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PENSANDO UMA PERFORMANCE COLETIVA

A PARTIR DO FAZER MUSICAL POPULAR


Marcelo Leite

II Conferência do Encontro de Cordas Flausino Valle


O Objetivo desse trabalho de natureza exploratória é
abordar aspectos musicais vivenciados e apreendidos em
contextos informais e suas relações com ambientes e
conexões diversas, como base para apresentar algumas
sugestões e hipóteses no que se refere a construção de uma
performance coletiva popular autêntica.

Pensando uma performance coletiva a partir do fazer musical popular


Observando Bandas
• Através de uma vivência na festa de Santo Antônio no município de
Barbalha, interior do Ceará. Onde elas convivem e tocam durante 13 dias de cabaçais
5h da manhã as 10h da noite.
• Espontaneidade, Empatia, Autenticidade.
• Surgiu um encantamento principalmente com as performances dos grupos.

Atuando
• Ao longo de 25 anos tocando, convivendo e aprendendo com parceiros
músicos, na sua grande maioria, autodidatas. Rodas de
• Trabalho e diversão. Samba
• O indissociável envolvimento do público, tornando-se ator
importantíssimo nessa performance coletiva.

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O FAZER MUSICAL
• A pesquisadora Lucy Green (2012), afirma que podemos imaginar o significado do fazer
musical com base em dois aspectos:

Significados que são organizados em relação a eles mesmos –


Inerentes sons e silêncio – isentos de conceitos ou conteúdos relacionados
ao mundo fora da música.

Significados que se referem a conceitos e conotações


Delineados extramusicais, mas que são carregados pela música. Memórias,
relações, ambientes...

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CONEXÕES
Ambiência

As conexões apontadas nos mostram as


Espontaneidad Diversão funções da musica na vida dos sujeitos que a
e Coletiva executam e como são determinantes os
valores sociais e emocionais nesse processo.

Aspectos
inerentes

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CONCLUSÕES
Concluo portanto, que um lugar, assim como a música, pode
possuir vários sentidos, acredito ser capaz de construir, em contextos
formais, uma ambiência que possibilite um processo criativo capaz
de encantar e envolver músicos e público como nas rodas de samba
e ou nas Bandas cabaçais, a partir da combinação de conexões
sociais, culturais e afetivas distintas de forma que não caia na mera
reprodução desses grupos.
Essa hipótese aponta um espaço de investigação dos aspectos de
potencialização da performance musical em outros contextos.
Tendo a música com todos os seus aspectos
valorizados igualmente.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Blacking, J. (2007). Música, cultura e experiência. Cadernos De Campo (São Paulo 1991), 16(16), 201-218.

Green, L. (2000). “Poderão os professores aprender com os músicos populares?” em Revista Música, Psicologia e
Educação (CIPEM). Porto: Escola Superior de Educação do Porto. 2, 65-79.

Green, L. (2008). Music, informal learning and the school: A new classroom pedagogy. Ashgate Publishing.

Green, L. (2013). Ensino da música popular em si, para si mesma e para “outra” música: uma pesquisa atual em sala de
aula. Brasil. Revista da ABEM.

Icomos. (2008). Declaração de Québec. Quebec: ICOMOS.

Sousa, L. (2019). As Bandas das bandas de cá. Bandas Cabaçais da Festa do Pau da Bandeira de santo Antônio de
Barbalha – Ceará (produção, reprodução e transmissão de valore). Rio de Janeiro. IPHAN.

Swanwick, K. (1992). Music education and the national curriculum. The London File: Papers from the Institute of
Education, London: The Tufnell Press.

Swanwick, K. (2005). Ensinando música musicalmente. Tradução: Alda Oliveira e Cristina Tourinho. São Paulo. Moderna.

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