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ESCOLA SUPERIOR DE COMUNICAÇÃO, ADMINISTRAÇÃO E TURISMO

Instituto Politécnico de Bragança

DIREITO FISCAL 1
SOLICITADORIA
2020/21

Docente: Prof. Nina Aguiar


O Procedimento Tributário
(continuação)

Decisão
Decisão - fundamentação

Artigo 77. - Fundamentação e eficácia


1 - A decisão de procedimento é sempre fundamentada por meio de sucinta
exposição das razões de facto e de direito que a motivaram, podendo a
fundamentação consistir em mera declaração de concordância com os
fundamentos de anteriores pareceres, informações ou propostas, incluindo os
que integrem o relatório da fiscalização tributária.

2 - A fundamentação dos actos tributários pode ser efectuada de forma


sumária, devendo sempre conter as disposições legais aplicáveis, a
qualificação e quantificação dos factos tributários e as operações de
apuramento da matéria tributável e do tributo.
Decisão - fundamentação

A fundamentação tem obrigatoriamente de conter:

- Motivos de facto (fundamentação de facto)


- Motivos de direito (fundamentação de direito)
Decisão - fundamentação

Exemplos

Fundamentação de facto:
Facto 1: o sujeito passivo recebeu de honorários, no ano 2018, 30 mil
euros pagos pela empresa Beta

Facto 2: o sujeito passivo não incluiu esses rendimentos na sua


declaração da rendimentos
Decisão - fundamentação

Exemplos

Fundamentação de direito:
Fundamento 1: o Cód do IRS, no seu artigo 3º, sujeita a IRS os
honorários recebidos no exercício de profissões liberais

Fundamento 2: o Cód do IRS, no seu art. 57º/1, obriga os sujeitos


passivos a declararem todos os seus rendimento
Decisão - Notificação

As normas sobre notificação estão fundamentalmente contidas nos


artigos 38º a 42º do CPPT
Decisão - Notificação

As normas sobre notificação estão fundamentalmente contidas nos


artigos 38º a 42º do CPPT
Decisão - Notificação

As normas sobre notificação estão fundamentalmente contidas nos


artigos 38º a 42º do CPPT
Decisão - Notificação

Art. 38º/1

Caso 1

As notificações são efectuadas obrigatoriamente por carta registada


com aviso de recepção, sempre que tenham por objecto actos ou
decisões susceptíveis de alterarem a situação tributária dos
contribuintes ou a convocação para estes assistirem ou participarem
em actos ou diligências.
Decisão - Notificação

Atos ou decisões suscetíveis de alterarem a situação tributária dos contribuintes:


• Uma liquidação com imposto a pagar
• Uma liquidação com imposto a devolver
• Uma decisão sobre pedido de prestação de garantia
• Uma decisão sobre reclamação
• Uma decisão sobre recurso hierárquico
• Uma decisão de abrir procedimento de inspeção
• Uma decisão de aplicar coima
• Uma decisão de instaurar processo contraordenacional
Decisão - Notificação

Atos ou decisões suscetíveis de alterarem a situação tributária dos


contribuintes:
• Uma decisão sobre avaliação de prédio
• Uma decisão sobre concessão de um benefício fiscal
• Etc.
Decisão - Notificação

No caso de notificação por registo com aviso de receção aplicam-se as


regras do art. 39º
• A notificação considera-se efetuada no dia em que for assinada, pelo
destinatário ou terceiro por ele
• Se a primeira carta não for levantada, a AT envia nova notificação com
a mesma forma
• A segunda notificação presume-se efetuada no 3.º dia posterior ao do
registo ou no 1.º dia útil seguinte a esse, quando esse dia não seja útil
Decisão - Notificação

Caso
É emitida carta de notificação de liquidação de IRS, por carat registada com AR, tendo como destinatário A
O distribuidor deixa o aviso na CP do A no dia 15/1/2021
A carta é devolvida no dia 23/1/21
• Até quando deve ser expedida nova notificação?
• Que forma deve revestir a nova expedição?
Supondo que é expedida nova notificação no dia 8 de feveiro.
• Está em tempo?
Supondo que A volta a não levantar a carta:
• Quando se considera notificado
A não levantou a carta porque tinha ido para França para trabalhar durante 2 meses. Perdeu o prazo para
pagamento voluntário e enfrenta agora uma execução fiscal.
• O que pode fazer?
Decisão - Notificação

