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INDUÇÃO

MIOFASCIAL
Sandra Mendes
Restrições Miofasciais da
Região Torácica
Restrições Miofascias da
Região Torácica

• Região torácica é composta pelas:


- costelas
- esterno
- vértebras dorsais.

• Possui uma grande mobilidade em comparação com


outros segmentos corporais (cabeça e cintura
pélvica) → mobilidade intrínseca do tórax.
• Principais funções da região → proteger órgãos
primordiais: coração e pulmões.

• Movimentos da caixa torácica realizam-se com uma


perfeita coordenação entre os pequenos movimentos
de numerosas articulações.

• Amplitude de movimento + coordenação correcta →


capital importância para uma execução respiratória
adequada.
• Respiração → necessidade básica do Ser
Humano.

• Nível terapêutico → objectivo:

- promover um bom controlo da respiração


- melhorar a respiração.
• Não é possível alterar ou corrigir o processo
respiratório sem uma apropriada alteração das
estruturas → directa ou indirectamente →
associadas ao processo respiratório →
respiração irá alterar de forma natural com a
correcção das alterações estruturais.

• Qualidade respiratória, e da fala → dependem


da manutenção postural correcta →
componentes da caixa torácica participam
activamente neste processo.
Fisiopatologia das Restrições
na Região Torácica
• Lâminas fasciais superficiais - parte anterior do tórax →
estendem-se como uma continuação da fáscia superficial
do pescoço.

Dirige-se para o peitoral maior, trapézio e grande dorsal.

Por diante, continua em direcção ao recto anterior do


abdómen.

Lateralmente através de conexões com os oblíquos


maiores do abdómen → une-se com a aponeurose
dorsolombar.
• Fáscia clavipeitoral → plano intermédio

Estende-se do bordo inferior da clavícula

Contínua na parte anterior do esterno →


une-se lateralmente à fáscia do deltóide.

Por diante → firmemente integrada com os


músculos intercostais e costelas.
• Fáscia endotorácica → lâmina
profunda.

Rodeia a face interna das costelas e


músculos intercostais internos.

Para baixo, dirige-se para o


diafragma.
• Fáscia superficial do
dorso → parte posterior
→ cobre o trapézio e
grande dorsal.

 
• Momento do nascimento determina a transição para o
movimento mais importante do Ser Humano →
processo respiratório. Provavelmente, é o momento que
determina o padrão respiratório para o resto da vida.

• Posição fetal → costelas superiores possuem uma


amplitude de movimento muito limitada → respiração é
essencialmente diafragmática e implica as últimas
costelas.
• Ao analisar as conexões miofasciais e biomecânicas da
caixa torácica → existem entre elas conexões entre as
costelas e as vértebras.

• Cada costela articula com 2 corpos vertebrais adjacentes.

• Inspiração → costelas elevam-se → cabeça da costela


actua como uma alavanca → separa os 2 corpos vertebrais
adjacentes implicados no movimento → estimula o
estiramento vertical da coluna → permite a abertura do
disco → melhora a hidratação e nutrição do mesmo. Para
que se possa produzir este fenómeno, deve existir uma
elevação suficiente das costelas.
• Restrições miofasciais → esta
actividade não consegue ser
efectuada correctamente quando
existe:

- antepulsão da cabeça
- aumento da cifose dorsal.
• Restrições profundas da fáscia na
região paravertebral → afectam +++
os movimentos diafragmáticos.

• Consequência → fica afectada:

- respiração
- funcionamento das estruturas
que atravessam o diafragma (aorta,
veia cava, esófago, canais linfáticos
e nervo vago).
Esterno → osso central de união → Função: pode-se comparar
com a do sacro na cintura pélvica, ou a do esfenóide na cabeça.

Importância dos 3 escalenos no processo respiratório → relaciona-


se com uma das suas principais funções: elevação das 2 primeiras
costelas.

