativos estritamente necessário para a continuidade dos trabalhos.
A embargante não teve assessoria jurídica nas tratativas de compra. Não foram coagidos a
fazer o negócio.
A testemunha da embargada Sr. Walter, em juízo,

participou pela Embracon do negócio com a embargante. O interesse era vender todos os
ativos da empresa, não somente a carteira de clientes. O negócio abrangeu todos os bens para
o desempenho da atividade. Foi informado para a embargante sobre a cessão de recebíveis
para a embargada. A embargante tinha ciência de todas as dívidas e todos os créditos da
embarcon. Os empregados também foram transferidos. A embargante foi informada da cessão
de recebíveis dos clientes da Embracon para fundos de investimentos. Foi mencionado que a
embargada tinha crédito para receber da Embracon. A negociação começou em maio ou junho
de 2021. Todas as reuniões foram realizadas na sede da embargante. A Embracon informou
suas dívidas nas reuniões. Não se recorda se constou no contrato. A informação foi prestada
na reunião com a embargante. A embargante não quis ficar com o CNPJ. A embargante
Fls.: 97
fls. 2171

comprou todos os ativos da Embracon para a operação de vigilância e limpeza condominial.

Estava em algumas reuniões com seu advogado. O interesse da Embracon era vender toda a
operação, não somente a carteira de clientes. A embargada tinha ciência da negociação entre a
Embracon com a embargante. Não houve ata da reunião. Orli ou Erli representante jurídico da
embargada participou de uma reunião com a embargante, depois da celebração do contrato.
As dívidas da Embarcon foram consideradas na formação do preço. Não houve contraposta
pela Embracon. A embargante ofereceu o preço pelo negócio. Não sabe o valor da dívida da
Embracon. Havia uma referência do montante da dívida. Não participou das reuniões entre os
"controllers" das duas empresas – Embracon e Orsegups. Foram entregues os balanços da
Embracon. Por conta do passivo da Embracon, a embargante não assumiu o CNPJ da
Embracon. A embargante foi cientificada da cessão de recebíveis para a embargada. Os
balanços da Embracon foram entregues para embargante.
A prova oral produzida autoriza reconhecer que a parte

embargante não atuou com a diligência necessária e esperada na realização do negócio
envolvendo a compra da carteira de clientes da empresa Embracon, bem como que a parte
embargante deixou de cumprir seu ônus probatório.
Malgrado o depoimento da testemunha Sr. Gilson, não é

crível que a uma empresa realize, nos dias de hoje, negócio milionário como o celebrado entre
a embargante e a empresa Embracon, sem a realização de diligências prévias a respeito da
"saúde" financeira da empresa com que se negocia, ainda, mais a aquisição de crédito, no
caso, uma carteira de clientes.
Com efeito, a testemunha Gilson, diretor de mercado da

embargante, afirmou, inicialmente, que a empresa Embracon demonstrou o recebimento de
valores referente à carteira de clientes que foi vendida, porém, acabou afirmando não ter
havido demonstração dos recebimentos.
Fls.: 98
fls. 2172

Tampouco convence a alegação de que o risco da parte

embargante seria o recebimento pelos clientes nos 3 (três) meses que sucederam à realização
da compra da carteira, correspondente às parcelas do preço entabulado, como alegado pela
testemunha Gilson, uma vez que a compra da carteira milionária teria, apenas, garantia
trimestral de remuneração, o que não se revela razoável ou interessante economicamente, ante
o baixo retorno do investimento.
Reitere-se, não é verossímil a aquisição de uma carteira de

clientes sem a prova dos pagamentos por eles realizados, ou se estavam adimplentes, de tal
maneira que a realização do negócio sem essas informações corresponderia a uma compra "às
cegas", no que não se acredita, uma vez que o empresário sempre busca o lucro em suas
contratações, o que não ocorreria no exemplo de negócio relatado pela testemunha da parte
autora.
A propósito, vale consignar que a boa-fé empresarial

impõe ao contratante a realização de atos e diligências com o escopo de verificar e se
certificar da regularidade do negócio, não somente com relação ao outro contratante, mas,
inclusive, com relação a terceiros – credores ou devedores desse.
Nessa linha vale citar o conceito de boa-fé formulado pela

festejada profª. Paula Forgioni:
"(...) para o direito comercial, agir de acordo com a boa-fé significa

adotar o comportamento jurídica e normalmente esperado dos
"comerciantes cordatos", dos agentes econômicos ativos e probos em
determinado mercado [ou "em certo ambiente institucional"], sempre
de acordo com o direito" (in, Contratos Empresariais – teoria geral e
aplicação, 3ª edição, São Paulo, Thomson Reuters Brasil, 2018, p.
122/123).
Fls.: 99
fls. 2173

Ainda de acordo com a citada jurista, "o primeiro passo

para o sucesso do contrato e a escolha do parceiro" (obra citada, p. 75), ou seja, o empresário
que pretende contratar com outro deve bem conhecê-lo, encetando diligência para conseguir o
retrato mais próximo possível da realidade financeira e econômica do parceiro comercial, o
que não foi feito no caso em tela.
Outrossim, não convence a alegação de inexistência de
sucessão comercial, haja vista que a parte embargante assumiu o mesmo ramo de atividade da
empresa Embracon, adquirindo no negócio não somente sua carteira de clientes, mas,
inclusive, materiais e equipamentos para o desempenho das atividades, como reconheceu sua
testemunha, além de previsão contratual, cláusula primeira item 1.1.1., fls. 1.166 e seguintes
dos autos principais.
Vale consignar que a própria embargante em sua inicial

relaciona como elementos caracterizadores da sucessão empresarial o exercício no mesmo
local e a aquisição de ativos e carteiras de clientes, fl. 07.
Ademais, a parte embargante utilizou veículo com o nome

da empresa Embracon juntamente com o seu, fl. 328, indicando a aquisição de ativos e o uso
conjunto do nome da empresa.
Nessa linha, vale citar acórdão do TJ/SP reconhecendo a

sucessão empresarial da parte embargante em outro processo similar ao presente feito:
Agravo de Instrumento – Incidente de desconsideração da

personalidade jurídica – Sucessão empresarial da executada, ocorrida
no curso do incidente de cumprimento de sentença – Cessão à
empresa Vigzul Tecnologia e Monitoramento S/A., de parte da
clientela da executada na prestação de serviços de monitoramento,
rastreamento e similares, no âmbito da iniciativa privada, bem como
de todos os equipamentos empregados na prestação dos serviços -
Fls.: 100
fls. 2174

Embora a empresa devedora (Eurosec) tenha se mantido ativa,

restringindo sua atuação no âmbito do setor público, é certo que a
cessionária Vigzul, além de continuar a atividade no mesmo espaço
físico, houve expressa autorização, pela cedente, do uso de seu nome
em veículo de marketing para a comunicação da clientela acerca da
sucessão havida – Posterior cessão à empresa Orsegups da
integralidade da carteira de clientes - uma vez operada a sucessão
empresarial da executada, que, diga-se, provocou o esvaziamento de
seu patrimônio e, por conseguinte, a frustração da satisfação do
crédito exequendo, se mostra inequívoco o abuso da personalidade
jurídica havido, de sorte que se justifica a inclusão das sucessoras no
polo passivo da demanda – Recurso a que se nega provimento. (TJSP;
Agravo de Instrumento 2085099-69.2021.8.26.0000; Relator
(a): Mauro Conti Machado; Órgão Julgador: 16ª Câmara de Direito
Privado; Foro Regional III - Jabaquara - 3ª Vara Cível; Data do
Julgamento: 30/11/2021; Data de Registro: 03/12/2021).
Diante de todo o processado, forçoso se faz reconhecer a

sucessão empresarial entre a embargante e a empresa Embracon, uma vez que adquiriu a parte
saudável desta, ou seja, sua carteira de clientes, equipamentos e materiais necessários para o
desempenho da atividade empresarial, esvaziando o patrimônio daquela; devendo a
embargante responder pelos débitos da referida empresa, em especial, os relacionados à
cessão de recebíveis firmado com a parte embargada, nos termos do art. 1.116 do Código
Civil.
Por fim, tem-se por enfrentadas todas as teses da inicial

contrárias aos fundamentos acima, inexistindo alegação capaz, em tese, de infirmar a
conclusão desta sentença.
Posto isso, julgo IMPROCEDENTE os embargos à

execução, com resolução de mérito, reconhecendo a sucessão empresarial entre a parte
embargante e a empresa Embracon, devendo responder pelas dívidas assumidas por esta junto
à parte embargada, extinguindo o feito nos termos do art. 487, I do CPC.
Fls.: 101
fls. 2175

Em razão da sucumbência, condeno a parte embargante no

pagamento das custas, despesas processuais e honorários advocatícios fixados em 10% do
valor da causa, nos termos do art. 85 e parágrafos do CPC.
P.I.C.
São Paulo, 23 de agosto de 2022.
Cassio Pereira Brisola
Juiz de Direito
Firefox https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/VisualizaDocumento/Autenticado/d...
Fls.: 102
PODER JUDICIÁRIO
ACC 0000671-88.2021.5.12.0014
AUTOR: SINDICATO DOS EMPREGADOS EM EMPRESAS PRESTADORAS DE
SERVICO E ASSEIO E CONSERVACAO NO MUNICIPIO DE FLORIANOPOLIS E
OUTROS (4)
RÉU: EMBRACON SEGURANCA E VIGILANCIA S/A E OUTROS (2)
DESPACHO
Vistos etc.,
Tendo em vista a petição da ré protocolada no Id 49460e1, que denota

impossibilidade de cumprimento do acordo, converte-se o feito em diligência para determinar seja oficiada a
empresa ORSEGUPS PARTICIPAÇÕES S. A, CNPJ 10.361.314/0001-73 para que não deposite o valor
referente a parcela do mês de fevereiro de 2022 (saldo devedor referente ao acordo homologado na ata de
audiência de Id 997ba50) na conta da reclamada EMBRACON, e sim, em conta judicial vinculada a este
feito.
Como medida de economia processual, confere-se à presente decisão eficácia de

OFÍCIO JUDICIAL como também caráter de MANDADO JUDICIAL, alertando que descumprimento desta
ordem judicial implicará nas cominações previstas em lei.
Intimem-se.
3878
FLORIANOPOLIS/SC, 07 de março de 2022.
1 of 2 07/04/2022 23:39
Assinado eletronicamente por: EDENILSON BISPO SALES - Juntado em: 23/01/2023 13:17:09 - 6ad5355
Firefox https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/VisualizaDocumento/Autenticado/d...
Fls.: 103
VALTER TULIO AMADO RIBEIRO

2 of 2 07/04/2022 23:39
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Firefox https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/VisualizaDocumento/Autenticado/...
Fls.: 104
PODER JUDICIÁRIO
ATSum 0000004-96.2022.5.12.0037
RECLAMANTE: NEUZA RUTE GUIMARAES
DECISÃO EM EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE
ORSEGUPS PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE LIMPEZA LTDA. apresenta

exceção de pré-executividade (fls. 115 e seguintes – ID e9487d2), alegando: (1) inexistência de título
executivo a embasar sua responsabilidade, pois o acordo foi formulado entre a autora e a EMBRACON,
partes no processo, não fazendo pate da lide, não participou da audiência, não tendo garantido o direito ao
contraditório e à ampla defesa. Ressalta que a sucessão somente poderia ter sido reconhecida caso fosse parte
nos autos, pugnando pela sua exclusão da lide.
Intimada a exequente se manifesta (fls. 124 e seguintes – ID . 609630c), pugnando

pelo reconhecimento da sucessão.
Autos conclusos.
É o breve relato.
DECIDO:
CABIMENTO DA MEDIDA
DECISÃO EM EXECUÇÃO
1 of 4 09/08/2022 15:15
Assinado eletronicamente por: EDENILSON BISPO SALES - Juntado em: 23/01/2023 13:17:09 - 84ec974
Fls.: 105
Não garantida integralmente a execução, recebo a presente como exceção pré-

executividade.
Entende-se por exceção de pré-executividade uma forma de defesa do executado,

sem, contudo, necessitar garantir o juízo, ou seja, é a faculdade do demandado de arguir fatos sem a
necessidade da interposição de embargos à execução, com a prévia garantia do juízo.
Outrossim, como as matérias objeto da exceção são, normalmente, de ordem

pública, não estão sujeitas à preclusão, motivo pelo qual não deve ser aplicado com rigor o entendimento da
existência de um prazo para a interposição da medida.
Assim, conheço do incidente.
(1)Quanto à possibilidade de reconhecimento da sucessão na fase de execução,

transcrevo decisão do TRT12 neste sentido:
AGRAVO DE PETIÇÃO. SUCESSÃO TRABALHISTA. INCLUSÃO DE TERCEIRO

NO POLO PASSIVO NA FASE DE EXECUÇÃO. POSSIBILIDADE. É possível o redirecionamento da
execução em face de empresa sucessora, não integrante da lide, desde que observado o devido processo
legal, o contraditório e a ampla defesa, com a regular citação do terceiro. (TRT12 - AP -
0004490-72.2013.5.12.0027 , QUEZIA DE ARAUJO DUARTE NIEVES GONZALEZ , 3ª Câmara , Data de
Assinatura: 01/07/2020)
Ademais, a exequente apresenta e-mail, datado em 09/09/2021 comprovando que

os empregados da Embracon migraram para a base da ORSEGUPS, requerendo a empregada da ORSEGUPS
as seguintes informações: data da baixa no e-social, termo de aceite de transferência. Também foi anexado
e-mail , datado em 05/08/2021, convocando para reunião empregados de ambas as empresas com o seguinte
assunto: Embracon/Orsegups – Reunião de Fusão, no auditório da sede da ORSEGUPS, havendo transcrição
de parte do contrato que comprova a venda de toda a operação, com transferência de empregados, clientes,
bens e equipamentos.
Também verifico que a executada tinha por atividade econômica: serviços

especializados condominiais e que a empresa sucessora serviços combinados de portaria, limpeza,
manutenção e zeladoria, monitoramento de sistemas de segurança, serviços de instalação e manutenção
elétrica, fornecimento e gestão de recursos humanos para terceiros, locação de mão de obra temporária,
atividades de limpeza de prédios, domicílios, praças e logradouros públicos, serviços de escritório
administrativo e edição de cadastros e listas e prestação de serviços de vigia desarmado (fls. 121).
A empresa sucessora, portanto, desenvolve também a mesma atividade

econômica.
2 of 4 09/08/2022 15:15
Fls.: 106
Os arts. 10 e 448 da CLT protegem o vínculo empregatício de eventuais alterações

na estrutura jurídica dos empregadores.
Tradicionalmente, a sucessão de empregadores pressupõe a presença concomitante

dos seguintes requisitos: a transferência de um estabelecimento, como unidade econômico-jurídica, para
outro titular e a continuidade da prestação de serviços pelo empregado.
Contudo, evitando inúmeras fraudes e esvaziamento patrimonial, a jurisprudência

passou a dispensar a continuidade da prestação de serviços como requisito para a configuração da sucessão
trabalhista, conforme decisão a seguir transcrita:
“SUCESSÃO TRABALHISTA. INICIATIVA PRIVADA. CONTRATO DE

TRABALHO EXTINTO ANTES DA SUCESSÃO. RESPONSABILIDADE DO SUCESSOR. Para a
hipótese de contrato de serviços públicos, a jurisprudência dessa corte assente que ‘ no tocante ao contrato de
trabalho extinto antes da vigência da concessão, a responsabilidade pelos direitos dos trabalhadores será
exclusivamente da antecessora. “ (item II da OJ 225, da SDI-I desta Corte). No caso presente a prestação de
serviços encerrou-se antes da sucessão, consoante asseverado pela Turma. Sucede que, in casu,(atividade
privada) o sucessor do empreendimento é responsável pelas obrigações ainda que extintos antes da
sucessão. Com ressalva do entendimento contrário do Relator. Recurso de Embargos de que se conhece e que
se nega provimento. ( ERR 93400-11-2001.5.02.0048, SBDI-I rel Min. Brito Pereira, 4.4.2013.)
Na hipótese dos autos, realmente não resta comprovada a continuidade de

prestação de serviços pelo empregado exequente , considerando a data da sucessão (agosto/setembro 2021) e
o térnino do vínculo de emprego. Em 12/07/2021.
Todavia, no tocante ao requisito de transferência do estabelecimento, tenho por

suficientemente provado.
Logo, reconheço a sucessão trabalhista perpetrada, rejeito a exceção de pré-

executividade e determino a inclusão de tal executada no polo passivo, com a citação desta, em nome próprio,
para pagamento do valor da execução.
Diante do exposto, decido conhecer da exceção de pré-executividade e julgar os

pedidos nela deduzidos IMPROCEDENTES , nos termos da fundamentação, para reconhecer a sucessão
trabalhista, determinar a inclusão da ORSEGUPS no polo passivo, com a citação desta, em nome próprio
para pagamento do valor da execução.
Intimem-se as partes. Sem custas. Prossiga-se. Nada mais.
3 of 4 09/08/2022 15:15
Fls.: 107
FLORIANOPOLIS/SC, 01 de agosto de 2022.
CARLOS ALBERTO PEREIRA DE CASTRO

4 of 4 09/08/2022 15:15
Fls.: 108
Fls.: 1
Poder Judiciário

0000503-35.2021.5.12.0031

Partes:
RECLAMANTE: ADRIANA FERREIRA PINHEIRO
ADVOGADO: WALLACE ALAIN DE GOES
ADVOGADO: MAISE REGINA CORONETTI
PERITO: GUILHERME WEBER SCHMITT
ADVOGADO: BELMIRO PEREIRA JUNIOR
ADVOGADO: RAFAEL LUIZ ROVARIS
ADVOGADO: NATALIA SILVESTRI
Assinado eletronicamente por: EDENILSON BISPO SALES - Juntado em: 23/01/2023 13:17:09 - 86162e5
Fls.:
Fls.: 2109
PODER JUDICIÁRIO
ATSum 0000503-35.2021.5.12.0031
RECLAMANTE: ADRIANA FERREIRA PINHEIRO
SENTENÇA
I - Relatório
A exequente, ADRIANA FERREIRA PINHEIRO, pretende a inclusão,

no polo passivo desta execução, da empresa ORSEGUPS PARTICIPACOES S/A, sob o
argumento de que se trata de sucessora empresarial da executada EMBRACON
SERVICOS ESPECIALIZADOS CONDOMINIAS S/A.
A executada se manifesta no ID 40ca33b e a suscitada contesta

no ID 1039a26.
A exequente apresenta manifestação.
O presente incidente veio concluso para julgamento.
É o breve relatório.
II – Fundamentação
1. Sucessão empresarial
A exequente pretende a inclusão, no polo passivo desta

execução, da empresa ORSEGUPS PARTICIPACOES S/A, sob o argumento de que se
trata de sucessora empresarial da executada EMBRACON SERVICOS ESPECIALIZADOS
CONDOMINIAS S/A.
Acolho.
A exequente foi admitida pela executada EMBRACON em 02/03

/2020 e foi reconhecida a rescisão indireta do contrato de trabalho em 10/01/2022,
Assinado eletronicamente por: JONY CARLO POETA - Juntado em: 17/10/2022 17:06:11 - 1f70704
Fls.:
Fls.: 3110
havendo afastamento das atividades laborais pela condição de gestante a partir de 30

/04/2021. A sentença transitada em julgado (ID 3192b65) condenou a executada
EMBRACON ao pagamento de verbas rescisórias, indenização por danos morais e
honorários de sucumbência.
A sucessão empresarial se caracteriza pela transferência da

propriedade da empresa, nos termos dos arts. 10, 448 e 448-A da CLT, mediante algum
negócio jurídico entre os envolvidos, escrito ou não, que demonstre a continuidade da
atividade empresarial, como por exemplo, cessão, incorporação ou venda do
estabelecimento.
Consta dos autos que em 05/08/2021 a executada EMBRACON e

a empresa ORSEGUPS firmaram contrato de cessão de direitos e obrigações através da
transferência de carteira de clientes e outros ativos com as seguintes cláusulas, naquilo
que interessa ao presente feito (ID b271d38):
CLÁUSULA PRIMEIRA
1.1 Por este instrumento e na melhor forma

de direito, e sujeito aos termos e condições estipulados neste
contrato, a CEDENTE VENDEDORA [EMBRACON] transfere para a
CESSIONÁRIA COMPRADORA [ORSEGUPS] os seguintes ativos, os
quais declara desde já serem de sua exclusiva propriedade:
1.1.1 A sua carteira de clientes ativos,

composta por clientes tomadores de serviços de Asseio,
Conservação e Limpeza, devidamente qualificados no ANEXO I
deste instrumento; e
1.1.2 Todos os equipamentos instalados nos

clientes e na CEDENTE VENDEDORA, de propriedade desta,
necessários para a plena prestação dos serviços objeto da carteira
de clientes ora transacionada, devidamente identificados por
cliente no ANEXO II deste instrumento.
1.1.3 Todos os contratos físicos firmados

pelos clientes constantes do ANEXO I deste instrumento com a
CEDENTE VENDEDORA.
[…]
Fls.:
Fls.: 4111
CLÁUSULA QUINTA – DOS ATIVOS E

PASSIVOS
[…]
5.4 Quaisquer débitos ou despesas, sabidos

ou não, que porventura venham a ser imputados sobre a carteira
de clientes e/ou os bens ora transacionados, que por força judicial,
de fiscalização, auditoria ou outro meio externo de controle e
cobrança, que venham a ser objeto de obrigação de pagamento,
serão de responsabilidade exclusiva da CEDENTE VENDEDORA,
desde que seu fato gerador tenha ocorrido até 31 de julho de 2021
, inclusive.
[…]
5.7 A CESSIONÁRIA COMPRADORA não terá

nenhuma obrigação fiscal, trabalhista, ou outra que porventura
surgir, com os empregados da CEDENTE VENDEDORA, e vice-versa,
em qualquer tempo ou época, sob qualquer título ou forma,
devendo cada uma das empresas responder exclusivamente por
seus empregados ou ex-empregados, independentemente de data
ou vínculo a época da ação, sempre na forma da lei, excetuando-se
o disposto no item 5.8 a seguir.
5.8 Os empregados lotados nos postos de

serviços da carteira de clientes ora transacionada, num total de
706 (setecentos e seis) colaboradores, devidamente listados e
qualificados no ANEXO III deste instrumento, terão um tratamento
diferenciado conforme itens a seguir:
a) serão transferidos da CEDENTE

VENDEDORA para a CESSIONÁRIA COMPRADORA através da
“sucessão direta e exclusiva de empregados”, aqueles listados no
ANEXO III deste instrumento, com todos os seus direitos e
encargos devidamente quitados pela CEDENTE VENDEDORA, e
comprovados até 31 de julho de 2021;
b) os comprovantes de quitação de salários

e encargos devidos pela CEDENTE VENDEDORA até 31 de julho de
2021, de que trata o item “a” anterior, estão constantes no ANEXO
IV deste instrumento;
Fls.:
Fls.: 5112
c) em caso de ações trabalhistas e/ou cíveis

movidas pelos empregados listados no ANEXO III deste
instrumento, em qualquer tempo ou época, as despesas e/ou
condenações que porventura delas decorrerem serão assim
assumidas e pagas: os direitos adquiridos pelos empregados até
31 de julho de 2021 são de responsabilidade exclusiva da CEDENTE
VENDEDORA, e os direitos adquiridos a partir de 01 de agosto de
2021 são de responsabilidade exclusiva da CESSIONÁRIA
COMPRADORA;
d) os direitos adquiridos de férias e décimos

terceiros salários de 2021 devidamente discriminados no ANEXO III
deste instrumento que ainda não foram quitados pela CEDENTE
VENDEDORA deste instrumento correrão por conta da cessionária
compradora, quando dos seus vencimentos.
[…]
CLÁUSULA SEXTA – DA MARCA E EXERCÍCIO

DA ATIVIDADE
6.1 A propriedade e uso da marca

“EMBRACON”, a partir de 1º de agosto de 2021, ficará com a
CEDENTE VENDEDORA para seu uso em negócios que não tenham
o mesmo fim atual da CESSIONÁRIA COMPRADORA e suas
empresas coligadas (grupo econômico).
6.2 É vedado o uso da marca “EMBRACON”

pela CEDENTE VENDEDORA, seus sócios e/ou representantes, em
qualquer atividade similar as atividades fins atuais da
CESSIONÁRIA COMPRADORA e suas empresas coligadas (grupo
econômico), tais como serviços de terceirização de mão de obra
em geral no território brasileiro, sob pena de pagamento de multa,
direta, líquida e certa, equivalente a 1000 (um mil) salários
mínimos a época do pagamento, exigível unicamente ao infrator.
6.3 É vedado, daqui por diante e nos

próximos 10 (dez) anos, a CEDENTE VENDEDORA, aos seus sócios,
bem como aos seus parentes laterais, ascendentes e
descendentes, em até o segundo grau, o exercício de atividades e
negócios de monitoramento eletrônico, nas modalidades
residenciais, comerciais e afins, inclusive e principalmente por
Fls.:
Fls.: 6113
intermédio da marca “EMBRACON” ou similar dentro do território

brasileiro, sob pena de pagamento de multa, direta, líquida e certa,
equivalente a 1000 (um mil) salários mínimos a época do
pagamento.
[…]
CLÁUSULA DÉCIMA PRIMEIRA – DOS ANEXOS
Fazem parte integrante do presente

instrumento os seguintes anexos:
Anexo I – Listagem nominal dos clientes que

compõem a Carteira de Clientes ora transacionada, bem como os
serviços neles prestados, valores, quantidades e cargos de
colaboradores neles alocados.
Anexo II – Listagem contendo nome e

quantidade dos equipamentos alocados em cada cliente da
carteira de clientes ora transacionada, inclusive aqueles
necessários a plena prestação dos serviços.
Anexo III – Relação nominal dos

colaboradores lotados nos postos de serviços dos clientes da
carteira de clientes ora transacionada, a serem transferidos a
CESSIONÁRIA COMPRADORA, bem como os seus respectivos
saldos adquiridos e não quitados de férias e décimos terceiros
salários.
Do contrato de cessão de clientes acima indicado, extraio que a

executada EMBRACON repassou para a empresa ORSEGUPS toda a sua carteira de
clientes relacionada à terceirização de serviços, comprometendo-se a não realizar as
atividades de “terceirização de mão de obra em geral” e “monitoramento eletrônico”
em concorrência com a compradora da carteira (cláusulas 6.2 e 6.3). Assim, a empresa
ORSEGUPS incorporou todos os contratos da executada em relação a essa atividade,
inclusive no que se refere aos trabalhadores lotados os respectivos postos de serviço.
Diante do exposto, é certo que ocorreu sucessão empresarial

em relação às atividades de terceirização de mão de obra, pois todo o ativo e passivo
relacionado a esta atividade foi assumido pela compradora – ainda que o contrato
limite as obrigações ao período posterior a 1º de agosto de 2021.
Fls.: 7 114
Fls.:
A exequente realizava a atividade de servente, permitindo-se a

conclusão de que exercia a atividade de terceirização de mão de obra.
Estão preenchidos, portanto, os requisitos necessários para

configuração da sucessão empresarial, o que acarreta a responsabilidade da sucessora
pelos débitos trabalhistas (art. 448-A da CLT).
Acolho o pedido da exequente para determinar a inclusão da

empresa ORSEGUPS PARTICIPACOES S/A no polo passivo da execução.
Saliento que o presente incidente se restringe a reconhecer a

sucessão empresarial e a respectiva responsabilidade pelos débitos constantes no
título executivo, motivo pelo qual incabível a discussão sobre as matérias já
solucionadas na fase de conhecimento.
III – Dispositivo
PELOS FUNDAMENTOS EXPOSTOS, acolho o pedido de inclusão

da empresa ORSEGUPS PARTICIPACOES S/A no polo passivo da execução que se
processa no presente feito. Intimem-se as partes. Nada mais.
JONY CARLO POETA

Fls.: 115
Fls.: 1
Poder Judiciário

0000982-27.2019.5.12.0054

Partes:
RECLAMANTE: ALEXANDRE HACKBARTH
ADVOGADO: CAIO MEDEIROS BARBOSA
TERCEIRO INTERESSADO: ORSEGUPS PRESTACAO DE SERVICOS DE LIMPEZA LTDA

Assinado eletronicamente por: EDENILSON BISPO SALES - Juntado em: 23/01/2023 13:17:09 - 77a70d4
Fls.:
Fls.: 2116
PODER JUDICIÁRIO
ATSum 0000982-27.2019.5.12.0054
RECLAMANTE: ALEXANDRE HACKBARTH
DECISÃO
RELATÓRIO
EMBRACON SERVIÇOS ESPECIALIZADOS CONDOMINIAS S.A.

apresenta exceção de pré-executividade, alegando ter ocorrido a sucessão empresarial
e buscando a inclusão de empresas indicadas no polo passivo. Junta documentos.
As empresas Orsegups Participações S.A. e Orsegups Prestação

de Serviços de Limpeza Ltda. são intimadas na condição de terceiras interessadas.
O exequente e a empresa Orsegups Prestação de Serviços de

Limpeza Ltda. se manifestam acerca da exceção de pré-executividade.
É o relatório.
FUNDAMENTAÇÃO
1. ADMISSIBILIDADE
Assinado eletronicamente por: MARIANA ANTUNES DA CRUZ LAUS - Juntado em: 24/10/2022 20:10:08 - 68489ed
Fls.:
Fls.: 3117
A exceção de pré-executividade é a possibilidade de o devedor

se insurgir contra a execução independentemente de garantia do Juízo, invocando para
tanto matérias de ordem pública ou capazes de acarretar a extinção ou a nulidade do
processo executório, desde que detenha prova pré-constituída.
A excipiente afirma ter ocorrido a sucessão empresarial,

requerendo a inclusão das empresas Orsegups Participações S.A. e Orsegups Prestação
de Serviços de Limpeza Ltda. no polo passivo.
Como a alegação é de que não tem mais a excipiente

responsabilidade pelo devido, merece apreciação a medida.
2. MÉRITO
Sustenta a executada que “vendeu TODA operação empresarial

com exclusividade a empresa sucessora ORSEGUPS PARTICIPAÇÕES S/A subdivida em
Orsegups Prestação de Serviços de Limpeza Ltda, Orsegups Segurança e Vigilância e
Orsegups Monitoramento Ltda, COM TRANSFERÊNCIA de FATURAMENTO,
EMPREGADOS, CLIENTES, PATRIMONIO, BENS E EQUIPAMENTOS (banco de dados,
hardware, mobiliários, computadores, carros, motos, etc.)” e que “desde agosto de
2021, a Embracon não possui faturamento, sendo a Orsegups a empresa bonificada
com os faturamentos da sucedida”. Pretende o “reconhecimento da sucessão
empresarial em face da ORSEGUPS PARTICIPACOES S/A - , inscrita no CNPJ: 10.361.314
/0001-73, e ORSEGUPS PRESTACAO DE SERVICOS DE LIMPEZA LTDA, inscrita no CNPJ
sob nº14.355.814/0001-53, e a inclusão da empresa no polo passivo da presente com a
consequente expedição do mandado de citação e pagamento”.
A empresa Orsegups Prestação de Serviços de Limpeza Ltda.

nega a sucessão empresarial, aduzindo que “não adquiriu equipamentos, instalações,
expertise ou know how da Embracon, que continua em atividade e com todo o seu
patrimônio material e imaterial, inclusive com o valor expressivo que lhe foi pago
diretamente pela venda da carteira de clientes”; que “não houve transmissão integral
do patrimônio ou da estrutura jurídica da Embracon”; que do “contrato celebrado entre
a Orsegups e a Embracon relativo à prestação de serviços se extrai claramente a
divisão civil das responsabilidades da Embracon e Orsegups, inclusive com a previsão
da sucessão dos empregados que foram transferidos para a Orsegups, como se extrai,
por exemplo, das cláusulas 5.7 e 5.8 do contrato”; que “houve transmissão parcial do
negócio da Embracon para a Orsegups que, seguindo os critérios subjetivos da
sucessão trabalhista, passou a se responsabilizar diretamente pelos empregados que
foram transferidos” e que, em relação aos “empregados que não foram transferidos,
Fls.:
Fls.: 4118
permanecendo nos quadros da Embracon, não há sucessão de acordo com o critério

subjetivo, e também não há pelo critério objetivo pois, como reconheceu o sócio da
Embracon, esta continua existindo e prestando serviços, com faturamento e
patrimônio suficiente para honrar os débitos com os empregados que não foram
transferidos”.
Inicialmente, ante o que consta na manifestação da Orsegups

Prestação de Serviços de Limpeza Ltda. (fl. 390), registro que claramente a intenção é a
de que seja reconhecida a sucessão empresarial. Não há menção na petição ao
instituto do chamamento ao processo.
Sucessão é a transmissão de créditos e a assunção de dívidas

trabalhistas pelo adquirente que se opera no contexto de alienação de empresa ou
estabelecimento (arts. 10 e 448 da CLT). O sucessor assume todos os ativos e passivos
trabalhistas, passados e futuros.
É, assim, requisito para a caracterização da sucessão a

transferência da unidade econômico-jurídica da empresa, não se exigindo,
modernamente, a continuidade da prestação dos serviços em favor do sucessor.
O contrato de “Cessão de Direitos e Obrigações através da

Transferência de Carteira de Clientes e outros ativos” das fls. 294-301, firmado entre a
Embracon Serviços Especializados Condominias S.A., empregadora do autor (TRCT da fl.
171-2), e a empresa Orsegups Prestação de Serviços de Limpeza Ltda. mostra que a
excipiente transferiu à Orsegups a sua carteira de clientes ativos, composta por clientes
tomadores de serviços de asseio, conservação e limpeza; todos os equipamentos de
sua propriedade instalados nos seus clientes necessários para a plena prestação dos
serviços objeto da carteira e todos os contratos físicos firmados pelos clientes.
Extrai-se também do contrato que a Orsegups Prestação de

Serviços de Limpeza Ltda. assumiu e dará continuidade à prestação dos serviços (fl.
296, cláusula quarta, 4.1), ficando, a partir de 01.08.2021, sob sua responsabilidade e
expensas toda a administração, investimentos e operação dos clientes contidos na
carteira objeto do contrato (fl. 296, cláusula quinta, item 5.1). Ainda, segundo o
contrato, as receitas provenientes de quaisquer serviços prestados após 31.07.2021
passam a ser de direito da Orsegups (cláusula quinta, item 5.3, fl. 297).
O contrato também dispõe que os empregados ativos da

Embracon seriam transferidos à Orsegups (fl. 297, item 5.8 da cláusula quinta).
Finalmente, o contrato prevê que a propriedade e o uso da

marca “Embracon” permanecerá com a excipiente para a sua utilização em negócios
desde que não tenham o mesmo fim dos negócios da Orsegups e de suas coligadas,
Fls.:
Fls.: 5119
ficando vedado o uso da marca “Embracon” pela vendedora ou por seus sócios e/ou
representantes em qualquer atividade similar às atividades fins da Orsegups Prestação
de Serviços de Limpeza Ltda. e suas coligadas (grupo econômico). Ficou vedado
também à vendedora e aos seus sócios, parentes laterais, ascendentes e descendentes
o exercício de atividades e negócios de monitoramento eletrônico nos próximos dez
anos a partir do contrato (fls. 298-9).
Está claro, portanto, que houve a transferência da unidade

empresarial. O núcleo do patrimônio da Embracon Serviços Especializados foi
transferido para a Orsegups Prestação de Serviços de Limpeza Ltda.
Sem os clientes, os empregados ativos e os equipamentos

instalados nos clientes, fica evidenciado que a excipiente, que é notoriamente empresa
prestadora de serviços (contrato social das fl. 79), teve o seu complexo empresarial
comprometido.
Definitivamente, não é o caso de transmissão parcial.
Friso que o que se extrai da transcrição do depoimento do sócio

da excipiente, prestado na ATOrd 593-28.2021.5.12.0036 (fl. 381), é que a empresa que
permanece ativa é a Embracon Administradora de Condomínios, e não a excipiente.
Nada indica a continuidade na prestação de serviços objeto do

contrato pela Embracon.
Registro, de qualquer forma, que se há eventual continuidade na

prestação desses serviços, em descumprimento ao contratado, a discussão deve ser
feita na seara própria, como, aliás, afirmou a própria Orsegups que faria, consoante
item 3.12 da notícia-crime (fl. 465).
Comprovada a transferência significativa apta a afetar os

contratos de trabalho (tanto os ativos, quanto os antigos), está configurada a sucessão
empresarial.
A alteração subjetiva do contrato de trabalho se opera com o

empregador, já que, no caso do empregado o contrato de trabalho é “intuito
personae”. Essa é principal razão do instituto da sucessão empresarial, pela qual o
sucessor assume a responsabilidade pelos direitos inadimplidos em relação aos
contratos de trabalho (princípio da intangibilidade do contrato de trabalho).
Não há óbice ao reconhecimento da sucessão de empresas na

fase de execução, sem que a sucessora tenha participado da fase de conhecimento,
pois trata-se aqui de responsabilidade patrimonial decorrente de preceito legal de
ordem pública (arts. 10 e 448 da CLT). O direito constitucional de ampla defesa foi
Fls.:
Fls.: 6120
devidamente resguardado, já que a empresa sucedida foi intimada e teve a

oportunidade de defender-se.
A decisão anexada pela sucessora à fl. 393 diz respeito a grupo

econômico e, dessa forma, em nada se relaciona com o debatido neste processo.
As cláusulas do contrato que dispõem acerca da

irresponsabilidade da Orsegups pelos débitos trabalhistas da sucedida não têm
validade perante a legislação trabalhista, mesmo porque não contaram com a
participação dos interessados, que são os credores.
Descabe qualquer consideração acerca de benefício de ordem,

porque a responsabilidade pelo pagamento do valor devido no processo é unicamente
da empresa sucessora.
Em atenção ao requerimento da Orsegups da fl. 389, a juntada

pela executada dos “os extratos de todas as empresas do grupo econômico, com o fim
de comprovar que não cometeu fraude contra credores ocultando o patrimônio
recebido com a venda da carteira de clientes” não têm o condão de alterar a realidade
do processo. Nem mesmo foi cogitada a anulabilidade do contrato ou a ineficácia do
negócio jurídico.
Como nada indica fraude no contrato entabulado entre as

empresas, rejeito o requerimento do exequente para que as empresas respondam de
forma solidária (art. 448-A da CLT).
No tocante à empresa Orsegups Participações S.A., esta não

titularizou o contrato firmado, pelo que, sem qualquer outra alegação, não pode ser
responsabilizada pelo valor devido no processo.
Assim, a Embracon Serviços Especializados Condominias S.A. foi

sucedida pela Orsegups Prestação de Serviços de Limpeza Ltda., o que confere a esta
responsabilidade exclusiva pela satisfação das obrigações decorrentes do contrato de
trabalho mantido com o exequente.
Dessa forma, a Embracon Serviços Especializados Condominias

S.A. fica livre de qualquer responsabilidade.
Ante o exposto, acolho a exceção de pré-executividade para,

configurada a sucessão trabalhista, reconhecer que a empresa Embracon Serviços
Especializados Condominias S.A. não é responsável pelo valor devido no processo.
Retifique-se a autuação para incluir como executada a empresa

Orsegups Prestação de Serviços de Limpeza Ltda., CNPJ nº 14.355.814/0001-53, e
Fls.: 7 121
Fls.:
excluir a Embracon Serviços Especializados Condominias S.A. Excluam-se também as

empresas Orsegups Prestação de Serviços de Limpeza Ltda. e Orsegups Participações S.
A. como terceiras interessadas.
DISPOSITIVO
Ante o exposto, ACOLHO a exceção de pré-executividade para,

configurada a sucessão trabalhista, reconhecer que a empresa Embracon Serviços
Especializados Condominias S.A. não é responsável pelo valor devido no processo.
Retifique-se a autuação para incluir como executada a empresa

Orsegups Prestação de Serviços de Limpeza Ltda., CNPJ nº 14.355.814/0001-53, e
excluir a Embracon Serviços Especializados Condominias S.A. Excluam-se também as
empresas Orsegups Prestação de Serviços de Limpeza Ltda. e Orsegups Participações S.
A. como terceiras interessadas.
Decorrido o prazo recursal, cite-se a Orsegups Prestação de

Serviços de Limpeza Ltda. para pagamento.
Intimem-se.
Nada mais.
MARIANA ANTUNES DA CRUZ LAUS

Fls.: 122
fls. 3075

FORO REGIONAL XI - PINHEIROS
1ª VARA CÍVEL
Rua Jericó s/n, Sala A4/A5, Vila Madalena - CEP 05435-040, Fone:
(11) 3815-0146, São Paulo-SP - E-mail: pinheiros1cv@tjsp.jus.br
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1122818-93.2021.8.26.0100 e código 120AC8D4.
DECISÃO
CONCLUSÃO
Em 09 de novembro de 2022 faço estes autos conclusos ao MM. Juiz(a) de Direito
Dr(a).CASSIO PEREIRA BRISOLA
Processo nº: 1122818-93.2021.8.26.0100 - Execução de Título
Extrajudicial
Exequente: Fundo de Investimentos Em Direitos Creditórios Exodus
Institucional
Executado: Orsegups Prestação de Serviços de Limpeza Ltda., e outros
Vistos.
Fls. 3.049/3.059 e 3.068/3.072: A executada foi

devidamente citada da presente execução (fl. 2.080), tendo oferecido embargos à execução,
onde discutiu a sucessão processual, a qual foi julgada improcedente, conforme reconhece
às fls. 3.051/3.052, logo, não há que se falar em penhora arbitrária através do SISBAJUD,
pois, o pagamento voluntário deveria ser feito no prazo de 3 (três) dias da citação, nos
termos do art. 827 do CPC, o que não foi feito.
Vale anotar que a executada interpôs recurso contra a

sentença que julgou improcedente os embargos, sem que se tenha ciência da concessão de
efeito suspensivo.
Destaque-se que na primeira manifestação da

executada nestes autos, após o julgamento dos embargados à execução, não houve
informação de pagamento, mas o oferecimento de seguro-garantia judicial, fls. 2.938/2.939.
Destarte, ante a falta de adimplemento voluntário da

dívida executada, somente restava deferir o pedido de penhora on line.
Como a penhora pelo SISBAJUD foi frutífera, fls.

2.988/3.004, somada à improcedência dos embargos não havia sentido em acolher a
proposta de seguro-garantia, ante o bloqueio de quantia em dinheiro, forma prioritária para
a satisfação do crédito do exequente (art. 835, I do CPC).
Portanto, não se reconhece irregularidade no

procedimento.
Da alegação de excesso de execução.
Malgrado o alegado pela executada, foram

transferidos para os autos a quantia de R$ 68.001,99, restando a transferência do montante
bloqueado às fls. 2.988/3.004, o que desde já se determina, até a quantia de R$
5.803.810,03 (fl. 3.073), já descontado o valor depositado nos autos, de acordo com a
certidão de fl. 3.063.
Processo nº 1122818-93.2021.8.26.0100 - p. 1
Assinado eletronicamente por: EDENILSON BISPO SALES - Juntado em: 23/01/2023 13:17:09 - 7b9256f
Fls.: 123
fls. 3076

1ª VARA CÍVEL
Ademais, como bem apontou a exequente, os valores
anteriormente constritos foram desbloqueados, em atenção à decisão proferida no agravo
de instrumento, conforme fls. 1.726/1.727 e 2.086.
Quanto ao levantamento da montante de R$

1.705,16, as fls. 2.435 e 2.437 se referente ao mesmo depósito.
Considerando que referido levantamento representa

valor ínfimo do crédito do exequente, facilmente, consumido pela correção monetária e
juros de mora, indicando não ser suficiente para o alegado excesso de execução.
Dos honorários advocatícios.
A executada postula, ainda, a redução dos honorários

advocatícios para 5% (cinco por cento), uma vez que pela penhora teria sido realizada ante
do prazo de 3 (três) dias para pagamento.
Contudo, referido pedido é contraditório com as

manifestações anteriores da executada, que após o julgamento dos embargos de declaração
ofereceu seguro-garantia judicial, revelando não ter a intenção de quitar o crédito
executado, conforme acima reconhecido.
A executada manifestou-se nos autos informando a

interposição de agravo de instrumento contra a decisão que indeferiu a substituição da
penhora de dinheiro pelo seguro-garantia judicial, porém, nada manifestou sobre a intenção
de quitar o débito, fls. 3.001/3.004.
Como se vê, somente agora a executada alega ter

sido impedida de cumprir voluntariamente a execução com o pagamento da quantia
executada.
Ora, se era interesse da executada pagar

voluntariamente o valor cobrado, também deveria ter desistido do recurso interposto contra
a sentença que julgou improcedente os embargos à execução, como destacado pelo
exequente.
Logo, não é possível reconhecer a intenção de

pagamento voluntário, mantendo-se os honorários advocatícios em 10%.
Do índice de correção monetária.
De proêmio, cumpre consignar que a discussão sobre

correção monetária e juros aplicados sobre o montante do crédito executado deveria ter
sido feito no âmbito dos embargos à execução, nos termos do art. 917, III do CPC.
Em que pese o inoportuno momento processual,

autorizando o reconhecimento da preclusão temporal, afasto as alegações da executada
Processo nº 1122818-93.2021.8.26.0100 - p. 2
Fls.: 124
fls. 3077

1ª VARA CÍVEL
sobre o índice de correção monetária e dos juros moratórios sobre o crédito executado.
Com efeito, conforme reiterada jurisprudência do

E.TJ/SP, no curso da ação o valor do crédito deve ser corrigido pela tabela prática do TJ,
acrescido de juros de mora de 1%:
APELAÇÃO - AÇÃO MONITÓRIA. Sentença de procedência.

Insurgência da embargante. Encargos contratuais. Até o
ajuizamento da ação aplicam-se as disposições contratuais. A
partir de então, o débito é acrescido de correção monetária pela
tabela prática do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo mais
juros de mora de 1% ao mês a contar da citação. Sentença
mantida. RECURSO NÃO PROVIDO. (TJSP; Apelação Cível
1004492-73.2020.8.26.0048; Relator (a): Emílio Migliano Neto;
Órgão Julgador: 23ª Câmara de Direito Privado; Foro de Atibaia -
2ª Vara Cível; Data do Julgamento: 02/11/2022; Data de
Registro: 02/11/2022).
Apelação Cível. Ação de cobrança de mensalidades escolares.

Sentença de procedência. Recurso da autora. A sentença
condenou a ré no valor apontado na inicial acrescido de correção
monetária pela Tabela Prática do TJSP desde a propositura da
ação e acrescida de juros de mora de 1% ao mês desde a citação.
Planilha apresentada pela autora que já continha incidência de
correção, juros e multa sobre o valor de cada débito. Incidência
de juros sobre juros, multa sobre multa e correção pelo índice do
TJSP sobre o IGPM, o que não se pode admitir. Correção da
condenação para que os índices previstos em contrato incidam
desde a data de cada vencimento. Afastamento da multa fixada
em sede de embargos de declaração. Ausência de intuito
protelatório. Recurso provido. (TJSP; Apelação Cível
1003812-48.2019.8.26.0299; Relator (a): Morais Pucci; Órgão
Julgador: 35ª Câmara de Direito Privado; Foro de Jandira - 1ª
Vara; Data do Julgamento: 31/10/2022; Data de Registro:
31/10/2022).
APELAÇÃO – AÇÃO MONITÓRIA Contrato de empréstimo –

Sentença de procedência, fixando os juros moratórios a partir da
data da citação – Recurso da parte autora com relação ao termo
inicial dos encargos moratórios – CABIMENTO - Aplicação dos
encargos contratuais até o efetivo pagamento da dívida correção
monetária, pela tabela prática do tribunal de justiça, e juros de
mora legais, 1% ao mês, devidos desde o ajuizamento da ação -
Sentença reformada – Recurso provido (TJSP; Apelação Cível
1000953-47.2020.8.26.0615; Relator (a): Achile Alesina; Órgão
Julgador: 15ª Câmara de Direito Privado; Foro de Tanabi - 1ª
Vara; Data do Julgamento: 05/10/2022; Data de Registro:
05/10/2022).
Processo nº 1122818-93.2021.8.26.0100 - p. 3
Fls.: 125
fls. 3078

1ª VARA CÍVEL
Nesses termos, não é possível acolher a alegação de
excesso à execução.
Por fim, forçoso se faz reconhecer que a executada

litiga de má-fé, ao tentar alterar a verdade dos fatos, além de proceder de modo temerário
no processo.
Conforme acima reconhecido, a executada

considerou para a alegação de excesso à execução de valores que já tinham sido
desbloqueados anteriormente (certidão de fl. 2.086), bem como apresentou manifestação
com alegações preclusas (correção monetária e juros de mora), além de alegar não ter lhe
sido dada a oportunidade de pagamento voluntário, quando, na verdade, jamais manifestou
intenção nesse sentido, nos termos acima reconhecidos.
Como se vê, a executada busca atrapalhar o regular

andamento do feito com alegações intempestivas e contraditórias, configurando a litigância
de má-fé, nos termos do art. 80, II e V do CPC.
Diante da gravidade da conduta da executada fixo a

multa em 5% do valor atualizado da execução, além do pagamento de honorários
advocatícios fixados em 10% do valor atualizado da execução.
Providencie a z. Serventia a transferência para conta

judicial dos valores bloqueados nos autos até a quantia de R$ 5.803.810,03, liberando-se
eventual excedente.
Int.
São Paulo, data supra.

CASSIO PEREIRA BRISOLA
JUIZ DE DIREITO
Processo nº 1122818-93.2021.8.26.0100 - p. 4
10/08/2022 16:03 Email – Osvalcir Feliciano – Outlook Fls.: 126
RE: Transferência de titularidade contratos Claro/Net

João Machado <joao@grupoembracon.com.br>
Ter, 14/09/2021 09:18
Para: Angelo Natale Wrege <angelo.wrege@orsegups.com.br>;Osvalcir Feliciano
<osvalcir.feliciano@grupoembracon.com.br>;Priscila da Silva
<coord.admoperacional@grupoembracon.com.br>
Cc: Fabio Meier <fabio.meier@orsegups.com.br>;Aline Eni Olsson <aline.olsson@orsegups.com.br>;Fabio
Pacheco Correa <fabio.correa@orsegups.com.br>
Bom dia Angelo
segue em anexo os Termos de Transferência de Titularidade da Claro e

Unifique.
Att.
De: Angelo Natale Wrege <angelo.wrege@orsegups.com.br>

Enviado: segunda-feira, 13 de setembro de 2021 18:43
Para: João Machado <joao@grupoembracon.com.br>
Cc: Fabio Meier <fabio.meier@orsegups.com.br>; Aline Eni Olsson <aline.olsson@orsegups.com.br>; Fabio
Pacheco Correa <fabio.correa@orsegups.com.br>
Assunto: RES: Transferência de titularidade contratos Claro/Net
Boa noite Sr. João,
Teria um retorno sobre a assinatura do termo de transferência de titularidade em anexo?
Dependemos desta transferência para que os links venham para o nome da Orsegups e possam ser pagos
conforme nossa vigência.
Att.
Ângelo Natale Wrege

Coordenador de Infraestrutura de TI
48 3381-6685 / 48 99157-1448
De: Angelo Natale Wrege

Enviada em: quarta-feira, 8 de setembro de 2021 15:42
Para: Aline Eni Olsson <aline.olsson@orsegups.com.br>; joao@grupoembracon.com.br
Cc: Fabio Meier <fabio.meier@orsegups.com.br>
Assunto: RES: Transferência de titularidade contratos Claro/Net
Prioridade: Alta
https://outlook.office.com/mail/osvalcir.feliciano@grupoembracon.com.br/AAMkADhmZjhkODhhLWFhN2ItNDM2NC04ZTZkLThhMWMxNTM4Ym… 1/2
Assinado eletronicamente por: EDENILSON BISPO SALES - Juntado em: 23/01/2023 13:17:09 - adf28ec
Boa tarde Sr. João, tudo bem?
Me chamo Ângelo sou Coordenador de Infraestrutura da Orsegups.
O termo anexo seria referente a troca de titularidade dos links de Portaria Remota da operadora NET.
Seria possível o Sr. assinar para podermos dar sequência nesta transferência para Orsegups.
Muito obrigado
Ângelo Natale Wrege

Coordenador de Infraestrutura de TI
48 3381-6685 / 48 99157-1448
De: Aline Eni Olsson <aline.olsson@orsegups.com.br>

Enviada em: segunda-feira, 6 de setembro de 2021 09:14
Para: joao@grupoembracon.com.br
Cc: Angelo Natale Wrege <angelo.wrege@orsegups.com.br>
Assunto: Transferência de titularidade contratos Claro/Net
Prioridade: Alta
Bom dia Sr. João,
Para realizarmos a troca de titularidade dos links da operadora Claro/Net, solicito por gentileza que o senhor
assine os 05 termos de troca de titularidade em anexo.
Obrigada.
Atenciosamente.
Aline Olsson
TI - Tecnologia da Informação
48 3381-6697
Assinado eletronicamente por: EDENILSON BISPO SALES - Juntado em: 23/01/2023 13:17:09 - adf28ec
RE: Rejeições Folha Asseio CEF Embracon

Tatiane Araújo <pessoal11@grupoembracon.com.br>
Sex, 03/09/2021 10:32
Para: Maria Aparecida Rodrigues <cida@orsegups.com.br>;Margarete Borges <dpoperacional4@grupoembracon.com.br>
Cc: DP - Operacional <dp@grupoembracon.com.br>;Elizabeth de Aguiar Luciano <elizabeth.luciano@orsegups.com.br>
Bom dia Cida,
Já encaminhado a Marlene para fazer os pagamentos.
Obrigada.
Atenciosamente,
Tatiane Araújo
Analista de Pessoal Junior
pessoal11@grupoembracon.com.br
4007-2272
www.embraconcondominios.com.br
De: Maria Aparecida Rodrigues <cida@orsegups.com.br>

Enviado: sexta-feira, 3 de setembro de 2021 10:30
Para: Margarete Borges <dpoperacional4@grupoembracon.com.br>
Cc: DP - Operacional <dp@grupoembracon.com.br>; Elizabeth de Aguiar Luciano <elizabeth.luciano@orsegups.com.br>
Assunto: RES: Rejeições Folha Asseio CEF Embracon
Oi Margo,
Por favor peça para a Marlene efetuar o deposito nas contas, pois os valores já estão ai na Embracon.
Obrigada.
Maria Aparecida Rodrigues

Gerente Departamento Pessoal
Ramal 6620
De: Margarete Borges <dpoperacional4@grupoembracon.com.br>

Enviada em: sexta-feira, 3 de setembro de 2021 10:26
Para: Maria Aparecida Rodrigues <cida@orsegups.com.br>
Assunto: RE: Rejeições Folha Asseio CEF Embracon
Bom dia,
Segue as contas com o CPF:
CAROLINA DOS REIS SILVA

Caixa
Ag: 03523
C/P: 000000016263- 2
CPF:074.097.819-55
JAILI DARK DE LUCENA ALVES

Caixa
https://outlook.office.com/mail/osvalcir.feliciano@grupoembracon.com.br/deeplink?Print 1/4
Assinado eletronicamente por: EDENILSON BISPO SALES - Juntado em: 23/01/2023 13:17:09 - 129552f
Ag:00812
C/P: 000984926613-4
CPF:103.623.484-30
TAYANE CORDEIRO DOS SANTOS

Caixa
Ag:01874
C/C 000000032403-9
CPF:546.056.872-20
JEDERSON LIMA RIBEIRO

Caixa
Ag:01877
C/P 000813211976
CPF:031.899.090-32
LILIANE SANTANA DOS SANTOS

Caixa
Ag:03078
C/P: 000808820218-1
CPF:028.552.805-08
LUCAS GIMENES DOS SANTOS

Caixa
Ag:03078
C/C: 000000036189-7
CPF:158.835.227-77
FRANCISCO CARDOSO DA SILVA JUNIOR

Caixa
Ag:03525
C/P: 000000005549-7
CPF:057.209.119-28
MARGARETE LISSACKI
Caixa
Ag: 01784
C/P: 000925279881-7
CPF:089.307.749-62
Atenciosamente,
Margarete Borges
Analista de Pessoal Pleno
dpoperacional4@grupoembracon.com.br
4007-2272

Enviado: sexta-feira, 3 de setembro de 2021 10:00
Para: Tatiane Araújo <pessoal11@grupoembracon.com.br>
Assunto: Rejeições Folha Asseio CEF Embracon
Bom dia Tati,
Podes verificar os problemas destas rejeições, se for conta poupança a Marlene faz o deposito por ai.
Desde já muito agradecida.
Att.

Ramal 6620
De: Rosileny Jandira Machado Martins <rosileny@orsegups.com.br>

Enviada em: sexta-feira, 3 de setembro de 2021 09:53
Cc: Fabio Pacheco Correa <fabio.correa@orsegups.com.br>; Marlene Rzatki <marlene.rzatki@grupoembracon.com.br>
Assunto: Rejeições Folha Asseio CEF Embracon
Cida
Bom dia,
A arquivo da folha da CEF de Asseio processou, e teve essas rejeições abaixo.

Favor verificar os casos e orientar a Marlene da Embracon como realizar o pagamento, qual conta.
Seguimos aguardando o retorno do arquivo do Bradesco do Asseio.
Obrigada
Rosileny Jandira Machado Martins

Gerente Financeira e Controladoria
Ramal 6650
RES: Pensão Judicial André Luiz

Elizabeth de Aguiar Luciano <elizabeth.luciano@orsegups.com.br>
Ter, 31/08/2021 17:54
Cc: DP - Operacional <dp@grupoembracon.com.br>;Maria Aparecida Rodrigues
<cida@orsegups.com.br>
Boa Tarde,
Pensão lançada.
Obrigada!
Atenciosamente,
Elizabeth de Aguiar Luciano

Departamento Pessoal
Ramal 6642
De: Tatiane Araújo [mailto:pessoal11@grupoembracon.com.br]

Enviada em: terça-feira, 31 de agosto de 2021 16:17
Para: Elizabeth de Aguiar Luciano
Cc: DP - Operacional; Maria Aparecida Rodrigues
Assunto: Pensão Judicial André Luiz
Boa tarde Beth,
Conforme conversamos a pensão judicial do profissional André Luiz Almeida de Mello não puxou a
informação.
Segue documentos que recebi para lançamento, o valor é 11% sobre o salário mínimo.
Obrigada.
Atenciosamente,
Tatiane Araújo
4007-2272
Assinado eletronicamente por: EDENILSON BISPO SALES - Juntado em: 23/01/2023 13:17:09 - 7c449d4
Assinado eletronicamente por: EDENILSON BISPO SALES - Juntado em: 23/01/2023 13:17:09 - 7c449d4
RES: Desconto em folha para conferência

Elizabeth de Aguiar Luciano <elizabeth.luciano@orsegups.com.br>
Seg, 30/08/2021 17:42
Cc: Maria Aparecida Rodrigues <cida@orsegups.com.br>;DP - Operacional <dp@grupoembracon.com.br>
Boa Tarde,
Lançado na competência 08/2021
Agradeço o envio, obrigada!
Atenciosamente,
Elizabeth de Aguiar Luciano

Ramal 6642
De: Tatiane Araújo [mailto:pessoal11@grupoembracon.com.br]

Enviada em: segunda-feira, 30 de agosto de 2021 15:09
Para: Elizabeth de Aguiar Luciano
Cc: Maria Aparecida Rodrigues; DP - Operacional
Assunto: Desconto em folha para conferência
Boa tarde Elizabeth!
Assinado eletronicamente por: EDENILSON BISPO SALES - Juntado em: 23/01/2023 13:17:09 - d0e0ffc
Na folha da vigilância temos o profissional JOSE IRINEU TERNUS que tem a última parcela para descontar esse mês
do advogado, no valor de R$350,00.
Convênio sindicato: mês de Agosto o profissional AITRON IRAGAY TEIXEIRA não utilizou, portanto é apenas o da Trio
card consumo de R$346,49 que já enviei no outro e-mail.
Na asseio:
MARIANE RODRIGUES DOS SANTOS - desconto de ótica de R$9,20 em 10 parcelas, na folha de Julho ele não puxou,
sugiro trocar o evento para um que entenda o lançamento e o desconto correto na folha.
Outra questão é: como será lançado os valores das diárias? Pois lançamos como uma entrada e saída sem incidência
o evento.
Obrigada.
Atenciosamente,
Tatiane Araújo
4007-2272
Assinado eletronicamente por: EDENILSON BISPO SALES - Juntado em: 23/01/2023 13:17:09 - d0e0ffc
RE: Relatórios de Vale Transporte dos colaboradores da EMBRACON

Tatiane Araújo <pessoal11@grupoembracon.com.br>
Sex, 27/08/2021 13:50
Para: Mariany dos Passos <mariany.passos@orsegups.com.br>;DP - Operacional
<dp@grupoembracon.com.br>
Cc: Maria Aparecida Rodrigues <cida@orsegups.com.br>
Boa tarde Mariany,
Claro segue dados de login e senha.
Asseio
Municipal - login: 49964 - senha: 100300
Intermunicipal - login: 1317 - senha: 230630
Biguaçu e santa terezinha
login: 08417615000120
senha: ASSEIO408
Visate - login: embracon - senha: M)4z=d
Ozelame - login: embracon - senha: 5tPdkpJ
Vigilância
Municipal - login: 37561 - senha: 100100
Intermunicipal - login: 1319 - senha: 107325
Biguaçu e santa terezinha
login: 04452053000102
senha: VIG273
Atenciosamente,
Tatiane Araújo
4007-2272
De: Mariany dos Passos <mariany.passos@orsegups.com.br>

Enviado: quinta-feira, 26 de agosto de 2021 17:32
Para: Tatiane Araújo <pessoal11@grupoembracon.com.br>; DP - Operacional <dp@grupoembracon.com.br>
Cc: Maria Aparecida Rodrigues <cida@orsegups.com.br>
Assunto: RES: Relatórios de Vale Transporte dos colaboradores da EMBRACON
Boa tarde!
Tatiane,
Assinado eletronicamente por: EDENILSON BISPO SALES - Juntado em: 23/01/2023 13:17:09 - 3d3ac89
Por gentileza, conseguiria me passar login e senha do SETUF e Fácil?

Para não ocorrer problemas iriamos fazer a compra do VT no CNPJ da Embracon e pagar por aqui.
Assim os colaboradores teriam mais tempo para regularizar os cartões.
No aguardo.
Obrigada!
Atenciosamente,
Mariany dos Passos
Ramal 6622
De: Mariany dos Passos

Enviada em: quinta-feira, 26 de agosto de 2021 15:09
Para: pessoal11@grupoembracon.com.br; dp@grupoembracon.com.br
Cc: Maria Aparecida Rodrigues
Assunto: ENC: Relatórios de Vale Transporte dos colaboradores da EMBRACON
Prioridade: Alta
Boa tarde!
Tatiane,
Uma dúvida, foi pago VT para os colaboradores até o dia 07/09 conforme relatório?
No aguardo.
Obrigada!
Atenciosamente,
Mariany dos Passos
Ramal 6622
De: Maria Aparecida Rodrigues

Enviada em: quarta-feira, 11 de agosto de 2021 16:24
Para: Mariany dos Passos
Assunto: Relatórios de Vale Transporte dos colaboradores da EMBRACON
Mary,
Para conhecimento, em anexo relação de vale transporte dos novos colaboradores que migrarão da Empresa
Embracon.
Att.,

Ramal 6620
De: Tatiane Araújo <pessoal11@grupoembracon.com.br>

Cc: DP - Operacional <dp@grupoembracon.com.br>
Assunto: Relatórios VT, Contas bancárias e relação de calculo
Boa tarde Cida,
Tudo bem?
Segue anexo relação de calculo, relatórios VT, e carta bancária com as contas dos profissionais,
conforme conversamos na reunião.
A disposição.
Obrigada.
Atenciosamente,
Tatiane Araújo
4007-2272
RE: VALE TRANSPORTE da Embracon

Osvalcir Feliciano <osvalcir.feliciano@grupoembracon.com.br>
Ter, 17/08/2021 16:53
Para: sandro@setuf.com.br <sandro@setuf.com.br>;hugo@setuf.com.br
<hugo@setuf.com.br>;guilherme@setuf.com.br <guilherme@setuf.com.br>
Cc: Mariany dos Passos <mariany.passos@orsegups.com.br>;Maria Aparecida Rodrigues
<cida@orsegups.com.br>;DP - Operacional <dp@grupoembracon.com.br>
Sandro/Guilherme, boa tarde!
Conforme e-mail já enviado pela nossa colaboradora Tatiane Araújo, Informamos que está
autorizada a transferência dos cartões do CNPJ da Embacon para o CNPJ da Orsegups, conforme CNPJ
abaixo.
Embracon Serviços condominiais S/A

Código 1317 - Estrela e Jotur
Código 49964 - setuf (municipal)
CNPJ 08.417.615/0001-20
Para o CNPJ abaixo:

Orsegups Prestação de Serviços de Limpeza
CNPJ 14.355.814/0001-53
Embracon Segurança e vigilância S/A

Código 1319 - Estrela e Jotur
Código 37561 - setuf (municipal)
CNPJ 04.452.053/0001-02
Para o CNPJ abaixo:

Orsegups Segurança e Vigilância
CNPJ 75.092.593/0001-62
Atenciosamente,
Osvalcir Feliciano
CDO - Chief Data Officer
osvalcir.feliciano@grupoembracon.com.br
4007-2272

Enviado: segunda-feira, 16 de agosto de 2021 14:45
Para: DP - Operacional <dp@grupoembracon.com.br>
Assinado eletronicamente por: EDENILSON BISPO SALES - Juntado em: 23/01/2023 13:17:09 - ec042e7
Cc: Mariany dos Passos <mariany.passos@orsegups.com.br>

Assunto: VALE TRANSPORTE da Embracon
Boa tarde Osvalcir,
Conforme falamos, segue os números dos CNPJs para fazer as transferências dos cartões.
ASSEIO – Orsegups Prestação de Serviços de Limpeza CNPJ 14.355.814/0001-53

VIGILANCIA – Orsegups Segurança e Vigilância CNPJ 75.092.593/0001-62
Setuf necessita da relação dos nomes com os respectivos números dos cartões.
O e-mail pode ser enviado para:

sandro@setuf.com.br
hugo@setuf.com.br
guilherme@setuf.com.br
Feito isso os colaboradores devem passar no Setuf para fazer o recadastramento.
Obrigada,
Atenciosamente.

Ramal 6620
De: Mariany dos Passos <mariany.passos@orsegups.com.br>

Assunto: RES: VT da Embracon
Bom dia!
Dona Cida,
Gentileza, verificar se a Embracon autoriza.
Obrigada!
Atenciosamente,
Mariany dos Passos
Ramal 6622
De: Mariany dos Passos

Enviada em: sexta-feira, 13 de agosto de 2021 09:24
Para: Maria Aparecida Rodrigues
Assunto: VT da Embracon
Prioridade: Alta
Bom dia!
Dona Cida,
As carga de VT do mês de setembro já é pelo nosso CNPJ Orsegups correto?
Estou questionando, pois entrei em contato com o Sandro/ Guilherme e o mesmo consegue transferir os
cartões da Jotur, Estrela e Passe Rápido que os colaboradores tem, para o nosso CNPJ.
Para isso, só preciso de uma relação dos colaboradores que utilizam VT, para eu informa quais vão para os
respectivos CNPJ nosso, a Embracon deve enviar e-mail para o Setuf autorizando as trocas de CNPJ, e os
colaboradores devem ir até o Setuf para reconfigurar apenas.
O que a Sra. acha?
Desta forma só teríamos que trocar os cartões da Biguaçu.
Gentileza, analisar a situação e me informar.
Obrigada!
Atenciosamente,
Mariany dos Passos
Ramal 6622
RES: Solicitação dctos (holerites + comprovantes + guias)

Nathalia Fernanda Silveira <nathalia.silveira@orsegups.com.br>
Sex, 01/10/2021 10:00
Para: Aline - Parceria <contabil@parceriacondominios.com.br>;'Contabil 2'
<contabil2@parceriacondominios.com.br>;Tatiane Araújo <pessoal11@grupoembracon.com.br>;Ralf
Salvador <financeiro5@grupoembracon.com.br>
Cc: Michele Ramos Sell <financeiro15@grupoembracon.com.br>;DP - Operacional
<dp@grupoembracon.com.br>;João Machado <joao@grupoembracon.com.br>;'João Machado'
<jmneto1969@gmail.com>;Marlene Rzatki <marlene.rzatki@grupoembracon.com.br>;Elizabeth Sales
<elizabeth.sales@grupoembracon.com.br>;Jesael de Lara
<jesael.lara@grupoembracon.com.br>;ellosindicas@gmail.com <ellosindicas@gmail.com>
Bom dia, Sra. Aline! Como vai?
Caso ainda não tenha obtido o retorno do departamento responsável, segue em anexo guia e comprovante de
pagamento.
De acordo com a MP1.046/2021 o FGTS das competências 05,06,07/2021 foram parcelados e os pagamentos
ocorrem de acordo com as respectivas parcelas, dividida em 4 vezes.
Permaneço à disposição.
Atenciosamente,
Nathália F. Silveira
RH Operacional
Ramal 6829
De: Aline - Parceria [mailto:contabil@parceriacondominios.com.br]

Enviada em: terça-feira, 28 de setembro de 2021 09:05
Para: 'Contabil 2'; 'Tatiane Araújo'; 'Ralf Salvador'
Cc: 'Michele Ramos Sell'; 'DP - Operacional'; 'João Machado'; 'João Machado'; 'Marlene Rzatki'; 'Elizabeth
Sales'; 'Jesael de Lara'; ellosindicas@gmail.com
Assunto: RES: Solicitação dctos (holerites + comprovantes + guias)
Prioridade: Alta
Prezados, bom dia!
Recebemos as guias da primeira parcela do FGTS da competência Mai/21 da Embracon Segurança e Embracon
Asseio que venceu em 06/09 mas não veio os referidos comprovantes de quitação.
Da competência Jun/21 recebemos apenas o comprovante/protocolo de confissão do não recolhimento dos

valores do FGTS da Embracon Segurança e Embracon Asseio, as guias ainda não foram pagas?
https://outlook.office.com/mail/osvalcir.feliciano@grupoembracon.com.br/AAMkADhmZjhkODhhLWFhN2ItNDM2NC04ZTZkLThhMWMxNTM4Y… 1/14
Assinado eletronicamente por: EDENILSON BISPO SALES - Juntado em: 23/01/2023 13:17:09 - 956b840
11/08/2022 14:12 Email – João Machado – Outlook Fls.: 144
Embracon/Orsegups- Reunião de fusão

Fabio Pacheco Correa <fabio.correa@orsegups.com.br>
Qui, 05/08/2021 11:20
Para: Edson Heinz <edson.heinz@orsegups.com.br>;Lauro Lima de Ramos
<lauro.ramos@orsegups.com.br>;Rosileny Jandira Machado Martins <rosileny@orsegups.com.br>;Rober
Soccol <rober.soccol@orsegups.com.br>;Marcos Henrique Da Silva
<marcos.henrique@orsegups.com.br>;Alexandre da Costa Leite
<alexandre.leite@orsegups.com.br>;Maria Aparecida Rodrigues <cida@orsegups.com.br>;Beatriz
Malmann <beatriz.malmann@orsegups.com.br>;Fabio Pacheco Correa
<fabio.correa@orsegups.com.br>;Fabio Meier <fabio.meier@orsegups.com.br>;Tiago Guimaraes
Carvalho <tiago.carvalho@orsegups.com.br>;Edenilson Sales <edenilson.sales@grupoembracon.com.br>
Cc: Diretores <diretores@orsegups.com.br>;Diretoria <diretoria@grupoembracon.com.br>
Prezados(as) Gestores(as)
Convocamos os abaixo listados para reunião de integração entre as equipes responsáveis pela transferência
de operação e demais protocolos das empresas Embracon e Orsegups.
Data da Reunião: 06.08.21
Horário: 8h
Local Auditório sede da Orsegups.
Da Embracon:
- Sra. Marlene (financeiro);
- Sr. Neto e Sra. Claudia (Portaria Remota/Alarme/CFTV)
- Sra. Margarete, Sra. Suzana, Sr. Jesael e o Sr. Ângelo (RH)
- Sr. Osvalcir ( Controller)
- Sra. Karina (Comercial)
Da Orsegups:
- Sra. Rosileny (financeiro);
- Srs. Edson, Rober, Marcos e Alexandre (Portaria Remota/Alarme/CFTV)
- Srs. Lauro Ramos, Maria Aparecida e Beatriz (RHO/DP)
- Sr. Fábio ( Assessor)
- Sr. Fábio Méier (T.I.)
- Sr. Tiago (Comercial)
Atenciosamente,
Fabio Pacheco Corrêa

Assessor Diretoria
48 3381-6604 / 999381722
https://outlook.office.com/mail/id/AAQkADY5MDE2NzBiLTdlZmQtNDFhOC1hMjEyLWViNzIwZTZlNzU4YgAQAOiZMKLx0ETpikUxpTJUqaM%3D 1/2
Assinado eletronicamente por: EDENILSON BISPO SALES - Juntado em: 23/01/2023 13:17:09 - fcbe7a6
11/08/2022 14:12 Email – João Machado – Outlook Fls.: 145
https://outlook.office.com/mail/id/AAQkADY5MDE2NzBiLTdlZmQtNDFhOC1hMjEyLWViNzIwZTZlNzU4YgAQAOiZMKLx0ETpikUxpTJUqaM%3D 2/2
Assinado eletronicamente por: EDENILSON BISPO SALES - Juntado em: 23/01/2023 13:17:09 - fcbe7a6
Fls.: 146
PODER JUDICIÁRIO
ATSum 0000641-65.2022.5.12.0031
RECLAMADO: EMBRACON SERVICOS ESPECIALIZADOS
CONDOMINIAS S/A
ATA DE AUDIÊNCIA
Em 23 de janeiro de 2023, na sala de sessões da MM. 2ª VARA DO

TRABALHO SÃO JOSÉ, sob a direção do(a) Exmo(a). Sr(a). Juiz(a) do Trabalho MIRIAM
MARIA D AGOSTINI, realizou-se audiência relativa à Ação Trabalhista - Rito
Sumaríssimo número 0000641-65.2022.5.12.0031, supramencionada.
Às 13:30, aberta a audiência, foram apregoadas as partes.
Presente a parte autora TATIANE VIEIRA PACHECO, pessoalmente,

acompanhado(a) de seu(a) advogado(a), Dr(a). JOAO PAULO TASCA MACHADO, OAB
49249/SC.
Presente a parte ré EMBRACON SERVICOS ESPECIALIZADOS

CONDOMINIAS S/A, representado(a) pelo(a) sócio Sr. JOAO MACHADO DA SILVA
NETO, acompanhado(a) de seu(a) advogado(a), Dr(a). EDENILSON BISPO SALES, OAB
61130/SC.
DEFIRO à parte Reclamante o prazo de 10 (DEZ) dias para se

manifestar sobre a petição do ID. 039acb5 e documentos que a acompanharam.
Após a manifestação, voltem conclusos para decisão, bem como para

designação de perícia técnica para verificação de eventual insalubridade, se for o
caso.
Cientes os presentes.
Nada mais.
Audiência encerrada às 14h02min.

Juiz(a) do Trabalho

Assinado eletronicamente por: MIRIAM MARIA D AGOSTINI - Juntado em: 23/01/2023 14:04:33 - a7f4532
Secretário(a) de Audiência
Fls.: 147
PODER JUDICIÁRIO
ATSum 0000641-65.2022.5.12.0031
CERTIDÃO DE COMPARECIMENTO
Certifico que, nesta data, compareceu de forma telepresencial e esteve

à disposição desta Vara do Trabalho para participação em audiência, no período das
13h15min às 14h05min, a Sra. TATIANE VIEIRA PACHECO, portadora do documento CPF
n. 128.899.746-93.
SAO JOSE/SC, 23 de janeiro de 2023.

