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LIDERANÇA EM ENFERMAGEM

A liderança em enfermagem envolve relação interpessoal. A comunicação é


indispensável nesse processo, pois através dela o enfermeiro troca conhecimento,
organiza seu serviço, traçando objetivos junto a sua equipe.

Características principais de um enfermeiro líder


1. Responsabilidade
Como sua função é gerenciar os procedimentos e o trabalho de
enfermeiros, técnicos e auxiliares de Enfermagem, além de fazer a comunicação
com a equipe médica, percebe-se que a liderança em Enfermagem é um cargo de
alta responsabilidade.

Por isso, é importante ser comprometido, estar sempre próximo às equipes


para acompanhar tudo o que está sendo realizado e ser proativo, de modo a
antecipar situações para evitar consequências mais sérias para a saúde e bem-
estar dos pacientes.

2. Autoconhecimento
Entender seus pontos fortes e fracos é essencial para se tornar um líder,
principalmente na área da saúde. O autoconhecimento vai ajudar o enfermeiro a
descobrir suas dificuldades e buscar meios de superá-las. Permite ainda que ele
conheça suas reações e impulsos para que possa trabalhar de um modo mais
equilibrado, visto que é uma profissão marcada por muita tensão e turnos
exaustivos.

3. Boa comunicação
Como dissemos, o enfermeiro está envolvido com pessoas de várias áreas
diferentes, dessa maneira, precisa saber como se comunicar da melhor forma com
cada um. Deve ainda delegar funções para sua equipe, de modo que transmita as
orientações de maneira clara e consiga dar feedbacks para que todos possam se
aprimorar e corrigir suas falhas.Por fim, precisa conversar com pacientes e
familiares de um modo humanizado, afinal, são pessoas que, geralmente, estão
passando por um momento delicado e, assim, buscam acolhimento do
profissional.

4. Organização e planejamento
Para fazer a liderança na Enfermagem, o profissional precisa ser
organizado com todos os documentos relacionados ao atendimento de cada
paciente e também saber como planejar, principalmente em relação ao turno das
equipes, visto que é um trabalho que funciona 24 horas por dia.

5. Atualização
Por último, saiba que não dá para ser líder se não estiver atualizado em sua
área. Por isso, é recomendado que o enfermeiro acompanhe livros, revistas,
artigos científicos e outras publicações da sua área e também participe de eventos
do setor para ficar por dentro de equipamentos, tendências na saúde e de outras
técnicas voltadas para o cuidado do paciente.

É fundamental ainda que o profissional esteja sempre aberto ao


conhecimento, realizando cursos de aprimoramento.

 Papel do enfermeiro como líder da equipe


O líder faz a distribuição e orientação das atividades para outros
profissionais da Enfermagem, além de avaliar o atendimento e cuidados prestados
aos pacientes. Deve ainda ter conhecimento sobre os pontos fortes e fracos de
sua equipe para saber como delegar melhor as funções sem comprometer a
segurança dos pacientes.

É o profissional que faz a gestão de uso de equipamentos e de materiais e


que também realiza a comunicação com setores administrativos, pacientes e
familiares.

GESTÃO ENFERMAGEM

A gestão em enfermagem consiste em um processo de trabalho que exige


do profissional o domínio de habilidades, competências e atitudes que o torne
capaz de atuar precocemente frente às oportunidades de melhorias e promoção
das soluções para atingir as estratégias da instituição.
 Gestão do Cuidado de enfermagem
Os termos Gestão do Cuidado de enfermagem são uma construção
nacional, fruto do desenvolvimento dos estudos sobre o processo de trabalho de
enfermagem, visando à integração dessas dimensões na atuação do enfermeiro.
No domínio da gestão dos cuidados, considera que o enfermeiro
especialista: “Gere os cuidados, otimizando a resposta da equipa de enfermagem
e seus colaboradores e a articulação na equipa multiprofissional;” e “Adapta a
liderança e a gestão dos recursos às situações e ao contexto visando a otimização
da qualidade dos cuidados.

Pode-se então depreender que todos estes enfermeiros deverão ser


detentores de competências para a gestão de cuidados de enfermagem.

Entendendo-se por enfermeiros gestores os “profissionais habilitados


técnica e cientificamente para responderem com rigor, eficiência e eficácia aos
desafios das organizações e das pessoas na garantia da qualidade dos cuidados
prestados, aos vários níveis de atuação: prevenção, promoção e reabilitação.”