Devido à sua situação e inserção do escaleno anterior na 1ª


costela → contribui, quando o seu sistema fascial está restringido
→ formação e mantimento da antepulsão da cabeça → leva para
diante as vértebras cervicais inferiores.
Restrições Miofasciais da
Região Cervical
Fisiopatologia das Restrições
da Fáscia Cervical
• Região cervical - fáscia superficial:
- situa-se debaixo da pele e do músculo
cutâneo do pescoço.
- permite uma continuação da acção
mecânica dos ossos da face e do crânio.
• Região posterior - fáscia
superficial:

- insere-se nas ap.


espinhosas das vértebras
cervicais e ligamento nucal.

- superiormente insere-se na
protuberância occipital externa e
ap. Mastóides.

- inferiormente une-se à
espinha da escápula, acrômio,
clavícula e manúbrio do esterno.
• Plano superficial da fáscia →
encontram-se 2 músculos → os mais
implicados nas restrições fasciais da
cervical:

- trapézio
- ECOM
• Ao considerar as inserções destes
músculos no crânio e clavícula → parece
tratar-se de um só músculo com alguns
dos seus segmentos divididos entre si.

Enervação de ambos os músculos é


comum → XI par craniano.

• Do ponto de vista embriológico →


formam parte do aparelho respiratório
primário.
É difícil encontrar um indivíduo que não tenha uma restrição
fascial do trapézio → +++ segmento superior.

Tensões acumuladas podem ter uma origem física →


traumatismo (Ex: Whiplash), transtorno postural (cabeça em
antepulsão), ou uma origem emocional.
• Plano fascial intermédio → cobre os
músculos infrahioideios.
• Plano profundo → fáscia
prevertebral:
- rodeia a musculatura profunda
- sustenta a musculatura
paravertebral, e alguns músculos
situados por diante dos corpos
vertebrais.
• Região anterior do pescoço → 2
fáscias viscerais:
- Fáscia pretraqueal: rodeia o
esófago e traqueia → continua para
baixo até ao mediastino.

- Fáscia alar: situa-se no bordo


posterior do esfófago.
Fisiopatologia do Músculo
ECOM
• Restrições fasciais do ECOM podem levar
a:
- transtornos posturais sérios
- dificuldades de orientação no espaço
- sensação de vertigem
- transtornos do equilíbrio corporal.

• Restrições → associam-se +++ com a


antepulsão da cabeça.

• Quanto mais vertical se encontra o ECOM


no plano sagital → +++ pronunciada é a
antepulsão da cabeça.
Artéria Vertebral

• Deve-se ter um cuidado especial →


+++ com as técnicas na c. cervical
superior → pt: poderá manifestar
algumas reações adversas durante e
após a aplicação das técnicas.
Os sinais e sintomas podem incluir:

Transtornos
Tonturas Náuseas Vómitos Desorientação
visuais

Alterações
Cefaleias Debilidade a
Transtornos sensitivas nas
(cabeça e nível das Vertigens da fala extremidades,
nuca) extremidades
face e corpo

Dificuldades
Aumento da
na deglutição Tremores Paralisia facial
sudorese
e audição
Teste de Klein
• Avaliar a integridade das artérias vertebrais.
• Pte: DD com a cabeça fora da marquesa.
• Tp: de pé à altura da cabeça do paciente sustendo a cabeça deste.

Teste: coloca-se a cabeça do pt. em extensão e rotação para um


lado. Mantém-se a posição durante 30 segundos. Em seguida, leva-
se a cabeça do paciente à posição neutra e executa-se o teste para
o outro lado. Se durante o teste surgirem sintomas neurovegetativos
→ contra indicada a aplicação das técnicas.
Fisiopatologia da Região
Suboccipital

• Libertação miofascial da musculatura


suboccipital → procedimento frequente e
importante na região cervical.

• São 4 pequenos músculos → controlam os


movimentos entre o occipital e as 2
primeiras vértebras cervicais. São eles:
- recto posterior menor da cabeça
- oblíquo menor
- recto posterior maior da cabeça
- oblíquo maior.
Interessante analisar a amplitude dos movimentos da CF
em relação com a restrição fascial da musculatura
suboccipital.

