Você está na página 1de 16

Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Temas do Trabalho:
TEORIA DE CONHECIMENTO OU GNOSIOLOGIA

Nome: Mateus Bernardo


Código do Estudante: 708238008

Curso: Licenciatura em Ensino de


Matemática
Disciplina: Introdução á Filosofia
Ano de Frequência: 2º ano

Tete
Maio, 2024
FolhadeFeedback
Classificação
Categorias Indicadores Padrões Pontuação Nota
Subtotal
máxima dotuto
r
Capa 0.5
Índice 0.5
Aspectosorganiz
Estrutura acionais Introdução 0.5
Discussão 0.5
Conclusão 0.5
Bibliografia 0.5
Contextualização
(Indicação clara do 1.0
problema)
Introdução Descrição dos
Objectivos 1.0

Metodologia
adequada ao objecto 2.0
do trabalho
Articulação e
domínio do discurso
académico (expressão
Escrita cuidada, 2.0
coerência/coesão
textual)

Conteúdo Análise
e Revisão
discussão bibliográfica
nacional e
internacionais 2.
relevantes na área
de estudo
Exploração dos 2.0
dados
Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
Paginação, tipo
Aspectos etamanho de letra,
gerais Formatação paragrafo, 1.0
espaçamento entre
Linhas
Normas APA 6ª Rigor e coerência
Referências edição em das 4.0
Bibliográficas citações e citações/referências
bibliografia bibliográficas
Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor

___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Índice
1.Introdução .................................................................................................................................... 6

1.1.Objectivos ................................................................................................................................. 6

1.1.1.Geral:...................................................................................................................................... 6

1.1.2.Específicos: ............................................................................................................................ 6

1.2.Metodologia de Pesquisa .......................................................................................................... 7

1.2.1.Pesquisa Bibliográfica ........................................................................................................... 7

2.Teoria do Conhecimento (Gnosiologia)....................................................................................... 8

2.1.Perspectivas da análise do conhecimento ................................................................................. 8

2.1.1.Abordagem científica ............................................................................................................. 8

2.1.1.1.Perspectiva filogenética ...................................................................................................... 8

2.1.1.2.Perspectiva ontogenética ..................................................................................................... 9

2.1.1.3.Perspectiva da sociologia do conhecimento ..................................................................... 10

2.1.2.Abordagem filosófica........................................................................................................... 10

2.1.2.1.Análise fenomenológica do acto do conhecimento .......................................................... 10

3.Origem do conhecimento ........................................................................................................... 10

3.1.Racionalismo........................................................................................................................... 11

3.2.O empirismo............................................................................................................................ 11

4.Natureza do conhecimento ......................................................................................................... 11

5.Níveis do conhecimento e as suas características ...................................................................... 12

5.1.Conhecimento Empírico ......................................................................................................... 12

5.2.Conhecimento Científico ........................................................................................................ 12

5.3.Conhecimento Filosófico ........................................................................................................ 13

5.4.Conhecimento Teológico ........................................................................................................ 13

6.Conceito da epistemologia ......................................................................................................... 13


7.Pensamento epistemológico do Karl Popper e Thomas Kuhn ................................................... 13

8.Conclusão................................................................................................................................... 15

9.Referências bibliográficas .......................................................................................................... 16


1. Introdução

O presente trabalho é uma pesquisa qualitativa e tem como objectivo desenvolver o estudo
individual e garantir o desenvolvimento formativo no que tange a cadeira de Introdução á
Filosofia, sendo uma parte integrante do Curso de Licenciatura em ensino de Matemática.

Nas diversas abordagens do tema procurou-se explanar ou detalhar de forma clara e objectiva
fazendo uma ponte entre conhecimentos teóricos e práticos de modo a resolver as questões
propostas no presente trabalho.

Em resposta aos objectivos estabelecidos para concepção do presente trabalho, este teve como
base a revisão bibliográfica.

No que tange a estrutura, este trabalho apresenta: Introdução, Desenvolvimento, Conclusão e


Referencias bibliográficas.

1.1.Objectivos
De acordo com IVALA, HDZ e LUÍS (2007:19), “objectivos de uma pesquisa relacionam-se com
a visão global do tema e com os procedimentos práticos e, indicam o que se pretende conhecer,
ou medir, ou provar no decorrer da pesquisa, ou seja, as metas que se deseja alcançar”.