Servidor
Assinado eletronicamente por: REJANE SCHMITT DE ARAUJO - Juntado em: 23/01/2023 14:06:20 - 622021a
Fls.: 148
AO JUÍZO DA 2ª VARA DO TRABALHO DE SÃO JOSÉ/SC
ATSum 0000641-65.2022.5.12.0031
TATIANE VIEIRA PACHECO, já qualificada nos autos da ATSum

0000641-65.2022.5.12.0031, que move em face de EMBRACON SERVICOS
ESPACIALIZADOS CONDOMINIAIS S/A., vem, respeitosamente a presença de
Vossa Excelência, por seu procurador, apresentar MANIFESTAÇÃO AOS
DOCUMENTOS APRESENTADOS COM A CONTESTACÃO, pelos fatos e
fundamentos jurídicos que seguem.
I - DA INTEMPESTIVIDADE DA CONTESTAÇÃO APRESENTADA – APLICAÇÃO DA

PENA DE REVELIA
Excelência, conforme despacho de ID 7e5bb3b, este Juízo, em

consonância com o disposto no art. 6º do ato 11/2020, da CGJT, determinou
a citação da Ré para que apresentasse resposta à presente demanda
diretamente no PJe, no prazo de 10 dias, sob pena de revelia e confissão, na
forma do art. 844, da CLT.
Contudo, em que pese devidamente citada, a Ré deixou

transcorrer in albis o prazo para apresentação de defesa, conforme
certificado por este Juízo no ID 0b87b3b:
Assinado eletronicamente por: BRUNO FREDERICO RAMLOW - Juntado em: 03/02/2023 16:47:51 - 5b1774c
Fls.: 149
Cabe destacar, inclusive, que a Ré foi citada na pessoa de seu

procurador, Sr. Edenilson Sales, conforme se observa na Certidão de Oficial de
Justiça de id 42ff33f, vejamos:
Com efeito, não merece qualquer guarida a alegação da Ré

de que “todas as provas serão produzidas na audiência de instrução e
julgamento”.
Sendo que a doutrina e a jurisprudência trabalhista admitem a

possibilidade de a audiência ser adiada ou fracionada, seja em inicial,
conciliação, instrução, prosseguimento ou julgamento”.
Da mesma forma, o ato do TST de nº 11/GCGJT de 2020, em seu

artigo 6º, é claro ao dispor que “fica facultado aos juízes de primeiro grau a
utilização do rito processual estabelecido no artigo 335 do CPC quanto à
apresentação de defesa, inclusive sob pena de revelia”.
Assim, a Ré devidamente intimada a apresentar defesa no

prazo de 10 dias, não o fez, devendo ser respeitado o despacho deste Juízo e
a consequente aplicação das penalidades cabíveis, na forma do art. 844, da
CLT.
Diante de todo o exposto, requer-se a aplicação das penas de

revelia e confissão à Ré, na exata forma do art. 844, da CLT, ante a não
apresentação tempestiva da contestação, mesmo após regularmente
citada.
II. DA MANIFESTAÇÃO À CONTESTAÇÃO
II.I. Da realidade contratual
Fls.: 150
Sem maior digressão, eis que no Processo do Trabalho esta

manifestação se restringe aos documentos juntados com a defesa, IMPUGNA-
SE a versão fática lançada pela Ré, reiterando a Autora a realidade exposta
na exordial.
Não obstante, vem a Autora tecer breves comentários acerca

da contestação apresentada.
II.II. Da conexão e prevenção
A empresa Ré alega a existência de ação coletiva de

legitimidade do Sindicato dos Empregados em Empresas Prestadores de
Serviço e Asseio e Conservação do Município de Florianópolis/SC onde
supostamente teria sido assentado acordo para pagamento das verbas
rescisórias da Autora e dos demais empregados dispensados pela Ré.
Impugna-se!
De pronto pelo fato de que a Autora reitera que até o presente

momento não recebeu quaisquer valores a título de verbas rescisórias, aliás o
comprovante de pagamento anexado pela Ré se trata na verdade de um
agendamento, não havendo qualquer comprovação de que o valor foi
realmente recebido por ela.
De qualquer sorte, a empresa Ré alega ter feito o pagamento

do valor de R$ 5.646,66 a título de verbas rescisórias, valor este que é muito
inferior ao devido conforme TRCT produzido pela própria empresa e acostado
em exordial, vejamos:
Fls.: 151
Portanto, ainda que este juízo entenda que já foi realizado o

pagamento do valor de R$ 5.646,66 a título de verbas rescisórias, ainda é
devido a Autora a diferença de R$ 7.977,71 não paga.
Não obstante, é imperioso também destacar que a Autora não

deu poderes para que outro procurador pudesse receber qualquer valor ou
fizesse qualquer tipo de acordo ou parcelamento de valores relacionados ao
seu contrato de trabalho com a empresa Ré, portanto, não há que se falar
em quitação quanto as verbas rescisórias.
Ademais, ainda que este juízo considere que a Autora recebeu

suas verbas rescisórias através da ação coletiva supracitada, ainda assim é
devido a condenação da empresa Ré ao pagamento da multa do art. 477,
paragrafo 8º da CLT, pelo desrespeito ao prazo de 10 dias para pagamento
das verbas rescisórias.
Fls.: 152
Ante o exposto, impugna-se a peça Contestatória.
II.III. Da alegada sucessão empresarial
De pronto é imperioso destacar que o contrato de trabalho da

Autora foi realizado com a Ré, sendo toda a força de trabalho direcionada
único e exclusivamente para esta empresa.
Não obstante, nos termos do art. 448 da CLT a mudança na

propriedade ou na estrutura jurídica da empresa não afeta os contratos de
trabalho dos respectivos empregados.
Por sua vez, o art. 10º da CLT prevê que “(...)o sucedido
responde subsidiariamente pelas obrigações trabalhistas da sociedade
relativas ao período em que figurou como sócio, somente em ação ajuizadas
até dois anos depois de averbada a modificação do contrato(...)”.
No caso dos autos, a Autora em 07.12.2020 foi contratada pela

Ré, supostamente sucedida durante a vigência de seu contrato que se
encerrou em 10.05.2022, ou seja, dentro do prazo bienal supracitado.
Dito isto, por estar dentro do prazo bienal passível de

responsabilização da empresa Ré, ainda assim ela responde solidariamente
pelos créditos trabalhistas ora requeridos.
II.IV. Do adicional de insalubridade
A empresa Ré alega de forma obscura e temerária, que a

Autora não fazia a limpeza de banheiro de grande circulação e que não tinha
contato com os agentes biológicos ditos em exordial.
Todavia não é verdade!
A Autora no desempenho da sua função realizava a limpeza

geral das áreas comuns do condomínio Santos Dummont, inclusive 18
banheiros existentes, bem como da sauna, academia e área externa, tanto
da piscina quanto do salão de festas.
Ademais a empresa Ré sequer anexou aos autos documentos

indispensáveis para o enquadramento das atividades da Autora como
salubres, como PPP, LTCAT, PCMSO, entre outros.
De mesmo modo, sequer fora anexado ficha de entrega de
equipamento de proteção, logo, resta corroborado o exposto em exordial de
que a Autora não recebia e consequentemente não utilizava nenhum
Fls.: 153
equipamento a este título, permanecendo completamente exposta aos

agentes insalubres sem qualquer proteção
Por derradeiro, a perícia técnica que será agendada irá

corroborar a exposição da Autora aos agentes narrados em exordial.
Dessa forma, impugna-se a peça Contestatória da Ré.

.
III. DA MANIFESTAÇÃO AOS DOCUMENTOS APRESENTADOS
a) Comprovante de depósito judicial, sentença ação coletiva –

Impugnam-se os documentos, porquanto como dito anteriormente a Autora
não deu poderes para que outro procurador pudesse receber qualquer valor
ou fizesse qualquer tipo de acordo ou parcelamento de valores relacionados
ao seu contrato de trabalho com a empresa Ré.
Ademais, para não se tornar repetitiva, a Autora reitera os

termos da impugnação realizada no tópico “II. II. Da conexão e prevenção”
b) Bem sucessão, comunicado embracon, contrato de cessão,

sentença paradigma, transferência de estrutura, comprovante de pagamento
sucessão.
Impugnam-se todos os referidos documentos, haja vista que

conforme dito anteriormente nos termos do art. 448 da CLT a mudança na
propriedade ou na estrutura jurídica da empresa não afeta os contratos de
trabalho dos respectivos empregados.
Ademais, o art. 10º da CLT prevê que “(...)o sucedido responde

subsidiariamente pelas obrigações trabalhistas da sociedade relativas ao
período em que figurou como sócio(...).
Sendo assim, por certo que a empresa Ré tem responsabilidade

quanto aos pedidos requeridos em exordial.
III - DOS PEDIDOS
Ante o exposto, requer-se:
1. O recebimento da presente manifestação;

2. A decretação da pena de confissão ficta à Ré;
3. A total procedência da ação.
São José/SC, 3 de fevereiro de 2023.
Fls.: 154

OAB/SC 21.625 OAB/SC 49.249

OAB/SC 55.750
EF
Fls.: 155
PODER JUDICIÁRIO
ATSum 0000641-65.2022.5.12.0031
DESPACHO
Vistos.
I - Em razão da controvérsia estabelecida nos autos, para

averiguar a existência de insalubridade, NOMEIO o engenheiro ODIR FARIAS JUNIOR,
que terá o prazo de 20 (VINTE) dias úteis para entrega do laudo, devendo comunicar às
partes a data da realização da perícia com antecedência mínima de 7 (SETE) dias.
DEVERÁ o perito observar o decurso do prazo das partes para o

agendamento da perícia.
II - FACULTO às partes o prazo comum de 15 (QUINZE)

dias para apresentação de quesitos e assistente técnico, se desejarem, cabendo às
partes a responsabilidade de comunicar os respectivos assistentes técnicos sobre a
data, horário e local da perícia.
Observo que cabe às partes a responsabilidade de comunicar os

respectivos assistentes técnicos sobre a data, horário e local da perícia.
III - Quesitos suplementares tão somente durante a diligência

(art. 469 do CPC), caso a parte entenda sejam necessários. As partes deverão intimar
seus eventuais assistentes técnicos da data designada e ficam alertadas quanto ao
ônus da parte sucumbente no objeto da perícia.
IV - Na hipótese de eventual impossibilidade de realizar o ato, o

perito deverá informar o juízo imediatamente.
V - INTIMEM-SE as partes e o perito.
VI - APRESENTADO o laudo, INTIMEM-SE as partes para que se

manifestem, no prazo de 15 (QUINZE) dias, DEVENDO dizer se pretendem a produção
de outras provas, especificando-as, em caso positivo, sob pena de preclusão.
Assinado eletronicamente por: MIRIAM MARIA D AGOSTINI - Juntado em: 10/05/2023 23:42:41 - 3df7144
Fls.: 156
SAO JOSE/SC, 10 de maio de 2023.

Assinado eletronicamente por: MIRIAM MARIA D AGOSTINI - Juntado em: 10/05/2023 23:42:41 - 3df7144
Fls.: 157
PODER JUDICIÁRIO
ATSum 0000641-65.2022.5.12.0031
INTIMAÇÃO - PROCESSO PJe - JT
APRESENTAR QUESITOS e assistente técnico, no prazo de 15

(QUINZE) dias, devendo no mesmo ato informar e-mail para comunicação posterior
com o perito nomeado.
VINICIUS ALBINO GOMES

Assessor
Assinado eletronicamente por: VINICIUS ALBINO GOMES - Juntado em: 15/05/2023 14:50:38 - 9ab90a6
Fls.: 158
PODER JUDICIÁRIO
ATSum 0000641-65.2022.5.12.0031
APRESENTAR QUESITOS e assistente técnico, no prazo de 15

(QUINZE) dias, devendo no mesmo ato informar e-mail para comunicação posterior
com o perito nomeado.
VINICIUS ALBINO GOMES

Assessor
Assinado eletronicamente por: VINICIUS ALBINO GOMES - Juntado em: 15/05/2023 14:50:38 - 538f1e3
Fls.: 159
TATIANE VIEIRA PACHECO, já qualificada nos autos da ATSum

0000641-65.2022.5.12.0031, que move em face de EMBRACON SERVICOS
ESPECIALIZADOS CONDOMINIAIS S/A, vem, respeitosamente a presença de
Vossa Excelência, por seus procuradores, apresentar QUESITOS a serem
respondidos pelo Senhor Perito.
I. Dos quesitos
1) Quais eram as atividades desenvolvidas pela Autora, em que

locais tais atividades eram desenvolvidas e quanto tempo permanecia em
cada atividade?
2) Se a Autora, durante o labor para a Ré, fazia limpeza de

banheiros (inclusive vasos sanitários e mictórios) e recolhimento de lixo,
incluindo dos banheiros de uso coletivo, tendo contato direto com agentes
biológicos.
3) Quantas vezes a Autora realizava a limpeza e recolhimento

de lixo diariamente nos banheiros da Ré?
4) Quantos banheiros existem no local em que a Autora

laborava? Quantos vasos sanitários/mictórios existem nos referidos banheiros?
5) Quantas pessoas, em média, frequentam o local em que a

Autora exerceu suas atividades?
6) Durante a exposição aos agentes insalubres, a Autora fazia

uso de Equipamento de Proteção Individual (EPI)? Caso positivo, apontar
quais equipamentos eram fornecidos; qual o estado de conservação e se
esses equipamentos eram capazes de elidir os agentes insalubres. Os EPI’s
possuíam C.A.? Poderia o Sr. Perito apresentar o número do C.A. desses
equipamentos?
7) Caso o Expert constate que durante a jornada de trabalho

da Autora eram desenvolvidas atividades insalubres em grau máximo,
Assinado eletronicamente por: BRUNO FREDERICO RAMLOW - Juntado em: 26/05/2023 10:16:16 - b8d5333
Fls.: 160
determinar quais eram estas atividades, especificando, ao final, se as mesmas

se encontram acima dos limites de tolerância permitidos pela legislação
vigente?
8) Conclusivamente, as atividades desenvolvidas pela Autora

podem ser consideradas insalubres em grau máximo?
9) O Senhor Perito, além do foco que a Autora deu ao pedido

de insalubridade, pode perceber se nas suas tarefas a Obreira estava sujeito
a algum outro agente capaz de lhe dar direito ao adicional em grau máximo?
II. DOS PEDIDOS
Ante o exposto, requer-se que este Juízo se digne em intimar o

Senhor Perito acerca dos quesitos ora apresentados, bem como daqueles
eventualmente formulados pela Ré, além de notificar estes subscritores
acerca da data e horário de realização de dita perícia, por meio dos e-mails
brunoramlow@hotmail.com, eduardosferreiraadv@gmail.com,
joaopaulotasca@gmail.com, para que, no prazo legal, possa apresentar o
laudo pericial, que por certo confirmará os pedidos formulados pelo Autor.
Florianópolis/SC, 26 de maio de 2023.

OAB/SC 21.625 OAB/SC 49.249

OAB/SC 55.750
Assinado eletronicamente por: BRUNO FREDERICO RAMLOW - Juntado em: 26/05/2023 10:16:16 - b8d5333
Fls.: 161
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA 2ª VARA DO

TRABALHO SÃO JOSÉ -SC
Processo nº: 0000641-65.2022.5.12.0031
- Apresenta quesitos
EMBRACON SERVICOS ESPECIALIZADOS CONDOMINIAS S/A, já

devidamente qualificada nos autos da RECLAMAÇÃO TRABALHISTA sob
epígrafe, por conduto de seus advogados signatários, proposta por
TATIANE VIEIRA PACHECO, vem, respeitosamente, perante Vossa
Excelência apresentar os seguintes quesitos a serem esclarecidos pelo
laudo pericial:
1 - O periciando tem/teve algum vínculo com o Sr. perito?
2 - O periciando foi devidamente identificado(a) mediante documento

oficial com foto (RG, CPF, etc.) e submetido(a) a exame clínico
completo?
3 - Quais os métodos utilizados na perícia?
4 - Quais as atividades desenvolvidas pelo Periciando na Reclamada?
5 - Em que local o Reclamante normalmente desenvolvia suas

atividades para Reclamada?
6 - Descreva o Sr. Perito, detalhadamente, o ambiente de trabalho do

Reclamante.
7 - Haviam fatores capazes de pôr em risco a integridade física do

Reclamante, caracterizando insalubridade no ambiente de trabalho?
WhatsApp: Tel.: (48) 9 8855-7766 | Instagram: adv. edenilsonsales | e-mail: edenilsonsales@gmail.com
Assinado eletronicamente por: EDENILSON BISPO SALES - Juntado em: 06/06/2023 21:32:46 - 2ea30e9
Fls.: 162
8 - Trabalhava o Periciando exposto aos agentes insalubres de acordo

com o Ministério do Trabalho na sua Portaria nº. 3311/89 e Norma
Regulamentadora 15?
9 - Se positivo o quesito anterior:
a) Favor descrever os agentes insalubres que o Reclamante estava

exposto;
b) Descrever as condições, intensidade/grau do agente insalubre;
c) Qual o tempo de exposição? Favor justificar a resposta.
d) A exposição estava acima do limite de tolerância?
e) O contato do Reclamante com os agentes insalubres era direto e

contínuo?
10 - Caso existam exposição aos agentes insalubres/periculosos,

especifique o Sr. Perito o tempo de exposição do Reclamante, bem
como se esta exposição se caracteriza como eventual, intermitente ou
contínua, consoante orientação estabelecida pelo Ministério do
Trabalho na sua Portaria nº. 3311/89, Norma Regulamentadora 15?
11 - Em caso do adicional de insalubridade ser reconhecido, fineza

informar o percentual a que faz jus o obreiro.
12 - Que o Sr. Perito informe a metodologia do Laudo Pericial, bem

como o embasamento legal.
Por oportuno, vem informar o endereço de e-mail:

edenilsonsales@gmail.com, para comunicação posterior com o
perito nomeado.
Nestes termos,
Pede e espera deferimento.
São Jose-SC, 06 de junho de 2023

OAB/SC 61.130
Assinado eletronicamente por: EDENILSON BISPO SALES - Juntado em: 06/06/2023 21:32:46 - 2ea30e9
Fls.: 163
PODER JUDICIÁRIO
ATSum 0000641-65.2022.5.12.0031
Destinatário: ODIR FARIAS JUNIOR
Fica V.Sa intimado para tomar ciência que foi designado como
perito, devendo entregar o laudo pericial até o dia 12/07/2023.
SAO JOSE/SC, 12 de junho de 2023.

Secretário de Audiência
Assinado eletronicamente por: ILKA CARLA CHAVES DA SILVA - Juntado em: 12/06/2023 17:35:59 - bf4b597
Fls.: 164
FAVOR CONFIRMAR O RECEBIMENTO DESTE EMAIL.
DR. BRUNO FREDERICO RAMLOW E DR. EDEMILSO BISPO SALES
PROCESSO: 641-65.2022.5.12.0031
RECLAMADA: EMBRACON SERVIÇOS ESPECIALIZADOS
PERÍCIA TÉCNICA:
DATA: 11/07/2023 ÀS 09:00 HORAS
LOCAL DE TRABALHO DO RECLAMANTE: CONDOMÍNIO SANTOS DUMMONT,
LOCALIZADO NA RUA FRANCISCO PEDRO MACHADO, 555 - BARREIROS - SÃO JOSÉ/SC.
- Favor enviar o nome e telefone das pessoas que participarão

da perícia para facilitar o encontro.
Assinado eletronicamente por: ODIR FARIAS JUNIOR - Juntado em: 30/06/2023 12:39:19 - 5684c14
Fls.: 165
PODER JUDICIÁRIO
ATSum 0000641-65.2022.5.12.0031

/SC, 88103-790
Destinatário:
TATIANE VIEIRA PACHECO
Fica Vossa Senhoria intimado para:
- Ficar ciente da manifestação do perito.
NICOLAS PAIVA RODRIGUES

Diretor de Secretaria
Assinado eletronicamente por: NICOLAS PAIVA RODRIGUES - Juntado em: 30/06/2023 13:34:22 - f5005e7
Fls.: 166
PODER JUDICIÁRIO
ATSum 0000641-65.2022.5.12.0031

/SC, 88103-790
Destinatário:
EMBRACON SERVICOS ESPECIALIZADOS CONDOMINIAS S/A
Fica Vossa Senhoria intimado para:
- Ficar ciente da manifestação do perito.

Assinado eletronicamente por: NICOLAS PAIVA RODRIGUES - Juntado em: 30/06/2023 13:34:22 - a2d9f34
Fls.: 167
Odir Farias Junior

Engenheiro de Segurança do Trabalho – CREA/SC 092.507-8 – CONFEA 250704808-5
E-mail: odirfarias@gmail.com – (48) 98465-0400
EXMO(A). SR(A). DR(A). JUIZ(A). DO TRABALHO

DA 2ª VARA DO TRABALHO DE SÃO JOSÉ/SC
Processo: RTOrd 0000641-65.2022.5.12.0031
Reclamante: Tatiane Vieira Pacheco
Reclamado: Embracon Serviços Especializados Condominias S/A
Odir Farias Junior, Engenheiro de Segurança do Trabalho,

CREA/SC 092.507-8, Perito Técnico, vem mui respeitosamente apresentar Laudo
Técnico Pericial.
Estando à disposição de Vossa Excelência para quaisquer esclarecimentos

que se fizerem necessários, requerendo sejam seus honorários arbitrados neste
caso em R$ 2.400,00 (Dois mil e quatrocentos reais) ou seu equivalente na época
do pagamento, valor justificado abaixo.
Dados Bancários: Banco 085, Agência 0106-6, conta corrente 2669-7.
Pesquisa bibliográfica; uso e manutenção dos equipamentos envolvidos na
inspeção; desgaste de veículo; material de escritório, fone/fax, fotos, computador,
cópias, correio; visita à empresa; tempo despendido em confeccionar o laudo;
impressão do laudo; por vezes novas incursões para esclarecimentos e respostas de
quesitos complementares e suplementares.
Nestes termos
Pede deferimento
Florianópolis, 12 de julho de 2023.
Odir Farias Junior

Engenheiro de Segurança do Trabalho
CREA/SC 092.507-8 e CONFEA 250704808-5
Assinado eletronicamente por: ODIR FARIAS JUNIOR - Juntado em: 13/07/2023 10:29:24 - 725d348
Fls.: 168
Odir Farias Junior

LAUDO PERICIAL
1. IDENTIFICAÇÃO
Laudo de avaliação de exposição a riscos de insalubridade,
elaborado de acordo com a metodologia especificada na Portaria 3.311 de
29/11/89 do Ministério do Trabalho, para instrução do Processo RTOrd
0000641-65.2022.5.12.0031 em que são partes Tatiane Vieira Pacheco e
Embracon Serviços Especializados Condominias S/A, 2ª Vara do
Trabalho de São José/SC.
2. OBJETIVO
Este laudo tem por objetivo consolidar um parecer técnico acerca das
atividades e operações executadas pelo autor(a) e seu local de trabalho,
analisar e concluir se o autor(a), durante seu período laboral no réu,
executava ou não atividades e/ou operações insalubres, nos termos da
NR-15 da Portaria 3.214/78 do Ministério do Trabalho.
3. INSPEÇÃO TÉCNICA
As partes foram devidamente comunicadas da data e hora da

realização da perícia através de intimação via e-mail e notificação nos Ids
f5005e7 e a2d9f34.
No dia 11 de julho de 2023 às 09:00 horas, realizamos a inspeção
pericial e colhemos as informações na sede de prestação de serviços da
reclamada.
Estiveram presentes e prestaram informações:
Sr. Eduardo Ferreira – Procurador da Reclamante, Sra. Tatiane Vieira
Pacheco – Reclamante e os Representantes da Reclamada não
compareceram.
4. IDENTIFICAÇÃO DO LOCAL PERICIADO
Embracon Serviços Especializados Condominias S/A, localizada no

Condomínio Santos Dummont, na Rua Francisco Pedro Machado, 555,
Barreiros – São José/SC.
Fls.: 169
Odir Farias Junior

5. DESCRIÇÃO DOS LOCAIS E AMBIENTES DE TRABALHO
Embracon Serviços
Especializados Condominias
S/A, tem como atividade
principal a prestação de
serviços.
Prédio construído em
alvenaria, com
aproximadamente 30.000 m² de
área, pé direito de 3 metros, piso
em cerâmica, boa ventilação,
iluminamento por lâmpadas
fluorescentes, baixo ruído de
fundo.
6. FUNÇÃO DO TRABALHADOR
A reclamante laborou na função de Servente e desempenhava as

tarefas abaixo, durante o período de 07/12/2020 a 10/05/2022.
1. Varrer e passar pano no piso dos corredores, halls, calçadas, portaria,

salão de festa, academia, escadarias e outros. Atividades realizadas
diariamente.
2. Limpar e higienizar os banheiros (localizados nos corredores, piscina,
academia, salão de festa e outros das áreas comuns): lavar pia, vaso
sanitário, pisos e azulejos. Recolher o lixo do banheiro e demais
dependências. Atividades realizadas diariamente.
3. Produtos: água sanitária, álcool, desinfetante e detergente.
Observação:
• Os banheiros higienizados pela reclamante são utilizados pelos
moradores e visitantes do condomínio.
• O condomínio possui 450 apartamentos.
6.1 DOS POSSÍVEIS RISCOS OCUPACIONAIS
Dado o pedido de adicional de insalubridade e as características das

atividades e operações executadas na empresa e as funções do reclamante,
este Perito investigou os possíveis riscos a saúde do trabalhador conforme a
NR-15 da Portaria 3.214/78 do Ministério do Trabalho.
Fls.: 170
Odir Farias Junior

7. AVALIAÇÃO QUALITATIVA/QUANTITATIVA DOS RISCOS

7.1 ANTECIPAÇÃO DOS RISCOS INSALUBRES
Agente Ruído – Anexos 1 e 2 da NR-15

O nível de ruído foi medido com aparelho medidor de nível de pressão
sonora, dosímetro de ruído, DOS-500 de número de série: 100100050, e
certificado de calibração de número S376655/2017, expedido em 17/04/2017
pelo laboratório de calibração: K & L - Laboratórios de Metrologia.
72 a 76 dB(A) – Locais similares.
Os valores encontrados estão dentro dos limites de tolerância, que são de 85
dB(A) para uma jornada de 08:00 horas diárias de exposição, conforme o
Anexo 1 da NR-15 da Portaria Ministerial 3214/78.
A Portaria 3214/78 NR-15, Anexo 1 determina os períodos máximos de
exposição diária permissíveis para os respectivos níveis de ruído contínuo,
numa relação inversa, ou seja, quanto mais elevado o ruído menor deve ser o
período de exposição ao mesmo. Ultrapassados os períodos, ocorre
insalubridade de grau médio.
Agente Calor – Anexo 3 da NR-15

Nas atividades realizadas pela reclamante não aconteceram contato
com fontes artificiais de calor nocivas a sua saúde.
Iluminamento – Anexo 4 da NR-15

O Anexo 4 da NR-15 foi revogado pela Portaria nº 3.751 de 23.11.90,
razão pela qual este agente físico não foi avaliado.
Radiações Ionizantes – Anexo 5 da NR-15

com fontes produtoras de radiações ionizantes nocivas a sua saúde.
Pressões Hiperbáricas – Anexo 6 da NR-15

com tarefas sob condições hiperbáricas nocivas a sua saúde.
Radiações Não Ionizantes – Anexo 7 da NR-15

com radiações não ionizantes nocivas a sua saúde.
Vibrações – Anexo 8 da NR-15

com tarefas sob condições de vibrações nocivas a sua saúde.
Frio – Anexo 9 da NR-15

com o agente frio, não trabalhou no interior de câmaras frigoríficas ou em
locais similares.
Fls.: 171
Odir Farias Junior

Umidade – Anexo 10 da NR-15

com agente umidade, não desenvolveu tarefas em locais alagados ou
encharcados.
Agentes Químicos – Anexo 11 da NR-15

com agentes químicos listados no “Quadro nº 1 – Tabela de Limites de
Tolerância” do Anexo 11.
Poeiras – Anexo 12 da NR-15

com poeiras minerais nocivas a sua saúde.
Agentes Químicos – Anexo 13 da NR-15

Produto de Limpeza:
Os sabões e alguns detergentes (exceto detergentes neutros) são derivados de sais
de sódio e ou amônio, ambos os produtos com pH por volta de 14, fato que, confere a estes
produtos (sabões e alguns detergentes) um pH por volta de 10, configurando-os como álcalis
cáusticos; a Q'Boa ou água sanitária é um composto de água mais hipoclorito de sódio em
média a 2,0%, sendo que, apresenta um pH normalmente igual a 12, configurando-se
também num álcali cáustico; os sapólios são compostos por alvejantes (pH por volta de 12) e
em muitos casos por calcário moído (pH de 7,5 a 9), caracterizando-se também como um
álcali cáustico. A utilização continuada de álcalis cáusticos em contato direto com a pele,
destrói os óleos naturais que protegem a derme, podendo gerar naqueles indivíduos mais
suscetíveis, micoses dérmicas, escamação da pele, formação de bolhas de tamanho variado
e rachaduras, às vezes profundas e dolorosas; por tratar-se de um agente qualitativo e não
quantitativo, basta que haja o manuseio habitual dos produtos citados para configurar-se a
existência de insalubridade, não importando neste caso, o tempo de exposição ao agente.
Grande número de produtos de limpeza contém vários tipos de compostos de
hipocloreto, principalmente hipoclorito de sódio em solução a 5%, sendo utilizados não
apenas para este fim, como também nos desinfetantes e desodorantes. Sua atividade é
estabelecida em termos de cloro disponível ou cloro ativo, isto é, a porcentagem de cloro
gasoso liberado pelo hipoclorito quando oxida íons cloreto em excesso nas preparações.
Usualmente, estes preparados contêm na sua formulação hipoclorito de sódio, cloreto
de sódio e um agente alcalino, tipo hidróxido ou carbonato de sódio.
Produtos de introdução mais recentes podem conter fontes de cloro ativo como outras
substâncias, tais como, derivados de dicloroidantoína ou do ácido cloroisocianúrico.
O principal efeito lesivo dos produtos contendo hipocloritos (clorofinas) é a irritação ou
corrosão da pele ou mucosas, consequentemente a um mecanismo duplo: ação oxidante do
cloro liberado e ação dos agentes alcalinos. As soluções ácidas são mais perigosas por
liberarem cloro livre e ácido hipocloroso, pouco ionizável, podem penetrar mais
profundamente nas mucosas.
O quadro clínico resulta da irritação da mucosa digestiva e compreende: dores na
boca, esôfago e estômago, disfagia, sialorréia, vômitos que podem ser tornar sanguinolentos
e posteriormente, distúrbios circulatórios como hipotensão e choque, podendo ocorrer
também um quadro neurológico com confusão, delírio e coma. É possível também o
aparecimento de edema de glote.
Mistura de soluções de hipoclorito com outros agentes de limpeza que contenham
ácidos fortes pode ser perigosa por liberar cloro gasoso que é poderoso irritante de vias
respiratórias quando inalado e irritante da mucosa ocular. Da mesma forma, mistura de
soluções de hipoclorito com agentes de limpeza contendo amônia, também pode ser perigosa
pela liberação de cloroamina, gás irritante da mucosa respiratória e ocular.
Fls.: 172
Odir Farias Junior

Produtos contendo apenas soluções de hipoclorito são também irritantes cutâneos,

podendo produzir dermatites com formação de vesículas e eczemas.
O hidróxido de sódio (soda cáustica), hidróxido de potássio (potassa cáustica),bem
como o hidróxido de amônia, são álcalis cáusticos característicos, cujo manuseio oferece
altos riscos de danos a saúde de quem os emprega, tais como: elevação do pH da pele, que
traz como consequência, dermatite de contato por irritação primária, remoção da camada
lipídica devido a reação das gorduras com o NaOH formando sabões e ainda queimaduras
com lenta cicatrização por danos nas camadas mais profundas da pele. A Portaria 3214/78 no
Anexo 13 da NR-15, item operações diversas, prevê insalubridade em grau médio para o
manuseio de álcalis cáusticos, independentemente de concentrações, finalidades do emprego
ou tempo de exposição, pelo alto risco que tais produtos oferecem.
Nas tarefas de limpeza manuseando produtos químicos sem a utilização de luvas
de borracha ou látex para a proteção é considerado insalubre em grau médio conforme o
Anexo 13 da NR-15 da Portaria Ministerial 3214/78.
O pH de uma solução é definido através de uma escala logarítmica. Para alterar 1
ponto no pH é preciso diluir a solução 10 vezes. Para a redução de 2 pontos na escala de pH,
é preciso diluir o produto 100 vezes (10 elevado a 2), se considerarmos apenas o uso de
água como diluente. (Maia, D. J. Química Geral: fundamentos. São Paulo: Pearson Prentice
Hall, 2007; Feltre, R. Química Geral. São Paulo: Moderna, 2008).
Agentes Biológicos – Anexo 14 da NR-15

Banheiros e Lixos:
A limpeza da face interna dos vasos sanitários e mictórios caracteriza uma condição
insalubre, isto porque, na limpeza da face interna, propicia-se o contato com secreções e
excreções (resíduos de fezes e urina), havendo o risco potencial de aquisição de moléstias
parasitárias e infecto contagiosas, de forma a caracterizar-se a citada condição insalubre em
grau máximo, conforme o anexo 14 da NR-15, em razão do material ali existente ser o
mesmo contido em esgotos, ou seja, galerias e tanques, em se tratando de esgotos cloacais,
de modo a oferecer o mesmo risco potencial na aquisição de idênticas enfermidades de
ordem biológica (bacterianas, virais e parasitárias).
Os agentes biológicos são dependentes de um dos seguintes tipos: vírus, ricketsia,
bactérias, bacilos, espiroquetas, protozoários, metazoários e fungos. Dos muitos fatores
necessariamente envolvidos em contaminação pelos agentes biológicos citados, os principais
são: a porta de entrada propriamente dita e a suscetibilidade individual; seria fastidioso
enumerar os componentes biológicos nóxicos presentes em dejetos humanos recentes e não
tratados, tais com são encontrados em fezes recentes e urina.
Estes sanitários podem ser considerados, ainda mais se o seu número for avultado,
como a porção inicial de sistema de esgotos cloacais, estando os trabalhadores que
participam da limpeza dos mesmos incluídos na categoria dos que mantém contatos
permanentes com agentes biológicos em esgotos.
Obviamente da proteção dos mesmos é que demandará o risco de exposição
transformar-se no risco de contaminação, pois sabe-se que na dependência de um organismo
suscetível, basta uma só bactéria, bacilo ou germe para desencadear quadro nóxico.
Deve-se acentuar, ser ponto pacífico, que todo o ambiente dos sanitários é considerado
ambiente contaminado e infectado, nos termos da infectologia nosológica; sendo também
ponto pacífico que a proteção aos mesmos deve ser a maior e melhor possível.
Citamos somente a guisa de exemplo algumas possíveis doenças veiculadas por
contaminação fecal: leptospirose, poliomielite, tifo, hepatite, cólera...
Trabalhos ou operações, em contato permanente com lixo urbano (coleta e
industrialização), esgotos, galerias, tanques, redes. São considerados insalubres em grau
máximo conforme o Anexo 14 da NR-15 da Portaria 3214/78 do Ministério do Trabalho e
Educação.
A atividade de separação, classificação, industrialização de lixo, expõe o trabalhador a
fontes de contágio a vários tipos de microorganismos. Tais fontes de contágio, transmitem
infecções estafilocócicas e estreptocócicas de pele, como furúnculos, piodermites e inclusive
hepatite viral, tétano e cólera. Independentemente do uso de EPIs.
A coleta e ou industrialização de material reciclado coletado em lixo urbano, tem-se o
risco potencial de aquisição de moléstias parasitárias e infecto contagiosas, de forma a
Fls.: 173
Odir Farias Junior

caracterizar-se a citada condição insalubre em grau máximo, conforme o anexo 14 da NR-15,

em razão do material ali existente ser o de esgotos, ou seja, galerias e tanques, em se
tratando de esgotos cloacais, de modo a oferecer o mesmo risco potencial na aquisição de
idênticas enfermidades de ordem biológica (bacterianas, virais e parasitárias).
bactérias, bacilos, espiroquetas, protozoários, metazoários e fungos.
Obviamente da proteção dos mesmos é que demandará o risco de exposição
transformar-se no risco de contaminação, pois sabe-se que na dependência de um organismo
• Súmula n° 448 do TST

ATIVIDADE INSALUBRE. CARACTERIZAÇÃO. PREVISÃO NA NORMA
REGULAMENTADORA N° 15 DA PORTARIA DO MINISTÉRIO DO TRABALHO N°
3.214/78. INSTALAÇÕES SANITÁRIAS. (conversão da Orientação Jurisprudência l n° 4 da
SBDI-1 com nova redação do item II) - Res. 194/2014, DEJT divulgado em 21, 22 e
23.05.2014.
I - Não basta a constatação da insalubridade por meio de laudo pericial para que o
empregado tenha direito ao respectivo adicional, sendo necessária a classificação da
atividade insalubre na relação oficial elaborada pelo Ministério do Trabalho.
II - A higienização de instalações sanitárias de uso público ou coletivo de grande circulação,
e a respectiva coleta de lixo, por não se equiparar à limpeza em residências e escritórios,
enseja o pagamento de adicional de insalubridade em grau máximo, incidindo o disposto no
Anexo 14 da NR-15 da Portaria do MTE n° 3.214/78 quanto à coleta e industrialização de lixo
urbano.
• INSALUBRIDADE. LIMPEZA DE BANHEIROS PÚBLICOS.

SÚMULA N.º 46 - “INSALUBRIDADE. LIMPEZA DE BANHEIROS PÚBLICOS. A atividade
de limpeza de banheiros públicos, utilizados por grande fluxo de pessoas, equipara-se à
coleta de lixo urbano, sendo insalubre em grau máximo, nos termos da NR-15, Anexo 14, da
Portaria nº 3.214/78 do Ministério do Trabalho.” Publicado no Diário Oficial Eletrônico - TRT-
SC/DOE, nos dias 03, 04 e 05-09-2013.
8. EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL – EPIs
A Reclamante informou que recebeu e usava os EPIs: uniforme,

calçado e luvas.
A Reclamada não apresentou comprovante de entrega e treinamento

quanto ao uso correto e efetivo dos EPIs.
• Observação
Conforme orienta o item 6.6. da NR-6, é responsabilidade do empregador quanto ao EPI:
exigir seu uso, fornecer ao trabalhador somente o EPI aprovado pelo órgão nacional
competente em matéria de segurança e saúde no trabalho, orientar e treinar o trabalhador
sobre o uso adequado, guarda e conservação, responsabilizar-se pela higienização e
manutenção periódica e registrar o seu fornecimento ao trabalhador, podendo ser adotados
livros, fichas ou sistema eletrônico.
Fls.: 174
Odir Farias Junior

9. CONCLUSÃO TÉCNICA
Analisando as condições dos locais de trabalho e as atividades

desenvolvidas, concluímos que:
As atividades realizadas pela reclamante foram consideradas

insalubres em grau médio conforme o Anexo 13 e insalubres em grau
máximo conforme o Anexo 14 da NR-15 da Portaria Ministerial 3.214/78,
durante todo o período trabalhado.
10. RESPOSTAS AOS QUESITOS

10.1 DO RECLAMANTE:
1) Quais eram as atividades desenvolvidas pela Autora, em que locais tais

atividades eram desenvolvidas e quanto tempo permanecia em cada
atividade?
Resposta: Descrito nos itens 5 e 6 do laudo.
2) Se a Autora, durante o labor para a Ré, fazia limpeza de banheiros

(inclusive vasos sanitário se mictórios) e recolhimento de lixo, incluindo
dos banheiros de uso coletivo, tendo contato direto com agentes
biológicos.
Resposta: Sim. Descrito nos itens 6 e 7 do laudo.
3) Quantas vezes a Autora realizava a limpeza e recolhimento de lixo

diariamente nos banheiros da Ré?
Resposta: Descrito no item 6 do laudo.
4) Quantos banheiros existem no local em que a Autora laborava? Quantos

vasos sanitários/mictórios existem nos referidos banheiros?
5) Quantas pessoas, em média, frequentam o local em que a Autora exerceu

suas atividades?
6) Durante a exposição aos agentes insalubres, a Autora fazia uso de

Equipamento de Proteção Individual (EPI)? Caso positivo, apontar quais
equipamentos eram fornecidos; qual o estado de conservação e se
esses equipamentos eram capazes de elidir os agentes insalubres. Os
EPI’s possuíam C.A.? Poderia o Sr. Perito apresentar o número do C.A.
desses equipamentos?
Fls.: 175
Odir Farias Junior

7) Caso o Expert constate que durante a jornada de trabalho da Autora

eram desenvolvidas atividades insalubre sem grau máximo, determinar
quais eram estas atividades, especificando, ao final, se as mesmas se
encontram acima dos limites de tolerância permitidos pela legislação
vigente?
8) Conclusivamente, as atividades desenvolvidas pela Autora podem ser

consideradas insalubre sem grau máximo?
Resposta: Sim. Descrito no item 9 do laudo.
9) O Senhor Perito, além do foco que a Autora deu ao pedido de insalubridade,

pode perceber se nas suas tarefas a Obreira estava sujeito a algum outro
agente capaz de lhe dar direito ao adicional em grau máximo?
10.2 DA RECLAMADA:
1. O periciando tem/teve algum vínculo com o Sr. perito?

Resposta: Não.
2. O periciando foi devidamente identificado(a) mediante documento oficial com

foto (RG, CPF, etc.) e submetido(a) a exame clínico completo?
Resposta: Sim.
3. Quais os métodos utilizados na perícia?

Resposta: Descrito no texto do laudo.
4. Quais as atividades desenvolvidas pelo Periciando na Reclamada?

5. Em que local o Reclamante normalmente desenvolvia suas

atividades para Reclamada?
6. Descreva o Sr. Perito, detalhadamente, o ambiente de trabalho do

Reclamante.
7. Haviam fatores capazes de pôr em risco a integridade física do

Reclamante, caracterizando insalubridade no ambiente de trabalho?
8. Trabalhava o Periciando exposto aos agentes insalubres de acordo com

o Ministério do Trabalho na sua Portaria nº. 3311/89eNorma
Regulamentadora15?
9
Fls.: 176
Odir Farias Junior

9. Se positivo o quesito anterior: a) Favor descrever os agentes insalubres

que o Reclamante estava exposto; b) Descrever as condições,
intensidade/grau do agente insalubre; c) Qual o tempo de exposição? Favor
justificar a resposta. d) A exposição estava acima do limite de tolerância? e)
O contato do Reclamante com os agentes insalubres era direto e
contínuo?
10. Caso existam exposição aos agentes insalubres/periculosos,

especifique o Sr. Perito o tempo de exposição do Reclamante, bem
como se esta exposição se caracteriza como eventual, intermitente ou
contínua, consoante orientação estabelecida pelo Ministério do
Trabalho na sua Portaria nº. 3311/89, Norma Regulamentadora15?
11. Em caso do adicional de insalubridade ser reconhecido, fineza informar o

percentual a que faz jus o obreiro.
12. Que o Sr. Perito informe a metodologia do Laudo Pericial, bem como o
embasamento legal.
Resposta: Descrito no texto do laudo.
11. BIBLIOGRAFIA
Manual de Legislação Atlas – Segurança e Medicina do Trabalho

Sebastião Vieira, Casimiro Pereira Júnior – Guia Prático do Perito Trabalhista
Fundacentro – Curso de Eng. Seg. do Trabalho
Fundação MAPFRE – Curso de Higiene Industrial
Fundacentro – Riscos Físicos
LESER, Walter – Elementos de Epidemiologia Geral
Juarez de Oliveira – CLT
H. R. de Alcântara – Toxicologia Clínica e Forense
Florianópolis, 12 de julho de 2023.
Odir Farias Junior

Engenheiro de Segurança do Trabalho
CREA/SC 092.507-8 e CONFEA 250704808-5
10
Fls.: 177
PODER JUDICIÁRIO
ATSum 0000641-65.2022.5.12.0031
Destinatário:
TATIANE VIEIRA PACHECO
MANIFESTAR-SE no prazo de 15 (QUINZE) dias acerca do laudo pericial

anexado aos autos e DIZER se pretende a produção de outras provas, especificando-as,
em caso positivo, sob pena de preclusão.

Assinado eletronicamente por: NICOLAS PAIVA RODRIGUES - Juntado em: 18/07/2023 23:40:57 - 75037e4
Fls.: 178
PODER JUDICIÁRIO
ATSum 0000641-65.2022.5.12.0031
Destinatário:
EMBRACON SERVICOS ESPECIALIZADOS CONDOMINIAS S/A
MANIFESTAR-SE no prazo de 15 (QUINZE) dias acerca do laudo pericial

anexado aos autos e DIZER se pretende a produção de outras provas, especificando-as,
em caso positivo, sob pena de preclusão.

Assinado eletronicamente por: NICOLAS PAIVA RODRIGUES - Juntado em: 18/07/2023 23:40:57 - 8ed85a7
Fls.: 179
ATSum 0000641-65.2022.5.12.0031
TATIANE VIEIRA PACHECO, já devidamente qualificada na

ação em epígrafe, movida em face de EMBRACON SERVIÇOS
CONDOMINIAIS S/A, também qualificada, vem, por seus procuradores,
cumprindo intimação deste Juízo, informar e requerer o que segue.
I. DA PRODUÇÃO DE PROVA ORAL - OITIVA DE TESTEMUNHAS E

DEPOIMENTO PESSOAL DA RÉ
Pugna o Autor pela produção de prova testemunhal para

demonstrar os fatos narrados na petição inicial (verbas rescisórias não pagas,
FGTS, adicional de insalubridade e multa do art. 477, § 8º, da CLR), bem
como eventual matéria de contraprova.
Requer, ainda, o depoimento pessoal da Ré.
Informa desde já que as testemunhas comparecerão em

audiência independente de intimação, na forma do art. 852-H, da CLT.
Nestes termos, pede deferimento.

OAB/SC 21.625 OAB/SC 49.249

OAB/SC 55.750
Assinado eletronicamente por: BRUNO FREDERICO RAMLOW - Juntado em: 21/07/2023 14:39:22 - 1c55d7e
Fls.: 180
EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA 2ª VARA DO TRABALHO

SÃO JOSÉ – SANTA CATARINA
- Manifesta Laudo Pericial e Produção de Provas em caráter de sucessão

empresarial da empresa Orsegups Participações
PROCESSO Nº 0000641-65.2022.5.12.0031
EMBRACON SERVICOS ESPECIALIZADOS CONDOMINIAS S/A, por seu

advogado abaixo assinado, vem perante V.Exa, por intermédio do
advogado signatário, nos autos da reclamação trabalhista que ora lhe
move TATIANE VIEIRA PACHECO, tendo tomado ciência do despacho
exarado quanto ao laudo pericial apresentado, vem, mui
respeitosamente, perante Vossa Excelência, manifestar-se nos seguintes
termos:
DO LAUDO PERICIAL
No tocante a conclusão posta no Laudo Pericial, quanto ao

enquadramento da reclamante ao exercício de atividade em grau
máximo, esta revela-se distante da realidade vivenciada pelo obreiro,
bem como dos diplomas legais aplicáveis ao caso, demonstrando ser
inservível ao fim colimado, e imprestável para dirimir as questões objeto da
presente reclamação trabalhista.
As respostas do “expert” aos quesitos são inconclusivas em relação ao
resultado de seu laudo que caracterizou as atividades do reclamante
como insalubres em grau máximo.
O Sr. Perito não se preocupou em executar a sua tarefa de forma
completa e, assim, apresentar um laudo completo, específico, que não
1
Assinado eletronicamente por: EDENILSON BISPO SALES - Juntado em: 10/08/2023 22:55:44 - bf9925d
Fls.: 181
seja passível de dúvidas e que não apresente contradições, o que não

condiz com a realidade do laudo ora impugnado.
Conforme anotado no laudo pericial, a reclamante utiliza EPI, a
exemplificar uniformes, calçados e luvas.
Note Excelência, que o “expert”, ao emitir o laudo pericial, limitou-se a

descrever que o Autor trabalhou em condição de insalubridade em grau
máximo, sem, contudo, demonstrar o liame existente entre as atividades
desenvolvidas pelo Reclamante e as condições de insalubridade.
As respostas do “expert” são contraditórias e insubsistentes em relação ao
resultado de seu laudo pericial que caracterizou as atividades do
reclamante como insalubres em grau máximo apenas limitando-se a
descrever o texto jurisprudencial da Súmula nº 448 do TST e a Súmula nº 46
do TRT-SC.
Mister salientar que a demonstração de exposição dos empregados a
agentes nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância fixados, é
condição indispensável para caracterização da atividade laborativa
como insalubre.
Dos termos do laudo pericial não se pode inferir se a exposição do
reclamante era ou não por tempo reduzido, ou mesmo, se uma vez
exposto a agentes nocivos, esta exposição dava-se acima dos limites de
tolerância permitido.
Ora, Ilustre magistrado, por força da legislação consolidada, é impossível
definir a condição de insalubridade e por conseguinte dar procedência
ao pleito de adicional, sem verificar se a suposta submissão do
trabalhador aos agentes nocivos à saúde era acima dos limites de
tolerância fixados, por ser requisito indispensável à configuração da
condição de insalubridade.
Nesse sentido, conclui-se indevido o adicional de insalubridade requerido,
pois o reclamante na execução de suas atividades laborativas não era
exposto à agentes nocivos acima dos limites de tolerância fixados em
razão da natureza e da intensidade do agente e do tempo de exposição,
2
Fls.: 182
não aplicando-se à hipótese dos autos, a situação descrita pelo Sr. Perito,
relativamente adicional de insalubridade no grau médio, que por esta
razão fica impugnado.
Acaso fosse admissível qualquer exposição do reclamante ao risco, a sua
exposição era por tempo extremamente reduzido ou dentro dos limites de
tolerância.
Diante disso, fica impugnado o respeitável laudo, no que pertine a
conclusão do grau de insalubridade em grau máximo, porquanto
apresentou-se inteiramente divorciado da realidade laboral do
Reclamante, não existindo suporte técnico para condenar as Reclamadas
no pagamento de adicional de INSALUBRIDADE.
Pede, portanto, o indeferimento da pretensão do Reclamante.
Nesse sentido, chama atenção do douto juízo para o fato de que
somente são consideradas atividades insalubres aquelas que, por sua
natureza, condições ou métodos de trabalho, exponham o reclamante
aos agentes nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância, fixados em
razão da natureza e da intensidade do agente e do tempo de exposição
aos seus efeitos.
Nesse sentido, acaso o autor não logre êxito em provar o desempenho da

atividade alegada em inicial, não há que falar em procedência do pleito
de insalubridade, uma vez que este resulta diretamente daquela.
DA PRODUÇÃO DE PROVAS (MANIFESTA SUCESSÃO EMPRESARIAL)
Imperioso manifestar que a empresa Embracon Serviços Condominiais e

(Embracon Vigilância e Embracon Tecnologia não estão no polo passivo)
venderam TODA operação empresarial com exclusividade a empresa
sucessora ORSEGUPS PARTICIPAÇÕES S/A subdivida em Orsegups
Prestação de Serviços de Limpeza Ltda, Orsegups Segurança e Vigilância
e Orsegups Monitoramento Eletrônico Ltda, COM TRANSFERÊNCIA de
FATURAMENTO, EMPREGADOS, CLIENTES e POSTOS DE SERVIÇOS,
PATRIMONIO, BENS E EQUIPAMENTOS (banco de dados, hardware,
mobiliários, computadores, carros, motos, etc.) conforme documentos e
contratos anexos.
3
Fls.: 183
a) DESTACAMOS: TRANSFERÊNCIA DE TODA ATIVIDADE ECONÔMICA
VENDA TOTAL DOS

CONTRATOS E EXCLUSIVIDADE
DA ORSEGUPS
4
Fls.: 184
O Egrégio TRT-12 em segunda instancia e demais litígios tem

decidido pela sucessão empresarial nos termos do art. 448-A da CLT, em que
pese a não uniformização, conforme decisões anexas e ementas destacadas
abaixo.
Ementa: SUCESSÃO TRABALHISTA. CONFIGURAÇÃO. Assim, uma

vez que a reclamada adquiriu todo o ativo da empresa
EMBRACON relacionados com o serviço de terceirização
de mão de obra, estipulando até mesmo cláusula de
não concorrência por 10 anos em relação a esta
atividade, e que houve o prosseguimento na mesma
atividade econômica da empresa sucedida, inclusive
mantendo o quadro de funcionários, entendo
caracterizada a sucessão empresarial prevista nos art.
10, 448 e 448-A da CLT. (TRT da 12ª Região; Processo: 0000879-
72.2021.5.12.0014; Data: 11-04-2023; Órgão Julgador: Gab. Des.a.
TERESA REGINA COTOSKY - 5ª Câmara; Relator (a): TERESA REGINA
COTOSKY)
Ementa: SUCESSÃO TRABALHISTA. CONFIGURAÇÃO. A sucessão

de empregadores se configura pela transferência da
organização empresarial estabelecida pela
empregadora originária, pois em relação à pessoa
jurídica o contrato de trabalho não é intuitu personae,
já que o vínculo é estabelecido com a empresa enquanto unidade com
capacidade produtiva. (TRT da 12ª Região; Processo: 0000503-
35.2021.5.12.0031; Data: 15-02-2023; Órgão Julgador: Gab. Des.a.
Maria de Lourdes Leiria - 1ª Câmara; Relator (a): MARIA DE LOURDES
LEIRIA).
Ementa: SUCESSÃO EMPRESARIAL. OCORRÊNCIA. Cessão integral

de duas unidades de negócios, com transferência de equipamentos,
obrigações, bem como empregados. Caracterizada a sucessão
empresarial ou de empregadores prevista nos arts. 10 e 448 desta
Consolidação, as obrigações trabalhistas, inclusive as contraídas à
época em que os empregados trabalhavam para a empresa sucedida,
são de responsabilidade do sucessor. (art. 448-A, CLT). (TRT da 12ª
Região; Processo: 0000285-92.2021.5.12.0035; Data: 26-04-2023;
Órgão Julgador: Gab. Des. HELIO BASTIDA LOPES - 1ª Câmara;
Relator: HELIO BASTIDA LOPES).
Ementa: SUCESSÃO TRABALHISTA. CONFIGURAÇÃO.A atividade

da autora enquadra-se nos serviços de Asseio,
Conservação e Limpeza, transferidos, transferidos em
sua integralidade à recorrente, e, conforme cláusula
6.2, sendo a cedente vendedora impossibilitada, por
contrato, de realizar a atividade em todo o território
5
Fls.: 185
nacional. Ainda que a empresa vendedora tenha

mantido a sua personalidade jurídica, com a
exploração de algumas poucas atividades, com
"transmissão parcial" do negócio (conforme tenta fazer
crer a recorrente), certo é que em relação às atividades
de terceirização de mão de obra houve sucessão
empresarial, uma vez considerado que todo o ativo e passivo
relacionado à atividade foi transferido para a compradora, assumindo
ela todos os direitos, vantagens e obrigações inerentes (cláusula quarta
(fl. 94). A sucessora continuou a atividade econômica da empresa
sucedida, com a transferência a carteira de clientes, equipamentos
neles instalados, todos os contratos e migração do
pessoal/colaboradora. Assumiu, assim, responsabilidade de toda a
administração e operação dos clientes e contratos objetos da transação.
(TRT da 12ª Região; Processo: 0000559-34.2022.5.12.0031; Data: 03-
05-2023; Órgão Julgador: Gab. Des.a. QUEZIA DE ARAUJO DUARTE
NIEVES GONZALEZ - 3ª Câmara; Relator (a): QUEZIA DE ARAUJO
DUARTE NIEVES GONZALEZ)
Desta forma, conforme disposto nesta manifestação, requer a

produção de provas para evidenciar a sucessão empresarial, requerendo em
obediência ao contraditório a citação da ORSEGUPS PARTICIPACOES S/A, inscrita
no CNPJ: 10.361.314/0001-73, com sede no endereço a RUA GETULIO VARGAS,
2729, CENTRO, SAO JOSE/SC - CEP: 88103-400.
Nestes termos,
São José, 10 de agosto de 2023.

OAB/SC 61.130
Fls.: 186
Assinado eletronicamente por: EDENILSON BISPO SALES - Juntado em: 10/08/2023 22:55:44 - 3ff242d
Fls.: 187
Fls.: 188
Fls.: 189
Fls.: 190
Fls.: 191
Fls.: 192
Fls.: 193
Fls.: 194
Assinado eletronicamente por: EDENILSON BISPO SALES - Juntado em: 10/08/2023 22:55:44 - fa43333
Fls.: 195
Fls.: 196
Fls.: 197
Fls.: 198
Fls.: 199
Fls.: 200
Fls.: 201
Fls.: 202
Fls.: 1
Poder Judiciário
Agravo de Petição
0000503-35.2021.5.12.0031
Relator: MARIA DE LOURDES LEIRIA

Partes:
AGRAVANTE: ORSEGUPS PARTICIPACOES S/A
AGRAVADO: ADRIANA FERREIRA PINHEIRO
ADVOGADO: WALLACE ALAIN DE GOES
Assinado eletronicamente por: EDENILSON BISPO SALES - Juntado em: 10/08/2023 22:55:44 - 9618a53
Fls.: 2203
Fls.:
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 12ª REGIÃO
PROCESSO nº 0000503-35.2021.5.12.0031 (AP)

AGRAVADA: ADRIANA FERREIRA PINHEIRO
RELATORA: MARIA DE LOURDES LEIRIA
EMENTA
SUCESSÃO TRABALHISTA. CONFIGURAÇÃO. A sucessão de

empregadores se configura pela transferência da organização empresarial
estabelecida pela empregadora originária, pois em relação à pessoa
jurídica o contrato de trabalho não é intuitu personae, já que o vínculo é
estabelecido com a empresa enquanto unidade com capacidade produtiva.
RELATÓRIO
VISTOS, relatados e discutidos estes autos de AGRAVO DE PETIÇÃO

N. 0000503-35.2021.5.12.0031, provenientes da 01ª Vara do Trabalho de São José, SC, em que é
agravante ORSEGUPS PARTICIPACOES S/A., e agravada ADRIANA FERREIRA PINHEIRO.
Da r. sentença das fls. 606/611, recorre a parte autora.
Por suas razões (fls. 613/625), requer reforma do julgado quanto à sua
inclusão no polo passivo da lide.
Contrarrazões são apresentadas.
É o relatório.
FUNDAMENTAÇÃO
CONHECIMENTO
Conheço do agravo de petição e da contraminuta, porquanto atendidos os

pressupostos de admissibilidade.
ESCLARECIMENTO PRÉVIO
Assinado eletronicamente por: MARIA DE LOURDES LEIRIA - 15/02/2023 16:10:55 - f636438

https://pje.trt12.jus.br/segundograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=22111817095664300000021809060
Número do processo: 0000503-35.2021.5.12.0031 ID. f636438 - Pág. 1
Fls.: 3204
Fls.:
A indicação do número de um marcador ou de uma folha ao longo deste

acórdão corresponde ao número obtido quando é feito o download completo do processo, em formato
PDF, na ordem cronológica crescente.
MÉRITO
INCLUSÃO NO POLO PASSIVO DA ORSEGUPS

PARTICIPAÇÕES S/A. SUCESSÃO DE EMPREGADORES
Busca a agravante sua exclusão do polo passivo da presente execução.
Afirma que jamais adquiriu equipamentos, instalações ou a expertise da

Embracon, empresa que continua em plena atividade, como, inclusive, demonstrado através da prova oral
colhida nos autos da RT n. 0000593-28.2021.5.12.0036, não restando configurada, portanto, a sucessão
empresarial.
Defende que houve transmissão parcial do negócio da Embracon, de

maneira que, para os empregados que não foram transferidos, não há cogitar de sucessão empresarial,
nem sob o ponto de vista subjetivo, nem sob o critério objetivo, considerando a continuidade das
atividades da pretensa sucedida, com faturamento e patrimônio suficientes para honrar os débitos
trabalhistas.
Vejamos.
A característica principal da sucessão trabalhista é a assunção das

atividades da empresa sucedida, com o aproveitamento da estrutura empresarial então existente, ou seja,
o conjunto de meios materiais e imateriais, como pontos comerciais, empregados, equipamentos,
clientela e etc.
Veja-se, nesse aspecto, que os arts. 10 e 448 da CLT pressupõem, para

que se configure a sucessão, mudança na propriedade ou na estrutura jurídica da empresa sucedida.
De acordo com o teor do contrato de cessão de direitos e obrigações

firmado entre as rés, houve transferência de carteira de clientes e outros ativos, consoante se verifica a
seguir:
"CLÁUSULA PRIMEIRA
1.1 Por este instrumento e na melhor forma de direito, e sujeito aos termos e condições
estipulados neste contrato, a CEDENTE VENDEDORA [EMBRACON] transfere para a
CESSIONÁRIA COMPRADORA [ORSEGUPS] os seguintes ativos, os quais declara
desde já serem de sua exclusiva propriedade:

Fls.: 4205
Fls.:
1.1.1 A sua carteira de clientes ativos, composta por clientes tomadores de serviços de
Asseio, Conservação e Limpeza, devidamente qualificados no ANEXO I deste
instrumento; e
1.1.2 Todos os equipamentos instalados nos clientes e na CEDENTE VENDEDORA, de

propriedade desta, necessários para a plena prestação dos serviços objeto da carteira de
clientes ora transacionada, devidamente identificados por cliente no ANEXO II deste
instrumento.
1.1.3 Todos os contratos físicos firmados pelos clientes constantes do ANEXO I deste
instrumento com a CEDENTE VENDEDORA.
[...]
CLÁUSULA QUINTA - DOS ATIVOS E PASSIVOS
[...]
5.4 Quaisquer débitos ou despesas, sabidos ou não, que porventura venham a ser
imputados sobre a carteira de clientes e/ou os bens ora transacionados, que por força
judicial, de fiscalização, auditoria ou outro meio externo de controle e cobrança, que
venham a ser objeto de obrigação de pagamento, serão de responsabilidade exclusiva da
CEDENTE VENDEDORA, desde que seu fato gerador tenha ocorrido até 31 de julho de
2021, inclusive.
[...]
5.7 A CESSIONÁRIA COMPRADORA não terá nenhuma obrigação fiscal, trabalhista,

ou outra que porventura surgir, com os empregados da CEDENTE VENDEDORA, e
vice-versa, em qualquer tempo ou época, sob qualquer título ou forma, devendo cada
uma das empresas responder exclusivamente por seus empregados ou ex-empregados,
independentemente de data ou vínculo a época da ação, sempre na forma da lei,
excetuando-se o disposto no item 5.8 a seguir.
5.8 Os empregados lotados nos postos de serviços da carteira de clientes ora

transacionada, num total de 706 (setecentos e seis) colaboradores, devidamente listados e
qualificados no ANEXO III deste instrumento, terão um tratamento diferenciado
conforme itens a seguir:
a) serão transferidos da CEDENTE VENDEDORA para a CESSIONÁRIA

COMPRADORA através da "sucessão direta e exclusiva de empregados", aqueles
listados no ANEXO III deste instrumento, com todos os seus direitos e encargos
devidamente quitados pela CEDENTE VENDEDORA, e comprovados até 31 de julho
de 2021;
b) os comprovantes de quitação de salários e encargos devidos pela CEDENTE

VENDEDORA até 31 de julho de 2021, de que trata o item "a" anterior, estão constantes
no ANEXO IV deste instrumento;
c) em caso de ações trabalhistas e/ou cíveis movidas pelos empregados listados no

ANEXO III deste instrumento, em qualquer tempo ou época, as despesas e/ou
condenações que porventura delas decorrerem serão assim assumidas e pagas: os direitos
adquiridos pelos empregados até 31 de julho de 2021 são de responsabilidade exclusiva
da CEDENTE VENDEDORA, e os direitos adquiridos a partir de 01 de agosto de 2021
são de responsabilidade exclusiva da CESSIONÁRIA COMPRADORA;
d) os direitos adquiridos de férias e décimos terceiros salários de 2021 devidamente

discriminados no ANEXO III deste instrumento que ainda não foram quitados pela
CEDENTE VENDEDORA deste instrumento correrão por conta da cessionária
[...]
CLÁUSULA SEXTA - DA MARCA E EXERCÍCIO DA ATIVIDADE 6.1 A

propriedade e uso da marca "EMBRACON", a partir de 1º de agosto de 2021, ficará com
a CEDENTE VENDEDORA para seu uso em negócios que não tenham o mesmo fim

Fls.: 5206
Fls.:
atual da CESSIONÁRIA COMPRADORA e suas empresas coligadas (grupo

econômico).
6.2 É vedado o uso da marca "EMBRACON" pela CEDENTE VENDEDORA, seus

sócios e/ou representantes, em qualquer atividade similar as atividades fins atuais da
CESSIONÁRIA COMPRADORA e suas empresas coligadas (grupo econômico), tais
como serviços de terceirização de mão de obra, sob pena de em geral no território
brasileiro pagamento de multa, direta, líquida e certa, equivalente a 1000 (um mil)
salários mínimos a época do pagamento, exigível unicamente ao infrator.
6.3 É vedado, daqui por diante e nos próximos 10 (dez) anos, a CEDENTE
VENDEDORA, aos seus sócios, bem como aos seus parentes laterais, ascendentes e
descendentes, em até o segundo grau, o exercício de atividades e negócios de
monitoramento eletrônico, nas modalidades residenciais, comerciais e afins, inclusive e
principalmente por intermédio da marca "EMBRACON" ou similar dentro do território
brasileiro, sob pena de pagamento de multa, direta, líquida e certa, equivalente a 1000
(um mil) salários mínimos a época do pagamento.
[...]
CLÁUSULA DÉCIMA PRIMEIRA - DOS ANEXOS Fazem parte integrante do

presente instrumento os seguintes anexos:
Anexo I - Listagem nominal dos clientes que compõem a Carteira de Clientes ora
transacionada, bem como os serviços neles prestados, valores, quantidades e cargos de
Anexo II - Listagem contendo nome e quantidade dos equipamentos alocados em cada

cliente da carteira de clientes ora transacionada, inclusive aqueles necessários a plena
prestação dos serviços.
Anexo III - Relação nominal dos colaboradores lotados nos postos de serviços dos
clientes da carteira de clientes ora transacionada, a serem transferidos a CESSIONÁRIA
COMPRADORA, bem como os seus respectivos saldos adquiridos e não quitados de
férias e décimos terceiros salários".
Da documentação supra, extraio que a executada Orsegups adquiriu da

Embracon toda sua carteira de clientes relacionada à terceirização de serviços, comprometendo-se, por
outro lado, a não realizar as atividades de "terceirização de mão de obra em geral" e "monitoramento
eletrônico" em concorrência com a compradora da carteira (cláusulas 6.2 e 6.3).
De fato, a houve permanência da empresa sucedida na exploração de

certas atividades. Entretanto, é evidente a sucessão empresarial em relação às atividades de terceirização
de mão de obra, pois todo o ativo e passivo relacionado a esta atividade foi assumido pela compradora.
Ou seja, pela letra do contrato, toda unidade produtiva foi transferida de

uma empresa para outra, ressalvadas as reservas contratuais, ocorrendo a continuidade da mesma
atividade econômica, inclusive mantendo-se o quadro de empregados, o que é suficiente para demonstrar
a ocorrência da sucessão de empregadores prevista nos arts. 10 e 448, da CLT.
A prova oral indicada no agravo de petição somente confirma tal

circunstância, isto é, a continuidade da mesma atividade econômica pela empresa sucessora.

Fls.: 6207
Fls.:
No caso presente, a exequente prestou serviços na condição de servente,

não tendo a agravante se desincumbido do encargo de demonstrar pertinência de suas atividades com a
reserva contratual cabível à Embracon.
Logo, forçoso concluir que se operou a denominada sucessão empresarial,

com os efeitos jurídicos que lhe são pertinentes, previstos no art. 10, 448 e 448-A da CLT.
A propósito, a sucessão de empregadores tem compatibilidade com a

previsão do art. 2º da CLT, cujo objetivo é preservar a satisfação dos direitos adquiridos no curso do
contrato de emprego, despersonalizando o empregador e considerando-o a empresa.
Nego provimento ao agravo, portanto.
ACORDAM os membros da 1ª Câmara do Tribunal Regional do

Trabalho da 12ª Região, por unanimidade, CONHECER DO AGRAVO DE PETIÇÃO. No mérito, por
igual votação, NEGAR-LHE PROVIMENTO. Custas na forma da lei.
Participaram do julgamento realizado na sessão do dia 08 de fevereiro de

2023, sob a Presidência do Desembargador do Trabalho Hélio Bastida Lopes, os Desembargadores do
Trabalho Maria de Lourdes Leiria e Roberto Luiz Guglielmetto. Presente o Procurador Regional do
Trabalho Alexandre Medeiros da Fontoura Freitas. Sustentou oralmente o Dr. GUSTAVO REGIS DE
FIGUEIREDO E SILVA, advogado de ORSEGUPS PARTICIPACOES S/A
MARIA DE LOURDES LEIRIA

Relatora
VOTOS

Fls.: 7 208
Fls.:

Fls.: 209
Fls.: 1
Poder Judiciário
Recurso Ordinário - Rito Sumaríssimo

0000428-50.2022.5.12.0034
Relator: GRACIO RICARDO BARBOZA PETRONE

Partes:
RECORRENTE: ORSEGUPS PARTICIPACOES S/A
RECORRIDO: ANA PAULA ROSA FERNANDES VENTURA
RECORRIDO: EMBRACON ASSEIO E CONSERVACAO LTDA
Assinado eletronicamente por: EDENILSON BISPO SALES - Juntado em: 10/08/2023 22:55:44 - 91fe46b
Fls.: 2210
Fls.:
PODER JUDICIÁRIO
PROCESSO nº 0000428-50.2022.5.12.0034 (RORSum)

RECORRENTE: ORSEGUPS PARTICIPACOES S/A
RECORRIDOS: ANA PAULA ROSA FERNANDES VENTURA, EMBRACON ASSEIO E
CONSERVACAO LTDA
RELATOR: GRACIO RICARDO BARBOZA PETRONE
VISTOS, relatados e discutidos estes autos de RECURSO

ORDINÁRIO EM RITO SUMARÍSSIMO, provenientes da 4ª Vara do Trabalho de Florianópolis, SC,
sendo recorrente ORSEGUPS PARTICIPAÇÕES S.A. e recorridos 1. ANA PAULA ROSA
FERNANDES VENTURA e 2. EMBRACON ASSEIO E CONSERVAÇÃO LTDA.
VOTO
Por superados os pressupostos legais de admissibilidade, conheço do

recurso e das contrarrazões.
PRELIMINAR DE ILEGITIMIDADE PASSIVA AD CAUSAM
Sustenta a recorrente que a decisão primeira deve ser reformada "em sede
preliminar" (fl. 396), sob o fundamento de que é parte ilegítima a figurar no polo passivo da demanda.
Apresenta argumentos com o fim de afastar a sucessão empresarial reconhecida na sentença.
A legitimidade deve ser analisada de forma abstrata, pela teoria da

asserção, a partir dos pedidos exordiais, bastando a correlação entre eles e a parte, o que ocorre no caso
em concreto. Assim, a legitimidade da recorrente para figurar no polo passivo da presente lide decorre da
alegação inicial de que houve sucessão empresarial.
A ocorrência da sucessão e a responsabilidade propriamente dita é matéria

afeta ao mérito e assim será examinada.
Rejeito.
MÉRITO
Assinado eletronicamente por: GRACIO RICARDO BARBOZA PETRONE - 21/07/2023 13:47:19 - 25b7a92
Número do processo: 0000428-50.2022.5.12.0034 ID. 25b7a92 - Pág. 1
Fls.: 3211
Fls.:
RESPONSABILIDADE PATRIMONIAL. SUCESSÃO DE

EMPRESAS
O Juízo de primeiro grau reconheceu a existência de sucessão empresarial

entre a primeira e a segunda rés e declarou, com base no art. 2º, §2º, da CLT, a responsabilidade solidária
pelos créditos advindos da relação de emprego da autora.
Recorre a 2ª ré, reiterando a afirmação de que inexiste sucessão

empresarial.
Aduz que os documentos anexados aos autos evidenciam a transmissão

parcial, e não integral, do negócio da Embracon para a Orsegups, até mesmo porque a Embracon
continua em atividade.
Alega que houve realização de negócio comercial entre as empresas, com

o pagamento de mais de sete milhões de reais para a Embracon. Repisa não ter adquirido equipamentos,
instalações ou expertise da Embracon, que permanece em atividade, com todo seu patrimônio material e
imaterial. Sustenta que houve divisão civil da responsabilidade das empresas e que a propriedade e o uso
da marca Embracon permaneceu com a Embracon.
Requer seja declarada a inexistência de sucessão empresarial e, com

fulcro no art. 485, inc. V do CPC, pugna pela extinção do feito sem julgamento do mérito em relação a si,
com sua exclusão do polo passivo da demanda.
Pois bem.
Nos termos dos arts. 10 e 448 da CLT, a sucessão de empregadores ocorre

quando há transferência da unidade produtiva para outro titular que, sem solução de continuidade, dá
prosseguimento à mesma atividade, utilizando-se do acervo material e do corpo de empregados da
empresa sucedida.
Nesse passo, a empresa que persiste no mesmo local, explorando a mesma

atividade econômica da empresa que a antecedeu, configura-se como sucessora, devendo, em princípio,
responder pelas obrigações trabalhistas dos empregados da sucedida.
Assim, ocorrida a sucessão empresarial, a sucessora é responsável pelas

obrigações trabalhistas da sucedida, assumindo todo o débito devido, exceto quando comprovado que a
transferência ocorreu em fraude.
Fls.: 4212
Fls.:
Da detida análise dos autos, concluo que não há elementos que autorizem
a reforma da decisão de primeiro grau.
Por economia processual e racionalização do trabalho transcrevo abaixo a

fundamentação da sentença, a qual, por representar meu entendimento, adoto como razões de decidir,
conforme autorizado pelo art. 895, §1º, inc. IV da CLT (fls. 371-3):
5. RESPONSABILIDADE PATRIMONIAL. SUCESSÃO DE EMPRESAS
Ensina Maurício Godinho Delgado:
"Sucessão de empregadores é figura regulada pelos arts. 10 e 448 da CLT. Consiste no

instituto justrabalhista em virtude do qual se opera, no contexto da transferência de
titularidade de empresa ou estabelecimento, uma completa transmissão de crédito e
assunção de dívidas trabalhistas entre alienante e adquirente envolvidos" (DELGADO,
Mauricio Godinho. Curso de direito do trabalho. 14. ed. São Paulo: Ltr, 2015. p. 446).
Como regra, o sucessor responde pela integralidade das dívidas da empresa sucedida,
salvo no caso de fraude, quando, então, a empresa sucedida responderá solidariamente.
Além disso, a jurisprudência tem ampliado as possibilidades de responsabilidade
subsidiária do antigo titular da empresa para além das situações de evidente fraude na
sucessão, quando haja comprometimento das garantias empresariais deferidas aos
contratos de trabalho.
No caso, pretende a segunda ré (ORSEGUPS PARTICIPAÇÕES S/A) afastar a sua

responsabilidade patrimonial sob o argumento de que apenas comprou parte da carteira
de clientes da primeira ré (EMBRACON SERVIÇOS ESPECIALIZADOS
CONDOMINIAS S/A), negando ter havido sucessão da atividade empresarial.
O primeiro ponto que chama a atenção é que, no contrato de cessão de direitos e

obrigações, o objetivo não é restrito a tão somente a transferência dos clientes ativos da
área de asseio, conservação e limpeza, mas também de todos os equipamentos instalados
nos clientes da empresa Embracon, conforme estipulado na cláusula primeira, item 1.1.2
(fl. 105).
De outro lado, a própria Orsegups confirmou que, com a operação realizada, assumiu o
contrato junto ao terceiro réu, o qual foi encerrado apenas em 19/04/2022.
Aliado a isso, a única testemunha ouvida relatou que, salvo ela e a autora, os demais
empregados lotados na tomadora dos serviços (terceira ré - CONDOMÍNIO AMÉRICA
OFFICENTER) permaneceram vinculados aos seus postos de trabalho. Nesse sentido sua
declaração:
1ª TESTEMUNHA DO(A) AUTOR(A): nome: Érica Ribeiro (...) 2.

