Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
INDIVIDUAL
E ESPECíFICO A especificidade é regra básica no
Treinamento Funcional. A construção de um programa só terá sucesso à medida em que
considerar as demandas individuais de cada praticante. Não há programas iguais para
indivíduos diferentes. Quanto menos específica e mais genérica a prescrição, menos eficiente
ela será. Mas como atingir um grau de customização contínuo e eficaz para indivíduos com
demandas, potencialidades e limitações tão diferentes, como encontramos no nosso dia-a-
dia? Apesar de não pretender reinventar tudo que já foi realizado, o treinamento funcional
pode ser compreendido como uma resposta a esta questão.
INOVADOR
E CONSISTENTE O Treinamento Funcional deve ser
entendido como uma inovação real, não apenas no desempenho dos praticantes ou em sua
filosofia, mas também para toda a indústria do fitness, que está incorporando suas influencias
no desenvolvimento de novos produtos. A inovação real nunca é reflexo da busca gratuita e
desenfreada pela novidade, mas uma atitude de valor e propósito, com justificativa racional
para existir.
O CORE360º é baseado em 9 pilares que são os elementos básicos de construção
da sessão de treino e são a “caixa de ferramentas” do treinador.
Cada pilar tem um conceito, um tempo e forma de aplicação e um modelo de organização
própria. Dentro de cada um estão tarefas, ferramentas e estímulos que tem uma relação
de semelhança entre si. Esse sistema tem a flexibilidade necessária para se adequar a
qualquer situação e ao mesmo tempo manter um linha de coerência e unidade entre cada
sessão e cada programa de treino.
Junto a isso outro fator fundamental é a capacidade de incorporar a ele novos
conhecimentos e métodos, personalizando o modelo de prescrição.
neu
rom
ativ uscular
ação
l
dri e
din qua ncia d
in â
alon âmico
gam dom
ento
ar
pux
mu ilíb
eq
do c
s
u
ativ ore
cu rio
pr
lar
ação lho
op
e
joe ncia d
os
rio
in â
ss
c
aqu dom
ep
s
ecim
ico
me
ento ar
çã
urr
mo
p
o
e
em
t
tos
es
mov
arr
é
i
Prep mento lar
scu
om
ta
o
mu araçã
en
araç
ão
bil
p
Pre
pli
id
ta
de venç
ad
tos
Pre
an
les ão
a
e
nci
õe
lev
sal
s
tê
Po
liberaçã
miofasc
ação
nutrição
Regener
re
Treino co
estabiliz
ação
ial
o
rotação
e
tra Tare ad
ns fa
fe s d cid de
rê e e lo lida o
V gi ç ã
tre nc
ia Desenvolvimento A ea
R
in
o dos sistemas
e
bi
om
energéticos
ad
id
ec loc
â ni treinamento ve
co e
de intervalado
dad
m ili
an
da ag
ne
ur complexos o
al ã
aç
re
circuitos
1
Pense nos seus músculos como ferramentas e não troféus. Seu
treino não deve se restringir a puxar e empurrar. Levantar, girar,
saltar e correr também, fazendo seu corpo se tornar mais inteligente.
FORÇA FUNCIONAL
• Treine Movimentos, Não Músculos.
• Treine o Centro antes das Extremidades.
• Construa a Força de Baixo para Cima.
• Incorpore movimentos de Puxar, Empurrar e Agachar para gerar Integração.
• Aplicação do Princípio da Sobrecarga
• Variação Sistematizada e Planejada.
2
Treine o centro antes das extremidades. Fortaleça o CORE
(região Lombo-Pélvica-Quadril) porque é a partir dessa região
que o corpo gera estabilidade e produz força.
• Produção de força
• Redução de força
• Geração de estabilidade
• Manutenção do alinhamento postural
• Aceleração e desaceleração de
qualquer movimento do corpo humano
CORE
Centro, Essência, de onde parte algo. Região Lombo - Pélvica - Quadril.
Produção de força. Geração de estabilidade. Aceleração - Desaceleração
SISTEMA DE
ESTABILIZAÇÃO
+ SISTEMA DE
MOVIMENTO
= AÇÃO
CORE
O Core pode ser descrito como uma caixa onde os músculos da região abdominal
compõem a frente, os glúteos e o para-espinhal compõem a parte de trás, o diafragma a de cima
e o assoalho pélvico o fundo. Funcionando de maneira adequada, o sistema garante distribuição
e geração de força correta, condicionando a estabilidade.
