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HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA

1o Período – 1549 a 1808 – Consolidação do


modelo agrário exportador dependente
Colonial: fase jesuítica e pombalina.
• A organização escolar no Brasil colônia está estreitamente vinculada a política
colonizadora dos portugueses
• Primeiro plano educacional elaborado por padre Manoel de Nóbrega tinha
como objetivo catequisar e instruir os indígenas e os filhos dos colonos, uma
vez que, os jesuítas eram os únicos que tinham como profissão educar.
• Plano de estudo:
1. aprendizado do português, doutrina cristã, leitura e escrita
2. em caráter opcional, canto orfeônico e de musica instrumental
3. aprendizado profissional e agrícola OU aula de gramática e viagem a Europa
• Este plano educacional vigorou durante o período de 1570 a 1759
• Em 1759 foi criado o cargo de diretor geral dos estudos, que determinava a
prestação de exames para todos professores, proibia o ensino público ou
particular sem autorização do diretor.
• O ensino secundário passou de “humanidades” para aulas separadas de:
latim, grego e filosofia retórica.
Fonte: RIBEIRO, M. L. S. História da educação brasileira. 12ª edição, Cortez Editora. Pg 24
2o Período – 1808 a 1850 – Crise do modelo
agrário-exportador dependente e início do
modelo agrário-comercial exportador
dependente.
• 1808 – criação da academia real de marinha e em 1810
criação da academia real militar
• O principal objetivo era a formação de oficiais, engenheiros
civis e militares.
• Criação do curso de cirurgia e economia (Bahia), instalado no
Hospital Militar, e os cursos de cirurgia e anatomia no Rio.
• 1812 – foi criada a escola de serralheiros, oficiais de lima e
espingardeiros (MG).
• Na Bahia foi criado o curso de agricultura, com estudos em
botânica e jardim botânico, o curso de química (1817),
abrangendo química industrial, geologia e mineralogia e por
fim o curso de desenho técnico (1818). No Rio em 1812 foi
criado o laboratório de química e o curso de agricultura.
• Tais cursos representam o início do nível superior de ensino
no Brasil.
• 1835 (Niterói), 1836 (Bahia), 1845 (Ceara), 1846(São Paulo)-
são criadas as primeiras escolas normais buscando uma
melhora no preparo dos docentes.
3º período  1850-1870  - Consolidação do
modelo agrário-comercial exportador
dependente
• Década de 1850 – apontada como uma época de férteis
realizações, restrita em sua maioria ao município da Corte
devido às leis em vigor.

• 1854 - Criação da Inspetoria Geral da Instrução Primária e


Secundária do Município da Corte.
Estabelecimento das normas para o exercícios da liberdade de
ensino e de um sistema de preparação do professor primário.
Reformulação dos estatutos do Colégio de Preparatórios.
Criou-se na Corte o ensino para cegos e 1856 surdos e mudos.
• 1855 - Reformulação dos estatutos da Academia de Belas Artes
Reorganização do Conservatório de Música e reformulação dos
estatutos da Aula de Comércio da Corte.
Os cursos superiores eram cursos isolados e com preocupações
profissionalizantes estreitas, onde a prática e a teoria são
completamente desvinculados.
Faltavam instituições que se dedicassem à pesquisa científica e aos
estudos filosóficos metódicos
Não se instituiu um plano nacional de fiscalização das escolas
primárias e secundárias. A instituição primária continuou
constituída de aulas de leitura, escrita e cálculo. Pressupõe que
cerca de um décimo da população a ser atendida o era realmente.
• 1862 - É feita uma reforma acentuando os estudos literários. Com
a de 1870, voltam os conhecimentos científicos a ter importância.
Nas reformas de 1878 e 1881 e no decreto de 1888 estas
diferentes tendências se repetem.
4º período  1870-1894 - Crise do modelo agrário comercial exportador
dependente e tentativa de incentivo a industrialização.

• Neste período, a organização escolar é atingida não só pelas


críticas às deficiências constatadas como também pela
proposição e até decretação de reforma.