CASO 2
As notificações não abrangidas pelo n.º 1, bem como as relativas às
liquidações de tributos que resultem de declarações dos contribuintes
ou de correcções à matéria tributável que tenha sido objecto de
notificação para efeitos do direito de audição, são efectuadas por carta
registada.
Decisão - Notificação

Casos do Caso 2

A apresentou a sua declaração de IRS do ano 2019 fora de prazo, em


novembro de 2020
A AT procede à liquidação o IRS de A com base nessa declaração.
Dessa liquidação resulta imposto a devolver a A
• Como deve ser feita essa notificação?
Decisão - Notificação

Casos do Caso 2

Mais tarde, A foi notificado, em 2/1/2021 de que a AT procedeu oficiosamente à correção da


matéria coletável declarado.
Esta notificação tem em vista convidar A a apresentar pronúncia prévia ao abrigo do art. 60º/1
• Era necessária notificação para audiência prévia?
• Como deveria ser efetuada essa notificação
A apresenta pronúncia dentro do prazo
A AT emite a decisão definitiva com a correção da matéria coletável.
• Como deve ser expedida esta notificação?
• Se a notificação for expedida por carta registada sem AR no dia 25/1/21, quando se considera A
notificado?
Decisão - Notificação

Caso 3
4 - As notificações relativas a liquidações de impostos periódicos feitas
nos prazos previstos na lei são efectuadas por simples via postal.
Decisão - Notificação

Caso

A apresentou a sua declaração de IRS do ano de 2019 no dia 15 de


maio de 2020 (dentro do prazo)
A AT efetuou a liquidação com base na declaração.
Como deve ser expedida a notificação?
Decisão - Notificação

Caso 4

9 - As notificações referidas no presente artigo, bem como as efetuadas


nos processos de execução fiscal, podem ser efetuadas por transmissão
eletrónica de dados, através do serviço público de notificações
eletrónicas associado à morada única digital ou da caixa postal
eletrónica, equivalendo ambas à remessa por via postal registada ou
por via postal registada com aviso de receção. 
Decisão - Notificação

Serviço público de notificações eletrónicas associado à morada única


digital
Decreto-Lei n.º 93/2017

Artigo 3.º
Morada única digital
1 – Todas as pessoas têm direito a fidelizar um único endereço de
correio eletrónico, nos termos do artigo seguinte, que passa a
constituir a sua morada única digital.
Decisão - Notificação

2 – O endereço de correio eletrónico a fidelizar é livremente escolhido, podendo ser


indicado qualquer fornecedor de correio eletrónico.

3 – O serviço público de notificações eletrónicas associado à morada única digital equivale


ao domicílio ou à sede das pessoas singulares e coletivas, respetivamente.

4 – O envio de notificações eletrónicas para a morada única digital, nos termos previstos
no presente decreto-lei, apenas pode ser efetuado através do serviço público de
notificações eletrónicas.

5 – A morada única digital associada ao serviço público de notificações eletrónicas


é única e serve toda a Administração Pública.
Decisão - Notificação

Caixa postal eletrónica

• A ativação deste serviço é da exclusiva responsabilidade dos contribuintes, devendo


ser efetuada diretamente no Portal das Finanças pelo próprio sujeito passivo ou pelo
responsável (gerente ou administrador), onde comunicam o seu endereço de “Caixa
postal eletrónica”.
• Os contribuintes aderentes ativam uma caixa, na viaCTT, onde poderão passar a
consultar, de forma organizada e simples, todas as notificações eletrónicas que lhes
foram enviadas.
• A responsabilidade deste serviço está a cargo dos CTT e a sua utilização implica a
adesão ao mesmo, por parte do contribuinte (empresa ou empresário em nome
individual / trabalhador independente).
Decisão - Notificação

4 - As notificações e citações efetuadas por transmissão eletrónica


consideram-se efetuadas no 5.º dia posterior ao registo de
disponibilização na respetiva área reservada do Portal das Finanças.
Revisão dos atos tributário