1.1.1. Geral:
 Conhecer a Teoria de conhecimento ou Gnosiologia

1.1.2. Específicos:
 Definir epistemologia;
 Identificar as Teoria de conhecimento ou Gnosiologia;
 Comparar diferentes teorias de conhecimento ou Gnosiologia;
 Falar do pensamento epistemológico do Karl Popper e Thomas Kuhn.

6
1.2.Metodologia de Pesquisa

Consiste em apresentar as fases pelas quais passei para realização do trabalho, principalmente
aspectos relacionados com os métodos e técnicas, instrumentos e procedimentos que
recorreremos para a elaboração deste trabalho. Para Lakatos (1991), a Metodologia “é a
explicação minuciosa, detalhada, rigorosa e exacta de toda acção desenvolvida no método
(caminho) do trabalho de pesquisa” (p. 80).

No caso particular deste trabalho foi usado o seguinte método que tornou possível a sua
materialização:

1.2.1. Pesquisa Bibliográfica

Método a partir do qual foi feita a recolha de informações contidas em algumas obras e em
páginas da internet que versam sobre os temas em estudo e que são revestidos de importância por
serem capazes de fornecer dados relevantes. Para a materialização deste trabalho de campo,
abrangeu internet com destaque ao manual designado por Ética Social – 3º Ano, propriedade da
Universidade Católica de Moçambique.

7
2. Teoria do Conhecimento (Gnosiologia)

A teoria do conhecimento, ou gnosiologia, é uma área da filosofia voltada para a compreensão da


origem, natureza e a forma que tornam possível o ato de conhecer pelos seres humanos. Como
disciplina da filosofia, a teoria do conhecimento surgiu na Idade Moderna, tendo como fundador
o filósofo inglês John Locke. Gnosiologia ou gnoseologia (do grego gnosis, "conhecimento", e
logos, "discurso") está relacionada ao ato de conhecer, a partir da relação entre dois elementos:

O SUJEITO - aquele que conhece (ser cognoscente);


O OBJETO - aquilo que pode ser conhecido (cognoscível).

Partindo dessa relação, é possível conhecer algo e estabelecer formas distintas para o
conhecimento, ou melhor, para a apreensão do objecto.

2.1.Perspectivas da análise do conhecimento

Existem varias perspectivas de explicações do fenómeno de conhecimento. Ao longo da história


da filosofia este tem sido os problemas relacionados com o conhecimento, sobre a possibilidade
do conhecimento, como conhecemos e o que conhecemos não são debruçados apenas pela
filosofia, mas também são objecto de estudo das outras ciências.

Assim, para o estudo desta problemática iremos conhecer três (3) teorias da abordagem científica
(teoria filogenética, ontogenetica e sociológica) do conhecimento e uma perspectiva filosófica (a
teoria fenomenológica do conhecimento).

2.1.1. Abordagem científica


2.1.1.1.Perspectiva filogenética

Do grego "filogénese", significa “origem da tribo". Assim, a perspectiva filogenética é o estudo


da evolução de uma dada espécie, neste caso, o ser humano.

Esta ciência não caminha sozinha; num processo interdisciplinar, encontramos a paleontologia
(estudo dos fósseis) que nos ajuda a entrar no mundo da filogenia. Ela (a paleontologia) nos ajuda
a entender os rastos e restos que os grupos de seres vão deixando ao longo da história.

Segundo a Paleontologia, à medida que o ser humano sofria transformações durante sua história,
também evoluía a sua capacidade cognitiva. Neste sentido, o desenvolvimento cognitivo ocorreu

8
graças à correlação do desenvolvimento das capacidades cognitivas (memória, linguagem,
pensamento) com as capacidades técnicas e desenvolveu-se bio-psico e socialmente.

Ao longo do processo filogenético, o ser humano constituiu-se numa dialéctica entre a acção e o
conhecimento. A acção provoca conhecimento e este provoca a possibilidade de novas e
melhores acções e, estas possibilitam novos conhecimentos, assim sucessivamente.

Portanto, para a perspectiva filogenética, o conhecimento humano é uma evolução e, segundo a


filogenia, esta evolução é favorecida pela acção.