• 1879 - É decretada a reforma Leôncio de Carvalho.


a) Liberdade de ensino
b) o exercícios do magistério era incompatível com o de
cargos públicos administrativos
c) liberdade de frequência.
Aparecimento do ensino feminino em nível secundário, como
resultado da iniciativa particular.
• 1890 - Reforma Benjámin Constant – liberdade e
laicidade do ensino e gratuidade da escola primária.
Acréscimo de matérias científicas às tradicionais.
• 1893 - Modificação visando uma distribuição mais
proporcional das matérias do Ginásio Nacional com
ampliação da parte literária, anteriormente sacrificada.
5o Período – 1894 a 1920 – Ainda no modelo agrário comercial
exportador dependente
• Nesse período a sociedade brasileira se caracterizava pelo combate ao
florianismo, que era:
• 1 – afastar do poder o componente militar que nele representava a
camada média;
• 2 – utilizar o novo regime (republicano) para alcançar antigos fins
(atendimento dos interesses da camada senhorial).
• Considerando-se as reformas de 1915 e 1925, o problema do
analfabetismo não pôde ser solucionado, ficando muito longe disso, já que
aumentou em números absolutos e, em 1920, 65% da população de 15
anos e mais era analfabeta.
• Continuou a ser dada pouca atenção à formação do magistério, não foram
organizados cursos para a formação do magistério secundário e os
critérios de seleção para professores de nível superior não eram
suficientes.
6o Período – 1920 a 1937 - Nova crise do modelo agrário comercial exportador
dependente e início da estruturação do modelo nacional desenvolvimentista com base na
industrialização

• Fase anterior à revolução de 30


• Para o ensino de grau médio, o objetivo propagado era o
desenvolvimento, a organização envolvendo múltiplos tipos de cursos e
integrado o primário e superior. Para este, defendiam a organização
universitária, visando o atendimento das necessidades profissionais e de
pesquisa, e a criação da faculdade de filosofia e letras.

• Fase posterior à revolução de 30


• Neste período o aspecto positivo está no fato de ter levado os educadores
a diagnosticar as deficiências na estrutura escolar brasileira e a denunciá-
las categórica e permanentemente.
7o Período – 1937 a 1955 - O modelo nacional desenvolvimentista com
base na industrialização

• Getúlio Tomou uma série de medidas que visaram a formação de


uma política educacional de alcance nacional, como: 
• Criação de órgãos educacionais: 
1. Instituto Nacional de Estudos Pedagógicos - INEP - 1938 
2. Serviço nacional de radiodifusão educativa - 1939 
3. Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial - SENAI - 1942 
4. Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial - SENAC -
1942 
5. Conselho Nacional de Pesquisas - CNP - 1951 
6. Campanha Nacional de Aperfeiçoamento de Pessoal
de Nivel Superior - CAPES - 1951
• Inicio de um anteprojeto de lei de diretrizes e bases da educação em 1948,
somente tornado lei de fato 13 anos depois, em 1961. 
• Tabela 1: Tabela referente ao ensino fundamental de 35 a 45.
Matrícula  1935  1945  1955
Geral  2.413.594  3.238.940  4.545.630 
1º ano  1.389.771  1.758.465  2.424.690 
4º ano  143.085  260.811  399.632 
Conclusão  180.506  287.852  505.864

• Constante aumento no numero de alunos do sistema de ensino. 


• 54% da população em idade escolar em 1935 e 26% em 1955, continuava sem
escola. 
• Somente cerca de 10% dos matriculados no 1o ano se matriculam no 4o ano. 
• Somente cerce de 10% a 20% dos alunos que iniciaram os estudos no 1o ano,
concluem-nos 4 anos depois.
Ensino médio no Unidades escolares  Pessoal docente Matrícula efetiva 
Brasil 
1935  1806  17.243  164.399 
1955  5698  73.885  752.106
8o Período – 1955 a 1968 – Crise no modelo nacional desenvolvimentista
com base na industrialização e implantação do modelo associado de
desenvolvimento econômico