Ao efectuar o estiramento dos músculos IQ → amplitude de


movimento de flexão da CF ↑ ligeiramente.

Libertação dos músculos suboccipitais → aumenta a


amplitude de movimento da flexão da CF.
Fisiopatologia das Restrições
da Região Hioideia

• Hióide → região anterior do pescoço.

• Função importante:
- biomecânica do sistema fascial na
região cervical
- equilíbrio funcional da ATM
- mantimento postural de todo o
organismo.

• Funcionalmente → participa em
diversas actividades → deglutição,
fala, soprar, etc.
Posicionamento do hióide altera constantemente, segundo
a acção de 3 grupos musculares principais:

- Músculos que efectuam a depressão do hióide –


Infrahioideios.

- Músculos que efectuam o movimento de elevação do


hióide – Suprahioideios.

- Músculos responsáveis pelo movimento de retracção do


hióide – Retrohioideios.
Restrições Miofasciais da
Região Facial
Sistema fascial da face é excepcional dentro
do sistema integral do organismo → composição
fascial também difere do resto do corpo.
• Principal objectivo funcional → reunir em forma de
membrana intermuscular a musculatura da expressão →
complexa funcionalmente.

• Musculatura da expressão, na sua função coordenada →


capacidade de expressar os diversos estados
emocionais. A passagem entre os diferentes estados,
requerem uma perfeita coordenação e equilíbrio do
sistema fascial.
Fisiopatologia das Restrições
da Musculatura Mastigadora

• Músculo temporal → comanda o


grupo dos 4 músculos que
conformam os mastigadores, sendo
eles:
- Temporal
- Masseter
- Pterigoideu externo
- Pterigoideu interno.
Um dos músculos
antigravíticos mais
importantes do corpo →
temporal

Considerado o músculo com


maior influência na mecânica
do crânio.
Masseter → junto com o
pterigoideu externo,
suspende a mandíbula em
relação com o crânio.

Músculo +++ potente do


fecho da boca (mastigação).
Parte externa do masseter →
glândula parótida → envolvida
pela fáscia do masseter →
restrições fasciais →
transtorno do funcionamento
da glândula → deficiente
secreção salival.
Técnicas Miofasciais para a
Região Torácica
● Técnica de deslizamento longitudinal sobre a
musculatura paravertebral

- Objectivo: libertar restrições longitudinais da fáscia da musculatura


paravertebral.
 
- Execução da técnica: pte em DV. O tp. com uma das mãos fixa a massa
dos músculos paravertebrais a nível da omoplata, e com a outra,
efectua a técnica de deslizamento longitudinal. A técnica pode ser
efectuada com o dedo indicador reforçado com o dedo médio, com o
nó da artic. IF proximal, ou com o cotovelo. Efectuam-se 3 traços
longitudinais ao longo da musculatura sem sobrepor os traços. Não se
deve realizar pressão sobre as costelas, nem sobre as apófises
espinhosas.
● Técnica de deslizamento transversal sobre a
musculatura paravertebral
 
- Objectivo: libertar restrições longitudinais da fáscia da musculatura
paravertebral.
 
- Execução da técnica: pte em DV. O terapeuta coloca as 2 mãos juntas,
com as pontas dos dedos na metade da grossura da massa da
musculatura paravertebral, na região da maior restrição. Efectua-se
um movimento de deslizamento transverso lento e de pequena
amplitude. Efectuam-se 7 movimentos transversos sobre a restrição.
 
● Técnica de mãos cruzadas para a fáscia
toracolombar
 
- Objectivo: libertar restrições profundas da fáscia toracolombar.
 
- Execução da técnica: O terapeuta coloca as mãos cruzadas, sobre a
região toracolombar no centro da coluna vertebral ou lateralmente
ao longo da musculatura paravertebral. A técnica tem a duração de
10 minutos.
● Técnica de mãos cruzadas transversas para a fáscia
toracolombar
 
- Objectivo: libertar restrições da região superior da fáscia
toracolombar.
 