Nota
A revisão dos atos tributários é um procedimento que tem como
resultado alterar a decisão da AT pelo próprio órgão
Por isso a matéria vem regulada na secção “Decisão”
Mas a revisão dos atos tributários é também um mecanismo de
defesa dos sujeitos passivos
Revisão dos atos tributário

Artigo 78.º - Revisão dos actos tributários

1 - A revisão dos actos tributários pela entidade que os praticou pode


ser efectuada por iniciativa do sujeito passivo, no prazo de reclamação
administrativa e com fundamento em qualquer ilegalidade, ou, por
iniciativa da administração tributária, no prazo de quatro anos após a
liquidação ou a todo o tempo se o tributo ainda não tiver sido pago,
com fundamento em erro imputável aos serviços.
Revisão dos atos tributário

Portanto:

A revisão dos atos tributários pode ter lugar:


• Por iniciativa do sujeito passivo
• Por iniciativa da At
Revisão dos atos tributário

Prazos:

• Por iniciativa do sujeito passivo: prazo da reclamação graciosa


• Por iniciativa da AT:
• 4 anos após a liquidação
• A todo o tempo enquanto o imposto ainda não tiver sido pago, com base em
erro dos serviços
Revisão dos atos tributário

Prazos:

N.º 4. O dirigente máximo do serviço pode autorizar,


excepcionalmente, nos três anos posteriores ao do acto tributário a
revisão da matéria tributável apurada com fundamento em injustiça
grave ou notória, desde que o erro não seja imputável a
comportamento negligente do contribuinte.

Trata-se de um caso diferente do nº 1


Revisão dos atos tributário

Prazos:

5 - Para efeitos do número anterior, apenas se considera notória a


injustiça ostensiva e inequívoca e grave a resultante de tributação
manifestamente exagerada e desproporcionada com a realidade ou de
que tenha resultado elevado prejuízo para a Fazenda Nacional
Revisão dos atos tributário

Prazos:

6 - A revisão do acto tributário por motivo de duplicação de colecta


pode efectuar-se, seja qual for o fundamento, no prazo de quatro anos.
Revisão dos atos tributário

Prazos:

7 - Interrompe o prazo da revisão oficiosa do acto tributário ou da


matéria tributável o pedido do contribuinte dirigido ao órgão
competente da administração tributária para a sua realização.

Este preceito é muito importante


O “contribuinte” pode pedir à AT a revisão oficiosa
Revogação, ratificação, reforma, conversão e rectificação

Artigo 79.º  - Revogação, ratificação, reforma, conversão e rectificação

1 - O acto decisório pode revogar total ou parcialmente acto anterior


ou reformá-lo, ratificá-lo ou convertê-lo nos prazos da sua revisão.

2 - A administração tributária pode rectificar as declarações dos


contribuintes em caso de erros de cálculo ou escrita
Revogação, ratificação, reforma, conversão e rectificação

“Atos tributários secundários”: são atos praticados sobre outros atos


tributários anteriores

• Revogação total
• Revogação parcial
• Reforma – dá um conteúdo diferente ao ato
• Ratificação: p ex. um ato praticado por um órgão incompetente
• Conversão: transformar uma decisão numa informação
Meios de reação

Artigo 80.º  - Recurso hierárquico

A decisão do procedimento é susceptível de recurso hierárquico:


• para o mais elevado superior hierárquico do autor do acto
• salvo disposição legal em sentido contrário, este é sempre facultativo
Recurso hierárquico

Artigo 80.º  - Recurso hierárquico

A decisão do procedimento é susceptível de recurso hierárquico:


• para o mais elevado superior hierárquico do autor do acto
• salvo disposição legal em sentido contrário, este é sempre facultativo
Recurso hierárquico

Recurso hierárquico - CPPT

Esta norma da LGT tem que se coordenada com os art.s 66º e 67º CPPT
Recurso hierárquico

“Sem prejuízo do duplo grau de decisão”

Art. 66º
1 - Sem prejuízo do princípio do duplo grau de decisão, as decisões dos
órgãos da administração tributária são susceptíveis de recurso
hierárquico. 
Recurso hierárquico