RESPONSABILIDADE - PERGUNTAS PELO(A) PROCURADOR(A) DA PARTE
AUTORA (gravado a partir dos 13min) (...) que no condomínio, do pessoal da
Embracon, tinha vigilância, recepção, limpeza, zelador, não sabe a quantidade, era uns
10; acha que só a depoente e a autora que não continuaram; que a Orsegups continuou,
sabe porque tem uma colega que ainda trabalha lá; que sua colega se chama Alexandra,
não sabe sobrenome; tinha também a Bruna, a Jéssica, recepcionista, Robson, vigilante;
outra recepcionista Viviane; não lembra nome dos outros vigilantes. (...)".
Diante de tais elementos, não restam dúvidas de que o objetivo do contrato de cessão de
clientes foi, na verdade, mascarar verdadeira sucessão empresarial.
Saliento que o fato de remanescer empresa que compunha o mesmo grupo econômico da
primeira ré em atividade à época da realização do contrato de cessão, conforme busca
comprovar a parte ré com o depoimento do sócio da Embracon, não afasta a
caracterização da sucessão empresarial, sobretudo porque, no caso, resta evidente o
Fls.: 5213
Fls.:
encerramento das atividades empresariais da primeira ré por decorrência da nova gestão

pela segunda ré, inclusive pela transferência de equipamentos e de pessoal ativo, como
restou esclarecido pela preposta da Orsegups.
Quanto à responsabilidade, considerando que a empresa sucedida não arcou sequer com
as verbas rescisórias integrais de seus empregados, tal com evidencia o teor da Ação
Coletiva nº 0000671-88.2021.5.12.0014, estando em estado de revelia, impõe-se
reconhecer que sua conduta compromete as garantias empresariais deferidas aos
contratos de trabalho, atraindo a incidência da responsabilidade solidária.
Face a isso, reconheço a existência de sucessão empresarial entre a primeira ré e

segunda ré e declaro a responsabilidade solidária da primeira e segunda rés pelos
créditos advindos da relação de emprego (CLT, art. 2º, §2º).
Os argumentos trazidos pela recorrente não são hábeis a modificar a

escorreita conclusão do Juízo a quo, de que houve sucessão empresarial entre as rés.
Em processo envolvendo a mesma temática, em que se analisou a

alegação de sucessão da Embracon pela Orsegups, esta Corte assim decidiu em recente julgado:
SUCESSÃO TRABALHISTA. CONFIGURAÇÃO. A sucessão de empregadores se

configura pela transferência da organização empresarial estabelecida pela empregadora
originária, pois em relação à pessoa jurídica o contrato de trabalho não é intuitu personae,
já que o vínculo é estabelecido com a empresa enquanto unidade com capacidade
produtiva. TRT da 12ª Região; Processo: 0000503-35.2021.5.12.0031; Data: 15-02-
2023; Órgão Julgador: Gab. Des.a. Maria de Lourdes Leiria - 1ª Câmara; Relator(a):
MARIA DE LOURDES LEIRIA)
Da fundamentação do referido acórdão, saliento o trecho a seguir:
Da documentação supra, extraio que a executada Orsegups adquiriu da Embracon toda

sua carteira de clientes relacionada à terceirização de serviços, comprometendo-se, por
outro lado, a não realizar as atividades de "terceirização de mão de obra em geral" e "mo
nitoramento eletrônico" em concorrência com a compradora da carteira (cláusulas 6.2 e
6.3).
De fato, houve permanência da empresa sucedida na exploração de certas atividades.

Entretanto, é evidente a sucessão empresarial em relação às atividades de terceirização
de mão de obra, pois todo o ativo e passivo relacionado a esta atividade foi assumido
pela compradora.
Ou seja, pela letra do contrato, toda unidade produtiva foi transferida de uma empresa
para outra, ressalvadas as reservas contratuais, ocorrendo a continuidade da mesma
atividade econômica, inclusive mantendo-se o quadro de empregados, o que é suficiente
para demonstrar a ocorrência da sucessão de empregadores prevista nos arts. 10 e 448, da
CLT.
Por todo o exposto, nego provimento ao recurso.
ADVERTÊNCIA AOS LITIGANTES
Alerto aos litigantes que a propositura de embargos declaratórios fora das

hipóteses processualmente admitidas ensejará a aplicação das penalidades previstas em lei.
Pelo que,
Fls.: 6 214
Fls.:

Trabalho da 12ª Região, por unanimidade, CONHECER DO RECURSO. Por igual votação, REJEITAR
a preliminar de ilegitimidade ativa ad causam. No mérito, por maioria, vencido o Exmo. Desembargador
do Trabalho Marcos Vinicio Zanchetta, NEGAR-LHE PROVIMENTO. Custas mantidas. Intimem-se.
GRACIO RICARDO BARBOZA PETRONE

Relator
Fls.: 215
Fls.: 1
Poder Judiciário

0000878-87.2021.5.12.0014
Relator: MARI ELEDA MIGLIORINI

Partes:
RECORRENTE: ORSEGUPS - ORGANIZACAO DE SERVICOS DE SEGURANCA
PRINCESA DA SERRA LTDA
RECORRENTE: CASVIG CATARINENSE DE SEGURANCA E VIGILANCIA LTDA
RECORRENTE: BACK, SERVICOS DE VIGILANCIA E SEGURANCA LTDA
RECORRIDO: ANITA MALACARNE
ADVOGADO: CLEIMAR DOS SANTOS
Assinado eletronicamente por: EDENILSON BISPO SALES - Juntado em: 10/08/2023 22:55:44 - 0c20f3b
Fls.: 2216
Fls.:
PODER JUDICIÁRIO

RECORRENTE: ORSEGUPS - ORGANIZACAO DE SERVICOS DE SEGURANCA PRINCESA DA
SERRA LTDA, CASVIG CATARINENSE DE SEGURANCA E VIGILANCIA LTDA, BACK,
SERVICOS DE VIGILANCIA E SEGURANCA LTDA
RECORRIDO: ANITA MALACARNE, EMBRACON ASSEIO E CONSERVACAO LTDA
RELATOR: MARI ELEDA MIGLIORINI
Ementa dispensada, nos termos do art. 895, §1º, IV, da CLT.

ORDINÁRIO TRABALHISTA EM PROCEDIMENTO SUMARÍSSIMO, provenientes da 2ª Vara
do Trabalho de Florianópolis, SC, sendo recorrentes ORSEGUPS SEGURANÇA E VIGILÂNCIA
LTDA., sucessora por incorporação de ORSEGUPS - ORGANIZAÇÃO DE SERVIÇOS DE
SEGURANÇA PRINCESA DA SERRA LTDA., CASVIG CATARINENSE DE SEGURANÇA E
VIGILÂNCIA LTDA. e ORSEGUPS MONITORAMENTO ELETRÔNICO LTDA., sucessora por
incorporação de BACK SERVIÇOS DE VIGILÂNCIA E SEGURANÇA LTDA. e recorridas 1.
ANITA MALACARNE, 2. EMBRACON ASSEIO E CONSERVACAO LTDA.
Relatório dispensado, conforme o artigo 852-I, parte final, da

Consolidação das Leis do Trabalho.
VOTO
Satisfeitos os pressupostos legais de admissibilidade, conheço do recurso

e das contrarrazões. Conheço dos documentos juntados com as contrarrazões da EMBRACON porque se
tratam de meros subsídios jurisprudenciais.
MÉRITO
RECURSO ORDINÁRIO
1. ILEGITIMIDADE PASSIVA. RESPONSABILIDADE DAS

RECORRENTES. AUSÊNCIA DE SUCESSÃO
Assinado eletronicamente por: MARI ELEDA MIGLIORINI - 14/07/2023 23:33:50 - 8b5a94f

Número do processo: 0000878-87.2021.5.12.0014 ID. 8b5a94f - Pág. 1
Fls.: 3217
Fls.:
Rejeito de plano a alegação de ilegitimidade porque, indicadas pela autora

como devedoras, são as rés partes legítimas para compor o polo passivo da demanda (Teoria da
Asserção).
Quanto ao pedido de exclusão da ORSEGUPS (e grupo econômico) do

polo passivo da demanda e de extinção do feito em relação a elas, analiso.
O Juízo de primeiro grau reconheceu a sucessão trabalhista em razão do

contrato de cessão de direitos entre ORSEGUPS e EMBRACON, e condenou a sucessora (ORSEGUPS e
grupo econômico) a pagar as verbas trabalhistas deferidas na demanda.
As recorrentes alegam, em suma, que não houve sucessão porque

EMBRACON ainda existe. Asseveram que houve tão somente transferência parcial do negócio (carteira
de clientes). Defendem que não houve a transferência integral do negócio da EMBRACON para a
ORSEGUPS, portanto a sucessão não está caracterizada. Dizem que a ORSEGUPS não assumiu o
contrato da autora.
Para a ocorrência da sucessão trabalhista, necessária é a transferência da

unidade econômico-jurídica, cujo conceito está ligado ao controle da sociedade como um todo.
Colaciono, nesse sentido, a advertência de Maurício Godinho Delgado:
Insista-se que a sucessão trabalhista somente se opera em situações de transferência de

unidades econômico-jurídicas, isto é, transferência de universalidades. Por isso se
conclui que não produz os efeitos dos arts. 10 e 448 da CLT a simples transferência de
coisas singulares, uma vez que não compõem universidade de fato (como, por exemplo,
máquinas e equipamentos). Não há, pois, sucessão de empregadores (DELGADO,
Maurício Godinho. Curso de direito do trabalho. 7ª ed. São Paulo: LTr, 2008. p. 413).
Transcrevo, ainda, o teor dos artigos 10 e 448 da CLT:
Art. 10 - Qualquer alteração na estrutura jurídica da empresa não afetará os direitos

adquiridos por seus empregados.
Art. 448 - A mudança na propriedade ou na estrutura jurídica da empresa não afetará os

contratos de trabalho dos respectivos empregados.
A razão da necessidade de transferência da unidade econômico-jurídica, a

fim de que incidam os efeitos legais, portanto, é evidente: a mera transferência de bens determinados não
afeta os contratos de trabalho (juridicamente, não há repercussão).
A transferência da universalidade, por outro lado - isto é, do conjunto de

bens e direitos que constituem a sociedade empresária ou parte dela -, tem o condão de repercutir nos
contratos de trabalho, mormente porque se altera o empregador, podendo ocorrer, ainda, outras alterações
na estrutura da sociedade.

Fls.: 4218
Fls.:
Pelo "Instrumento particular de cessão de direitos e obrigações através da

transferência definitiva de carteira de clientes e outros ativos" (fls. 229 e ss.), a EMBARCON
SERVIÇOS CONDOMINIAIS S/A transferiu à ORSEGUPS PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE
LIMPEZA LTDA (cláusula primeira): a) sua carteira de clientes ativos, composta por clientes tomadores
de serviços de Asseio, Conservação e Limpeza; b) todos os equipamentos instalados nos clientes da
EMBRACON de propriedade desta, necessários para a plena prestação dos serviços objeto da certeira de
clientes transacionada e c) todos os contratos físicos firmados com a EMBRACON pelos clientes
constantes do anexo I do contrato.
Ficou expresso no instrumento contratual (cláusula sexta) que:
6.1 A propriedade e uso da marca "EMBRACON", a partir do dia 1º de agosto de 2021,

ficará com a CEDENTE VENDEDORA para seu uso em negócios que não tenham o
fim atual da CESSIONÁRIA COMPRADORA e suas empresas coligadas (Grupo
Econômico).

como serviços de terceirização de mão de obra em geral no território brasileiro, sob
pena de pagamento de multa, direta líquida e certa, equivalente a 1000 (um mil) salários
6.3 É Vedado, daqui por diante e nos próximos 10 (dez) anos, a CEDENTE
VENCEDORA, aos seus sócios, bem como aos seus parentes laterais, ascendentes e
monitoramento eletrônico, nas modalidades residenciais, comerciais e afins,
inclusive e principalmente por intermédio da marca "EMBRACON" ou similar
dentro do território brasileiro, sob pena de pagamento de multa, direta, líquida e certa,
equivalente a 1000 (um mil) salários mínimos a época do pagamento. (grifei)
O instrumento contratual deixa clara a transferência da universalidade de

bens e direitos em relação ao objeto do contrato (mais especificamente em relação aos serviços de
terceirização de mão de obra).
Não se nega que o grupo EMBRACON ainda existe e opera em atividades

não relacionadas ao contrato de cessão (terceirização de mão de obra).
Contudo, o fato de o grupo EMBRACON seguir existindo e operando

com a mesma marca comercial em relação a serviços prestados em outras áreas não altera a conclusão de
que, quanto aos contratos de terceirização de mão de obra, operou-se a sucessão para fins trabalhistas.
A ORSEGUPS sucedeu a EMBRACON, integralmente, em relação ao

objeto do contrato. Caracterizada a sucessão trabalhista, é responsável pela quitação dos direitos
trabalhistas dos empregados da sucedida.

Fls.: 5219
Fls.:
As disposições do contrato civil sobre o marco temporal da

responsabilidade sobre os contratos trabalhistas vinculados à EMBRACON antes da sucessão não vincula
esta Justiça Especializada.
Nego provimento ao recurso.
2. RESPONSABILIDADE DA EMBRACON
Não havendo indicativo de fraude na sucessão trabalhista reconhecida,

não há falar em responsabilização solidária da sucedida (EMBRACON). É o que preceitua o parágrafo
único do art. 448-A da CLT:
Parágrafo único. A empresa sucedida responderá solidariamente com a sucessora quando

ficar comprovada fraude na transferência. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
(grifei)
Nego provimento.
3. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE
A autora trabalhou como auxiliar de serviços gerais. Recebia adicional de

insalubridade em grau médio. Pediu, e teve deferido, o adicional em grau máximo em razão do contato
com agentes biológicos.
Insurgem-se as rés contra a sentença.
Consta do laudo pericial que eram essas as atividades da autora:
Relatos da Reclamante.
Laborar em condomínios Residenciais:
1. Realizar a limpeza das áreas comuns: corredores, escadarias, calçadas e outros.
2. Realizar a limpeza do banheiro da área comum: de uso dos funcionários, moradores e

visitantes: lavar pia, vasos sanitários, pisos e azulejos. Recolher o lixo dos banheiros e
demais dependências. Atividades realizadas diariamente.
3. Realizar a limpeza do banheiro da piscina: de uso dos moradores e visitantes: lavar

pia, vasos sanitários, pisos e azulejos. Recolher o lixo dos banheiros e demais
dependências. Atividades realizadas diariamente no Residencial Plaza de Viena.
4. Realizar a separação de lixo (plástico, papel, vidros); Realizar a lavação dos

contentores de lixo das lixeiras. Atividades realizadas 1 vez por semana no Residencial
Henrique Stodieck.
5. Produtos: desinfetante, detergente, água sanitária e álcool.
Laborar na Escola Internacional de Florianópolis:
1. Realizar a limpeza das: carteiras, mesas, salas, corredores, escadarias, calçadas e

outros.

Fls.: 6220
Fls.:
2. Realizar a limpeza dos banheiros (masculino e feminino), de uso dos funcionários, ±

200 alunos e visitantes: lavar pia, vasos sanitários, mictórios, pisos e azulejos. Recolher o
lixo dos banheiros e demais dependências. Atividades realizadas diariamente.
3. Produtos: desinfetante, detergente, água sanitária e álcool.
Relatos da Reclamada.
ORSEGUPS SEGURANÇA E VIGILÂNCIA LTDA.
1. Informou que a Reclamante não prestava serviços para esta Reclamada.
SUPORTE SERVICOS DE VIGILANCIA E LIMPEZA LTDA.
1. Informou que a Reclamante não laborou no Residencial Henrique Stodieck.
2. Informou que a Reclamante não realizava a separação de lixo. (sublinhei)
À autora foi imposta a pena de confissão ficta por não ter comparecido na
audiência em que deveria prestar depoimento, motivo pelo qual presume-se verdadeira a alegação de que
a autora não realizava a separação de lixo. As demais atividades relatadas pelo perito e não contestadas
pelas rés durante a inspeção pericial presumem-se realizadas.
O perito, ao analisar a insalubridade por agentes biológicos, entendeu que

as atividades da autora configuravam insalubridade em grau máximo pelos seguintes fundamentos:
Agentes Biológicos - Anexo 14 da NR-15
Banheiros e Lixos:
A limpeza da face interna dos vasos sanitários e mictórios caracteriza uma condição
insalubre, isto porque, na limpeza da face interna, propicia-se o contato com secreções e
excreções (resíduos de fezes e urina), havendo o risco potencial de aquisição de
moléstias parasitárias e infecto contagiosas, de forma a caracterizar-se a citada condição
insalubre em grau máximo, conforme o anexo 14 da NR-15, em razão do material ali
existente ser o mesmo contido em esgotos, ou seja, galerias e tanques, em se tratando de
esgotos cloacais, de modo a oferecer o mesmo risco potencial na aquisição de idênticas
enfermidades de ordem biológica (bacterianas, virais e parasitárias).

bactérias, bacilos, espiroquetas, protozoários, metazoários e fungos. Dos muitos fatores
necessariamente envolvidos em contaminação pelos agentes biológicos citados, os
principais são: a porta de entrada propriamente dita e a suscetibilidade individual; seria
fastidioso enumerar os componentes biológicos nóxicos presentes em dejetos humanos
recentes e não tratados, tais com são encontrados em fezes recentes e urina.
Estes sanitários podem ser considerados, ainda mais se o seu número for avultado, como
a porção inicial de sistema de esgotos cloacais, estando os trabalhadores que participam
da limpeza dos mesmos incluídos na categoria dos que mantém contatos permanentes
com agentes biológicos em esgotos.
Obviamente da proteção dos mesmos é que demandará o risco de exposição transformar-

se no risco de contaminação, pois sabe-se que na dependência de um organismo
Deve-se acentuar, ser ponto pacífico, que todo o ambiente dos sanitários é considerado
ambiente contaminado e infectado, nos termos da infectologia nosológica; sendo também
ponto pacífico que a proteção aos mesmos deve ser a maior e melhor possível.

Fls.: 7221
Fls.:
Citamos somente a guisa de exemplo algumas possíveis doenças veiculadas por

contaminação fecal: leptospirose, poliomielite, tifo, hepatite, cólera...
Trabalhos ou operações, em contato permanente com lixo urbano (coleta e

industrialização), esgotos, galerias, tanques, redes. São considerados insalubres em grau
máximo conforme o Anexo 14 da NR-15 da Portaria 3214/78 do Ministério do Trabalho
e Educação.
[...]
O perito prossegue analisando atividades de separação, classificação e

industrialização de lixo (as quais, como visto, se presume nem sequer eram realizadas pela autora). Ao
final, o experto reproduziu as Súmulas 448 do TST e 46 do TRT12 e concluiu serem insalubres em grau
máximo as atividades da autora.
Muito embora tenha reiteradamente decidido que a atividade de limpeza

de sanitários e recolhimento de lixo não se enquadra nas disposições do Anexo 14 da NR 15 - que dispõe
ser insalubre o labor constante nas galerias e nos tanques de esgoto, contemplando os trabalhadores que
de forma habitual lidam com um volume significativo de dejetos (lixo urbano) - adaptara-me, por política
judiciária, ao entendimento consignado na Súmula n. 46 deste Tribunal, que reproduz o entendimento
consubstanciado na Súmula 448, II, do TST, assim expressa:
INSALUBRIDADE. LIMPEZA DE BANHEIROS PÚBLICOS. A atividade de limpeza

de banheiros públicos, utilizados por grande fluxo de pessoas, equipara-se à coleta de
lixo urbano, sendo insalubre em grau máximo, nos termos da NR-15, Anexo 14, da
Portaria nº 3.214/78 do Ministério do Trabalho.
No entanto, essa linha de raciocínio não merece mais ser seguida.
Embora tenham o importante papel de uniformizar entendimentos e

conceder ao jurisdicionado e aos profissionais da área jurídica a oportunidade de conhecer, de antemão, o
posicionamento dominante adotado por determinada Corte Julgadora, a súmula jurisprudencial, com
exceção das súmulas vinculantes, não tem aplicabilidade imperativa, tampouco tem o condão de
restringir direitos legalmente previstos ou criar obrigações não previstas na legislação.
A política judiciária e a celeridade do processo, consubstanciadas na

observação de súmulas, relevantes para a prestação jurisdicional, precisam estar em harmonia com o
princípio do livre convencimento motivado do Magistrado.
Portanto, à luz do disposto no art. 5º, II, da CF, que positiva o princípio da
legalidade, não há como impor a aplicação do entendimento consolidado na Súmula n. 448, II, da Alta
Corte Trabalhista, reproduzido na Súmula n. 46 deste Regional.

Fls.: 8222
Fls.:
Por isso, andou bem o legislador ao incluir no texto da CLT o seguinte

dispositivo:
Art. 8º[...]
§ 2o Súmulas e outros enunciados de jurisprudência editados pelo Tribunal Superior do

Trabalho e pelos Tribunais Regionais do Trabalho não poderão restringir direitos
legalmente previstos nem criar obrigações que não estejam previstas em lei. (Incluído
pela Lei nº 13.467, de 2017)
Sobre o tema, oportuno reproduzir ementa de acórdão da lavra da Exma.

Desembargadora Lígia Maria Teixeira Gouvêa:
ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. AGENTES BIOLÓGICOS. ANEXO 14 DA NR

15 DA PORTARIA 3.214/78. SÚMULA N. 448 DO TST. A previsão contida no item II
da Súmula n°448 do TST extrapolou o alcance objetivo da norma legal, pois estabeleceu
que: a higienização de instalações sanitárias de uso público ou coletivo de grande
circulação, e a respectiva coleta de lixo, por não se equiparar à limpeza em residências e
escritórios, enseja o pagamento de adicional de insalubridade em grau máximo, incidindo
o disposto no Anexo 14 da NR-15 da Portaria do MTE n°3.214/78 quanto à coleta e
industrialização de lixo urbano. A norma sumular, portanto, cria obrigação não prevista
em lei e, vale ressaltar, se ampara em justificativa fática igualmente não contida na
aludida NR, qual seja: a não equiparação da atividade à limpeza em residências ou
escritórios (TRT12 - ROT - 0001338-50.2017.5.12.0035, Rel. LIGIA MARIA
TEIXEIRA GOUVEA , 5ª Câmara , Data de Assinatura: 05/12/2019)
A limpeza dos banheiros e a coleta do lixo não se equipara ao labor

permanente nas galerias e nos tanques de esgoto, contemplando os trabalhadores que de forma habitual
lidam com volume significativo de dejetos, além da coleta e industrialização de lixo urbano.
A atividade desenvolvida pela autora não se amolda a nenhuma das

hipóteses previstas Anexo 14 da NR-15 da Portaria n. 3.214/78. Não lhe é devido adicional de
insalubridade em grau máximo.
Não bastasse, as convenções coletivas de trabalho da categoria dos anos

de 2016, 2017 e 2018 estabelecem que "os empregados que exercem as funções de jardineiro, servente
braçal, auxiliar de serviços gerais, líderes de limpeza e encarregados de limpeza perceberão adicional de
insalubridade de 20% calculado sobre o piso salarial". (fls. 308, 330, 363)
Recentemente o Supremo Tribunal Federal apreciou o Tema 1046 de

Repercussão Geral (validade de norma coletiva de trabalho que limita ou restringe direito trabalhista não
assegurado constitucionalmente), fixando a seguinte tese jurídica:
"São constitucionais os acordos e as convenções coletivos que, ao considerarem a

adequação setorial negociada, pactuam limitações ou afastamentos de direitos
trabalhistas, independentemente da explicitação especificada de vantagens
compensatórias, desde que respeitados os direitos absolutamente indisponíveis".
O art. 611-A, XII, da CLT é claro ao estabelecer que:

Fls.: 9223
Fls.:
Art. 611-A. A convenção coletiva e o acordo coletivo de trabalho têm prevalência sobre
a lei quando, entre outros, dispuserem sobre:
[...]
XII - enquadramento do grau de insalubridade;
Sempre defendi que os acordos e as convenções coletivas fazem lei entre

as partes e devem ser obedecidos, conforme a orientação do art. 7°, XXVI, da Constituição Federal. Por
envolverem concessões mútuas, permitindo aos empregados a flexibilização de alguns de seus interesses
em troca de outros benefícios mais convenientes oferecidos pelos empregadores, devem ser privilegiados
os acertos firmados, sob pena de violação à boa-fé objetiva.
Impõe-se, portanto, o reconhecimento da autonomia das partes na

celebração dessas normas, especialmente no caso em exame, em que foram observados os elementos
basilares da negociação coletiva.
A norma coletiva não transgride direito absolutamente indisponível. Prova

disso estar, atualmente, amparada na lei (art. 611-A, XII, da CLT). Além disso, não obsta o direito ao
recebimento do adicional de insalubridade em si (art. 7º, XXIII, da CF).
Tais fundamentos também já seriam suficientes para afastar a pretensão

relativa ao pagamento do adicional de insalubridade em grau máximo ao menos até 31-12-2018 (período
do contrato em que vigentes as CCTs trazidas aos autos) e se somam aos fundamentos sobre a ausência
de insalubridade em grau máximo no trabalho realizado.
Dou provimentopara excluir a condenação ao pagamento das diferenças

salariais de adicional de insalubridade e seus consectários.
Por corolário, inverto o ônus de arcar com as despesas processuais e com

os honorários periciais e advocatícios, que passam a ser de responsabilidade da autora, observando-se a
condição de beneficiária da Justiça Gratuita.

Fls.:Fls.:
10 224

Trabalho da 12ª Região, por unanimidade, CONHECER DO RECURSO DE RITO SUMARÍSSIMO.
No mérito, por igual votação, com ressalvas da Desembargadora do Trabalho Teresa Regina Cotosky
apenas quanto à fundamentação no item adicional de insalubridade, DAR-LHE PROVIMENTO
PARCIAL para excluir a condenação ao pagamento das diferenças salariais de adicional de
insalubridade e seus consectários. Por corolário, inverter o ônus de arcar com as despesas processuais e
com os honorários periciais e advocatícios, que passam a ser de responsabilidade da autora, observando-
se a condição de beneficiária da Justiça Gratuita. O Ministério Público do Trabalho manifestou-se pelo
regular prosseguimento do feito, sendo desnecessária a sua intervenção. Custas de R$ 443,35, calculadas
sobre o valor dado à causa de R$ 22.167,52, pela autora, dispensadas porque é beneficiária da Justiça
Gratuita.
Participaram do julgamento realizado na sessão do dia 04 de julho de

2023, sob a Presidência da Desembargadora do Trabalho Mari Eleda Migliorini, as Desembargadoras do
Trabalho Ligia Maria Teixeira Gouvêa e Teresa Regina Cotosky. Presente o Procurador do Trabalho
Marcelo Goss Neves. Procedeu a sustentação oral, pela ré, o Dr. Gustavo Regis de Figueiredo e Silva.
MARI ELEDA MIGLIORINI

Relatora

Fls.: 225
Fls.: 1
Poder Judiciário
Agravo de Petição
0000285-92.2021.5.12.0035
Relator: HELIO BASTIDA LOPES

Partes:
AGRAVADO: CRISTIANO DAMACENO DA CRUZ
ADVOGADO: DAYSE LINCHEN
ADVOGADO: FLAVIANE AZEVEDO KNEIP
Assinado eletronicamente por: EDENILSON BISPO SALES - Juntado em: 10/08/2023 22:55:44 - 1bf63fe
Fls.: 2226
Fls.:
PODER JUDICIÁRIO
PROCESSO nº 0000285-92.2021.5.12.0035 (AP)

AGRAVADO: CRISTIANO DAMACENO DA CRUZ
RELATOR: HELIO BASTIDA LOPES
EMENTA
SUCESSÃO EMPRESARIAL. OCORRÊNCIA. Cessão integral de

duas unidades de negócios, com transferência de equipamentos,
obrigações, bem como empregados. Caracterizada a sucessão empresarial
ou de empregadores prevista nos arts. 10 e 448 desta Consolidação, as
obrigações trabalhistas, inclusive as contraídas à época em que os
empregados trabalhavam para a empresa sucedida, são de
responsabilidade do sucessor. (art. 448-A, CLT).
RELATÓRIO
VISTOS, relatados e discutidos estes autos de AGRAVO DE PETIÇÃO,

provenientes da 5ª Vara do Trabalho de Florianópolis, SC, sendo agravante ORSEGUPS
PARTICIPACOES S/A e agravado CRISTIANO DAMACENO DA CRUZ.
Inconformado com a sentença que determinou a sua inclusão no polo

passivo da demanda, recorre a esta Corte Revisora.
Em seu arrazoado (fls. 449-478), pretende, preliminarmente, o

sobrestamento do feito, em razão de decisão proferida nos autos n. TST-Ag-ED-AIRR-10252-
81.2015.5.03.0146. No mérito, requer que se reconheça a inexistência de sucessão e seja determinada a
exclusão a sua exclusão do polo passivo. Sucessivamente, seja reconhecida a responsabilidade solidária
da 1ª ré.
O autor apresentou contraminuta às fls. 783-789.
É o relatório.
Assinado eletronicamente por: HELIO BASTIDA LOPES - 03/05/2023 14:51:56 - 86e0d84

Número do processo: 0000285-92.2021.5.12.0035 ID. 86e0d84 - Pág. 1
Fls.: 3227
Fls.:
VOTO
Superados os pressupostos legais de admissibilidade, conheço do recurso

e das contrarrazões.
PRELIMINAR
SOBRESTAMENTO DO FEITO. TST-Ag-ED-AIRR-10252-81.2015.5.03.0146
A agravante argumenta que a Vice-Presidência do e. Tribunal Superior do

Trabalho determinou fossem sobrestados os autos em que se discute a possibilidade de, na fase de
execução, se inclua empresa integrante de grupo econômico que não participou do processo de
conhecimento.
Requer, então, o sobrestamento desta ação até o julgamento do tema pelo

e. Supremo Tribunal Federal das ADPF n. 488 e 951.
A análise da decisão proferida pela Vice-Presidência do Tribunal Superior

do Trabalho no Ag-ED-AIRR-10252-81.2015.5.03.0146, em conjunto os fundamentos assentados em
sede de embargos de declaração nos autos n. 10023-24.2015.5.03.0146, também selecionado como
representante da controvérsia, demonstra inexistir a hipótese de sobrestamento requerida:
Como se observa, a decisão embargada é de solar clareza quanto à extensão da suspensão

determinada, a qual abrange apenas os recursos extraordinários pendentes de análise
no âmbito da Vice-Presidência desta Corte Superior, em perfeita harmonia com a
previsão contida no artigo 327 do RITST, segundo o qual, "Aos recursos extraordinários
interpostos perante o Tribunal Superior do Trabalho será aplicado o procedimento
previsto no Código de Processo Civil para o julgamento dos recursos extraordinário e
especial repetitivos, cabendo ao Presidente do Tribunal Superior do Trabalho selecionar
um ou mais recursos representativos da controvérsia e encaminhá-los ao Supremo
Tribunal Federal, sobrestando os demais até o pronunciamento definitivo da Corte, na
forma ali prevista" (Grifei).
Ora, a norma acima reproduzida é cristalina ao estabelecer que incumbirá a este Tribunal
Superior do Trabalho selecionar um ou mais recursos representativos da controvérsia,
SOBRESTANDO os demais até o pronunciamento definitivo pelo Supremo Tribunal
Federal, sem lastro para a determinação de suspensão de todos os processos
pendentes em âmbito nacional, conforme pretendido pela embargante. (Grifei).
Inexiste, portanto, a alegada determinação para sobrestamento de todos os

processos que discutam a matéria.
Rejeito.

Fls.: 4228
Fls.:
MÉRITO
AGRAVO DE PETIÇÃO
SUCESSÃO DE EMPREGADORES. INCLUSÃO DA ORSEGUPS PARTICIPACOES S/A NO

POLO PASSIVO
A ORSEGUPS PARTICIPACOES S/A, ora agravante, pretende sua

exclusão do polo passivo da execução, por entender que o negócio jurídico realizado com a 1ª ré,
Embracon, não se caracteriza como sucessão empresarial.
Especifica que houve, tão somente, parcial transmissão da atividade

empresarial, sem envolver a transferência de qualquer empregado, bem como houve a continuidade as
atividades da empresa que se diz ter sido sucedida, a qual permanece com faturamento e patrimônio
próprios.
A sucessão para fins de responsabilidade trabalhista está disciplinada nos

arts. 10 e 448 da CLT e possuem esta conformação:


Dessa forma, o principal atributo que importa sucessão trabalhista é a

transferência de atividades empresariais entre as empresas, assumindo os meios para a continuidade de
seu desenvolvimento.
Dito isso, a agravante e a 1ª ré firmaram contrato de cessão de direitos e

obrigações para a transferência da carteira de clientes e outros ativos, como se se transcreve:
"CLÁUSULA PRIMEIRA
estipulados neste contrato, a CEDENTE VENDEDORA [EMBRACON] transfere para
a CESSIONÁRIA COMPRADORA [ORSEGUPS] os seguintes ativos, os quais
declara desde já serem de sua exclusiva propriedade:
instrumento; e
1.1.2 Todos os equipamentos instalados nos clientes e na CEDENTE

VENDEDORA, de propriedade desta, necessários para a plena prestação dos
serviços objeto da carteira de clientes ora transacionada, devidamente identificados
por cliente no ANEXO II deste instrumento.

Fls.: 5229
Fls.:
1.1.3 Todos os contratos físicos firmados pelos clientesconstantes do ANEXO I deste

[...]
[...]
2021, inclusive.
[...]


transacionada, num total de 706 (setecentos e seis) colaboradores, devidamente
listados e qualificados no ANEXO III deste instrumento, terão um tratamento
diferenciadoconforme itens a seguir:

COMPRADORAatravés da "sucessão direta e exclusiva de empregados", aqueles
de 2021;



[...]

econômico).

sócios e/ou representantes, em qualquer atividade similar as atividades fins atuais
da CESSIONÁRIA COMPRADORA e suas empresas coligadas (grupo econômico),
tais como serviços de terceirização de mão de obra, sob pena de em geral no
território brasileiro pagamento de multa, direta, líquida e certa, equivalente a 1000
(um mil) salários mínimos a época do pagamento, exigível unicamente ao infrator.

Fls.: 6230
Fls.:
monitoramento eletrônico, nas modalidades residenciais, comerciais e afins,
inclusive e principalmente por intermédio da marca "EMBRACON" ou similar
dentro do território brasileiro, sob pena de pagamento de multa, direta, líquida e
certa, equivalente a 1000 (um mil) salários mínimos a época do pagamento.
[...]
CLÁUSULA DÉCIMA PRIMEIRA - DOS ANEXOS Fazem parte integrante do

presente instrumento os seguintes anexos:
Anexo I - Listagem nominal dos clientes que compõem a Carteira de Clientes ora
transacionada, bem como os serviços neles prestados, valores, quantidades e cargos de
Anexo II - Listagem contendo nome e quantidade dos equipamentos alocados em cada

cliente da carteira de clientes ora transacionada, inclusive aqueles necessários a plena
prestação dos serviços.
Anexo III - Relação nominal dos colaboradores lotados nos postos de serviços dos
clientes da carteira de clientes ora transacionada, a serem transferidos a CESSIONÁRIA
COMPRADORA, bem como os seus respectivos saldos adquiridos e não quitados de
férias e décimos terceiros salários".
Como se verifica, houve a total transferência de parte dos negócios até

então desenvolvidos pela Embracon para a Orsegups, inclusive com cessão de 706 empregados (cláusula
5.8, 'a'), transferência de equipamentos e carteira de clientes.
O contrato firmado evidencia que toda a unidade de negócios referente ao

monitoramento eletrônico e à terceirização em geral foi transferida de uma empresa para a outra, em
nítida sucessão empresarial.
O fato da empresa sucedida continuar suas demais atividades não

descaracterizador da sucessão empresarial, sobretudo quando evidenciada a transferência de todo o ativo
e passivo de duas unidades de negócios da sucedida para a sucessora.
A propósito, a prova oral indicada pela agravante apenas ratifica que

houve a total transferência dessas unidades de negócio, com a continuidade da atividade empresarial pela
sucessora. Como se verifica do trecho por ela grifado:
JOÃO: Isso. Que é Embracon Serviços Especializados tinha um departamento

pessoal e a Dona Margarete era funcionária dessa empresa, que não trabalha mais no
quadro porque não temos mais a empresa de terceirizados, né.
[...]
NATÁLIA: Se o depoente pode informar quais são as outras empresas que fazem parte
do grupo Embracon.
JOÃO: Embracon existia um grupo quando tinha a empresas de terceirização,

deixou de ser grupo. O grupo de uma pessoa só não existe, né. (fl. 463 [Grifei])

Fls.: 7231
Fls.:
A agravante, conquanto alegue que não possa integrar o polo passivo da

demanda, porque não houve sucessão empresarial, também não demonstra que o agravado não
pertenceria às unidades de negócios totalmente transferidas da 1ª ré para si.
Desse modo, a documentação acostada pela agravante demonstra a

ocorrência da cessão integral de duas unidades de negócio da 1ª ré, recaindo sobre a cessionária os feitos
previstos nos arts. 10, 448 e 448-A da CLT.
Por fim, no que tange à responsabilização da 1ª ré, somente há hipótese de

responsabilidade solidária caso demonstrada fraude na transferência (art. 448-A, parágrafo único, CLT).
O ajuste civil firmado entre as empresas não é oponível aos empregados, que não participaram da relação
contratual entabulada. Eventual prejuízo que entender ter indevidamente assumido em relação ao
estipulado com a cedente deve ser perseguido por meios jurídicos próprios em esfera competente.
Com esses fundamentos, nego provimento.
PREQUESTIONAMENTO E ADVERTÊNCIA ÀS PARTES
Quanto ao prequestionamento, considero-o realizado salientando que,

para considerar prequestionada a matéria não há necessidade de referência expressa a todos os
dispositivos legais ou argumentos invocados pelas partes, bastando que o Juízo explicite de forma clara e
inequívoca as razões do seu convencimento (Súmula nº 297 e OJ nº 118, ambas do TST).
Advirto as partes que a interposição de embargos manifestamente

protelatórios implicará a imposição das penas previstas no art. 1.026, §§ 2º e 3º, devendo as partes
estarem atentas às regras de efetivo cabimento do recurso (CLT, arts. 769 e art. 1.022, incs. I e II do
CPC).

Fls.: 8 232
Fls.:

Trabalho da 12ª Região, por unanimidade, CONHECER DO AGRAVO DE PETIÇÃO. Por igual
votação, REJEITAR a preliminar de sobrestamento do feito. No mérito, sem divergência, NEGAR-LHE
PROVIMENTO. Custas legais.
Participaram do julgamento realizado na sessão do dia 26 de abril de

2023, sob a Presidência do Desembargador do Trabalho Hélio Bastida Lopes, os Desembargadores do
Trabalho Maria de Lourdes Leiria e Roberto Luiz Guglielmetto. Presente a Procuradora Regional do
Trabalho Silvia Maria Zimmermann. Sustentou oralmente o Dr. GUSTAVO REGIS DE FIGUEIREDO
E SILVA, advogado de ORSEGUPS PARTICIPACOES S/A
HELIO BASTIDA LOPES

Relator
VOTOS

Fls.: 233
Fls.: 1
Poder Judiciário

0000879-72.2021.5.12.0014
Relator: TERESA REGINA COTOSKY

Partes:
RECORRENTE: ORSEGUPS - ORGANIZACAO DE SERVICOS DE SEGURANCA
PRINCESA DA SERRA LTDA
RECORRENTE: CASVIG CATARINENSE DE SEGURANCA E VIGILANCIA LTDA
RECORRENTE: BACK, SERVICOS DE VIGILANCIA E SEGURANCA LTDA
RECORRIDO: MAIARA CORREA PEREIRA
ADVOGADO: CLEIMAR DOS SANTOS
RECORRIDO: PROFISER - SERVICOS PROFISSIONAIS LTDA
ADVOGADO: ALUISIO COUTINHO GUEDES PINTO
RECORRIDO: SUPORTE SERVICOS DE VIGILANCIA E LIMPEZA LTDA - ME
ADVOGADO: SAIONARA RAQUEL SILVEIRA MORIMOTO
Assinado eletronicamente por: EDENILSON BISPO SALES - Juntado em: 10/08/2023 22:55:44 - 0ff2c07
Fls.: 2234
Fls.:
PODER JUDICIÁRIO

RECORRENTE: ORSEGUPS - ORGANIZACAO DE SERVICOS DE SEGURANCA PRINCESA DA
SERRA LTDA, CASVIG CATARINENSE DE SEGURANCA E VIGILANCIA LTDA, BACK,
SERVICOS DE VIGILANCIA E SEGURANCA LTDA
RECORRIDO: MAIARA CORREA PEREIRA, EMBRACON ASSEIO E CONSERVACAO LTDA,
PROFISER - SERVICOS PROFISSIONAIS LTDA, SUPORTE SERVICOS DE VIGILANCIA E
LIMPEZA LTDA - ME
RELATORA: TERESA REGINA COTOSKY
Ementa dispensada, nos termos do art. 895, §1º, IV, da CLT.

ORDINÁRIO DE RITO SUMARÍSSIMO, provenientes da 2ª Vara do Trabalho de Florianópolis, SC,
sendo recorrentes 1. ORSEGUPS - ORGANIZACAO DE SERVICOS DE SEGURANCA, 2.
CASVIG CATARINENSE DE SEGURANCA E VIGILANCIA LTDA., e 3. BACK, SERVICOS
DE VIGILANCIA E SEGURANCA LTDA. e recorridos 1. MAIARA CORREA PEREIRA, 2.
EMBRACON ASSEIO E CONSERVACAO LTDA., 3. PROFISER - SERVICOS
PROFISSIONAIS LTDA. e 4. SUPORTE SERVICOS DE VIGILANCIA E LIMPEZA LTDA -
ME.
O relatório está dispensado, em se tratando de rito sumaríssimo.
VOTO
Conheço do recurso e das contrarrazões, por estarem preenchidos os

pressupostos legais de admissibilidade.
MÉRITO
1. ILEGITIMIDADE PASSIVA ORSEGUPS. INEXISTÊNCIA DE

SUCESSÃO
A ré pede seja reconhecida a inexistência de sucessão e determinada a sua

exclusão do polo passivo da demanda. Sustenta que não restou demonstrada a sucessão empresarial, uma
Assinado eletronicamente por: TERESA REGINA COTOSKY - 26/04/2023 15:24:44 - 8fe323e

Número do processo: 0000879-72.2021.5.12.0014 ID. 8fe323e - Pág. 1
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vez que adquiriu somente parte da empresa Embracon. Aponta, ainda, que os contratos preveem
expressamente a continuidade do Grupo econômico Embracon, ressalvando a vedação de concorrência
nas mesmas atividades que tiveram as carteiras de clientes negociadas. Por fim, aduz que os empregados
não transferidos permanecem nos quadros da Embracon, não havendo, portanto, sucessão de acordo com
o critério subjetivo e objetivos.
O Juízo a quo decidiu (fls. 166-168):
Primeiramente, fundamental identificar qual ou quais foram empregadores formais da

Autora: A CTPS de fl. 49 demonstra que a Obreira foi admitida pela SUPORTE e
dispensada pela EMBRACON, que também consta como empregadora no TRCT de fl.
50.
O contrato de fl. 428 comprova que a EMBRACON sucedeu a SUPORTE na carteira de

clientes, tanto que é incontroverso: a Autora prestava serviços na Suporte utilizando
uniforme da Suporte e passou a prestar Serviços para a Embracon utilizando seus
uniformes.
O art. 448-A da CLT atribui à sucessora o ônus e o bônus, isentando a sucedida ante a
ausência de previsão legal.
Portanto, plenamente demonstrado que a EMBRACON é sucessora da SUPORTE, esta

última, por conseguinte, não possui nenhuma responsabilidade patrimonial pelos créditos
haja vista o disposto no art. 448-A da CLT.
Pelo exposto, fica a Parte-Ré SUPORTE SERVICOS DE VIGILANCIA E LIMPEZA

LTDA - ME absolvida de todas as pretensões deduzidas na exordial, devendo após o
trânsito em julgado, ser excluída do polo passivo.
(...)
O alegado grupo econômico não foi demonstrado pela Parte-Autora, nos termos do art.
2º, § 2º da CLT, ônus que lhe incumbia na forma do art. 818, I do mesmo diploma
consolidado, entretanto, consta dos autos prova cabal de que a pessoa jurídica
ORSEGUPS PARTICIPACOES S/A.
Nesse sentido os comunicados de fls. 687 e o contrato de fls. 208/215 (instrumento

particular de cessão de direitos e obrigações através da transferência definitiva de
carteira de clientes e outros ativos).
A título de fundamentação, somam-se precedentes coligidos aos autos às fls. 864/900,

não apenas da Justiça do Trabalho mas da própria Justiça Estadual reconhecendo que a
ORSEGUPS sucedeu a EMBRACON.
Sendo assim, reitera-se o que consignado acima: O art. 448-A da CLT atribui à sucessora
o ônus e o bônus, isentando a sucedida ante a ausência de previsão legal.
Sendo assim, não há demonstração de composição de grupo econômico (art. 2º, § 2º da

CLT) senão pelo composto por ORSEGUPS e Réus CASVIG CATARINENSE DE
SEGURANÇA E VIGILÂNCIA LTDA. e ORSEGUPS MONITORAMENTO
ELETRÔNICO LTDA., BACK SERVIÇOS DE VIGILÂNCIA E SEGURANÇA
LTDA, o que é incontroverso, tendo, inclusive, apresentado defesa conjunta.
Com efeito, foi comprovada uma sucessão (em cadeia) de empregadores segundo a qual,
a ORSEGUPS tornou-se a efetiva empregadora e responsável pelos créditos trabalhistas,
declara-se que a responsável primária pelos créditos constituídos é a sucessora, na forma
do art. 448-A da CLT, ORSEGUPS -ORGANIZACAO DE SERVICOS DE
SEGURANCA PRINCESA DA SERRA LTDA e, por comporem o mesmo grupo
econômico, declara-se a responsabilidade solidária dos Réus CASVIG CATARINENSE
DE SEGURANÇA E VIGILÂNCIA LTDA. e ORSEGUPS MONITORAMENTO
ELETRÔNICO LTDA., BACK SERVIÇOS DE VIGILÂNCIA E SEGURANÇA LTDA.

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Por fim, Embracon e Suporte, como sucedidas não possuem responsabilidade

patrimonial, devendo ser excluídas do polo passivo.
No que tange ao instituto jurídico da sucessão empresarial, assim

discorrem os artigos 10, 448 e 448-A, todos da CLT, in verbis:
Art. 10 da CLT - Qualquer alteração na estrutura jurídica da empresa não afetará os

direitos adquiridos por seus empregados.
Art. 448 da CLT - A mudança na propriedade ou na estrutura jurídica da empresa não

afetará os contratos de trabalho dos respectivos empregados.
Art. 448-A da CLT. Caracterizada a sucessão empresarial ou de empregadores prevista

nos arts. 10 e 448 desta Consolidação, as obrigações trabalhistas, inclusive as contraídas
à época em que os empregados trabalhavam para a empresa sucedida, são de
responsabilidade do sucessor.

ficar comprovada fraude na transferência.
Portanto, a sucessão de empregadores ocorre quando há transferência da

unidade produtiva para outro titular que, sem solução de continuidade, prossegue na mesma atividade
econômica da empresa sucedida, situação que gera para o sucessor a responsabilidade pelo passivo
trabalhista do empreendimento econômico.
No presente caso, em que pese a empresa sucedida permanecer realizando

certas atividades empresariais, houve total transferência em relação aos serviços de terceirização de mão
de obra, tendo a ré adquirido integralmente a carteira de clientes da sucedida quanto ao segmento.
Neste sentido, no contrato de cessão de direitos e obrigações firmado

entre as empresas, além de constar o acordo de transferência dos ativos, há cláusula expressa quanto à
manutenção da marca da cedente apenas para uso nos negócios que não tenham o mesmo fim da
cessionária (FLS. 208-215):
"CLÁUSULA PRIMEIRA
estipulados neste contrato, a CEDENTE VENDEDORA [EMBRACON] transfere para a
CESSIONÁRIA COMPRADORA [ORSEGUPS] os seguintes ativos, os quais declara
desde já serem de sua exclusiva propriedade:
instrumento; e
1.1.2 Todos os equipamentos instalados nos clientes e na CEDENTE VENDEDORA, de

propriedade desta, necessários para a plena prestação dos serviços objeto da carteira de
clientes ora transacionada, devidamente identificados por cliente no ANEXO II deste
instrumento.
1.1.3 Todos os contratos físicos firmados pelos clientes constantes do ANEXO I deste
(...)

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(...)
2021, inclusive.
(...)



de 2021;



(...)

econômico).

como serviços de terceirização de mão de obra, sob pena de em geral no território
brasileiro pagamento de multa, direta, líquida e certa, equivalente a 1000 (um mil)
salários mínimos a época do pagamento, exigível unicamente ao infrator.
monitoramento eletrônico, nas modalidades residenciais, comerciais e afins, inclusive e

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principalmente por intermédio da marca "EMBRACON" ou similar dentro do território

Assim, uma vez que a reclamada adquiriu todo o ativo da empresa

EMBRACON relacionados com o serviço de terceirização de mão de obra, estipulando até mesmo
cláusula de não concorrência por 10 anos em relação a esta atividade, e que houve o prosseguimento na
mesma atividade econômica da empresa sucedida, inclusive mantendo o quadro de funcionários, entendo
caracterizada a sucessão empresarial prevista nos art. 10, 448 e 448-A da CLT.
Exsurge, portanto, que a responsabilidade pela integralidade do período

trabalhado deve ser atribuída ao sucessor, em face do disposto no artigo 2.°, § 2.°, da CLT.
Mantenho, pois, a sentença, no particular.
Nego provimento.
2. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. LIMPEZA DE

BANHEIROS
O Magistrado sentenciante condenou a reclamada ao pagamento de

diferenças de adicional de insalubridade entre o grau máximo e médio em razão de a postulante ter
realizado a limpeza de banheiros de uso público e de grande circulação de pessoas no local em que
trabalhou. Neste ponto, fundamentou:
(...)
As atividades realizadas pela autora estão mencionadas noanexo 14 da NR-15, o qual

considera que os agentes biológicos nocivos a saúde do trabalhador deve ser avaliada
qualitativamente.
Desse modo, seguro constatar que o Perito ao concluir pela exposição da trabalhadora ao
risco biológico, levou em consideração tão somente a realidade contratual de acordo com
informações de que dispunha por ocasião do trabalho pericial.
Em relação ao direito, as normas coletivas vigentes durante o período imprescrito

enunciam a possibilidade de alteração do percentual (cláusula 10ª, § 2º).
A única exceção é a CCT acostada aos autos pelo Autor. Embora não fosse seu o ônus da
prova de fato impeditivo do seu direito, assim o fez porque a CCT de fl. 221 vigente
durante o ano de 2021 (ano em que a Obreira foi dispensada) não estabelece tal ressalva
e sua validade não é discutiva conforme enuncia art. 611-A da CLT e o Tema 1046 do
Supremo Tribunal Federal.
Sendo assim, em 2021 o enquadramento convencional em grau médio tem respaldo na

norma coletiva e para o período anterior, não, prevalecendo a conclusão pericial ora
ratificada pelo Juízo com base em todo conjunto probatório acima destacado.
Pelo exposto condena-se a Ré ao pagamento do adicional de insalubridade em grau

máximo 40%, calculado, no presente caso, sobre o salário mínimo nacional desde o
marco prescricional até o dia 31/12/2020.

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Integrando a remuneração (Súmula 139 do TST), repercutirá em férias acrescidas do 1/3

constitucional e gratificação natalina.
Não há reflexos em RSR (OJ 103 da SBDI-I).
Autoriza-se a dedução dos valores pagos sob igual título.
A ré não se conforma. Sustenta que foi validamente pago o adicional em

grau médio com base nas normas convencionais celebradas, que entende prevalecerem em razão do
decidido no julgamento pelo STF do tema 1046 da repercussão geral. Invoca o disposto no art. 7º, inciso
XXVI da Constituição Federal, bem como no artigo 611-A, inciso XII, da CLT. Por fim, aduz que são
inaplicáveis as Súmulas 448 do TST e 46 deste Regional, por implicarem a criação de direito.
No que toca aos agentes biológicos, o Anexo 14 da NR-15 da Portaria n.º

3.214/78 relaciona as atividades que caracterizam a insalubridade, de acordo com a avaliação qualitativa.
Relativamente ao contato com o lixo, o considerado urbano pela Norma

Regulamentadora, caracterizador da insalubridade, é aquele formado por componentes em estados
variados de putrefação e fundamentalmente de origem e natureza desconhecidas.
"Com intuito de delimitar o alcance da aplicação da norma, por meio do item II da

Súmula 448, o TST firmou entendimento no sentido de que "a higienização de
instalações sanitárias de uso público ou coletivo de grande circulação, e a respectiva
coleta de lixo, por não se equiparar à limpeza em residências e escritórios, enseja o
pagamento de adicional de insalubridade em grau máximo, incidindo o disposto no
Anexo 14 da NR-15 da Portaria do MTE nº 3.214/78 quanto à coleta e industrialização
de lixo urbano."."
Este Regional adotou o posicionamento contido na Súmula n. 46, assim

redigida:
"INSALUBRIDADE. LIMPEZA DE BANHEIROS PÚBLICOS.A atividade de

limpeza de banheiros públicos, utilizados por grande fluxo de pessoas, equipara-se à
coleta de lixo urbano, sendo insalubre em grau máximo, nos termos da NR-15, Anexo
14, da Portaria nº 3.214/78 do Ministério do Trabalho."
A perícia técnica realizada nos autos concluiu que a reclamante laborou

em condições insalubres de grau máximo, por exposição a riscos biológicos, taxado pelo anexo 14 da NR-
15 como "lixo urbano", pelos seguintes fundamentos (fls. 605-21):
Considerando as normas técnicas relativas à segurança do trabalho previstas na Portaria

n. 3.214/78 do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
Considerando todas as informações coletadas durante a realização desta perícia:

entrevistas com as partes, inspeção sobre o local de trabalho e análise dos documentos
apresentados relacionado a segurança do trabalho.
Considerando os requisitos para a aplicabilidade da Súmula 448 do TST e Súmula 46 do

TRT 12, caso seja o entendimento deste juízo pela aplicação das súmulas na qual ocorre
a equiparação à coleta e industrialização do lixo urbano. Nesta hipótese, deverá ser
considerado insalubridade em grau máximo, durante todo o período do contrato devido a
exposição ao agente biológico nocivo à saúde do trabalhador.

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No mesmo sentido, considerando os produtos químicos utilizados pela autora e que não
há comprovação de entrega de EPI's, também foi considerado insalubridade por
exposição a agente químico de acordo com o anexo 13 da NR-15, grau médio - 20%,
durante todo o período contratual.
Na hipótese da consideração do adicional de insalubridade deve ser adotado o item 15.5

da NR-15: No caso de incidência de mais de um fator de insalubridade, será apenas
considerado o de grau mais elevado, para efeito de acréscimo salarial, sendo vedada a
percepção cumulativa.
No caso, saliento que, nos termos do art. 479 do CPC, o Juiz não está
adstrito ao laudo pericial, podendo formar a sua convicção com outros elementos técnicos e imparciais.
Portanto, havendo nos autos prova com força suficiente para elidir a conclusão do expert, deve ela ser
relativizada para fins de reconhecer o adicional postulado.
Quanto às atividades realizadas pela autora, a testemunha Elaine, que

trabalhou com essa, afirmou que o condomínio tinha 2 salões de festa e eram realizados 3 a 4 eventos por
semana (15min). Eram 6 banheiros e 13 mictórios (15min). Além disso, como consta na sentença,
informou que "Eram também chamadas para limpar o salão durante os eventos e também limpavam a
academia do condomínio e seus banheiros (16min). Trabalhava com a autora no condomínio "bastantes
dias por semana" (18min). Relata que mesmo sem haver eventos, os moradores utilizassem os sanitários
das áreas comuns (18min)".
Assim, ainda que a situação não comporte a exposição verificada na

coleta e industrialização de lixo urbano, a autora, durante todo o período imprescrito, além das demais
tarefas inerentes à função de servente, procedia à limpeza e à coleta de lixo dos banheiros, onde havia
circulação de número deveras expressivo de funcionários e público em geral.
Nesse sentido, tendo sido constatado que no local periciado há circulação

de número considerável de pessoas, não há como dissociar a situação tratada nos autos dos conceitos de
"instalações sanitárias de uso público ou coletivo de grande circulação" e de "banheiros públicos",
previstos nas súmulas retrocitadas.
Diante dos elementos referidos, entendo estar devidamente demonstrada a

exposição a agentes insalubres, de forma habitual e sem a utilização de equipamentos de proteção
capazes de elidir os efeitos danosos, razão pela qual faz jus, a postulante, ao pagamento do adicional.
Não obstante a entrega de luvas, o fato é que os equipamentos, dada a natureza do agente, não é capaz de
elidir os malefícios advindos do contato, conforme esclarecido ao longo do laudo pericial.

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Quanto ao grau de insalubridade devido, com a vigência da Lei nº 13.467

/2017, que alterou a CLT em diversas matérias, é possível que a convenção coletiva ou o acordo coletivo
de trabalho disponham, com prevalência sobre a lei, sobre "enquadramento do grau de insalubridade"
(art. 611-A, inc. XII, da CLT).
Nesse sentido, as normas convencionais aplicáveis (CCT de 2016/2016,

fl. 349; CCT de 2017/2017, fl. 371; CCT de 2018/2018, fl. 404; e CCT de 2021/2021, fl. 216)
estabeleceram que os empregados que exercem as funções de jardineiro, servente, servente braçal,
auxiliar de serviços gerais, líderes de limpeza e encarregados de limpeza, caso da autora (servente de
limpeza), perceberão adicional de insalubridade no patamar de 20% sobre o piso salarial, verbis:
"CLÁUSULA DÉCIMA - ADICIONAL DE INSALUBRIDADE
Fica convencionado que os empregados que exercem as funções de jardineiro, servente,

servente braçal, auxiliar de serviços gerais, líderes de limpeza e encarregados de limpeza
perceberão adicional de insalubridade de 20% calculado sobre o piso salarial." (CCT de
2016/2016, fl. 349)
Advirto que as CCT's de 2016 à CCT de 2019 fixaram uma cláusula de

ressalva que estabelece que, "na hipótese de qualquer alteração determinando percentual diverso para
pagamento do adicional de insalubridade serão deduzidos todos os valores pagos a este título" (cláusula
décima, parágrafo segundo da CCT de 2016/2016, fl. 349).
Tal previsão, em que pese não tenha adotado a redação mais clara,
intenciona regular aquelas situações em que, por determinação judicial ou de autoridade administrativa
ou inclusive por interveniência do Ministério Público do Trabalho, seja imposto à empresa o
reconhecimento da insalubre em grau máximo, buscando-se resguardar que será devido o pagamento
apenas da diferença correspondente entre o grau máximo (40%) e o médio (20%). Assim, refuto desde já
qualquer interpretação que atribua à referida cláusula o condão de afastar a composição entre os atores
coletivos no sentido de fixar o adicional de insalubridade correspondente a 20% para a categoria da
reclamante.
Considerando que a exposição ao agente insalubre se deu durante todo o

período imprescrito, cujo marco foi fixado em 29-11-2017, poder-se-ia cogitar da validade da cláusula
supracitada, em decorrência do princípio constitucional da irretroatividade da lei, somente a partir da
vigência da Lei nº 13.467/2017 (11-11-2017).

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Ocorre que o STF, ao concluir, em 2-6-2022, o julgamento do Tema 1046

da repercussão geral (Recurso Extraordinário com Agravo ARE 1121633/GO), assentou a
constitucionalidade das normas coletivas que limitam ou afastam direito trabalhista não absolutamente
indisponível, verbis:
"São constitucionais os acordos e as convenções coletivos que, ao considerarem a adequa

ção setorial negociada, pactuam limitações ou afastamentos de direitos trabalhistas,
independentemente da explicitação especificada de vantagens compensatórias, desde que
respeitados os direitos absolutamente indisponíveis." (Grifei)
O Pretório Excelso, reconheceu, naquela ocasião, que as horas in itinere(m

atéria objeto da norma coletiva em questão), por versarem sobre salário e jornada, tratam-se de direito
disponível, delineando, assim, uma primeira hipótese de prevalência de norma coletiva sobre a lei a ser
observada pelos demais órgãos do Poder Judiciário (salário e jornada), sendo certo que situações outras
serão extraídas e desenvolvidas pela jurisprudência a partir de tal tese.
Não há negar que a decisão da Corte Constitucional configura importante

passo para a promoção da segurança jurídica aos partícipes das relações trabalhistas, especificamente
quanto à discussão em torno da validade de cláusulas convencionais que limitem ou afastem direitos
trabalhistas.
Contudo, quando fixou o tema e permitiu a sobreposição do legislado pelo

acordado, a Suprema Corte não o fez de forma indistinta. Pelo contrário, trouxe no enunciado referência
a dois pontos que merecem atenção e que, no meu entender, permitem ao operador do direito delimitar o
tanto quanto é possível flexibilizar o direito inerente à relação de emprego. São eles: o princípio da
adequação setorial negociada e o respeito aos direitos absolutamente indisponíveis.
A respeito do primeiro, utilizo a doutrina de Maurício Godinho Delgado,

que bem discorre sobre a questão, apontando:
Debate importante instigado pela negociação coletiva trabalhista diz respeito às suas
potencialidades jurídicas (a extensão de sua criatividade de regras de Direito);
paralelamente, a discussão sobre as restrições que encontra na ordem justrabalhista e,
inclusive, no âmbito constitucional.
Tal debate remete-nos ao que chamamos princípio da adequação setorial negociada. Ou

seja, os critérios de harmonização entre as regras jurídicas oriundas da negociação
coletiva (através da consumação do princípio de sua criatividade jurídica) e as regras
jurídicas provenientes da legislação heterônoma estatal.
Efetivamente, um dos pontos centrais de inter-relação entre o Direito Coletivo e o

Direito Individual do Trabalho reside na fórmula de penetração e harmonização das
normas juscoletivas negociadas perante o estuário normativo heterônomo clássico ao
Direito Individual do Trabalho. Reside, em síntese, na pesquisa e aferição sobre os
critérios de validade jurídica e extensão de eficácia das normas oriundas de convenção
coletiva ou acordo coletivo de trabalho em face da legislação estatal imperativa que tanto
demarca o ramo justrabalhista individual especializado.

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Em que medida as normas juscoletivas podem se contrapor às normas jusindividuais

imperativas estatais existentes? Desse dilema é que trata o que denominamos princípio
da adequação setorial negociada - configurado, por essa razão, como princípio de Direito
Coletivo que mais perto atua e influencia a dinâmica específica ao Direito Individual do
Trabalho. (DELGADO, Maurício Godinho. Curso de Direito do Trabalho. 17. ed. rev.
atual. e ampl. - São Paulo: LTr, 2018; pp. 1667-8).
De acordo com o texto, o princípio expressamente adotado na decisão da

Suprema Corte tem como objetivo equalizar o conteúdo da norma advinda da negociação frente àquelas
codificadas pelo ordenamento jurídico. Traz na sua essência o debate acerca da ponderação e da
proporcionalidade para o fim de encontrar o melhor caminho e delimitar o que pode ou não ser objeto de
instrumento coletivo.
E, nesse aspecto, a referência ao princípio foi a primeira indicação que a

validade das cláusulas negociadas não seria absoluta. Utilizando o escólio do autor anteriormente citado,
"pelo princípio da adequação setorial negociada, as normas autônomas juscoletivas, construídas para
incidirem sobre certa comunidade econômico-profissional, podem prevalecer sobre o padrão geral
heterônomo justrabalhista, desde que respeitados certos critérios objetivamente fixados. São dois esses
critérios autorizativos: a) quando as normas autônomas juscoletivas implementam um padrão setorial de
direitos superiores ao padrão geral oriundo da legislação heterônoma aplicável; b) quando as normas
autônomas juscoletivas transacionam setorialmente parcelas justrabalhistas de indisponibilidade apenas
relativa (e não de indisponibilidade absoluta)" (ob. cit., p. 1668).
Chega-se, assim, ao segundo ponto do enunciado, qual seja, aquele que

permite a transação de direitos desde que não sejam eles absolutamente indisponíveis.
Nesse sentido, por certo que o Excelso STF pretendeu resguardar os

direitos básicos e elementares, aqueles que ultrapassam a seara patrimonial individual do trabalhador,
atingindo o interesse público, manifestado pela necessidade de se manter uma realidade social digna para
a classe trabalhadora. Como escreve o autor, por absolutamente indisponíveis se entendem os direitos
voltados a assegurar um "patamar civilizatório mínimo que a sociedade democrática não concebe ver
reduzido" (ob. cit., p. 1669).
Vale dizer, não há como prevalecer a norma autônoma que envolva a

supressão ou a redução de garantias e direitos fundamentais e absolutos. Estão inseridos nessa hipótese,
por exemplo, a garantia ao salário mínimo ou normas que tratam da saúde do trabalhador, como a que
prevê o pagamento do adicional de insalubridade.
É nesse contexto, observando esses critérios que o julgador deve analisar

e balizar as decisões sobre a validade dos acordos, não apenas no período posterior à Reforma
Trabalhista, mas sobretudo no período que antecede a precitada lei, tendo em vista que a discussão nos

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244
autos do ARE 1121633/GO diz respeito a contrato de trabalho e a fatos anteriores à vigência da Lei nº
13.467/2017.
Para tanto, deve decidir com base no elenco do art. 7º da CRFB, inclusive
porque o próprio constituinte dispôs acerca das ressalvas, a exemplo do disposto nos incisos VI e XIII do
mencionado dispositivo constitucional. Ainda, há que considerar o rol previsto no art. 611-A da CLT,
mesmo para o período anterior à reforma, e nesse caso, por analogia, tendo em vista que a Lei n. 13.467
/17, de modo geral, flexibilizou as regras do contrato de trabalho, situação que torna inquestionável a
indisponibilidade dos direitos cuja supressão/redução por meio de convenção ou acordo coletivo de
trabalho foi enquadrada pelo legislador no conceito de "objeto ilícito".
Portanto, a partir da decisão do STF e da edição do Tema 1046,

observados os limites apontados nesta decisão, passa a prevalecer o acordado sobre o legislado.
Este é, também, o direcionamento adotado no âmbito da jurisprudência

recente do TST e deste Regional. Para ilustrar, seguem decisões de ambos os Tribunais:
AGRAVO EM AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA.

RECLAMANTE. ACÓRDÃO REGIONAL PUBLICADO NA VIGÊNCIA DA LEI Nº
13.467/2017. 1. COMPENSAÇÃO DE JORNADA. HORAS EXTRAS HABITUAIS.
INVALIDADE. ÓBICE DA SÚMULA Nº 333 DO TST. 2. HORAS IN ITINERE.
REQUISITOS NÃO CONFIGURADOS. ÓBICE DA SÚMULA Nº 126 DO TST. 3.
TEMPO À DISPOSIÇÃO DO EMPREGADOR. TROCA DE UNIFORME. PREVISÃO
EM NORMA COLETIVA. OBSERVÂNCIA DO TEMA 1046 DA TABELA DE
REPERCUSSÃO GERAL DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. DECISÃO
MONOCRÁTICA DO RELATOR QUE DENEGA SEGUIMENTO AO AGRAVO DE
INSTRUMENTO. NÃO DEMONSTRAÇÃO DO PREENCHIMENTO DOS
PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE DO RECURSO DE REVISTA.
AUSÊNCIA DE TRANSCENDÊNCIA. CONHECIMENTO E NÃO PROVIMENTO. I.
Fundamentos da decisão agravada não desconstituídos, mantendo-se a intranscendência,
por não atender aos parâmetros legais (político, jurídico, social e econômico). II. No
caso, quanto ao tema 1) " Compensação de jornada. Horas extras habituais. Invalidade " ,
não se viabiliza o processamento do recurso de revista, uma vez que ao julgar inválido o
acordo de compensação de jornada em razão da realização de horas extras habituais, a
Corte Regional deferiu as horas extras nos exatos termos da Súmula nº 85, III e IV, do
TST, o que inviabiliza o processamento do recurso nos termos da Súmula nº 333 do
TST; no que diz respeito às 2) " Horas ' in itinere' ", pelo que se extrai do decidido a
empresa Reclamada situa-se em lugar de fácil acesso e o próprio Reclamante admitiu a
existência e uso de transporte público. Logo, não se viabiliza o processamento do recurso
de revista quanto ao tema, uma vez que não configurado o direito às horas de
deslocamento. Ademais, decisão em sentido contrário importaria em revolver matéria
fático-probatória, o que é vedado nos termos da Súmula nº 126 do TST; quanto ao tema
3) " Tempo à disposição do empregador. Troca de uniforme. Previsão em norma coletiva
", em 02/06/2022, o STF pacificou a questão da autonomia negocial coletiva, fixando
tese jurídica no Tema 1046 de sua Tabela de Repercussão Geral, no sentido de que "são
constitucionais os acordos e as convenções coletivos que, ao considerarem a adequação
setorial negociada, pactuam limitações ou afastamentos de direitos trabalhistas,
independentemente da explicitação especificada de vantagens compensatórias, desde que
respeitados os direitos absolutamente indisponíveis ". Logo, a regra geral é da validade
das normas coletivas, ainda que pactuem limitações ou afastamentos de direitos
trabalhistas, com exceção dos direitos absolutamente indisponíveis, assim entendidos
aqueles infensos à negociação sindical, que encontram explicitação taxativa no rol do art.
611-B da CLT. No caso dos autos, o objeto da norma convencional refere-se à
estipulação por norma coletiva de tempo destinado à troca de uniforme, matéria que não
se enquadra na vedação à negociação coletiva, nos termos da tese descrita no Tema

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1.046 da Tabela de Repercussão Geral da Suprema Corte. Logo, correta a decisão

regional no aspecto. III. Agravo de que se conhece e a que se nega provimento, com
aplicação da multa de 5% sobre o valor da causa atualizado, em favor da parte Agravada,
com fundamento no art. 1.021, § 4º, do CPC/2015" (Ag-AIRR-24495-
95.2016.5.24.0021, 4ª Turma, Relator Ministro Alexandre Luiz Ramos, DEJT 19/12
/2022).
"RECURSO DE REVISTA DO RECLAMANTE - MINUTOS RESIDUAIS - TEMPO

À DISPOSIÇÃO DA EMPREGADORA - SUPRESSÃO POR NORMA COLETIVA -
POSSIBILIDADE - TEMA 1046 - REPERCUSSÃO GERAL - TRANSCENDÊNCIA
NÃO RECONHECIDA 1. De acordo com a tese firmada pelo E. STF no Tema 1046 de
repercussão geral, "são constitucionais os acordos e as convenções coletivos que, ao
considerarem a adequação setorial negociada , pactuam limitações ou afastamentos de
direitos trabalhistas, independentemente da explicitação especificada de vantagens
compensatórias, desde que respeitados os direitos absolutamente indisponíveis " . 2. O
pagamento do período de permanência do empregado dentro da empresa, fora da efetiva
jornada de trabalho, com a finalidade de utilização do tempo para fins particulares, como
transações bancárias, serviço de lanche ou café, ou atividade de conveniência do
empregado , constitui direito trabalhista disponível, sendo passível de afastamento por
norma coletiva. Recurso de Revista não conhecido" (RR-10063-70.2018.5.03.0026, 4ª
Turma, Relatora Ministra Maria Cristina Irigoyen Peduzzi, DEJT 09/12/2022).
NORMAS COLETIVAS QUE ESTABELECEM O REGISTRO DO PONTO POR

EXCEÇÃO. VALIDADE. A partir da tese jurídica fixada pelo STF no julgamento do
Tema 1046, infere-se que, respeitados, à obviedade, os direitos de caráter constitucional
e, além deles, aqueles que, mesmo fulcrados em normas de patamar infraconstitucional,
sejam, de igual modo, dotados de absoluta indisponibilidade, os instrumentos
autocompositivos podem licitamente incidir sobre direitos trabalhistas para limitá-los ou
restringi-los, comportando, ainda assim, a convalidação pelo Judiciário com fundamento
no art. 7º, XXVI, da CRFB, porquanto forjadas no legítimo exercício da autonomia da
vontade coletiva. Com base nessa premissa maior e de natureza cogente, comporta
validação a norma coletiva por meio da qual as partes convencionam a adoção do
registro de ponto por exceção. Fosse, a modalidade de registro da jornada, um direito
insuscetível de negociação coletiva - meio pelo qual as categorias promovem legítimas
concessões recíprocas - o legislador não a teria, a partir da Lei nº 13.467/2017, inserido
no rol do art. 611-A da CLT e tampouco recentemente e de forma expressa autorizado,
com o advento da Lei nº 13.874/19, a possibilidade do estabelecimento do ponto por
exceção inclusive por acordo individual escrito (art. 74, §4º da CLT). (TRT da 12ª
Região; Processo: 0000122-30.2021.5.12.0030; Data: 21-11-2022; Órgão Julgador: Gab.
Des. Roberto Basilone Leite - 6ª Câmara; Relator(a): ROBERTO BASILONE LEITE)
Tudo considerado, passando ao caso concreto, como já mencionado, é de

conhecimento desta relatora em virtude da atuação em inúmeros processos semelhantes, que foi adotada
cláusula coletiva durante todo o período imprescrito pertinente prevendo o adicional de insalubridade no
patamar de 20% para os empregados que exerçam a função de servente.
Logo, considerando a tese de repercussão geral fixada pelo STF no

julgamento do ARE 1121633/GO (tema 1046) e por não envolver direito absolutamente indisponível,
deve ser preservada a vontade dos negociantes que convencionaram o enquadramento do grau de
insalubridade em 20% para a função desempenhada pela autora.
Ressalto ser constitucionalmente assegurado o adicional de insalubridade

(art. 7º, inc. XXIII), mas não a percepção de determinado percentual, que, portanto, pode ser estipulado
pelos atores coletivos, na forma do art. 611-A, inc. XII, da CLT.

Fls.:
Fls.:14
246
Ante o exposto, tendo sido efetuado o pagamento do adicional de

insalubridade no período imprescrito de acordo com grau previsto nas convenções coletivas, dou
provimento ao recurso ordinário da ré para excluir as diferenças de adicional de insalubridade e reflexos,
julgando, por conseguinte, improcedentes os pedidos formulados na petição inicial.
Com o provimento do recurso nas matérias de fundo, julgando-se

totalmente improcedentes os pedidos deduzidos na petição inicial, invertem-se os ônus da sucumbência,
devendo ser os honorários periciais suportados pela União, tendo em vista que a autora é beneficiária da
justiça gratuita, nos termos e observado o limite máximo da Portaria SEAP nº 166/2021 deste Regional.
Os honorários advocatícios devidos pela autora já foram fixados na origem, no importe de 15% sobre os
pedidos julgados totalmente improcedentes.
Outrossim, excluo a condenação da ré ao pagamento de honorários

sucumbenciais.
Dou provimento ao recurso nos termos supra.
3. DISPOSITIVOS PREQUESTIONADOS
Por derradeiro, a fim de evitar futuros questionamentos, ressalto que todos

os dispositivos legais e argumentos ventilados pela parte que não se coadunem com os entendimentos
expostos no acórdão, por não terem o condão de infirmar a conclusão adotada por esta Corte, nos termos
do art. 489, § 1º, IV, do CPC, encontram-se, desde já, rejeitados. Ademais, nos termos da Súmula 297 e
da OJ 118 da SDI-I do TST, a fundamentação supra afasta a necessidade de alusão expressa a todos os
dispositivos e teses para prequestionamento da matéria.

Fls.:Fls.:
15 247

Trabalho da 12ª Região, por unanimidade, CONHECER DO RECURSO DE RITO SUMARÍSSIMO.
No mérito, por igual votação, DAR-LHE PROVIMENTO PARCIAL para excluir a condenação ao
pagamento de diferenças de adicional de insalubridade e reflexos, julgando totalmente improcedentes os
pedidos formulados na petição inicial. Por conseguinte, inverter os ônus da sucumbência. Honorários
periciais a cargo da União, por ser a demandante beneficiária da justiça gratuita, nos termos e observado
o limite preconizado pela Portaria SEAP nº 166 deste Regional. O Ministério Público do Trabalho
manifestou-se pelo regular prosseguimento do feito, sendo desnecessária a sua intervenção. Custas
inalteradas.
Participaram do julgamento realizado na sessão do dia 11 de abril de

2023, sob a Presidência da Desembargadora do Trabalho Mari Eleda Migliorini, a Desembargadora do
Trabalho Teresa Regina Cotosky e o Juiz do Trabalho Convocado Reinaldo Branco de Moraes. Presente
o Procurador Regional do Trabalho Alexandre Medeiros da Fontoura Freitas. Procedeu à sustentação
oral, pela ré (Embracon Servicos Especializados Condominias S/A), o Dr. Edenilson Bispo Sales.
TERESA REGINA COTOSKY

Relatora

Fls.: 248
Fls.: 1
Poder Judiciário

0000559-34.2022.5.12.0031
Relator: QUEZIA DE ARAUJO DUARTE NIEVES GONZALEZ
Tramitação Preferencial
- Trabalho Escravo

Partes:
RECORRENTE: ORSEGUPS SEGURANCA E VIGILANCIA LTDA
RECORRIDO: ROSA MARIA RIBEIRO DE LIMA
ADVOGADO: SUZIMARA REGINA GOMES
Fls.: 2249
Fls.:
PODER JUDICIÁRIO

RECORRENTE: ORSEGUPS SEGURANCA E VIGILANCIA LTDA
RECORRIDO: ROSA MARIA RIBEIRO DE LIMA
RELATORA: QUEZIA DE ARAUJO DUARTE NIEVES GONZALEZ
Ementa dispensada na forma do inc. IV, do §1º do art. 895, da CLT -

Rito Sumaríssimo.