2.1.1.2.Perspectiva ontogenética

A perspectiva ontogenética estuda o conhecimento na perspectiva individual, partindo da análise


das estruturas cognitivas do ser humano desde o nascimento até ao seu pleno desenvolvimento.

O grande defensor desta perspectiva foi o psicólogo suíço Jean Piaget (1896-1980) que defendeu
que o indivíduo passa por várias etapas de desenvolvimento ao longo da vida e que o
desenvolvimento ocorre porque o organismo amadurece e sofre influência do meio físico e social
por uma gradual adaptação através da assimilação e acomodação.

Assimilação é um processo mental do qual a criança incorpora novos dados e resultados da sua
relação com o meio e a acomodação é o processo mental pelo qual os mecanismos mentais são
alterados em função das novas experiências provenientes da assimilação. E, a adaptação é uma
procura de equilíbrio nas trocas dos seres vivos com o meio.

Assimilação e acomodação são dois processos que concorrem na formação das capacidades
cognitivas de uma criança e que estão presentes em todos os estádios de desenvolvimento.

Estádios de desenvolvimento psíquico segundo Piaget

Estádio sensório-motor (dos 0 aos 2 anos): a criança constrói esquemas de acção no meio
e desenvolve o conceito de permanência do objecto. É capaz de imitar.
Estádio pré-operatório (dos 2 aos 7 anos): desenvolve o pensamento representativo mas
não realiza operações mentais.

9
Estádio das operações concretas (dos 7 aos 11/12 anos): a criança vai acumulando
experiências físicas e concretas e começa a conceptualizar, criando estruturas lógicas para
a explicação das suas experiências.
Estádio das operações formais (dos 11/12 aos 15/16 anos): a criança atinge o raciocínio
abstracto e conceptual e pensa cientificamente.
2.1.1.3.Perspectiva da sociologia do conhecimento

A sociologia é uma ciência humana que estuda o modo do relacionamento dos indivíduos na
sociedade e, a sociologia do conhecimento é a ciência que estuda o fenómeno conhecimento na
perspectiva sociológica.

O grande e primeiro defensor foi Karl Marx (1818-1883) que advogou que as ideias e o
conhecimento dependem das circunstâncias histórico-sociais do sujeito e, o conhecimento
humano é condicionado pelo meio social que molda o sujeito cognoscente.

Outro defensor foi Karl Mannheim (1893-1947) que defendeu que o pensamento de um indivíduo
é condicionado pelo dos outros seres humanos e modelado pelo grupo em que pertence.

2.1.2. Abordagem filosófica


2.1.2.1.Análise fenomenológica do acto do conhecimento

Fenomenologia é um método de análise ou uma atitude face ao real, que consiste em descrever
aquilo que se manifesta ou aparece numa experiência. A palavra fenómeno, nesta perspectiva,
significa “o que se manifesta ou se revela, o que se mostra.”

Para a fenomenologia, no acto do conhecimento existe alguém que conhece (o sujeito) e algo que
pode ser conhecido (o objecto) e, o resultado desse acto do conhecer é a representação da imagem
do objecto na mente do sujeito. Assim, o conhecimento é o acto pelo qual o sujeito apreende ou
representa o objecto.

3. Origem do conhecimento

Platão e Aristóteles dedicaram grande parte da sua reflexão ás questões do conhecimento, mas só
na época moderna, nos séculos XVII e XVIII, que filósofos como Decartes, Jonh Locke, David
Hume e Kant elegeram a teoria do conhecimento ou gnosiológica como uma das áreas
fundamentais da Filosofia.
10
No que toca, especificamente, à origem do conhecimento surgem perguntas como: “Qual é,
realmente, a origem do conhecimento?”, “Será que o conhecimento provém unicamente da
experiência?”, “Será que o conhecimento tem origem na razão?”, “Ou provirá de ambas as
fontes, mas com diferentes graus de verdade?”.

Numa tentativa de responder a essas perguntas surgiram duas correntes filosóficas: o empirismo e
o racionalismo.

3.1.Racionalismo

O racionalismo considera a razão a fonte principal e verdadeira do conhecimento. O


conhecimento seguro é aquele que se encontra através da razão independentemente da
experiência sensível.