Refere ainda que inerente às competências do enfermeiro gestor está a de


garantir a segurança do cidadão, família e comunidade através: da prática
profissional, ética e legal (em que este deverá garantir o respeito pelos valores,
regras deontológicas e prática legal, bem como as melhores práticas
profissionais); da gestão de cuidados e serviços (em que deverá prever e gerir
pessoas, e otimizar e promover o desenvolvimento de competências, prognosticar
e assegurar os meios necessários à prestação de cuidados, e antever e gerir os
riscos); da intervenção política e da assessoria (em que deverá participar na
determinação e implementação de políticas e no planeamento estratégico) e do
desenvolvimento profissional (em que deverá estimular a enfermagem baseada na
evidência e promover a formação e o desenvolvimento da prática de enfermagem)
 Gestão recursos materiais

A importância do Gerenciamento de Recursos Materiais pode ser demonstrada, por exemplo,


quando se observa o quanto os materiais representam em termos de destinação de recursos nas
organizações. Em uma empresa os recursos materiais chegam a representar 75% do capital, e em
instituições de saúde significam cerca de 45% das despesas

Estima-se que em uma organização hospitalar geral de ensino, com aproximadamente 300
leitos, ou seja, um hospital de grande porte trabalha com aproximadamente 2.500 itens Segundo
Chiavenato (1991), “a administração de recursos materiais deve garantir que os materiais
necessários estejam disponíveis na quantidade certa, no local certo e no tempo certo à disposição
dos órgãos que compõem o processo produtivo.

Objetivos da Administração ou Gerenciamento de Materiais nas instituições


de saúde

São considerados objetivos primários: alcançar baixos custos de aquisição,


de manutenção, de reposição e de mão de obra; promover a rotatividade de
estoques, estimular o treinamento e aperfeiçoamento do pessoal; possibilitar a
continuidade de fornecimento; garantir a qualidade dos materiais adquiridos;
promover boas relações com os fornecedores, bons registros e cadastros; realizar
a padronização, otimização do atendimento, maximização de retornos, e
centralização de atividades. São considerados objetivos secundários: garantir
harmonia interdepartamental, economia, reciprocidade, atualização e melhoria da
qualidade.

De modo geral pode-se dizer que para o alcance desses objetivos a


Administração de Materiais tem como funções:

Funções da administração de materiais


1. Recebimento e conferência
2. Transporte e distribuição
3. Compras
4. Armazenagem
5. Controle
A finalidade da Administração de Materiais consiste em coordenar as atividades que
garantam o suprimento das necessidades da instituição, com qualidade e em quantidades
adequadas, no tempo correto e ao menor custo provável, através da compra, armazenamento,
distribuição e controle.

 Administração de Materiais e a Enfermagem

Os enfermeiros ao prestarem a assistência à saúde utilizam recursos


materiais, cabendo a eles a competência e responsabilidade pela administração
de materiais em suas unidades de trabalho através da determinação do material
necessário para a realização da assistência seja no aspecto quantitativo como no
qualitativo, na definição das especificações técnicas, na participação no processo
de compra, na organização, no controle e avaliação desses materiais . Ao
considerarmos a complexidade dos materiais utilizados na área da saúde, é de
suma importância que a enfermagem participe do processo de gerenciamento de
recursos materiais, assessorando a área administrativa nos aspectos técnicos.

No trabalho gerencial do enfermeiro, além de gerir a assistência é


indispensável à gerência da unidade, que compreende a administração dos
recursos humanos e materiais a fim de manter o bom funcionamento do serviço,
prevendo e provendo recursos necessários à assistência, sendo particularmente
importante a participação da enfermagem no gerenciamento de recursos materiais
em serviços de maior densidade tecnológica.

 Classificação dos materiais


a. Os materiais em unidades hospitalares usualmente são classificados
segundo a duração sendo agrupados em: materiais de consumo e
permanentes:
a) Materiais permanentes são aqueles que não são estocáveis, ou que
permitem apenas uma estocagem temporária, transitória, apresentando um
tempo de vida útil igual ou superior a dois anos, constituem o patrimônio da
instituição, como por exemplo, mobiliários, equipamentos, instrumentais e
outros.
b) Materiais de consumo são estocados e com o uso acabam perdendo suas
propriedades, sendo consumíveis, tendo uma duração de no máximo dois
anos como, por exemplo, esparadrapos, extensões para oxigênio,
inaladores, seringas, agulhas e outros.