ORDINÁRIO EM RITO SUMARÍSSIMO, originários da 1ª VARA DO TRABALHO DE SÃO JOSÉ,
em que é recorrente ORSEGUPS PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE LIMPEZA LTDA e recorrida R
OSA MARIA RIBEIRO DE LIMA.
Contra a sentença de parcial procedência (ID. a9e71a5) recorre a segunda

reclamada por meio de recurso ordinário interposto a esta Corte.
Requer efeito suspensivo ao seu recurso. No mérito, entende necessária a

reforma da decisão que reconheceu existente a sucessão empresarial, afastando assim sua
responsabilidade quanto aos créditos deferidos à autora, ou sucessivamente que seja a empresa sucedida
responsabilizada solidariamente. Insurge-se, também, quanto à condenação aos danos morais.
Contrarrazões não apresentadas pela parte autora.
Concedido o efeito suspensivo em decisão monocrática de ID. bb546c1.
É o relatório.
VOTO
ADMISSIBILIDADE
Conheço do recurso ordinário interposto, conquanto preenchidos os

pressupostos de admissibilidade.
MÉRITO
Assinado eletronicamente por: QUEZIA DE ARAUJO DUARTE NIEVES GONZALEZ - 11/05/2023 10:09:23 - e30f5ac
Número do processo: 0000559-34.2022.5.12.0031 ID. e30f5ac - Pág. 1
Fls.: 3250
Fls.:
RECURSO ORDINÁRIO DA SEGUNDA RECLAMADA
ILEGITIMIDADE PASSIVA - SUCESSÃO EMPRESARIAL
O juízo de origem, reconheceu a sucessão empresarial ocorrida entre a

segunda reclamada e a primeira, condenando aquela ao pagamento das verbas rescisórias deferidas no
processo. Entendeu que a sucessora comprou da sucedida o direito a prestar os serviços, assumindo o
mesmo ramo de atividade da empresa, com sua carteira de clientes, materiais e equipamentos para o
desempenho das atividades, impedindo-a por contrato a fazer concorrência.
Assim foi a sentença (ID. a9e71a5, fl. 584):
E o que a ORSEGUPS comprou da EMBRACON? Conforme contrato do marcador 29,

A carteira de clientes tomadores de serviços de asseio, conservação e limpeza, todos os
equipamentos instalados nos clientes e na EMBRACON necessários à execução daqueles
serviços e todos ois contratos físicos assinados pelos clientes.
Com a compra, a ORSEGUPS assumiu, a partir de 1º-8-2021, "a titularidade dos bens
descritos na cláusula primeira (...), com todos os direitos, vantagens e obrigações a ele
inerentes, com ressalvas para os direitos e obrigações assumidas pelas partes" no
contrato.
Mais adiante no contrato, as partes dispuseram que "tudo o que for de competência ou
direito/dever adquirido em data anterior a 01 de agosto de 2021 é de responsabilidade
exclusiva da CEDENTE VENDEDORA" (EMBRACON), e "tudo o que for de
competência ou direito/dever adquirido em data posterior a 01 de agosto de 2021 é de
responsabilidade exclusiva da CESSIONÁRIA COMPRADORA" (ORSEGUPS).
Já na cláusula 5.7 as partes tratam especificamente do passivo trabalhista:
- os empregados listados no Anexo III serão transferidos para a ORSEGUPS, com

quitação, pela EMBRACON, de todos os "salários e encargos" devidos até 31-7-2021;
- em caso de ação trabalhista de empregado listado no Anexo III, a EMBRACON paga

os direitos adquiridos pelo empregado até 31-7-2021, e a ORSEGUPS paga os
adquiridos pelo empregado a partir de 1º-8-2021.
O tal Anexo III, com a lista de empregados da EMBRACON que passariam à

ORSEGUPS, está no marcador 110. Eu não vi o nome da reclamante. Muito
provavelmente porque, conforme dito na Inicial, mostrado nos documentos emitidos pelo
INSS e não negado pelas reclamadas, a reclamante ficou afastada em auxílio-doença de
30-11-2020 a 22-12-2021, ou seja, quando as reclamadas assinaram os contratos de
compra das carteiras de clientes a reclamante não estava trabalhando, mas sim afastada.
O contrato prevê ainda que a EMBRACON, seus sócios e representantes não poderão
usar nunca mais a marca EMBRACON para fazer concorrência com a ORSEGUPS, sob
pena de pagamento de elevada multa. Especificamente para serviço de monitoramento
eletrônico, aquela restrição tem prazo: 10 anos.
Mas a ORSEGUPS não comprou só a carteira de clientes da EMBRACON que

contrataram os serviços de asseio, conservação e limpeza. Comprou também a carteira de
clientes de serviços de segurança eletrônica - alarme, CFTV, portaria remota e controle
de acesso (contrato do marcador 61), carteira de clientes de serviços de segurança
patrimonial (contrato do marcador 62).
Fls.: 4251
Fls.:
Os contratos dos marcadores 61 e 62 trazem as mesmas vedações presentes no contrato

do marcador 29: a EMBRACON não poderá jamais usar a marca EMBRACON para
fazer concorrência com a ORSEGUPS, exceto o serviço de monitoramento eletrônico,
que a EMBRACON pode voltar a prestar em 10 anos.
(...)
Isso é um golpe mortal na EMBRACON, que, por ter objeto social semelhante ao da
ORSEGUPS e não lhe poder fazer concorrência, fatalmente terá que submergir e
desaparecer do mercado.
(...)
Dito isso, tenho que, esteja ou não a reclamante na lista de empregados mencionada no
contrato do marcador 29, tenha ou não a reclamante trabalhado para a ORSEGUPS, cabe
concluir que o que houve entre as reclamadas foi sim uma sucessão empresarial, nos
moldes dos artigos 10, 448 e 448-A da CLT. Saiu a EMBRACON, que deixou de prestar
serviços aos seus clientes, e entrou a ORSEGUPS, que passou a prestá-los.
O fato de alguns clientes da EMBRACON optarem por não permanecer com a

ORSEGUPS após a venda da carteira (hipótese prevista no contrato do marcador 29) não
muda o cenário, não afasta a existência de uma clara sucessão empresarial havida entre
as reclamadas.
(...)
Aqui cabe um registro, em reforço ao que eu disse na última audiência: a compra da

carteira de clientes (e bens necessários ao atendimento deles) é uma forma de comprar só
a parte boa de uma empresa, seus ativos, numa tentativa de deixar para trás a parte ruim,
as dívidas, o passivo, o que, feliz ou infelizmente, não pode ser admitido, sob pena lesar
os credores da empresa vendedora, que, sem seus ativos, entregues à empresa
compradora, fica só com a parte "podre", insolvente, incapaz de pagar suas dívidas, por
óbvio.
Quem compra os ativos deve levar junto o passivo. Não dá para o comprador escolher a
parte boa, comprá-la, deixar para trás a parte "podre" e largar os credores da empresa
vendedora a ver navios.
(...)
Destarte, reconheço que houve sucessão empresarial entre as reclamadas, e assim, a

ORSEGUPS, na condição de sucessora, deve responder sozinha pelo pagamento das
verbas pedidas na inicial, com integral absolvição da EMBRACON, que não será aqui
condenada, pois não há indício de fraude na sucessão, na forma dos artigos 10, 448 e 448-
A da CLT.
A recorrente insurge-se contra o reconhecimento da sucessão. Defende

que não houve a aquisição da integralidade da empresa EMBRACON, mas somente parte dela, sendo que
esta continua funcionando. Argumenta que os contratos preveem expressamente a continuidade do Grupo
EMBRACON, ressalvada a vedação de concorrência nas mesmas atividades que tiveram a carteira
negociada, sendo que a propriedade e uso da marca permaneceu com a empresa vendedora, inclusive
com filiais. Diante das provas produzidas, entende provado não haver a sucessão, que somente ocorre
com a mudança na propriedade ou na estrutura jurídica da empresa, sendo que a suposta sucedida
continua ativa.
Pois bem.
Fls.: 5252
Fls.:
As regras previstas nos arts. 10, 448 e 448-A da CLT têm o intuito de
resguardar os direitos dos empregados quando há mudança na propriedade ou estrutura jurídica da
empresa, não devendo a alteração afetar o contrato de trabalho.
Assim dispõe a CLT, acerca do tema:


Art. 448-A. Caracterizada a sucessão empresarial ou de empregadores prevista nos arts.

10 e 448 desta Consolidação, as obrigações trabalhistas, inclusive as contraídas à época
em que os empregados trabalhavam para a empresa sucedida, são de responsabilidade do
sucessor.

ficar comprovada fraude na transferência.
São requisitos para o reconhecimento da sucessão: a mudança da estrutura

jurídica da sociedade empresarial ou a transferência de um conjunto de bens, direitos e obrigações para
outro titular.
Uma vez caracterizada referida sucessão, as obrigações trabalhistas,

inclusive as contraídas à época em que os empregados prestavam serviços à sucedida, são de
responsabilidade do sucessor, uma vez que tais obrigações estão associadas à empresa e não à pessoa do
empregador.
Neste sentido, aliás, já decidiu este Tribunal, em acórdão da lavra da Des.

Mirna Uliano Bertoldi:
SUCESSÃO TRABALHISTA. RESPONSABILIDADE DA SUCESSORA. A

responsabilidade decorrente da sucessão alcança todos os créditos e débitos da empresa
sucedida, o que inclui as dívidas trabalhistas inclusive as decorrentes de contratos findos
em momento anterior, na medida em que as obrigações trabalhistas estão associadas não
à pessoa do empregador, mas à empresa (princípio da despersonalização do empregador).
(TRT12 - ROT - 0000350-38.2017.5.12.0032 , Rel. MIRNA ULIANO BERTOLDI , 6ª
Câmara, Data de Assinatura: 07/11/2018)
O juízo de origem apontou como fundamentos de sua decisão as cláusulas

existentes no contrato (ID. 844e31a) realizado entre as empresas EMBRACON (vendedora) e
ORSEGUPS (compradora).
A cláusula primeira do contrato prevê, como objeto da avença, "a carteira

de clientes ativos, composta por clientes tomadores de serviços de Asseio, Conservação e Limpeza" e
Fls.: 6253
Fls.:
"todos os equipamentos instalados nos clientes e na CEDENTE VENDEDORA de propriedade desta,

necessários para a plena prestação dos serviços objeto da carteira de clientes ora transacionada" e "todos
os contratos físicos firmados pelos clientes".
Já a cláusula sexta prevê expressamente que:
"6.1. A propriedade e uso da marca "EMBRACON", a partir do dia 1º. de agosto de

2021, ficará com a CEDENTE VENDEDORA para seu uso em negócios que não
tenham o mesmo fim atualda CESSIONÁRIA COMPRADORA e suas empresas
coligadas (Grupo Econômico).
6.2. É vedada o uso da marca "EMBRACON" pela CEDENTE VENDEDORA, seus

como serviços de Terceirização de mão de obra em geral no território brasileiro, sob
pena de pagamento de multa, direta, líquida e certa, equivalente a 1000 (um mil) salários
6.3. É vedado, daqui por diante e nos próximos 10 (dez) anos, a CEDENTE
VENDEDORA aos seus sócios, bem como aos seus parentes laterais, ascendentes e
monitoramento eletrônico, nas modalidades residenciais, comerciais, e afins, inclusive e
principalmente por intermédio da marca EMBRACON ou similar dentro do território
(Grifei)
A atividade da autora enquadra-se nos serviços de Asseio, Conservação e

Limpeza, transferidos, transferidos em sua integralidade à recorrente, e, conforme cláusula 6.2, sendo a
cedente vendedora impossibilitada, por contrato, de realizar a atividade em todo o território nacional.
Ainda que a empresa vendedora tenha mantido a sua personalidade

jurídica, com a exploração de algumas poucas atividades, com "transmissão parcial" do negócio
(conforme tenta fazer crer a recorrente), certo é que em relação às atividades de terceirização de mão de
obra houve sucessão empresarial, uma vez considerado que todo o ativo e passivo relacionado à atividade
foi transferido para a compradora, assumindo ela todos os direitos, vantagens e obrigações inerentes
(cláusula quarta (fl. 94).
A sucessora continuou a atividade econômica da empresa sucedida, com

a transferência a carteira de clientes, equipamentos neles instalados, todos os contratos e migração do
pessoal/colaboradora. Assumiu, assim, responsabilidade de toda a administração e operação dos clientes
e contratos objetos da transação.
De igual forma decidiu recentemente este Tribunal Regional em sua 1ª

Câmara, em acórdão de lavra da Des. Maria de Lourdes Leiria:
SUCESSÃO TRABALHISTA. CONFIGURAÇÃO. A sucessão de empregadores se

configura pela transferência da organização empresarial estabelecida pela empregadora
originária, pois em relação à pessoa jurídica o contrato de trabalho não é intuitu
Fls.: 7254
Fls.:
personae, já que o vínculo é estabelecido com a empresa enquanto unidade com

capacidade produtiva. (TRT da 12ª Região; Processo: 0000503-35.2021.5.12.0031; Data:
15-02-2023; Órgão Julgador: Gab. Des.a. Maria de Lourdes Leiria - 1ª Câmara; Relator
(a): MARIA DE LOURDES LEIRIA)
Pelo exposto, nego provimento.
RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA
O juízo de origem, por não reconhecer na demanda indícios de fraude na

sucessão operada, determinou que a sucessora responda sozinha pelas verbas pedidas na inicial.
Assim foi a sentença (ID. a9e71a5):
Destarte, reconheço que houve sucessão empresarial entre as reclamadas, e assim, a

ORSEGUPS, na condição de sucessora, deve responder sozinha pelo pagamento das
verbas pedidas na Inicial, com integral absolvição da EMBRACON, que não será aqui
condenada, pois não há indício de fraude na sucessão, na forma dos artigos 10, 448 e 448-
A da CLT.
Entende a recorrente que há no contrato as cláusulas 5.7 e 5.8, prevendo

que a cedente vendedora se mantém responsável pelos seus empregados, devendo ser decretada a sua
responsabilidade solidária, por força do contrato.
Sem razão.
Assim dispõe referidas cláusulas:

vice- versa, em qualquer tempo ou época, sob qualquer título ou forma, devendo cada


de 2021;

Tem-se que a existência de cláusulas contratuais onde as empresas

envolvidas no negócio dispõem acerca da responsabilidade sobre os débitos trabalhistas, inclusive os
deferidos em ações judiciais porventura movidas pelos empregados, detém natureza civil, não
Fls.: 8255
Fls.:
influenciando no julgamento da presente demanda. A parte pode, caso queira, buscar o seu reembolso em
ação pertinente, no juízo próprio.
De igual modo deve proceder no que toca ao descumprimento, pela

sucedida, das cláusulas de não concorrência.
Na justiça do Trabalho, a consequência do reconhecimento da sucessão

trabalhista é a responsabilização da sucessora pelas obrigações trabalhistas, inclusive as contraídas à
época em que os empregados prestavam serviços à sucedida.
Apenas demonstrada a existência de fraude na sucessão é que se pode

veicular a responsabilidade da empresa sucedida - aplicação do parágrafo único do art. 448-A, da CLT.
Pelo exposto, nego provimento.
DANO MORAL
O juízo a quo condenou a reclamada ao pagamento de danos morais,

tendo em vista o não pagamento de verbas rescisórias. Entendeu que o inadimplemento não ocorreu por
crise financeira ou algum outro motivo nobre, e sim porque a recorrente simplesmente se negou a pagar
as verbas rescisórias da reclamante.
Assim foi a sentença (ID. a9e71a5, fl. 596):
Em regra, tenho decidido que o mero não pagamento das verbas rescisórias não gera
dano moral, mas, no caso da reclamante, há uma exceção: o inadimplemento não
aconteceu por crise financeira, pandemia ou algum outro motivo nobre, e sim porque a
ORSEGUPS, depois de se comprometer a pagar dezenas de milhões de reais à
EMBRACON pelas suas carteiras de clientes, simplesmente se negou a pagar as verbas
rescisórias da reclamante.
Como eu disse na última audiência, enquanto as reclamadas brigam por milhões, a

reclamante fica, no seu cantinho da insignificância, sem receber suas verbas rescisórias e
sacar seu FGTS, uma situação vexatória, que viola sua dignidade, ou seja, causa-lhe dano
moral.
Presentes o ato ilícito, o dano e o nexo causal, cabe agora arbitrar a indenização por
danos morais.
Antes, cabe declarar incidentalmente a inconstitucionalidade da tarifação da indenização

prevista no artigo 223-G da CLT, na linha do já decidido pelo STF no RE 396.386-4, por
ferir os Incisos V e X do artigo 5º da CRFB/88. O STJ segue a mesma linha ao editar sua
Súmula 281.
Feito isso, considerada a extensão do dano, fixo a indenização por danos morais em R$
4.500,00, valor atualizado (juros e correção) até hoje, e, a partir daqui, deve ser aplicada
apenas a SELIC, como decidido pelo STF na ADC 58 e pela 5ª Turma do TST no RRAg-
12177-11.2017.5.15.0049, de relatoria do Ministro Breno Medeiros, publicada no DEJT
de 16-12-2022.
Fls.: 9256
Fls.:
Insurge-se a recorrente. Defende que a questão da sucessão é

controvertida, havendo previsão expressa no contrato firmado entre as reclamadas que a responsabilidade
do pagamento das verbas seria da EMBRACON. Dessa forma, não haveria a prática de ato ilícito, não
demonstrado abalo moral que justificasse a indenização pleiteada, nem mesmo intenção de prejudicar a
autora.
Pois bem.
No que diz respeito ao inadimplemento de verbas, o entendimento desta

relatora tem sido no sentido da necessidade da prova do dano para ensejar a condenação, não sendo
referido dano presumível.
Neste norte vem decidindo o c. TST, conforme se verifica da ementa a

seguir transcrita:
[...] II - RECURSO DE REVISTA. RECLAMADA. LEI Nº 13.467/2017. LEI Nº 13.015

/2014. INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 40 DO TST. INDENIZAÇÃO POR DANOS
MORAIS. NÃO PAGAMENTO DE VERBAS RESCISÓRIAS. Conforme
jurisprudência desta Corte, em relação às verbas rescisórias, o deferimento de
indenização por danos morais com base em mera presunção da ocorrência de fatos
danosos não é cabível. É necessária a comprovação de ao menos algum fato objetivo do
qual se pudesse inferir que houve abalo moral. Caso contrário, impossível o deferimento
de indenização, pois o que gera o dano não é a mora em si, mas as circunstâncias nas
quais se configurou, e/ou as consequências eventualmente advindas desse atraso, o que
não ficou constatado no caso dos autos. Recurso de revista a que se dá provimento"
(ARR-12969-47.2015.5.15.0109, 6ª Turma, Relatora Ministra Kátia Magalhães Arruda,
DEJT 06/09/2019).
No caso em análise, conquanto seja incontroverso o inadimplemento das

verbas rescisórias, a demandante não trouxe aos autos prova de efetivo abalo moral experimentado, não
se desvencilhando do seu ônus probatório (art. 818, inc. I, da CLT).
Destaque-se, ainda, a matéria controvertida acerca da existência ou não da

sucessão empresarial e a previsão contratual das partes acerca das responsabilidades de cada uma,
suficientes ao menos a afastar a condenação em danos morais fundamentada pelo juízo a quo por
"simplesmente se negar ao pagamento".
Destarte, dou provimento ao recurso e afasto a condenação relativa ao

pagamento de indenização por danos morais.
PREQUESTIONAMENTO
Fls.:Fls.:
10 257
Quanto ao prequestionamento, adverte-se que a decisão já contém os

fundamentos para que todas as matérias sejam consideradas prequestionadas, afigurando-se desnecessária
a manifestação sobre cada um dos argumentos ou dispositivos invocados (OJ 118 da SBDI-I do TST).
Pelo que,

Trabalho da 12ª Região, por unanimidade, CONHECER DO RECURSO. No mérito, por igual
votação,, DAR-LHE PROVIMENTO PARCIAL para afastar a condenação relativa ao pagamento de
indenização por danos morais. Custas reduzidas a R$ 160,00, calculadas sobre valor provisório de
condenação arbitrado em R$ 8.000,00. Intimem-se.
Participaram do julgamento realizado na sessão do dia 03 de maio de

2023, sob a Presidência do Desembargador do Trabalho Cesar Luiz Pasold Júnior, os Desembargadores
do Trabalho Amarildo Carlos de Lima e Quézia de Araújo Duarte Nieves Gonzalez. Presente o
Procurador do Trabalho Keilor Heverton Mignoni.
QUEZIA DE ARAUJO DUARTE NIEVES GONZALEZ

Relatora
Fls.: 258
PODER JUDICIÁRIO
ATSum 0000641-65.2022.5.12.0031
DESPACHO
Vistos.
I - Diante do requerimento apresentado pela Reclamada para

reconhecimento de sucessão empresarial pela empresa ORSEGUPS PARTICIPACOES S/A
(CNPJ 10.361.314/0001-73), matéria relevante para o deslinde do feito e que é objeto de
diversas outras demandas que tramitam nesta Unidade, INTIMO a Reclamante para
manifestação, no prazo de CINCO dias, presumindo-se, no silêncio, a concordância com
a inclusão da referida empresa terceira no polo passivo.
II - Após, VOLTEM conclusos.
\NPR
SAO JOSE/SC, 29 de setembro de 2023.

Assinado eletronicamente por: MIRIAM MARIA D AGOSTINI - Juntado em: 29/09/2023 20:27:01 - 45e1d6f
Fls.: 259
PODER JUDICIÁRIO
ATSum 0000641-65.2022.5.12.0031
INTIMAÇÃO
Fica V. Sa. intimado para tomar ciência do Despacho ID 45e1d6f proferido nos autos.
DESPACHO
Vistos.

\NPR

Assinado eletronicamente por: MIRIAM MARIA D AGOSTINI - Juntado em: 29/09/2023 20:28:01 - e1cfd46
Fls.: 260
PODER JUDICIÁRIO
ATSum 0000641-65.2022.5.12.0031
INTIMAÇÃO
Fica V. Sa. intimado para tomar ciência do Despacho ID 45e1d6f

proferido nos autos.
DESPACHO
Vistos.

\NPR

Assinado eletronicamente por: NICOLAS PAIVA RODRIGUES - Juntado em: 30/09/2023 12:40:42 - 41755e9
Fls.: 261
ATSum 0000641-65.2022.5.12.0031
TATIANE VIEIRA PACHECO, já devidamente qualificada nos

autos da ação em epígrafe, movida em face de EMBRACON SERVICOS
ESPECIALIZADOS CONDOMINIAS S/A, também qualificada, vem, por seus
procuradores, cumprindo intimação deste Juízo, informar que concorda com
a inclusão da empresa terceira no polo passivo da demanda.
Pede deferimento.
São José, 9 de outubro de 2023.

OAB/SC 21.625 OAB/SC 49.249

OAB/SC 55.750
Assinado eletronicamente por: BRUNO FREDERICO RAMLOW - Juntado em: 09/10/2023 18:09:53 - c6eb77d
Fls.: 262
PODER JUDICIÁRIO
ATSum 0000641-65.2022.5.12.0031
DESPACHO
Vistos.
I - DEFIRO inclusão no polo passivo da empresa ORSEGUPS

PARTICIPACOES S/A (CNPJ 10.361.314/0001-73).
II - CITE-SE, nos mesmos termos do despachode ID 7e5bb3b.
\ISDN

Assinado eletronicamente por: MIRIAM MARIA D AGOSTINI - Juntado em: 09/10/2023 21:53:30 - dae01d5
Fls.: 263
PODER JUDICIÁRIO
ATSum 0000641-65.2022.5.12.0031
INTIMAÇÃO
Fica V. Sa. intimado para tomar ciência do Despacho ID dae01d5 proferido nos autos.
DESPACHO
Vistos.
I - DEFIRO inclusão no polo passivo da empresa ORSEGUPS

PARTICIPACOES S/A (CNPJ 10.361.314/0001-73).
II - CITE-SE, nos mesmos termos do despachode ID 7e5bb3b.
\ISDN

Assinado eletronicamente por: MIRIAM MARIA D AGOSTINI - Juntado em: 09/10/2023 21:54:30 - 8a5b410
Fls.: 264
PODER JUDICIÁRIO
ATSum 0000641-65.2022.5.12.0031
RECLAMADO: EMBRACON SERVICOS ESPECIALIZADOS CONDOMINIAS S/A E
OUTROS (2)

2ª Vara do Trabalho de São José
Av. Acioni Souza Filho (Beira-Mar de São José), 657, 5º andar, Praia Comprida
São José/SC CEP 88103-790 - Tel.: (48) 3216-4312 - E-mail: 2vara_soo@trt12.jus.br
Balcão Virtual: https://meet.google.com/cvt-hyfx-kiz
MANDADO DE CITAÇÃO
Autorizado o cumprimento por meio eletrônico
Destinatário: ORSEGUPS PARTICIPACOES S/A

RUA GETULIO VARGAS , 2729, CENTRO, SAO JOSE/SC - CEP: 88103-400
O Ex.mo Juiz do Trabalho desta Vara do Trabalho, Dr. Charles

Baschirotto Felisbino, MANDA o Oficial de Justiça Avaliador que, à vista do presente
mandado e em seu cumprimento proceda à seguinte diligência:
Fica Vossa Senhoria NOTIFICADO(A) de que tramita

eletronicamente a presente reclamação trabalhista, cuja petição inicial e documentos
poderão ser acessados via internet (http://pje.trt12.jus.br/documentos), digitando a
chave abaixo:
Chave de acesso: 22081016382687200000050174094
Fica NOTIFICADO(A), ainda, do despacho proferido, DEVENDO

APRESENTAR RESPOSTA diretamente no PJe, com a juntada dos documentos
pertinentes, no prazo de QUINZE dias, sob as penas da revelia e confissão previstas no
art. 844 da CLT.
Caso não consiga consultá-los/visualizá-los via internet, deverá

comparecer à Unidade Judiciária, no endereço acima indicado para receber orientações.
Assinado eletronicamente por: IARA DOS SANTOS DO NASCIMENTO - Juntado em: 10/10/2023 13:25:28 - 2f53dd7
Fls.: 265
Se não possuir equipamento para conversão ou escaneamento

de documentos em formato PDF, deverá comparecer à Unidade Judiciária, para
proceder à adequação dos documentos por meio dos equipamentos disponibilizados.
Fica ciente de que eventuais testemunhas serão ouvidas, se

necessário, em audiência de instrução eventualmente designada.
Compete ao advogado ou à parte comunicar ao juízo qualquer

mudança posterior de endereço, sob pena de se reputarem válidas as notificações ou
intimações enviadas para o endereço constante dos autos.
A autenticidade da ordem emanada no presente mandado pode

ser conferida, outrossim, mediante acesso ao sítio eletrônico deste Regional na Internet
<www.trt12.jus.br>, aba Serviços, opção PJe, na qual constam consultas pelo número
do processo e por chave de acesso, ou ainda, no endereço eletrônico <https://pje.trt12.
jus.br/documentos>, digitando como chave de acesso o número do documento que se
encontra aposto ao rodapé.
Outras informações podem ser obtidas por meio do telefone,

correio eletrônico ou por meio do Balcão Virtual indicados no cabeçalho, este último
também acessível por meio do sítio eletrônico deste Regional <www.trt12.jus.br>, aba
Varas do Trabalho, 2ª Vara do Trabalho de São José, Balcão Virtual.
IARA DOS SANTOS DO NASCIMENTO

Servidor
Assinado eletronicamente por: IARA DOS SANTOS DO NASCIMENTO - Juntado em: 10/10/2023 13:25:28 - 2f53dd7
Fls.: 266
PODER JUDICIÁRIO
ATSum 0000641-65.2022.5.12.0031
OUTROS (1)
CERTIDÃO DE DEVOLUÇÃO DE MANDADO
Certifico e dou fé que, no dia 17/10/2023, em cumprimento ao

Mandado de ID nº 2f53dd7 , dirigi-me ao endereço nele indicado e, ali, citei o(a)
destinatário(a) ORSEGUPS PARTICIPACOES S/A, por intermédio do Dr. Raphael Luiz
Rovaris, Oab/SC 23.500, funcionário(a) do(a) destinatário(a), que ficou ciente, recebeu a
contrafé e assinou recibo no mandado.
SAO JOSE/SC, 19 de outubro de 2023
LARISSE COSTA GIACOMINI
Oficial de Justiça Avaliador Federal
Assinado eletronicamente por: LARISSE COSTA GIACOMINI - Juntado em: 19/10/2023 15:45:13 - 8362b93
Fls.: 267
Solicito habilitação, conforme poderes da Procuração.
Assinado eletronicamente por: GUSTAVO REGIS DE FIGUEIREDO E SILVA - Juntado em: 26/10/2023 16:15:08 - b9abd3f
Fls.: 268
Assinado eletronicamente por: GUSTAVO REGIS DE FIGUEIREDO E SILVA - Juntado em: 26/10/2023 16:15:08 - a4ad504
Fls.: 269
Fls.: 270
Fls.: 271
Assinado eletronicamente por: GUSTAVO REGIS DE FIGUEIREDO E SILVA - Juntado em: 26/10/2023 16:15:08 - 922a382
Fls.: 272
Fls.: 273
Fls.: 274
Fls.: 275
Fls.: 276
Fls.: 277
Fls.: 278
Página 1 de 28
EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) JUIZ(ÍZA) DA 2ª VARA DO TRABALHO DE

SÃO JOSÉ/SC
ORSEGUPS PARTICIPAÇÕES S.A., nos autos de Ação Trabalhista

nº. 0000641-65.2022.5.12.0031, proposta por TATIANE VIEIRA PACHECO, vem,
por seus advogados, apresentar sua defesa na forma de contestação, como segue:
Inicialmente, requer-se que todas as comunicações processuais nesta

demanda sejam realizadas em nome do procurador Gustavo Regis de Figueiredo e Silva
(OAB/SC 14.807), sob pena de nulidade da respectiva intimação e dos atos processuais
subsequentes (Súmula nº 427, do TST).
1. PRELIMINARES:
1.1. Ilegitimidade passiva:
A parte autora não foi colaboradora da Orsegups, seja como empregada ou

como prestadora de serviços, o que torna a demandada parte absolutamente ilegítima para
figurar no polo passivo da presente ação trabalhista.
Ressalta-se que a ré, ora contestante, não tem qualquer relação com o
vínculo entre a empresa Embracon Serviços Condominiais S.A. (empresa que fez a sua
rescisão em 10/05/2022 – ID cc03476) e a parte autora, razão pela qual requer-se que seja
reconhecida sua ilegitimidade passiva.
Ademais, todos os documentos juntados pela parte autora estão em nome

da empresa Embracon, o que comprova a relação empregatícia entre a reclamante e
a Embracon.
Assinado eletronicamente por: GUSTAVO REGIS DE FIGUEIREDO E SILVA - Juntado em: 06/11/2023 11:32:14 - ba113ed
Fls.: 279
Página 2 de 28
Ressalta-se, por fundamental para a solução do litígio, que a Orsegups

não sucedeu a Embracon, mas apenas comprou parte da carteira de clientes, como
será explicitado no tópico abaixo.
Requer-se, portanto, a extinção do feito sem julgamento de mérito em

relação à ré ORSEGUPS, com fulcro nos artigos 330, II; 338 e 485, IV do CPC c/c artigos
2º e 3º da CLT.
1.2. Delimitação dos valores:
Em recente decisão o Tribunal Pleno do Tribunal Regional do Trabalho da

12ª Região concluiu o julgamento do Incidente de Resolução de Demandas Repetitivas
nº. 0000323-49.2020.5.12.0000 e fixou a TESE JURÍDICA N.° 6 EM IRDR, com o
seguinte teor:
Os valores indicados aos pedidos constantes da petição inicial limitam o montante a ser
auferido em eventual condenação.
Desta forma, em caso de condenação (o que não se acredita), requer-se que

o valor seja limitado aquele requerido na inicial.
2. FATOS E FUNDAMENTOS:
2.1. Inexistência de sucessão empresarial:
Diferente do aduzido pela Embracon, não existiu sucessão, pois os

contratos firmados pela Orsegups com a Embracon não envolvem a totalidade dos
negócios desta. A Embracon possui outros negócios que não foram transferidos, como
detalha a sentença abaixo transcrita.
Fls.: 280
Página 3 de 28
Os contratos evidenciam que houve transmissão parcial do negócio da

Embracon para a Orsegups que, seguindo os critérios subjetivos da sucessão trabalhista,
passou a se responsabilizar diretamente pelos empregados que foram transferidos.
Já para os empregados que não foram transferidos, como a exequente,

permanecendo nos quadros da Embracon ou tendo sido demitidos antes do negócio
havido entre as empresas, não há sucessão de acordo com o critério subjetivo, e também
não há pelo critério objetivo, pois a Embracon continua existindo e prestando serviços,
com faturamento e patrimônio suficiente para honrar os débitos com os empregados
que não foram transferidos (inclusive o valor recebido por força dos próprios
contratos).
É de se ressaltar, por oportuno, que a autora nunca prestou serviços para

a Orsegups, tendo seu contrato sido rescindido pela própria Embracon muito depois
do negócio entre as empresas (e que não caracteriza sucessão, mas somente
transferência parcial).
A própria Embracon deixa a inexistência de sucessão muito clara em sua

contestação na Ação ATOrd 0000593-28.2021.5.12.0036:
[...]
Fls.: 281
Página 4 de 28
Continuidade das atividades da Embracon
Também as publicações da Embracon na rede social Instagram

comprovam a continuidade das suas atividades. Da ata notarial anexa, da qual se
extraem todas as publicações no “feed” do Instagram desde o início de 2022, se percebe,
por exemplo, publicidade sobre portaria virtual em 12/12/2022; vídeos do sócio da
Embracon, Sr. Walter Cruz, em 21/10/2022 e 30/09/2022, e vídeo do Sr. Joao Machado,
administrador da Embracon, em 06/09/2022, todos com publicidade indireta para
condomínios:
Fls.: 282
Página 5 de 28
Note-se que nas “hashtags”, utilizadas para direcionar pesquisas para

aquele conteúdo, a ré Embracon utiliza seu nome próprio, sem fazer qualquer distinção.
Fls.: 283
Página 6 de 28
Toda essa publicidade ocorreu posteriormente ao negócio havido

entre as empresas, comprovando a continuidade das atividades da Embracon.
Fls.: 284
Página 7 de 28
Inclusive o próprio advogado signatário desta defesa visualizou e

digitalizou em vídeo (anexo) propaganda paga pela Embracon na rede Instagram,
após o dia 30/01/2023, como comprova o acesso ao site do TRT12 no final do vídeo.
Reforçando ainda mais esse ponto, em pesquisa de opinião pública

“melhores do ano São José”, realizada na rede social Instagram pela empresa de
publicidade Midaz, a Embracon foi a escolhida na categoria “administradora de
condomínios”.
A Embracon não só continua existindo como também manteve

patrimônio, inclusive vultoso, diante dos depósitos recebidos como pagamento da
transferência de ativos, manteve funcionários como, por exemplo, os do
administrativo, manteve sua marca e nome comercial, que continua explorando, em
pelo menos uma das atividades das quais antes realizava.
Nesse sentido é de se notar que a Embracon vem conciliando nos processos

nos quais já se reconheceu a inexistência de sucessão, reforçando a continuidade das suas
atividades, como se percebe, por exemplo, do acordo firmado nos autos do Recurso
Ordinário nº 0000593-28.2021.5.12.0036, do qual se junta tanto o Acórdão (com
transcrição parcial mais adiante) que reforça o afastamento da responsabilidade da
Orsegups como o acordo firmado posteriormente pela Embracon.
A existência de atividade econômica pela Embracon é, por si só,

suficiente para reconhecer-se a inexistência da sucessão.
Isso porque a sucessão trabalhista se dá somente quando há a

transferência da titularidade da integralidade de um empreendimento, e não quando
a empresa que se quer ver na situação de sucedida vende alguns ativos, permanecendo
com outros e se mantendo ativa no negócio.
Sendo assim, não há que ser reconhecida a sucessão empresarial.
Nesse sentido já foi decidido na 7ª Vara do Trabalho de Florianópolis:
MÉRITO
Fls.: 285
Página 8 de 28
EMBARGOS DA PARTE EXECUTADA – ORSEGUPS
A embargante alega (1) omissão em razão de o Juízo não se

manifestar sobre a alegação de que inexiste título executivo
contra si, que no acordo homologado, embora não fizesse parte
da lide, a parte autora e a empresa EMBRACON definiram
que eventual descumprimento fosse quitado por terceiro,
ORSEGUPS; (2) haver contradição combinada com omissão o
pois o acordo foi celebrado em 31/03/22 e o Juízo interpreta que
a sucessão teria ocorrido em agosto/setembro/2021, ou seja o
acordo foi celebrado pela suposta sucedida em março/2022, não
tendo mais legitimidade para conciliar ou não teria ocorrido a
sucessão (contradição).
De acordo com o documento de fls. 164 e seguintes, a executada

EMBRACON, estabelecida no endereço: Avenida Osni Joao
Vieira, 383, Campinas, São José/SC, tem como objeto social:
SERVIÇOS DE ATENDIMENTO DE COPA E COZINHA A
TERCEIROS; SERVIÇOS DE LIMPEZA E CONSERVAÇÃO
DE PARTICIPAÇÕES PÚBLICAS, ESTABELECIMENTOS
BANCÁRIOS, COMERCIAIS E INDUSTRIAIS; LOCAÇÃO DE
MÃO- DE- OBRA EM SERVIÇOS DE NATUREZA
BUROCRÁTICA, RECEPCIONISTA, SERVIÇOS
ADMINISTRATIVOS, MECÂNICO, PEDREIRO,
GARAGISTA, MARCENEIRO DE MANUTENÇÃO E
CONSTRUÇÃO, ZELADOR, TELEFONISTA, GARÇOM,
COSTUREIRO, COZINHEIRO, JARDINEIRO,
ASCENSORISTA, DIGITADOR, PORTEIRO, LAVADEIROS
EM GERAL, OFFICE BOY/CONTÍNUO, VARREDORES DE
LIMPEZA URBANA, COLETORES DE LIXO URBANO E
SERVIÇO BRAÇAL; SERVIÇOS DE MANUTENÇÃO
PREDIAL, ELÉTRICA, MARCENARIA, ALVENARIA E
Fls.: 286
Página 9 de 28
HIDRÁULICA; SERVIÇOS DE EXPLORAÇÃO DE

ESTACIONAMENTOS; SERVIÇOS DE PROCESSAMENTO
DE DADOS PARA TERCEIROS ("BUREAU" DE SERVIÇOS
INCLUSIVE PREPARO DE SOFTWARE PARA UTILIZAÇÃO,
VENDA OU LOCAÇÃO, ASSESSORIA E ANÁLISE DE
SISTEMA); INCORPORAÇÃO DE IMÓVEIS; OBRAS DE
SANEAMENTO; TERRAPLANAGEM E PAVIMENTAÇÃO;
VARREDORES DE LIMPEZA URBANA, COLETA,
TRANSPORTE E DESTINAÇÃO DE LIXO E ENTULHO;
SERVIÇOS DE CONSULTORIA E ASSESSORIA TÉCNICA E
ADMINISTRATIVA A REPARTIÇÕES PÚBLICAS,
ESTABELECIMENTOS COMERCIAIS, BANCÁRIAS E
INDUSTRIAIS; SERVIÇOS DE DESINFECTAÇÃO, LIMPEZA
E IMPERMEALIZAÇÃO DE CAIXAS DE ÁGUA; PINTURA E
LAVAÇÃO DE PRÉDIOS; CONSERVAÇÃO DE
MANUTENÇÃO DE PRÉDIOS, PRAÇAS E VIAS PÚBLICAS;
DETETIZAÇÃO E DESRATIZAÇÃO DE PRÉDIOS E VIAS
PÚBLICAS; EMPREITEIRA DE MÃO-DE-OBRA;
CONSULTAS DE PROJETOS ECONÔMICOFINANCEIROS;
REALIZAÇÃO DE CURSOS E TREINAMENTOS NAS ÁREAS
GERENCIAIS. Constam como sócios da ENBRACON:Sandra
Maria Wolfart, estando paralisada temporariamente. Consta, ainda,
como filiais Rodovia SC 401, 4150 sala:S-05;Conj Comercial
Passeio Primavera, Saco Grande, Florianópolis e Av Lédio João
Martins, 554, sala 107, São José/SC. Note-se que, em 10/05/2016
(DATA DO REGISTRO),na última alteração contratual juntada,
tal empresa foi transformada em sociedade limitada em sociedade
anônima de capital fechado, passando a exercer os sócios os cargos
de Diretor-Presidente e de Diretor Vice-Presidente.
De acordo com o documento de fls. 269 e seguintes, a executada

ORSEGUPS, estabelecida no endereço: rua Getúlio Vargas, 2729,
Fls.: 287
Página 10 de 28
Centro, São José/SC, tem como objeto social:PRESTAÇÃO DE

SERVIÇOS COMBINADOS DE PORTARIA, LIMPEZA,
MANUTENÇÃO E ZELADORIA, MONITORAMENTO DE
SISTEMAS DE SEGURANÇA, SERVIÇOS DE INSTALAÇÃO
E MANUTENÇÃO ELÉTRICA, FORNECIMENTO E GESTÃO
DE RECURSOS HUMANOS PARA TERCEIROS, LOCAÇÃO
DE MÃO DE OBRA TEMPORÁRIA, ATIVIDADES DE
LIMPEZA DE PRÉDIOS, DOMICÍLIOS, PRAÇAS E
LOGRADOUROS PUBLICOS, SERVIÇOS DE ESCRITÓRIO
ADMINISTRATIVO E EDIÇÃO DE CADASTROS E LISTAS E
PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE VIGIA
DESARMADO.Constam como sócios da ORSEGUPS: Cristine
Fontoura Berger, Dilmo Vanderley Berger, Metropolitana
Vigilancia Comercial e Industrial Ltda. e Orsegups Participações
S.A.
Consta, ainda, localizada sede social na Av. José Eugenio Muller,

1620, 2º piso, bairro Dom Bosco, Itajaí e filial na Avenida
Presidente Kennedy, 1622, Bairro Rebouças, Curitiba/PR, alterada
a sede social para rua Getúlio Vargas, 2729, Centro, São José/SC e
as filiais para rua Alferes Poli, 2471, Parolin, Curitiba/PR e rua
Getúlio Vargas, 470, Centro, São José/SC.
Os documentos juntados às fls. 390 e seguintes evidenciam o

acordo operacional entre as duas empresas Embracon e
Orsegups. Todavia, no caso, não se pode considerar a
caracterização da sucessão, mas a Embracon cedeu sua
carteira de clientes ativos, todos os equipamentos instalados
nos clientes de sua propriedade, todos os contratos físicos
firmados pelos clientes, tendo sido estabelecido o pagamento da
quantia de R$ 5.790.138,93, preço que poderia sofrer variações
para menos tendo como base o valor mensal de cada contrato de
Fls.: 288
Página 11 de 28
serviço prestado, no prazo de 90 dias ou variações para mais

também tendo como base o valor mensal de cada contrato de
serviço prestado, no prazo de 90 dias.
Também restou estabelecido que a propriedade e uso da marca

“EMBRACON”, a partir de 01/08/2021, ficará com a cedente
vendedora para seu uso em negócios que não tenham o mesmo
fim atual da cessionária compradora e suas empresas
coligadas, sendo vedado o uso da marca EMBRACON pela
cedente vendedora. Também restou expressamente estabelecido
ser vedado, daqui por diante e nos próximos 10 anos, a cedente
vendedora, seus sócios, parentes laterais,ascendentes e
descendentes, até segundo grau, o exercício de atividades e
negócios de monitoramento eletrônico, nas modalidades
residenciais, comerciais e afins, inclusive e principalmente por
intermédio de marca EMBRACON ou similar dentro do território
brasileiro.
Assim, a prova produzia permite afirmar que de fato não

restou perfectibilizada e formalizada a suposta sucessão, bem
como considerando que a excipiente não estava presente por
ocasião do acordo, sequer poderia ter sido responsabilizada
pela presente execução, nos termos do acordo homologado,
motivo pelo qual dou efeito modificativo aos embargos de
declaração para reconsiderar a decisão de fls. 134 e seguintes, não
se podendo responsabilizar a empresa ORSEGUPS PRESTAÇÃO
DE SERVIÇOS DE LIMPEZA LTDA. pela presente execução.
Logo, decido conhecer da exceção de pré-executividade para julgar
os pedidos nela decididos PROCEDENTES, nos termos da
fundamentação, não se podendo responsabilizar a ORSEGUPS. .
Sanada a omissão apontada, prejudicada a contradição alegada.
Fls.: 289
Página 12 de 28
PELO EXPOSTO, a 7ª Vara da Justiça Federal do Trabalho de

Florianópolis, CONHECE E ACOLHE os embargos apresentados
por ORSEGUPS PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE LIMPEZA
LTDA., nos termos e limites da fundamentação, nos termos da
fundamentação, passando esta decisão a fazer parte integrante da
decisão embargada, que, no mais, fica mantida. (ATSum 0000004-
96.2022.5.12.0037 - destacamos)
A inexistência de sucessão já foi reconhecida diversas vezes no nosso

Tribunal, como se vê:
[...]
Ressalto que, no presente caso, não há demonstração dos

instrumentos probatórios que permitam concluir, com a
solidez necessária ao tema, a pretendida responsabilidade da
segunda executada (ORSEGUPS) pelo inadimplemento do
acordo entabulado, à luz dos arts. 10 e 448 da CLT. Tenho,
pois, que a situação constatada nos presentes autos não
demonstra, em tese, a existência de procedimentos
fraudulentos.
[...] (Corpo do Acórdão, Processo nº 0000459-07.2021.5.12.0034

(AP), 6ª Câmara, Relator: Desembargador Narbal Antônio de
Mendonça Fileti, assinado em 24/03/2023 – destacou-se)
[...]
Em relação ao primeiro, noto que foi negociado entre as partes

a carteira de clientes ativos (bem como seus contratos) e todos
os equipamentos instalados nos clientes (fl. 364). Ou seja, a
EMBRACON SEGURANÇA E VIGILÂNCIA S/A não teve
sua estrutura empresarial afetada pelo mencionado negócio
Fls.: 290
Página 13 de 28
jurídico e tampouco houve a transferência de uma unidade

empresarial econômica de uma empresa para outra.
Em relação ao segundo requisito, vejo que o negócio jurídico

entre as partes é de 05/08/2021 (fl. 371), enquanto o término do
contrato de emprego do exequente com a empresa
EMBRACON SEGURANÇA E VIGILÂNCIA S/A se encerrou
já em 15/12/2020. Assim, vejo que o contrato entre as empresas
ocorreu depois de encerrado o vínculo empregatício do obreiro,
o que revela que o obreiro não laborou para a empresa
ORSEGUPS SEGURANÇA E VIGILÂNCIA LTDA. (ao
menos não em decorrência do negócio jurídico de que se trata
ou mesmo como fruto de continuidade eventual do seu contrato
de emprego com a empresa Embracon).
Sendo assim, merece ser reformada a sentença que reconheceu

a sucessão empresarial no caso dos autos, porque nenhum dos
requisitos para sua configuração foram atendidos.
[...] (Corpo do Acórdão, Processo nº 0000255-23.2021.5.12.0014

(AP), 4ª Câmara, Relator: Des. Marcos Vinicio Zanchetta –
destacou-se)
[...]
Com efeito, coaduno da análise e constatação feita pela magistrada

que presidiu a instrução de que muito embora tenha havido
transferência de parte da atividade econômica da primeira ré
(empregadora) à quarta reclamada (Orsegups), não restou
comprovado, de forma cabal, nos autos ter havido a transferência
do contrato de trabalho da autora, tampouco que esta prestou
serviços em prol da quarta reclamada, corroborando tal inferência
Fls.: 291
Página 14 de 28
a constatação de que a rescisão contratual da autora ocorreu em

período anterior à formalização da cessão de carteira de clientes
feita pela empregadora à Orsegups.
Aliás, como se depreende da narrativa fática da exordial, a autora

aponta ter prestado serviços para o grupo econômico formado pelas
três primeiras rés, fundamentando o pleito de reconhecimento da
responsabilidade solidária/subsidiária da quarta ré (ORSEGUPS
PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE LIMPEZA LTDA), e de
reconhecimento de que ela integraria o grupo econômico formado
pelas três primeiras rés no fato de a quarta reclamada
(ORSEGUPS) ter adquirido parte da carteira de ativos das três
primeiras demandadas.
Ademais, sequer em razões recursais a autora impugna,

devidamente, a meu ver, a constatação feita pela magistrada que
presidiu a instrução de que a reclamante não prestou serviços em
prol da quarta ré (Orsegups) porquanto seu contrato de trabalho foi
rescindido em 19.02.2021, ou seja, em período anterior à
formalização do contrato de cessão da carteira de clientes pela
empregadora à Orsegups.
Ocorre que tal cessão não implica, por si só, o reconhecimento de

que a quarta reclamada integraria grupo econômico para fins de sua
responsabilização solidária pelos créditos trabalhistas relativos a
contratualidade da autora que sequer se beneficiou tal empresa, de
qualquer forma, da prestação de serviços, o que também afasta a
pretensão de que seja reconhecida a responsabilidade subsidiária,
já que não há nos autos prova robusta de que a quarta reclamada
tenha se beneficiado da prestação de serviços pela autora cuja
contratualidade se encerrou em 19.02.2021, ou seja, antes da
formalização do contrato de cessão da carteira de clientes para a
Fls.: 292
Página 15 de 28
ORSEGUPS pela empregadora, como corretamente inferiu a

julgadora a quo.
Ressalta-se que "o contrato de venda acostado às fls. 663 a 688",

invocado no apelo, que diz respeito a "transferência definitiva de
carteira de clientes e outros ativos" somente foi firmado em 05 de
agosto de 2021 (fl. 671), ou seja, novamente revelando que quando
da formalização da referida transferência/cessão (05.08.2021), o
contrato de trabalho da reclamante já havia há muito se encerrado
(19.02.2021, fl. 176), não se vislumbrando a sucessão de
empregadores. E do documento mencionado e contexto probatório
também não é possível se aferir a ocorrência de sucessão
empresarial, mas apenas a negociação de parte das atividades
empresariais, consoante anexos contratual, subsistindo a atividade
negocial da cedente/empregadora.
A prova oral também não corrobora a pretensão da autora.
A testemunha ouvida a convite da autora (ata de fl. 592, PJE

Mídias, de 1h34min até 1h41min, Marlen Bandeira Santos) disse
que: "saiu em setembro de 2021; quando saiu já tinha sido vendido
para ORSEGUPS; que ficou muito pouco tempo depois da venda,
somente foi conhecer a instalação da ORSEGUPS". Disse, ainda,
que "não recebeu ordens da ORSEGUPS, tampouco foi
gerenciada pela ORSEGUPS, apenas foi explicado que a partir
da venda seria a ORSEGUPS" (destaquei). O depoimento da
testemunha ouvida a convite da autora esclareceu também que
desde o início da contratualidade e inclusive após a venda para a
ORSEGUPS não recebeu ordens desta, tampouco foi gerenciada
por ela, mas "que tudo era EMBRACON" (primeira
ré/empregadora). Ao final de seu depoimento ainda disse que
muitos clientes saíram e pediram rescisão após a venda.
Fls.: 293
Página 16 de 28
[...](Corpo do Acórdão, Processo nº 0000593-28.2021.5.12.0036

(ROT), 3ª Câmara, Relator: Des. Amarildo Carlos de Lima –
destacou-se em amarelo, demais grifos do original)
Nesse sentido no julgamento do Agravo de Petição na ACC 0000671-

88.2021.5.12.0014, movida pelos Sindicatos representativos das categorias, em
substituição aos empregados que foram demitidos pela Embracon por não estarem
vinculados aos contratos negociados com a Orsegups foi reconhecida a inexistência
de sucessão:
CONTRATO DE CESSÃO DE CARTEIRA DE CLIENTES E

PARTE DE ATIVOS. SUCESSÃO TRABALHISTA APENAS
QUANTO AOS TRABALHADORES TRANSFERIDOS
JUNTAMENTE COM A ORGANIZAÇÃO PRODUTIVA AO
CONTRATANTE COMPRADOR, SEM SOLUÇÃO DE
CONTINUIDADE DE SUAS ATIVIDADES PERANTE O
NOVO ADQUIRENTE. INOCORRÊNCIA DE SUCESSÃO
DE EMPREGADORES QUANTO AOS TRABALHADORES
DISPENSADOS ANTERIORMENTE AO CONTRATO DE
CESSÃO. RESPONSABILIDADE QUANTO ÀS VERBAS
RESCISÓRIAS EXCLUSIVA DA EMPREGADORA
ORIGINAL. A sucessão de empregadores pressupõe a
substituição de sujeitos de uma relação jurídica. Na transferência
do acervo empresarial, no todo ou em parte, de um ente para o
outro, indispensável, ainda, para a caracterização da sucessão aqui
tratada, que a prestação de serviços do trabalhador não tenha
sofrido solução de continuidade, vale dizer, que ele tenha sido
incorporado na organização produtiva que foi transferida de seu
empregador original à entidade que a incorporou, de modo que esta
passe a ser seu novo empregador. (TRT da 12ª Região; Processo:
0000671-88.2021.5.12.0014; Data de assinatura: 03-07-2023;
Fls.: 294
Página 17 de 28
Relator(a): Des. Narbal Antônio de Mendonça Fileti - 6ª Câmara –

grifou-se)
Do corpo do Acórdão se extraem os seguintes fundamentos:
[...]
É fato incontroverso porque esclarecido desde a proemial que os

trabalhadores substituídos nesta demanda são justamente aqueles
que não foram transferidos para qualquer das empresas do grupo
ORSEGUPS, tendo sido dispensados pela EMBRACON, como ela
própria reconhece, e por isso mesmo admite, desde a primeira
audiência realizada nestes autos, que é dela a responsabilidade pelo
pagamento das verbas rescisórias, tanto que por ela,
exclusivamente, a iniciativa dos inúmeros acordos extrajudiciais,
na tentativa de parcelar o pagamento devido a título de verbas
rescisórias.
Os documentos trazidos aos autos relativamente às rescisões

promovidas dão conta de que todos os empregados foram
dispensados em 18-08-2021. Da prova documental é possível se
verificar, repito, que todas as rescisões foram promovidas
exclusivamente pela EMBRACON. Nem se alegue que a data de
dispensa é posterior ao contrato de cessão entre a EMBRACON e
as empresas do grupo ORSEGUPS, na medida em que, também
incontroverso que, na época, a própria EMBRACON manteve suas
atividades empresariais, ainda que em ramo distinto das atividades
cuja cessão foi negociada entre as empresas mencionadas.
O próprio juízo reconhece essa circunstância, e a aponta na decisão

da fl. 1431 para rejeitar, naquela oportunidade, o pedido de
reconhecimento da sucessão de empregadores.
Fls.: 295
Página 18 de 28
Portanto, independente da discussão sobre os efeitos da

transferência da carteira de clientes e parte dos ativos da
EMBRACON para empresas do grupo da agravante, não há
reconhecer, no presente caso, a sucessão alegada, pela singela
constatação de que os trabalhadores cujas verbas rescisórias
são objeto da execução jamais prestaram serviços para
qualquer empresa do grupo ORSEGUPS. O reconhecimento
da sucessão de empregadores, portanto, não é possível
juridicamente no caso presente. Esses trabalhadores não
integraram a organização produtiva a que se refere a doutrina,
para efeito de reconhecimento, em favor deles, da sucessão de
empregadores. Gizo: a empresa cedente manteve suas
atividades.
Aliás, se tivessem prestado serviços, e com isso se pudesse concluir

pela sucessão de empregadores reivindicada, causaria espécie não
ter sido a ORSEGUPS, em nenhum momento, intimada a participar
do acordo homologado nos presentes autos. (grifou-se em negrito
e amarelo, os grifos em sublinhado são do original)
[...]
É também o caso da parte autora, que nunca prestou serviços para a

Orsegups, foi demitida diretamente pela Embracon quase um ano após o negócio
entre as empresas e não integrou a organização produtiva representada pelos
contratos transferidos para a Orsegups.
Também na 3ª Câmara se adotou esse entendimento:
AGRAVO DE PETIÇÃO. EMBRACON. ORSEGUPS.

SUCESSÃO EMPRESARIAL. VENDA DA CARTEIRA DE
CLIENTES. CONTINUIDADE DA ATIVIDADE
EMPRESARIAL PELAS EMPRESAS ENVOLVIDAS.
CONTRATO DE TRABALHO COM TÉRMINO ANTERIOR
Fls.: 296
Página 19 de 28
À VENDA DA CARTEIRA. ACORDO JUDICIAL FIRMADO

PELA EXECUTADA ORIGINÁRIA APÓS O NEGÓCIO
JURÍDICO. AUSÊNCIA DE RESPONSABILIDADE DA
ORSEGUPS. No âmbito da atividade de terceirização de serviços,
a sucessão pode ocorrer por eventos jurídicos com espectro mais
amplo, tal como a incorporação da sucedida pela sucessora ou a
fusão entre empresas, com evidente absorção das atividades entre
as pessoas jurídicas. Além dos casos acima, cogita-se também da
transferência de contratos vigentes de prestação de serviços (com
sub-rogação da alienante nos direitos e na posição jurídica de
prestadora pela adquirente, a exemplo da venda da carteira de
clientes), mas neste caso, apenas abrange os trabalhadores factual
e objetivamente transferidos. A empresa que adquiriu a carteira
de clientes não pode ser responsabilizada por obrigações
trabalhistas relativas a contratos de trabalho não transferidos
e com término antes do negócio jurídico entre as empresas,
especialmente quando decorre de acordo judicial firmado pela
alienante posteriormente à data do negócio jurídico e que veio
a ser descumprido por ela. (TRT da 12ª Região; Processo:
0000982-27.2019.5.12.0054; Data de assinatura: 26-06-2023;
Relator(a): Des. Cesar Luiz Pasold Júnior - 3ª Câmara – grifou-se)
Do corpo deste Acórdão se extrai a seguinte lição:
[...]
Porém, o mesmo não se pode afirmar quanto aos trabalhadores

que não foram incorporados pela sucessora e quanto aos
antigos contratos de trabalho, bem assim como eventuais
clientes não abrangidos pelo negócio jurídico. Embora toda a
carteira de clientes tenha sido vendida, seria possível uma
venda apenas parcial e quanto aos clientes não transferidos não
haveria se falar em sucessão.
Fls.: 297
Página 20 de 28
O que configura a unidade econômico-produtiva objeto de

sucessão é a atividade empresarial, ou seja, a organização dos
fatores de produção para a prestação de serviços ao mercado
consumidor e esta, conforme se denota do negócio jurídico, não
foi alienada.
Tanto assim o é que a personalidade jurídica da Embracon não
foi extinta e ela continua atuando de forma independente, a
exemplo do acordo firmado neste processo, ocorrido meses
após a venda da carteira de clientes.
Logo, no âmbito da atividade de terceirização de serviços, a

sucessão pode ocorrer por eventos jurídicos com espectro mais
amplo, tal como a incorporação da sucedida pela sucessora ou a
fusão entre empresas, com evidente absorção das atividades entre
as pessoas jurídicas.
E, além dos casos acima, cogita-se também da transferência de

contratos vigentes de prestação de serviços (com sub-rogação da
sucessora nos direitos e na posição jurídica de prestadora pela
adquirente, a exemplo da venda da carteira de clientes), mas neste
caso, apenas abrange os trabalhadores factual e objetivamente
transferidos.
Nenhuma das hipóteses aconteceu no caso concreto, em que o

contrato de trabalho se encerrou anos antes da venda da
carteira de clientes e em que a Empresa que vendeu a carteira
de clientes ainda continua em atividade, seja por meio da
pessoa jurídica que de fato realizou a transferência dos clientes,
seja por meio de outras empresas do grupo econômico.
[...]
Fls.: 298
Página 21 de 28
É impositivo, portanto, que se reconheça a inexistência de sucessão e

determine a exclusão da Orsegups do polo passivo da demanda, cuja execução deve ser
direcionada à Embracon e seus sócios.
Desta forma, nesta defesa requer-se a exclusão da Orsegups do polo

passivo da demanda e a extinção do feito sem julgamento de mérito em relação à ré
ORSEGUPS, com fulcro no artigo 485, V do CPC.
2.2. Demais pedidos da inicial:
Muito embora a Orsegups não seja sucessora da Embracon, nunca tenha

tido a autora no seu quadro de empregados e não possua qualquer documento relacionado
ao contrato de trabalho mantido pela autora com a Embracon, se evidencia da leitura da
inicial e dos documentos que a acompanham que os pedidos devem ser julgados
improcedentes, pelas razões que se passa a expor:
2.2.1. Verbas rescisórias, FGTS e Multas dos artigos 467 e 477 da CLT:
A autora requer o pagamento das verbas rescisórias, depósitos e multa do

FGTS e multa dos artigos 467 e 477 da CLT.
Ocorre que a reclamante nunca foi colaboradora da ré, ora contestante, não
sendo transferida para a Orsegups. Ademais, todos os documentos da contratualidade
pertencem a Embracon.
Por fim, qualquer condenação deverá ser imputada à real empregadora do

autor, Embracon Serviços Condominiais S.A., que inclusive fez a rescisão contratual da
reclamante em maio de 2022, conforme relatado pela própria autora na inicial.
Fls.: 299
Página 22 de 28
2.2.2. Adicional de insalubridade:
A autora alega que prestou serviços no Condomínio Santos Dummont,

aonde era supostamente exposta a agentes biológicos e químicos nocivos à saúde humana,
razão pela qual pleiteia o pagamento do adicional de insalubridade em grau máximo.
Primeiramente cumpre esclarecer que as Convenções Coletivas de

Trabalho da categoria expressamente preveem o adicional em grau médio (20%) para a
função desempenhada pela autora, tendo esta recebido o adicional durante toda a
contratualidade.
Visto que o art. 611-A, da CLT determina a prevalência Convenção

Coletiva de Trabalho sobre a lei no que tange o enquadramento do grau de insalubridade,
não encontra amparo a pretensão da autora.
Não obstante, importa salientar que o próprio condomínio forneceu o EPI

- Equipamento de Proteção Individual, que inibia qualquer contado com agentes
insalubres, como luvas e sapatos de borracha.
Diferente do que afirma, a reclamante não tinha contato com agentes

biológicos/químicos que pudessem caracterizar suas atividades como insalubres, segundo
o anexo 14 da NR 15. Não bastasse, é imprescindível destacar que o rol de
atividades/situações apresentadas nos referidos anexos é taxativo, não sendo cabível a
equiparação, qualquer que seja a hipótese.
Cumpre ressaltar, também, que o Anexo 14 da NR 15 determina a

indenização do adicional de insalubridade em grau máximo, apenas para os casos de lixo
urbano em situação de coleta e industrialização, bem como de esgotos quando o labor é
realizado em galerias e tanques, ou seja, quando o contato com o agente insalutífero se dá
de forma permanente, situação que não é a enfrentada pela autora nos tomadores de
serviços.
Ademais, a atividade de auxiliar de serviços gerais em nada condiz com a

percepção do adicional de insalubridade, vez que a insalubridade por Agente Biológico
Fls.: 300
Página 23 de 28
está adstrita a “relação das que envolvem agentes biológicos, cuja insalubridade é
caracterizada pela avaliação qualitativa” – Anexo 14 da NR 15.
A coleta de lixo urbano que gera indenização do adicional de insalubridade

em grau máximo é a proveniente das instalações sanitárias de uso público ou coletivo de
grande circulação, como prevê a Súmula 448 do TST, o que não é o caso da autora.
Vale ressaltar, ainda, que os materiais de limpeza utilizados pela

autora possuíam concentração química reduzida, sendo os mesmos que os utilizados
na limpeza residencial, portanto, não ensejam no pagamento do adicional de
insalubridade.
Neste sentido, a Súmula 121 deste Tribunal prevê:
ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. MANUSEIO DE

PRODUTOS DE LIMPEZA. ÁLCALIS CÁUSTICOS EM
BAIXA CONCENTRAÇÃO. INDEVIDO. O manuseio de
produtos de limpeza de uso comum que contenham álcalis
cáusticos diluídos e em baixa concentração, situação que não se
enquadra no Anexo 13, da NR 15, da Portaria nº 3.214/78 do
Ministério do Trabalho e Emprego, não enseja o direito à
percepção de adicional de insalubridade." (RESOLUÇÃO
ADMINISTRATIVA Nº 020/2018, de 31 de outubro de 2018 -
Divulgada no D.E.J.T. - Caderno Judiciário de 06/11/2018, págs.
01 e 02;D.E.J.T. de 07/11/2018, págs. 01 e 02; e D.E.J.T. de
08/11/2018, págs. 01 e02)
O TST também decidiu:
“II - RECURSO DE REVISTA. LEIS 13.015/14 E 13.467/17.

ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. CONTATO COM
ÁLCALIS CÁUSTICOS NO MANUSEIO DE PRODUTOS
HABITUAIS DE LIMPEZA. O Tribunal Regional, considerando
que o MTE classifica como insalubres em grau médio as tarefas de
Fls.: 301
Página 24 de 28
limpeza com o manuseio de álcalis cáusticos, concluiu não haver

razão para a distinção quanto ao produto diluído em água ou na sua
forma pura, uma vez que a norma regulamentar não restringe a
caracterização da insalubridade à utilização direta do agente
químico. Entendeu, dessa forma, que a hipótese se amolda à
previsão contida no Anexo 13 da NR 15 da Portaria nº 3.214/78 do
MTE, sendo devido o pagamento do adicional de insalubridade. A
jurisprudência desta Corte tem entendimento no sentido de que o
Anexo 13 da NR 15, ao tratar da insalubridade proveniente do
manuseio e da fabricação de álcalis cáusticos, o faz quanto à
fabricação e ao manuseio da substância em seu estado bruto e puro,
e não ao uso de produtos de limpeza e higienização que as
contenham em sua composição, sem diluição em outros produtos,
circunstância diversa da dos autos, em que o reclamante utilizava
produto de limpeza com alcalinidade. É indevido, dessa forma, o
adicional de insalubridade em grau médio pelo manuseio de
produtos de limpeza de uso doméstico, como saponáceos e
detergentes. Recurso de revista conhecido por contrariedade à
Súmula n° 448, I/TST e provido" (RR-20044-53.2015.5.04.0721,
3ª Turma, Relator Ministro Alexandre de Souza Agra Belmonte,
DEJT 25/10/2019)
O adicional de insalubridade, como determinado pelo artigo 194 da CLT,

somente é devido quando as condições de trabalho do empregado forem de fato
insalubres, o que não é o caso da autora.
Além do mais, é imprescindível a previsão da classificação da atividade

insalubre na relação oficial elaborada pelo Ministério do Trabalho para gerar o
direito ao recebimento do respectivo adicional, não bastando a constatação por meio
de laudo pericial, devendo prevalecer, assim, o disposto nas Súmulas 194 e 460 do e.
STF.
Fls.: 302
Página 25 de 28
Assim, o entendimento incrustado no inciso II da Súmula 448 do TST

infringe os artigos 7º, XXIII, 22, I e 5º da Constituição da República Federativa do Brasil,
quando o legislador especificou que o adicional de insalubridade deve ter
correspondência na Lei e, por corolário, os artigos 190, 192, 195 e 196 da CLT, no ponto
em que atribui ao Ministério do Trabalho o encargo de regulamentar a atividade laboral
considerada insalubre segundo consta no anexo 14 da Norma Regulamentadora nº 15.
O artigo 8º, §2º da CLT afasta qualquer entendimento que seja contrário a
lei, ou seja, a falta de previsão legal no pagamento do adicional de insalubridade em grau
máximo importa no seu não reconhecimento.
Desta forma, deve ser indeferido o pedido de adicional de insalubridade,

visto que (a) as atividades no posto de trabalho não eram insalubres e, ainda que fossem,
tal condição não lhe garante o recebimento do adicional de insalubridade, visto a ausência
de regulamentação na NR 15; (b) o adicional foi devidamente pago em grau previsto na
CCT, e (c) as condições de trabalho da autora jamais fizeram jus ao grau máximo.
Sucessivamente, em caso de condenação (o que não se acredita),

requer que seja autorizada a dedução dos valores pagos a mesmo título e que o
adicional seja calculado com base no salário-mínimo nacional, conforme prevê o
entendimento da Súmula Vinculante nº. 4 do STF.
2.3. Justiça gratuita:
A reclamante não comprovou os requisitos para concessão da justiça

gratuita previstos nos §3º e 4º do artigo 790 da CLT. Desta forma, o pleito de concessão
da justiça gratuita deve ser indeferido.
2.4. Honorários de sucumbência:
Em observação à vigente legislação trabalhista que garante aos patronos

das partes o pagamento de honorários advocatícios, isto é, as alterações da CLT propostas
Fls.: 303
Página 26 de 28
pela Lei nº 13.467/2017 (CLT, art. 791-A), requer-se a condenação da parte autora ao
pagamento dos honorários advocatícios de sucumbência dos patronos da ré,
inclusive na hipótese de sucumbência parcial e recíproca.
Neste caso, requer-se seja(m) o(s) alvará(s) expedido(s) em nome da

pessoa jurídica da sociedade de advogados integrada pelos procuradores da ré:
Figueiredo Advogados Associados, CNPJ 04.912.427/0001-17.
Finalmente, tem-se por impugnados os documentos juntados, bem como

demonstrada a inexistência de sucessão de empresas, requerendo-se a exclusão da
Orsegups do polo passivo da demanda e a extinção do feito sem julgamento de mérito em
relação à ré ORSEGUPS, com fulcro no artigo 485, V do CPC.
3. PEDIDOS E REQUERIMENTOS:
Do exposto, passa a reclamada a contestar os pedidos, especificamente, na

ordem em que foram formulados, requerendo, desde já, o indeferimento de todos os
pedidos.
3.1. Preliminarmente:
Requer, antes de tudo, o acolhimento da preliminar de ilegitimidade

passiva.
3.2. Sucessão (petição de ID 039acb5):
Fls.: 304
Página 27 de 28
Novamente, como detalhadamente demonstrado, inexistiu sucessão, razão

pela qual se requer o indeferimento do pedido, com a consequente exclusão da Orsegups
da lide.
3.3. Verbas rescisórias, Multas dos artigos 467 e 477 da CLT, FGTS e
Adicional de insalubridade (a, b, c, d):
Observada a inexistência de sucessão, verifica-se que a Orsegups não

possui responsabilidade pelo pagamento das verbas requeridas, razão pela qual devem ser
indeferidos os pedidos contra si.
É o que requer.
3.4. Justiça gratuita (e):
A reclamante não comprovou os requisitos para concessão da justiça

gratuita previstos nos §3º e 4º do artigo 790 da CLT. Desta forma, o pleito de concessão
da justiça gratuita deve ser indeferido.
3.5. Honorários advocatícios (f):
Em observação à vigente legislação trabalhista que garante aos patronos

das partes o pagamento de honorários advocatícios, isto é, as alterações da CLT propostas
pela Lei nº 13.467/2017 (CLT, art. 791-A), requer-se a condenação da parte autora ao
pagamento dos honorários advocatícios de sucumbência dos patronos da ré,
inclusive na hipótese de sucumbência parcial e recíproca.
Neste caso, requer-se seja(m) o(s) alvará(s) expedido(s) em nome da

pessoa jurídica da sociedade de advogados integrada pelos procuradores da ré:
Figueiredo Advogados Associados, CNPJ 04.912.427/0001-17.
Fls.: 305
Página 28 de 28
REQUER seja determinada a dedução dos valores pagos a mesmo título

com os valores de eventual condenação, e quando cabível a compensação, a teor do artigo
767, da CLT, sob pena de caracterizar o enriquecimento sem causa insculpido no artigo
884 do Código Civil.
REQUER que seja determinada a comprovação de toda diferença

pretendida pela reclamante, por amostragem, com base no artigo 818 da CLT, sob pena
de preclusão prevista no artigo 223 do NCPC.
REQUER, após o trânsito em julgado em caso de decisão condenatória,

que seja concedido prazo, não inferior a 10 dias, para a elaboração da conta de
liquidação, a teor do disposto nos artigos 878 e 879, § 1º-B, da CLT c/c artigo 805 do
NCPC.
REQUER, ainda, seja-lhe permitida a produção de toda e qualquer prova

para a elucidação das questões aventadas, e o advogado subscritor declara autênticas as
fotocópias juntadas nos termos do artigo 830, da CLT, inclusive quanto às fichas
financeiras, nos termos do artigo 425, V, do NCPC.
REQUER, também, sejam todas as intimações à reclamada efetuadas

necessariamente no nome do procurador Gustavo Regis de Figueiredo e Silva
(OAB/SC 14.807), sob pena de nulidade (Súmula nº 427, do TST; STF HC 86267/BA,
Ministro Marco Aurélio, DJU 28/04/2006, p. 23).
REQUER, finalmente, seja a ação julgada totalmente improcedente com

a condenação da autora nas cominações de estilo.
Termos em que pede deferimento,
Florianópolis/SC, 06 de novembro de 2023.
NATÁLIA SILVESTRI
OAB/SC 39.360
GUSTAVO REGIS DE FIGUEIREDO E SILVA

OAB/SC 14.807
Fls.:
Fls.:240
306
EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA 6ª VARA DO TRABALHO DE

FLORIANÓPOLIS - SC.
Processo nº 0000593-28.2021.5.12.0036
Contestação
EMBRACON SERVICOS ESPECIALIZADOS CONDOMINIAS S/A, EMBRACON

ADMINISTRADORA DE CONDOMINIOS LTDA – EPP, EMBRACON SEGURANCA E
VIGILANCIA S/A, e CONDOMINIO THE OFFICE AVENIDA, CONDOMINIO
RESIDENCIAL JARDINS DE BORDEAUX, por seu advogado abaixo
assinado, constituído nos termos do instrumento de mandato anexo,
vem perante V.Exa. CONTESTAR a presente reclamação trabalhista,
interposta por LARISSA CHEIRAM RABELLO, requerendo, desde já, a sua
total improcedência, pelos motivos que se demonstrará a seguir:
SINTESE DA DEMANADA
Em síntese, a Reclamante argui a legitimidade da LEI 13.467/2017

(reforma trabalhista) aduzindo sua inconstitucionalidade perante o
ordenamento pátrio. Aduz ainda a reclamante que laborou em
sobrejornada; Que exercia trabalho de igual valor com as paradigmas
Sr. Márcia Bonow, Sra. Marlen Emilene Bandeira Santos, Sra. Nathalia
Nunes, Sra. Beatriz Figueiredo e Sra. Karla Eirado; Que teria sofrido danos
morais por supostamente laborar forçosamente acometida com a
Covid-19 para a Reclamada; e que ainda teria sido coagida a adquiri
um notebook para , por fim pleiteou horas extras, equiparação salarial,
indenização por danos morais e que se aplique responsabilidade
subsidiaria e solidaria perante as demais Reclamadas.
De início a Reclamada impugna todos os fatos alegados posto que

absolutamente inverídicos, bem como impugna todos os documentos
trazidos aos autos face que produzidos de forma unilateral, não
elucidam a lide e não condizem com a realidade. A reclamação não
merece ser acolhida, sob qualquer aspecto, senão vejamos.
Assinado eletronicamente por: EDENILSON BISPO SALES - 20/09/2021 23:14:57 - 4b7bf18

Número do processo: 0000593-28.2021.5.12.0036 ID. 4b7bf18 - Pág. 1
Assinado eletronicamente por: GUSTAVO REGIS DE FIGUEIREDO E SILVA - Juntado em: 06/11/2023 11:32:14 - d30e27f
Fls.:
Fls.:241
307
PRELIMINARMENTE
DA LEI N. 13467/2017 REFORMA TRABALHISTA
A presente ação foi ajuizada em 13/08/21, após a vigência da Lei nº

13.427/17 e, portanto, a princípio, as suas regras aplicam-se ao contrato
de trabalho em voga e a Reclamação Trabalhista apresentada.
Ademais, considerando os princípios da segurança jurídica e da

confiança do ordenamento pátrio, rechaça-se de plano a arguição da
não aplicabilidade da Lei nº 13.427/17 (Reforma Trabalhista).
Assim, pugna-se pelo acolhimento da preliminar defensiva.
DA ILEGITMIDADE PASSIVA AD CAUSAM
DA RESPONSABILIDADE SOLIDARIA OU SUBSIDIARIA
A presente reclamação foi proposta contra a Orsegups Participações

S/A, a Empresa Segurança e Vigilância e Embracon Serviços
Condominiais, bem como propostas contra os condomínios
Condomínios reclamados La Perle Beira Mar - CNPJ: 10.212.365/0001-33;
Condomínio The Office Avenida - CNPJ: 17.320.759/0001-54;
Condomínio Residencial Jardins De Bordeaux - CNPJ: 15.575.950/0001-11
no entanto, são parte ilegítima para figurar no polo passivo da
demanda, pelos motivos de fato e direito a seguir expostos.
Nobre Magistrado, pleiteia o Reclamante que sejam as Rés

condenadas, de forma solidária, ao pagamento das verbas
pretendidas, solicitando que em caso de eventualidade seja a as 4º, 5º,
6º e 7º Reclamadas condenadas de forma subsidiária aos pagamentos
indicados na exordial.
Totalmente improcedente o pleito.
Inicialmente, é de rechaçar qualquer vínculo sucessório das reclamadas

Embracon Administradora EIRELLI, Embracon Segurança e Vigilância S/A
e Embracon Serviços Condominiais S/A, junto a 4ª Reclamada Orsegups
Participações.
É necessário elucidar que perante as empresas Embracon Serviços

Condominiais S/A e Embracon Segurança e Vigilância S/A, ocorreu
negócio jurídico de transferência de carteira de clientes para Empresa
Orsegups Participações. Destacamos:

Fls.:
Fls.:242
308
O negócio Jurídico entre as empresas Embracon Serviços Condominiais

e Embracon Segurança e Vigilância junto a Orsegups Participações foi
de transferência de carteira de clientes e entabulado em 05/08/2021.
Desta maneira, jamais a Reclamante forneceu sua força de trabalho

em prol da 4ª Reclamada Orsegups Participações S/A, haja vista seu
vínculo ter se findando em 19/02/2021, ou seja 5 meses ante da
transação negocial.
Ademais, é de se repetir que não te trata de sucessão empresarial ou

trabalhista, posto que o negócio tratou-se de uma cessão de parte da
carteira de clientes da Embracon Serviços Condominiais e Embracon
Segurança e Vigilância para Orsegups Participações S/A.
Ainda, o vínculo da reclamante do período ora alegado de 25/02/2019

a 19/02/2021 é entre a empresa KCL Soluções Condominiais que não
está no polo passivo da reclamatória, e Embracon Administradora de
Condomínio Eirelli.
Faz-se necessário observar que as demais Reclamadas, quais sejam

Orsegups Participações S/A, a Empresa Segurança e Vigilância e
Embracon Serviços Condominiais, bem como os Condomínios
reclamados La Perle Beira Mar - CNPJ: 10.212.365/0001-33; Condomínio
The Office Avenida - CNPJ: 17.320.759/0001-54; Condomínio Residencial
Jardins De Bordeaux - CNPJ: 15.575.950/0001-11, sequer deveria estar
presente nesta lide, uma vez que não há qualquer relação de trabalho

Fls.:
Fls.:243
309
entre o Reclamante e a Reclamada, que denote a responsabilidade

solidária ou subsidiaria pretendida.
Cumpre destacar ainda que a Reclamante NUNCA prestou serviços

para os condomínios reclamados.
Nobre julgador, todo o período laboral da Reclamante se deu em favor

da empresa KCL Soluções Condominiais (que não está no polo passivo
da reclamatória), e Embracon Administradora de Condomínio Eirelli,
que permanece existindo, ativa, e é a legítima responsável pelas
demandas trabalhistas de seus ex-colaboradores.
Todavia, mesmo que se considere que exista alguma responsabilidade,
por menor que seja, das RECLAMADAS, Orsegups Participações S/A, a
Empresa Segurança e Vigilância S/A, Embracon Serviços Condominiais
S/A, bem como os Condomínios reclamados LA PERLE BEIRA MAR;
Condomínio The Office Avenida; Condomínio Residencial Jardins De
Bordeaux, é cediço que tal responsabilidade não pode ser imputada a
título de solidariedade, tendo em vista que essa decorre apenas de
disposição legal ou acordo entre as partes, sendo certo que nenhuma
das duas situações está presente no pleito sub judice, in litteris:
RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA. NÃO CABIMENTO. Nos

termos do art. 265 do Código Civil de 2002, a
solidariedade não se presume, decorrendo da lei ou da
vontade das partes. (TRT12 - ROT - 0000606-
92.2018.5.12.0016 , HELIO HENRIQUE GARCIA ROMERO , 1ª
Câmara , Data de Assinatura: 23/08/2019)
Com efeito, as alegações constantes da inicial não são verdadeiras, na

exata medida em que tentam fazer crer que os Condomínios
reclamados Condomínio The Office Avenida; Condomínio Residencial
Jardins De Bordeaux são responsáveis pelo Reclamante, posto que
desconhecem inteiramente a obreira haja vista que esta jamais lhe
prestaram quaisquer serviços.
E não é por demais ressaltar, que é princípio processual que incumbe ao
Autor provar os fatos constitutivos do seu direito, e à Reclamada, os
fatos impeditivos, modificativos e extintivos dos direitos dela, salvo
melhor juízo, entende a Reclamada que os pleitos reivindicados na
inicial têm caráter eminentemente constitutivo de direito, razão pela
qual nos termos do art. 818 da CLT c/c o art. 333, I do CPC, a prova
daquelas alegações iniciais depende exclusivamente da Reclamante,
incumbindo-lhe o encargo probatório para fazer jus ao que pleiteia.
A jurisprudência pátria é uníssona neste sentido, vejamos:
Ementa: RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA. ÔNUS DA

PROVA DA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS- é do autor o ônus
de comprovar a prestação de serviços em favor do

Fls.:
Fls.:244
310
suposto tomador de serviços, por tratar-se de fato

constitutivo de seu direito, diante da negativa da defesa
da segunda reclamada. Processo 0000501-
76.2020.5.05.0037, Origem PJE, Relator(a)
Desembargador(a) YARA RIBEIRO DIAS TRINDADE, Terceira
Turma, DJ 18/09/2021.
Por todo o exposto, a 1ª, 3º 6º e 7º Reclamadas, desde já, rogam pela

sua exclusão da lide, em vista de não possuir qualquer relação com o
Reclamante que denota a responsabilidade pretendida na
reclamatória.
Alternativamente, caso eventual condenação seja imputada 1ª, 3º 6º e

7º Reclamadas, o que se admite por argumentação, seja deferida
apenas de forma subsidiária durante o período que teria supostamente
laborado em favor destas, pleiteando desde já o benefício de ordem,
nos termos da legislação obreira.
Ementa: RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA - BENEFÍCIO

DE ORDEM - responde o responsável subsidiário pela
execução quando esta se apresenta ineficaz contra
o devedor principal. Processo 0061100-
Desembargador(a) YARA RIBEIRO DIAS TRINDADE,
Terceira Turma, DJ 18/09/2021
DO MÉRITO
DA JORNADA. DA SUPOSTA HORAS EXTRAS E DA SUPOSTA

SUPRESSÃO/REDUÇÃO DO INTERVALO INTRAJORNADA.
INTERVALO DEDICADO A MULHER
EXCEÇÃO DA REGRA DO ART. 74, §2º DA CLT
PERCEPÇÃO DE GRATIFICAÇÃO DE FUNÇÃO. CARGO DE CONFIANÇA.
EXCEÇÃO DA REGRA DO ART. 62, II DA CLT
O reclamante alega em sua exordial que usufruía cerca de 20 (vinte)
minutos de intervalo intrajornada, o que se constitui em desobediência
à determinação insculpida no “caput” do artigo 71 da CLT,
considerando a jornada por ela cumprida, superior a 06 (seis) horas
diárias.
Inicialmente, a Reclamada impugna a jornada declinada na inicial pelo

reclamante, porque inverídicas suas alegações, haja vista que não
trabalhava o reclamante em sobrejornada, haja vista nao tinha a
jornada.