O Core funciona como um cinto de exercícios natural. O transverso abdominal tem grandes
pontos de inserção nas camadas média e posteriores da fáscia toracolombar. Em essência a
fáscia toracolombar dá a volta no tronco fazendo a conexão entre os membros superiores e os
membros inferiores. Em contração ela também funciona como proprioceptor, fornecendo feedback
sobre a posição do tronco.
3
Qualidade de movimento é o ponto de partida. Todos os
exercícios devem ter como meta uma execução limpa, eficiente e
boa postura.
Ritmo
Realizar cada movimento no ritmo apropriado para atender o objetivo da tarefa. Movimentos que
envolvem estabilização devem ser executados em um ritmo lento, já exercícios que estimulam a
potência devem ser realizados de forma explosiva.
Respiração
Manter a manobra respiratória normal durante os exercícios é importante. Geralmente deve-se
inspirar na fase excêntrica, e expirar na fase concêntrica. A suspensão voluntária da respiração para
aumentar a pressão intratoráxica só deve ser realizada por praticantes muito bem condicionados
fisicamente, e experientes na realização da tarefa.
Alinhamento
Cabeça, tronco e quadril devem-se manter alinhados, principalmente quando se está em movimento,
formando como unidade o pilar de sustentação do corpo.
Distribuição de peso
Distribuir uniformemente o peso do corpo sobre a/as bases de apoio gera mais estabilidade ao
movimento e otimiza a produção de força.
Estabilidade
A condição necessária de estabilidade deve ser garantida a todos os exercícios para que sua
execução seja limpa e correta.
Sinergia e Coordenação
Em qualquer movimento todo o corpo deve ser recrutado na sua execução, nos integrados, onde
necessariamente todo o corpo é envolvido na ação, todos os segmentos agindo a favor do movimento
é condição fundamental para sua boa execução.
Tipo de pegada
Diferentes exercícios pressupõem diferentes tipos de pegada para torná-las mais eficientes, aumentar
o grau de dificuldade de execução, ou faze-la mais específica em relação a uma determinada
atividade.
Por outro lado, a utilização de uma área de contato menor ou mais instável pode ser uma
estratégia eficaz para desafiar e desenvolver o equilíbrio e a estabilidade do corpo. Exercícios que
reduzem a base de suporte, como treinamento em superfícies instáveis ou realização de
movimentos unilaterais, podem contribuir para aprimorar a coordenação motora, a consciência
corporal e a capacidade de reagir a situações imprevistas.
Além disso, é importante destacar que a qualidade da base de suporte pode variar de
acordo com a atividade e as necessidades específicas de cada pessoa. Por exemplo, um jogador
de basquete pode exigir uma base mais ampla e estável para executar movimentos rápidos e
saltos, enquanto um dançarino de balé pode precisar de uma base de suporte mais restrita para
realizar giros e piruetas com precisão e graça.
RECOMENDAÇÃO DE
CONSUMO DE
EXERCÍCIOS
isolados
multiarticulares
integrados
5
Seu programa de treino deve ser Global. Força, Equilíbrio,
Velocidade, Resistência, Agilidade, Potência, Mobilidade e
Flexibilidade são qualidades físicas que sempre devem ser
estimuladas.
6
Você é tão forte quanto seu elo mais fraco. Tornar seu corpo
mais equilibrado entre: o lado direito e o lado esquerdo, a
cadeia anterior e a cadeia posterior, a extremidade superior e
a extremidade inferior, terá um impacto positivo sobre todos os
seus objetivos.
“O pé conectado à perna,
punho
A perna conectada ao joelho,
cotovelo
O joelho conectado à coxa,
ombros
A coxa conectada à coluna
forças tronco
vertebral, de
A coluna vertebral conectada reação quadril
do
ao pescoço, solo pernas
O pescoço conectado ao
crânio” solo
Groppel, 1992
7
Respeite seus limites, mas aceite o desafio. Você aproveita
pouco do seu real potencial de movimento, use cada sessão
de treino para conhecer seus limites e vencê-los, seja você um
atleta de alto nível ou alguém que está iniciando um programa de
condicionamento, sempre existe espaço para progresso.
A real questão vem à tona quando olhamos para a História, percebendo que o conceito
de exercício é uma fração recente e muito pequena do repertório de movimento humano. Nossa
experiência física é formada por um vasto repertório de comportamentos, tarefas e atividades
como caçar, jogar, brincar, escalar, correr, saltar, etc, mas o exercício padronizado como tal
é novo e humano. No mundo selvagem, não se observa qualquer coisa parecida com isso.