• Período iniciado após o suicídio de Getúlio em 1954. Em 1955


Juscelino Kubitschek e seu vice João Goulart foram eleitos
para a presidência. JK iniciou o programa "50 anos em 5",
construindo estradas, Brasília e infraestrutura energética. O
desenvolvimento industrial tinha como objetivo criar uma
indústria interna produtora de bens de consumo duráveis,
evitando a necessidade de importações. A industrialização foi
feita, principalmente com empresas estrangeiras que
montaram suas fábricas aqui.
Ensino 1955  1965  Número índice   
Primário 
Pessoal
Docente  141.956  351.466  100  247 
Matricula geral  4.545.630  9.923.183  100  218 
Matricula 1o 2.424.690  4.949.815  100  204 
ano 
Matricula 4o 399.632  1.007.882  100  252 
ano 
Conclusão  505.864  1.063.804  Aprovação na  
4a série 

Pessoal
Ensino médio  Matricula geral 
docente 
1955  73.885  828.097 
1965  144.943  2.154.430 
1970  308.552  4.086.073
História da educação na Inglaterra
• A Inglaterra é o lar mais antigo de escolas existentes dentre os países de
idioma Inglês: The King's School, Canterbury e The King's School,
Rochester, acredita-se terem sido fundadas no século 6 e 7,
respectivamente. Pelo menos oito escolas existentes na Inglaterra foram
fundadas no primeiro milênio.
• A Inglaterra também é casa das duas universidades mais antigas dentre
os países de idioma inglês: Oxford University (século 12) e Cambridge
University (século 13). Existem hoje mais de 90 universidades em
Inglaterra.
• A educação nacional foi visivelmente robusta na primeira metade do
século XX e havia uma tendência rumo à profissionalização e à
especialização.
• A construção de um sistema de educação pública, nas primeiras décadas
do século XX permitiu a expansão da educação secundária para além de
um grupo de uma diminuta elite e o crescimento da educação técnica e
avançada.
• As escolas são de dois tipos principais: escolas estaduais financiados
através do recolhimento fiscal e grátis para todos, e as escolas privadas
(também conhecido como escolas "públicas" ou "independentes")
financiada através de taxas.
• Educação primária e secundária na Inglaterra
O sistema de ensino na Inglaterra está dividido em educação
primária, secundária e superior.
1. A partir de 18 meses - “Play Group” ou “Pre School”
2. A partir dos 5 anos – frequência escolar obrigatória, até os 16
anos.
3. Entre 4 e 11 anos - Primary School (Artes, Geografia, História,
Línguas, Literatura, Música, Matemática, Educação Moral e
Cívica, Ciências e “Other Subjets”)
4. De 11 a 16 anos – Secondary School (Artes, Administração de
negócios, Cidadania, Design e Tecnologia, Inglês e mais uma
língua a sua escolha, Geografia, Historia, Computação,
Música, Matemática, Educação Física, Religião, Ed. Moral e
Cívica, Ciências e “Other Subjets” )
Escolas secundárias
Na Inglaterra as crianças passam da escola primária para a
secundária aos 11 anos, quando são transferidas para o 7º ano.
Nesse ponto os pais geralmente podem optar entre uma
variedade enorme de escolas para seus filhos.

Escolas públicas
1. Compréensives - São escolas não seletivas.
2. Academies - São escolas financiadas pelo estado, mas
estabelecidas e administradas por patrocinadores.
3. Grammar Schools - São escolas públicas que selecionam seus
alunos com base na capacidade acadêmica.
Escolas particulares
•  Independent schools são escolas particulares que definem
seus próprios critérios de admissão e não são obrigadas a
seguir o Currículo Nacional.
• Muitas das melhores escolas do país são particulares, mas o
fato de ser particular não garante que uma escola seja boa.
Idade Nivel Ano Teste
3-4 Foundation    
4-5      
5-6 Key stage 1 1º  
Testes Nacionais a Inglês e Matemática (SAT’s -
6-7   2º Standard Assessment Tests)
7-8   3º Testes opcionais a Inglês e Matemática
8-9 Key stage 2 4º Testes opcionais a Inglês e Matemática
9-10   5º Testes opcionais a Inglês e Matemática
10-11   6º Testes Nacionais a Inglês, Matemática e Ciências (SAT’s)
11-12   7º Testes de progresso e opcionais a Inglês e Matemática
12-13 Key stage 3 8º Testes opcionais a Inglês e Matemática
13-14   9º Testes Nacionais a Inglês, Matemática e Ciências (SAT’s)
14-15   10º Algumas crianças fazem GCSEs
GCSEs (General Certificate of Secundary Education),
15-16 11º GNVQs (General National Vocational Qualification) ou
outra qualificação nacional.
Key Stage 4
História da educação na Rússia