Fls.:
Fls.:245
311
É de se observar que o reclamante trabalhava encontrasse na exceção

da regra insculpida no art. 74, §2º da CLT em determinando periodo.
Conforme denota-se da CPTS, e registro do empregado, o empregado

foi adminitido pela Empresa KCL Solucoes Condominiais Ltda. Em
25/02/2019 até o dia 01/06/2020, para exercer função de Gerente
Auxiliar.
Admissão e Desligamento da Colaboradora KCL Serviços Condominiais:
A empesa KCL Solucoes Condominiais, possuia menos de 10

empregados no quadro conforme evidenciamos abaixo, e assim se
enquadrando na exceção do art. 74, §2º da CLT, vejamos:
Desta forma, regra o art 74,§ 2º da CLT que:
“Consolidação das Leis do Trabalho.
Art. 74.

Fls.:
Fls.:246
312
§ 2º Para os estabelecimentos com mais de 20

(vinte) trabalhadores será obrigatória a anotação
da hora de entrada e de saída, em registro manual,
mecânico ou eletrônico, conforme instruções
expedidas pela Secretaria Especial de Previdência
e Trabalho do Ministério da Economia, permitida a
pré-assinalação do período de repouso. (grifo
nosso)”
Destarte que a empregada nao laborava em sobrojornada, posto que

cumpria jornada que iniciava das 8h00 até 12h00 e das 13h15min às
18h, com intervalo de 1h15min para almoço. Eventualmente quando
extrapolava minutos havia compensação de jornada nos termos de
acordo de compensação transacionado entre as partes.
Desta feita, hão ha que se falar em horas extraordinarias.
Ademais, melhor razão não assiste a reclamante no periodo de

01/06/20 a 19/02/21, posto que admitida pela Reclamada Embracon
Administradora De Condominios Ltda - EPP - CNPJ: 22.564.737/0001-70.
Para a 2º reclamada, exercia cargo de confiança com respectiva

gratificação legal nos termos do contracheque do periodo não se
sujeitando a horário e a controle de ponto/frequência, podendo
chegar mais tarde e também sair mais cedo, o que também por esta
razão não lhe seria devida nenhuma jornada extraordinária.
Ou seja, o Reclamante ao exercicio do cargo de confiança, com

poderes de gestão e remuneração elevada não se encontrava sujeito a
controle de horário, dentro regra inserta no art. 62, II da CLT.
Conforme documentos trazidos aos autos, o reclamante exerceu cargo

de confiança, com respectiva gratificação de função conforme
evidenciado nos contracehques anexos. Destacamos abaixo por
amostragem o periodo:

Fls.:
Fls.:247
313
Contracheque 11/2020
Contracheque 09/2020

Fls.:
Fls.:248
314
E os cargos de confiança exercido pelos empregados das empresas,

com poderes de gestão, cujo exercício, denota desde o início a
impossibilidade de se reconhecer o labor em sobrejornada, aliado ao
fato de que a remuneração elevada do cargo está diretamente
vinculada à relevância da função, distinta da pessoa do empregado,
aplicando-se por conseguinte a regra inserta no art. 62, II da CLT.
Nesse sentido caminha a jurisprudência pátria:
Ementa: CARGO DE CONFIANÇA. HORAS

EXTRAS. Hipótese em que restou comprovado o
fato de que o reclamante se enquadrava na
exceção do art. 62, inciso II, da CLT, sendo
indevido o pagamento de horas extras e
reflexos. Recurso do reclamante a que se nega
provimento, no particular. (TRT-4 - RO:
00010954120135040271, 3ª Turma, Data de
Publicação: 16/08/2016).
Ementa: HORAS EXTRAS. CARGO DE CONFIANÇA

- o art. 62, inciso II, da CLT, com a redação
conferida pela Lei 8.996/94, admitiu incluídos na
exceção do caput, além do gerente com
exercício de poderes de mando e gestão,
também os chefes de departamento ou filial,
não raro destituídos de tais competências, sem
atribuições, mas encarregados de também gerir
a célula do empreendimento empresarial, sem
assumir, integralmente, a substituição do
empregador. Comprovado o enquadramento
do reclamante na exceção do inciso segundo,
trabalhando sem controle da jornada, restam
indevidas as horas extras. Processo 0000332-
Desembargador(a) YARA RIBEIRO DIAS
TRINDADE, Terceira Turma, DJ 18/09/2021.
Ementa: HORAS EXTRAS. CARGO DE

CONFIANÇA. ART. 62, II DA CLT. Cumpre anotar
que, para o enquadramento do empregado na
exceção prevista no dispositivo mencionado
faz-se imprescindível a comprovação de que,
no exercício de suas funções, o empregado
possuía elevadas atribuições e poderes
decorrentes do cargo de gestão, ou seja,
amplos poderes de gestão e autonomia, que
justifiquem a ausência de efetivo controle de

Fls.:
Fls.:249
315
jornada laboral, bem assim distinção

remuneratória, à base, de no mínimo, 40% a
mais do salário do cargo efetivo. Processo
0001219-26.2016.5.05.0195, Origem PJE,
Relator(a) Desembargador(a) SUZANA MARIA
INACIO GOMES, Primeira Turma, DJ 16/09/2021.
Dessa forma, é inteiramente descabida a postulação do Reclamante

de obter ganho salarial em face de suposta jornada extraordinária,
sabendo de que exercia função de confiança na empresa e não se
encontrava sujeito a controle de horário.
Ademais as atividades desempenhadas pelo Reclamante não a

impediam de usufruir desse descanso.
Assim, face a essas circunstâncias é mais um pedido do Reclamante,

cai no vazio, sem qualquer apoio fático ou legal, daí a sua inteira
improcedência.sendo este o horário de funcionamento da Reclamada,
não sendo verdadeira a sobrejornada alegada pelo Reclamante na
peça vestibular.
Consequentemente, pelos motivos narrados, impossível o deferimento

do pagamento das horas extras postuladas e os respectivos
consectários, bem como o deferimento do pagamento dos domingos e
feriados em dobro e os respectivos consectários.
Resta, portanto inteiramente impugnado, a jornada declinada na peça

vestibular e o suposto crédito de horas extras.
Portanto pede indeferimento a postulação formulada, nada sendo

devido a título de diferenças de horas extras do intervalo intrajornada e
respectivo adicional.
DO PLEITO DE EQUIPARAÇÃO SALARIAL. DA AUSENCIA DE REQUISTOS

DO ART. 461 DA CLT.
A Reclamante pretende obter equiparação salarial alegando que

sempre exercera trabalho de igual valor, com mesma produtividade e
com a mesma perfeição técnica do paradigma Sr. Márcia Bonow,
Marlen Emilene Bandeira Santos, Nathalia Nunes, Beatriz Figueiredo e
Karla Eirado.
Constata-se, pois, da inicial, que a pretensão deduzida, é no sentido de

obter diferenças de salário em razão de que o modelo recebia salários
superiores.
A pretensão do reclamante não merece guarida sob qualquer aspecto

fático e jurídico.
10

Fls.:
Fls.:250
316
De início, a Reclamada impugna os fatos trazidos na exordial pelo

reclamante, posto que são inverídicos e não condizentes com a
realidade fática, haja vista que jamais exercera atividades idênticas a
do paradigma com mesma produtividade e perfeição técnica.
Para elucidação da demanda, indispensável transcrever o artigo 461

da CLT que elenca os requisitos da equiparação salarial pretendida
pela reclamante:
“Art. 461 - Sendo idêntica a função, a todo trabalho de

igual valor, prestado ao mesmo empregador, no
mesmo estabelecimento empresarial, corresponderá
igual salário, sem distinção de sexo, etnia,
nacionalidade ou idade. (Redação dada pela Lei nº
13.467, de 2017)
§ 1º - Trabalho de igual valor, para os fins deste
Capítulo, será o que for feito com igual produtividade e
com a mesma perfeição técnica, entre pessoas cuja
diferença de tempo de serviço para o mesmo
empregador não seja superior a quatro anos e a
diferença de tempo na função não seja superior a dois
anos. (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017)
§2º - Os dispositivos deste artigo não prevalecerão
quando o empregador tiver pessoal organizado em
quadro de carreira ou adotar, por meio de norma
interna da empresa ou de negociação coletiva, plano
de cargos e salários, dispensada qualquer forma de
homologação ou registro em órgão público.
(Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017)
§ 3º - No caso do § 2o deste artigo, as promoções
poderão ser feitas por merecimento e por antiguidade,
ou por apenas um destes critérios, dentro de cada
categoria profissional. (Redação dada pela Lei nº
13.467, de 2017)
§ 4º - O trabalhador readaptado em nova função por
motivo de deficiência física ou mental atestada pelo
órgão competente da Previdência Social não servirá
de paradigma para fins de equiparação salarial.
(Incluído pela Lei nº 5.798, de 31.8.1972).”
Neste interim, rechaça-se todos os pleitos autorais face a ausência do

preenchimento dos requisitos do art. 461 da CLT.
Não se pode olvidar, ainda, que a súmula 6 do TST é clara quando

afirma que equiparação salarial só é possível se o empregado e o
paradigma exercerem a mesma função, desempenhando as mesmas
tarefas, logo como o Reclamante e o Paradigma.
11

Fls.:
Fls.:251
317
No caso dos autos o reclamante e o paradigma não exerceram que for

feito com igual produtividade, os pedidos formulados na exordial ficam
prejudicados.
Para elucidação, é de observar que não havia identidade funções e

com trabalho de igual valor, posto que a reclamante executava as
seguintes tarefas:
• Lançamento de taxas de unidades; Atendimento até 20 (vinte

clientes) Realiza Previsão Orçamentaria, analisar o histórico dos
consumos, tomando por base os dados cadastrais do imóvel;
Entretanto, o paradigma Sr. Márcia Bonow, Marlen Emilene Bandeira

Santos, Nathalia Nunes, Beatriz Figueiredo e Karla Eirado:
• Lançamento de taxas de unidades; Atendimento de 40 (quarenta

clientes). Realização de Previsão Orçamentaria e Pauta, analisar
o histórico, Conciliação;
Neste esteio, não há identidade de funções, conforme estabelece o art

461 da CLT, bem como definido na Sumula 6, III do TST. Vale citar trecho,
da Sumula 6 do TST:
“Súmula nº 6 do TST
EQUIPARAÇÃO SALARIAL. ART. 461 DA CLT

(redação do item VI alterada) – Res.
198/2015, republicada em razão de erro
material – DEJT divulgado em 12, 15 e
16.06.2015
I - Para os fins previstos no § 2º do art. 461

da CLT, só é válido o quadro de pessoal
organizado em carreira quando
homologado pelo Ministério do Trabalho,
excluindo-se, apenas, dessa exigência o
quadro de carreira das entidades de
direito público da administração direta,
autárquica e fundacional aprovado por
ato administrativo da autoridade
competente. (ex-Súmula nº 06 – alterada
pela Res. 104/2000, DJ 20.12.2000)
II - Para efeito de equiparação de salários

em caso de trabalho igual, conta-se o
tempo de serviço na função e não no
emprego. (ex-Súmula nº 135 - RA 102/1982,
DJ 11.10.1982 e DJ 15.10.1982)
12

Fls.:
Fls.:252
318
III - A equiparação salarial só é possível se o

empregado e o paradigma exercerem a
mesma função, desempenhando as
mesmas tarefas, não importando se os
cargos têm, ou não, a mesma
denominação. (grifo nosso)
Logo, resta demonstrado a total impossibilidade de equiparação

salarial, uma vez que as atividades são totalmente diferentes, bem
como o grau de complexidade e qualificação das tarefas do
paradigma são superiores.
Registra-se que o Enunciado n° 202 do STF, conduz ao entendimento

QUE O SERVIÇO SEJA DE IGUAL VALOR - Serviço de igual valor é aquele
prestado com igual produtividade e a mesma perfeição técnica, o que
na hipótese é impossível de mensurar, porque, as atividades não eram
iguais e não sendo iguais não há como dar tratamento igual aos
desiguais.
Importante evidenciar que a valoração do tempo de serviço e de

competências como critério para posicionamentos mais elevado,
sempre foram observados pela Reclamada, tanto que um dos critérios à
valoração profissional é a especialização, padrões de trabalho -
produtividade, agilidade, qualidade, iniciativa, criatividade,
comprometimento, senso de responsabilidade, relacionamento
interpessoal, etc., que o Reclamante não logrou comprovar.
Assim, cai por terra, a frágil argumentação do autor lançada na peça

vestibular, que levará indubitavelmente esta MM. Vara a indeferir o
pleito visto que ausentes os requisitos legais, ou seja, de tempo de
serviço na função, identidade das tarefas, igual produtividade,
perfeição técnica.
Logo, em procedendo à exegese mais razoável dos preceptivos supra,

extrai-se a ilação de que a equiparação salarial demanda uma série de
requisitos, quais sejam: IDENTIDADE DE FUNÇÃO; SERVIÇO DE IGUAL
VALOR, PRESTADO AO MESMO EMPREGADOR, NA MESMA LOCALIDADE;
QUE NÃO HAJA DIFERENÇA ENTRE O PARADIGMA E PARAGONADO
SUPERIOR A DOIS ANOS, E QUE NÃO HAJA QUADRO DE CARREIRA
ORGANIZADO.
Assim a Reclamada, nega veemente e peremptoriamente o pedido de

equiparação salarial.
DESSA FORMA, INCABÍVEL ATENDER A PRETENSÃO DA RECLAMANTE DE OBTER diferenças

salariais em face do paradigma.
Assim, por qualquer ângulo, não prospera a pretensão objetivada,

seguindo a sorte os consectários.
13

Fls.:
Fls.:253
319
DAS DESPESAS DA COMPRA DE UM COMPUTADOR
Nobre julgador, é de se impugnar os fatos trazidos na reclamação

trabalhista pela obreira no tocante a aquisição obrigatória de
computadores, bem como de fornecer equipamento usado.
A obreira em total má fé, e falta com a verdade alega a imposição da

compra do equipamento.
Em verdade, foi disponibilizado uma linha de creditos para os

empregados que desejassem adquiri equipamentos eletrônicos a
exemplos de notebook, pudessem ser subsidiados pela empresa.
A Reclamada fazia a aquisição mediante a solicitação do empregado,

ofertando a linha de credito com desconto em folha.
Conforme evidenciado aos autos, a reclamada disponibilizava linhas de

credito em parcelas de 24x vezes, afim de promover ao empregado um
benefício. Em nenhum momento foi imposto ao empregado a aquisição
de um equipamento eletrônico tendo em vista que não é objeto das
Reclamadas a venda de equipamentos eletrônicos.
Ademais, todos os notebooks eram novos, e em nenhum momento

havia limitação de uso aos empregados pois os equipamentos lhe
pertenciam. È de se elucidar que mesmo após a rescisão todos
permaneciam com os notebooks comprados, posto que em nenhum
momento a empresa lhes exigia.
Não há nenhum acometimento de ato ilícito pela Reclamada, na tenta

vil da obreira de desvirtuar o enriquecer-se ilicitamente.
Ademais, a Lei n. 10.820/2013, estabelece que os empregados podem

autorizar o desconto em folha de pagamento dos valores referentes a
empréstimos, contudo, esse desconto não pode exceder de 30% do
salário do empregado.
Assim, conforme elucidado aos autos, foi expresso a autorização do

desconto pra aquisição do notebook, em voluntariedade da aquisição
ao empregado.
A responsabilidade civil, conforme ampla e pacificamente reconhecido

pela doutrina e jurisprudência, assenta-se na caracterização de
imprescindíveis três requisitos:
O ato ilícito, na qualidade de dolo, enquanto importar em ação ou
omissão voluntária; ou culpa em sentido estrito, na condição de
negligência, imperícia ou imprudência.
O dano suportado pela vitima, como ofensa a qualquer bem jurídico,

lesando o seu patrimônio.
14

Fls.:
Fls.:254
320
O nexo de causalidade entre o dano e a conduta do agente, ou seja, a

relação necessária e essencial de causa e efeito entre o ato praticado
pelo agente e o dano propalado.
Para se configurar o ato ilícito capaz de ensejar a reparação em danos
morais e/ou materiais, mister a ocorrência concomitante destes três
elementos, sem os quais não se poderá falar em responsabilidade civil
e, muito menos, em obrigação de indenizar.
Ementa: INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E

MATERIAIS - Inviável o acolhimento da pretensão,
quando ausentes os requisitos do dever de indenizar
- a confirmação do dano em si e o nexo de
causalidade com o trabalho, sendo despiciendo o
exame da culpabilidade do ex-empregador tratada
no inciso XXVIII, art.7º, da Constituição da República.
Processo 0000202-13.2020.5.05.0195, Origem PJE,
Relator(a) Desembargador(a) YARA RIBEIRO DIAS
TRINDADE, Terceira Turma, DJ 16/09/2021
Ementa: INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL E

MATERIAL. O reconhecimento de direito à
indenização por danos morais e materiais requer a
presença simultânea do ato ilícito e culpa do
agente, do implemento do dano, e, do nexo causal,
permanecendo com a parte autora o encargo de
comprovar os fatos constitutivos do direito pleiteado
e ao reclamado aqueles impeditivos, modificativos
ou extintivos - artigos 818 da CLT e 373, inciso I, do
CPC vigente. Processo 0000041-59.2019.5.05.0026,
Origem PJE, Relator(a) Desembargador(a) YARA
RIBEIRO DIAS TRINDADE, Terceira Turma, DJ
16/09/2021
Desta forma, não merece prosperar o pleito obreiro, por qual merece
ser julgado totalmente improcedente.
DA INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS
Pelo que se pode compreender da causa de pedir exposta na peça de

ataque, a reclamante pretende pagamento de indenização por danos
morais alegando que a Reclamada o teria exigido a continuidade do
labor acometida com a doença da Covid-19.
15

Fls.:
Fls.:255
321
Inicialmente, a Reclamada impugna veementemente, as alegações

aduzidas pela Reclamante na inicial não condiz com a realidade
laboral, sendo pura fantasia de que a Reclamada teria lhe exigido labor
em face de doença.
Infere-se que as Reclamadas nunca praticaram qualquer ato ilícito,

doloso, ou mesmo culposo, que ensejasse o pedido e a consequente
condenação por danos morais.
A Reclamadas sempre zelaram pela saúde e proteção ao trabalhador.

Evidenciamos abaixo ações da Empresa que rechaçam as alegações
da Reclamante.
Comunicado:
16

Fls.:
Fls.:256
322
Nobre julgador, as alegações da Reclamada são totalmente

inverídicas. Assim, impugna-se todos os fatos e documentos alegados
pela Reclamante.
A violação de regras sanitárias atinge a coletividade e a vida de

inúmeras famílias, e jamais foi conduta da reclamada, sendo uma
tentativa vil e de má fé da Reclamante com a falta da verdade.
Ademais, não estão presentes, in casu, os elementos ensejadores da

responsabilidade civil no que tange aos danos morais, na medida em
que não só os fatos alegados pela reclamante são inverídicos, como
também inexistem o dano, o nexo causal e a culpa das contestantes.
Dos elementos para configuração para o Dano Moral:
De proêmio, cumpre destacar, em atenção ao princípio da

eventualidade, não estarem presentes, in casu, quaisquer dos
elementos necessários ao surgimento do dever de indenizar.
A responsabilidade de indenizar nasce da conduta indevida do agente,

que pratica um ato contra o direito, provocando dano a outrem,
mesmo que não tenha intenção direta de lesar. O ato ilícito pode ser
doloso ou culposo, e sem que estes dois elementos estejam presentes
no comportamento do agente, não há que se falar em
responsabilidade prevista no artigo 186 do Código Civil.
A responsabilidade civil, conforme ampla e pacificamente reconhecido

pela doutrina e jurisprudência, assenta-se na caracterização de
imprescindíveis três requisitos:
O ato ilícito, na qualidade de dolo, enquanto importar em ação ou
omissão voluntária; ou culpa em sentido estrito, na condição de
negligência, imperícia ou imprudência.
O dano suportado pela vitima, como ofensa a qualquer bem jurídico,

lesando o seu patrimônio.
O nexo de causalidade entre o dano e a conduta do agente, ou seja, a

relação necessária e essencial de causa e efeito entre o ato praticado
pelo agente e o dano propalado.
Para se configurar o ato ilícito capaz de ensejar a reparação em danos
morais e/ou materiais, mister a ocorrência concomitante destes três
elementos, sem os quais não se poderá falar em responsabilidade civil
e, muito menos, em obrigação de indenizar.
A responsabilidade civil, relativamente às hipóteses de acidente de

trabalho, depende de prova inconteste do dano sofrido pelo
empregado, do nexo de causalidade e da culpa ou dolo do
empregador.
17

Fls.:
Fls.:257
323
Nesse caminho, a propósito, em eminente lição, ensina o insigne

WASHINGTON DE BARROS MONTEIRO:
“..., a responsabilidade civil tem como

extremos legais: a) a existência de um
dano contra o direito; b) a relação de
causalidade entre esse dano e o fato
imputável ao agente; c) a culpa deste, isto
é, que o mesmo tenha obrado com dolo
ou culpa (negligência, imprudência ou
imperícia).” (sic)
Decerto, ausentes quaisquer dos elementos supra indicados, obstado

estará, de todo, a constituição do dever de indenizar.
Pelo exposto, restam contestados os pedidos de danos morais, em

razão de que não se pode imputar à empresa ré uma obrigação por
um dano inexistente.
Partindo-se do pressuposto de que só é devida indenização pelos

supostos danos morais sofridos pelo empregado caso a empresa tenha
agido com dolo ou culpa, cumpre analisar de quem é o ônus da prova
da existência ou não destes elementos (culpa e dolo).
Como cediço a obrigação de indenizar é corolário lógico da prática de

um ato ilícito, que se configura quando alguém, por ação ou omissão
voluntária, negligência ou imprudência, viola direito e causa dano a
outrem.
A doutrina entende conforme acima exposto, valendo transcrever o

entendimento de Humberto Theodoro Júnior em sua obra “Dano Moral”,
senão vejamos:
“Vê-se, pois, que, no tema sob enfoque, há

que se distinguir a indenização oriunda da
infortunística (risco da atividade) e a
indenização fundada na responsabilidade
civil do direito comum (responsabilidade
aquiliana). Àquela são aplicáveis os
princípios da responsabilidade objetiva, ou
culpa presumida. Porém, para que a vítima
faça jus à indenização civil de direito
comum, “é necessário que prove a culpa
do empregador.” (STJ, REsp. 39.833/MG, 4ª
T., Rel. Min. Antônio Torreão Braz, DJU
22.8.94, p. 21.266).
“O ressarcimento de dano material e

moral, na espécie, somente será imputado
ao empregador se o autor da ação
indenizatória cumprir adequadamente, o
18

Fls.:
Fls.:258
324
ônus da prova quanto à infração

praticada pelo réu, no fato configurador
da causa do acidente.” (Dano Moral,
Editora Oliveira Mendes, 1ª edição, 1998, p.
31). (grifo nosso).
O reclamante, em momento algum, provou ou mesmo alegou que a

empresa contestante, por um dos seus prepostos, tenha concorrido
com os elementos subjetivos dolo ou culpa, requisitos indispensáveis
para que pudesse fazer jus ao ressarcimento pelos supostos danos
morais e materiais.
Pelo contrário, o pleito de dano moral foi elaborado em face de uma

suposta dispensa arbitrária, direito único e exclusivo do Empregador, o
qual a contestante é estranha, conforme ficou comprovado no corpo
desta peça contestatória.
Assim, não há prova do nexo de causalidade entre o suposto dano e a

conduta do agente, muito menos, da contestante.
O que se percebe, é que restou desconfigurada não só a culpa ou dolo

do empregador, mas também o nexo de causalidade entre o suposto
dano e a conduta desta da reclamada.
A indenização por danos morais pressupõe inequívoca comprovação

de lesão à imagem, honra, intimidade ou vida privada do empregado
(artigo 5º, X, da Constituição Federal), o que não está provado e nem
se provará.
Com efeito, tratando-se de dano moral, de forma geral, o requerente

na ação deverá provar a ocorrência do ato ilícito, o que equivale a
dizer que, na seara trabalhista, se o trabalhador pretende ser
indenizado por ofensa a um atributo da sua personalidade pelo seu
empregador, não basta alegar, terá que provar o fato ofensivo
cometido contra a sua pessoa, sob o risco de improcedência do
pedido indenizatório. Isso porque, não é qualquer dissabor ou qualquer
contrariedade que caracterizará o dano moral.
Como é comezinho, são pressupostos da responsabilidade civil, o dano,

a ação lesiva e o nexo causal. E no caso dos autos, não foi
demonstrada qualquer ação lesiva, qualquer ato ilícito praticado pela
Reclamada que pudesse causar prejuízo à esfera jurídica do
Reclamante.

19

Fls.:
Fls.:259
325

DAS ALEGADAS DIFERENÇA DE COMISSÕES – INTEGRAÇÃO DAS

COMISSÕES E COMISSÕES PENDENTES
Aduz a obreira que não foi realizado o pagamento correto de

comissões, bem como seriam devidos valores relativos ao denominados
AGO e AGS correspondentes a participação de Assembleias
Condominiais, o que desde já se impugna.
Equivocada a pretensão autoral, pois os pagamentos das comissões ao

Autor eram devidamente corretos, bem como a bonificação dos AGO
e AGS conforme contracheque trazido aos autos.
Não há que se falar em diferenças salariais posto que foram

devidamente quitados no período contratual.

Ementa: COMISSÕES. ÔNUS DA PROVA. Não tendo o

Reclamante se desvencilhado do ônus probatório
relativo ao pagamento comissões sobre outra
rubrica, não há como ser acolhido o pedido de
integração ao salário, com a consequente
apuração de diferenças. Processo 0000288-
Desembargador(a) SUZANA MARIA INACIO GOMES,
Primeira Turma, DJ 13/09/2021
Desta forma, não merece prosperar o pleito obreiro, por qual merece
ser julgado totalmente improcedente.
20

Fls.:
Fls.:260
326
DA IMPUGNAÇÃO AOS DOCUMENTOS COLACIONADOS AOS AUTOS PELO

AUTOR
De logo, a Reclamada impugna os documentos acostados pelo

Reclamante, uma vez que não têm o condão de comprovar os fatos
articulados na exordial, não servindo de prova para o quanto pleiteado
pelo Reclamante.
Os acordos e convenções coletivas juntados à inicial devem ser

interpretadas em favor da Embasa, já que ilustra que a Reclamada por
meio de negociações coletivas com o Sindicato, legítimo representante
da categoria, transacionou direitos disponíveis e patrimoniais, em atenta
observância do ordenamento jurídico pátrio.
Os demais documentos restam impugnados, eis que não guardam

qualquer contribuição para o deslinde do feito.
DA COMPENSAÇÃO E DEDUÇÃO
Sem prejuízo ou renúncia de todo o contestado, mas

acautelatoriamente, a Reclamada requer seja aplicada em seu favor,
as compensações de direito (artigo 767/CLT, Súmulas nº 18, 48, 85 do C.
TST) e, deduções no tocante a todas as verbas comprovadamente
pagas.
DOS JUROS E CORREÇÃO MONETÁRIA
A correção monetária, na incrível hipótese de alguma condenação,

deverá ser aplicada tendo como época própria o mês subsequente ao
da prestação de serviços, nos termos da Súmula 381 do TST, aplicando-
se, ainda, os juros legais e pro rata die.
Ademais, em se tratando de pedido acessório, seguirá a sorte do

principal. Improcedente a presente Reclamação, nada é devido de
juros e correção monetária, razão pela qual improcede o pedido.
DA AUTENTICIDADE DOS DOCUMENTOS
Os documentos apresentados em cópias com a presente defesa são

declarados autênticos pelos signatários, sob sua responsabilidade
pessoal, nos termos do artigo 830 da CLT (com a redação dada pela Lei
nº 11.925/2009).
21

Fls.:Fls.:
261 327
PEDIDO FINAL
Desse modo, requer sejam acolhidas as preliminares suscitadas e

deferida a compensação/dedução dos valores pagos a igual título,
observância das disposições das normas coletivas anexas e o seu prazo
de vigência, os dias efetivamente trabalhados e os descontos de ordem
legal, se alguma parcela vier a ser deferida, negadas as verbas e
pedidos constantes da inicial.
Por todo o exposto, improcedem e se contesta os pedidos constantes

da peça vestibular, por inteiramente despropositados e descabidos, na
forma das razões aduzidas nesta defesa, como se aqui estivessem
integralmente transcritas.
Isto posto espera e requer seja a ação julgada improcedente em todos

os seus termos, responsabilizado o Reclamante pelo pagamento das
custas.
Por fim, protesta pela produção de todos os meios de provas em direito

admitidos, depoimento pessoal do reclamante, ouvida de testemunhas,
juntada de novos documentos, tudo sem prejuízo da juntada de outros
documentos, pericial e demais que se façam necessários à elucidação
do feito.
Nestes termos,

Florianópolis, 20 de setembro de 2021

OAB/BA 36.173
OAB/SC 61.130-A
22

Fls.: 328
República Federativa do Brasil

Estado de Santa Catarina
Município e Comarca de Tubarão
2º Tabelionato de Notas e Protesto de Títulos
GUSTAVO SOARES DE SOUZA LIMA Tabelião
Ata notarial TRASLADO

Livro 225
Folha 37 - F
Protocolo: 195572
Dta Prot.:20/01/2023
ATA NOTARIAL SOLICITADA POR GUSTAVO REGIS DE FIGUEIREDO E SILVA COMO
SEGUE: SAIBAM todos os que virem este instrumento, que aos aos vinte dias do mês de
janeiro do ano de dois mil e vinte e três (20/01/2023), na sede deste 2ª Tabelionato,
localizado na Rua Lauro Muller, 500, Centro, neste Município e Comarca de Tubarão,
Estado de Santa Catarina, eu, TAINAN MARTINS DE CARVALHO, Escrevente, lavrei a
presente ata notarial a requerimento de GUSTAVO REGIS DE FIGUEIREDO E SILVA,
brasileiro, nascido em 24/04/1977, com 45 (quarenta e cinco) anos de idade, maior,
plenamente capaz, casado, advogado, inscrito na OAB/SC sob n° 14.807, portador da
CI/RG nº 3.099.219 (SSP/SC), inscrito no CPF/MF sob o nº 001.597.409-08, com endereço
profissional situado na Rua Padre Roma, nº 482, Bairro Atico, na Cidade de
Florianópolis/SC. O solicitante foi reconhecido como o própria por mim, Escrevente, pelos
seus documento de identificação apresentados, e de cuja identidade e capacidade para o
ato dou fé. E assim sendo, em atendimento à solicitação que me foi feita, passei a fazer as
constatações que adiante relato, e de cujo teor dou fé: Que, a partir do dia 17/01/2023 às
11:00 hrs, à pedido do solicitante, acessei pelo meu computador profissional, através do
site http:/www.instagram.com o perfil da empresa Embracon Condomínios, que esta possui
como usuário o seguinte nome: embraconcondominios; que possui 872 (oitocentos e
setenta e duas) publicações e 12,3 (doze mil e trezentos) seguidores; que solicitou a
constatação das postagens deste perfil a partir do dia 28/01/2022, que adiante o faço:
Perfil do instagram da empresa
Postagem 28/01/2022
(O espaço abaixo ficará em branco em razão do tamanho da imagem)
continua na próxima página...

___________________________________________________________________________________________________________________________________
Tabelionato de Notas e Protestos - Rua: Lauro Muller, 500, Centro - Tubarão - SC
Cep: 88701-100 - contato@2tt.com.br - (48) 3626-0868
Esse documento foi assinado por TAINAN MARTINS DE CARVALHO.

Para validar o documento e suas assinaturas acesse https://assinatura.e-notariado.org.br/validate e informe o código X6N68-
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Assinado eletronicamente por: GUSTAVO REGIS DE FIGUEIREDO E SILVA - Juntado em: 06/11/2023 11:32:14 - 828428a
Fls.: 329


Livro 225
Folha 37 - V
Protocolo: 195572
Dta Prot.:20/01/2023
Postagem 11/02/2022

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JYKPE-PAKAX-MY7EU
Fls.: 330


Livro 225
Folha 38 - F
Protocolo: 195572
Dta Prot.:20/01/2023
Postagem 21/02/2022
Postagem 24/02/2022

___________________________________________________________________________________________________________________________________

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Fls.: 331


Livro 225
Folha 38 - V
Protocolo: 195572
Dta Prot.:20/01/2023
Postagem 25/02/2022
Postagem 26/02/2022

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Fls.: 332


Livro 225
Folha 39 - F
Protocolo: 195572
Dta Prot.:20/01/2023
Postagem 08/03/2022
Postagem 14/03/2022

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JYKPE-PAKAX-MY7EU
Fls.: 333


Livro 225
Folha 39 - V
Protocolo: 195572
Dta Prot.:20/01/2023
Postagem 15/03/2022

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Fls.: 334


Livro 225
Folha 40 - F
Protocolo: 195572
Dta Prot.:20/01/2023
Postagem 17/03/2022
Postagem 17/04/2022

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Fls.: 335


Livro 225
Folha 40 - V
Protocolo: 195572
Dta Prot.:20/01/2023
Postagem 08/05/2022
Postagem 16/05/2022
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Fls.: 336


Livro 225
Folha 41 - F
Protocolo: 195572
Dta Prot.:20/01/2023
Postagem 12/07/2022

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Fls.: 337


Livro 225
Folha 41 - V
Protocolo: 195572
Dta Prot.:20/01/2023
Postagem 14/07/2022

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Fls.: 338


Livro 225
Folha 42 - F
Protocolo: 195572
Dta Prot.:20/01/2023
Postagem 19/07/2022
Postagem 25/07/2022
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Fls.: 339


Livro 225
Folha 42 - V
Protocolo: 195572
Dta Prot.:20/01/2023
Postagem 29/07/2022

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Fls.: 340


Livro 225
Folha 43 - F
Protocolo: 195572
Dta Prot.:20/01/2023
Postagem 01/08/2022
Postagem 08/08/2022

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Livro 225
Folha 43 - V
Protocolo: 195572
Dta Prot.:20/01/2023
Postagem 12/08/2022
Postagem 15/08/2022

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Livro 225
Folha 44 - F
Protocolo: 195572
Dta Prot.:20/01/2023
Postagem 19/08/2022

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Fls.: 343


Livro 225
Folha 44 - V
Protocolo: 195572
Dta Prot.:20/01/2023
Postagem 22/08/2022
Postagem 26/08/2022

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Fls.: 344


Livro 225
Folha 45 - F
Protocolo: 195572
Dta Prot.:20/01/2023
Postagem 29/08/2022
Postagem 05/09/2022

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Fls.: 345


Livro 225
Folha 45 - V
Protocolo: 195572
Dta Prot.:20/01/2023
Postagem 06/09/2022

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Fls.: 346


Livro 225
Folha 46 - F
Protocolo: 195572
Dta Prot.:20/01/2023
Postagem 07/09/2022

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Fls.: 347


Livro 225
Folha 46 - V
Protocolo: 195572
Dta Prot.:20/01/2023
Postagem 12/09/2022

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Folha 47 - F
Protocolo: 195572
Dta Prot.:20/01/2023
Postagem 15/09/2022

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Livro 225
Folha 47 - V
Protocolo: 195572
Dta Prot.:20/01/2023
Postagem 19/09/2022

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Folha 48 - F
Protocolo: 195572
Dta Prot.:20/01/2023
Postagem 26/09/2022

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Fls.: 351


Livro 225
Folha 48 - V
Protocolo: 195572
Dta Prot.:20/01/2023
Postagem 30/09/2022
Postagem 01/10/2022

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Folha 49 - F
Protocolo: 195572
Dta Prot.:20/01/2023
Postagem 04/10/2022

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Livro 225
Folha 49 - V
Protocolo: 195572
Dta Prot.:20/01/2023
Postagem 07/10/2022
Postagem 11/10/2022

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Fls.: 354


Livro 225
Folha 50 - F
Protocolo: 195572
Dta Prot.:20/01/2023
Postagem 14/10/2022

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Fls.: 355


Livro 225
Folha 50 - V
Protocolo: 195572
Dta Prot.:20/01/2023
Postagem 17/10/2022
Postagem 21/10/2022

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Fls.: 356


Livro 225
Folha 51 - F
Protocolo: 195572
Dta Prot.:20/01/2023
Postagem 25/10/2022

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Fls.: 357


Livro 225
Folha 51 - V
Protocolo: 195572
Dta Prot.:20/01/2023
Postagem 01/11/2022

___________________________________________________________________________________________________________________________________

JYKPE-PAKAX-MY7EU
Fls.: 358


Livro 225
Folha 52 - F
Protocolo: 195572
Dta Prot.:20/01/2023
Postagem 11/11/2022
Postagem 15/11/2022

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JYKPE-PAKAX-MY7EU
Fls.: 359


Livro 225
Folha 52 - V
Protocolo: 195572
Dta Prot.:20/01/2023
Postagem 18/11/2022
Postagem 23/11/2022

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JYKPE-PAKAX-MY7EU
Fls.: 360


Livro 225
Folha 53 - F
Protocolo: 195572
Dta Prot.:20/01/2023
Postagem 30/11/2022
Postagem 08/12/2022
___________________________________________________________________________________________________________________________________

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Fls.: 361


Livro 225
Folha 53 - V
Protocolo: 195572
Dta Prot.:20/01/2023
Postagem 12/12/2022
Postagem 20/12/2022
___________________________________________________________________________________________________________________________________

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Fls.: 362


Livro 225
Folha 54 - F
Protocolo: 195572
Dta Prot.:20/01/2023
Postagem 23.12.2022
Postagem 28/12/2022
___________________________________________________________________________________________________________________________________

JYKPE-PAKAX-MY7EU
Fls.: 363


Livro 225
Folha 54 - V
Protocolo: 195572
Dta Prot.:20/01/2023
Postagem 31/12/2022
Postagem 06/01/2023
___________________________________________________________________________________________________________________________________

JYKPE-PAKAX-MY7EU
Fls.: 364


Livro 225
Folha 55 - F
Protocolo: 195572
Dta Prot.:20/01/2023
FIM DAS CONSTATAÇÕES: Não havendo nada mais a constatar, procedi à leitura da
presente ata notarial ao solicitante, a qual declarou que compreendeu inteiramente o seu
teor e que os fatos aqui relatados estão de acordo com o que conhece, nada tendo a opor à
certeza do que aqui se expõe, do que dou fé. Sendo o que tinha a certificar, lavrei a
presente ata notarial, a qual foi lida a(o) solicitante, que a assina ao final, juntamente
comigo, TAINAN MARTINS DE CARVALHO, Escrevente, que a lavrei, digitei e assino; eu,
MATHEUS CASTRO DA SILVA, que conferi e assino em público e raso, encerrando o ato.
Os documentos usados nesta lavratura ficam arquivados no processo digital nº 20191098,
do que dou fé. Assina(m) o ato GUSTAVO REGIS DE FIGUEIREDO E SILVA como
Solicitante. Nada mais, traslada em seguida. Porto por fé que o presente traslado é cópia
fiel da(o) Ata notarial por este serviço notarial. Observação: Eventualmente, a quantidade
de folhas do livro e traslado podem divergir, pois o livro dependerá do número de partes
envolvidas no ato e o traslado dependerá da quantidade de selos utilizados, onde os
mesmo saem impressos ao final do traslado. Emolumentos R$ 181,37 + Selo(s) de
Fiscalização R$ 3,39 Folha Excedente R$ 72,45 = Total R$ 257,21.
Tubarão - SC, 20 de janeiro de 2023.

___________________________________________________________________________________________________________________________________

JYKPE-PAKAX-MY7EU
Fls.: 365


Livro 225
Folha 55 - V
Protocolo: 195572
Assinado digitalmente por:
TAINAN MARTINS DE CARVALHO Dta Prot.:20/01/2023
CPF: 080.118.709-55
Certificado emitido por AC FCDL SC v5
Data: 20/01/2023 15:35:26 -03:00
_________________________________________
TAINAN MARTINS DE CARVALHO
Escrevente
___________________________________________________________________________________________________________________________________

JYKPE-PAKAX-MY7EU
Fls.: 366
MANIFESTO DE
ASSINATURAS
Código de validação: X6N68-JYKPE-PAKAX-MY7EU
Este documento foi assinado pelos seguintes signatários nas datas indicadas (Fuso
horário de Brasília):
TAINAN MARTINS DE CARVALHO (CPF 080.118.709-55) em 20/01/2023 15:35
Para verificar as assinaturas acesse https://assinatura.e-notariado.org.br/validate e

informe o código de validação ou siga o link a abaixo:
https://assinatura.e-notariado.org.br/validate/X6N68-JYKPE-PAKAX-MY7EU
.
Fls.: 367


Livro 225
Folha 53 - F
Protocolo: 195573
Dta Prot.:20/01/2023
ATA NOTARIAL SOLICITADA POR GUSTAVO REGIS DE FIGUEIREDO E SILVA, COMO
SEGUE: SAIBAM todos os que virem este instrumento, que aos aos vinte dias do mês de
janeiro do ano de dois mil e vinte e três (20/01/2023), na sede deste 2ª Tabelionato,
localizado na Rua Lauro Muller, 500, Centro, neste Município e Comarca de Tubarão,
Estado de Santa Catarina, eu, TAINAN MARTINS DE CARVALHO, Escrevente, lavrei a
presente ata notarial a requerimento de GUSTAVO REGIS DE FIGUEIREDO E SILVA,
brasileiro, nascido em 24/04/1977, com 45 (quarenta e cinco) anos de idade, capaz,
casado, advogado, inscrito na OAB/SC sob n° 14.807, portador da CI/RG nº 3099219
(SSP/SC), inscrito no CPF/MF sob o nº 001.597.409-08, com endereço profissional situado
na Rua Padre Roma, nº 482, Bairro Atico, na Cidade de Florianópolis/SC. O solicitante foi
reconhecido como o própria por mim, Escrevente, pelos seus documentos de identificação
apresentados, e de cuja identidade e capacidade para o ato dou fé. E assim sendo, em
atendimento à solicitação que me foi feita, passei a fazer as constatações que adiante
relato, e de cujo teor dou fé: 1° CONSTATAÇÃO: À pedido do solicitante, no dia 17 de
janeiro de 2023, às 11h42hrs, acessei o seguinte site:
https://agenciamidaz.com.br/saojose/resultadoempresas/ por meio do meu computador
profissional, e faço as constatações do teor do site através das imagens que adiante
reproduzo:

___________________________________________________________________________________________________________________________________

Para validar o documento e suas assinaturas acesse https://assinatura.e-notariado.org.br/validate e informe o código JQ49D-
S4MNV-9KWQS-6RLC6
Assinado eletronicamente por: GUSTAVO REGIS DE FIGUEIREDO E SILVA - Juntado em: 06/11/2023 11:32:14 - 7157441
Fls.: 368


Livro 225
Folha 53 - V
Protocolo: 195573
Dta Prot.:20/01/2023

___________________________________________________________________________________________________________________________________

S4MNV-9KWQS-6RLC6
Fls.: 369


Livro 225
Folha 54 - F
Protocolo: 195573
Dta Prot.:20/01/2023

___________________________________________________________________________________________________________________________________

S4MNV-9KWQS-6RLC6
Fls.: 370


Livro 225
Folha 54 - V
Protocolo: 195573
Dta Prot.:20/01/2023

___________________________________________________________________________________________________________________________________

S4MNV-9KWQS-6RLC6
Fls.: 371


Livro 225
Folha 55 - F
Protocolo: 195573
Dta Prot.:20/01/2023

___________________________________________________________________________________________________________________________________

S4MNV-9KWQS-6RLC6
Fls.: 372


Livro 225
Folha 55 - V
Protocolo: 195573
Dta Prot.:20/01/2023
2° CONSTATAÇÃO: Que, a partir do dia 17 de janeiro de 2023 às 17h20 hrs, à

pedido do solicitante, acessei pelo meu computador profissional, através do site
http:/www.instagram.com o perfil chamado de Melhores do Ano - São José SC, que
esta possui como usuário o seguinte nome: melhoresdoanosaojose.sc; que possui
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S4MNV-9KWQS-6RLC6
Fls.: 373


Livro 225
Folha 56 - F
Protocolo: 195573
Dta Prot.:20/01/2023
412 (quatrocentos e doze) publicações, e 17,1 (dezesse mil e cem) seguidores; que
solicitou a constatação do ''feed'' deste perfil desde o seu início, o que compreende o
período entre 07/12/2022 até 22/12/2022, o que faço por meio das imagens que adiante
reproduzo:

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S4MNV-9KWQS-6RLC6
Fls.: 374


Livro 225
Folha 56 - V
Protocolo: 195573
Dta Prot.:20/01/2023

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Fls.: 375


Livro 225
Folha 57 - F
Protocolo: 195573
Dta Prot.:20/01/2023

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S4MNV-9KWQS-6RLC6
Fls.: 376


Livro 225
Folha 57 - V
Protocolo: 195573
Dta Prot.:20/01/2023

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S4MNV-9KWQS-6RLC6
Fls.: 377


Livro 225
Folha 58 - F
Protocolo: 195573
Dta Prot.:20/01/2023

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Fls.: 378


Livro 225
Folha 58 - V
Protocolo: 195573
Dta Prot.:20/01/2023

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Fls.: 379


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Folha 59 - F
Protocolo: 195573
Dta Prot.:20/01/2023

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Fls.: 380


Livro 225
Folha 59 - V
Protocolo: 195573
Dta Prot.:20/01/2023

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Fls.: 381


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Folha 60 - F
Protocolo: 195573
Dta Prot.:20/01/2023

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Fls.: 382


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Folha 60 - V
Protocolo: 195573
Dta Prot.:20/01/2023

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Fls.: 383


Livro 225
Folha 61 - F
Protocolo: 195573
Dta Prot.:20/01/2023

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Fls.: 384


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Dta Prot.:20/01/2023

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Fls.: 385


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Folha 62 - F
Protocolo: 195573
Dta Prot.:20/01/2023

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Fls.: 386


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Folha 62 - V
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Dta Prot.:20/01/2023

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Fls.: 387


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Folha 63 - F
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Dta Prot.:20/01/2023

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Fls.: 388


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Dta Prot.:20/01/2023

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Fls.: 390


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Fls.: 392


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Fls.: 394


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Dta Prot.:20/01/2023

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Fls.: 395


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Fls.: 396


Livro 225
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Dta Prot.:20/01/2023

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Fls.: 397


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Folha 68 - F
Protocolo: 195573
Dta Prot.:20/01/2023

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Fls.: 398


Livro 225
Folha 68 - V
Protocolo: 195573
Dta Prot.:20/01/2023

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Fls.: 399


Livro 225
Folha 69 - F
Protocolo: 195573
Dta Prot.:20/01/2023

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Fls.: 400


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Folha 69 - V
Protocolo: 195573
Dta Prot.:20/01/2023

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Fls.: 401


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Folha 70 - F
Protocolo: 195573
Dta Prot.:20/01/2023

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Fls.: 402


Livro 225
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Protocolo: 195573
Dta Prot.:20/01/2023

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Fls.: 403


Livro 225
Folha 71 - F
Protocolo: 195573
Dta Prot.:20/01/2023

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Fls.: 404


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Folha 71 - V
Protocolo: 195573
Dta Prot.:20/01/2023

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Fls.: 405


Livro 225
Folha 72 - F
Protocolo: 195573
Dta Prot.:20/01/2023
FIM DAS CONSTATAÇÕES: Não havendo nada mais a constatar, procedi à leitura da
presente ata notarial ao solicitante, o qual declarou que compreendeu inteiramente o seu
teor e que os fatos aqui relatados estão de acordo com o que conhece, nada tendo a opor à
certeza do que aqui se expõe, do que dou fé. Sendo o que tinha a certificar, lavrei a
presente ata notarial, a qual foi lida ao solicitante, que a assina ao final, juntamente comigo,
TAINAN MARTINS DE CARVALHO, Escrevente, que a lavrei, digitei e assino; eu,
MATHEUS CASTRO DA SILVA, que conferi e assino em público e raso, encerrando o ato.
Os documentos usados nesta lavratura ficam arquivados no processo digital nº 20191100,
do que dou fé. Assina(m) o ato GUSTAVO REGIS DE FIGUEIREDO E SILVA como
Solicitante. Nada mais, traslada em seguida. Porto por fé que o presente traslado é cópia
fiel da(o) Ata notarial por este serviço notarial. Observação: Eventualmente, a quantidade
de folhas do livro e traslado podem divergir, pois o livro dependerá do número de partes
envolvidas no ato e o traslado dependerá da quantidade de selos utilizados, onde os
mesmo saem impressos ao final do traslado. Emolumentos R$ 181,37 + Selo(s) de
FiscalizaçãoR$ 3,39 Folha Excedente R$ 91,77 = Total R$ 276,53.
___________________________________________________________________________________________________________________________________

S4MNV-9KWQS-6RLC6
Fls.: 406


Livro 225
Folha 72 - V
Protocolo: 195573
Dta Prot.:20/01/2023
Tubarão - SC, 20 de janeiro de 2023.
Assinado digitalmente por:

CPF: 080.118.709-55
Certificado emitido por AC FCDL SC v5
Data: 20/01/2023 15:36:46 -03:00
_________________________________________
Escrevente
___________________________________________________________________________________________________________________________________

S4MNV-9KWQS-6RLC6
Fls.: 407
MANIFESTO DE
ASSINATURAS
Código de validação: JQ49D-S4MNV-9KWQS-6RLC6
Este documento foi assinado pelos seguintes signatários nas datas indicadas (Fuso
horário de Brasília):
TAINAN MARTINS DE CARVALHO (CPF 080.118.709-55) em 20/01/2023 15:36
Para verificar as assinaturas acesse https://assinatura.e-notariado.org.br/validate e

informe o código de validação ou siga o link a abaixo:
https://assinatura.e-notariado.org.br/validate/JQ49D-S4MNV-9KWQS-6RLC6
.
Fls.: 408
Fls.: 1
Poder Judiciário

0000004-96.2022.5.12.0037

Partes:
ADVOGADO: DANIEL DOS SANTOS MARACH CARDOSO
ADVOGADO: RODRIGO GONDIN DE ANDRADE
RECLAMADO: ORSEGUPS PRESTACAO DE SERVICOS DE LIMPEZA LTDA

TERCEIRO INTERESSADO: ORSEGUPS PRESTACAO DE SERVICOS DE LIMPEZA LTDA
Assinado eletronicamente por: GUSTAVO REGIS DE FIGUEIREDO E SILVA - Juntado em: 06/11/2023 11:32:14 - 83385e8
Fls.:
Fls.: 2409
PODER JUDICIÁRIO
ATSum 0000004-96.2022.5.12.0037
OUTROS (2)
ORSEGUPS PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE LIMPEZA

LTDA., já qualificado, apresentou embargos de declaração alegando omissão
e contradição da decisão de pré-executividade.
Foram juntados o contrato social e demais alterações

contratuais das rés.
Intimado, os embargados não se manifestaram.
Foi determinada a juntada de documentos dos autos

nº 0000671-88.2021.5.12.0014.
Juntado o documento de fls. 390 e seguintes, as

executadas se manifestaram (fls. 420 e seguintes e fls. 423 e seguintes).
O exequente não se manifestou.
DECIDE-SE
ADMISSIBILIDADE
Assinado eletronicamente por: DANIELLE BERTACHINI - Juntado em: 29/11/2022 14:16:16 - a2bd1d1
Fls.:
Fls.: 3410
Conheço os embargos opostos, uma vez que

obedecido o prazo legal estatuído no art. 897-A da CLT, alegada hipótese de
cabimento.
MÉRITO
EMBARGOS DA PARTE EXECUTADA – ORSEGUPS
A embargante alega (1) omissão em razão de o Juízo

não se manifestar sobre a alegação de que inexiste título executivo contra si,
que no acordo homologado, embora não fizesse parte da lide, a parte autora
e a empresa EMBRACON definiram que eventual descumprimento fosse
quitado por terceiro, ORSEGUPS; (2) haver contradição combinada com
omissão o pois o acordo foi celebrado em 31/03/22 e o Juízo interpreta que a
sucessão teria ocorrido em agosto/setembro/2021, ou seja o acordo foi
celebrado pela suposta sucedida em março/2022, não tendo mais
legitimidade para conciliar ou não teria ocorrido a sucessão (contradição).
De acordo com o documento de fls. 164 e seguintes, a

executada EMBRACON, estabelecida no endereço: Avenida Osni Joao Vieira,
383, Campinas, São José/SC, tem como objeto social: SERVIÇOS DE
ATENDIMENTO DE COPA E COZINHA A TERCEIROS; SERVIÇOS DE LIMPEZA E
CONSERVAÇÃO DE PARTICIPAÇÕES PÚBLICAS, ESTABELECIMENTOS
BANCÁRIOS, COMERCIAIS E INDUSTRIAIS; LOCAÇÃO DE MÃO- DE- OBRA EM
SERVIÇOS DE NATUREZA BUROCRÁTICA, RECEPCIONISTA, SERVIÇOS
ADMINISTRATIVOS, MECÂNICO, PEDREIRO, GARAGISTA, MARCENEIRO DE
MANUTENÇÃO E CONSTRUÇÃO, ZELADOR, TELEFONISTA, GARÇOM,
COSTUREIRO, COZINHEIRO, JARDINEIRO, ASCENSORISTA, DIGITADOR,
PORTEIRO, LAVADEIROS EM GERAL, OFFICE BOY/CONTÍNUO, VARREDORES
DE LIMPEZA URBANA, COLETORES DE LIXO URBANO E SERVIÇO BRAÇAL;
SERVIÇOS DE MANUTENÇÃO PREDIAL, ELÉTRICA, MARCENARIA, ALVENARIA E
HIDRÁULICA; SERVIÇOS DE EXPLORAÇÃO DE ESTACIONAMENTOS; SERVIÇOS
DE PROCESSAMENTO DE DADOS PARA TERCEIROS ("BUREAU" DE SERVIÇOS
INCLUSIVE PREPARO DE SOFTWARE PARA UTILIZAÇÃO, VENDA OU LOCAÇÃO,
ASSESSORIA E ANÁLISE DE SISTEMA); INCORPORAÇÃO DE IMÓVEIS; OBRAS
Fls.:
Fls.: 4411
DE SANEAMENTO; TERRAPLANAGEM E PAVIMENTAÇÃO; VARREDORES DE

LIMPEZA URBANA, COLETA, TRANSPORTE E DESTINAÇÃO DE LIXO E
ENTULHO; SERVIÇOS DE CONSULTORIA E ASSESSORIA TÉCNICA E
ADMINISTRATIVA A REPARTIÇÕES PÚBLICAS, ESTABELECIMENTOS
COMERCIAIS, BANCÁRIAS E INDUSTRIAIS; SERVIÇOS DE DESINFECTAÇÃO,
LIMPEZA E IMPERMEALIZAÇÃO DE CAIXAS DE ÁGUA; PINTURA E LAVAÇÃO DE
PRÉDIOS; CONSERVAÇÃO DE MANUTENÇÃO DE PRÉDIOS, PRAÇAS E VIAS
PÚBLICAS; DETETIZAÇÃO E DESRATIZAÇÃO DE PRÉDIOS E VIAS PÚBLICAS;
EMPREITEIRA DE MÃO-DE-OBRA; CONSULTAS DE PROJETOS ECONÔMICO-
FINANCEIROS; REALIZAÇÃO DE CURSOS E TREINAMENTOS NAS ÁREAS
GERENCIAIS. Constam como sócios da ENBRACON:Sandra Maria Wolfart,
estando paralisada temporariamente. Consta, ainda, como filiais Rodovia SC
401, 4150 sala:S-05;Conj Comercial Passeio Primavera, Saco Grande,
Florianópolis e Av Lédio João Martins, 554, sala 107, São José/SC. Note-se que,
em 10/05/2016 (DATA DO REGISTRO),na última alteração contratual juntada,
tal empresa foi transformada em sociedade limitada em sociedade anônima
de capital fechado, passando a exercer os sócios os cargos de Diretor-
Presidente e de Diretor Vice-Presidente.
De acordo com o documento de fls. 269 e seguintes, a

executada ORSEGUPS, estabelecida no endereço: rua Getúlio Vargas, 2729,
Centro, São José/SC, tem como objeto social:PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS
COMBINADOS DE PORTARIA, LIMPEZA, MANUTENÇÃO E ZELADORIA,
MONITORAMENTO DE SISTEMAS DE SEGURANÇA, SERVIÇOS DE INSTALAÇÃO
E MANUTENÇÃO ELÉTRICA, FORNECIMENTO E GESTÃO DE RECURSOS
HUMANOS PARA TERCEIROS, LOCAÇÃO DE MÃO DE OBRA TEMPORÁRIA,
ATIVIDADES DE LIMPEZA DE PRÉDIOS, DOMICÍLIOS, PRAÇAS E
LOGRADOUROS PUBLICOS, SERVIÇOS DE ESCRITÓRIO ADMINISTRATIVO E
EDIÇÃO DE CADASTROS E LISTAS E PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE VIGIA
DESARMADO.Constam como sócios da ORSEGUPS: Cristine Fontoura Berger,
Dilmo Vanderley Berger, Metropolitana Vigilancia Comercial e Industrial Ltda.
e Orsegups Participações S.A.
Consta, ainda, localizada sede social na Av. José

Eugenio Muller, 1620, 2º piso, bairro Dom Bosco, Itajaí e filial na Avenida
Presidente Kennedy, 1622, Bairro Rebouças, Curitiba/PR, alterada a sede
social para rua Getúlio Vargas, 2729, Centro, São José/SC e as filiais para rua
Alferes Poli, 2471, Parolin, Curitiba/PR e rua Getúlio Vargas, 470, Centro, São
José/SC.
Os documentos juntados às fls. 390 e seguintes

evidenciam o acordo operacional entre as duas empresas Embracon e
Fls.:
Fls.: 5412
Orsegups. Todavia, no caso, não se pode considerar a caracterização da

sucessão, mas a Embracon cedeu sua carteira de clientes ativos, todos os
equipamentos instalados nos clientes de sua propriedade, todos os
contratos físicos firmados pelos clientes, tendo sido estabelecido o
pagamento da quantia de R$ 5.790.138,93, preço que poderia sofrer
variações para menos tendo como base o valor mensal de cada contrato de
serviço prestado, no prazo de 90 dias ou variações para mais também tendo
como base o valor mensal de cada contrato de serviço prestado, no prazo de
90 dias.
Também restou estabelecido que a propriedade e uso

da marca “EMBRACON”, a partir de 01/08/2021, ficará com a cedente
vendedora para seu uso em negócios que não tenham o mesmo fim atual da
cessionária compradora e suas empresas coligadas, sendo vedado o uso da
marca EMBRACON pela cedente vendedora. Também restou expressamente
estabelecido ser vedado, daqui por diante e nos próximos 10 anos, a cedente
vendedora, seus sócios, parentes laterais,ascendentes e descendentes, até
segundo grau, o exercício de atividades e negócios de monitoramento
eletrônico, nas modalidades residenciais, comerciais e afins, inclusive e
principalmente por intermédio de marca EMBRACON ou similar dentro do
território brasileiro.
Assim, a prova produzia permite afirmar que de fato

não restou perfectibilizada e formalizada a suposta sucessão, bem como
considerando que a excipiente não estava presente por ocasião do acordo,
sequer poderia ter sido responsabilizada pela presente execução, nos termos
do acordo homologado, motivo pelo qual dou efeito modificativo aos
embargos de declaraçãopara reconsiderar a decisão de fls. 134 e seguintes,
não se podendo responsabilizar a empresa ORSEGUPS PRESTAÇÃO DE
SERVIÇOS DE LIMPEZA LTDA. pela presente execução. Logo, decido conhecer
da exceção de pré-executividade para julgar os pedidos nela decididos
PROCEDENTES, nos termos da fundamentação, não se podendo
responsabilizar a ORSEGUPS. .
Sanada a omissão apontada, prejudicada a

contradição alegada.
Fls.: 6 413
Fls.:
PELO EXPOSTO, a 7ª Vara da Justiça Federal do

Trabalho de Florianópolis, CONHECE E ACOLHE os embargos apresentados
por ORSEGUPS PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE LIMPEZA LTDA., nos termos e
limites da fundamentação, nos termos da fundamentação, passando esta
decisão a fazer parte integrante da decisão embargada, que, no mais, fica
mantida..
Intimem-se as partes.
Nada mais.
FLORIANOPOLIS/SC, 29 de novembro de 2022.
DANIELLE BERTACHINI
Fls.: 414
Fls.: 1
Poder Judiciário
Agravo de Petição
0000459-07.2021.5.12.0034
Relator: NARBAL ANTONIO DE MENDONCA FILETI

Partes:
AGRAVADO: PRISCILA VITORINO
Assinado eletronicamente por: GUSTAVO REGIS DE FIGUEIREDO E SILVA - Juntado em: 06/11/2023 11:32:14 - 05510d2
Fls.: 2415
Fls.:
PODER JUDICIÁRIO
PROCESSO nº 0000459-07.2021.5.12.0034 (AP)

AGRAVADO: PRISCILA VITORINO
RELATOR: DESEMBARGADOR NARBAL ANTÔNIO DE MENDONÇA FILETI
EMENTA
SUCESSÃO TRABALHISTA. ÔNUS DA PROVA.O disposto nos arts.

10 e 448 da Consolidação das Leis do Trabalho têm por finalidade
precípua proteger o trabalhador (princípio tuitivo) e fazer valer o princípio
da continuidade da relação de emprego, disciplinando os efeitos da
sucessão empresarial na seara do Direito do Trabalho - sucessão de
empregadores para efeitos justrabalhistas, no caso -, que ocorre quando a
empresa sucessora se sub-roga na exploração da atividade da empresa
sucedida, dando continuidade ao exercício desta, com utilização de
elementos indispensáveis para o seu funcionamento, tais como
empregados, maquinário, estabelecimento e objetivo empresarial.
Entretanto, por ser este fato constitutivo de direito, competia à parte
exequente a demonstração dos elementos necessários à configuração da
existência da sucessão empresarial, ônus da qual não se desincumbiu (art.
818, inc. I, da CLT). Da análise da exígua prova documental anexada aos
autos, não se verifica a comprovação de que, de fato, houve uma sucessão
empresarial ou fraude na transferência do negócio, cuja caracterização
exige prova robusta.
RELATÓRIO

provenientes da 4ª Vara do Trabalho de Florianópolis, SC, sendo agravante ORSEGUPS
PARTICIPAÇÕES S/A e agravada PRISCILA VITORINO.
Da r. sentença das fls. 366-7 da lavra da Exmª. Juíza Ana Letícia Moreira
Rick, recorre a segunda executada ORSEGUPS PARTICIPAÇÕES S/A.
Por suas razões (fls. 371-401), requer reforma do julgado quanto à sua
inclusão no polo passivo da lide.
Contrarrazões são apresentadas nas fls. 707-14.
Assinado eletronicamente por: NARBAL ANTONIO DE MENDONCA FILETI - 24/03/2023 17:21:11 - 082c933
Número do processo: 0000459-07.2021.5.12.0034 ID. 082c933 - Pág. 1
Fls.: 3416
Fls.:
É o relatório.
VOTO
Conheço do agravo de petição e da contraminuta, porque estão

preenchidos os requisitos legais de admissibilidade.
QUESTÃO DE ORDEM
DO PEDIDO DE SOBRESTAMENTO DO FEITO. DECISÃO DA

VICE-PRESIDÊNCIA DO TST NOS AUTOS Nº 10023-24.2015.5.03.0146, SELECIONADO
CONJUNTAMENTE COM OS AUTOS Nº AG-ED-AIRR-10252-81.2015.5.03.0146. TEMA Nº
1.232
Ao argumento de que a Vice-Presidência do TST determinou o

sobrestamento dos autos em que discutida a matéria sobre a possibilidade de inclusão no polo passivo da
lide, na fase de execução, de empresa integrante de grupo econômico que não participou do processo de
conhecimento, pugna o agravante pelo sobrestamento desta ação, até julgamento do tema pelo STF, que
lá tramita também pelas ADPF nºs 488 e 951.
Contudo, razão não lhe assiste porque, em momento algum, determinou a

Vice-Presidência do TST o sobrestamento referido. Em verdade, assim decidiu S. Excia, deixando
plenamente assentados os fundamentos em sede de embargos declaratórios, nos autos nº 10023-
24.2015.5.03.0146, selecionados conjuntamente com os autos nº 10252-81.2015.5.03.0146:
A fim de melhor elucidar a questão, eis o teor do dispositivo da decisão que admitiu o
recurso extraordinário:
"(...) A fim de viabilizar o exame mais acurado da controvérsia, além dos presentes
autos, selecionei o seguinte processo: Ag-ED-AIRR-10252-81.2015.5.03.0146, o qual
versa sobre idêntica questão e será encaminhado conjuntamente ao Supremo Tribunal
Federal como representativo da controvérsia. Ato contínuo, determino a suspensão do
trâmite de todos os processos pendentes, até a decisão de afetação ou julgamento da
matéria pela Suprema Corte, nos moldes do artigo 1.036, § 1º, do CPC. Pelo exposto,
preenchidos os pressupostos de admissibilidade recursal, com fulcro nos artigos 1.030,
IV, e 1.036, §§ 1º e 6º, do CPC, admito o recurso extraordinário como representativo da
controvérsia e determino a remessa dos autos ao Supremo Tribunal Federal." (fl. 2.107 -
grifos no original)
Por sua vez, a decisão embargada foi lavrada nos seguintes termos, in verbis:
"Considerando-se a decisão que deu seguimento ao recurso extraordinário interposto nos

presentes autos bem como o alcance do artigo 1.036 do CPC e considerando-se, ainda, o
impacto que eventual interpretação acerca da suspensão do trâmite processual de maneira
ampla poderia ocasionar, até que o Supremo analise a controvérsia e a admita, a decisão
sobre a suspensão de processo em que se discuta, no recurso interposto, a matéria objeto
da referida controvérsia (possibilidade de inclusão no polo passivo da lide, na fase de
execução, de empresa integrante de grupo econômico que não participou do processo de
conhecimento) caberá a cada Ministro relator no âmbito do TST. Na Vice-Presidência,
contudo, os recursos extraordinários interpostos versando a respeito da matéria em
Fls.: 4417
Fls.:
referência serão sobrestados até que ocorra o aludido pronunciamento pelo Supremo
Tribunal Federal. Dando ciência do referido despacho, oficiei aos Exmos. Ministros do
Tribunal Superior do Trabalho, com cópia do presente assim como da decisão que
encaminhou os representativos de controvérsia correlatos." (fl. 2.109 - grifos no original)

determinada, a qual abrange apenas os recursos extraordinários pendentes de análise no
âmbito da Vice-Presidência desta Corte Superior, em perfeita harmonia com a previsão
contida no artigo 327 do RITST, segundo o qual, "Aos recursos extraordinários
forma ali prevista" (grifos apostos).
Federal, sem lastro para a determinação de suspensão de todos os processos pendentes
em âmbito nacional, conforme pretendido pela embargante.
Por sua vez, a redação contida no § 1º do artigo 1.036 do CPC, no tocante à previsão de
"suspensão do trâmite de todos os processos pendentes, individuais ou coletivos, que
tramitem no Estado ou na região, conforme o caso", em paralelismo àquela estabelecida
no § 5º do artigo 1.035 do CPC, segundo o qual, "Reconhecida a repercussão geral, o
relator no Supremo Tribunal Federal determinará a suspensão do processamento de todos
os processos pendentes, individuais ou coletivos, que versem sobre a questão e tramitem
no território nacional", denota mero caráter facultativo, não obstante o vocábulo adotado
no dispositivo legal, o qual não é interpretado de forma meramente literal.
A título exemplificativo, o seguinte julgado do STF:
"CONSTITUCIONAL. PROCESSUAL CIVIL. ART. 1.035, §5º, DO CPC.