- Execução da técnica: O tp. coloca as mãos cruzadas, sobre a região
paravertebral, nos bordos internos das omoplatas. A técnica tem a
duração de 10 minutos.
● Técnica de equilibração craneossacra
 
- Objectivo: libertar restrições da fáscia ao longo de todo o canal
medular.
 
- Execução da técnica: pte na posição fetal. Tp coloca uma mão sobre
o sacro e outra sobre a base do crânio. 1º efectua-se 3 movimentos
PA. Em seguida, avalia-se a elasticidade da dura mater, verificando
a amplitude de movimento e a sincronização do movimento entre o
sacro e o crânio (movimento caudal e cefálico).
● Técnica de equilibração craneossacra
 
Detecta-se qual a direcção da restrição, e exagera-se o movimento
em direcção oposta à restringida. Reavalia-se a amplitude de
movimento em ambas as direcções. Se necessário repete-se todo
o procedimento até obter a simetria entre o movimento caudal e
cefálico.
● Indução miofascial para a Região Clavicular – Plano
Transverso
 
- Objectivo: libertar restrições das estruturas transversas da
fáscia dorsal.
 
- Execução da técnica: O tp coloca a palma da mão não
dominante na região interescapular, e a palma da mão
dominante sobre o extremo superior do esterno debaixo das
clavículas. A técnica tem uma duração de 10 minutos.
● Indução miofascial da Caixa Torácica – Região
anterior
 
- Objectivo: libertar restrições da parede torácica anterior. Serve
de técnica preparatória → recomendada em pts com
restrições importantes na região torácica.
 
● Indução miofascial da Caixa Torácica – Região
anterior
 
- Execução da técnica: O tp. coloca a mão dominante na região
esternal, e a mão não dominante de uma forma transversa
sobre o frontal do paciente. É mantida uma pressão muito
suave sobre o frontal, e realiza-se uma pressão
tridimensional com a mão que se encontra no esterno.
Devem se efectuar 3 libertações consecutivas. A técnica tem
uma duração de 10 minutos.
● Indução miofascial oblíqua para a fáscia torácica
 
- Objectivo: libertar restrições oblíquas da fáscia torácica.
 
- Execução da técnica: Com a mão cranial, coloca-se o MS do pte
em abdução de aproximadamente 120º. A mão caudal contacta
com o esterno de uma forma oblíqua, dirigindo os dedos para a
EIAS do lado oposto. Efectua-se uma tracção tridimensional A
técnica tem uma duração de 10 minutos.
● Indução miofascial para a região peitoral
 
- Objectivo: libertar restrições da fáscia na região peitoral → típicas na
retracção dos peitorais, ou na presença de uma postura cifótica, ou
em casos de escápulas aladas.
 
- Execução da técnica: Seguem-se os mesmos princípios das técnicas
de mãos cruzadas.
 
1ª Técnica: O tp coloca as mãos cruzadas por debaixo das
clavículas e bordos laterais do esterno. A aplicação da técnica tem
uma duração de 10 minutos.
2ª Técnica: é uma técnica de indução unilateral. O tp coloca as
mãos cruzadas, uma sobre o ombro, efectuando uma pressão
suave em direcção cranial, e outra sobre a região peitoral
superior, exercendo uma pressão em direcção caudal. A técnica
tem uma duração de 10 minutos.
3ª Técnica: é uma técnica de indução vertical. O tp coloca
uma das mãos sobre a parte superior do tórax, efectuando uma
pressão em direcção cranial, e outra sobre as últimas costelas,
e realiza-se uma pressão em direcção caudal. Ambas as mãos
se colocam sobre a linha média do corpo. A técnica tem uma
duração de 10 minutos.
● Indução miofascial para o diafragma – Deslizamento
transverso
 
- Objectivo: libertar restrições da fáscia do diafragma. As restrições
fasciais do diafragma e das suas conexões observam-se geralmente
em patologias relacionadas com a postura cifótica, ombros
protruídos e a antepulsão da cabeça. As restrições fasciais
diafragmáticas afectam não apenas o funcionamento da actividade
respiratória, mas todas as estruturas que atravessam o diafragma
(aorta, veia cava, esófago, canais linfáticos e n. vago.
 