Este conhecimento é logicamente necessário, porque apenas pode ser interpretado de uma única
forma, caso contrário estaríamos em contradição. É também universalmente válido pois o seu
valor é constante em todo o lado para toda a Humanidade.

Este tipo de conhecimento é dado pela ciência formal, Matemática, que nos obriga à sua

3.2.O empirismo

Diz que a origem das Ideias é o processo de abstracção que se inicia com a percepção que temos
das coisas através dos nossos sentidos. Daí diferencia-se o empirismo: não preocupado com a
coisa em si, estritamente objectivista; nem tão pouco com a ideia que fazemos da coisa atribuída
pela Razão, como ensina o Racionalismo; mas puramente como percebemos esta coisa, ou
melhor dizendo, como esta coisa chega até nós através dos sentidos.

4. Natureza do conhecimento

O homem sentiu, desde sempre, necessidade de explicar o mundo que o rodeia. Por isso, o
problema do conhecimento foi colocado logo desde o início da filosofia grega. Embora o
conhecimento seja, não um estado mas sim um processo e, como tal, necessariamente relacionado
com a actividade prática do homem (conhecer não é só possuir uma representação mental do
mundo, é também actuar no mundo a partir da representação que dele temos), tradicionalmente, o

11
conhecimento foi descrito como uma relação entre um sujeito, enquanto agente conhecedor, e um
objecto, enquanto coisa conhecida.

Um dos grandes problemas se coloca:

O realismo: é a doutrina segundo a qual conhecer é o acto no qual o sujeito aprende um objecto
que é independente e distinto dele.

Esta posição não é, contudo, simplista ou ingénua. Admitindo que há uma realidade independente
do sujeito e que é o objecto de conhecimento não confunde os dados sensíveis, as percepções ou
representações da realidade, com a própria realidade. A percepção sensível e o conhecimento que
nela se pode fundamentar as percepcionamos ou apreendemos.

O idealismo: é corrente não nega propriamente a existência do mundo externo, mas afirma que o
conhecimento que temos desse mundo não atinge a realidade em si mesma. Reduz o
conhecimento a meras representações ou ideias dos objectos.

O idealismo, em sentido estrito, nega que o conhecimento atinja realidades exteriores às nossas
representações: o objecto de conhecimento não é uma realidade independente mas algo imanente
ao sujeito.

5. Níveis do conhecimento e as suas características


5.1.Conhecimento Empírico

Popular ou vulgar é o modo comum, corrente e espontâneo de conhecer, que se adquire no trato
directo com as coisas e os seres humanos, as informações são assimiladas por tradição,
experiências causais, ingénuas, é caracterizado pela aceitação passiva, sendo mais sujeito ao erro
nas deduções e prognósticos. “é o saber que preenche nossa vida diária e que se possui sem o
haver procurado, sem aplicação de método e sem se haver reflectido sobre algo” (Babini,
1957:21).

5.2.Conhecimento Científico

O conhecimento científico vai além da visão empírica, preocupa-se não só com os efeitos, mas
principalmente com as causas e leis que o motivaram, esta nova percepção do conhecimento se
deu de forma lenta e gradual, evoluindo de um conceito que era entendido como um sistema de

12
proposições rigorosamente demonstradas e imutáveis, para um processo contínuo de construção,
onde não existe o pronto e o definitivo, “é uma busca constante de explicações e soluções e a
reavaliação de seus resultados”.

5.3.Conhecimento Filosófico

É o conhecimento que se baseia no filosofar, na interrogação como instrumento para decifrar


elementos imperceptíveis aos sentidos, é uma busca partindo do material para o universal, exige
um método racional, diferente do método experimental (científico), levando em conta os
diferentes objectos de estudo.

5.4.Conhecimento Teológico

Conhecimento adquirido a partir da aceitação de axiomas da fé teológica, é fruto da revelação da


divindade, por meio de indivíduos inspirados que apresentam respostas aos mistérios que
permeiam a mente humana, “pode ser dados da vida futura, da natureza e da existência do
absoluto”.

6. Conceito da epistemologia

Epistemologia é o nome dado ao estudo do conhecimento e suas formas. Tenta descobrir como o
conhecimento é adquirido pelas pessoas a partir dos princípios da crença, verdade e justificativa.