Roedores podem correr em rodas
em jaulas, mas soltem-nos na grama,
com uma roda dessas ao lado, e eles
rapidamente não estarão correndo para
QUAL É O SEU DESAFIO?
dentro delas. Num ambiente selvagem
e aberto, os animais vão brincar, lutar,
caçar, explorar, mas nunca se exercitar
desta maneira ligada a séries, repetições
e distância. A regra é apenas continuar
executando a série até chegar a hora, ou
seu professor mandar parar, sem pensar,
sem criar, sem aprender. Mas este, na
verdade, é o caminho mais fácil e rápido para a monotonia física. Falta desafio, variedade e uma
relação muito mais próxima de equilíbrio entre os objetivos e as reais necessidades de cada um.
8
Use o corpo de forma integrada e não isolada. Envolva todo
Sistema Neuro-Muscular em atividades onde se busca sinergia
sempre.
9
Um programa de Treinamento Funcional eficiente vai além do
treino. Além de boas sessões de condicionamento, comer, dormir
e se recuperar com qualidade são elementos fundamentais para
a obtenção das metas.
DESCANSO
RECUPERAÇÃO OBJETIVO
+ NECESSIDADE
+ POTENCIAL
= DESENVOLVIMENTO ATLÉTICO
10
Divirta-se! Faça do seu treino seu playground, acreditar no
que se faz e se divertir fazendo é o que gera resultados a
curto, médio e longo prazo.
A palavra de origem latina ”ludus” significa “jogo”. Se estivesse confinado a sua origem, o
termo lúdico estaria se referindo apenas ao jogar, ao brincar, ao movimento espontâneo. Lúdico
deixou de ser um simples sinônimo de jogo. As implicações da necessidade lúdica, extrapolaram
as demarcações do brincar espontâneo, passando à necessidade básica da personalidade, do
corpo e da mente. O lúdico é parte fundamental das atividades essenciais da dinâmica humana,
caracterizando-se por ser espontâneo, funcional e satisfatório. Sendo funcional: ele não deve ser
confundido com o mero repetitivo, com a monotonia do comportamento cíclico, aparentemente sem
alvo ou objetivo. Nem desperdiça movimento: ele visa produzir o máximo, com o mínimo de dispêndio
de energia.
CONVENCIONAL FUNCIONAL
estático dinâmico
isolado integrado
músculos movimentos
repetição variação
geral específico
exercícios tarefas
equipamentos ferramentas
Referências:
1. Christou, M., Smilios, I., Sotiropoulos, K., Volaklis, K., Pilianidis, T., Tokmakidis, S.P. Effects of
Resistence Training on Physical Capacities of Adolescent Soccer Players. J. Strenght. Cond.
Res., 2006; 20(4): 783-791.
2. Cronin J.B., Mcnair P.S., Marshall R.N. Developing Explosive Power a Comparison of
Technique and Training Loads. J Sci. Med. Sport., 2001; 4(2): 59-70.
3. Cronin J.B., Mcnair P.S., Marshall, R.N. Velocity Specifity, Combination Training and
Functional Performance. J. Sci. Med. Sport., 2001; in press.
5. Kraemer, W.J., Mazzetti, S.A., Nindl, B.C., Gotshalk, L.A., volek, J.S., Bush, J.A. , Marx, J.O., Dohi,
K., Gomez, A.L., Miles, M., Fleck, S.J., Newton, R.U., Hakkinen, K. Effectof resistance Training
on Women´s Strenght/Power and Occupation al Performances. Med. Sci. Sports Exerc, 2001;
33: 1011-1025.
6. Myer, G.D., Ford, K.R., Brent, J.L., Hewett, T.E. The Effects of Plyometric vs. Dynamic
Stabilization and Balance Training on Power, Balance, and Landing Force in Female Athletes.
J. Strenght. Cond. Res., 2006; 345-353.
7. Souza, A. L., Shimada, S.D., and Koontz, A. Ground Reaction Forces During the Power Clean.
J. Strenght Cond. Res., 2002; 16:423-427.
8. Unger, C.L., and Wooden, M.J. Effect of Foot Intrinsic Muscle Strenght Training on Jump
Performance. J. Strenght. Cond. Res., 2000; 14(4): 373-378.
9. Wilson, G.J., Newton, R.U., Murphy, A.J., Humphries B.J. The Optimal Training Load for the
Development of Dynamic Athletic Performance. Med. Sci. Sports Exerc.; 1993 25:1279-1286.