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ENXERTOS

DE
PELE

MÓDULO DE HABILIDADES CIRÚRGICAS


Prof. Dr. Gerson Vilhena Pereira Filho
Prof. Dr. Eduardo Achar
Prof. Ms. Victor Hugo Lara Cardoso de Sá
Prof. Ms. Pablo Eduardo Elias
FERIMENTOS:
ESCADA DE RECONSTRUÇÃO
(Mathes e Nahai)
COMPLEXIDADE
RETALHOS
RETALHOS LIVRES

ENXERTOS DE PELE

FECHAMENTO PRIMÁRIO

CICATRIZAÇÃO POR 2ª INTENSÃO


DEFINIÇÃO
⚫Retirada completa ou parcial de seguimento
cutâneo de uma região (área doadora) e sua
transferência para uma outra (área receptora),
recebendo nesta nova área suprimento
sanguíneo que garantirá sua nutrição.
INDICAÇÕES
⚫Ferimentos extensos

⚫Após ressecção oncológica, conforme as

características da área e do tipo de neoplasia

⚫Pacientes com comorbidades graves


CLASSIFICAÇÃO

1. QUANTO À ORIGEM

2. QUANTO À ESPESSURA

3. QUANTO À COMPOSIÇÃO
1. ORIGEM
⚫AUTO-ENXERTO: obtido do mesmo indivíduo.

⚫HOMOENXERTO ou ALOENXERTO: indivíduos


diferentes, porém, da mesma espécie.

⚫ISOENXERTO: aloenxerto entre pessoas


geneticamente idênticas.

⚫XENOENXERTO: espécies diferentes


AUTO-ENXERTO
MESMO INDIVÍDUO
HOMOENXERTO

PELE DE CADÁVER

MESMA ESPÉCIE
XENOENXERTO
PELE DE PORCO
2. ESPESSURA
⚫ESPESSURA PARCIAL: epiderme e parte da derme

⚫ESPESSURA TOTAL :epiderme e totalidade da derme

PARCIAL

TOTAL
ENXERTO DE PELE PARCIAL (EPP)

⚫Resultado estético: Pior

⚫Contração primária: Menor

⚫Contração secundária: Maior


ENXERTO DE PELE PARCIAL (EPP)
⚫Área doadora:
⚫Derme remanescente: reepitelização através das células
epiteliais procedentes dos sistemas pilossebáceos a das
glândulas sudoríparas remanescentes . Ex: coxa

⚫APLICAÇÃO:
⚫grandes feridas, cavidades, mucosas, sobre retalhos
musculares
ÁREA DOADORA
⚫ PELE PARCIAL

REGENERAÇÃO

REEPITELIZAÇÃO
PELE PARCIAL
ENXERTO DE PELE TOTAL (EPT)

⚫Resultado estético: melhor

⚫Contração primária: maior

⚫Contração secundária: menor


⚫Potencial de crescimento
⚫Maior semelhança à pele normal
ENXERTO DE PELE TOTAL (EPT)
⚫Área doadora:
⚫sutura primariamente. Ex: pré e retro-auricular,
supraclavicular, inguinal
⚫APLICAÇÃO:
⚫feridas pequenas e bem vascularizadas, feridas
faciais, mãos, áreas sobre articulações
ÁREA DOADORA
⚫Pele total

SUTURA PRIMÁRIA
ÁREAS DOADORAS
FENÔMENO DE CONTRAÇÃO
⚫ CONTRAÇÃO PRIMÁRIA: ocorre na pele quando é
retirada; ação das fibras elásticas da derme.
⚫ EPP: menos derme, menor contração 1ária (<20%)
⚫EPT: mais derme, maior contração 1ária (>40%)
⚫ CONTRAÇÃO SECUNDÁRIA: pele já integrada ao leito
receptor (de 6 a 18 meses); ação dos miofibroblastos.
⚫ EPP: Maior contração 2ária
⚫EPT: menor contração 2ária
3. COMPOSIÇÃO