SUSPENSÃO NACIONAL DOS PROCESSOS. TEMA CONSTITUCIONAL COM
REPERCUSSÃO GERAL RECONHECIDA. TEMA 1.016 DA SISTEMÁTICA DA
REPERCUSSÃO GERAL. EXPURGOS INFLACIONÁRIOS. CORREÇÃO
MONETÁRIA DE DEPÓSITOS JUDICIAIS. 1. Segundo a jurisprudência do Supremo
Tribunal Federal, a suspensão de processamento prevista no §5º do art. 1.035 do CPC é
faculdade discricionária do relator do recurso extraordinário paradigma. RE 966.177/RG-
QO, Relator Ministro Luiz Fux, julgamento em 07.06.2017. 2. A suspensão nacional dos
feitos cujos temas sejam coincidentes com aquele de recurso cuja repercussão geral tenha
sido reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal é prerrogativa legal do relator do
processo paradigma, nos termos do art. 1.035, §5º, do Código de Processo Civil. 3.
Agravo regimental a que nega provimento." (RE 1141156 AgR, Tribunal Pleno, Rel.
Min. EDSON FACHIN, DJe-082 de 3/4/2020)
Logo, se o relator no âmbito da Suprema Corte, após o reconhecimento da repercussão

geral, tem a faculdade de suspender, ou não, os processos pendentes sobre a matéria, não
há falar imposição de suspensão dos processos pendentes quando o Presidente ou Vice-
Presidente do Tribunal a quo seleciona recursos representativos da controvérsia para fins
de afetação, cuja repercussão geral sequer foi apreciada pelo Supremo Tribunal Federal.
Portanto, não cabe aqui determinação de sobrestamento do feito.
Rejeito.
MÉRITO
SUCESSÃO DE EMPREGADORES
Fls.: 5418
Fls.:
Pretende a agravante ORSEGUPS PARTICIPAÇÕES S/A. sua exclusão

da presente execução, opondo-se ao reconhecimento da sucessão empresarial. Sustenta que não contratou
a parte exequente e nega haver transferência da unidade produtiva (jurídico-econômica) da primeira
executada; não houve repasse de uma titularidade, afirmando que, em verdade, apenas adquiriu parte de
carteira de clientes da referida executada, a partir de agosto de 2021.
Esclarece que "não adquiriu equipamentos, instalações, expertise ou know

how da Embracon, que continua em atividade e com todo o seu patrimônio material e imaterial, inclusive
com o valor expressivo que lhe foi pago diretamente pela venda da carteira de clientes" (sic).
Aponta que nos autos da ação nº 0000593-28.2021.5.12.0036, o sócio da

EMBRACON, Sr. JOÃO MACHADO DA SILVA NETO, declarou que a empresa EMBRACOM
ADMINISTRADORA DE CONDOMÍNIO LTDA. assumiu a administração das demais empresas do
grupo EMBRACON, dando continuidade ao uso da marca comercial, permanecendo com os demais
equipamentos e estrutura física não integrantes das negociações decorrentes do contrato firmado entre a
agravante ORSEGUPS e a executada EMBRACON.
Argumenta que a obrigação de pagar decorrente do acordo firmado nestes

autos foi contraída após a realização do negócio jurídico entre as partes executadas, tendo a
EMBRACON firmado o ajuste (acordo homologado) em nome próprio. Colaciona aos autos trechos do
contrato de cessão e cópias de sentenças proferidas no 1º grau, concluindo pela ausência de sucessão
empresarial.
Analiso.
A Consolidação dispõe expressamente nos seus arts. 10 e 448 que:


contratos de trabalho dos respectivos empregados. (sublinhei)
Referidas regras têm por finalidade precípua proteger o trabalhador

(princípio tuitivo) e fazer valer o princípio da continuidade da relação de emprego, disciplinando os
efeitos da sucessão empresarial na seara do Direito do Trabalho - sucessão de empregadores para efeitos
justrabalhistas, no caso -, que ocorre quando a empresa sucessora se sub-roga na exploração da atividade
da empresa sucedida, dando continuidade ao exercício desta, com utilização de elementos indispensáveis
para o seu funcionamento, tais como empregados, maquinário, estabelecimento e objetivo empresarial.
Fls.: 6419
Fls.:
Entretanto, por ser este fato constitutivo de direito, competia à parte

exequente a demonstração dos elementos necessários à configuração da existência da sucessão
empresarial, ônus da qual não se desincumbiu.
Da análise da exígua prova documental anexada aos autos, não se verifica

a comprovação de que, de fato, houve sucessão empresarial ou fraude na transferência do negócio, cuja
caracterização exige prova robusta.
In casu, não houve a juntada integral ao feito do contrato de cessão de

direitos e obrigações firmado entre as executadas, bem como os atos constitutivos da primeira executada,
para verificação da exploração da mesma atividade econômica, patrimônio e continuidade das atividades
por ela desenvolvidas.
Ademais, incontroverso que não houve continuidade de prestação de

serviços pela autora exequente à agravante ORSEGUPS, considerando a declarada data da suposta
sucessão (agosto 2021) e o término do vínculo de emprego em 24-05-2021 ajustado no acordo
entabulado com a executada EMBRACON (fl. 86), homologado em 24-09-2021.
Destaco que sequer houve indicação, pela executada EMBRACON,

acerca da realização de cessão de direitos formalizada com a agravante ORSEGUPS, no momento da
composição judicial nestes autos.
Ressalto que, no presente caso, não há demonstração dos instrumentos

probatórios que permitam concluir, com a solidez necessária ao tema, a pretendida responsabilidade da
segunda executada (ORSEGUPS) pelo inadimplemento do acordo entabulado, à luz dos arts. 10 e 448 da
CLT. Tenho, pois, que a situação constatada nos presentes autos não demonstra, em tese, a existência de
procedimentos fraudulentos.
É certo que o contrato firmado entre a EMBRACOM e a

ORSEGUPS revela que toda a carteira de clientes relacionada à atividade de terceirização de
serviços foi transferida.
Entretanto, no presente caso, mesmo após noticiar a sucessão e requerer o

redirecionamento da execução em face da ORSEGUPS, a autora optou por firmar acordo com a empresa
alegadamente sucedida, o que inviabiliza transferir à sucessora a responsabilidade pelo cumprimento
desse acordo.
Fls.: 7420
Fls.:
Assim, não havendo a parte exequente se desincumbido do ônus que lhe

competia e por não haver prova da existência de fraude da transferência de parte dos ativos da primeira
executada (EMBRACON) à agravante (ORSEGUPS), dou provimento ao recuso para afastar a sucessão
empresarial declarada na origem, excluindo a agravante ORSEGUPS PARTICIPAÇÕES S/A. do polo
passivo da presente execução.
EMBARGOS DECLARATÓRIOS. INCONFORMISMO. NÃO

CABIMENTO. PREQUESTIONAMENTO
Os embargos de declaração desservem para a reforma do julgado.

Eventual inconformismo das partes deverá ser realizado pelo meio instrumental consentâneo, não
cabendo aclaratórios para esse desiderato. Essa medida somente pode ser efetivada quando presentes os
requisitos legais pertinentes (art. 897-A da CLT e art. 1.022 do CPC, c/c art. 769 da CLT).
A equivocada/injustificada utilização dos embargos declaratórios poderá

ensejar a aplicação das multas previstas no art. 1.026, §§ 2º e 3º, do CPC, c/c art. 769 da CLT e art. 15 do
CPC.
Segundo dispõem a Súmula nº 297, item I, e a OJ nº 118 da SDI-1 do

TST, respectivamente, "diz-se prequestionada a matéria ou questão quando na decisão impugnada haja
sido adotada, explicitamente, tese a respeito", e "havendo tese explícita sobre a matéria, na decisão
recorrida, desnecessário contenha nela referência expressa do dispositivo legal para ter-se como
prequestionado este".
Por fim, registro ser incabível na seara processual trabalhista o

contraditório prévio/substancial (CPC, arts. 7º, 9º e 10), mormente em face dos princípios da
simplicidade, da informalidade e da concentração dos atos processuais. A própria fundamentação
exauriente prevista no CPC de 2015 é restrita a argumentos capazes de, em tese, infirmar a conclusão do
ato decisório, não havendo razão para a análise de todas as alegações da parte recorrente.
Fls.: 8 421
Fls.:

Trabalho da 12ª Região, por unanimidade, CONHECER DO AGRAVO DE PETIÇÃO DA
SEGUNDA EXECUTADA (ORSEGUPS). No mérito, por igual votação, com ressalvas da
Desembargadora do Trabalho Mirna Uliano Bertoldi apenas quanto à fundamentação, DAR-LHE
PROVIMENTO para excluir a agravante ORSEGUPS PARTICIPAÇÕES S/A do polo passivo da
presente execução. Custas de R$ 44,26 (quarenta e quatro reais e vinte e seis centavos), nos termos do
Art. 789-A.
Participaram do julgamento realizado na sessão do dia 14 de março de

2023, sob a Presidência da Desembargadora do Trabalho Mirna Uliano Bertoldi, os Desembargadores do
Trabalho Roberto Basilone Leite e Narbal Antônio de Mendonça Fileti. Presente o Procurador do
Trabalho Keilor Heverton Mignoni. Procedeu à sustentação oral, pela ré, o Dr. Gustavo Regis de
Figueiredo e Silva.
NARBAL ANTÔNIO DE MENDONÇA FILETI

Desembargador-Relator
Fls.: 422
Fls.: 1
Poder Judiciário

0000255-23.2021.5.12.0014

Partes:
RECLAMANTE: LUIZ ANDRE COELHO ARAUJO
ADVOGADO: FRANCIELE KARINE HUINKA
ADVOGADO: ANDRE KINCHESCKI
ADVOGADO: SASHA DIAS MENEZES
RECLAMADO: EMBRACON SEGURANCA E VIGILANCIA S/A
PERITO: JULIANA DE ASSUNCAO MAROCCO
TERCEIRO INTERESSADO: ORSEGUPS SEGURANCA E VIGILANCIA LTDA
Assinado eletronicamente por: GUSTAVO REGIS DE FIGUEIREDO E SILVA - Juntado em: 06/11/2023 11:32:14 - edfe093
Fls.: 2423
Fls.:
PODER JUDICIÁRIO
PROCESSO nº 0000255-23.2021.5.12.0014 (AP)

AGRAVANTE: ORSEGUPS SEGURANÇA E VIGILÂNCIA LTDA.
AGRAVADO: LUIZ ANDRÉ COELHO ARAUJO, EMBRACON SEGURANÇA E VIGILÂNCIA S/A
RELATOR: DES. MARCOS VINICIO ZANCHETTA
AGRAVO DE PETIÇÃO. CONHECIMENTO. Deve ser conhecido o

agravo de petição que preenche os requisitos objetivos e subjetivos de
admissibilidade.
Deve ser conhecido o agravo de petição que preenche os requisitos objetivos e subjetivos de
admissibilidade.

provenientes da 2ª Vara do Trabalho de Florianópolis, SC, sendo agravante ORSEGUPS SEGURANÇA
E VIGILÂNCIA LTDA..
Irresignada com a decisão a quo, da lavra do Exmo. VÁLTER TÚLIO

AMADO RIBEIRO, ORSEGUPS SEGURANÇA E VIGILÂNCIA LTDA. agrava a esta Corte.
Em suas razões recursais (fls. 398-411), pleiteia a reforma da decisão que

determinou "o prosseguimento da execução em face da ORSEGUPS".
Foi apresentada contraminuta (fl. 466-478).
É o relatório.
VOTO
Conheço do agravo de petição, porque atendidos os requisitos de

admissibilidade.
MÉRITO
SUCESSÃO EMPRESARIAL
Assinado eletronicamente por: MARCOS VINICIO ZANCHETTA - 16/03/2023 14:30:10 - d549aa8

Número do processo: 0000255-23.2021.5.12.0014 ID. d549aa8 - Pág. 1
Fls.: 3424
Fls.:
Na decisão de fls. 384-386, constou que resta "configura clara sucessão

empresarial" da empresa EMBRACON SEGURANÇA E VIGILÂNCIA S/A pela empresa ORSEGUPS
SEGURANÇA E VIGILÂNCIA LTDA..
Contudo, a agravante afirmou que não houve sucessão empresarial, mas

tão somente um negócio jurídico entre as empresas que tratava de apenas alguns bens jurídicos. Assim,
requereu a reforma da decisão, com a consequente exclusão da ORSEGUPS SEGURANÇA E
VIGILÂNCIA LTDA. do polo passivo da demanda.
Pois bem.
Sobre o tema de sucessão empresarial, ressalto que adoto a teoria clássica.

Segundo leciona Mauro Schiavi:
"são requisitos da sucessão para fins trabalhistas: a) transferência de uma unidade

empresarial econômica de produção de um titular para outro; e b) inexistência de solução
de continuidade do contrato de trabalho, vale dizer: o empregado da empresa sucedida
deve trabalhar para a empresa sucessora". (Schiavi, Mauro. Manual de direito processual
do trabalho: de acordo com o novo CPC, reforma trabalhista. 14. ed. São Paulo: LTr,
2018, fl. 1158).
No caso dos autos, noto que nenhum dos dois requisitos é atendido.
Em relação ao primeiro, noto que foi negociado entre as partes a carteira

de clientes ativos (bem como seus contratos) e todos os equipamentos instalados nos clientes (fl. 364).
Ou seja, a EMBRACON SEGURANÇA E VIGILÂNCIA S/A não teve sua estrutura empresarial afetada
pelo mencionado negócio jurídico e tampouco houve a transferência de uma unidade empresarial
econômica de uma empresa para outra.
Em relação ao segundo requisito, vejo que o negócio jurídico entre as

partes é de 05/08/2021 (fl. 371), enquanto o término do contrato de emprego do exequente com a
empresa EMBRACON SEGURANÇA E VIGILÂNCIA S/A se encerrou já em 15/12/2020. Assim, vejo
que o contrato entre as empresas ocorreu depois de encerrado o vínculo empregatício do obreiro, o que
revela que o obreiro não laborou para a empresa ORSEGUPS SEGURANÇA E VIGILÂNCIA LTDA.
(ao menos não em decorrência do negócio jurídico de que se trata ou mesmo como fruto de continuidade
eventual do seu contrato de emprego com a empresa Embracon).
Sendo assim, merece ser reformada a sentença que reconheceu a sucessão

empresarial no caso dos autos, porque nenhum dos requisitos para sua configuração foram atendidos.
Dou provimento.

Fls.: 4 425
Fls.:

Trabalho da 12ª Região, por unanimidade, CONHECER DO AGRAVO DE PETIÇÃO. No mérito, por
igual votação, DAR-LHE PROVIMENTO para determinar a exclusão da agravante (ORSEGUPS
SEGURANÇA E VIGILÂNCIA LTDA.) do polo passivo da demanda. Custas pela executada
EMBRACON SEGURANÇA E VIGILÂNCIA S/A, fixadas em R$ 44,26. Intimem-se.
Participaram do julgamento realizado na sessão do dia 08 de março de

2023, sob a Presidência do Desembargador do Trabalho Marcos Vinicio Zanchetta, os Desembargadores
do Trabalho Garibaldi Tadeu Pereira Ferreira e Gracio Ricardo Barboza Petrone. Presente a Procuradora
Regional do Trabalho Silvia Maria Zimmermann.
MARCOS VINICIO ZANCHETTA

Relator
/as/fb

Fls.: 1426
Fls.:
PODER JUDICIÁRIO
PROCESSO n. 0000593-28.2021.5.12.0036 (ROT)

RECORRENTE: LARISSA CHEIRAM RABELLO
RECORRIDOS: EMBRACON ASSEIO E CONSERVAÇÃO LTDA., EMBRACON
ADMINISTRADORA DE CONDOMÍNIOS EIRELI, EMBRACON SEGURANÇA E
VIGILÂNCIA S.A., ORSEGUPS PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE LIMPEZA LTDA.,
CONDOMÍNIO LA PERLE BEIRA MAR, CONDOMÍNIO THE OFFICE AVENIDA,
CONDOMÍNIO RESIDENCIAL JARDINS DE BORDEAUX
RELATOR: DESEMBARGADOR DO TRABALHO AMARILDO CARLOS DE LIMA
HONORÁRIOS DE SUCUMBÊNCIA. EFEITOS DA DECISÃO

PROFERIDA PELO STF NA ADI 5766. BENEFICIÁRIO DA
JUSTIÇA GRATUITA. Com relação aos honorários advocatícios
sucumbenciais, no julgamento da ADI 5766 pelo STF somente foi
declarada inconstitucional a expressão "desde que não tenha obtido em
juízo, ainda que em outro processo, créditos capazes de suportar a
despesa", contida no § 4º do art. 791-A da CLT. Dessa forma, a
condenação da parte autora, beneficiária da justiça gratuita, ao pagamento
de honorários advocatícios sucumbenciais incidentes sobre as pretensões
julgadas totalmente improcedentes deve observar a condição suspensiva
de exigibilidade por dois anos a partir do trânsito em julgado da decisão,
ainda que tenha obtido em juízo créditos capazes de suportar a despesa,
sendo ônus do credor demonstrar que houve alteração na condição
econômica do devedor no período de suspensão.
VISTOS, relatados e discutidos estes autos de RECURSO ORDINÁRIO

, provenientes da 6ª Vara do Trabalho de Florianópolis, SC, sendo recorrente LARISSA CHEIRAM
RABELLO e recorridos 1. EMBRACON ASSEIO E CONSERVAÇÃO LTDA; 2. EMBRACON
ADMINISTRADORA DE CONDOMÍNIOS EIRELI; 3. EMBRACON SEGURANÇA E
VIGILÂNCIA S.A.; 4. ORSEGUPS PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE LIMPEZA LTDA; 5.
CONDOMÍNIO LA PERLE BEIRA MAR; 6. CONDOMÍNIO THE OFFICE AVENIDA; 7.
CONDOMÍNIO RESIDENCIAL JARDINS DE BORDEAUX.
Da sentença do ID. 30aed20 que, complementada pela decisão de

embargos de declaração do id. cb3b4e4, julgou procedente em parte os pedidos formulados na exordial,
recorre a autora.
Assinado eletronicamente por: AMARILDO CARLOS DE LIMA - 01/06/2023 18:34:40 - 6fc0959

Número do processo: 0000593-28.2021.5.12.0036 ID. 6fc0959 - Pág. 1
Assinado eletronicamente por: GUSTAVO REGIS DE FIGUEIREDO E SILVA - Juntado em: 06/11/2023 11:32:14 - eded0f1
Fls.: 2427
Fls.:
Pelas razões do id. 89136f6, insiste na pretensão de que seja reconhecida a

responsabilidade solidária/subsidiária da quarta reclamada (ORSEGUPS). Pretende, ainda, reformar a
sentença quanto aos honorários advocatícios sucumbenciais.
Contrarrazões foram apresentadas.
É o relatório.
VOTO
PRELIMINARMENTE
PRELIMINAR DE NÃO CONHECIMENTO DO RECURSO

(arguida pela quinta reclamada, CONDOMINIO LA PERLE BEIRA MAR)
Em suas contrarrazões, a quinta reclamada (CONDOMÍNIO LA PERLE

BEIRA MAR) alega que a autora não se insurgiu "quanto ao tópico ilegitimidade passiva da ora recorrida
Condomínio La Perle Beira Mar", o que requer "o trânsito em julgado da r. sentença neste aspecto
(ilegitimidade passiva).". Pede, ao final o acolhimento de suas contrarrazões para "reconhecer o trânsito
em julgado da r. sentença quanto à ilegitimidade passiva da recorrida CONDOMÍNIO LA PERLE
BEIRA MAR não conhecer do recurso da obreira".
Todavia, em primeiro lugar, como é possível inferir da mera leitura do

capítulo da sentença em que se analisou a ilegitimidade passiva dos réus, inclusive da ora recorrida,
citado nas contrarrazões às fls. 872-873 e constante da sentença à fl. 767, a preliminar de ilegitimidade
passiva foi rejeitada, conforme in verbis:
1. Ilegitimidade passiva dos Réus
A legitimidade de parte deve ser aferida com fundamento na teoria da asserção, ou seja, a
admissibilidade do mérito se faz no plano abstrato: o simples confronto entre a
afirmativa feita na inicial pelo autor e as condições da ação (interesse de agir e
legitimidade). Positivo o resultado dessa aferição, a ação estará em condições de
prosseguir e receber o julgamento de mérito.
Informado pela parte autora que a prestação de serviços se deu em favor dos reclamados
(alegando grupo econômico dos réus Embracon, sucessão do réu Orsegups, e que os
demais eram tomadores de serviço), dirigindo também contra eles as pretensões
declinadas à inicial, inclusive havendo pedido de responsabilidade solidária e
subsidiária, são parte legítima, em análise abstrata, para figurar no polo passivo,
uma vez que não há que se confundir a relação processual com dedução jurídica material.
Rejeito. (destaquei)
Além de inexistir, portanto, qualquer interesse processual da parte autora

em recorrer da sentença que rejeitou a preliminar de ilegitimidade passiva dos réus, não há se falar em
não conhecimento do recurso interposto por não ter havido insurgência no aspecto, não procedendo a

Fls.: 3428
Fls.:
preliminar arguida, tampouco a pretensão de que seja reconhecido o trânsito em julgado de interpretação
da recorrida a trecho da sentença que não corresponde ao que de fato restou decidido.
Ademais, as pretensões recursais aduzidas pela demandante serão

conhecidas e enfrentadas nos termos em que devolvidas as matérias objeto do recurso a esta Corte,
conforme inclusive entendimento pacificado pelo C. TST (Súmula nº 393 do TST e § 1º do art. 1.013 do
CPC), não havendo se falar em não conhecimento do recurso da autora na forma em que vem,
equivocadamente, postular a quinta reclamada em suas contrarrazões.
Rejeito, portanto.
ADMISSIBILIDADE
Superada a preliminar arguida e preenchidos os pressupostos legais de

admissibilidade, conheço do recurso ordinário e das contrarrazões.
Não conheço, contudo, das contrarrazões da quinta reclamada

(Condomínio La Perle Beira Mar) quanto às pretensões formuladas no tocante aos honorários
advocatícios sucumbenciais e litigância de má-fé, porquanto a sentença já enfrentou, no mérito, tais
matérias (fls. 783-784) e a ora recorrida não interpôs o recurso cabível para se insurgir da decisão
proferida no aspecto, não se prestando as contrarrazões a formular pretensões que impliquem a
modificação da sentença.
Também não merece conhecimento as contrarrazões da quarta ré

(ORSEGUPS) no ponto em que requer seja reconhecida sua ilegitimidade passiva (fl. 905), pois tal
arguição foi explicitamente rejeitada na sentença (fl. 767) e a parte não se insurgiu por meio da medida
cabível, não se prestando as contrarrazões para tanto.
Assim, não serão conhecidas as contrarrazões apresentadas no ponto em

que formuladas pretensões que impliquem a modificação da sentença. Não conheço, igualmente, da
extensa documentação juntada com as contrarrazões, novamente por não observarem os recorridos a
finalidade da peça processual em questão por eles utilizada, a qual não se presta à juntada de documentos
na forma em que procederam, não cabendo olvidar do disposto na súmula n. 08 do TST. Por fim, não se
conhece das segunda peça de contrarrazões apresentada pela quarta ré (Orsegups, id. 2e0155a) em
relação ao mesmo recurso ordinário, porquanto já havia apresentado anteriormente nos autos peça
intitulada "contrarrazões" no id. 157165a, inexistindo no ordenamento previsão para apresentação de
duas peças de contrarrazões diversas relativas ao mesmo recurso interposto pela parte adversa (id.
89136f6).

Fls.: 4429
Fls.:
MÉRITO
1 - RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA DA RECLAMADA

ORSEGUPS
A magistrada que presidiu a instrução, considerando os elementos de

prova colhidos, a legislação que regulamenta a matéria e a jurisprudência consolidada, entendeu que a
autora não logrou comprovar, de forma robusta, que seu contrato de trabalho foi transferido para a
Orsegups, revelando as provas que a contratualidade permaneceu integralmente com a primeira ré, razão
pela qual rejeitou o pedido de responsabilidade solidária/subsidiária.
Inconformada, recorre a autora. Invoca contrato de cessão estabelecido

entre a Orsegups e a primeira ré, já analisado na origem, conferindo-lhe, no entanto, interpretação diversa
da juíza da instrução. Invoca, dentre outros, os arts. 10, 448 e 448-A da CLT, além de citar precedentes,
insistindo em alegar que houve a transferência de todos os contratos de trabalho ativos para a Orsegups
por meio da transferência de parte da atividade econômica da primeira ré (Embracon serviços
condominiais S.A) para a quarta (Orsegups), "sendo inquestionável a sucessão empresarial" entre esta e a
primeira e terceira ré.
Em tópico recursal seguinte, ainda pretendendo seja reconhecida a

responsabilidade solidária/subsidiária da reclamada Orsegups, alega que em autos diversos dos presentes,
em processo de competência de outra Justiça, diversa desta Especializada, a Orsegups teria agido de má-
fé, citando decisões proferidas pelo Tribunal de Justiça de São Paulo, dentre outras, as quais, no entender
da reclamante, evidenciariam também a má-fé da reclamada Orsegups e permitiriam a reforma da
sentença proferida nos presentes autos e em relação à realidade contratual da autora para reconhecer a
responsabilidade solidária/subsidiária da quarta reclamada (Orsegups) com a primeira, a segunda e a
terceira demandada (EMBRACON).
Sem razão.
Na inicial, alegou a autora ter sido contratada pela primeira ré, em

25.02.2019, para exercer a função de gerente auxiliar, tendo sido dispensada em 19.02.2021 (fls. 04,
CTPS à fl. 35, TRCT à fl. 40). Disse que fora contratada pela primeira reclamada (EMBRACON
SERVIÇOS CONDOMINIAIS S.A) a qual integraria grupo econômico formado com a segunda
(EMBRACON ADMINISTRADORA DE CONDOMÍNIOS EIRELI) e terceira ré (EMBRACON
SEGURANÇA E VIGILÂNCIA S.A.), cujo grupo econômico entre as três já restou reconhecido na
origem (fl. 780), sempre tendo prestado serviços em favor de "ambas reclamadas" (fl. 06).

Fls.: 5430
Fls.:
Com fundamento na alegação de que a quarta ré "comprou a carteira da

primeira, segunda e terceira reclamadas recentemente" (tese reiterada no apelo), requereu fosse
reconhecido o grupo econômico entre as quatro primeiras reclamadas e, por conseguinte, a
responsabilidade pelas obrigações trabalhistas postuladas.
A quarta ré (Orsegups), em sua defesa (id. 3937836), alega que não

sucedeu a Embracon Serviços Condominiais, tendo apenas comprado desta parte da sua carteira de
clientes cinco meses após a dispensa da autora, conforme comprova o Instrumento Particular de Cessão
de Direitos e Obrigações. Sustentou que a autora nunca lhe prestou serviços e que todo o período laboral
se deu em favor da Embracon Serviços Condominiais, empresa que permaneceria existindo, ativa, e é a
legítima responsável pelas demandas trabalhistas de seus ex-empregados.
Pois bem.
O art. 10 da CLT, invocado pela autora prevê que "qualquer alteração na

estrutura jurídica da empresa não afetará os direitos adquiridos por seus empregados.". De igual modo,
segundo infere-se do disposto no art. 448 da CLT, a mudança na propriedade ou na estrutura jurídica da
empresa não afeta os contratos de trabalho vigentes dos empregados.
Como bem ponderado na origem, as normas que regulamentam a sucessão

trabalhista, regida pelo princípio da despersonalização do empregador, visam à continuidade da relação
de emprego.
Ocorre que, no caso dos presentes autos, exsurge dos elementos de prova
colhidos que a relação de emprego já havia se encerrado quando da venda de parte dos ativos pela
primeira ré à quarta reclamada.
Além de toda a documentação relativa à relação de emprego firmada entre

a autora e a primeira ré estar exclusivamente em nome desta empresa (CPTS, fl. 35, contrato de trabalho,
TRCT, fl. 40, dentre outros), de acordo com a cláusula primeira do "instrumento particular de cessão de
direitos e obrigações através da transferência de carteira de clientes e outros ativos" (id. 0523f4d),
juntado pela quarta ré (ORSEGUPS), esta adquiriu carteira de clientes ativos, composta por clientes
tomadores de serviços de asseio, conservação e limpeza, devidamente qualificados no anexo I.
Também foi estabelecido no referido instrumento que a ORSEGUPS

PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE LIMPEZA LTDA adquirira os equipamentos instalados nos clientes
"necessários para a plena prestação de serviços objeto da carteira de clientes ora transacionada" (1.1.2) e
bem como "os contratos físicos firmados pelos clientes" (1.1.3).

Fls.: 6431
Fls.:
Especificamente na cláusula quarta que trata propriamente "DA

CESSÃO", foi estabelecido que por meio do instrumento em análise a primeira ré transferiu à quarta
demandada a titularidade dos bens descritos na cláusula primeira, com direitos, vantagens e obrigações
inerentes, com as ressalvas assumidas, prevendo-se ainda que as obrigações e direitos que tratam a cessão
e tudo que for de competência ou direito/dever adquirido em data anterior a 01 de agosto de 2021
permaneceria como de responsabilidade exclusiva da cedente vendedora, ou seja, primeira ré (4.1, 4.2).
Na cláusula 11ª nominada "dos anexos" estabelece que:
Fazem parte do presente instrumento os seguintes anexos:
Anexo I- Listagem nominal dos clientes que compõe a carteira de clientes ora
transacionada, bem como os serviços neles prestados, valores, quantidades, e cargos de
Anexo II- Listagem contendo nome e quantidade de equipamentos em cada cliente da

carteira de clientes ora transacionada, inclusive aqueles necessários a plena prestação dos
serviços.
Anexo III- Relação nominal dos colaboradores lotados nos postos de serviços dos
clientes da carteira de clientes ora transacionada, a serem transferidos a cessionária
compradora, bem como os seus respectivos saldos adquiridos e não quitados de férias e
13º salários.
Com efeito, coaduno da análise e constatação feita pela magistrada que

presidiu a instrução de que muito embora tenha havido transferência de parte da atividade econômica da
primeira ré (empregadora) à quarta reclamada (Orsegups), não restou comprovado, de forma cabal, nos
autos ter havido a transferência do contrato de trabalho da autora, tampouco que esta prestou serviços em
prol da quarta reclamada, corroborando tal inferência a constatação de que a rescisão contratual da autora
ocorreu em período anterior à formalização da cessão de carteira de clientes feita pela empregadora à
Orsegups.
Aliás, como se depreende da narrativa fática da exordial, a autora aponta

ter prestado serviços para o grupo econômico formado pelas três primeiras rés, fundamentando o pleito
de reconhecimento da responsabilidade solidária/subsidiária da quarta ré (ORSEGUPS PRESTAÇÃO
DE SERVIÇOS DE LIMPEZA LTDA), e de reconhecimento de que ela integraria o grupo econômico
formado pelas três primeiras rés no fato de a quarta reclamada (ORSEGUPS) ter adquirido parte da
carteira de ativos das três primeiras demandadas.
Ademais, sequer em razões recursais a autora impugna, devidamente, a

meu ver, a constatação feita pela magistrada que presidiu a instrução de que a reclamante não prestou
serviços em prol da quarta ré (Orsegups) porquanto seu contrato de trabalho foi rescindido em
19.02.2021, ou seja, em período anterior à formalização do contrato de cessão da carteira de clientes pela
empregadora à Orsegups.

Fls.: 7432
Fls.:
Ocorre que tal cessão não implica, por si só, o reconhecimento de que a
quarta reclamada integraria grupo econômico para fins de sua responsabilização solidária pelos créditos
trabalhistas relativos a contratualidade da autora que sequer se beneficiou tal empresa, de qualquer forma,
da prestação de serviços, o que também afasta a pretensão de que seja reconhecida a responsabilidade
subsidiária, já que não há nos autos prova robusta de que a quarta reclamada tenha se beneficiado da
prestação de serviços pela autora cuja contratualidade se encerrou em 19.02.2021, ou seja, antes da
formalização do contrato de cessão da carteira de clientes para a ORSEGUPS pela empregadora, como
corretamente inferiu a julgadora a quo.
Ressalta-se que "o contrato de venda acostado às fls. 663 a 688", invocado
no apelo, que diz respeito a "transferência definitiva de carteira de clientes e outros ativos" somente foi
firmado em 05 de agosto de 2021 (fl. 671), ou seja, novamente revelando que quando da formalização da
referida transferência/cessão (05.08.2021), o contrato de trabalho da reclamante já havia há muito se
encerrado (19.02.2021, fl. 176), não se vislumbrando a sucessão de empregadores. E do documento
mencionado e contexto probatório também não é possível se aferir a ocorrência de sucessão empresarial,
mas apenas a negociação de parte das atividades empresariais, consoante anexos contratual, subsistindo a
atividade negocial da cedente/empregadora.
A prova oral também não corrobora a pretensão da autora.
A testemunha ouvida a convite da autora (ata de fl. 592, PJE Mídias, de

1h34min até 1h41min, Marlen Bandeira Santos) disse que: "saiu em setembro de 2021; quando saiu já
tinha sido vendido para ORSEGUPS; que ficou muito pouco tempo depois da venda, somente foi
conhecer a instalação da ORSEGUPS". Disse, ainda, que "não recebeu ordens da ORSEGUPS, tampou
co foi gerenciada pela ORSEGUPS, apenas foi explicado que a partir da venda seria a ORSEGUPS"
(destaquei). O depoimento da testemunha ouvida a convite da autora esclareceu também que desde o
início da contratualidade e inclusive após a venda para a ORSEGUPS não recebeu ordens desta,
tampouco foi gerenciada por ela, mas "que tudo era EMBRACON" (primeira ré/empregadora). Ao final
de seu depoimento ainda disse que muitos clientes saíram e pediram rescisão após a venda.
Por sua vez, a testemunha ouvida a convite da ORSEGUPS, Reginaldo

Hillesheim da Silva, (ata de fls. 1224, PJE Mídias, 3min a 12min), afirmou que:
(...) foi funcionário da ORSEGUPS de 2018 a maio de 2022; (...) que nunca trabalhou
com a autora; que na época o depoente era gerente de relacionamento da ORSEGUPS na
época que ela comprou os contratos da EMBRACON; (...) que os funcionários que
quiseram permanecer tiveram a opção de permanecer pela EMBRACON ou
migrar para ORSEGUPS; que a migração de funcionários para ORSEGUPS
ocorreu a partir de 1º.08.2021; (...) que a única coisa que foi passado foram os
contratos dos clientes da EMBRACON para a ORSEGUPS; que não foram transferidos
equipamentos, móveis para a ORSEGUPS; que compraram contratos relacionados a
"FACIT", contratos de zelador, serventes, auxiliar de serviços gerais, contratos de

Fls.: 8433
Fls.:
vigilância e de portaria remota; não compraram outros contratos/negócios da

EMBRACON, como cartão de crédito/benefício, administradora de condomínio, o que
permaneceu com a EMBRACON; (...) - destaquei.
Nesse contexto, sobretudo por entender que as alegações recursais não

infirmam a fundamentação adotada na decisão recorrida, nos termos em que proferida, deve ser mantida
inalterada a conclusão de que, embora tenha havido transferência de parte das atividades da
EMBRACON SERVIÇOS ESPECIALIZADOS CONDOMINIAIS S.A. para a ORSEGUPS
PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE LIMPEZA LTDA, não logrou a autora produzir prova robusta de que
houve transferência de seu contrato de trabalho para a quarta ré, o qual, com revela a prova colhida,
permaneceu com a primeira reclamada, inexistindo nos autos prova satisfatória da prestação de serviços
em favor da quarta demandada, de modo que correta a sentença que rejeitou o pedido de responsabilidade
solidária/subsidiária formulado na peça de ingresso.
Por fim, quanto à má-fé genericamente alegada em razões recursais pela

autora (I.II, fls. 857-862) e que teria sido supostamente praticada pela ORSEGUPS em outros autos e em
processo sequer de competência desta Justiça Especializada, além de não ter a recorrente formulado
qualquer pretensão recursal relacionada à alegada má-fé, não constato a prática pela empresa em menção,
nos presentes autos, de qualquer conduta que se enquadre em quaisquer das hipóteses legalmente
previstas no art. 80 do CPC ou do art. 793-B da CLT, nada havendo a prover no particular.
Incólumes, pois, os dispositivos invocados, não se prestando, igualmente,

os precedentes citados a infirmar a conclusão adotada quanto à matéria, mormente por não demonstrada a
exata adequação de seus fundamentos determinantes ao caso concreto em análise, ônus que incumbia à
parte que os invocou.
Nego provimento ao recurso.
2 - HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS SUCUMBENCIAIS
A autora, conferindo interpretação diversa ao que foi decidido pelo STF

quando do julgamento da ADI 5766, sustenta que por lhe ter sido concedida a gratuidade judiciária
ficaria "dispensada" dos honorários advocatícios de sucumbência e que mereceria reforma a sentença no
ponto em que determinou fosse observada a condição suspensiva de exigibilidade prevista no art. 791-A,
§4º, da CLT à luz da tese fixada pelo STF nos autos da ADI n. 5.766.
Sem razão, contudo.
Em primeiro lugar, cumpre relembrar à parte que não houve sua

condenação, em primeiro grau, ao pagamento de custas tampouco despesas processuais, mas apenas ao

Fls.: 9434
Fls.:
pagamento de honorários advocatícios sucumbenciais em relação aos pedidos formulados e integralmente

indeferidos (como, por exemplo, pedido de integração das comissões e prêmios, fls. 772, 785, dentre
outros), o que se revela de acordo com a legislação de regência (CLT, art. 791-A, §4º) e jurisprudência
consolidada (Tese Jurídica n.05 deste Regional em IRDR e ADI 5.766 do STF), sendo inócuas, pois, as
alegações aduzidas no particular.
Acerca do tema, dispõem o caput e o § 4º do art. 791-A da CLT, incluídos

pela Lei n. 13.467/2017:
Art. 791-A. Ao advogado, ainda que atue em causa própria, serão devidos honorários de
sucumbência, fixados entre o mínimo de 5% (cinco por cento) e o máximo de 15%
(quinze por cento) sobre o valor que resultar da liquidação da sentença, do proveito
econômico obtido ou, não sendo possível mensurá-lo, sobre o valor atualizado da causa.
(...)
§ 4º Vencido o beneficiário da justiça gratuita, desde que não tenha obtido em juízo,
ainda que em outro processo, créditos capazes de suportar a despesa, as obrigações
decorrentes de sua sucumbência ficarão sob condição suspensiva de exigibilidade e
somente poderão ser executadas se, nos dois anos subsequentes ao trânsito em julgado da
decisão que as certificou, o credor demonstrar que deixou de existir a situação de
insuficiência de recursos que justificou a concessão de gratuidade, extinguindo-se,
passado esse prazo, tais obrigações do beneficiário.
Tal parágrafo estabelece que, no caso de o beneficiário da justiça gratuita

possuir crédito a receber no processo, deve arcar com os honorários sucumbenciais fixados em prol da
parte contrária.
Contudo, no julgamento da ADI 5766 realizado pelo Plenário do STF na

data de 20-10-2021, foi declarada a inconstitucionalidade do § 4º do art. 791-A da CLT, nos seguintes
termos:
Decisão: O Tribunal, por maioria, julgou parcialmente procedente o pedido formulado na

ação direta, para declarar inconstitucionais os arts. 790-B, capute § 4º, e 791-A, § 4º, da
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), vencidos, em parte, os Ministros Roberto
Barroso (Relator), Luiz Fux (Presidente), Nunes Marques e Gilmar Mendes. Por maioria,
julgou improcedente a ação no tocante ao art. 844, § 2º, da CLT, declarando-o
constitucional, vencidos os Ministros Edson Fachin, Ricardo Lewandowski e Rosa
Weber. Redigirá o acórdão o Ministro Alexandre de Moraes. Plenário, 20.10.2021
(Sessão realizada por videoconferência - Resolução 672/2020/STF).
No acórdão publicado em 3-5-2022, o voto do Ministro Alexandre de

Moraes, que prevaleceu no julgamento, delimitou o alcance da inconstitucionalidade declarada pelo
Plenário do STF nesses termos:
Em vista do exposto, CONHEÇO da Ação Direta e, no mérito, julgo PARCIALMENTE

PROCEDENTE o pedido para declarar a inconstitucionalidade da expressão "ainda que
beneficiária da justiça gratuita", constante do caput do art. 790-B; para declarar a
inconstitucionalidade do § 4º do mesmo art. 790-B; declarar a inconstitucionalidade da
expressão "desde que não tenha obtido em juízo, ainda que em outro processo, créditos
capazes de suportar a despesa", constante do § 4º do art. 791-A; para declarar
constitucional o art. 844, § 2º, todos da CLT, com a redação dada pela Lei 13.467/2017.

Fls.:
Fls.:10
435
Portanto, com relação aos honorários advocatícios sucumbenciais,

somente foi declarada inconstitucional a expressão "desde que não tenha obtido em juízo, ainda que em
outro processo, créditos capazes de suportar a despesa".
Nesse contexto, não se denota da decisão proferida no STF total

desobrigação da reclamante sobre a verba honorária da parte adversa, porquanto, uma vez concedido o
benefício da justiça gratuita, a condenação ao pagamento dos honorários sucumbenciais ficará sob
condição suspensiva de exigibilidade da obrigação por dois anos a partir do trânsito em julgado da
decisão que a impôs, ainda que tenha obtido em juízo créditos capazes de suportar a despesa, sendo ônus
do credor demonstrar que houve alteração na condição econômica do devedor no período de suspensão.
Assim, a decisão de primeiro grau não comporta qualquer reforma,

porquanto observou, corretamente, a legislação de regência (CLT, art. 791-A, §4º, dentre outros),
jurisprudência deste Regional (Tese Jurídica n. 05 proveniente do IRDR 0000112-13.2020.5.12.0000 -
tema 8) e do E. STF (ADI 5.766).
Nego provimento.
PREQUESTIONAMENTO
Com a apreciação das questões e a exposição fundamentada da decisão

em relação às matérias, tenho por suprido o prequestionamento, na forma da Súmula n. 297 e da
Orientação Jurisprudencial n. 118, da SDI1, ambas do TST.
Atentem-se as partes para a previsão do art. 1.026, §§2 e 3º, do CPC,

notadamente no que tange à observância das hipóteses legais acerca do cabimento de embargos de
declaração (art. 897-A da CLT e art. 1.022 do CPC).

Fls.:Fls.:
11 436

Trabalho da 12ª Região, rejeitar a preliminar arguida em contrarrazões de não conhecimento do recurso,
por unanimidade, CONHECER DO RECURSO. No mérito, por maioria, vencida parcialmente a
Desembargadora do Trabalho Quézia de Araújo Duarte Nieves Gonzalez, NEGAR-LHE
PROVIMENTO. Custas mantidas. Intimem-se.
Participaram do julgamento realizado na sessão do dia 17 de maio de

2023, sob a Presidência da Desembargadora do Trabalho Quézia de Araújo Duarte Nieves Gonzalez, os
Desembargadores do Trabalho Amarildo Carlos de Lima e Cesar Luiz Pasold Júnior. Presente o
Procurador do Trabalho Keilor Heverton Mignoni. Sustentou oralmente o advogado Gustavo Regis de
Figueiredo e Silva, procurador da ré Orsegups Prestação de Serviços de Limpeza Ltda.
AMARILDO CARLOS DE LIMA

Relator

Fls.:
Fls.: 1437
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DESEMBARGADOR RELATOR DOUTOR

AMARILDO CARLOS DE LIMA – DA 3ª CÂMARA DO TRIBUNAL
REGIONAL DO TRABALHO DA 12ª REGIÃO.
Processo nº: 0000593-28.2021.5.12.0036
- REQUER HOMOLOGAÇÃO DE ACORDO
EMBRACON ADMINISTRADORA DE CONDOMINIOS EIRELI

empregadora da reclamante conforme CTPS aos autos, vem
informar que as partes compuseram acordo conforme acostado
em anexo.
Deste modo, requer ao d. Juízo a homologação do acordo nos

termos do artigo 487, III, “b” do NCPC, para que surta os efeitos
legais.
Nestes termos,
Pede Deferimento.
São José-SC, 26 de julho de 2023.

OAB/SC 61.130
Assinado eletronicamente por: EDENILSON BISPO SALES - Juntado em: 26/07/2023 18:32:42 - d824d2c
Assinado eletronicamente por: GUSTAVO REGIS DE FIGUEIREDO E SILVA - Juntado em: 06/11/2023 11:32:14 - a7aefd7
Fls.:
Fls.: 2438
Assinado digitalmente por

EDENILSON EDENILSON BISPO SALES
DN: cn=EDENILSON BISPO SALES,
c=BR, o=ICP-Brasil, ou=ADVOGADO,
BISPO SALES email=edenilsonsales@gmail.com
Data: 2023.07.24 17:48:53 -03'00'
Assinado eletronicamente por: EDENILSON BISPO SALES - Juntado em: 26/07/2023 18:32:42 - a761da0
Fls.: 3 439
Fls.:
Assinado digitalmente por

EDENILSON DN: cn=EDENILSON BISPO
SALES, c=BR, o=ICP-Brasil,
BISPO SALES ou=ADVOGADO,
email=edenilsonsales@gmail.com
Data: 2023.07.24 17:47:45 -03'00'
Assinado eletronicamente por: EDENILSON BISPO SALES - Juntado em: 26/07/2023 18:32:42 - a761da0
Fls.: 440
Fls.: 1
Poder Judiciário
Agravo de Petição
0000671-88.2021.5.12.0014
Relator: NARBAL ANTONIO DE MENDONCA FILETI

Partes:
ADVOGADO: MARIANA LINHARES WATERKEMPER
AGRAVADO: SINDICATO DOS EMPREGADOS EM EMPRESAS PRESTADORAS DE
SERVICO E ASSEIO E CONSERVACAO NO MUNICIPIO DE FLORIANOPOLIS
AGRAVADO: SINDICATO DOS EMPREGADOS EM EMPRESAS DE VIG E SEGUR
PRIVADA PRESTADORA DE SERV NO MUNICIPIO DE FLORIANOPOLIS SC
AGRAVADO: SINDICATO DOS EMPREGADOS EM EMPRESAS PRESTADORAS DE
SERVICOS E ASSEIO E CONSERVACAO DE SAO JOSE E REGIAO
AGRAVADO: SINDICATO DOS EMPREGADOS EM EMPRESAS DE VIGILANCIA E
SEGURANCA PRIVADA PRESTADORAS DE SERVICOS DE SAO JOSE E REGIAO
AGRAVADO: EMBRACON SEGURANCA E VIGILANCIA S/A
AGRAVADO: EMBRACON ASSEIO E CONSERVACAO LTDA
Assinado eletronicamente por: GUSTAVO REGIS DE FIGUEIREDO E SILVA - Juntado em: 06/11/2023 11:32:14 - be085e1
Fls.: 2441
Fls.:
PODER JUDICIÁRIO
PROCESSO nº 0000671-88.2021.5.12.0014 (AP)

AGRAVADOS:
1) SINDICATO DOS EMPREGADOS EM EMPRESAS PRESTADORAS DE SERVICO E ASSEIO E
CONSERVACAO NO MUNICIPIO DE FLORIANOPOLIS,
2) SINDICATO DOS EMPREGADOS EM EMPRESAS DE VIG E SEGUR PRIVADA
PRESTADORA DE SERV NO MUNICIPIO DE FLORIANOPOLIS SC,
3) SINDICATO DOS EMPREGADOS EM EMPRESAS PRESTADORAS DE SERVICOS E ASSEIO
E CONSERVACAO DE SAO JOSE E REGIAO,
4) SINDICATO DOS EMPREGADOS EM EMPRESAS DE VIGILANCIA E SEGURANCA
PRIVADA PRESTADORAS DE SERVICOS DE SAO JOSE E REGIAO,
5) EMBRACON SEGURANCA E VIGILANCIA S/A,
6) EMBRACON ASSEIO E CONSERVACAO LTDA
RELATOR: DESEMBARGADOR NARBAL ANTÔNIO DE MENDONÇA FILETI
EMENTA
CONTRATO DE CESSÃO DE CARTEIRA DE CLIENTES E

PARTE DE ATIVOS. SUCESSÃO TRABALHISTA APENAS
QUANTO AOS TRABALHADORES TRANSFERIDOS
JUNTAMENTE COM A ORGANIZAÇÃO PRODUTIVA AO
CONTRATANTE COMPRADOR, SEM SOLUÇÃO DE
CONTINUIDADE DE SUAS ATIVIDADES PERANTE O NOVO
ADQUIRENTE. INOCORRÊNCIA DE SUCESSÃO DE
EMPREGADORES QUANTO AOS TRABALHADORES
DISPENSADOS ANTERIORMENTE AO CONTRATO DE
CESSÃO. RESPONSABILIDADE QUANTO ÀS VERBAS
RESCISÓRIAS EXCLUSIVA DA EMPREGADORA ORIGINAL. A
sucessão de empregadores pressupõe a substituição de sujeitos de uma
relação jurídica. Na transferência do acervo empresarial, no todo ou em
parte, de um ente para o outro, indispensável, ainda, para a caracterização
da sucessão aqui tratada, que a prestação de serviços do trabalhador não
tenha sofrido solução de continuidade, vale dizer, que ele tenha sido
incorporado na organização produtiva que foi transferida de seu
empregador original à entidade que a incorporou, de modo que esta passe
a ser seu novo empregador.
RELATÓRIO

provenientes da 1ª Vara do Trabalho de Blumenau, SC, sendo agravante ORSEGUPS
PARTICIPAÇÕES S. A. e agravados 1. SINDICATO DOS EMPREGADOS EM EMPRESAS
Assinado eletronicamente por: NARBAL ANTONIO DE MENDONCA FILETI - 03/07/2023 13:43:16 - 848f4ba
Número do processo: 0000671-88.2021.5.12.0014 ID. 848f4ba - Pág. 1
Fls.: 3442
Fls.:
PRESTADORAS DE SERVICO E ASSEIO E CONSERVACAO NO MUNICIPIO DE

FLORIANOPOLIS, 2. SINDICATO DOS EMPREGADOS EM EMPRESAS DE VIGILÂNCIA E
SEGURANÇA PRIVADA PRESTADORA DE SERVIÇO NO MUNICIPIO DE
FLORIANOPOLIS, 3. SINDICATO DOS EMPREGADOS EM EMPRESAS PRESTADORAS DE
SERVICOS E ASSEIO E CONSERVACAO DE SÃO JOSE E REGIÃO, 4. SINDICATO DOS
EMPREGADOS EM EMPRESAS DE VIGILÂNCIA E SEGURANCA PRIVADA
PRESTADORAS DE SERVICOS DE SÃO JOSE E REGIÃO, 5. EMBRACON SEGURANCA E
VIGILÂNCIA S/A, 6. EMBRACON ASSEIO E CONSERVAÇÃO LTDA.
Insurge-se a ORSEGUPS PARTICIPAÇÕES S. A. contra a decisão da

lavra do Exmo. Juiz Valter Túlio Amado Ribeiro, que reconheceu a sucessão de empregadores entre as
executadas e a agravante, e determinou a sua inclusão no polo passivo da execução.
Em suas razões de agravo, argui inicialmente a nulidade da sentença por

negativa de prestação jurisdicional, ao argumento de que o juízo não se manifestou sobre tese de sua
defesa, nem mesmo quando provocado por embargos declaratórios. Ainda, pede o sobrestamento do
feito, diante da decisão proferida pela Exma. Vice-Presidente do Tribunal Superior do Trabalho nos autos
do processo TST-Ag-ED-AIRR-10252-81.2015.5.03.014. No mérito, aduz não ter sucedido a empresa
EMBRACON, tendo esta apenas transacionado parte de sua carteira de clientes à empresa Orsegups
Prestação de Serviços Ltda., que seria, ainda, empresa distinta da agravante. Afirma que a executada
EMBRACON mantém suas atividades, e agiu de má-fé ao realizar acordo nos presentes autos, em nome
próprio, para posteriormente pugnar pelo reconhecimento de sucessão entre ela e a agravante, procurando
esquivar-se de suas obrigações trabalhistas. Diz que os trabalhadores substituídos nesta ação não
prestaram serviços em seu favor, motivo por que não há amparo fático ao reconhecimento da alegada
sucessão. Pede, assim, a sua exclusão da lide.
Contraminuta é apresentada.
É o relatório.
VOTO
Conheço do agravo e das contraminutas, porque presentes os pressupostos

legais de admissibilidade.
PRELIMINAR
NULIDADE DA SENTENÇA. NEGATIVA DE PRESTAÇÃO

JURISDICIONAL
Fls.: 4443
Fls.:
Argui a agravante nulidade da sentença por negativa de prestação

jurisdicional, ao argumento de que não se manifestou o juízo sobre seus argumentos no sentido de que
não há nos autos documento vinculando a agravante à compra de parte da carteira de clientes da
executada EMBRACON.
De fato, a argumentação foi invocada na peça contestatória, na fl. 1627, e

nada manifestou o juízo sobre esse ponto.
Não obstante, a omissão havida, porque passível de correção por esta

Corte ad quem, nos termos do art. 1.013, inc. IV, do CPC, não tem o condão, portanto, de implicar
nulidade e retorno dos autos à origem, mormente diante do julgamento do mérito do recurso, conforme se
verá a seguir, o que também atrai a incidência do art. 282, § 2º, do CPC.
Rejeito, assim, a preliminar.
PEDIDO DE SOBRESTAMENTO DO FEITO. DECISÃO DA VICE-

PRESIDÊNCIA DO TST NOS AUTOS Nº 10023-24.2015.5.03.0146, SELECIONADO
CONJUNTAMENTE COM OS AUTOS DE Nº AG-ED-AIRR-10252-81.2015.5.03.0146. TEMA Nº
1.232
Ao argumento de que a Vice-Presidência do TST determinou o

sobrestamento dos autos em que discutida a matéria sobre a possibilidade de inclusão no polo passivo da
lide, na fase de execução, de empresa integrante de grupo econômico que não participou do processo de
conhecimento, pugna o agravante pelo sobrestamento desta ação até julgamento do tema pelo STF, que lá
tramita também pelas ADPFs nºs 488 e 951.
Inicialmente, pondero que em momento algum determinou a Vice-

Presidência do TST o sobrestamento referido, conforme exsurge cristalino de da decisão de S. Excia., em
sede de embargos declaratórios, nos autos nº 10023-24.2015.5.03.0146, selecionados conjuntamente com
os autos de nº 10252-81.2015.5.03.0146.
De outro norte, é bem verdade que o Supremo Tribunal Federal

determinou, em sede de repercussão geral admitido nos autos de recurso extraordinário sob nº 1.387.795
- Minas Gerais, que sejam suspensas "[t]odas as execuções trabalhistas que versem sobre a questão
controvertida no Tema nº 1.232 da Gestão por Temas da Repercussão Geral, até o julgamento definitivo
deste recurso extraordinário".
Porém, não se trata do caso dos autos.
Fls.: 5444
Fls.:
Aqui, o Juízo de origem esclareceu, expressamente, não se tratar de

responsabilização da agravante por considerá-la do mesmo grupo econômico da executada original, mas
sim por tê-la como sucessora. Vide os fundamentos da fl. 1837:
É relevante pontutar que não há demonstração ou alegação de grupo econômico (art. 2º,
§ 2º da CLT) entretanto, como bem destacou o Exequente por meio do documento de id
db0a68e (fls. 1483/1500) os quais comprovam que a EMBRACON, propriamente foi
incorporada à ORSEGUPS, que passou a ser imediatamente, beneficiada pelo
faturamento daquela, e, por conseguinte, como já anotado, também deverá assumir o
ônus, a saber, o cumprimento de obrigações trabalhistas.
Rejeito, portanto, o pedido de sobrestamento.
MÉRITO
Anteriormente ao exame do objeto do agravo de petição, necessário se

proceder à relato da tramitação do feito, para melhor elucidação dos fatos debatidos na presente
demanda, bem como de todos os envolvidos.
Tratam os autos de ação coletiva promovida em razão da EMBRACON

SEGURANÇA E VIGILÂNCIA LTDA. e EMBRACON SERVIÇOS ESPECIALIZADOS
CONDOMINIAIS LTDA., por meio da qual alegaram os sindicatos-autores o seguinte (fl. 3):
Os sindicatos autores tomaram conhecimento, através do documento denominado

TERMO DE ACORDO EXTRAJUDICIAL TRABALHISTA que alguns dos
trabalhadores das requeridas, espalhados pelas bases territoriais dos sindicatos autores,
estavam sendo dispensados com o pagamento de verbas rescisórias de forma parcelada.
Considerando que as requeridas tiveram, recentemente, parte das suas operações

vendidas para o Grupo Orsegups por problemas financeiros causados pela crise
financeira do Coronavírus em todo o Mundo, somado ao caráter coletivo da situação,
entenderam por bem os sindicatos autores ajuizarem a presente demanda, com o intuito
de buscar tutela jurisdicional, bem como do Ministério Público do Trabalho, para
viabilizar o pagamento das verbas rescisórias dos trabalhadores das suas respectivas
bases territoriais.
Nesse contexto, requereram os sindicatos-autores, dentre outros pedidos,

o seguinte (fl. 5):
[...] seja assinalado prazo aos sindicatos autores, após a audiência de conciliação
/justificação prévia, a fim de que seja apresentada a tabela com o rol de substituídos e
respectivo valor de verbas rescisórias individualizado.
Na audiência da fl. 85 a ré EMBRACON assim se manifestou sobre a

situação dos trabalhadores dispensados e substituídos nesta ação:
A EMBRACON, desde já, afirma que a responsável para pagamento das verbas
rescisórias será a mesma, em consonância com a planilha de recebimentos de valores a
serem repassados pela ORSEGUPS, adquirente da concessão da carteira de clientes e
para a qual foram transferidos mais de 900 empregados, além dos cerca de 190
desligados pela EMBRACON, os quais são objeto da presente ação. (destaquei)
Fls.: 6445
Fls.:
Nessa mesma audiência o Juízo determinou à EMBRACON que juntasse

aos autos os documentos relativos a todos os empregados substituídos nesta ação, os quais vieram, em
parte, nas fls. 113-957.
O Juízo determinou, então, a complementação da documentação, na

audiência da fl. 973.
Juntados os documentos, e após controverterem as partes sobre o

parcelamento extrajudicial feito pelas rés a respeito das parcelas rescisórias devidas a esses empregados,
mormente frente ao número de parcelas e eventual exclusão do acréscimo de 40% sobre o FGTS,
apresentaram proposta de acordo, que ao final foi homologado pelo juízo na audiência da fl. 1056 nos
seguintes termos:
A parte reclamada manifesta concordância em relação à inclusão dos trabalhadores

Karoline Crispim dos Santos e Alessandro Ferreira dos Santos, mantendo-se o
pagamento até fevereiro de 2022.
As partes pretendem incluir no acordo eventuais trabalhadores que ainda não constam da
planilha.
Sem oposição da parte reclamada a parte autora requer que conste dos termos da
homologação que em caso de descumprimento da última parcela seja oficiada a empresa
ORSEGUPS para que não deposite o valor referente a parcela do mês de fevereiro de
2022 na conta da reclamada EMBRACON, e sim, em conta judicial vinculada a este
feito.
O Digno representante do Ministério do Trabalho não se opõe as alterações.
Façam os autos conclusos para homologação do acordo.
O Juízo homologa o acordo para que surta seus jurídicos e legais efeitos.
O acordo referido foi homologado no dia 28-02-2022.
Em 03-03-2022 a ré EMBRACON peticiona nos autos afirmando o

seguinte:
As partes firmaram acordo para pagamento de verbas rescisórias dos colaboradores

desligados em decorrência da venda das empresas a Orsegups Participações, nos termos
já conhecidos aos autos.
Deste modo, pelos ditames da boa-fé informar ao d. Juízo, a impossibilidade das

Reclamadas de cumprir a obrigação de pagamento do dia 28/02/22, pois não recebeu até
a presente data os valores de repasses da Orsegups Participações para cumprir o acordo
aqui estabelecidas neste processo.
Deste modo, acosta a planilha do saldo devedor das verbas dos colaboradores atualizados
até o dia 28/02/2022.
Requer, deste modo que seja oficiado a empresa Orsegups nos termos estabelecidos do
acordo homologado em audiência no dia 22/02/22 para repasse dos valores nos termos
aqui estabelecidos.
Fls.: 7446
Fls.:
O Juízo acatou o pedido e determinou fosse oficiada a empresa

ORSEGUPS para depositar em juízo os valores referentes à parcela do mês de fevereiro de 2022 (fl.
1059), o que foi cumprido pela agravante, conforme documentos das fls. 1078-9, no importe de R$
1.000.000,00.
Ainda, em 04-05-2022, peticiona a ré EMBRACON nos autos, fls. 1116-

23, pugnando pelo reconhecimento da sucessão de empregadores entre ela e a empresa ORSEGUPS
PARTICIPAÇÕES S. A., "[s]ubdivida em Orsegups Prestação de Serviços de Limpeza Ltda, Orsegups
Segurança e Vigilância e Orsegups Monitoramento Ltda." (fl. 1123).
O Juízo determinou, então, a intimação da ORSEGUPS

PARTICIPAÇÕES S. A. para se manifestar no feito, em cinco dias (fl. 1139), sobre o pedido relativo à
sucessão de empregadores.
Na manifestação das fls. 1399-1412 a ORSEGUPS PARTICIPAÇÕES S.

A. se opõe à tese de que seria sucessora da ré EMBRACON, bem como à responsabilidade por acordo
firmado exclusivamente por esta mesma empresa.
Na fl. 1431, em decisão do dia 27-06-2022, assim decide o juízo sobre o

tema:
Rejeita-se o requerimento da EMBRACON não havendo que se falar em análise de

possível sucessão neste momento processual tendo em vista que é incontroversa tanto a
sua legitimidade passiva como a sua responsabilidade patrimonial, haja vista que a
responsável primária não está insolvente e segue em atividade.
Opostos embargos declaratórios pela EMBRACON, que insiste no

reconhecimento da sucessão de empregadores por ela sustentada, foram rejeitados pelo juízo, tendo sido
esclarecido, na oportunidade, ainda, que "[e]ventual direcionamento da execução nas futuras fases
processuais será objeto de exame e do rito próprio em atenção ao contraditório e à ampla defesa (art. 5º,
LV da CF/88)" (fl. 1475).
Contudo, em setembro de 2022, o Sindicato dos Empregados em

Empresas Prestadoras de Serviço e Asseio e Conservação no Município de Florianópolis peticiona nos
autos requerendo o reconhecimento da sucessão de empregadores entre as rés e a ORSEGUPS
PARTICIPAÇÕES S. A., ao argumento de que todo o patrimônio das rés e toda a carteira de clientes
teriam sido transferidos à suposta sucessora (fl. 1480).
Fls.: 8447
Fls.:
O Juízo recebeu a peça processual como pedido de incidente de

desconsideração episódica da personalidade jurídica (fl. 1564), e determinou a citação da ORSEGUPS S.
A. para se manifestar e requerer as provas cabíveis, no prazo de quinze dias.
A manifestação da agravante, portanto, veio aos autos nas fls. 1623-48.
Nas fls. 1836-8 o Juízo acolheu o incidente e determinou a inclusão no

polo passivo da execução a ORSEGUPS PARTICIPAÇÕES S. A., sendo esta decisão objeto de
impugnação do presente agravo de petição.
À análise.
A Consolidação dispõe expressamente nos seus arts. 10 e 448 que:


contratos de trabalho dos respectivos empregados. (sublinhei)
Referidas regras têm por finalidade precípua proteger o trabalhador

(princípio tuitivo) e fazer valer o princípio da continuidade da relação de emprego, disciplinando os
efeitos da sucessão empresarial na seara do Direito do Trabalho - sucessão de empregadores para efeitos
justrabalhistas, no caso -, que ocorre quando a empresa sucessora se sub-roga na exploração da atividade
da empresa sucedida, dando continuidade ao exercício desta, com utilização de elementos indispensáveis
para o seu funcionamento, tais como empregados, maquinário, estabelecimento e objetivo empresarial.
Conforme a doutrina clássica, a sucessão de empregadores pressupõe

substituição de sujeitos de uma relação jurídica. Assim, na transferência do acervo empresarial, no todo
ou em parte, de um ente para o outro, indispensável, ainda, para a caracterização da sucessão aqui tratada,
que a prestação de serviços do trabalhador não tenha sofrido solução de continuidade, vale dizer, que ele
tenha sido incorporado na organização produtiva que foi transferida de seu empregador original à
entidade que a incorporou, de modo que esta passe a ser seu novo empregador.
Neste sentido Délio Maranhão, in Instituições de Direito do Trabalho,

Editora LTr, 11ª edição, p. 289:
Se um empresário, pessoa física ou jurídica, possui vários estabelecimentos, claro está

que a "empresa" não se confunde com qualquer deles. Transferindo um dos
estabelecimentos, não haverá mudança na propriedade da "empresa", e, no entanto, há
sucessão de empregadores relativamente aos empregados que continuem trabalhando no
estabelecimento vendido. (grifei)
Fls.: 9448
Fls.:
No caso presente, os documentos das fls. 1509-32 comprovam que em 05-

08-2021 a EMBRACON SERVIÇOS CONDOMINIAIS e a EMBRACON TECNOLOGIA S. A.
firmaram contrato de "[c]essão de direitos e obrigações através da transferência de carteira de clientes e
outros ativos" com as empresas ORSEGUPS PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE LIMPEZA LTDA. e
ORSEGUPS MONITORAMENTO ELETRÔNICO LTDA., respectivamente.
Pondero, inicialmente, que a alegação da agravante de que não teria sido

ela a contratante em qualquer dos contratos firmados não merece prosperar, porque a condição de grupo
econômico entre ORSEGUPS PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE LIMPEZA LTDA., ORSEGUPS
MONITORAMENTO ELETRÔNICO LTDA. e ORSEGUPS PARTICIPAÇÕES S. A. salta aos olhos
por toda a documentação existente nos autos, ficando evidenciada, inclusive, pela circunstância de que,
na primeira manifestação da agravante nos autos, nas fls. 1399-1412, ela nada afirma nesse sentido, tendo
sido ela, ainda, e após oficiada pelo juízo, quem efetivamente realizou o depósito em juízo dos valores do
contrato de cessão, para pagamento das verbas rescisórias executadas nesta ação, sem jamais contestar,
na oportunidade, sua legitimidade para tanto. Ainda, a própria procuração juntada na oportunidade, nas
fls. 1413-4, dá conta de que se trata de mesmo grupo econômico.
Por outro lado, não obstante a transferência da carteira de clientes "e

outros ativos", é incontroverso que os trabalhadores substituídos nos presentes autos não prestaram
serviços, um dia sequer, às empresas adquirentes.
É fato incontroverso porque esclarecido desde a proemial que os

trabalhadores substituídos nesta demanda são justamente aqueles que não foram transferidos para
qualquer das empresas do grupo ORSEGUPS, tendo sido dispensados pela EMBRACON, como ela
própria reconhece, e por isso mesmo admite, desde a primeira audiência realizada nestes autos, que é dela
a responsabilidade pelo pagamento das verbas rescisórias, tanto que por ela, exclusivamente, a iniciativa
dos inúmeros acordos extrajudiciais, na tentativa de parcelar o pagamento devido a título de verbas
rescisórias.
Os documentos trazidos aos autos relativamente às rescisões promovidas

dão conta de que todos os empregados foram dispensados em 18-08-2021. Da prova documental é
possível se verificar, repito, que todas as rescisões foram promovidas exclusivamente pela EMBRACON.
Nem se alegue que a data de dispensa é posterior ao contrato de cessão entre a EMBRACON e as
empresas do grupo ORSEGUPS, na medida em que, também incontroverso que, na época, a própria
EMBRACON manteve suas atividades empresariais, ainda que em ramo distinto das atividades cuja
cessão foi negociada entre as empresas mencionadas.
Fls.:
Fls.:10
449
O próprio juízo reconhece essa circunstância, e a aponta na decisão da fl.

1431 para rejeitar, naquela oportunidade, o pedido de reconhecimento da sucessão de empregadores.
Portanto, independente da discussão sobre os efeitos da transferência da

carteira de clientes e parte dos ativos da EMBRACON para empresas do grupo da agravante, não há
reconhecer, no presente caso, a sucessão alegada, pela singela constatação de que os trabalhadores cujas
verbas rescisórias são objeto da execução jamais prestaram serviços para qualquer empresa do grupo
ORSEGUPS. O reconhecimento da sucessão de empregadores, portanto, não é possível juridicamente no
caso presente. Esses trabalhadores não integraram a organização produtiva a que se refere a doutrina,
para efeito de reconhecimento, em favor deles, da sucessão de empregadores. Gizo: a empresa cedente
manteve suas atividades.
Aliás, se tivessem prestado serviços, e com isso se pudesse concluir pela

sucessão de empregadores reivindicada, causaria espécie não ter sido a ORSEGUPS, em nenhum
momento, intimada a participar do acordo homologado nos presentes autos.
Ademais, causa estranheza tenha a EMBRACON realizado acordo com os

sindicatos-autores, comprometendo-se, exclusivamente, para o pagamento das parcelas rescisórias
sabidamente devidas (conforme consta da ata de audiência da fl. 85), para depois, mais precisamente três
dias após a homologação do acordo pelo juízo, peticionar nos autos requerendo que fosse oficiada a
ORSEGUPS para pagar parte dos valores devidos e, pouco mais de um mês depois, novamente peticionar
para requerer o reconhecimento da sucessão de empregadores. Ao homologar o acordo, portanto, já era, à
toda evidência, sabedora de sua impossibilidade de cumprir a obrigação, e tratou de, sem nenhuma
cerimônia, invocar transferência de responsabilidade por seus atos a terceiro.
Os contratos de cessão firmados obrigaram as empresas do grupo

ORSEGUPS ao pagamento ao grupo EMBRACON da vultosa quantia de R$ 17.790.138,93 (dezessete
milhões, setecentos e noventa mil, cento e trinta e oito reais e noventa e três centavos), conforme verifico
das fls. 1510 e 1518.
Configurada, portanto, a litigância de má-fé das executadas

(EMBRACON SEGURANÇA E VIGILÂNCIA LTDA. E EMBRACON SERVIÇOS
ESPECIALIZADOS CONDOMINIAIS S/A), porque, após a homologação do acordo para pagamento
das verbas rescisórias sabidamente por ela exclusivamente devidas, reivindicaram reconhecimento de
sucessão de empregadores em relação aos empregados que elas próprias dispensaram, e que jamais
integraram o rol dos trabalhadores transferidos ao grupo ORSEGUPS.
Fls.:
Fls.:11
450
A EMBRACON recebeu (ou têm assegurado contrato que obriga a

ORSEGUPS a esse pagamento) milhões de reais, e pretende esquivar-se de suas obrigações trabalhistas
nos presentes autos. Se hoje não tem mais patrimônio, seus sócios devem ser responsabilizados,
minimamente, pelos valores recebidos pelos contratos firmados com a ORSEGUPS, porque não são de
pequena monta e servem, com tranquilidade, à satisfação dos débitos trabalhistas aqui perseguidos. O
incidente de desconsideração episódica da pessoa jurídica, portanto, foi direcionado, a meu ver, de forma
equivocada.
Não à toa contendem as contratantes - EMBRACON e ORSEGUPS na

esfera judicial a respeito dos contratos realizados, tendo a agravante apresentado, ainda, notícia-crime na
Delegacia de Polícia Civil de São José (fls. 2044-61), por meio da qual procura comprovar a utilização
pela EMBRACON das empresas de seu grupo econômico para fins ilícitos. O caso é grave, complexo, e
envolve ainda outras empresas, como, por exemplo, a NOVA S. R. M. ADMINISTRAÇÃO DE
RECURSOS E FINANÇAS S. A., que também apresentou notícia-crime à mesma Delegacia de Polícia,
nas fls. 2062-72, e também em desfavor da EMBRACON.
O Judiciário não pode ser conivente com a desonestidade processual, e

transferir a responsabilidade da dívida trabalhista sem a observância mínima dos requisitos legais.
Sem olvidar, portanto, a possibilidade de ter havido sucessão de

empregadores nos contratos de trabalho dos empregados que tenham sido efetivamente transferidos para
a ORSEGUPS, prestando atividades em seu favor nos mais distintos contratos de prestação de serviços
firmados com terceiros, o que deverá ser analisado concretamente nos casos que eventualmente cheguem
às portas do Judiciário Trabalhista, fato é que, no presente caso, volto a repetir, não há amparo fático ou
jurídico para o reconhecimento da sucessão trabalhista invocada.
Esta Câmara já tem precedente sobre o tema, em caso em que também se

observou que, a par da cessão da carteira de clientes da ré ao grupo da agravante, o trabalhador autor da
ação não havia prestado serviços para qualquer das empresas do grupo ORSEGUPS, do que decorreu a
conclusão de que não houve sucessão de empregadores. Trata-se do julgamento havido nos autos sob nº
0000459-07.2021.5.12.0034, julgado em 14-03-2023, de minha relatoria, com a participação da Exma.
Desembargadora Mirna Uliano Bertoldi e do Exmo. Desembargador Roberto Basilone Leite, e que
apresenta os seguintes fundamentos sobre o tema:
Ademais, incontroverso que não houve continuidade de prestação de serviços pela autora
exequente à agravante ORSEGUPS, considerando a declarada data da suposta sucessão
(agosto 2021) e o término do vínculo de emprego em 24-05-2021 ajustado no acordo
entabulado com a executada EMBRACON (fl. 86), homologado em 24-09-2021.
Fls.:
Fls.:12
451
Destaco que sequer houve indicação, pela executada EMBRACON, acerca da realização
de cessão de direitos formalizada com a agravante ORSEGUPS, no momento da
composição judicial nestes autos.
Ressalto que, no presente caso, não há demonstração dos instrumentos probatórios que
permitam concluir, com a solidez necessária ao tema, a pretendida responsabilidade da
segunda executada (ORSEGUPS) pelo inadimplemento do acordo entabulado, à luz dos
arts. 10 e 448 da CLT. Tenho, pois, que a situação constatada nos presentes autos não
demonstra, em tese, a existência de procedimentos fraudulentos.
É certo que o contrato firmado entre a EMBRACOM e a ORSEGUPS revela que toda a
carteira de clientes relacionada à atividade de terceirização de serviços foi transferida.
Entretanto, no presente caso, mesmo após noticiar a sucessão e requerer o

redirecionamento da execução em face da ORSEGUPS, a autora optou por firmar acordo
com a empresa alegadamente sucedida, o que inviabiliza transferir à sucessora a
responsabilidade pelo cumprimento desse acordo.
Assim, não havendo a parte exequente se desincumbido do ônus que lhe competia e por
não haver prova da existência de fraude da transferência de parte dos ativos da primeira
executada (EMBRACON) à agravante (ORSEGUPS), dou provimento ao recuso para
afastar a sucessão empresarial declarada na origem, excluindo a agravante ORSEGUPS
PARTICIPAÇÕES S/A. do polo passivo da presente execução. (grifei)
Por todo o exposto, dou provimento ao agravo para excluir a agravante do

polo passivo da execução.
Aplico às rés EMBRACON SEGURANCA E VIGILANCIA S/A e

EMBRACON ASSEIO E CONSERVACAO LTDA. a penalidade de litigância de má-fé, com fulcro no
art. 793-B, incs. II, V e VI, da CLT, no importe de R$ 27.000,00 (9% sobre o valor dado à causa, de R$
300.000,00).
EMBARGOS DECLARATÓRIOS. INCONFORMISMO. NÃO

CABIMENTO. PREQUESTIONAMENTO
Os embargos de declaração desservem para a reforma do julgado.

Eventual inconformismo das partes deverá ser realizado pelo meio instrumental consentâneo, não
cabendo aclaratórios para esse desiderato. Essa medida somente pode ser efetivada quando presentes os
requisitos legais pertinentes (art. 897-A da CLT e art. 1.022 do CPC, c/c art. 769 da CLT).
A equivocada/injustificada utilização dos embargos declaratórios poderá

ensejar a aplicação das multas previstas no art. 1.026, §§ 2º e 3º, do CPC, c/c art. 769 da CLT e art. 15 do
CPC.
Segundo dispõem a Súmula nº 297, item I, e a OJ nº 118 da SDI-1 do

TST, respectivamente, "diz-se prequestionada a matéria ou questão quando na decisão impugnada haja
Fls.:
Fls.:13
452
sido adotada, explicitamente, tese a respeito", e "havendo tese explícita sobre a matéria, na decisão
recorrida, desnecessário contenha nela referência expressa do dispositivo legal para ter-se como
prequestionado este".
Por fim, registro ser incabível na seara processual trabalhista o

contraditório prévio/substancial (CPC, arts. 7º, 9º e 10), mormente em face dos princípios da
simplicidade, da informalidade e da concentração dos atos processuais. A própria fundamentação
exauriente prevista no CPC de 2015 é restrita a argumentos capazes de, em tese, infirmar a conclusão do
ato decisório, não havendo razão para a análise de todas as alegações da parte recorrente.