● Indução miofascial para o diafragma – Deslizamento
transverso
 
- Execução da técnica: Paciente sentado na marquesa. O tp
coloca ambas as mãos debaixo do arco costal, lateralmente
em relação ao apêndice xifóide. Em seguida, efectua-se um
deslizamento com a polpa dos dedos desde o centro para
fora. Ao terminar o movimento, o paciente deve respirar
profundamente e adoptar uma posição mais erguida.
Efectuam-se três repetições.
● Indução miofascial para o diafragma – Plano
transverso
 
- Objectivo: libertar restrições fasciais do diafragma → comum na
postura cifótica, ombros protruídos e antepulsão da cabeça.
•  
- Execução da técnica: O tp coloca a palma da mão não
dominante na região dorsolombar e a mão dominante no
apêndice xifóide. Em seguida, aplica-se uma suave pressão
vertical em direcção ao solo com a mão dominante. A técnica
tem uma duração de 10 minutos.
Técnicas Miofasciais para a
Região Cervical
● Técnica de alongamento da fáscia cervical posterior
 
- Objectivo: promover o alongamento das estruturas fasciais da região
cervical posterior.
 
- Execução da técnica: O tp com 1 das mãos suporta a cabeça do pte no
occipital, levando-a lentamente à flexão. Com a outra mão, contacta
com a musculatura paravertebral, colocando a um lado da coluna o
polegar e do outro lado a IFP do dedo indicador em flexão. Com uma
mão suporta a posição da cabeça, e com a outra efectua um
deslizamento vertical em direcção caudal. Efectuam-se 7 repetições, de
uma forma lenta e progressiva.
● Técnica de alongamento oblíquo da fáscia cervical
 
- Objectivo: promover o alongamento da fáscia do trapézio
superior e do angular da omoplata.
 

 
● Técnica de alongamento oblíquo da fáscia cervical
  
- Execução da técnica: O tp com 1 mão suporta a cabeça do pte no
occipital, numa posição de flexão, inclinação e rotação para o
lado oposto ao que se pretende alongar. Com a outra mão,
contacta com o ombro de forma a estabilizá-lo em direcção
caudal. A mão do occipital, aumenta os movimentos
anteriormente mencionados. Dependendo da direcção e do grau
de restrição, o movimento de libertação poderá ocorrer em
qualquer direcção.
● Indução miofascial para o angular da omoplata
 
- Objectivo: promover o alongamento da fáscia do angular da
omoplata.

- Execução da técnica: O tp. coloca 1 mão, no bordo superior do


trapézio, de forma, a que a polpa dos dedos se possam
introduzir no espaço entre o trapézio e o angular da omoplata.
Com a outra mão controla a posição da cabeça, e vai alterando-
a de acordo com a libertação. A técnica tem uma duração de 10
minutos.
● Indução miofascial para o ECOM

- Objectivo: libertar as restrições da fáscia do músculo ECOM


 
- Execução da técnica: O tp coloca 1 mão no occipital, e efectua uma
suave rotação com a cabeça do paciente. A outra mão é colocada
sobre a massa do músculo ECOM com o polegar na ponta de inserção
na ap. mastóide. Com 1 mão efectua o movimento de rotação e uma
ligeira extensão da cabeça, e com a outra realiza um deslizamento
transverso sobre a região de restrição no músculo ECOM. Pode-se
efectuar um movimento de deslizamento longitudinal.
● Indução miofascial para os músculos longo do pescoço
e da cabeça
 
- Objectivo: libertar as restrições da fáscia dos músculos longo do pescoço
e da cabeça.