Art. 47º CPPT

1 - No procedimento tributário vigora o princípio do duplo grau de


decisão, não podendo a mesma pretensão do contribuinte ser
apreciada sucessivamente por mais de dois órgãos integrando a mesma
administração tributária. 
Recurso hierárquico

Ac STA 11-04-2007, proc. 099/07

• No artigo 66.º do C.P.P.T., reafirma-se a regra da admissibilidade de


recurso hierárquico das decisões dos procedimentos tributários,
prevendo-se, no entanto, que tal regra deve subordinar-se ao
princípio do duplo grau de decisão.
Recurso hierárquico

Cont
• Este princípio está enunciado no artº 47.°, n.º 1, do C.P.P.T., onde se
estabelece que a mesma pretensão não pode ser apreciada
sucessivamente por mais de dois órgãos integrando a mesma
administração tributária.
• Não há também possibilidade de interposição de recurso hierárquico
directo dos actos de liquidação. Com efeito, o regime de impugnação
graciosa destes actos consiste, num primeiro plano, numa reclamação
graciosa (artº 68.º do C.P.P.T.), só da decisão desta cabendo recurso
hierárquico (artº 76.º, n.º 1, do mesmo diploma). 
Recurso hierárquico

Art. 66º
 
2 - Os recursos hierárquicos são dirigidos ao mais elevado superior
hierárquico do autor do acto e interpostos, no prazo de 30 dias a contar
da notificação do acto respectivo, perante o autor do acto recorrido. 
3 - Os recursos hierárquicos devem, salvo no caso de revogação total do
acto previsto no número seguinte, subir no prazo de 15 dias,
acompanhados do processo a que respeite o acto ou, quando tiverem
efeitos meramente devolutivos, com um seu extracto. 
Recurso hierárquico

Art. 66º
 
4 - No prazo referido no número anterior pode o autor do acto
recorrido revogá-lo total ou parcialmente. 
5 - Os recursos hierárquicos serão decididos no prazo máximo de 60
dias.
Recurso hierárquico

Um caso
STA 07-03-2012, P. 01042/11
I – O recurso hierárquico da decisão proferida em sede de reclamação
graciosa deduzida com vista à apreciação da legalidade do acto de
liquidação implica um novo exame da questão em todos os seus
aspectos, pela autoridade superior que se substitui àquela de cuja
decisão se recorre, apreciando e resolvendo o assunto como se fosse
apreciado pela primeira vez.
Recurso hierárquico

Um caso
STA 07-03-2012, P. 01042/11

II – E sendo permitido ao órgão “ad quem” faculdades confirmativas,


revogatórias, modificativas e substitutivas, a administração tributária
não só podia, como devia, na apreciação do recurso hierárquico,
reapreciar ou reexaminar a legalidade do acto de liquidação à luz da
prova que nele foi apresentada, aferindo da sustentabilidade da
pretensão anulatória aí formulada.
Recurso hierárquico

Um caso
STA 07-03-2012, P. 01042/11

III – Baseando-se o acto impugnado (decisão de indeferimento do recurso


hierárquico) no argumento inaceitável de recusa de apreciação de
documentos apresentados no recurso, cuja omissão fundara a decisão de
indeferimento da reclamação, e constituindo esse comportamento uma
clara violação do dever de colaboração da administração tributária, não
podia deixar de se conceder procedência à impugnação judicial, obrigando a
administração tributária a analisar toda a prova oferecida e a determinar as
diligências probatórias pertinentes e adequadas à apreciação do pedido.
Recurso hierárquico

Um caso
STA 07-03-2012, P. 01042/11

IV – A ocorrência desse vício no decurso do procedimento provoca a


anulação do acto de indeferimento proferido (objecto imediato da
impugnação judicial) e não a anulação do acto tributário de liquidação
praticado a montante e que não é atingido pelo vício invalidante da
decisão deste procedimento hierárquico, praticado a jusante.
Reclamação graciosa

Chamam-se graciosos aos meios de reação não contenciosos

A Reclamação está regulada exclusivamente no CPPT


Reclamação graciosa

Artigo 68.º 
Procedimento de reclamação graciosa 

1- O procedimento de reclamação graciosa visa a anulação total ou parcial


dos actos tributários por iniciativa do contribuinte, incluindo, nos termos
da lei, os substitutos e responsáveis. 