Segundo o censo nacional russo de 1897, somente 29% dos homens


eram alfabetizados e 13% das mulheres, mas em lugares como
Tadjiquistão, Kirguizia e Uzbequistão o total de analfabetos chegava
a 98% da população.

• Haviam Basicamente 2 tipo de escola:


1. as de propriedades de alguns setores da grande burguesia nas
áreas urbanas, como por exemplo as escolas dos trabalhadores
ferroviários
2. as de propriedade da igreja que controlavam maciçamente a
instrução popular sendo que o objetivo dessas escolas paroquiais
eram passar os dogmas religiosos em suma, além de noções de
leitura, escrita e matemática básica.
• Diante dessa realidade, Constantin Dimitrievitch Ushinski é o
primeiro pedagogo a levantar a questão de um ensino
nacional laico e desvinculado da igreja.

• Uchinski desejava uma educação baseada na cultura popular


e nas tradições regionais russas ou não, ministradas na língua
materna de cada povo. Isso influenciou Tolstoi, conhecido
entre outras obras por “Guerra e Paz”.

• A 100 km de Moscou, Tolstoi abre uma escola para os filhos


de seus colonos, gratuita, porém não obrigatória, criando
inclusive um livro ABC em 4 volumes contendo noções
científicas e contos populares.
• Após isto outros educadores se engajaram na luta de
instrução publica, como Piotr Frantsevitch Lesgaft que foi o
fundador de educação física científica russa. Em seguida com
influencias das idéias educacionais que circulavam nos EUA e
na Europa, três grandes educadores conseguiriam sobrepujar
as concepções czaristas, Alexandr Zelenko, Louise K. Shleger e
Stanislav T. Chatski.

• Após a revolução russa de 1917, a URSS intensificou o ensino


em massa, visando a corrida tecnológica que perduraria quase
todo o século XX.

• Segundo o último censo de 2002, cerca de 15,94% da


população russa tem educação universitária completa, o que
equivale 22 milhões e 700 mil russos. 49% da população tem
educação técnica, o que equivale a 70 milhões e 200 mil
habitantes.
• A qualidade da educação na Federação Russa é um legado dos
tempos socialistas, com tradições sérias e profundas. O país
tem um dos sistemas educacionais mais sólidos e acessíveis
do mundo, sendo referência em diversas áreas do
conhecimento, especialmente na área de ciências naturais e
exatas.
• Bibliografia:
• RIBEIRO, M. L. S. História da educação brasileira. 12ª edição, Cortez
Editora.
• http://www.aliancarussa.com/index.php?option=com_content&vie
w=article&id=46&Itemid=59
    acessado em 11/03/2013
• http://pt.wikipedia.org/wiki/Educa%C3%A7%C3%A3o_na_R%C3%B
Assia
  acessado em 11/03/2013
• http://www.coladaweb.com/pedagogia/jonh-dewey acessado em
11/03/2013
• O prelúdio da Educação Russa no período pré revolucionário a 1917
- Revista Eletrônica Arma da Crítica – Ano 2 – Número especial –
Dezembro 2010
• http://loginstyle.com/sistema-educacional-na-inglaterra/
• http://filhos-bilingues.blogspot.com.br/2010/10/o-papel-das-
escolinhas-no-aprendizado.html

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