A epistemologia é o estudo do conhecimento. Segundo Mário Bunge, uma Epistemologia é útil se


satisfaz às seguintes condições: Refere-se à ciência propriamente dita.

7. Pensamento epistemológico do Karl Popper e Thomas Kuhn

Para Popper, toda investigação científica parte de problemas, este é o caminho inicial para o
desenvolvimento da ciência. Segundo Kuhn, o cientista está circundado de charadas que precisa
resolver e ele, não a teoria, está em dificuldade para encontrar uma solução para a charada.

A observação empírica sistemática é sempre uma etapa posterior à elaboração de uma hipótese
original e tem a finalidade única de testar esta hipótese.

Popper percebeu e valorizou a importância da capacidade criativa e de imaginação individual do


ser humano no processo de desenvolvimento científico, estabelecendo, assim, um vínculo
insuperável entre qualquer ideia ou teoria e as circunstâncias em que se forjaram. É, sem dúvida,
13
uma lição irrefutável o opinião de Popper de que devemos nos exercitar quotidiana e
incessantemente na crítica de nosso conhecimento e saudar com entusiasmo o advento de novas
teorias.

No concernente a diatribe de Kuhn ao trabalho de Popper, estamos tentados, não de forma


soberba, a adoptar uma postura divergente para a maioria das contestações.

De imediato concordamos com Popper facto que ocorreu conscientemente, principalmente nas
leituras para o desfecho do presente artigo de que só lemos e compreendemos um livro com
expectativas definidas em nossa mente. Para Popper, sempre abordamos tudo á luz de uma teoria
preconcebida.

Para Popper, toda investigação científica parte de problemas, este é o caminho inicial para o
desenvolvimento da ciência. Segundo Kuhn, o cientista está circundado de charadas que precisa
resolver e ele, não a teoria, está em dificuldade para encontrar uma solução para a charada. Ora, a
desavença pelo uso de uma palavra é irrelevante, depende exclusivamente da tipologia adoptada
pelo cientista. O que torna-se penoso, é harmonizarmo-nos com Kuhn, nesta inversão de valores.
Acreditamos que o cientista somente se interessa por algo a ser investigado cientificamente a
partir do surgimento de um problema. O problema, para ele, é um enigma, uma charada ao seu
engenho. A partir deste momento, ele estará diante de uma situação crítica, buscando uma
solução plausível para a lacuna de conhecimento que se manifestou com o surgimento do
problema. Ambos estarão em dificuldades, o cientista na sua busca e a teoria, uma vez que já não
satisfaz plenamente os anseios da comunidade científica.

14
8. Conclusão
O presente trabalho abordou sobre "Teoria de conhecimento ou Gnosiologia".
Acreditando assim que, os objectivos foram alcançados no concerne a resolução dos problemas
patentes no presente trabalho.

Desta feita, pode-se concluir que a teoria do conhecimento, ou gnosiologia, é uma área da
filosofia voltada para a compreensão da origem, natureza e a forma que tornam possível o ato de
conhecer pelos seres humanos.

O racionalismo considera a razão a fonte principal e verdadeira do conhecimento. O


conhecimento seguro é aquele que se encontra através da razão independentemente da
experiência sensível.

Portanto, o conceito ou ideia é a representação intelectual da essência de um objecto, representa


aquilo que há de permanente, imutável e comum em todos os objectos de uma espécie. Chama-se
conceito porque a sua formação dá-se no espírito: uma espécie de concepção, pela união da
inteligência com o objecto, cujo fruto é o conceito ou ideia.

Este conhecimento é logicamente necessário, porque apenas pode ser interpretado de uma única
forma, caso contrário estaríamos em contradição. É também universalmente válido pois o seu
valor é constante em todo o lado para toda a Humanidade

15
9. Referências bibliográficas

LAKATOS, I.; MUSGRAVE, A. A crítica e o desenvolvimento do conhecimento. São Paulo:


Cultrix, 1979.

MARIAS, J. Historia de la filosofia. 33. ed. Madrid: Revista de Occidente, 1981.

POPPER, K. R. A lógica da pesquisa científica. São Paulo: Cultrix, 2001.

SCHMIDT, P.; SANTOS, J. L. O pensamento epistemológico de Karl Popper.

16

Você também pode gostar