• Numa RG, o pedido consiste sempre na anulação total ou parcial do ato


• Podem reduzir RG os contribuintes diretos, os substitutos e os
responsáveis
Reclamação graciosa

Artigo 68.º 
Procedimento de reclamação graciosa 
2 - Não pode ser deduzida reclamação graciosa quando tiver sido
apresentada impugnação judicial com o mesmo fundamento.

Primeiro reclama-se e depois impugna-se judicialmente


Mas a reclamação prévia não é necessária, em regra
Existem exceções, como no caso de correção erros em declaração ou
no caso de autoliquidação
Reclamação graciosa

Artigo 69.º - Regras fundamentais 


São regras fundamentais do procedimento de reclamação graciosa: 
a) Simplicidade de termos e brevidade das resoluções; 
b) Dispensa de formalidades essenciais; 

Não se receberá uma decisão de indeferimento da RC por falta de falta


de formalidades, por irregularidade formal na petição
Reclamação graciosa

Artigo 69.º - Regras fundamentais 


 
c) Inexistência do caso decidido ou resolvido; 

Indeferida uma reclamação graciosa, é possível deduzir outra com


novos fundamentos
Reclamação graciosa

Artigo 69.º - Regras fundamentais 

 d) Isenção de custas; 

Não se pagam custas na RG, nem no RH


Reclamação graciosa

Artigo 69.º - Regras fundamentais 

e) Limitação dos meios probatórios à forma documental e aos


elementos oficiais de que os serviços disponham, sem prejuízo do
direito de o órgão instrutor ordenar outras diligências complementares
manifestamente indispensáveis à descoberta da verdade material; 

Não há audição de testemunhas, nem declarações de parte


Reclamação graciosa

Artigo 69.º - Regras fundamentais 

f) A reclamação tem efeito suspensivo quando for prestada garantia


adequada nos termos do presente Código.

Com a RG pode-se pedir a suspensão da execução do ato


Reclamação graciosa

Artigo 70.º - Apresentação, fundamentos e prazo da reclamação graciosa

1 - A reclamação graciosa pode ser deduzida com os mesmos


fundamentos previstos para a impugnação judicial e será apresentada
no prazo de 120 dias contados a partir dos factos previstos no n.º 1 do
artigo 102.º.
Reclamação graciosa

1 - A impugnação será apresentada no prazo de três meses contados a partir dos factos
seguintes:
a) Termo do prazo para pagamento voluntário das prestações tributárias legalmente notificadas
ao contribuinte; 
b) Notificação dos restantes actos tributários, mesmo quando não dêem origem a qualquer
liquidação; 
c) Citação dos responsáveis subsidiários em processo de execução fiscal; 
d) Formação da presunção de indeferimento tácito; 
e) Notificação dos restantes actos que possam ser objecto de impugnação autónoma nos termos
deste Código; 
f) Conhecimento dos actos lesivos dos interesses legalmente protegidos não abrangidos nas
alíneas anteriores. 
Reclamação graciosa

Artigo 71.º - Cumulação de pedidos 


1 - Na reclamação graciosa poderá haver cumulação de pedidos, nos
mesmos termos que os previstos para a impugnação judicial, salvo
quando o órgão instrutor entenda, fundamentadamente, haver prejuízo
para a celeridade da decisão

Se o SP tiver duas liquidações, uma referente ao IRS de 2016 e outra


relativa ao IRS de 2017
Poderá deduzir uma única RG
Reclamação graciosa

Artigo 72.º - Coligação de reclamantes


1 - A reclamação graciosa poderá ser apresentada em coligação, nos mesmos
termos que os previstos para a impugnação judicial, salvo quando o órgão instrutor
entenda, fundamentadamente, haver prejuízo para a celeridade da decisão.

Se dois SPs, casados ou que vivam em união de facto, tiverem duas liquidações que
estão relacionadas, poderão deduzir uma única RG

Se dois SPs, que não têm qualquer relação entre eles, mas tiverem conhecimento
de que têm um problema semelhante podem apresentar uma única RG

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