Mas, existem ainda, outras classificações para os materiais de acordo com:

a) Finalidade ou o uso a que se destinam (oxigenoterapia, cateterismo);


b) Tamanho ou porte, de acordo com as necessidades de instalação e guarda
correlacionada com as dimensões do material (pequeno, médio e grande);
 Custo;
c) Matéria-prima (plásticos, silicone, metais, cerâmica, vidro);
d) Função do controle (material fixo, móvel ou circulante);  Função da guarda
(perecível, inflamável, frágil, pesado, tóxico).

Etapas da Administração de Materiais nas Unidades de enfermagem

Como já dito anteriormente a competência e responsabilidade pelo


gerenciamento de recursos materiais nas unidades de enfermagem é do
enfermeiro, que ao desempenhar essa atividade realiza: a determinação e
especificação dos materiais e equipamentos; o estabelecimento da quantidade de
material e equipamento; a análise da qualidade dos materiais e equipamentos; a
determinação dos produtos a serem adquiridos; o estabelecimento de um sistema
de controle e avaliação; o acompanhamento do esquema de manutenção adotado
pela instituição; a adoção de um programa de orientação da equipe de
enfermagem, sobre o manuseio e conservação de materiais e equipamentos e a
atualização de conhecimentos sobre os produtos utilizados na assistência à saúde
e lançados no mercado (Fonseca, 1995). Ao realizar essas atividades os
enfermeiros estão desempenhando as funções de: previsão, provisão,
organização e controle.

 Gestão de equipa em enfermagem

Para treinar a equipe de enfermagem para gerenciar o tempo de maneira


produtiva há que se ter em conta os seguintes pontos:
1. Apresente um modelo com Lista de Tarefas. ...
2. Identifique os períodos de maior produtividade. ...
3. Cuide da saúde mental da sua equipe. ...
4. Implemente protocolos de definição de urgência e emergência.

Construir uma equipe de alto desempenho não se configura como uma


tarefa fácil. Chiavenato (2007), sugere alguns aspectos fundamentais para criar e
desenvolver uma equipe:

a) Escolha da equipe→ Escolher as pessoas que reúnam as


competências, habilidades e conhecimentos necessários ao seu
trabalho.
b) Modelagem do trabalho da equipe→ Definir a atividade da equipe e
distribuir de maneira balanceada o trabalho entre os membros.
c) Preparação da equipe→ Treinamento e capacitação da equipe
precisam ser constantemente avaliadas pelo supervisor. Supervisor
coach, isto é, o preparador, orientador, impulsionador da equipe.
d) Condução da equipe→ Ser líder, auxiliar a definir metas e objetivos a
serem alcançados, meios e recurso para chegar lá,
acompanhamento e orientação e muita ajuda, retaguarda e apoio
incondicional à equipe.
e) Motivação e recompensas à equipe→ Manter o clima e o entusiasmo
da equipe, motivar constantemente a equipe, proporcionar
reconhecimento imediato e oferecer recompensas à equipe. Pelo
alcance das metas e os objetivos definidos.

Para Chiavenato (2013), administração não é somente desempenho, boa


vontade, dedicação, vai, além disso, é oferecer resultados. Os membros de uma
equipe isoladamente, e a própria equipe como um todo, são avaliados pelos
resultados que entrega. Por essa razão precisa focar a missão da empresa- o que
somos como empresa- ser um verdadeiro missionário na condução da equipe.
Deve lembrar qual é visão de futuro da empresa – o que queremos ser como
empresa, ser um verdadeiro visionário da equipe.
É preciso focar os objetivos da empresa- onde queremos chegar como
empresa e atuar com uma visão proativa e antecipatória. Precisa focar sua equipe
de trabalho- com quem vamos contar como empresa, e atuar como um gestor de
equipes. Todos esses cuidados devem ser constantemente lembrados aos
membros da equipe, não basta o supervisor sozinho ter tudo isto em mente, o que
configura o trabalho em equipe é justamente desenvolver trabalho em conjunto.

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