- Execução da técnica: tp repete o 1º passo da técnica para o ECOM e


posteriormente coloca os dedos por debaixo da massa muscular do
ECOM, por diante dos escalenos e por cima das ap. transversas das
vértebras cervicais médias e baixas. O tp, desliza a polpa dos dedos
sobre as vértebras. A técnica é efectuada durante 10 minutos, seguindo
com pequenos movimentos muito suaves em direcção da libertação.
● Indução miofascial global para a fáscia cervicodorsal

- Objectivo: libertar as restrições da fáscia cervicodorsal.


Poderá ser uma técnica preparatória.
 

 
● Indução miofascial global para a fáscia cervicodorsal
 
- Execução da técnica: O tp suporta a cabeça do paciente com ambas as
mãos, e flecte suavemente a cabeça do pte. Eleva-se lentamente a
cabeça sem exagerar o movimento de flexão da c. cervical. Mantém-
se a posição, elevando ao mesmo tempo o corpo do paciente, que
deverá repousar sobre as mãos e corpo do tp.
Se a restrição é unilateral, o tp coloca 1 mão em redor da cabeça do
pte, efectuando uma rotação e inclinação para o lado oposto a tratar, e
com a outra empurra de uma forma suave o ombro do paciente em
direcção caudal.
 
● Indução miofascial para as fáscias cervicais
 
- Objectivo: libertar as restrições da fáscia cervicodorsal. Pode ser uma
técnica preparatória-

- Execução da técnica: O tp coloca 1 mão debaixo da cervical do pte. A


outra mão é colocada no parietal, e com ambas as mãos sustenta a
cabeça e o pescoço. A posição deve ser mantida durante algum
tempo, até que se perceba o movimento espontâneo da cabeça.
Geralmente, na 1ª fase este movimento é uma ligeira rotação. O
terapeuta deve seguir o movimento, seguindo apenas a amplitude de
movimento espontâneo dirigido pelo processo de libertação. A técnica
tem uma duração de 10 minutos.
● Indução miofascial para as fáscias cervicais 2
 
- Objectivo: libertar as restrições fasciais em todos os níveis da região
prevertebral e paravertebral.
 
- Execução da técnica: A técnica apresenta 3 fases. Pte em DD.
 
1ª fase (tracção cervical): O tp. suporta com as 2 mãos a cabeça do
pte, levando-a ligeiramente para a extensão e inicia uma suave
tracção.
2ª fase (libertação torácica): O tp coloca 1 mão no
esterno, aplicando uma suave tracção em direcção
caudal, mantendo com a outra mão a cabeça do pte
numa posição de ligeira hiperextensão. O movimento
entre as 2 mãos é tridimensional.
3ª fase (libertação oblíqua): Durante a libertação, o tp
altera a posição da sua mão desde o esterno para um dos
ombros e aplica uma força oblíqua., e segue a direcção da
libertação, e posteriormente aplica a mesma manobra do
lado oposto. Estas 3 fases têm uma duração de 10 minutos.
● Indução miofascial da musculatura suboccipital
 
- Objectivo: libertar as restrições fasciais da região
suboccipital.
 
● Indução miofascial da musculatura suboccipital
 
- Objectivo: libertar as restrições fasciais da região suboccipital.
 
- Execução da técnica: Coloca-se as mãos debaixo da cabeça do pte, e
contacta com os côndilos occipitais com a polpa dos dedos. Em
seguida, eleva-se lentamente o crânio flectindo as artic. MCF a 90º.
Deve ser efectuada uma pressão com os dedos indicador, médio e
anular de cada mão.
● Indução transversal do hióide
 
- Objectivo: libertar as restrições
fasciais transversais da região
hioideia.
 
- Execução da técnica: O tp efectua
uma pega em pinça com o dedo
indicador e polegar sobre o hióide.
Em seguida, realiza movimentos
suaves e lentos em forma de vírgula
transversais. Efectuam-se 7
repetições.
 