Trabalho da 12ª Região, por unanimidade, CONHECER DO AGRAVO DE PETIÇÃO; por igual
votação, rejeitar a preliminar de nulidade da sentença, por negativa de prestação jurisdicional; sem
divergência, rejeitar o pedido de sobrestamento do feito. No mérito, por unanimidade, com ressalvas da
Desembargadora do Trabalho Mirna Uliano Bertoldi, quanto à fundamentação, DAR-LHE
PROVIMENTO para excluir a agravante do polo passivo da execução. Aplicar multa por litigância de
má-fé às rés, no importe de R$ 27.000,00 (9% sobre o valor da causa, R$ 300.000,00). Custas na forma
da lei.
Participaram do julgamento realizado na sessão do dia 27 de junho de

2023, sob a Presidência da Desembargadora do Trabalho Mirna Uliano Bertoldi, os Desembargadores do
Trabalho Roberto Basilone Leite e Narbal Antônio de Mendonça Fileti. Presente a Procuradora Regional
do Trabalho Silvia Maria Zimmermann. Procederam a sustentação oral, pela ré agravante (Orsegups), a
Dra. Mariana Linhares Waterkemper, pela ré agravada (Embracon), o Dr. Edenilson Bispo Sales e, pelo
sindicato-autor, o Dr. Leonardo Vieira de Ávila.
Fls.:Fls.:
14 453
NARBAL ANTÔNIO DE MENDONÇA FILETI

Desembargador-Relator
Fls.: 454
Fls.: 1
Poder Judiciário
Agravo de Petição
0000982-27.2019.5.12.0054
Relator: CESAR LUIZ PASOLD JUNIOR

Partes:
AGRAVANTE: EMBRACON ASSEIO E CONSERVACAO LTDA
AGRAVADO: ALEXANDRE HACKBARTH
ADVOGADO: CAIO MEDEIROS BARBOSA
Fls.: 2455
Fls.:
PODER JUDICIÁRIO
PROCESSO nº 0000982-27.2019.5.12.0054 (AP)

AGRAVANTE: EMBRACON ASSEIO E CONSERVACAO LTDA
AGRAVADO: ALEXANDRE HACKBARTH
RELATOR: CESAR LUIZ PASOLD JUNIOR
EMENTA
AGRAVO DE PETIÇÃO. EMBRACON. ORSEGUPS. SUCESSÃO

EMPRESARIAL. VENDA DA CARTEIRA DE CLIENTES.
CONTINUIDADE DA ATIVIDADE EMPRESARIAL PELAS
EMPRESAS ENVOLVIDAS. CONTRATO DE TRABALHO COM
TÉRMINO ANTERIOR À VENDA DA CARTEIRA. ACORDO
JUDICIAL FIRMADO PELA EXECUTADA ORIGINÁRIA APÓS
O NEGÓCIO JURÍDICO. AUSÊNCIA DE RESPONSABILIDADE
DA ORSEGUPS. No âmbito da atividade de terceirização de serviços, a
sucessão pode ocorrer por eventos jurídicos com espectro mais amplo, tal
como a incorporação da sucedida pela sucessora ou a fusão entre
empresas, com evidente absorção das atividades entre as pessoas
jurídicas. Além dos casos acima, cogita-se também da transferência de
contratos vigentes de prestação de serviços (com sub-rogação da alienante
nos direitos e na posição jurídica de prestadora pela adquirente, a exemplo
da venda da carteira de clientes), mas neste caso, apenas abrange os
trabalhadores factual e objetivamente transferidos. A empresa que
adquiriu a carteira de clientes não pode ser responsabilizada por
obrigações trabalhistas relativas a contratos de trabalho não transferidos e
com término antes do negócio jurídico entre as empresas, especialmente
quando decorre de acordo judicial firmado pela alienante posteriormente à
data do negócio jurídico e que veio a ser descumprido por ela.
RELATÓRIO
O exequente interpõe agravo petição em face da decisão que reconheceu a

existência de sucessão empresarial e a incluiu no polo passivo da demanda.
Contraminuta apresentada pelo exequente.
É o relatório.
CONHECIMENTO
Assinado eletronicamente por: CESAR LUIZ PASOLD JUNIOR - 26/06/2023 19:25:02 - 76798bc
Número do processo: 0000982-27.2019.5.12.0054 ID. 76798bc - Pág. 1
Fls.: 3456
Fls.:
Preenchidos os requisitos objetivos e subjetivos de admissibilidade,

conhece-se do agravo de petição.
PRELIMINARMENTE
NULIDADE DA SENTENÇA
A recorrente argui a nulidade processual por negativa de prestação

jurisdicional, a qual não sanada por ocasião da oposição de embargos de declaração contra a sentença que
reconheceu a sucessão empresarial entre a executada originária (Embracon) e a recorrente (Orsegups).
Destaca que o Juízo considerou que a sucessão ocorreu em 1-8-2021, sendo que o acordo judicial foi
celebrado em 16-2-2022. Aponta que nestas condições, haveria omissão em razão da inexistência de
título executivo contra a recorrente. Ainda, sustenta contradição, porque ao tempo da celebração do
acordo já teria ocorrido a sucessão, de forma que a sucedida não mais existiria e/ou não teria legitimidade
para tanto.
Sem razão.
Não há falar em nulidade da sentença por cerceamento de defesa, porque

o Juízo a quo fundamentou de forma exaustiva a decisão, na forma do art. 489, § 1º, do CPC.
Inclusive, a magistrada respondeu aos embargos de declaração opostos

pela recorrente para esclarecer as questões suscitadas para arguir a nulidade da sentença.
Ocorre que a omissão e a contradição alegadas pela ré foram afastadas em

decorrência do posicionamento jurídico adotado.
Destaco da sentença em embargos de declaração: "não existem os vícios

alegados. Não reputei necessária manifestação pontual sobre a existência em face da Orsegups de título
executivo ou de coisa julgada, ou o momento em que foi entabulado o acordo, ou, ainda, ofato de o
acordo não ter sido pactuado por ela, já que constou expressamente na decisão que 'O sucessor assume
todos os ativos e passivos trabalhistas, passados e futuros'".
Isso posto, rejeito.
SUSPENSÃO DO PROCESSO
A recorrente pugna pelo sobrestamento do feito em razão da decisão

proferida pelo TST nos autos do Ag-ED-AIRR-10252-81.2015.5.03.0146.
Fls.: 4457
Fls.:
Não há falar em suspensão do processo. O TST afetou os processos 10023-

24.2015.5.03.0146 e 10252-81.2015.5.03.0146 para discutir possibilidade de inclusão na fase de
execução de empresa que não integrou o processo de conhecimento. Nos embargos de declaração nos
autos n. 10023-24.2015.5.03.0146 a Corte prestou os seguintes esclarecimentos:
A análise da decisão proferida pela Vice-Presidência do Tribunal Superior do Trabalho

no Ag-ED-AIRR-10252-81.2015.5.03.0146, em conjunto os fundamentos assentados em
sede de embargos de declaração nos autos n. 10023-24.2015.5.03.0146, também
selecionado como representante da controvérsia, demonstra inexistir a hipótese de
sobrestamento requerida:

determinada, a qual abrange apenas os recursos extraordinários pendentes de análise no
âmbito da Vice-Presidência desta Corte Superior, em perfeita harmonia com a previsão
contida no artigo 327 do RITST, segundo o qual, "Aos recursos extraordinários
forma ali prevista".
Federal, sem lastro para a determinação de suspensão de todos os processos pendentes
em âmbito nacional, conforme pretendido pela embargante.
Desta forma, não há falar em sobrestamento do processo.
Rejeito.
MÉRITO
SUCESSÃO EMPRESARIAL
O autor ajuizou ação contra EMBRACON SERVICOS

ESPECIALIZADOS CONDOMINIAS S/A, tendo as partes celebrado acordo durante a instrução
processual. Em razão do não cumprimento do acordo, o Juízo citou a ré para pagar o montante devido,
momento em que ela opôs exceção de pré-executividade e indicou a empresa ORSEGUPS PRESTAÇÃO
DE SERVIÇOS DE LIMPEZA LTDA como sucessora na obrigação descumprida.
Foi instaurado o incidente para garantir o contraditório à empresa

ORSEGUPS PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE LIMPEZA LTDA, tendo o Juízo acolhido a exceção de
pré-executividade e reconhecido a ocorrência de sucessão empresarial nos seguintes termos:
Sustenta a executada que "vendeu TODA operação empresarial com exclusividade a

empresa sucessora ORSEGUPS PARTICIPAÇÕES S/A subdivida em Orsegups
Prestação de Serviços de Limpeza Ltda, Orsegups Segurança e Vigilância e Orsegups
Monitoramento Ltda, COM TRANSFERÊNCIA de FATURAMENTO,EMPREGADOS,
CLIENTES, PATRIMONIO, BENS E EQUIPAMENTOS (banco de dados, hardware,
mobiliários, computadores, carros, motos, etc.)" e que "desde agosto de2021, a
Fls.: 5458
Fls.:
Embracon não possui faturamento, sendo a Orsegups a empresa bonificada com os

faturamentos da sucedida". Pretende o "reconhecimento da sucessão empresarial em face
da ORSEGUPS PARTICIPACOES S/A - , inscrita no CNPJ: 10.361.314/0001-73, e
ORSEGUPS PRESTACAO DE SERVICOS DE LIMPEZA LTDA, inscrita no CNPJ
sob nº14.355.814/0001-53, e a inclusão da empresa no polo passivo da presente com a
consequente expedição do mandado de citação e pagamento".
A empresa Orsegups Prestação de Serviços de Limpeza Ltda. nega a sucessão

empresarial, aduzindo que "não adquiriu equipamentos, instalações, expertise ou know
how da Embracon, que continua em atividade e com todo o seu patrimônio material e
imaterial, inclusive com o valor expressivo que lhe foi pago diretamente pela venda da
carteira de clientes"; que "não houve transmissão integral do patrimônio ou da estrutura
jurídica da Embracon"; que do "contrato celebrado entre a Orsegups e a Embracon
relativo à prestação de serviços se extrai claramente a divisão civil das responsabilidades
da Embracon e Orsegups, inclusive com a previsão da sucessão dos empregados que
foram transferidos para a Orsegups, como se extrai, por exemplo, das cláusulas 5.7 e 5.8
do contrato"; que "houve transmissão parcial do negócio da Embracon para a Orsegups
que, seguindo os critérios subjetivos da sucessão trabalhista, passou a se responsabilizar
diretamente pelos empregados que foram transferidos" e que, em relação aos
"empregados que não foram transferidos, permanecendo nos quadros da Embracon, não
há sucessão de acordo com o critério subjetivo, e também não há pelo critério objetivo
pois, como reconheceu o sócio da Embracon, esta continua existindo e prestando
serviços, com faturamento e patrimônio suficiente para honrar os débitos com os
empregados que não foram transferidos".
Inicialmente, ante o que consta na manifestação da Orsegups Prestação de Serviços de

Limpeza Ltda. (fl. 390), registro que claramente a intenção é ade que seja reconhecida a
sucessão empresarial. Não há menção na petição ao instituto do chamamento ao processo.
(...)
O contrato de "Cessão de Direitos e Obrigações através da Transferência de Carteira de

Clientes e outros ativos" das fls. 294-301, firmado entre a Embracon Serviços
Especializados Condominiais S.A., empregadora do autor (TRCT da fl.171-2), e a
empresa Orsegups Prestação de Serviços de Limpeza Ltda. mostra que a excipiente
transferiu à Orsegups a sua carteira de clientes ativos, composta por clientes tomadores
de serviços de asseio, conservação e limpeza; todos os equipamentos de sua propriedade
instalados nos seus clientes necessários para a plena prestação dos serviços objeto da
carteira e todos os contratos físicos firmados pelos clientes.
Extrai-se também do contrato que a Orsegups Prestação de Serviços de Limpeza Ltda.

assumiu e dará continuidade à prestação dos serviços (fl.296, cláusula quarta, 4.1),
ficando, a partir de 01.08.2021, sob sua responsabilidade e expensas toda a
administração, investimentos e operação dos clientes contidos na carteira objeto do
contrato (fl. 296, cláusula quinta, item 5.1). Ainda, segundo o contrato, as receitas
provenientes de quaisquer serviços prestados após 31.07.2021 passam a ser de direito da
Orsegups (cláusula quinta, item 5.3, fl. 297).
O contrato também dispõe que os empregados ativos da Embracon seriam transferidos à

Orsegups (fl. 297, item 5.8 da cláusula quinta).
Finalmente, o contrato prevê que a propriedade e o uso da marca "Embracon"

permanecerá com a excipiente para a sua utilização em negócios desde que não tenham o
mesmo fim dos negócios da Orsegups e de suas coligadas, ficando vedado o uso da
marca "Embracon" pela vendedora ou por seus sócios e/ou representantes em qualquer
atividade similar às atividades fins da Orsegups Prestação de Serviços de Limpeza Ltda.
e suas coligadas (grupo econômico). Ficou vedado também à vendedora e aos seus
sócios, parentes laterais, ascendentes e descendentes o exercício de atividades e negócios
de monitoramento eletrônico nos próximos dez anos a partir do contrato (fls. 298-9).
Está claro, portanto, que houve a transferência da unidade empresarial. O núcleo do

patrimônio da Embracon Serviços Especializados foi transferido para a Orsegups
Prestação de Serviços de Limpeza Ltda.
Fls.: 6459
Fls.:
Sem os clientes, os empregados ativos e os equipamentos instalados nos clientes, fica

evidenciado que a excipiente, que é notoriamente empresa prestadora de serviços
(contrato social das fl. 79), teve o seu complexo empresarial comprometido.
Definitivamente, não é o caso de transmissão parcial.
Friso que o que se extrai da transcrição do depoimento do sócio da excipiente, prestado

na ATOrd 593-28.2021.5.12.0036 (fl. 381), é que a empresa que permanece ativa é a
Embracon Administradora de Condomínios, e não a excipiente.
Nada indica a continuidade na prestação de serviços objeto do contrato pela Embracon.
Registro, de qualquer forma, que se há eventual continuidade na prestação desses

serviços, em descumprimento ao contratado, a discussão deve ser feita na seara própria,
como, aliás, afirmou a própria Orsegups que faria, consoante item 3.12 da notícia-crime
(fl. 465).
Comprovada a transferência significativa apta a afetar os contratos de trabalho (tanto os

ativos, quanto os antigos), está configurada a sucessão empresarial.
(...)
A decisão anexada pela sucessora à fl. 393 diz respeito a grupo econômico e, dessa
forma, em nada se relaciona com o debatido neste processo.
As cláusulas do contrato que dispõem acerca da irresponsabilidade da Orsegups pelos

débitos trabalhistas da sucedida não têm validade perante a legislação trabalhista, mesmo
porque não contaram com a participação dos interessados, que são os credores.
Descabe qualquer consideração acerca de benefício de ordem, porque a responsabilidade

pelo pagamento do valor devido no processo é unicamente da empresa sucessora.
Em atenção ao requerimento da Orsegups da fl. 389, a juntada pela executada dos "os
extratos de todas as empresas do grupo econômico, com o fim de comprovar que não
cometeu fraude contra credores ocultando o patrimônio recebido com a venda da carteira
de clientes" não têm o condão de alterar a realidade do processo. Nem mesmo foi
cogitada a anulabilidade do contrato ou a ineficácia do negócio jurídico.
Como nada indica fraude no contrato entabulado entre as empresas, rejeito o

requerimento do exequente para que as empresas respondam deforma solidária (art. 448-
A da CLT).
No tocante à empresa Orsegups Participações S.A., esta não titularizou o contrato

firmado, pelo que, sem qualquer outra alegação, não pode ser responsabilizada pelo valor
devido no processo.
Assim, a Embracon Serviços Especializados Condominiais S.A. foi sucedida pela

Orsegups Prestação de Serviços de Limpeza Ltda., o que confere a esta responsabilidade
exclusiva pela satisfação das obrigações decorrentes do contrato de trabalho mantido
com o exequente.
Dessa forma, a Embracon Serviços Especializados Condominiais S.A. fica livre de

qualquer responsabilidade.
A recorrente sustenta que o acordo teria sido celebrado sem a participação

da recorrente após a pretensa sucessão. Aponta que a sucedida, ao alegar a ocorrência de sucessão, está se
beneficiando da própria torpeza. Segundo aponta, "se a Embracon firmou acordo em nome próprio após o
contrato com a Orsegups, isso evidencia que não houve 'mudança na propriedade ou na estrutura jurídica
da empresa' (CLT, art. 448)". Destaca que "a Orsegups não é sucessora da Embracon, que continua
existindo", porque "não adquiriu equipamentos, instalações, expertise ou know how da Embracon, que
Fls.: 7460
Fls.:
continua em atividade e com todo o seu patrimônio material e imaterial, inclusive com o valor expressivo
que lhe foi pago diretamente pela venda da carteira de clientes". Alude à prova oral produzida nos autos
da ação n. 0000559-34.2022.5.12.0031. Destaca que "a Orsegups fez o pagamento em Juízo do valor de
R$ 1.000.000,00, por determinação da 2a Vara do Trabalho de Florianópolis e a pedido da própria
EMBRACON no processo nº ACC 0000671-88.2021.5.12.0014 (juntada com a inicial), que foram
utilizados para o pagamento de rescisões dos empregados da Embracon, em negociação entre os
Sindicatos e a Embracon, sem a participação da Orsegups, sendo que esse valor foi descontado do
negócio jurídico em questão". Aponta que existe litígio entre as empresas, em razão de a Orsegups ter, ao
mesmo tempo, vendido a carteira de clientes para a recorrente e negociado como recebíveis no mercado
financeiro. Alude ao fato de que o contrato previu a continuidade da Embracon, com responsabilização
da Orsegups apenas dos empregados a ela transferidos. Finaliza ao argumento de que "a existência de
atividade econômica pela Embracon é, por si só, suficiente para reconhecer-se a inexistência da
sucessão".
Pois bem.
A sucessão empresarial é disciplinada pela CLT nos arts. 10 e 448 da

CLT, nos seguintes termos:


Art. 448-A. Caracterizada a sucessão empresarial ou de empregadores prevista nos arts.

10 e 448 desta Consolidação, as obrigações trabalhistas, inclusive as contraídas à época
em que os empregados trabalhavam para a empresa sucedida, são de responsabilidade do
sucessor. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)

ficar comprovada fraude na transferência. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
No caso concreto, o contrato de trabalho perdurou de 20-7-2018 a 19-7-

2019, com ajuizamento da ação em 1º-11-2019. O acordo entabulado entre a Embracon e parte autora
ocorreu 16-2-2022, ou seja, posteriormente à data de venda da carteira de clientes daquela para a
Orsegups, datada de 1-8-2021.
Não considero ter havido típica sucessão empresarial no caso concreto.
A sucessão é caracterizada pela transferência da unidade econômico-

produtiva entre empresas, com transferência dos empregados de uma pessoa jurídica para outra e
continuidade na prestação dos serviços pela sucessora (ausência de solução de continuidade).
Fls.: 8461
Fls.:
O primeiro ponto que deve ser analisado é a natureza da atividade

pretensamente objeto da sucessão, qual seja, atividade de terceirização (asseio, conservação e limpeza).
A terceirização, sob o ponto de vista do trabalhador, é uma relação

trilateral, que envolve o seu vínculo de emprego com o prestador dos serviços e a utilização da sua força
de trabalho pelo tomador.
Destaco que ambas empresas possuem o mesmo objeto empresarial.
O negócio jurídico estipulado entre a executada originária (Embracon) e a

recorrente envolveu a alienação da carteira de clientes da primeira. Ou seja, houve a transferência dos
contratos realizados com os tomadores, inclusive dos mais de 700 empregados que estavam laborando
nos tomadores à época.
Sob esse viés, quanto aos clientes repassados pela Embracon à Orsegups
fica evidenciada a existência da sucessão, porquanto a sucessora substituiu a sucedida em uma relação
jurídica pré-existente, aqui entendida como a relação trilateral atual entre tomadora, prestador e
trabalhador. Fica cristalino que a Orsegups passou a ser a empregadora dos trabalhadores então
contratados pela Embracon, arcando com eventuais obrigações trabalhistas desde o início dos contratos.
Porém, o mesmo não se pode afirmar quanto aos trabalhadores que não
foram incorporados pela sucessora e quanto aos antigos contratos de trabalho, bem assim como eventuais
clientes não abrangidos pelo negócio jurídico. Embora toda a carteira de clientes tenha sido vendida,
seria possível uma venda apenas parcial e quanto aos clientes não transferidos não haveria se falar em
sucessão.
O que configura a unidade econômico-produtiva objeto de sucessão é a

atividade empresarial, ou seja, a organização dos fatores de produção para a prestação de serviços ao
mercado consumidor e esta, conforme se denota do negócio jurídico, não foi alienada.
Tanto assim o é que a personalidade jurídica da Embracon não foi extinta

e ela continua atuando de forma independente, a exemplo do acordo firmado neste processo, ocorrido
meses após a venda da carteira de clientes.
Logo, no âmbito da atividade de terceirização de serviços, a sucessão

pode ocorrer por eventos jurídicos com espectro mais amplo, tal como a incorporação da sucedida pela
sucessora ou a fusão entre empresas, com evidente absorção das atividades entre as pessoas jurídicas.
Fls.: 9462
Fls.:
E, além dos casos acima, cogita-se também da transferência de contratos

vigentes de prestação de serviços (com sub-rogação da sucessora nos direitos e na posição jurídica de
prestadora pela adquirente, a exemplo da venda da carteira de clientes), mas neste caso, apenas abrange
os trabalhadores factual e objetivamente transferidos.
Nenhuma das hipóteses aconteceu no caso concreto, em que o contrato de

trabalho se encerrou anos antes da venda da carteira de clientes e em que a Empresa que vendeu a
carteira de clientes ainda continua em atividade, seja por meio da pessoa jurídica que de fato realizou a
transferência dos clientes, seja por meio de outras empresas do grupo econômico.
Admitir a ocorrência de sucessão seria permitir que a executada originária

se beneficiasse da própria torpeza, porquanto, mesmo ciente da venda de clientes, deixou de noticiar nos
autos o negócio jurídico, celebrou acordo que deixou de cumprir e imputou a dívida à recorrente.
No mesmo sentido, afastando a hipótese de sucessão empresarial, destaco

deste Tribunal: AP 0000459-07.2021.5.12.0034 (Rel. NARBAL ANTONIO DE MENDONCA FILETI,
6ª Câmara, Data de Assinatura: 24/03/2023 e AP 0000255-23.2021.5.12.0014 (Rel. MARCOS VINICIO
ZANCHETTA, 4ª Câmara, Data de Assinatura: 16/03/2023).
Por todo o exposto, dou provimento ao agravo de petição para, afastando

a ocorrência de sucessão empresaria, determinar a exclusão da agravante do polo passivo da execução.
Pelo que,

Trabalho da 12ª Região, por unanimidade, CONHECER DO AGRAVO DE PETIÇÃO. Por igual
votação, rejeitar as preliminares arguidas. No mérito, sem divergência, DAR-LHE PROVIMENTO
Fls.:Fls.:
10 463
para, afastando a ocorrência de sucessão empresaria, determinar a exclusão da agravante do polo passivo
da execução. Custas na forma da lei. Intimem-se.
Participaram do julgamento realizado na sessão do dia 14 de junho de

2023, sob a Presidência do Desembargador do Trabalho Cesar Luiz Pasold Júnior, o Desembargador do
Trabalho Amarildo Carlos de Lima e a Juíza do Trabalho Convocada Karem Mirian Didoné. Presente o
Procurador Regional do Trabalho Alexandre Medeiros da Fontoura Freitas.
CESAR LUIZ PASOLD JÚNIOR

Relator
Fls.: 464
Fls.: 1
Poder Judiciário
Ação Trabalhista - Rito Ordinário

0001367-08.2017.5.12.0001

Partes:
RECLAMANTE: ROSANE CAVALHEIRO DA SILVA
ADVOGADO: ANA CLAUDIA CHAGAS E SILVA
TESTEMUNHA: ELENARA TONIN TRINDADE
ADVOGADO: LUIZ FERNANDO CACHOEIRA
PERITO: SERGIO NUNES PILGER
PERITO: MARCIO CASTANHO CABRAL
Assinado eletronicamente por: GUSTAVO REGIS DE FIGUEIREDO E SILVA - Juntado em: 06/11/2023 11:32:14 - 773fa51
Fls.:
Fls.: 2465
PODER JUDICIÁRIO
ATOrd 0001367-08.2017.5.12.0001
RECLAMANTE: ROSANE CAVALHEIRO DA SILVA
OUTROS (2)
DECISÃO DE EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE
RELATÓRIO
A executada EMBRACON SERVIÇOS ESPECIALIZADOS

CONDOMINIAS S/A, ora excipiente, apresentou exceção de pré-executividade no ID.
3fc845c, sobre a qual a exequente apresentou manifestação no ID. a917040 e a
empresa ORSEGUPS PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE LIMPEZA LTDA. no ID. fcdf39e.
É o relatório.
FUNDAMENTAÇÃO
RESPONSABILIDADE PELA EXECUÇÃO - SUCESSÃO DE EMPRESAS:

a excipiente pretende a inclusão no polo passivo das empresas ORSEGUPS PRESTAÇÃO
DE SERVIÇOS DE LIMPEZA LTDA. e ORSEGUPS PARTICIPAÇÕES S/A, postulando que seja
reconhecida a sucessão empresarial e que seja direcionada a presente execução contra
elas, pois são as verdadeiras responsáveis pelos débitos da presente execução.
A empresa ORSEGUPS argumenta que não existiu sucessão

empresarial, pois os contratos firmados entre as duas empresas não envolvem a
totalidade dos negócios da executada EMBRACON, pois ocorreu uma transmissão
parcial de negócios, sendo que a EMBRACON continua prestando serviços, com
faturamento e patrimônio próprio, razão pela qual a ORSEGUPS seria responsável
somente pelos empregados transferidos.
Pois bem.
Assinado eletronicamente por: LUCIANO PASCHOETO - Juntado em: 22/09/2023 16:02:27 - 4f2c384
Fls.:
Fls.: 3466
Constato que a executada EMBRACON SERVIÇOS

ESPECIALIZADOS CONDOMINIAS S/A. e a empresa ORSEGUPS PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS
DE LIMPEZA LTDA., CNPJ 14.355.814/0001-53, firmaram o instrumento particular de
cessão de direitos e obrigações através da transferência definitiva de carteira de
clientes e outros ativos, em 05.08.2021 (ID. dcd9dad).
No caso, a presente execução se refere ao contrato de trabalho

da exequente com a executada EMBRACON SERVIÇOS ESPECIALIZADOS CONDOMINIAS
S/A, o qual perdurou no período de 16.11.2011 a 12.07.2017, ou seja, a rescisão
contratual da exequente ocorreu cerca de 4 anos antes do contrato havido entre a
EMBRACON e a ORSEGUPS, razão pela qual a exequente não integrou o rol dos
trabalhadores que foram transferidos à ORSEGUPS.
A continuidade da atividade empresarial da executada

EMBRACON SERVIÇOS ESPECIALIZADOS CONDOMINIAS S/A. ficou demonstrada nos
presentes autos, conforme arquivo de mídia anexado pela empresa ORSEGUPS (ID.
32925b3).
Além disso, em consulta efetuada por este Magistrado na rede

social instagram, no dia 05.09.2023, às 20h30min, constatei que as publicações
recentes no perfil “embraconcondominios” deixam certo que a executada mantém em
plena atividade os seus negócios empresariais.
Ressalto que diante da venda da carteira de clientes e parte de

seus ativos, com a continuidade da atividade empresarial pela executada, não há como
ser reconhecida a sucessão de empregadores em relação aos trabalhadores que não
foram transferidos para a adquirente, muito menos em relação àqueles que foram
dispensados antes mesmo da data do contrato firmado entre as empresas.
Neste sentido é o mesmo entendimento do TRT da 12ª Região,

ao analisar casos análogos:
“AGRAVO DE PETIÇÃO. EMBRACON. ORSEGUPS. SUCESSÃO

EMPRESARIAL. VENDA DA CARTEIRA DE CLIENTES. CONTINUIDADE DA ATIVIDADE
EMPRESARIAL PELAS EMPRESAS ENVOLVIDAS. CONTRATO DE TRABALHO COM
TÉRMINO ANTERIOR À VENDA DA CARTEIRA. ACORDO JUDICIAL FIRMADO PELA
EXECUTADA ORIGINÁRIA APÓS O NEGÓCIO JURÍDICO. AUSÊNCIA DE
RESPONSABILIDADE DA ORSEGUPS. No âmbito da atividade de terceirização de
serviços, a sucessão pode ocorrer por eventos jurídicos com espectro mais amplo, tal
como a incorporação da sucedida pela sucessora ou a fusão entre empresas, com
evidente absorção das atividades entre as pessoas jurídicas. Além dos casos acima,
cogita-se também da transferência de contratos vigentes de prestação de serviços (com
sub-rogação da alienante nos direitos e na posição jurídica de prestadora pela
Fls.:
Fls.: 4467
adquirente, a exemplo da venda da carteira de clientes), mas neste caso, apenas

abrange os trabalhadores factual e objetivamente transferidos. A empresa que
adquiriu a carteira de clientes não pode ser responsabilizada por obrigações
trabalhistas relativas a contratos de trabalho não transferidos e com término antes do
negócio jurídico entre as empresas, especialmente quando decorre de acordo judicial
firmado pela alienante posteriormente à data do negócio jurídico e que veio a ser
descumprido por ela.” (TRT da 12ª Região; Processo: 0000982-27.2019.5.12.0054; Data
de assinatura: 26-06-2023; Órgão Julgador: Gab. Des. Cesar Luiz Pasold Júnior - 3ª
Câmara; Relator(a): CESAR LUIZ PASOLD JUNIOR)
“CONTRATO DE CESSÃO DE CARTEIRA DE CLIENTES E PARTE DE

ATIVOS. SUCESSÃO TRABALHISTA APENAS QUANTO AOS TRABALHADORES
TRANSFERIDOS JUNTAMENTE COM A ORGANIZAÇÃO PRODUTIVA AO CONTRATANTE
COMPRADOR, SEM SOLUÇÃO DE CONTINUIDADE DE SUAS ATIVIDADES PERANTE O
NOVO ADQUIRENTE. INOCORRÊNCIA DE SUCESSÃO DE EMPREGADORES QUANTO AOS
TRABALHADORES DISPENSADOS ANTERIORMENTE AO CONTRATO DE CESSÃO.
RESPONSABILIDADE QUANTO ÀS VERBAS RESCISÓRIAS EXCLUSIVA DA EMPREGADORA
ORIGINAL. A sucessão de empregadores pressupõe a substituição de sujeitos de uma
relação jurídica. Na transferência do acervo empresarial, no todo ou em parte, de um
ente para o outro, indispensável, ainda, para a caracterização da sucessão aqui tratada,
que a prestação de serviços do trabalhador não tenha sofrido solução de continuidade,
vale dizer, que ele tenha sido incorporado na organização produtiva que foi transferida
de seu empregador original à entidade que a incorporou, de modo que esta passe a
ser seu novo empregador.” (TRT da 12ª Região; Processo: 0000671-88.2021.5.12.0014;
Data de assinatura: 03-07-2023; Órgão Julgador: Gab. Des. Narbal Antônio de
Mendonça Fileti - 6ª Câmara; Relator(a): NARBAL ANTONIO DE MENDONCA FILETI)
Também não há falar em responsabilidade da empresa

ORSEGUPS PARTICIPAÇÕES S/A, CNPJ 10.361.314/0001-73, pois esta sequer integrou o
referido instrumento de cessão.
Pelo exposto, rejeito a exceção de pré-executividade.
DISPOSITIVO
Assim sendo, nos termos da fundamentação supra que passa a

integrar esse dispositivo para todos os efeitos legais, julgo IMPROCEDENTE a exceção
de pré-executividade.
Fls.: 5 468
Fls.:
Considerando que a presente decisão é interlocutória não

comporta recurso, nos termos da Súmula nº 214 do TST, determino a exclusão da
empresa ORSEGUPS do polo passivo da presente execução e o prosseguimento da
execução em relação à executada EMBRACON SERVIÇOS ESPECIALIZADOS
CONDOMINIAS S/A.
Intimem-se as partes. Nada mais.
FLORIANOPOLIS/SC, 22 de setembro de 2023.
LUCIANO PASCHOETO
Fls.: 469
Poder Judiciário
ARQUIVO DE MÍDIA
Link da mídia: https://pje.trt12.jus.br/pje-acervodigital-api/api/acervo-digital/e6060284-acfa-45ac-

95bf-c5262465a488
Para abrir o link em nova aba, pressione simultaneamente a tecla CTRL e o botão esquerdo do mouse.
Data de envio: 06/11/2023 11:31:23
Tipo de mídia: video/mp4
Identificador do arquivo enviado: e6060284-acfa-45ac-95bf-c5262465a488
Fls.: 470
Poder Judiciário
ARQUIVO DE MÍDIA
Link da mídia: https://pje.trt12.jus.br/pje-acervodigital-api/api/acervo-digital/b62c23e1-44e8-46d8-

8fb1-4f98bee7ca54
Para abrir o link em nova aba, pressione simultaneamente a tecla CTRL e o botão esquerdo do mouse.
Data de envio: 06/11/2023 11:31:30
Tipo de mídia: video/mp4
Identificador do arquivo enviado: b62c23e1-44e8-46d8-8fb1-4f98bee7ca54
Assinado eletronicamente por: GUSTAVO REGIS DE FIGUEIREDO E SILVA - Juntado em: 06/11/2023 11:32:14 - e263953
Fls.: 471
PODER JUDICIÁRIO
ATSum 0000641-65.2022.5.12.0031
OUTROS (1)
MANIFESTAR-SE, querendo, sobre os documentos e demais

requerimentos apresentados pela parte Reclamada, no prazo de QUINZE dias úteis,
devendo apresentar as diferenças das verbas que entende devidas, por amostragem,
caso existentes, sob pena de preclusão.
No mesmo prazo para manifestação, DEVERÁ informar

telefones, whatsapp e e-mails atualizados para contato, e poderá apresentar proposta
para conciliação do feito e/ou manifestar-se, querendo, sobre a eventual proposta
apresentada pela parte contrária. Os dados para contato (telefones, whatsapp e e-
mails) deverão ser apresentados com a opção de "sigilo" acionada, em consonância
com o disposto no Ofício Circular CR n. 8/2021.
SAO JOSE/SC, 06 de novembro de 2023.
IARA DOS SANTOS DO NASCIMENTO

Assinado eletronicamente por: IARA DOS SANTOS DO NASCIMENTO - Juntado em: 06/11/2023 11:57:32 - e9ea3ff
Fls.: 472
PODER JUDICIÁRIO
ATSum 0000641-65.2022.5.12.0031
OUTROS (1)
DESPACHO
Vistos.
I - Para averiguar a existência de insalubridade, NOMEIO o

engenheiro RODRIGO BRISTOT DE FARIA, que terá o prazo de 20 (VINTE) dias úteis para
entrega do laudo, devendo comunicar às partes a data da realização da perícia com
antecedência mínima de 7 (SETE) dias.





V - DECORRIDO o prazo das partes, INTIME-SE o perito.
\ISDN
SAO JOSE/SC, 13 de dezembro de 2023.
Assinado eletronicamente por: MIRIAM MARIA D AGOSTINI - Juntado em: 13/12/2023 21:21:40 - 1b704a0
Fls.: 473

Assinado eletronicamente por: MIRIAM MARIA D AGOSTINI - Juntado em: 13/12/2023 21:21:40 - 1b704a0
Fls.: 474
PODER JUDICIÁRIO
ATSum 0000641-65.2022.5.12.0031
OUTROS (1)
INTIMAÇÃO
Fica V. Sa. intimado para tomar ciência do Despacho ID 1b704a0 proferido nos autos.
DESPACHO
Vistos.
I - Para averiguar a existência de insalubridade, NOMEIO o

engenheiro RODRIGO BRISTOT DE FARIA, que terá o prazo de 20 (VINTE) dias úteis para
entrega do laudo, devendo comunicar às partes a data da realização da perícia com
antecedência mínima de 7 (SETE) dias.





V - DECORRIDO o prazo das partes, INTIME-SE o perito.
Assinado eletronicamente por: MIRIAM MARIA D AGOSTINI - Juntado em: 13/12/2023 21:22:40 - e6562d7
Fls.: 475
\ISDN
SAO JOSE/SC, 13 de dezembro de 2023.

Assinado eletronicamente por: MIRIAM MARIA D AGOSTINI - Juntado em: 13/12/2023 21:22:40 - e6562d7
Fls.: 476
ATSum 0000641-65.2022.5.12.0031
TATIANE VIEIRA PACHECO, já devidamente qualificada nos

autos da ação em epígrafe, movida em face de EMBRACON SERVICOS
ESPECIALIZADOS CONDOMINIAS S/A, também qualificada, vem, por seus
procuradores, cumprindo intimação deste Juízo, informar e requerer o que
segue.
I. DO DESPACHO SOLICITANDO NOVA APRESENTAÇÃO DE

QUESITOS
Nos autos do processo em questão, informamos

respeitosamente que os quesitos para perícia foram devidamente
apresentados anteriormente, conforme Id b8d5333.
Ressaltamos, ainda, que já houve realização de perícia

técnica (ID 725d348).
Dessa forma, requer que seja considerada a informação

acima e evite a duplicidade de esforços, tendo em vista que os quesitos já
foram objeto de análise pericial anterior.
Por fim, em caso de manutenção do despacho retro,

reiteram-se os quesitos apresentados no ID b8d5333.
Nestes termos, pede deferimento.
São José, 9 de janeiro de 2024.
BRUNO FREDERICO RAMLOW JOÃO PAULO DE JESUS TASCA

OAB/SC 21.625 OAB/SC 49.249

OAB/SC 55.750
Assinado eletronicamente por: BRUNO FREDERICO RAMLOW - Juntado em: 09/01/2024 15:43:47 - bdd028d
Fls.: 477
PODER JUDICIÁRIO
ATSum 0000641-65.2022.5.12.0031
OUTROS (1)
DESPACHO
Vistos.
I - Diante das colocações realizadas pelo Reclamante (ID bdd028d),

REVEJO o despacho anterior (ID 1b704a0) a fim de que seja este desconsiderado.
II - Assim, diante do requerimento da parte Autora para produção de

prova oral e considerando que o processo tramita pelo “Juízo 100% Digital", INCLUA-SE
o feito em pauta para instrução, por meio telepresencial.

oportunamente.



na data e hora a serem designadas, no “Hall de entrada” da sala virtual de audiências

quando o acesso ocorre através de celular, tablet ou do cliente da plataforma);
Assinado eletronicamente por: MIRIAM MARIA D AGOSTINI - Juntado em: 09/01/2024 22:40:30 - 9d9ca6f
Fls.: 478


d) o ideal é que as partes, testemunhas e advogados participem das




prazo de 24h.
VI - Considerando o adiamento excessivo de audiências por ausência de

5º, inc. LXXVIII da CF), determino, sob pena de perda da prova e para fim de aplicação
Fls.: 479
\ISDN

Fls.: 480
PODER JUDICIÁRIO
ATSum 0000641-65.2022.5.12.0031
OUTROS (1)
INTIMAÇÃO
Fica V. Sa. intimado para tomar ciência do Despacho ID 9d9ca6f proferido nos autos.
DESPACHO
Vistos.
I - Diante das colocações realizadas pelo Reclamante (ID bdd028d),

REVEJO o despacho anterior (ID 1b704a0) a fim de que seja este desconsiderado.
II - Assim, diante do requerimento da parte Autora para produção de

prova oral e considerando que o processo tramita pelo “Juízo 100% Digital", INCLUA-SE
o feito em pauta para instrução, por meio telepresencial.

oportunamente.



na data e hora a serem designadas, no “Hall de entrada” da sala virtual de audiências

quando o acesso ocorre através de celular, tablet ou do cliente da plataforma);
Assinado eletronicamente por: MIRIAM MARIA D AGOSTINI - Juntado em: 09/01/2024 22:41:30 - 03ab5ba
Fls.: 481


d) o ideal é que as partes, testemunhas e advogados participem das




prazo de 24h.
VI - Considerando o adiamento excessivo de audiências por ausência de

5º, inc. LXXVIII da CF), determino, sob pena de perda da prova e para fim de aplicação
Fls.: 482
\ISDN

Fls.: 483
PODER JUDICIÁRIO
ATSum 0000641-65.2022.5.12.0031
OUTROS (1)



INSTRUÇÃO foi designada para a data e hora acima indicadas.

É necessário o requerimento antecipado de intérprete de LIBRAS para

audiência, se tratar o(a) autor(a) ou réu(ré) de pessoa surda ou com deficiência
auditiva, e se assim desejar, a fim de cumprir o parágrafo único do art. 14 da Resolução
CSJT 218/2018.


Assinado eletronicamente por: REJANE SCHMITT DE ARAUJO - Juntado em: 19/01/2024 12:40:34 - a86b153
Fls.: 484




pretende ouvir;



Assinado eletronicamente por: REJANE SCHMITT DE ARAUJO - Juntado em: 19/01/2024 12:40:34 - a86b153
Servidor
Fls.: 485
PODER JUDICIÁRIO
ATSum 0000641-65.2022.5.12.0031
OUTROS (1)





CSJT 218/2018.


Assinado eletronicamente por: REJANE SCHMITT DE ARAUJO - Juntado em: 19/01/2024 12:40:34 - 936b3ed
Fls.: 486




pretende ouvir;



Assinado eletronicamente por: REJANE SCHMITT DE ARAUJO - Juntado em: 19/01/2024 12:40:34 - 936b3ed
Servidor
Fls.: 487
PODER JUDICIÁRIO
ATSum 0000641-65.2022.5.12.0031
OUTROS (1)

Destinatário: ORSEGUPS PARTICIPACOES S/A




CSJT 218/2018.


Assinado eletronicamente por: REJANE SCHMITT DE ARAUJO - Juntado em: 19/01/2024 12:40:34 - 60f57a6
Fls.: 488




pretende ouvir;



Assinado eletronicamente por: REJANE SCHMITT DE ARAUJO - Juntado em: 19/01/2024 12:40:34 - 60f57a6
Servidor
Fls.: 489
PODER JUDICIÁRIO
ATSum 0000641-65.2022.5.12.0031
RECLAMADO(A): EMBRACON SERVICOS ESPECIALIZADOS
CONDOMINIAS S/A E OUTROS (2)
ATA DE AUDIÊNCIA
Em 20 de fevereiro de 2024, na sala de sessões da MM. 2ª VARA DO

TRABALHO SÃO JOSÉ, sob a direção do(a) Exmo(a). Sr(a). Juiz(a) do Trabalho CHARLES
BASCHIROTTO FELISBINO, estando o magistrado presente na unidade judiciária, e as
partes fora das dependências deste Fórum, realizou-se audiência relativa à Ação
Trabalhista - Rito Sumaríssimo número 0000641-65.2022.5.12.0031,
supramencionada.
Às 08:41, aberta a audiência, foram apregoadas as partes.
Presente a parte reclamante TATIANE VIEIRA PACHECO,

pessoalmente, acompanhado(a) de seu(a) advogado(a), Dr(a). EDUARDO DE SOUZA
FERREIRA, OAB 55750/SC.
Presente a parte reclamada EMBRACON SERVICOS ESPECIALIZADOS

CONDOMINIAS S/A, representado(a) pelo(a) preposto(a) Sr.(a) WALTER TEOFILO
CRUZ, Acompanhado(a) de advogado(a) EDENILSON BISPO SALES, OAB/RS 61130/SC,
que deverá juntar carta de preposição no prazo de 5 (CINCO) dias, sob pena de ser
desconsiderada a presença do preposto nesta audiência, com os efeitos processuais
decorrentes (confissão ficta).
Presente a parte reclamada ORSEGUPS PARTICIPACOES S/A,

representado(a) pelo(a) preposto(a) Sr.(a) MARIA INES MONGUILHOTT DRESCH,
nomeada neste ato pelo procurador, acompanhado(a) de seu(a) advogado(a), Dr(a).
GUSTAVO REGIS DE FIGUEIREDO E SILVA, OAB 14807/SC.
Conciliação rejeitada.
A primeira ré informa que foi proferida decisão em processo 0000582-

14.2021.5.12.0031, entre as mesmas partes, em que foi reconhecida a sucessão
empresarial entre as rés. Esclarece que a decisão foi proferida nesta data.
As partes presentes ficam cientes de que a presente audiência está

sendo gravada e que é proibida a divulgação, reprodução, compartilhamento e
utilização de som e imagem desta audiência seja para fins comerciais, particulares,
bem como a publicação em redes sociais, em razão do direito de imagem de todos
os envolvidos, salvo no próprio processo.
Assinado eletronicamente por: CHARLES BASCHIROTTO FELISBINO - Juntado em: 20/02/2024 11:45:17 - 8f0583e
Fls.: 490
As partes fixam os seguintes pontos controvertidos para efeito

da produção da prova oral:
*sucessão
DEPOIMENTO DO(A) AUTOR(A): *sucessão (00:01:00s à 00:05:12s).
DEPOIMENTO DO(A) REPRESENTANTE DO RÉU: Dispensado.
ATENÇÃO: Para visualizar vídeos das audiências os advogados

também poderão acessar o portal PJe Mídias: https://midias.pje.jus.br/midias/web
/site/login. No casos dos advogados, as credenciais para acesso são as mesmas
utilizadas para acesso ao Escritório Digital do CNJ ( https://www.escritoriodigital.jus.br
/escritoriodigital/login.faces ). Ao acessar o PJe mídias, o advogado poderá pesquisar
pelo número do processo (Tutorial CNJ: https://www.youtube.com/watch?
v=R4WhxZcXp5Q).
As partes declaram que não pretendem a produção de outras provas.
Não havendo mais provas a produzir é encerrada a instrução

processual.
Razões finais remissivas, podendo ser complementadas pelas partes,

por memoriais, no prazo comum de CINCO dias.
A segunda ré requer a concessão de prazo sucessivo para

apresentação de razões finais, o que é INDEFERIDO pelo juízo.
Requer a segunda ré que as razões finais sejam realizadas de forma

oral, o que também é INDEFERIDO pelo juízo diante do indeferimento acima
realizado e no disposto no art. 765, CLT.
Conciliação final inexitosa.
Para leitura e publicação de sentença fica adiada a presente audiência

«sine die».
Cientes os presentes.
Audiência encerrada às 09:05.
Nada mais.

Juiz do Trabalho
Fls.: 491
Ata redigida por IARA DOS SANTOS DO NASCIMENTO, Secretário(a) de Audiência.
Fls.: 492
PODER JUDICIÁRIO
ATSum 0000641-65.2022.5.12.0031
OUTROS (1)
Submetido o processo a julgamento, foi proferida a seguinte
SENTENÇA
Vistos etc.
T. V. P. propôs a presente ação trabalhista, pelo rito

sumaríssimo, em face de E. S. E. C. S/A e O. P. S/A.
O relatório é dispensado nos termos do que estabelece o art.

852-I, da CLT, com a redação que lhe a Lei nº 9.957, de 12/01/2000, que introduziu o
procedimento sumaríssimo no Processo do Trabalho.
DECIDO
I – CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Diante da vigência da Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015,

que instituiu profundas mudanças no Direito Processual Civil, registra o Juízo que, à luz
dos princípios que informam o Direito Processual do Trabalho (simplicidade,
informalismo, concentração de atos processuais, oralidade, jus postulandi, celeridade,
etc.), para efeito de aplicabilidade das disposições dos artigos 9º e 10 do Código de
Processo Civil de 2015, considera decisão surpresa somente quando ela apresenta
solução jurídica que, diante dos fatos controvertidos, as partes não tinham obrigação
de prever.
II – PROVIDÊNCIA SANEADORA
1. CONTESTAÇÃO APRESENTADA PELA PRIMEIRA RÉ.
Tendo em vista que o prazo para contestar é peremptório, não

conheço da petição apresentada no marcador 19.
Assinado eletronicamente por: CHARLES BASCHIROTTO FELISBINO - Juntado em: 04/04/2024 13:39:55 - 626f978
Fls.: 493
Conheço, no entanto, dos documentos apresentados pela parte

ré, com amparo no princípio que veda o enriquecimento sem causa.
III – PRELIMINARMENTE
1. ILEGITIMIDADE PASSIVA PARA A CAUSA.
A legitimidade para causa consiste na pertinência subjetiva da

ação, ou seja, daquele que se diz titular do interesse manifestado em Juízo
(legitimidade ordinária) – ou que pleiteia em nome próprio direito de outro, mediante
autorização legal (legitimidade extraordinário, art. 18 do CPC) -, e daquele em face de
quem esse interesse é manifestado (legitimidade passiva).
A segunda reclamada foi indicada como responsável pelos

eventuais créditos devidos à parte reclamante. Se efetivamente possui
responsabilidade pelas verbas pleiteadas pela reclamante é matéria atinente ao mérito
da causa e com ele será decidida.
REJEITO a preliminar suscitada.
IV. MÉRITO
1. REVELIA E CONFISSÃO FICTA DA PRIMEIRA RECLAMADA.
Em razão da não apresentação de defesa pela primeira

reclamada, apesar de devidamente cientificada das cominações previstas no art. 844
da CLT, foi aplicada a revelia (marcador 12), a qual acarreta a confissão ficta,
presumindo-se verdadeiros os fatos deduzidos na petição inicial, desde que não
elididos pelos elementos de provas existentes nos autos (princípio da persuasão
racional do Juiz).
Ressalto que os efeitos jurídicos da revelia e confissão ficta

aplicadas à primeira reclamada serão analisados em cada pedido, porque a
contestação do litisconsorte, no que couber, aproveita ao revel (Novo CPC, art. 320, I).
2. VERBAS RESCISÓRIAS.
A parte autora alega que foi “dispensada sem justa causa em 10

/05/2022, até o presente momento (a Autora) não recebeu as verbas rescisórias que faz
jus, conforme TRCT anexo.”
Em razão disso, requer a condenação da parte ré ao pagamento

das verbas rescisórias constantes no TRCT acostado no marcador 04, bem como das
multas previstas nos artigos 467 e 477, §8º, CLT.
Fls.: 494
Face a decretação da revelia e confissão da primeira ré e não

havendo prova a infirmar os fatos narrados na exordial, condeno a primeira reclamada
ao pagamento das verbas resilitórias descritas no TRCT do marcador 04, com as
retenções previdenciárias (cota parte empregado e empregador), deduzidos os valores
da fl. 69.
Diante da ausência de controvérsia razoável sobre o montante

das verbas resilitórias, DEVERÁ a reclamada pagar ao reclamante a multa prevista no
art. 467, da CLT, a incidir sobre as parcelas de caráter rescisório discriminadas no TRCT
(saldo de salário, aviso prévio, 13º salários e férias acrescidas do terço constitucional),
deduzido o valor quitado conforme fl. 69).
Ante o desrespeito ao prazo para pagamento das verbas

rescisórias, DEVERÁ a reclamada pagar ao reclamante a multa prevista no art. 477, §8º,
da CLT, no valor correspondente a R$ 1.543,23.
3. FGTS. INDENIZAÇÃO COMPENSATÓRIA DE 40% SOBRE O

MONTANTE DO FGTS.
Pretende a parte reclamante a condenação da primeira ré ao

pagamento do FGTS da contratualidade, com o acréscimo da indenização
compensatória de 40% do montante do FGTS, aduzindo que “a Ré ao longo do contrato
de trabalho deixou de efetuar os depósitos mês a mês de FGTS da Autora, assim como
não fez o depósito da multa de 40% devidos diante de sua dispensa imotivada.”
Em decorrência dos efeitos da revelia e confissão ficta aplicadas

à primeira reclamada, presumo verdadeira a alegação de que ela não efetuava os
depósitos dos valores relativos ao FGTS da contratualidade.
Por isso, DEVERÁ a primeira reclamada pagar à reclamante o

FGTS sobre as verbas de natureza salarial quitadas durante a contratualidade e sobre
aquelas deferidas nesta sentença, com o acréscimo da indenização compensatória de
40% sobre o montante do FGTS.
COMINA-SE à primeira reclamada a obrigação de entregar à

autora as guias necessárias para saque do FGTS, no prazo de 10 dias após o trânsito
em julgado, independentemente de intimação específica para esse fim, servindo a
intimação desta decisão para efeito de ciência do cumprimento dessa obrigação, após
o transcurso do julgado.
Determino a dedução os valores depositados na conta vinculada

do FGTS.
Fls.: 495
Para fins de dedução de valores, quando da liquidação da

sentença, autorizo o acesso do perito nomeado ao extrato da conta vinculada do FGTS.
4. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. REFLEXOS. HONORÁRIOS

PERICIAIS.
Postula a reclamante a condenação da reclamada ao pagamento

de diferenças do adicional de insalubridade e reflexos. Diz que recebeu a referida
parcela, durante a contratualidade, em grau médio, sendo que lhe é devido o aludido
adicional em grau máximo.
No laudo pericial, à fl. 174, o perito concluiu que:
9. CONCLUSÃO TÉCNICA
Analisando as condições dos locais de

trabalho e as atividades desenvolvidas, concluímos que:
As atividades realizadas pela

reclamante foram consideradas insalubres em grau médio
conforme o Anexo 13 e insalubres em grau máximo
conforme o Anexo 14 da NR-15 da Portaria Ministerial 3.214
/78, durante todo o período trabalhado.
Destaco que não há elementos nos autos capazes de

desconstituir a conclusão do laudo pericial.
Por decorrência, adotando-se a conclusão do laudo pericial,

concluo que a parte autora faz jus ao adicional de insalubridade em grau máximo.
A respeito a base de cálculo do adicional de insalubridade, adoto

o entendimento cristalizado na Súmula nº 48 do e. Tribunal Regional do Trabalho da
12ª Região:
SÚMULA N.º 48 - ADICIONAL DE

INSALUBRIDADE. Com a edição da Súmula Vinculante nº 4 do
STF, impõe-se a utilização do salário mínimo como base de
cálculo do adicional de insalubridade, salvo previsão mais
favorável estabelecida em acordo ou convenção coletivos.
Fls.: 496
Não há normas coletivas do trabalho acostadas aos autos que

preveem base de cálculo do adicional de insalubridade superior ao salário mínimo
nacional.
Por isso, DEVERÁ a primeira ré pagar à parte autora o adicional

de insalubridade em grau máximo (40%), durante todo o período contratual, a ser
calculado sobre o salário-mínimo (CLT, art. 192), excluindo-se eventuais períodos de
afastamento do trabalho (licença tratamento de saúde, por exemplo), e reflexos em
aviso prévio indenizado, 13º salários, férias acrescidas do terço constitucional e, sobre
essas parcelas, à exceção das férias indenizadas, a incidência do FGTS acrescido da
indenização compensatória de 40%.
REJEITO o pedido de reflexos em repouso semanal remunerado,

porque, sendo a base de cálculo do adicional de insalubridade o piso salarial, módulo
mensal, os dias de repouso semanal já se encontram remunerados (Lei nº 605/49, art.
7º).
Sucumbente na pretensão que motivou a realização da perícia

relativa ao adicional de insalubridade, a primeira ré DEVERÁ pagar os honorários
periciais, ora arbitrados em R$ 1.800,00 (um mil e quinhentos reais), cujo valor será
corrigido a partir da data da juntada aos autos do laudo pericial.
5. SUCESSÃO EMPRESARIAL.
A sucessão trabalhista está disciplinada nos arts. 10 e 448 da

CLT:
Art. 10 - Qualquer alteração na

estrutura jurídica da empresa não afetará os direitos
Art. 448 - A mudança na propriedade

ou na estrutura jurídica da empresa não afetará os contratos
de trabalho dos respectivos empregados.
É incontroverso que houve transferência parcial de ativos

(carteira de clientes).
A transferência de empregados da Embracon para a empresa

Orsegups, integra o contrato juntado no marcador 25 implicando sucessão nos
contratos de trabalho de diversos empregados:
Fls.: 497
Todavia, o anexo III, apto a demonstrar que a parte autora não

prestou serviços em prol da segunda ré, não veio aos autos.
A transferência de equipamentos também ocorreu.
A manutenção da personalidade jurídica da executada

Embracon é evidente, uma vez que a transferência de ativos foi parcial; todavia, a
transferência da atividade empresarial foi integral, pois adquiridos todos os contratos
da “carteira de clientes.”
Todavia, esse fato da manutenção da atividade empresarial pela

empresa sucedida não obsta a caracterização da sucessão.
Considerando que houve transferência integral da carteira de

clientes (ativo amplamente majoritário dessa modalidade empresarial), equipamentos,
empregados, e que a exclusão de alguns empregados da alienação havida (mormente
aqueles da área administrativa – pois assumidos aqueles que trabalhavam nos postos
Fls.: 498
de serviço da carteira de clientes), necessário reconhecer também a responsabilidade

da sucessora pelas obrigações trabalhistas relativamente a todos os empregados como
meio garantidor do cumprimento das obrigações trabalhistas, na melhor exegese dos
artigos 10 e 448 da CLT.
Apesar de o parágrafo único do art. 448-A da CLT estabelecer

que “A empresa sucedida responderá solidariamente com a sucessora quando ficar
comprovada fraude na transferência”, o artigo 1.146 do Código Civil prevê a
responsabilidade solidária do alienante do estabelecimento da empresa pelos débitos
anteriores à transferência pelo prazo de um ano.
Como estabelecimento deve ser considerado todo o complexo

de bens organizado, para o exercício da empresa, na melhor dicção do art. 1.142 do
Código Civil.
Ressalto que a relação jurídica material havida entre o

reclamante e a primeira reclamada se encerrou em maio de 2022. Portanto, a parte
reclamante busca o reconhecimento da sucessão empresarial dentro de um ano fixado
no preceptivo legal sobredito, já que ajuizou a presente demanda em 20/07/2022.
Nesse sentido, adotando a regra da norma mais favorável ao

trabalhador, tenho que, no presente caso, é inafastável a aplicação do art. 1.146 do
Código Civil, pois que representa mais nível de garantia do cumprimento das
obrigações legais eventualmente reconhecidas nesta decisão, oriundas da relação
jurídica material havida entre o reclamante e a primeira reclamada.
Além disso, não se revela lógico que os créditos de natureza civil

fossem revestidos de garantias de solvabilidade superiores aos créditos de natureza
trabalhista, em tratamento desigual, ainda mais levando-se em conta a natureza
alimentar e privilegiada dos créditos trabalhistas.
Por isso, RECONHEÇO a existência de sucessão empresarial

entre a primeira e segunda reclamadas.
Por tais razões, RECONHEÇO a responsabilidade solidária das

reclamadas por eventuais créditos deferidos à parte reclamante, inclusive eventuais
multas aplicadas, bem como, por eventuais contribuições previdenciárias, imposto de
renda e demais despesas oriundas da demanda, com supedâneo nos arts. 10 e 448,
ambos da CLT, c/c art. 1.146 do Código Civil.
6. JUSTIÇA GRATUITA
Fls.: 499
A Constituição Federal de 1988 estabelece que “o Estado

prestará assistência judiciária integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de
recursos” (CF, art. 5º, LXXIV).
Com a edição da Lei nº 13.467/2017, os parágrafos 3º e 4º do

artigo 790 da Consolidação das Leis do Trabalho passaram a ter a seguinte redação:
Art. 790. (...)
§ 3o É facultado aos juízes, órgãos julgadores e

presidentes dos tribunais do trabalho de qualquer instância
conceder, a requerimento ou de ofício, o benefício da justiça gratuita,
inclusive quanto a traslados e instrumentos, àqueles que perceberem
salário igual ou inferior a 40% (quarenta por cento) do limite máximo
dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social.(Redação dada
pela Lei nº 13.467, de 2017)
§ 4o O benefício da justiça gratuita será

concedido à parte que comprovar insuficiência de recursos para o
pagamento das custas do processo.(Incluído pela Lei nº 13.467, de
2017)
Em Incidente de Resolução de Demandas Repetitivas, o e. TRT

desta Região estabelece a Tese Jurídica nº 13, “in verbis”:
A partir do início da vigência da Lei nº 13.467

/2017 - que alterou a redação do § 3º e acrescentou o § 4º, ambos do
art. 790 da CLT -, a mera declaração de hipossuficiência econômica
não é bastante para a concessão do benefício da justiça gratuita,
cabendo ao requerente demonstrar a percepção de remuneração
inferior ao patamar estabelecido no § 3º do art. 790 da CLT ou
comprovar a insuficiência de recursos para arcar com as despesas
processuais (§4º do art. 790 da CLT). (Disponibilizada no Diário
Eletrônico da Justiça do Trabalho DEJT/TRT12-CADERNO JUDICIÁRIO).
No caso vertente, a rescisão contratual havida, associado a

declaração do marcador 03 dos autos, comprovam que a parte autora percebia
remuneração inferior ao patamar estabelecido no § 3º do art. 790 da CLT.
Por tais razões, CONCEDO à parte reclamante os benefícios da

Justiça gratuita, isentando-a do pagamento de despesas processuais.
7. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS.
Fls.: 500
Levando-se em conta o grau de zelo do profissional, o lugar de

prestação de serviço, a natureza e a importância da causa e o trabalho realizado pelo
advogado, bem como o tempo exigido para o trabalho, DEVERÁ a parte ré pagar ao
procurador do reclamante honorários advocatícios no percentual de 15% sobre o valor
da condenação, apurado na fase de liquidação de sentença, sem a dedução dos
descontos fiscais e previdenciários (Aplicação analógica da Orientação Jurisprudencial
nº 348 da SDI-I do c. TST).
Registro, por oportuno, a respeito da sucumbência para a

condenação em honorários advocatícios, que esses não serão deferidos ao procurador
da parte ré na hipótese de acolhimento parcial do pedido deduzido na petição inicial,
em quantificação e valores inferiores ao postulado na petição inicial. Somente no caso
de rejeição total do pedido deduzido na petição inicial (ainda que em apenas um
pedido), ocorrerá o deferimento de honorários advocatícios ao procurador da parte ré.
(Aplicação analógica ao entendimento consubstanciado na Súmula nº 326 do c. STJ: "Na
ação de indenização por dano moral, a condenação em montante inferior ao postulado
na petição inicial não implica em sucumbência recíproca”).
Na petição inicial da Ação Declaratória de Inconstitucionalidade

nº 5766, a Procuradoria-Geral da República postulou a declaração de
inconstitucionalidade das seguintes normas, introduzidas pela Lei nº 13.467/2017:
a) da expressão “ainda que beneficiária da

justiça gratuita”, do caput, e do § 4 o do art. 790-B da CLT;
b) da expressão “desde que não tenha obtido

em juízo, ainda que em outro processo, créditos capazes de suportar
a despesa,” do § 4 o do art. 791-A da CLT;
c) da expressão “ainda que beneficiário da

justiça gratuita,” do § 2 o do art. 844 da CLT.
No dia 20/10/2021, o Tribunal Pleno do c. Supremo Tribunal

Federal decidiu:
Decisão: O Tribunal, por maioria, julgou

parcialmente procedente o pedido formulado na ação direta, para
declarar inconstitucionais os arts. 790-B, caput e § 4º, e 791-A, § 4º, da
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), vencidos, em parte, os
Ministros Roberto Barroso (Relator), Luiz Fux (Presidente), Nunes
Marques e Gilmar Mendes. Por maioria, julgou improcedente a ação
no tocante ao art. 844, § 2º, da CLT, declarando-o constitucional,
vencidos os Ministros Edson Fachin, Ricardo Lewandowski e Rosa
Fls.: 501
Weber. Redigirá o acórdão o Ministro Alexandre de Moraes. Plenário,

20.10.2021 (Sessão realizada por videoconferência - Resolução 672
/2020/STF). (Destaquei.)
Dessa forma, declarada a inconstitucionalidade da expressão

contida no parágrafo 4º do art. 791-A da CLT “desde que não tenha obtido em juízo,
ainda que em outro processo, créditos capazes de suportar a despesa,” os beneficiários
da Justiça gratuita ficarão com as obrigações decorrentes dos honorários sucumbência
- quando vencidos totalmente em determinado pedido - sob condição suspensiva de
exigibilidade na forma estabelecido na parte final do preceptivo legal citado.
Registro que, apesar de não ter transitado em julgado a decisão

proferida na Ação Direta de Inconstitucionalidade ADI 5766, o entendimento prevalente
no c. Supremo Tribunal Federal no sentido de que a existência de precedente firmado
pelo Plenário autoriza a aplicação imediata do entendimento firmado,
independentemente da publicação ou do trânsito em julgado da decisão. Nesse
sentido, os seguintes arestos:
A corte possui entendimento no sentido de

que a existência de precedente firmado pelo Plenário autoriza o
julgamento imediato de causas que versem sobre o mesmo tema,
independentemente da publicação ou trânsito em julgado do “leading
case” (STF. RCL 30.996. Ministro Celso de Melo).
“DIREITO ADMINISTRATIVO. AGRAVO

REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO.
LEGITIMIDADE. POLO PASSIVO. ASSISTÊNCIA À SAÚDE. REPERCUSSÃO
GERAL. INSURGÊNCIA VEICULADA CONTRA A APLICAÇÃO DA
SISTEMÁTICA DA REPERCUSSÃO GERAL. POSSIBILIDADE DE
APLICAÇÃO IMEDIATA DOS ENTENDIMENTOS FIRMADOS PELO
PLENÁRIO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL EM REPERCUSSÃO
GERAL. 1. A existência de precedente firmado pelo Plenário desta
Corte autoriza o julgamento imediato de causas que versem sobre o
mesmo tema, independente da publicação ou do trânsito em julgado
do paradigma. Precedentes. 2. Agravo regimental a que se nega
provimento.” (ARE 930.647-AgR/PR, Rel. Min. ROBERTO BARROSO).
“Agravo regimental no recurso extraordinário.

Precedente do Plenário. Possibilidade de julgamento imediato de
outras causas. Precedentes. 1. A Corte possui entendimento no
sentido de que a existência de precedente firmado pelo Plenário
Fls.: 502
autoriza o julgamento imediato de causas que versem sobre o mesmo

tema, independentemente da publicação ou do trânsito em julgado
do ‘leading case’.
2. Agravo regimental não provido, com

imposição de multa de 2% (art. 1.021, § 4º, do CPC). 3. Majoração da
verba honorária em valor equivalente a 10% (dez por cento) daquela a
ser fixada na fase de liquidação (art. 85, §§ 2º, 3º e 11, do CPC),
observada a eventual concessão do benefício de gratuidade da
justiça.” (RE 611.683-AgR/DF, Rel. Min. DIAS TOFFOLI).
Rejeito o pedido de condenação da parte autora ao pagamento

de honorários advocatícios sucumbenciais, uma vez que inexistem pedidos julgados
totalmente improcedentes.
8. CORREÇÃO MONETÁRIA E JUROS DE MORA. APLICAÇÃO DA

SÚMULA Nº 13 DO. E. TRT DA 12ª REGIÃO.
Diante dos termos do v. acórdão proferido pelo c. Supremo

Tribunal Federal nas Ações Declaratórias de Constitucionalidade nº 58 e 59 (julgadas
em conjunto), passa esse Juízo a adotar os critérios de atualização monetária fixados
naquela r. decisão, ressalvada a aplicação de atualização monetária com índices
diversos decorrentes de legislação superveniente ou alteração dos próprios critérios de
atualização pelo c. STF, até a fase de liquidação de sentença.
Os índices de atualização monetária aplicáveis são os dos meses

em que os créditos trabalhistas se tornaram legalmente exigíveis. Sobre as parcelas, à
exceção daquelas que possuem épocas próprias para exigibilidade (13os salários,
férias, indenização por danos morais etc.), devem incidir os índices dos meses
subsequentes ao da prestação dos serviços, nos termos da Súmula nº 381 do c. TST.
A respeito dos índices de atualização monetária a serem

aplicados, conforme o v. acórdão proferido nas Ações Declaratórias de
Constitucionalidade nº 58 e 59 (julgadas em conjunto): “O Tribunal, por maioria, julgou
parcialmente procedente a ação, para conferir interpretação conforme à Constituição
ao art. 879, § 7º, e ao art. 899, § 4º, da CLT, na redação dada pela Lei 13.467 de 2017, no
sentido de considerar que à atualização dos créditos decorrentes de condenação
judicial e à correção dos depósitos recursais em contas judiciais na Justiça do Trabalho
deverão ser aplicados, até que sobrevenha solução legislativa, os mesmos índices de
correção monetária e de juros que vigentes para as condenações cíveis em geral, quais
sejam a incidência do IPCA-E na fase pré-judicial e, a partir da citação, a incidência da
taxa SELIC (art. 406 do Código Civil)” (Destaquei.)
Fls.: 503
Em sede de embargos declaratórios nas Ações Declaratórias de

Constitucionalidade nº 58 e 59 (julgadas em conjunto) o c. STF assim decidiu: “O
Tribunal, por unanimidade, não conheceu dos embargos de declaração opostos pelos
amici curiae, rejeitou os embargos de declaração opostos pela ANAMATRA, mas
acolheu, parcialmente, os embargos de declaração opostos pela AGU, tão somente
para sanar o erro material constante da decisão de julgamento e do resumo do
acórdão, de modo a estabelecer "a incidência do IPCA-E na fase pré-judicial e, a partir
do ajuizamento da ação, a incidência da taxa SELIC (art. 406 do Código Civil)", sem
conferir efeitos infringentes, nos termos do voto do Relator.”
Dessa forma, em suma, os índices de atualização monetária a

serem aplicados são: "a incidência do IPCA-E na fase pré-judicial e, a partir do
ajuizamento da ação, a incidência da taxa SELIC (art. 406 do Código Civil)”
DEVERÁ ser observado o critério de atualização dos valores em

execução disposto na Súmula nº 13 do e. TRT desta Região.
9. CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIAS.
As contribuições sociais (art. 114, VIII, CF/88) são devidas por

ambas as partes (art. 195, I, a e II, CF/88), devendo ser calculadas pelo regime de
competência (mês a mês), observadas as verbas salariais integrantes do salário-de-
contribuição, as tabelas e alíquotas vigentes nas épocas próprias, nos termos do artigo
22, parágrafo 2º, e artigo 28, parágrafo 9º, ambos da Lei nº 8.212/91, e do parágrafo 4º
do artigo 276 do Decreto nº 3.048/99, com dedução da cota da contribuição ao encargo
do trabalhador.
O art. 195 da Carta Magna e o art. 10 da Lei nº 8.212/91

estabelecem que a Seguridade Social será por toda a sociedade financiada, sendo que
o art. 12 da lei sobredita, por sua vez, dispõe que o empregado é segurado obrigatório.
Dessa forma, considerando os preceitos legais acima

mencionados, sobre as parcelas decorrentes de condenação desta Justiça
Especializada, observadas as exceções legais, é devida a retenção da cota do
empregado da contribuição à autarquia previdenciária. Não há como condenar o
reclamado a efetuar o recolhimento integral dos encargos previdenciários (cota
patronal e da empregada), sem quaisquer deduções dos créditos da reclamante, já que
ele é contribuinte compulsório. Saliento que o art. 33, § 5.º, da Lei nº 8.212/91 deve ser
interpretado à luz da Constituição Federal, a qual estabelece como responsabilidade do
trabalhador a quitação de sua cota parte aos cofres do INSS (art. 195, II). Ademais, as
verbas deferidas nesta decisão não foram pagas pela empresa, não havendo como
presumir já feita oportuna e regularmente a retenção da contribuição devida.
Fls.: 504
Ainda, o art. 879, § 4º, da CLT estabelece que "a atualização do

crédito devido à Previdência Social observará os critérios estabelecidos na legislação
previdenciária". Logo, é inaplicável, no tocante às contribuições sociais, as disposições
da Lei nº 8.177/91.
Nos termos da legislação previdenciária, as contribuições sociais

devidas pelas empresas incidem sobre as remunerações pagas, devidas ou creditadas
ao empregado.
Sendo o serviço prestado a partir de março de 2009, aplicável a

disposição do §2º do art. 43 da Lei nº 8.212./91, incluído pela Medida Provisória nº 449
/2008, que assim dispõe:
Art. 43. Nas ações trabalhistas de que resultar

o pagamento de direitos sujeitos à incidência de contribuição
previdenciária, o juiz, sob pena de responsabilidade, determinará o
imediato recolhimento das importâncias devidas à Seguridade Social.
(Redação dada pela Lei n° 8.620, de 5.1.93)
(...)
§ 2o Considera-se ocorrido o fato gerador das

contribuições sociais na data da prestação do serviço. (Incluído pela
Medida Provisória nº 449, de 2008). (Grifei).
Dessa forma, a respeito da atualização monetária das

contribuições sociais incidentes sobre as verbas remuneratórias deferidas na sentença,
modificando entendimento anteriormente adotado, curvo-me ao entendimento
consubstanciado na Súmula nº 80 do e. Tribunal Regional do Trabalho da 12ª Região,
"in verbis":
SÚMULA N.º 80 - "CONTRIBUIÇÕES

PREVIDENCIÁRIAS. SENTENÇAS CONDENATÓRIAS. FATO GERADOR.
JUROS E MULTA. Para o serviço prestado até 4-3-2009, o fato
gerador é o efetivo pagamento do débito trabalhista em juízo, só
havendo incidência de juros e multa caso o executado não recolha
as contribuições previdenciárias até o dia 2 do mês seguinte ao
desse pagamento. Para o serviço prestado de 5-3-2009 em diante, o
fato gerador é a prestação dos serviços pelo trabalhador, com
acréscimo de juros de mora desde então, só havendo incidência da
multa caso o executado não recolha as contribuições
previdenciárias no prazo de 48 horas da citação na fase executiva."
(Pacificação conforme acórdão TST-E-RR-1125-36.2010.5.06.0171, da
Fls.: 505
lavra do Ministro Alexandre Agra Belmonte, publicado em 15-12-

2015). (Publicado no Diário Oficial Eletrônico - TRT-SC/DOE, nos dias
01-03-2016, 02-03-2016 e 03-03-2016).
Portanto, a partir do instante em que a empresa deveria ter

recolhido as contribuições previdenciárias, durante a relação de trabalho, incidirá juros
de mora.
A multa de mora incidirá sobre as contribuições previdenciárias

caso o executado não recolha as contribuições previdenciárias no prazo de 48 horas da
citação na fase executiva.
É necessário obtemperar, entretanto, que o trabalhador deverá

ter descontadas de seus créditos a título de contribuições previdenciárias, cota do
segurado, apenas as contribuições que deveriam ter sido descontadas na época
própria. Os juros e a multa de mora devem ficar ao encargo exclusivo do reclamado,
porque ela é a responsável pela ausência de recolhimento do INSS na época própria.
Para fins do art. 832, §3º, da CLT, são verbas de natureza

indenizatória: aviso prévio indenizado, férias indenizadas, acrescidas do terço
constitucional; FGTS; indenização compensatória de 40% sobre o montante do FGTS;
multa prevista no art. 467 da CLT, multa prevista no art. 477, §8º, da CLT, multa
estabilidade (constante do TRCT) e reflexos do adicional de insalubridade em aviso
prévio indenizado, férias indenizadas, acrescidas do terço constitucional, e FGTS
acrescido da indenização compensatória de 40%.
10. IMPOSTO DE RENDA.
Observado o disposto no artigo 46 da Lei nº 8.541/92, no artigo

12A da Lei 7.713/88, com redação dada pela Lei nº 12.350/10, Instrução Normativa RFB
nº 1.127, de 7 de fevereiro de 2011, e o entendimento consubstanciado na Súmula nº
368 do Colendo TST, o imposto de renda DEVERÁ ser deduzido dos créditos do
reclamante, referentes às parcelas tributáveis, no que couber, depois de abatidas as
contribuições previdenciárias. O reclamado deverá recolher e comprovar a
integralidade do imposto devido, no momento em que o crédito se tornar disponível ao
obreiro.
Ainda, os juros de mora decorrentes do inadimplemento de

obrigações de pagamento em dinheiro não integram a base de cálculo do imposto de
renda, independentemente da natureza jurídica da parcela inadimplida, nos termos do
Tema 808 de repercussão geral do c. STF e do entendimento cristalizado na orientação
jurisprudencial nº 400 da SBDI-I do c. TST.
11. LIMITAÇÃO DOS VALORES DA CONDENAÇÃO.
Fls.: 506
Nos termos do Julgamento do Incidente de Demandas

Repetitivas – IRDR 323/2020 do e. TRT desta Região, o qual resultou na aprovação da
Tese Jurídica nº 6: “os valores indicados aos pedidos constantes da petição inicial
limitam o montante a ser auferido em eventual condenação”.
Diante disso, na fase de liquidação de sentença, deverá ser

observado como limite das parcelas deferidas os valores indicados nos pedidos
deduzidos na petição inicial, exceto em relação à atualização monetária.
12. COMPENSAÇÃO DE VALORES.
É pressuposto da compensação que as partes sejam credoras e

devedoras uma da outra (art. 368 do Cód. Civil), o que não é o caso dos autos,
porquanto não há notícia nos autos de que a parte autora é devedora da parte ré de
valores sob rubricas diversas, tampouco há alegação nesse sentido. REJEITO o pedido.
A dedução restou autorizada quando pertinente.
13. LIQUIDAÇÃO DA SENTENÇA.
Diante da necessidade de se dar efetividade ao princípio da

duração razoável do processo, previsto no artigo 5º, LXXVIII, da Constituição Federal, e
da importância da prolação de decisão líquida na fase de conhecimento, visando mais
celeridade à fase de execução, bem como, da existência do número de processos com
tarefas a executar no Setor de Apoio à Execução, concernentes a cálculos de liquidação,
atualização de valores em execução, expedição de alvarás e ofícios de transferência de
valores, e à realização de convênios de investigação patrimonial, com base no disposto
no artigo 879, §6º, da CLT, e no artigo 4º da Recomendação nº 4, de 26 de setembro de
2018, da Corregedoria Geral da Justiça do Trabalho, DETERMINO a liquidação da
sentença pelo contador “ad hoc” CHARLES ANDRÉ DA SILVEIRA, que deverá apresentar
os cálculos de liquidação no prazo de 15 dias úteis, observando-se estritamente os
critérios estabelecidos na presente decisão.
O colaborador do Juízo deverá apresentar o laudo com

atribuição de sigilo, na forma do art. 5º, III, da Recomendação n. 4/2018 da
Corregedoria Geral da Justiça do Trabalho.
Os cálculos de liquidação deverão obrigatoriamente ser

apresentados nos autos em PDF e com o arquivo “pjc” exportado pelo Pje-Calc”.
14. PREQUESTIONAMENTO.
Fls.: 507
Registro que o recurso ordinário não exige o chamado

prequestionamento, ante a ampla devolutividade inerente a este meio impugnativo de
decisão judicial. Nas palavras de TEIXEIRA FILHO:
Em sede de recurso ordinário, não se exige o

requisito do prequestionamento — justamente porque este recurso
permite ao tribunal realizar um amplo exame, sob os aspectos
vertical e horizontal, da matéria impugnada. O que ao tribunal não
será lícito fazer, como tantas vezes advertimos, será apreciar matéria
que não foi objeto do recurso... (TEIXEIRA FILHO, Manoel Antônio.
Sistema dos recursos trabalhistas. 10. ed. São Paulo: LTr, 2003, p.
312). (Grifei.).
Ainda, segundo SCHIAVI:
Os embargos de declaração podem servir para

prequestionamento da matéria conforme a própria redação do art.
897-A da CLT e da Súmula n. 297, admitindo-se a oposição de
embargos declaratórios para tal finalidade. Com efeito, dispõe a
referida Súmula:
PREQUESTIONAMENTO. OPORTUNIDADE.
CONFIGURAÇÃO. I – Diz prequestionada a matéria ou questão
quando na decisão impugnada haja sido adotada, explicitamente,
tese a respeito; II – Incumbe à parte interessada, desde que a matéria
haja sido invocada no recurso principal, opor embargos declaratórios
objetivando o pronunciamento sobre o tema, sob pena de preclusão;
III – Considera-se prequestionada a questão jurídica invocada no
recurso principal sobre a qual se omite o Tribunal de pronunciar-se
tese, não obstante opostos embargos de declaração.
Conforme entendimento fixado

anteriormente, os embargos de declaração para prequestionamento
só são possíveis no segundo grau de jurisdição para fins de
interposição de Recurso de Revista, uma vez que em primeiro grau de
jurisdição o efeito devolutivo do recurso transfere ao Tribunal toda a
matéria impugnada (§1º do art. 1.013 do CPC). (SCHIAVI, Mauro.
Manual de direito processual do trabalho. 14. ed. São Paulo: LTr,
2018, p. 1.066). (Grifei.).
Dessa forma, a oposição de embargos declaratórios visando o

prequestionamento da matéria e/ou a reapreciação do Julgado poderá ensejar a
Fls.: 508
caracterização de embargos declaratórios protelatórios e a aplicação de multa, nos

termos do art. 1.026 do NCPC.
DISPOSITIVO
PELOS FUNDAMENTOS EXPOSTOS, decido, nos termos da

fundamentação supra, que integra este dispositivo para todos os efeitos legais,
REJEITAR a preliminar de ilegitimidade passiva para a causa e, no mérito, ACOLHER
PARCIALMENTE os pedidos formulados na petição inicial da presente ação trabalhista
para CONDENAR a primeira ré, E. S. E. C. S/A, e, solidariamente, a segunda ré, O. P. S/A,
a pagarem à parte autora, T. V. P., as seguintes parcelas:
(a) verbas resilitórias descritas no TRCT do marcador 04, com as

retenções previdenciárias (cota parte empregado e empregador), deduzidos os valores
da fl. 69;
(b) multa prevista no art. 467, da CLT, a incidir sobre as parcelas

de caráter rescisório discriminadas no TRCT (saldo de salário, aviso prévio, 13º salários
e férias acrescidas do terço constitucional), deduzido o valor quitado conforme fl. 69);
(c) multa prevista no art. 477, §8º, da CLT, no valor

correspondente a R$ 1.543,23;
(d) FGTS sobre as verbas de natureza salarial quitadas durante a

contratualidade e sobre aquelas deferidas nesta sentença, com o acréscimo da
indenização compensatória de 40% sobre o montante do FGTS;
(e) adicional de insalubridade em grau máximo (40%), durante

todo o período contratual, a ser calculado sobre o salário-mínimo (CLT, art. 192),
excluindo-se eventuais períodos de afastamento do trabalho (licença tratamento de
saúde, por exemplo), e reflexos em aviso prévio indenizado, 13º salários, férias
acrescidas do terço constitucional e, sobre essas parcelas, à exceção das férias
indenizadas, a incidência do FGTS acrescido da indenização compensatória de 40%.
CONCEDO à parte reclamante os benefícios da justiça gratuita,

isentando-a do pagamento de despesas processuais.

relativa ao adicional de insalubridade, a primeira ré DEVERÁ pagar os honorários
periciais, ora arbitrados em R$ 1.800,00 (um mil e quinhentos reais), cujo valor será
corrigido a partir da data da juntada aos autos do laudo pericial.;
Fls.: 509

prestação de serviço, a natureza e a importância da causa e o trabalho realizado pelo
advogado, bem como o tempo exigido para o trabalho, DEVERÁ a parte ré pagar ao
procurador do reclamante honorários advocatícios no percentual de 15% sobre o valor
da condenação, apurado na fase de liquidação de sentença, sem a dedução dos
descontos fiscais e previdenciários (Aplicação analógica da Orientação Jurisprudencial
nº 348 da SDI-I do c. TST).

autora as guias necessárias para saque do FGTS, no prazo de 10 dias após o trânsito
em julgado, independentemente de intimação específica para esse fim, servindo a
intimação desta decisão para efeito de ciência do cumprimento dessa obrigação, após
o transcurso do julgado.
DETERMINO a dedução os valores depositados na conta

vinculada do FGTS.

sentença, AUTORIZO o acesso do perito nomeado ao extrato da conta vinculada do
FGTS.
Liquidação por cálculos. Juros e correção monetária conforme

fundamentação.
Contribuições previdenciárias e imposto de renda, no que

couberem, conforme fundamentação.
Proceda a Secretaria da Vara do Trabalho à intimação do auxiliar

do Juízo designado na fundamentação para que, no prazo de 15 dias úteis, proceda aos
cálculos de liquidação, observando-se estritamente os critérios estabelecidos na
presente decisão.
As custas serão fixadas após a apuração do valor da condenação

pelo profissional designado pelo Juízo, na decisão de homologação, e antes da
intimação das partes.
Apresentados os cálculos de liquidação da sentença pelo expert

nomeado, observe, a Secretaria da Vara do Trabalho, o disposto no art. 5º, IV, da
Recomendação nº 4/CGJT/2018.
A publicização da sentença líquida ocorrerá na forma da

Recomendação nº 4/2018 da Corregedoria Geral da Justiça do Trabalho.
Fls.: 510
SAO JOSE/SC, 04 de abril de 2024.