⚫SIMPLES

⚫COMPOSTOS

⚫Condrocutâneo

⚫Dermogorduroso
CONTRA INDICAÇÕES
⚫Tendão sem paratendão

⚫Cartilagem sem pericôndrio

⚫Osso sem periósteo

⚫Vasos e Nervos
ÁREA RECEPTORA
⚫ LIMPA
⚫ ÁREAS LIVRES DE PRESSÃO
⚫ SEM INFECÇÃO
⚫ BOA VASCULARIZAÇÃO

⚫ TECIDO GRANULAÇÃO
INTEGRAÇÃO DO ENXERTO
1- Embebição

2- Inosculação

3- Neovascularização
1- EMBEBIÇÃO

⚫48h

⚫Enxerto absorve fluidos do leito receptor

⚫Fixado por um leito de fibrina


2- INOSCULAÇÃO
⚫Após 48h – até 7 dias

⚫Conexões vasculares entre enxerto e leito receptor

⚫Início do fluxo sanguíneo

⚫Diminuição do edema
3-NEOVASCULARIZAÇÃO
⚫Após 7 dias

⚫Formação de novos capilares e linfáticos

⚫Fixação é dada pelo tecido fibroso e estruturas

vasculares
INTEGRAÇÃO DO ENXERTO

⚫Quanto mais fino o


enxerto:
⚫Integração facilitada

⚫Maior velocidade de
inervação
CURATIVO DE BROWN OU TIE-OVER
PÓS - OPERATÓRIO
⚫INERVAÇÃO
⚫Normalmente ocorre entre 10 e 15 meses

⚫É incompleta e jamais atinge as funções da pele normal.


⚫Quanto mais espesso é o enxerto, mais tardia é a
reinervação

⚫FENÔMENO DE CONTRAÇÃO
COMPLICAÇÕES
⚫Não integração do enxerto
⚫Hematoma

⚫Infecção
⚫Movimentação precoce ou abrupta do paciente
⚫Má vascularização do leito receptor
COMPLICAÇÕES
⚫Cicatrizes hipertróficas e queloidianas

⚫Cistos sebáceos

⚫Discromias

⚫Retrações cicatriciais
CASOS
RETALHOS

Disciplina de Habilidades Cirúrgicas USCS

Prof. Dr. Gerson Vilhena Pereira Filho


Prof. Dr. Eduardo Achar
Prof. Victor Hugo Lara Cardoso de Sá
Prof. Pablo Eduardo Elias
FERIMENTOS:
ESCADA DE RECONSTRUÇÃO
(Mathes e Nahai)
COMPLEXIDADE
RETALHOS
RETALHOS LIVRES

ENXERTOS DE PELE

FECHAMENTO PRIMÁRIO

CICATRIZAÇÃO POR 2ª INTENSÃO


RETALHOS
⚫DEFINIÇÃO:

Retalhos são tecidos do próprio paciente,


utilizados para a reconstrução local ou à
distância com vascularização conhecida.
CLASSIFICAÇÃO
1. MIGRAÇÃO

• VIZINHANÇA

• Deslizamento (Avanço)

• Transposição

• Rotação

• Interpolação
CLASSIFICAÇÃO
1- MIGRAÇÃO

⚫DISTÂNCIA

⚫Diretos

⚫Indiretos

⚫Transplantes livres
RETALHOS DE
DESLIZAMENTO
RETALHOS DE
TRANSPOSIÇÃO
RETALHOS DE
INTERPOLAÇÃO
RETALHOS DE ROTAÇÃO
INDICAÇÕES
⚫Reparo da face

⚫Cobertura de estruturas nobres

⚫Cobertura de saliências ósseas

⚫Regiões com difícil irrigação


RETALHOS
⚫VIABILIDADE

⚫Tempo clínico de Isquemia – 8 a 12h

⚫RESULTADOS

⚫Melhor resultado funcional e estético


PLÁSTICA EM Z
(ZETAPLASTIA)
CIRURGIA PLÁSTICA URO-GENITAL
NEOURETROPLASTIA
MAMOPLATIAS
MAMOPLASTIA
ABDOMINOPLASTIAS
ABDOMINOPLASTIA
RETALHO
FASCIOCUTÂNEO
⚫CLASSIFICAÇÃO
⚫TIPO A: múltiplas perfurantes
fasciocutâneas orientadas no maior eixo
do retalho
⚫ Ex.: RFC tóracodorsal

⚫TIPO B: Uma perfurante calibrosa


⚫ Ex.: RFC Artéria Temporal
RETALHO
FASCIOCUTÂNEO
⚫CLASSIFICAÇÃO
⚫TIPO C: Múltiplas pequenas perfurantes
FC
⚫Ex.: RFC radial do braço (chinês)
⚫RFC reverso do músculo
gastrocnêmio
⚫TIPO D: Retalho
Osteomiofasciocutâneo livre
⚫Ex.: Ret. Osteomiofasciocutâneo de
fibula
OBRIGADO!

Picasso"Guernica" (1937)

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