● Indução miofascial para a região supra e infrahioideia
 
- Objectivo: libertar restrições da região supra e infrahioideia.
 
- Execução da técnica: A técnica é constituída por 2 fases. Tem uma
duração de 10 minutos.
 
1ª Fase – Libertação infrahioideia: tp cruza as mãos, e coloca uma
delas sobre o tórax e outra acima da clavícula por baixo do hióide,
efectuando uma pega em forma de pinça entre o dedo indicador e
polegar. A mão do tórax exerce uma suave tracção caudal, e a outra
uma suave tracção cranial. A pressão mantida durante 5 minutos até
que se produza a libertação.
 
2ª Fase – Libertação suprahioideia: tp coloca a mão caudal
debaixo do hióide, em forma de pinça entre o polegar e dedo
indicador. As polpas dos dedos indicador, médio e anular da
mão cranial devem contactar com os tecidos moles da região
inframandibular. A mão caudal exerce uma tracção em direcção
caudal e a mão cranial em direcção cranial. A pressão exercida
é aplicada durante de 5 minutos.
● Técnica de deslizamento transversal suprahioideio
 
- Objectivo: libertar restrições da fáscia suprahioideia. Indicada para
torcicolos agudos, disfunções da ATM, cervicalgias, problemas
na deglutição, alterações da fala, e patologias relacionadas com
o músculo cutâneo do pescoço.

- Execução da técnica: O tp contacta com a polpa dos dedos por


debaixo do mento. Efectua um movimento lento de deslizamento
desde a linha média até fora. O trajecto termina no ângulo da
mandíbula. Efectuam-se 7 repetições.
Em caso de haver uma
restrição profunda
unilateral, pode-se aplicar
uma técnica de pressão
mantida com apenas uma
das mãos. Com a outra
mão, controla-se a posição
da cabeça do paciente,
aproveitando a direcção
das alterações do
movimento da c. cervical.
Técnicas Miofasciais para a
Região Facial
● Indução miofascial para os temporais – técnica de ear
pull
 
- Objectivo: utilizada quando se pretende alcançar uma simetria
funcional entre os músculos temporais.
 
- Execução da técnica: O tp, efectua uma pega em pinça com os
dedos indicadores e polegares bilateralmente, nos lóbulos das
orelhas, e exerce uma tracção a um ângulo de 45º. A força da
tracção deve ser suave e a técnica tem uma duração de 5
minutos.
● Indução miofascial longitudinal para o masseter
 
- Objectivo: melhorar o funcionamento da ATM, e eliminar as dores
referidas nesta região.
 
- Execução da técnica: O tp coloca os dedos da mão cranial no arco
cigomático (inserção do masseter). Com o polegar ou eminência
hipotenar da mão caudal localiza-se a massa do músculo por baixo do
contacto da mão cranial. Efectua uma leve tracção com a mão cranial
para cima e com a mão caudal no sentido oposto, para baixo. Ao
realizar a libertação, a mão caudal deve dirigir-se em direcção ao
ângulo da mandíbula. Efectuam-se 3 traços longitudinais não
sobrepostos.
● Indução miofascial para a ATM – técnica de
compressão/descompressão
 
- Objectivo: libertar restrições que afectam o bom funcionamento da ATM.
•  
- Execução da técnica: A técnica é constituída por 2 fases.
 
1ª Fase – Compressão: o tp contacta com as 2 mãos na mandíbula.
Em seguida, efectua-se uma ligeira tracção em direcção cranial.
Deve-se aguardar até que ocorra o relaxamento, e normalmente esta
fase tem uma duração de aproximadamente 1 minuto.
2ª Fase – Descompressão:
o tp altera os contactos, e
coloca o dedo médio por
baixo da ATM. O resto da
mão sustenta a cabeça do
paciente. Por fim, é
aplicada uma ligeira tracção
em direcção caudal, e
deve-se aguardar até obter
o relaxamento.

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