Fls.: 511
PODER JUDICIÁRIO
ATSum 0000641-65.2022.5.12.0031
OUTROS (1)
Destinatário: CHARLES ANDRE DA SILVEIRA
Conforme determinação deste Juízo, DOU CIÊNCIA de sua

NOMEAÇÃO para atuar nos presentes autos, devendo apresentar os cálculos de
liquidação da sentença COM ATRIBUIÇÃO DE SIGILO, na forma do art. 5º[1], III, da
Recomendação n. 4/2018 da Corregedoria Geral da Justiça do Trabalho, observando-se
estritamente os critérios estabelecidos na sentença, no prazo de 15 (quinze) dias úteis.
As informações relacionadas à sentença devem ser mantidas em

sigilo, uma vez que não houve a efetiva publicação.
Os cálculos de liquidação deverão obrigatoriamente ser

apresentados nos autos em PDF e com o arquivo “pjc” exportado pelo Pje-Calc”.
[1] Art. 5º. Para liquidação prévia da sentença, quando necessária a elaboração das contas por perito, na
forma do artigo 4º, será observado o procedimento a seguir, no Sistema PJe:
I. O Juiz assinará digitalmente a sentença e a ela atribuirá sigilo completo, exceto para o perito que vier a
ser nomeado para apresentação do laudo, sem liberá-la para publicação no órgão oficial.
II. O Juiz proferirá despacho de nomeação de perito, observando as regras da Resolução CNJ nº 233
/2016, com fixação de prazo para entrega do laudo, do qual deverão ser intimadas as partes.
III. Ao apresentar o laudo, o perito deverá atribuir sigilo ao documento.
IV. Acolhendo o laudo, o Juiz elaborará despacho dando publicidade da sentença e do laudo, que a
integrará, para todos os efeitos.

Assinado eletronicamente por: NICOLAS PAIVA RODRIGUES - Juntado em: 04/04/2024 13:43:59 - 87f9edd
Fls.: 512
Assinado eletronicamente por: CHARLES ANDRE DA SILVEIRA - Juntado em: 25/04/2024 13:55:56 - 85eb88d
Fls.: 513
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ, DA MM. 2ª VARA DO TRABALHO DA COMARCA

DE SÃO JOSÉ / SC
Processo: ATSum 0000641-65.2022.5.12.0031

Autor: TATIANE VIEIRA PACHECO
Réu: EMBRACON SERVICOS ESPECIALIZADOS CONDOMINIAS S/A E OUTROS (1)
LAUDO PERICIAL JUDICIAL

CÁLCULOS DE LIQUIDAÇÃO
CHARLES ANDRÉ DA SILVEIRA, atuando como perito judicial

nomeado nos autos da ação trabalhista em epígrafe, por designação desse MM. Juízo, vem,
através do presente, mui respeitosamente perante Vossa Excelência com a finalidade de
APRESENTAR OS CÁLCULOS DE LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA conforme determinação deste
MM. Juízo.
Abaixo apresento resumo das decisões / comandos sentenciais ocorridos neste processo:
• DA SENTENÇA: (marcador 101)

PELOS FUNDAMENTOS EXPOSTOS, decido, nos termos da
fundamentação supra, que integra este dispositivo para todos os efeitos
legais, REJEITAR a preliminar de ilegitimidade passiva para a causa e, no
mérito, ACOLHER PARCIALMENTE os pedidos formulados na petição inicial da
presente ação trabalhista para CONDENAR a primeira ré, E. S. E. C. S/A, e,
solidariamente, a segunda ré, O. P. S/A, a pagarem à parte autora, T. V. P., as
seguintes parcelas:
(a) verbas resilitórias descritas no TRCT do marcador 04, com

as retenções previdenciárias (cota parte empregado e empregador),
deduzidos os valores da fl. 69;
(b) multa prevista no art. 467, da CLT, a incidir sobre as

parcelas de caráter rescisório discriminadas no TRCT (saldo de salário, aviso
prévio, 13º salários e férias acrescidas do terço constitucional), deduzido o
valor quitado conforme fl. 69);
Assinado eletronicamente por: CHARLES ANDRE DA SILVEIRA - Juntado em: 25/04/2024 13:55:56 - 4b46098
Fls.: 514
(c) multa prevista no art. 477, §8º, da CLT, no valor

correspondente a R$ 1.543,23;
(d) FGTS sobre as verbas de natureza salarial quitadas durante

a contratualidade e sobre aquelas deferidas nesta sentença, com o acréscimo
da indenização compensatória de 40% sobre o montante do FGTS;
(e) adicional de insalubridade em grau máximo (40%), durante

todo o período contratual, a ser calculado sobre o salário-mínimo (CLT, art.
192), excluindo-se eventuais períodos de afastamento do trabalho (licença
tratamento de saúde, por exemplo), e reflexos em aviso prévio indenizado,
13º salários, férias acrescidas do terço constitucional e, sobre essas parcelas, à
exceção das férias indenizadas, a incidência do FGTS acrescido da indenização
compensatória de 40%.
CONCEDO à parte reclamante os benefícios da justiça gratuita,

isentando-a do pagamento de despesas processuais.

relativa ao adicional de insalubridade, a primeira ré DEVERÁ pagar os
honorários periciais, ora arbitrados em R$ 1.800,00 (um mil e quinhentos
reais), cujo valor será corrigido a partir da data da juntada aos autos do laudo
pericial.;
prestação de serviço, a natureza e a importância da causa e o trabalho
realizado pelo advogado, bem como o tempo exigido para o trabalho, DEVERÁ
a parte ré pagar ao procurador do reclamante honorários advocatícios no
percentual de 15% sobre o valor da condenação, apurado na fase de
liquidação de sentença, sem a dedução dos descontos fiscais e previdenciários
(Aplicação analógica da Orientação Jurisprudencial nº 348 da SDI-I do c. TST).

autora as guias necessárias para saque do FGTS, no prazo de 10 dias após o
trânsito em julgado, independentemente de intimação específica para esse
fim, servindo a intimação desta decisão para efeito de ciência do
cumprimento dessa obrigação, após o transcurso do julgado.
DETERMINO a dedução os valores depositados na conta

vinculada do FGTS.

sentença, AUTORIZO o acesso do perito nomeado ao extrato da conta
vinculada do FGTS.
Liquidação por cálculos. Juros e correção monetária conforme

fundamentação.
Contribuições previdenciárias e imposto de renda, no que

couberem, conforme fundamentação.
Proceda a Secretaria da Vara do Trabalho à intimação do

auxiliar do Juízo designado na fundamentação para que, no prazo de 15 dias
Fls.: 515
úteis, proceda aos cálculos de liquidação, observando-se estritamente os

critérios estabelecidos na presente decisão.
As custas serão fixadas após a apuração do valor da

condenação pelo profissional designado pelo Juízo, na decisão de
homologação, e antes da intimação das partes.
Apresentados os cálculos de liquidação da sentença pelo

expert nomeado, observe, a Secretaria da Vara do Trabalho, o disposto no art.
5º, IV, da Recomendação nº 4/CGJT/2018.
A publicização da sentença líquida ocorrerá na forma da

Recomendação nº 4/2018 da Corregedoria Geral da Justiça do Trabalho.
Oportunamente, solicito ao MM. Juízo que arbitre os honorários

periciais, que sugiro em R$ 1.850,00 (hum mil, oitocentos e cinquenta reais) e que estes sejam
atualizados até a data do efetivo pagamento.
Ainda, oportunamente, solicito o requerimento da execução de ofício

no que se refere aos honorários periciais que ora serão arbitrados. O que faço, por precaução,
visto entender não ter sido atingido pela redação do artigo 878 da CLT introduzido pela lei nº
13.467/2017, por não estar acompanhado de advogado.
Outrossim, mantenho-me a disposição, oportunamente, desse MM.

Juízo para a elaboração dos cálculos de liquidação de sentença, como, também, para prestar
qualquer esclarecimento que se faça necessário.
Termos em que,
Pede deferimento.
Florianópolis / SC, 25 de abril de 2024.
Charles André da Silveira

Perito Judicial
Fls.: 516
Processo: 0000641-65.2022.5.12.0031
Cálculo: 34
Reclamado: EMBRACON SERVICOS ESPECIALIZADOS CONDOMINIAS S/A
Resumo do Cálculo
Descrição do Bruto Devido ao Reclamante Valor Corrigido Juros Total
01.1 VERBA TRCT (ID CC03476): SALÁRIO MÊS ANTERIOR 5.957,53 1.144,35 7.101,88
01.2 VERBA TRCT (ID CC03476): SALDO SALÁRIO 400,56 76,94 477,50
01.3 VERBA TRCT (ID CC03476): SALÁRIO-FAMÍLIA 18,96 4,11 23,07
01.4 VERBA TRCT (ID CC03476): FÉRIAS + 1/3 3.283,02 711,61 3.994,63
01.5 VERBA TRCT (ID CC03476): AVISO PRÉVIO INDENIZ 1.710,62 370,79 2.081,41
01.6 VERBA TRCT (ID CC03476): 13º SAL.PROP.2021 803,48 161,20 964,68
01.7 VERBA TRCT (ID CC03476): MULTA ESTABILIDADE 1.555,12 337,08 1.892,20
02. MULTA DO ARTIGO 467 DA CLT (2.591,31) (561,68) (3.152,99)
03. MULTA DO ARTIGO 477 DA CLT 1.555,12 337,08 1.892,20
04. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE 40% 4.306,11 863,68 5.169,79
13º SALÁRIO SOBRE 04. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE 40% 354,74 71,14 425,88
AVISO PRÉVIO INDENIZADO SOBRE 04. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE 40% 268,69 58,24 326,93
FÉRIAS + 1/3 SOBRE 04. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE 40% 488,94 105,98 594,92
FGTS 8% 2.547,58 552,22 3.099,80
MULTA SOBRE FGTS 40% 1.229,88 266,58 1.496,46
Total 21.889,04 4.499,32 26.388,36
Percentual de Parcelas Remuneratórias e Tributáveis: 54,01%
Descrição de Créditos e Descontos do Reclamante Valor Descrição de Débitos do Reclamado por Credor Valor
VERBAS 21.792,10 LÍQUIDO DEVIDO AO RECLAMANTE 20.660,64
FGTS 4.596,26 DEPÓSITO FGTS 4.596,26
Bruto Devido ao Reclamante 26.388,36 CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE SALÁRIOS DEVIDOS 4.666,95
DEPÓSITO FGTS (4.596,26) HONORÁRIOS LÍQUIDOS PARA HONORÁRIOS PERICIAIS INSALUBRIDADE AO
1.800,00
ENGº ODIR FARIAS JUNIOR
DEDUÇÃO DE CONTRIBUIÇÃO SOCIAL (1.131,46) IRRF SOBRE HONORÁRIOS PARA HONORÁRIOS PERICIAIS INSALUBRIDADE AO
0,00
IRPF DEVIDO PELO RECLAMANTE 0,00 ENGº ODIR FARIAS JUNIOR
HONORÁRIOS LÍQUIDOS PARA HONORÁRIOS SUCUMBENCIAIS 15% DEVIDOS
Total de Descontos (5.727,72) 3.958,25
PARTE RÉ AOS PROCURADORES PARTE AUTORA
Líquido Devido ao Reclamante 20.660,64 IRRF SOBRE HONORÁRIOS PARA HONORÁRIOS SUCUMBENCIAIS 15%
0,00
DEVIDOS PARTE RÉ AOS PROCURADORES PARTE AUTORA
Assinado eletronicamente por: CHARLES ANDRE DA SILVEIRA - Juntado em: 25/04/2024 13:55:56 - 9ecb4bc
Fls.: 517
Descrição de Débitos do Reclamado por Credor Valor
IRPF DEVIDO PELO RECLAMANTE 0,00
Subtotal 35.682,10
CUSTAS JUDICIAIS DEVIDAS PELO RECLAMADO 713,64
Total Devido pelo Reclamado 36.395,74
Critério de Cálculo e Fundamentação Legal
1. Prazo do aviso prévio apurado segundo a Lei nº 12.506/2011.

2. Avos de férias e/ou 13º salário apurados considerando a projeção do prazo do aviso prévio.
3. Valores corrigidos pelo índice 'IPCA-E' até 19/07/2022 e pelo índice 'Sem Correção' a partir de 20/07/2022, acumulados a partir do mês subsequente ao vencimento, conforme
súmula nº 381 do TST. Última taxa 'IPCA-E' relativa a 07/2022.
4. Alíquota de contribuição social empresa estabelecida pela atividade econômica: Serviços combinados para apoio a edifícios, exceto condomínios prediais.
5. Contribuições sociais sobre salários devidos calculadas conforme os itens IV e V da Súmula nº 368 do TST. Para salários devidos até 04/03/2009, inclusive, sem juros e multa
de mora (art. 276, caput, do Decreto nº 3.048/1999). Para salários devidos a partir de 05/03/2009, com juros de mora à taxa SELIC desde a prestação do serviço (art. 43 da Lei
nº 8.212/1991).
6. Imposto de renda apurado através da 'tabela progressiva acumulada' vigente no mês da liquidação (Art. 12-A da Lei nº 7.713/1988).
7. Juros SELIC (Receita Federal) a partir de 20/07/2022.
8. Juros de mora sobre verbas apurados após a dedução da contribuição social devida pelo reclamante.
Fls.: 518
Processo: 0000641-65.2022.5.12.0031
Cálculo: 34
Reclamado: EMBRACON SERVICOS ESPECIALIZADOS CONDOMINIAS S/A
Dados do Cálculo
Estado: SC Município: SAO JOSE Admissão: 07/12/2020 Demissão: 10/05/2022
Regime de Trabalho: Tempo Integral Aplicar Prescrição Quinquenal: Não Aplicar Prescrição Trintenária: Não
Maior Remuneração: Última Remuneração: Limitar Avos ao Período de Cálculo: Não
Prazo de Aviso Prévio: Calculado Projetar Aviso Prévio Indenizado: Sim Considerar Feriados Sim
Zerar Valor Negativo (Padrão): Não Considerar Feriados Estaduais: Não
Carga Horária (Padrão): 220,00 Sábado como Dia Útil: Sim
PONTOS FACULTATIVOS
Nome Abrangência
CORPUS CHRISTI Nacional
SEXTA-FEIRA SANTA Nacional
Faltas e Férias
FÉRIAS
Relativa Período Aquisitivo Período Concessívo Prazo Situação Abono Período de Gozo 1 Período de Gozo 2 Período de Gozo 3
2020/2021 07/12/2020 a 06/12/2021 07/12/2021 a 06/12/2022 30 Indenizadas Não - - -
Histórico Salarial
00.2 BASE DE CÁLCULO FGTS
90. VLR ANTECIPADO / PAGO
NÃO DEPOSITADO EXCETO 01. SALÁRIO BASE BRUTO 02. AD.INSALUBRIDADE 20%
MÊS/ANO 00.1 SALÁRIO MÍNIMO NACIONAL PELA PARTE RÉ P/ DEDUÇÃO
VERBAS DEFERIDAS (VER TBM MENSAL PAGO
(FL.69; ID. FF18BDA_
CÓPIA EXTRATO FGTS ANEXO)
12/2020 1.045,00 0,00 1.279,23 174,17 -
01/2021 1.100,00 0,00 1.279,23 220,00 -
02/2021 1.100,00 0,00 1.279,23 220,00 -
03/2021 1.100,00 0,00 1.279,23 220,00 -
04/2021 1.100,00 0,00 1.279,23 220,00 -
05/2021 1.100,00 1.499,23 1.279,23 220,00 -
06/2021 1.100,00 1.499,23 1.279,23 220,00 -
Fls.: 519
00.2 BASE DE CÁLCULO FGTS
90. VLR ANTECIPADO / PAGO
NÃO DEPOSITADO EXCETO 01. SALÁRIO BASE BRUTO 02. AD.INSALUBRIDADE 20%
MÊS/ANO 00.1 SALÁRIO MÍNIMO NACIONAL PELA PARTE RÉ P/ DEDUÇÃO
VERBAS DEFERIDAS (VER TBM MENSAL PAGO
(FL.69; ID. FF18BDA_
CÓPIA EXTRATO FGTS ANEXO)
07/2021 1.100,00 1.499,23 1.279,23 220,00 -
08/2021 1.100,00 0,00 1.279,23 220,00 -
09/2021 1.100,00 1.499,23 1.279,23 220,00 -
10/2021 1.100,00 1.499,23 1.279,23 220,00 -
11/2021 1.100,00 1.499,23 1.279,23 220,00 -
12/2021 1.100,00 1.499,23 1.279,23 220,00 -
01/2022 1.212,00 1.521,63 1.279,23 242,40 -
02/2022 1.212,00 1.521,63 1.279,23 242,40 -
03/2022 1.212,00 1.521,63 1.279,23 242,40 -
04/2022 1.212,00 1.785,63 1.543,23 242,40 -
05/2022 1.212,00 0,00 1.543,23 0,00 5.646,66
Demonstrativo de Verbas
Nome: 01.1 VERBA TRCT (ID CC03476): SALÁRIO MÊS ANTERIOR
Período: 07/12/2020 a 10/05/2022 Incidência(s): FGTS / Contribuição Social / IRPF
Comentário: 1. CFE SENTENÇA (FL.494 PDF; ID 626F978)
2. DEFERIDO FGTS + 40% EXCETO FÉRIAS IND
3. DEFERIDO VERBAS RESILITÓRIAS DESCRITAS TRCT (ID CC03476):
3.1 SALÁRIO MÊS ANTERIOR
01 a 10/05/2022 - - - - - 5.912,00 0,00 5.912,00 1,007702070 5.957,53
Total 5.957,53
Nome: 01.2 VERBA TRCT (ID CC03476): SALDO SALÁRIO

3.1 SALDO DE SALÁRIO: _ SALÁRIO MÊS + AD.INS.20% MÊS
01 a 10/05/2022 - - - - - 397,50 0,00 397,50 1,007702070 400,56
Total 400,56
Fls.: 520
Nome: 01.3 VERBA TRCT (ID CC03476): SALÁRIO-FAMÍLIA
2.1 SALÁRIO-FAMÍLIA
01 a 10/05/2022 - - - - - 18,82 0,00 18,82 1,007702070 18,96
Total 18,96
Nome: 01.4 VERBA TRCT (ID CC03476): FÉRIAS + 1/3

3.1 FÉRIAS ACRESCIDAS 1/3 (VENCIDAS E PROP)
10 a 10/05/2022 - - - - - 2.057,64 0,00 2.057,64 1,007702070 2.073,49
10 a 10/05/2022 - - - - - 1.200,29 0,00 1.200,29 1,007702070 1.209,53
Total 3.283,02
Nome: 01.5 VERBA TRCT (ID CC03476): AVISO PRÉVIO INDENIZ

3.1 AVISO PRÉVIO INDENIZADO
10 a 10/05/2022 - - - - - 1.697,55 0,00 1.697,55 1,007702070 1.710,62
Total 1.710,62
Fls.: 521
Nome: 01.6 VERBA TRCT (ID CC03476): 13º SAL.PROP.2021
3.1 13º SALÁRIO PROP.2021
10 a 10/05/2022 - - - - - 797,34 0,00 797,34 1,007702070 803,48
Total 803,48
Nome: 01.7 VERBA TRCT (ID CC03476): MULTA ESTABILIDADE

2.1 MULTA ESTABILIDADE
01 a 10/05/2022 - - - - - 1.543,23 0,00 1.543,23 1,007702070 1.555,12
Total 1.555,12
Nome: 02. MULTA DO ARTIGO 467 DA CLT

2. DEFERIDO MULTA ART.467 CLT A INCIDIR SOBRE:
2.1 AS PARCELAS DE CARÁTER RESCISÓRIO DISCRIMINADAS NO TRCT
2.1.1 (SALDO DE SALÁRIO, AVISO PRÉVIO, 13º SAL. E FÉRIAS + 1/3
2.2 DEDUZIDO O VALOR QUITADO CFE FL.69 PDF
((((01.2 VERBA TRCT (ID CC03476): SALDO SALÁRIO + 01.5 VERBA TRCT (ID CC03476): AVISO PRÉVIO INDENIZ + 01.6 VERBA TRCT (ID CC03476): 13º SAL.PROP.2021 + 01.4 VERBA TRCT (ID CC03476):
FÉRIAS + 1/3) / 1,0000) X 0,50000000) X 1,0000)
01 a 10/05/2022 6.150,32 1,0000 0,50000000 1,0000 Não 3.075,16 5.646,66 (2.571,50) 1,007702070 (2.591,31)
Total (2.591,31)
Fls.: 522
Nome: 03. MULTA DO ARTIGO 477 DA CLT
2. DEFERIDO MULTA ART.477 CLT
2.1 NO VALOR CORRESPONDENTE A R$ 1.543,23
((((01. SALÁRIO BASE BRUTO MENSAL) / 1,0000) X 1,00000000) X 1,0000)
01 a 10/05/2022 1.543,23 1,0000 1,00000000 1,0000 Não 1.543,23 0,00 1.543,23 1,007702070 1.555,12
Total 1.555,12
Nome: 04. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE 40%

3. DEFERIDO AD.INSALUBRIDADE 40%
3.1 BASE CÁLCULO = SAL.MÍNIMO NACIONAL
3.2 ADMITIDO QUE O AUTOR RECEBEU AD.INS.20%
3.3 + REFLEXOS
((((SALÁRIO MÍNIMO) / 30,0000) X 0,40000000) X 30,0000)
07 a 31/12/2020 1.045,00 30,0000 0,40000000 25,0000 Não 348,33 174,17 174,16 1,167600953 203,35
01 a 31/01/2021 1.100,00 30,0000 0,40000000 30,0000 Não 440,00 220,00 220,00 1,158564152 254,88
01 a 28/02/2021 1.100,00 30,0000 0,40000000 30,0000 Não 440,00 220,00 220,00 1,153029610 253,67
01 a 31/03/2021 1.100,00 30,0000 0,40000000 30,0000 Não 440,00 220,00 220,00 1,142405242 251,33
01 a 30/04/2021 1.100,00 30,0000 0,40000000 30,0000 Não 440,00 220,00 220,00 1,135591691 249,83
01 a 31/05/2021 1.100,00 30,0000 0,40000000 30,0000 Não 440,00 220,00 220,00 1,130616977 248,74
01 a 30/06/2021 1.100,00 30,0000 0,40000000 30,0000 Não 440,00 220,00 220,00 1,121310103 246,69
01 a 31/07/2021 1.100,00 30,0000 0,40000000 30,0000 Não 440,00 220,00 220,00 1,113294383 244,92
01 a 31/08/2021 1.100,00 30,0000 0,40000000 30,0000 Não 440,00 220,00 220,00 1,103473469 242,76
01 a 30/09/2021 1.100,00 30,0000 0,40000000 30,0000 Não 440,00 220,00 220,00 1,091035663 240,03
01 a 31/10/2021 1.100,00 30,0000 0,40000000 30,0000 Não 440,00 220,00 220,00 1,078098481 237,18
01 a 30/11/2021 1.100,00 30,0000 0,40000000 30,0000 Não 440,00 220,00 220,00 1,065630603 234,44
01 a 31/12/2021 1.100,00 30,0000 0,40000000 30,0000 Não 440,00 220,00 220,00 1,057383016 232,62
01 a 31/01/2022 1.212,00 30,0000 0,40000000 30,0000 Não 484,80 242,40 242,40 1,051285559 254,83
01 a 28/02/2022 1.212,00 30,0000 0,40000000 30,0000 Não 484,80 242,40 242,40 1,040979859 252,33
01 a 31/03/2022 1.212,00 30,0000 0,40000000 30,0000 Não 484,80 242,40 242,40 1,031183614 249,96
01 a 30/04/2022 1.212,00 30,0000 0,40000000 30,0000 Não 484,80 242,40 242,40 1,013647512 245,71
01 a 10/05/2022 1.212,00 30,0000 0,40000000 10,0000 Não 161,60 0,00 161,60 1,007702070 162,84
Fls.: 523
Total 4.306,11
Nome: 13º SALÁRIO SOBRE 04. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE 40%

3.1 BASE CÁLCULO = SAL.MÍNIMO NAC
3.3 + REFLEXOS
3.4 OBSERVADO IRDR 323/2020
((((04. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE 40%) / 12,0000) X 1,00000000) X AVOS)
20 a 20/12/2020 209,00 12,0000 1,00000000 1,0000 Não 17,42 0,00 17,42 1,167600953 20,34
20 a 20/12/2021 220,00 12,0000 1,00000000 12,0000 Não 220,00 0,00 220,00 1,057383016 232,62
10 a 10/05/2022 484,80 12,0000 1,00000000 5,0000 Não 202,00 101,00 101,00 1,007702070 101,78
Total 354,74
Nome: AVISO PRÉVIO INDENIZADO SOBRE 04. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE 40%

3.3 + REFLEXOS
((((04. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE 40%) / 30,0000) X 1,00000000) X APURADA)
10 a 10/05/2022 484,80 30,0000 1,00000000 33,0000 Não 533,28 266,64 266,64 1,007702070 268,69
Total 268,69
Fls.: 524
Nome: FÉRIAS + 1/3 SOBRE 04. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE 40%
3.3 + REFLEXOS
((((04. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE 40%) / 12,0000) X 1,33333333) X AVOS)
10 a 10/05/2022 484,80 12,0000 1,33333333 12,0000 Não 646,40 323,20 323,20 1,007702070 325,69
10 a 10/05/2022 484,80 12,0000 1,33333333 6,0000 Não 323,20 161,20 162,00 1,007702070 163,25
Total 488,94
Demonstrativo de Juros sobre Verbas

Nome: JUROS SOBRE VERBAS
Ocorrência Data Inicial Total de Verbas Contribuição Social Previdência Privada Capital Taxa Juros
12/2020 20/07/2022 223,69 15,04 0,00 208,65 21,6755 % 45,23
01/2021 20/07/2022 254,88 17,86 0,00 237,02 21,6755 % 51,38
02/2021 20/07/2022 253,67 17,54 0,00 236,13 21,6755 % 51,18
03/2021 20/07/2022 251,33 17,65 0,00 233,68 21,6755 % 50,65
04/2021 20/07/2022 249,83 17,65 0,00 232,18 21,6755 % 50,33
05/2021 20/07/2022 248,74 17,65 0,00 231,09 21,6755 % 50,09
06/2021 20/07/2022 246,69 17,65 0,00 229,04 21,6755 % 49,65
07/2021 20/07/2022 244,92 17,65 0,00 227,27 21,6755 % 49,26
08/2021 20/07/2022 242,76 17,65 0,00 225,11 21,6755 % 48,79
09/2021 20/07/2022 240,03 17,65 0,00 222,38 21,6755 % 48,20
10/2021 20/07/2022 237,18 17,65 0,00 219,53 21,6755 % 47,58
11/2021 20/07/2022 234,44 17,65 0,00 216,79 21,6755 % 46,99
12/2021 20/07/2022 465,24 35,30 0,00 429,94 21,6755 % 93,19
01/2022 20/07/2022 254,83 19,24 0,00 235,59 21,6755 % 51,07
02/2022 20/07/2022 252,33 19,24 0,00 233,09 21,6755 % 50,52
03/2022 20/07/2022 249,96 19,24 0,00 230,72 21,6755 % 50,01
04/2022 20/07/2022 245,71 19,64 0,00 226,07 21,6755 % 49,00
05/2022 20/07/2022 13.715,35 809,51 0,00 12.905,84 21,6755 % 2.797,40
Total 3.680,52
Fls.: 525
Demonstrativo de FGTS
Nome: FGTS 8%
Período: 12/2020 a 05/2022
Comentário: RECOLHER EM CONTA VINCULADA DO RECLAMANTE
(00.2 BASE DE CÁLCULO FGTS NÃO DEPOSITADO EXCETO VERBAS DEFERIDAS (VER TBM CÓPIA EXTRATO FGTS ANEXO) + 01.1 VERBA TRCT (ID CC03476): SALÁRIO MÊS ANTERIOR + 01.2 VERBA TRCT
(ID CC03476): SALDO SALÁRIO + 01.5 VERBA TRCT (ID CC03476): AVISO PRÉVIO INDENIZ + 01.6 VERBA TRCT (ID CC03476): 13º SAL.PROP.2021 + 04. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE 40% + 13º SALÁRIO
SOBRE 04. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE 40% + AVISO PRÉVIO INDENIZADO SOBRE 04. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE 40%) X 8%
Ocorrência Base Alíquota Devido Recolhido Diferença Índice Correção Valor Corrigido Juros Total
12/2020 191,58 8% 15,33 0,00 15,33 1,167600953 17,90 3,88 21,78
01/2021 220,00 8% 17,60 0,00 17,60 1,158564152 20,39 4,42 24,81
02/2021 220,00 8% 17,60 0,00 17,60 1,153029610 20,29 4,40 24,69
03/2021 220,00 8% 17,60 0,00 17,60 1,142405242 20,11 4,36 24,47
04/2021 220,00 8% 17,60 0,00 17,60 1,135591691 19,99 4,33 24,32
05/2021 1.719,23 8% 137,54 0,00 137,54 1,130616977 155,50 33,71 189,21
06/2021 1.719,23 8% 137,54 0,00 137,54 1,121310103 154,22 33,43 187,65
07/2021 1.719,23 8% 137,54 0,00 137,54 1,113294383 153,12 33,19 186,31
08/2021 220,00 8% 17,60 0,00 17,60 1,103473469 19,42 4,21 23,63
09/2021 1.719,23 8% 137,54 0,00 137,54 1,091035663 150,06 32,53 182,59
10/2021 1.719,23 8% 137,54 0,00 137,54 1,078098481 148,28 32,14 180,42
11/2021 1.719,23 8% 137,54 0,00 137,54 1,065630603 146,57 31,77 178,34
12/2021 1.939,23 8% 155,14 0,00 155,14 1,057383016 164,04 35,56 199,60
01/2022 1.764,03 8% 141,12 0,00 141,12 1,051285559 148,36 32,16 180,52
02/2022 1.764,03 8% 141,12 0,00 141,12 1,040979859 146,91 31,84 178,75
03/2022 1.764,03 8% 141,12 0,00 141,12 1,031183614 145,52 31,54 177,06
04/2022 2.028,03 8% 162,24 0,00 162,24 1,013647512 164,46 35,65 200,11
05/2022 9.333,63 8% 746,69 0,00 746,69 1,007702070 752,44 163,10 915,54
Total 2.547,58 552,22 3.099,80
Nome: SAQUE E/OU SALDO DE FGTS

Comentário: PARA CALCULAR A BASE DA MULTA SOBRE FGTS
Valor Informado
Ocorrência Valor Índice Correção Valor Corrigido Juros Total
05/04/2024 685,46 1,000000000 685,46 0,00 685,46
Total 685,46 0,00 685,46
Nome: MULTA DE 40% SOBRE FGTS (DEVIDO + SALDO E/OU SAQUE)

Comentário: RECOLHER EM CONTA VINCULADA DO RECLAMANTE
(FGTS (Total Devido + Saque e/ou Saldo) x 40%)
Fls.: 526
Data Ocorrência Base Percentual Devido Índice Correção Valor Corrigido Juros Total
10/05/2022 3.051,20 40% 1.220,48 1,007702070 1.229,88 266,58 1.496,46
Demonstrativo de Contribuição Social

Contribuição Social sobre Salários Devidos - Período 07/12/2020 a 10/05/2022
Nome: CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SEGURADO (DESCONTAR DO PRINCIPAL)
Base(s) para Salário Pago:
Base(s) para Salário Devido: 01.1 VERBA TRCT (ID CC03476): SALÁRIO MÊS ANTERIOR + 01.2 VERBA TRCT (ID CC03476): SALDO SALÁRIO + 01.6 VERBA TRCT (ID CC03476): 13º SAL.PROP.2021 + 04.
ADICIONAL DE INSALUBRIDADE 40% + 13º SALÁRIO SOBRE 04. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE 40%
Teto Segurado Contribuição Social Salário de Devido Segurado
Ocorrência Salário Pago (A) Alíquota (B) Salário Devido (E) Alíquota (F) Índice correção Valor corrigido
(C) Salário Pago (D) Contribuição (G)
12/2020 1.229,25 7,72 % 713,10 94,96 174,16 1.403,41 7,88 % 13,73 1,000000000 13,73
12/2020 106,59 7,50 % 713,10 7,99 17,42 124,01 7,50 % 1,31 1,000000000 1,31
01/2021 1.652,25 8,00 % 751,99 132,20 220,00 1.872,25 8,12 % 17,86 1,000000000 17,86
02/2021 1.385,88 7,81 % 751,99 108,23 220,00 1.605,88 7,97 % 17,54 1,000000000 17,54
03/2021 1.467,50 7,88 % 751,99 115,58 220,00 1.687,50 8,02 % 17,65 1,000000000 17,65
04/2021 1.467,50 7,88 % 751,99 115,58 220,00 1.687,50 8,02 % 17,65 1,000000000 17,65
05/2021 1.467,50 7,88 % 751,99 115,58 220,00 1.687,50 8,02 % 17,65 1,000000000 17,65
06/2021 1.467,50 7,88 % 751,99 115,58 220,00 1.687,50 8,02 % 17,65 1,000000000 17,65
07/2021 1.467,50 7,88 % 751,99 115,58 220,00 1.687,50 8,02 % 17,65 1,000000000 17,65
08/2021 1.467,50 7,88 % 751,99 115,58 220,00 1.687,50 8,02 % 17,65 1,000000000 17,65
09/2021 1.467,50 7,88 % 751,99 115,58 220,00 1.687,50 8,02 % 17,65 1,000000000 17,65
10/2021 1.467,50 7,88 % 751,99 115,58 220,00 1.687,50 8,02 % 17,65 1,000000000 17,65
11/2021 1.467,50 7,88 % 751,99 115,58 220,00 1.687,50 8,02 % 17,65 1,000000000 17,65
12/2021 1.467,50 7,88 % 751,99 115,58 220,00 1.687,50 8,02 % 17,65 1,000000000 17,65
12/2021 1.467,50 7,88 % 751,99 115,58 220,00 1.687,50 8,02 % 17,65 1,000000000 17,65
01/2022 1.467,50 7,76 % 828,39 113,90 242,40 1.709,90 7,94 % 19,24 1,000000000 19,24
02/2022 1.467,50 7,76 % 828,39 113,90 242,40 1.709,90 7,94 % 19,24 1,000000000 19,24
03/2022 1.467,50 7,76 % 828,39 113,90 242,40 1.709,90 7,94 % 19,24 1,000000000 19,24
04/2022 1.785,63 7,98 % 828,39 142,53 242,40 2.028,03 8,10 % 19,64 1,000000000 19,64
05/2022 0,00 7,50 % 828,39 0,00 6.471,10 6.471,10 11,47 % 742,13 1,000000000 742,13
05/2022 0,00 7,50 % 828,39 0,00 898,34 898,34 7,50 % 67,38 1,000000000 67,38
Observação: D = A x B limitado a C e G = menor valor entre (C - D) e (E x F) Total 1.131,46
A partir de Março/2020, na coluna Alíquota, consta a alíquota efetiva de apuração da contribuição social.
Fls.: 527
Nome: CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SEGURADO (RECOLHER À PREVIDÊNCIA)
Base(s) para Salário Pago:
Salário Pago Teto Segurado Cont. Social Salário Devido Salário de Devido Valor
Ocorrência Alíquota (B) Alíquota (F) Índice correção Juros Multa Total
(A) (C) Sal. Pago (D) (E) Contribuição Segurado (G) corrigido
12/2020 1.229,25 7,72 % 713,10 94,96 174,16 1.403,41 7,88 % 13,73 1,000000000 13,73 4,37 - 18,10
12/2020 106,59 7,50 % 713,10 7,99 17,42 124,01 7,50 % 1,31 1,000000000 1,31 0,41 - 1,72
01/2021 1.652,25 8,00 % 751,99 132,20 220,00 1.872,25 8,12 % 17,86 1,000000000 17,86 5,66 - 23,52
02/2021 1.385,88 7,81 % 751,99 108,23 220,00 1.605,88 7,97 % 17,54 1,000000000 17,54 5,52 - 23,06
03/2021 1.467,50 7,88 % 751,99 115,58 220,00 1.687,50 8,02 % 17,65 1,000000000 17,65 5,52 - 23,17
04/2021 1.467,50 7,88 % 751,99 115,58 220,00 1.687,50 8,02 % 17,65 1,000000000 17,65 5,47 - 23,12
05/2021 1.467,50 7,88 % 751,99 115,58 220,00 1.687,50 8,02 % 17,65 1,000000000 17,65 5,42 - 23,07
06/2021 1.467,50 7,88 % 751,99 115,58 220,00 1.687,50 8,02 % 17,65 1,000000000 17,65 5,35 - 23,00
07/2021 1.467,50 7,88 % 751,99 115,58 220,00 1.687,50 8,02 % 17,65 1,000000000 17,65 5,28 - 22,93
08/2021 1.467,50 7,88 % 751,99 115,58 220,00 1.687,50 8,02 % 17,65 1,000000000 17,65 5,20 - 22,85
09/2021 1.467,50 7,88 % 751,99 115,58 220,00 1.687,50 8,02 % 17,65 1,000000000 17,65 5,11 - 22,76
10/2021 1.467,50 7,88 % 751,99 115,58 220,00 1.687,50 8,02 % 17,65 1,000000000 17,65 5,01 - 22,66
11/2021 1.467,50 7,88 % 751,99 115,58 220,00 1.687,50 8,02 % 17,65 1,000000000 17,65 4,87 - 22,52
12/2021 1.467,50 7,88 % 751,99 115,58 220,00 1.687,50 8,02 % 17,65 1,000000000 17,65 4,74 - 22,39
12/2021 1.467,50 7,88 % 751,99 115,58 220,00 1.687,50 8,02 % 17,65 1,000000000 17,65 4,87 - 22,52
01/2022 1.467,50 7,76 % 828,39 113,90 242,40 1.709,90 7,94 % 19,24 1,000000000 19,24 5,03 - 24,27
02/2022 1.467,50 7,76 % 828,39 113,90 242,40 1.709,90 7,94 % 19,24 1,000000000 19,24 4,85 - 24,09
03/2022 1.467,50 7,76 % 828,39 113,90 242,40 1.709,90 7,94 % 19,24 1,000000000 19,24 4,69 - 23,93
04/2022 1.785,63 7,98 % 828,39 142,53 242,40 2.028,03 8,10 % 19,64 1,000000000 19,64 4,58 - 24,22
05/2022 0,00 7,50 % 828,39 0,00 6.471,10 6.471,10 11,47 % 742,13 1,000000000 742,13 165,79 - 907,92
05/2022 0,00 7,50 % 828,39 0,00 898,34 898,34 7,50 % 67,38 1,000000000 67,38 15,05 - 82,43
Observação: D = A x B limitado a C e G = menor valor entre (C - D) e (E x F) Total 1.131,46 272,79 0,00 1.404,25
A partir de Março/2020, na coluna Alíquota, consta a alíquota efetiva de apuração da contribuição social.
Nome: CONTRIBUIÇÃO SOCIAL EMPRESA

Ocorrência Salário Devido (A) Alíquota (B) Devido Empresa (C) Índice correção Valor corrigido Juros Multa Total
12/2020 174,16 20,0000 % 34,83 1,000000000 34,83 11,08 - 45,91
12/2020 17,42 20,0000 % 3,48 1,000000000 3,48 1,11 - 4,59
01/2021 220,00 20,0000 % 44,00 1,000000000 44,00 13,95 - 57,95
02/2021 220,00 20,0000 % 44,00 1,000000000 44,00 13,86 - 57,86
03/2021 220,00 20,0000 % 44,00 1,000000000 44,00 13,77 - 57,77
Fls.: 528
Ocorrência Salário Devido (A) Alíquota (B) Devido Empresa (C) Índice correção Valor corrigido Juros Multa Total
04/2021 220,00 20,0000 % 44,00 1,000000000 44,00 13,65 - 57,65
05/2021 220,00 20,0000 % 44,00 1,000000000 44,00 13,51 - 57,51
06/2021 220,00 20,0000 % 44,00 1,000000000 44,00 13,35 - 57,35
07/2021 220,00 20,0000 % 44,00 1,000000000 44,00 13,16 - 57,16
08/2021 220,00 20,0000 % 44,00 1,000000000 44,00 12,97 - 56,97
09/2021 220,00 20,0000 % 44,00 1,000000000 44,00 12,76 - 56,76
10/2021 220,00 20,0000 % 44,00 1,000000000 44,00 12,50 - 56,50
11/2021 220,00 20,0000 % 44,00 1,000000000 44,00 12,16 - 56,16
12/2021 220,00 20,0000 % 44,00 1,000000000 44,00 11,84 - 55,84
12/2021 220,00 20,0000 % 44,00 1,000000000 44,00 12,16 - 56,16
01/2022 242,40 20,0000 % 48,48 1,000000000 48,48 12,67 - 61,15
02/2022 242,40 20,0000 % 48,48 1,000000000 48,48 12,22 - 60,70
03/2022 242,40 20,0000 % 48,48 1,000000000 48,48 11,82 - 60,30
04/2022 242,40 20,0000 % 48,48 1,000000000 48,48 11,32 - 59,80
05/2022 6.471,10 20,0000 % 1.294,22 1,000000000 1.294,22 289,12 - 1.583,34
05/2022 898,34 20,0000 % 179,67 1,000000000 179,67 40,13 - 219,80
Observação: C=AxB Total 2.278,12 559,11 0,00 2.837,23
Nome: SEGURO DE ACIDENTE DO TRABALHO (SAT)

Ocorrência Salário Devido (A) Alíquota (B) Devido SAT (C) Índice correção Valor corrigido Juros Multa Total
12/2020 174,16 3,0000 % 5,22 1,000000000 5,22 1,66 - 6,88
12/2020 17,42 3,0000 % 0,52 1,000000000 0,52 0,16 - 0,68
01/2021 220,00 3,0000 % 6,60 1,000000000 6,60 2,09 - 8,69
02/2021 220,00 3,0000 % 6,60 1,000000000 6,60 2,07 - 8,67
03/2021 220,00 3,0000 % 6,60 1,000000000 6,60 2,06 - 8,66
04/2021 220,00 3,0000 % 6,60 1,000000000 6,60 2,04 - 8,64
05/2021 220,00 3,0000 % 6,60 1,000000000 6,60 2,02 - 8,62
06/2021 220,00 3,0000 % 6,60 1,000000000 6,60 2,00 - 8,60
07/2021 220,00 3,0000 % 6,60 1,000000000 6,60 1,97 - 8,57
08/2021 220,00 3,0000 % 6,60 1,000000000 6,60 1,94 - 8,54
09/2021 220,00 3,0000 % 6,60 1,000000000 6,60 1,91 - 8,51
10/2021 220,00 3,0000 % 6,60 1,000000000 6,60 1,87 - 8,47
11/2021 220,00 3,0000 % 6,60 1,000000000 6,60 1,82 - 8,42
12/2021 220,00 3,0000 % 6,60 1,000000000 6,60 1,77 - 8,37
12/2021 220,00 3,0000 % 6,60 1,000000000 6,60 1,82 - 8,42
01/2022 242,40 3,0000 % 7,27 1,000000000 7,27 1,90 - 9,17
Fls.: 529
Ocorrência Salário Devido (A) Alíquota (B) Devido SAT (C) Índice correção Valor corrigido Juros Multa Total
02/2022 242,40 3,0000 % 7,27 1,000000000 7,27 1,83 - 9,10
03/2022 242,40 3,0000 % 7,27 1,000000000 7,27 1,77 - 9,04
04/2022 242,40 3,0000 % 7,27 1,000000000 7,27 1,69 - 8,96
05/2022 6.471,10 3,0000 % 194,13 1,000000000 194,13 43,36 - 237,49
05/2022 898,34 3,0000 % 26,95 1,000000000 26,95 6,02 - 32,97
Observação: C=AxB Total 341,70 83,77 0,00 425,47
eSocial - Evento S-2500
Base de Cálculo - 13º Salário - Contribuição

Período de Referência Base de Cálculo - Contribuição Previdenciária Base de Cálculo - FGTS
Previdenciária
12/2020 174,16 17,42 191,58
01/2021 220,00 0,00 220,00
02/2021 220,00 0,00 220,00
03/2021 220,00 0,00 220,00
04/2021 220,00 0,00 220,00
05/2021 220,00 0,00 1.719,23
06/2021 220,00 0,00 1.719,23
07/2021 220,00 0,00 1.719,23
08/2021 220,00 0,00 220,00
09/2021 220,00 0,00 1.719,23
10/2021 220,00 0,00 1.719,23
11/2021 220,00 0,00 1.719,23
12/2021 220,00 220,00 1.939,23
01/2022 242,40 0,00 1.764,03
02/2022 242,40 0,00 1.764,03
03/2022 242,40 0,00 1.764,03
04/2022 242,40 0,00 2.028,03
05/2022 6.471,10 898,34 9.333,63
Demonstrativo de Honorários
Nome: HONORÁRIOS DEVIDOS PELO RECLAMADO
Valores Informados D = [(A x B) + C]
Ocorrência Descrição Credor Valor (A) Índice correção (B) Valor corrigido Juros (C) Total (D)
HONORÁRIOS PERICIAIS INSALUBRIDADE
13/07/2023 HONORÁRIOS PERICIAIS - ENGENHEIRO 1.800,00 1,000000000 1.800,00 - 1.800,00
AO ENGº ODIR FARIAS JUNIOR
Fls.: 530
Valores Calculados C=(A x B)
Composição de Base: (Bruto) x 15,00%
Ocorrência Descrição Credor Base (A) Alíquota (B) Valor (C)
HONORÁRIOS SUCUMBENCIAIS 15%
30/04/2024 HONORÁRIOS DE SUCUMBÊNCIA DEVIDOS PARTE RÉ AOS PROCURADORES 26.388,36 15,00 % 3.958,25
PARTE AUTORA
Total 5.758,25
Demonstrativo de Imposto de Renda
Rendimentos Recebidos Acumuladamente Relativos a Anos-Calendário Anteriores ao do Recebimento - 07/12/2020 a 10/05/2022

Nome: TRIBUTAÇÃO EXCLUSIVA
01.1 VERBA TRCT (ID CC03476): SALÁRIO MÊS ANTERIOR + 01.2 VERBA TRCT (ID CC03476): SALDO SALÁRIO + 01.6 VERBA TRCT (ID CC03476): 13º SAL.PROP.2021 + 04. ADICIONAL DE
INSALUBRIDADE 40% + 13º SALÁRIO SOBRE 04. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE 40%
Quant. de Contribuição Previdência Pensão Aposentado
Verbas Juros Honorários Dependentes Base Faixa Alíquota Dedução Devido
Meses Social Privada Alimentícia > 65 anos
0,00 à
11.822,42 - 21 1.131,46 - - - - - 10.690,96 0,00 % 0,00 0,00
47.443,20
Total Devido 0,00
Demonstrativo de Custas Judiciais

Custas pelo Reclamado
Nome: CUSTAS DE CONHECIMENTO E = [(A x B) submetido a C e D]

Composição de Base: Bruto Devido ao Reclamante + Outros Débitos do Reclamado
Ocorrência Base (A) Taxa (B) Piso (C) Teto (D) Total (E)
30/04/2024 35.682,10 2,00 % 10,64 31.144,08 713,64
DIFERENÇA DE CUSTAS DO RECLAMADO

Ocorrência Devido Recolhido Diferença
30/04/2024 713,64 0,00 713,64
Fls.: 531
A seguir consta anexos:
a) Extrato FGTS
b) CNPJ
c) Opção do SIMPLES
Fls.: 532
FGC2004.2029 ------------ FGC - CONSULTA CONTA VINCULADA ------------- FGCMB411
SC / SC C041675 05/04/2024 17:16:26
COD.ESTAB. : 9903505661072 EMBRACON SERVICOS CONDOMINIAIS SA
COD.EMPRG. : 460092 TATIANE VIEIRA PACHECO
CART. TRAB : 69698 / 158 PIS/PASEP : 1661476058-1
CGC/CEI/CPF: 08417615000120 CPF : 128.899.746-93
FILIAL : 1 08417615000120
---------------------------------- D A T A S ----------------------------------
ADMISSAO : 07/12/2020 OPCAO : 07/12/2020 AFASTAMENTO: 10/05/2022 COD AFAST: I1
RETROACAO: MAIOR COMP 08/2021 RETRATACAO : FPAS : 515
---------------------------------- C O N T A ----------------------------------
OPTANTE - (01) EMPREGADO
TAXA DE JUROS : 3%
SALDO EM : 10/03/2024 SAQUE VIGENCIA : 342,73
DEPOSITO : 0,00 RESTITUICAO FMP: 0,00
J A M : 0,00 MULTA RESCIS : 0,00
TOTAL : 0,00 SAQUE FMP : 0,00
SALDO ANUAL 12/2023 0,55 VALOR BONIF : 22,47
SAQUE ACORDO: 0,00 VLR BASE RESCIS: 320,26
DADOS PARA SELECAO - DATA : COMPETENCIA
PF1-EXTRT PF2-EXTR.AV PF3-RET PF4-ENDER PF5-PROX.TIPO PF6-HIST. ENTER-LANCTOS
PF8-PROX.CONTA PF9-LANC.COMPL PF10-DADOS COMPL PF11-RETENCAO PF12-FIM
FGC0804.1456 ------------ LANCAMENTOS DE CONTA VINCULADA ------------- FGCMB415

SC / SC C041675 05/04/2024 17:16:32
COD.ESTAB: 09903505661072 PAG: 0001 DE 0004
COD.EMPRG: 00000460092 NOME : TATIANE VIEIRA PACHECO
SALDO ANTERIOR - DEP: 0,00 JAM: 0,00
S DATA HISTORICO V A L O R
07/01/2021 150-DEPOSITO DEZEMBRO/2020 98,34
05/02/2021 150-DEPOSITO JANEIRO/2021 102,33
10/02/2021 CREDITO DE JAM 0,002466 0,24
01/03/2021 SAQUE DEP - COD 60 -67,54
01/03/2021 SAQUE JAM - COD 60 -0,24
05/03/2021 150-DEPOSITO FEVEREIRO/2021 132,18
10/03/2021 CREDITO DE JAM 0,002466 0,32
07/04/2021 150-DEPOSITO MARCO/2021 110,87
10/04/2021 CREDITO DE JAM 0,002466 0,65
10/05/2021 CREDITO DE JAM 0,002466 0,93
07/05/2021 150-DEPOSITO ABRIL/2021 117,40
10/06/2021 CREDITO DE JAM 0,002466 1,22
10/07/2021 CREDITO DE JAM 0,002466 1,22
ENTER-PROCESSA PF1-BLOCO PF2-TOPO PF3-RETORNA PF5-ESTORNA PF6-LANC.HIST/JAM
PF7-PAGINA ANT PF8-PAGINA POS PF9-COMPLEMENTO PF11-LANC.HISTOR. PF12-ENCERRA
CONSULTE OU TECLE OPCAO DESEJADA
Fls.: 533

SC / SC C041675 05/04/2024 17:16:32
COD.ESTAB: 09903505661072 PAG: 0002 DE 0004
10/08/2021 CREDITO DE JAM 0,002466 1,22
06/09/2021 150-DEPOSITO AGOSTO/2021 117,40
10/09/2021 CREDITO DE JAM 0,002466 1,23
15/09/2021 150-DEPOSITO EM ATRASO AGOSTO/2021 117,40
10/10/2021 CREDITO DE JAM 0,002466 1,81
10/11/2021 CREDITO DE JAM 0,002466 1,81
10/12/2021 CREDITO DE JAM 0,002466 1,82
10/01/2022 CREDITO DE JAM 0,002955 2,18
10/02/2022 CREDITO DE JAM 0,003072 2,28
02/03/2022 SAQUE DEP - COD 60 -225,13
02/03/2022 SAQUE JAM - COD 60 -16,69
10/03/2022 CREDITO DE JAM 0,002466 1,24
10/04/2022 CREDITO DE JAM 0,003439 1,73

SC / SC C041675 05/04/2024 17:16:32
COD.ESTAB: 09903505661072 PAG: 0003 DE 0004
04/05/2022 SAQUE DEP - COD 50E -501,52
04/05/2022 SAQUE JAM - COD 50E -2,97
10/07/2022 AC CRED DIST RESULTADO ANO BASE 12/2021 20,35
10/08/2022 CREDITO DE JAM 0,004101 0,09
10/09/2022 CREDITO DE JAM 0,004881 0,10
10/10/2022 CREDITO DE JAM 0,004275 0,09
10/11/2022 CREDITO DE JAM 0,003963 0,08
10/12/2022 CREDITO DE JAM 0,003976 0,08
10/01/2023 CREDITO DE JAM 0,004543 0,10
10/02/2023 CREDITO DE JAM 0,004552 0,10
01/03/2023 SAQUE JAM - COD 60 -0,64
01/03/2023 SAQUE DEP - COD 60 -22,08
10/07/2023 AC CRED DIST RESULTADO ANO BASE 12/2022 0,55
Fls.: 534

SC / SC C041675 05/04/2024 17:16:32
COD.ESTAB: 09903505661072 PAG: 0004 DE 0004
01/03/2024 SAQUE DEP - COD 60 -0,55

Firefox https://solucoes.receita.fazenda.gov.br/Servicos/cnpjreva/Cnpjreva_Co...
Fls.: 535
REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL
CADASTRO NACIONAL DA PESSOA JURÍDICA
NÚMERO DE INSCRIÇÃO DATA DE ABERTURA

08.417.615/0001-20
COMPROVANTE DE INSCRIÇÃO E DE SITUAÇÃO 07/11/2006
MATRIZ CADASTRAL
NOME EMPRESARIAL
EMBRACON SERVICOS CONDOMINIAIS S/A
TÍTULO DO ESTABELECIMENTO (NOME DE FANTASIA) PORTE

******** DEMAIS
CÓDIGO E DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE ECONÔMICA PRINCIPAL

********
CÓDIGO E DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES ECONÔMICAS SECUNDÁRIAS

********
CÓDIGO E DESCRIÇÃO DA NATUREZA JURÍDICA

205-4 - Sociedade Anônima Fechada
LOGRADOURO NÚMERO COMPLEMENTO

******** ******** ********
CEP BAIRRO/DISTRITO MUNICÍPIO UF

******** ******** ******** ********
ENDEREÇO ELETRÔNICO TELEFONE

SOCIETARIO@GRUPOEMBRACON.COM.BR (48) 4007-2272
ENTE FEDERATIVO RESPONSÁVEL (EFR)

*****
SITUAÇÃO CADASTRAL DATA DA SITUAÇÃO CADASTRAL

SUSPENSA 14/06/2022
MOTIVO DE SITUAÇÃO CADASTRAL

Interrupção Temporária Das Atividades
SITUAÇÃO ESPECIAL DATA DA SITUAÇÃO ESPECIAL

******** ********
Aprovado pela Instrução Normativa RFB nº 2.119, de 06 de dezembro de 2022.
Emitido no dia 05/04/2024 às 14:04:26 (data e hora de Brasília). Página: 1/1
1 of 1 05/04/2024, 14:15
Fls.: 536
Fls.: 537
PODER JUDICIÁRIO
ATSum 0000641-65.2022.5.12.0031
OUTROS (1)
DECISÃO
Vistos, etc.
ACOLHO o laudo apresentado pelo auxiliar do Juízo CHARLES ANDRÉ DA

SILVEIRA no marcador 9ecb4bc, o qual integrará a sentença de conhecimento para
todos os efeitos.
Reconheço o valor líquido da condenação, consoante os cálculos de

liquidação, no importe de R$ 35.682,10, que fica fazendo parte integrante do
dispositivo da sentença, neles incluídas as contribuições sociais e imposto de renda.
FIXO os honorários periciais em R$ 1.850,00, a serem satisfeitos pela ré.
Custas processuais, calculadas sobre o valor líquido da condenação, no

importe de R$ 713,64, nos termos do art. 789, “caput”, da CLT, a serem satisfeitas pela
ré.
Neste ato, RETIRO o sigilo da sentença e dos cálculos de liquidação, com

os documentos que os acompanham.
INTIMO as partes da presente decisão e da sentença líquida proferida.

Assinado eletronicamente por: CHARLES BASCHIROTTO FELISBINO - Juntado em: 25/04/2024 17:00:23 - e774bf5
Fls.: 538
PODER JUDICIÁRIO
ATSum 0000641-65.2022.5.12.0031
OUTROS (1)
INTIMAÇÃO
Fica V. Sa. intimado para tomar ciência da Decisão ID e774bf5 proferida nos autos.
DECISÃO
Vistos, etc.
ACOLHO o laudo apresentado pelo auxiliar do Juízo CHARLES ANDRÉ DA

SILVEIRA no marcador 9ecb4bc, o qual integrará a sentença de conhecimento para
todos os efeitos.
Reconheço o valor líquido da condenação, consoante os cálculos de

liquidação, no importe de R$ 35.682,10, que fica fazendo parte integrante do
dispositivo da sentença, neles incluídas as contribuições sociais e imposto de renda.
FIXO os honorários periciais em R$ 1.850,00, a serem satisfeitos pela ré.
Custas processuais, calculadas sobre o valor líquido da condenação, no

importe de R$ 713,64, nos termos do art. 789, “caput”, da CLT, a serem satisfeitas pela
ré.
Neste ato, RETIRO o sigilo da sentença e dos cálculos de liquidação, com

os documentos que os acompanham.
INTIMO as partes da presente decisão e da sentença líquida proferida.

Assinado eletronicamente por: CHARLES BASCHIROTTO FELISBINO - Juntado em: 25/04/2024 17:01:23 - e3f2704
Fls.: 539
Habilitação
Assinado eletronicamente por: HEBER ROSSKAMP FERREIRA - Juntado em: 09/05/2024 08:19:16 - f8f05ad
SUMÁRIO
Documentos
Data da
Id. Documento Tipo
Assinatura
051bbab 20/07/2022 10:31 Petição Inicial Petição Inicial
134433e 20/07/2022 10:31 Procuração Procuração
Declaração de
f20935f 20/07/2022 10:31 Declaração de Hipossuficiência Hipossuficiência
Termo de Rescisão de
cc03476 20/07/2022 10:31 TRCT Contrato de Trabalho
(TRCT)
fb18348 20/07/2022 10:31 Cálculo de Liquidação Planilha de Cálculos
3a3d8b3 20/07/2022 16:46 Decisão Decisão
7e5bb3b 06/08/2022 09:13 Despacho Despacho
92e2f96 06/08/2022 09:14 Intimação Intimação
a63c662 10/08/2022 16:38 Chaves de Acesso Certidão
b50bcb4 10/08/2022 16:44 Citação Inicial por meio eletrônico Mandado
42ff33f 16/08/2022 15:46 Certidão de Oficial de Justiça Certidão
0b87b3b 31/08/2022 22:30 Despacho Despacho
d425ed3 31/08/2022 22:31 Intimação Intimação
82a269f 21/10/2022 18:06 Audiência de instrução telepresencial Intimação
1058e28 21/10/2022 18:06 Audiência de instrução telepresencial Intimação
ff5b89c 15/12/2022 17:25 ENTREGUE - BH669864197BR - EMBRACON SERVICOS Aviso de Recebimento

ESPECIALIZADOS CONDOMINIAS SA (AR)
Solicitação de
d47d870 23/01/2023 13:06 Habilitação Habilitação
8646bfa 23/01/2023 13:06 Procuracao_Asseio_Assinada Procuração
039acb5 23/01/2023 13:17 Manifestação Manifestação
Comprovante de
ad884e5 23/01/2023 13:17 Extrato_Tatiane_Vieira_Pacheco Depósito Judicial
087de74 23/01/2023 13:17 Sentenca_Acao_Coletiva Sentença (paradigma)
d5512c0 23/01/2023 13:17 Bem_Suceesao_veiculo Documento Diverso
6489d14 23/01/2023 13:17 Comunicados - Embracon Orsegups Documento Diverso
863c5e8 23/01/2023 13:17 Carta_Migracao_Embracon Documento Diverso
9f50a2c 23/01/2023 13:17 Contrato_Vigilancia_Cessao_Orsegups_Integra Contrato
2f3ea13 23/01/2023 13:17 Contrato_Asseio_Cessao_Orsegups_Integra Contrato
73b7c02 23/01/2023 13:17 Sentenca_Sucessao_Empresarial Sentença (paradigma)
6ad5355 23/01/2023 13:17 Decisao_trabalhista Sentença (paradigma)
84ec974 23/01/2023 13:17 Decisao_Sucessao_Trabalhista Sentença (paradigma)
86162e5 23/01/2023 13:17 Sentenca_Sucessao_Analise Sentença (paradigma)
77a70d4 23/01/2023 13:17 Decisao_Excecao_Pre_Executividade Sentença (paradigma)

7b9256f 23/01/2023 13:17 Decisao_Litigancia_Ma_fe_Orsegups Sentença (paradigma)
adf28ec 23/01/2023 13:17 Email_Transferencia_Estrutura_Sucessao_Empresarial Documento Diverso
129552f 23/01/2023 13:17 Email_Arquivo_Folha_Pagamento_Colaboradores_Sucessao_ Documento Diverso

Empresarial
7c449d4 23/01/2023 13:17 Email_Migração_Empregados_Sucessao_Empresarial Documento Diverso
d0e0ffc 23/01/2023 13:17 Email_Folha_Pagamento_Transferencia_Sucessao_Empresari Documento Diverso

al
3d3ac89 23/01/2023 13:17 Email_Vale_Transporte_Sucessao_Empresarial Documento Diverso
ec042e7 23/01/2023 13:17 Email_Transferencia_de_Beneficios_dos_Empregados Documento Diverso

_Sucessao_Empresarial
956b840 23/01/2023 13:17 Email _Comprovante_Pgto_Sucessão Empresarial Documento Diverso
fcbe7a6 23/01/2023 13:17 Email_Fusao _Sucessao_Empresarial Documento Diverso
a7f4532 23/01/2023 14:04 Ata da Audiência Ata da Audiência
622021a 23/01/2023 14:06 comparecimento telepresencial - T.V.P. Certidão
5b1774c 03/02/2023 16:47 Manifestação Manifestação
3df7144 10/05/2023 23:42 Despacho Despacho
9ab90a6 15/05/2023 14:50 Apresentar quesitos Intimação
538f1e3 15/05/2023 14:50 Apresentar quesitos Intimação
Apresentação de
b8d5333 26/05/2023 10:16 Apresentação de Quesitos Quesitos
Apresentação de
2ea30e9 06/06/2023 21:32 Apresentação de Quesitos Quesitos
bf4b597 12/06/2023 17:35 Destinatário: ODIR FARIAS JUNIOR Intimação
Indicação de Data de
5684c14 30/06/2023 12:39 Indicação de Data de Realização de Diligência Pericial Realização de
Diligência Pericial
f5005e7 30/06/2023 13:34 Intimação Intimação
a2d9f34 30/06/2023 13:34 Intimação Intimação
Apresentação de
725d348 13/07/2023 10:29 Apresentação de Laudo Pericial Laudo Pericial
75037e4 18/07/2023 23:40 Intimação Intimação
8ed85a7 18/07/2023 23:40 Intimação Intimação
1c55d7e 21/07/2023 14:39 Manifestação Manifestação
bf9925d 10/08/2023 22:55 Manifestação Manifestação
3ff242d 10/08/2023 22:55 Contrato_Asseio_Cessao_Orsegups_Integra Contrato
fa43333 10/08/2023 22:55 Contrato_Vigilancia_Cessao_Orsegups_Integra Contrato
9618a53 10/08/2023 22:55 Acordao_Adriana Acórdão (cópia)
91fe46b 10/08/2023 22:55 Acordao_Ana_Paula Acórdão (cópia)
0c20f3b 10/08/2023 22:55 Acordao_Anita_F Acórdão (cópia)
1bf63fe 10/08/2023 22:55 Acordao_Cristiano Acórdão (cópia)
0ff2c07 10/08/2023 22:55 Acordao_Maiara Acórdão (cópia)
964b799 10/08/2023 22:55 Acordao_Rosa Acórdão (cópia)

45e1d6f 29/09/2023 20:27 Despacho Despacho
e1cfd46 29/09/2023 20:28 Intimação Intimação
41755e9 30/09/2023 12:40 Intimação Intimação
c6eb77d 09/10/2023 18:09 Manifestação Manifestação
dae01d5 09/10/2023 21:53 Despacho Despacho
8a5b410 09/10/2023 21:54 Intimação Intimação
2f53dd7 10/10/2023 13:25 citação por Oficial de Justiça ORSEGUPS Mandado
8362b93 19/10/2023 15:45 Certidão de Oficial de Justiça Certidão
Solicitação de
b9abd3f 26/10/2023 16:15 Habilitação Habilitação
a4ad504 26/10/2023 16:15 Procuração - Grupo Orsegups - 2020 Procuração
922a382 26/10/2023 16:15 2ª Alteração Contratual - Orsegups Participações Contrato Social
ba113ed 06/11/2023 11:32 Contestação Contestação
d30e27f 06/11/2023 11:32 01 Contestação Embracon autos 0000593-28.2021.5.12.0036 Documento Diverso
828428a 06/11/2023 11:32 02 Ata notarial Instagram Embracon compactado Documento Diverso
7157441 06/11/2023 11:32 03 Ata notarial melhores de São Jose compactado Documento Diverso
83385e8 06/11/2023 11:32 04 Sentença ED - Neuza Rute Documento Diverso
05510d2 06/11/2023 11:32 05 Acórdão - Priscila Vitorino Documento Diverso
edfe093 06/11/2023 11:32 06 Acórdão - Luiz Andre Coelho Documento Diverso
eded0f1 06/11/2023 11:32 07 Acórdão Larissa Cheiram Documento Diverso
a7aefd7 06/11/2023 11:32 08 Acordo Embracon Larissa Cheiram Documento Diverso
be085e1 06/11/2023 11:32 09 Acórdão RO - Sindicatos e Embracon x Orsegups Documento Diverso
776a672 06/11/2023 11:32 10 Acórdão Alexandre Hackbarth Documento Diverso
773fa51 06/11/2023 11:32 11 Sentença Exceção Rosane Cavalheiro Documento Diverso
35a0796 06/11/2023 11:32 Instagram Embracon setembro2023 Documento Diverso
e263953 06/11/2023 11:32 Publicidade patrocinada Embracon em janeiro2023 Documento Diverso
e9ea3ff 06/11/2023 11:57 manifestar-se sobre a contestação e documentos Intimação
1b704a0 13/12/2023 21:21 designa perícia técnica Despacho
e6562d7 13/12/2023 21:22 Intimação Intimação
bdd028d 09/01/2024 15:43 Manifestação Manifestação
9d9ca6f 09/01/2024 22:40 Despacho Despacho
03ab5ba 09/01/2024 22:41 Intimação Intimação
a86b153 19/01/2024 12:40 audiência de instrução TELEPRESENCIAL Intimação
936b3ed 19/01/2024 12:40 audiência de instrução TELEPRESENCIAL Intimação
60f57a6 19/01/2024 12:40 audiência de instrução TELEPRESENCIAL Intimação
8f0583e 20/02/2024 11:45 Ata da Audiência Ata da Audiência
626f978 04/04/2024 13:39 Sentença Sentença
87f9edd 04/04/2024 13:43 Intimação Contador Ad Hoc Intimação

Apresentação de
85eb88d 25/04/2024 13:55 Apresentação de Laudo Pericial Laudo Pericial
4b46098 25/04/2024 13:55 01CA P0103 - 0000641-65.2022.5.12.0031 Planilha de Cálculos
9ecb4bc 25/04/2024 13:55 01CA PFIM - 0000641-65.2022.5.12.0031 Planilha de Cálculos
e774bf5 25/04/2024 17:00 Decisão Decisão
e3f2704 25/04/2024 17:01 Intimação Intimação
Solicitação de
f8f05ad 09/05/2024 08:19 Habilitação Habilitação

Processo 0000641-65.2022.5.12.0031

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Fls.

Ação Trabalhista - Rito Sumaríssimo

Processo Judicial Eletrônico

Data da Autuação: 20/07/2022

AO JUÍZO DA __ª VARA DO TRABALHO DE SÃO JOSÉ/SC

TATIANE VIEIRA PACHECO, brasileira, solteira, desempregada,

AÇÃO TRABALHISTA (rito sumaríssimo)

EMBRACON SERVIÇOS CONDOMINIAIS S/A, pessoa jurídica de

I. DOS DADOS DE CONTATO

O Autor pode ser contatado pelos seguintes e-mails:

II. DOS FATOS

II.I. Do contrato de trabalho

A Autora foi contratada pela Ré em 07/12/2020, para exercer

Foi dispensada sem justa causa em 10/05/2022.

Teve como última remuneração o valor de R$ 1.543,23,

III.I. Das verbas rescisórias não pagas

Em que pese dispensada sem justa causa em 10/05/2022, até

Frisa-se desde já que resta impugnado o referido documento,

Motivo pelo qual, desde já, requer-se a condenação da Ré ao

- Saldo de 10 dias de salário: R$ 311,77;

Concorda a Autora com a dedução de R$ 29,81 (previdência

III.II. Do FGTS e multa de 40%

A Ré ao longo do contrato de trabalho deixou de efetuar os

Desde já requer seja a Ré condenada a comprovar, ou, a

Sendo assim, requer-se a condenação da Ré aos

Ainda, ante a dispensa imotivada, requer-se a liberação dos

III.III. Do adicional de insalubridade

A Autora durante a sua contratualidade laborou em

Isto porque, no desempenho da sua função, a Autora

Portanto, a Autora era responsável pela limpeza de banheiros

A Autora, durante toda contratualidade, não recebia e, por

Nesta senda, a Autora estava exposta aos agentes biológicos

Nesse sentido, aliás, têm-se as Súmulas nº 448, II, do TST e 46 do

Sendo assim, requer-se desde já a realização de perícia para

Desta sorte, requer-se a condenação da Ré ao pagamento

III.IV. Da multa do art. 477 e 467 da CLT

Em face de a rescisão contratual ter sido efetivada por

Na mesma linha, requer a aplicação da multa do art. 467 da

Requer-se a aplicação das multas do art. 477, 8º e do art. 467

IV. DA JUSTIÇA GRATUITA

A parte Autora declara, expressamente, sob as penas da lei,

Ademais, conforme corrobora a CTPS em anexo, o Autor no

Sendo assim, requer-se a concessão dos benefícios da justiça

V. DOS HONORÁRIOS DE SUCUMBÊNCIA

V.I. Da assistência jurídica integral e gratuita ao beneficiário da justiça

A Constituição Federal dispõe, em seu art. 5º LXXIV, como

A atribuição de pagamento dos honorários advocatícios pelo

Ademais, o STF, no julgamento da ADI 5766, realizado no dia

Assim sendo, pautando-se na premissa deste Juízo em controle

V.II. Da sucumbência somente em caso de indeferimento total de pedidos

A sucumbência para a parte Autora deve ser aplicada tão

TESE JURÍDICA N.º 05 - "HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS DE

Isto posto, em caso de sucumbência em desfavor da parte

V.III. Do percentual diferenciado dos honorários sucumbenciais, observada a

O arbitramento do percentual de honorários de sucumbência

É sabido que o valor social do trabalho e a isonomia, por

Desta forma, em caso de sucumbência em desfavor da parte

arbitrado em 5%, em consonância com a desigual capacidade financeira

V.IV. Dos honorários de sucumbência pelo beneficiário da justiça gratuita

É sabido que, em regra, no Processo do Trabalho os créditos

Nesta toada, recentemente, assim decidiu a 7ª Turma do TST,

(...) “O beneficiário da justiça gratuita somente suportará

Assim, em caso de sucumbência em desfavor da parte