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A CONSTITUIÇÃO

FEDERAL E A
PROTEÇÃO DOS
DIREITOS HUMANOS Humberto Ramos De Oliveira Jr
humbertoliveirajr@gmail.com
humberto.oliveira@am.unisal.br
A CONSTITUIÇÃO
Mais que um texto legal, o texto fundamente
do ordenamento jurídico de um Estado.
“A Carta de 1988 pode ser concebida como o marco jurídico da
transição democrática e da institucionalização dos direitos humanos
no Brasil. Introduz indiscutível avanço na consolidação legislativa das
garantias e direitos fundamentais e na proteção de setores vulneráveis
da sociedade brasileira. A partir dela, os direitos humanos ganham
relevo extraordinário, situando-se a Carta de 1988 como o documento
mais abrangente e pormenorizado sobre os direitos humanos jamais
adotado no Brasil” (Flávia Piovesan).
ORIGEM E
DESENVOLVIMENTO
Antecedentes
 Inglaterra:
Magna Carta, firmada1215 entre o Rei João Sem Terra e os barões
"Nenhum homem livre será preso, aprisionado ou privado de uma
propriedade, ou tornado fora-da-lei, ou exilado, ou de maneira alguma
destruído, nem agiremos contra ele ou mandaremos alguém contra ele, a não
ser por julgamento legal dos seus pares, ou pela lei da terra."
Petition of Rights, imposta em 1628, ao Rei Carlos I
“Nenhum tributo pode ser imposto sem o consentimento do Parlamento;
Nenhum súdito pode ser encarcerado sem motivo demonstrado”
Bill of Rights (Declaração de Direitos) de 1689 (Bill of Rights)
Conferiu grande poder ao parlamento em relação à coroa inglesa, sendo a
raiz daquilo que viria a ser entendido como monarquia constitucional.
PRIMEIRAS CONSTITUIÇÕES
Primeira Constituição: Estado da Virgínia, 1776
Constituição dos Estados Unidos da América, 1787
Constituição Francesa, 1791

* Movimento revolucionário constitucionalista *


Características: liberalismo político; limitação do poder do governante e
da valorização dos direitos do indivíduo.
A Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão proclamava que o
país que não estabelecesse uma separação de poderes, nem uma
declaração de direitos individuais, não possuiria uma Constituição.

Influências ideológicas: Locke, Montesquieu, Rousseau.


CF 88 E A DIGNIDADE DA
PESSOA HUMANA
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados
e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e
tem como fundamentos:
I - a soberania;
 II - a cidadania;
 III - a dignidade da pessoa humana;
 IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
 V - o pluralismo político.
 Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de
representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.
 Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos
seguintes princípios:
 I - independência nacional;
 II - prevalência dos direitos humanos;
 III - autodeterminação dos povos;
IV - não-intervenção;
 V - igualdade entre os Estados;
 VI - defesa da paz;
 VII - solução pacífica dos conflitos;
 VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo;
 IX - cooperação entre os povos para o progresso da humanidade;
 X - concessão de asilo político.
 Parágrafo único. A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica,
política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma
comunidade latino-americana de nações.

“(...) o valor da dignidade da pessoa humana impõe-se como núcleo básico e informador
de todo ordenamento jurídico, como critério e parâmetro de valoração a orientar a
interpretação e compreensão do sistema constitucional” (Flávia Piovesan).
DIREITOS CIVIS E
POLÍTICOS
Limitação do poder estatal; Caráter individualista; Chamados de “Liberdades Públicas Negativas ou
Direitos Negativos”
Igualdade;
Liberdade de expressão;
Liberdade religiosa;
Liberdade e segurança pessoais;
Presunção de inocência;
Devido processo legal;
Participação política;
À vida, etc.
Repúdio à tortura e a penas ou tratamentos cruéis;
Impossibilidade de prisão por inadimplemento contratual, obstando que o indivíduo seja privado
de sua liberdade por dívidas, com exceção daquelas decorrentes de pensão alimentícia e do
depositário infiel.
DIREITOS ECONÔMICOS,
SOCIAIS E CULTURAIS
(OBRIGA O ESTADO)
1. Povos indígenas, remanescentes de 10. Família;
quilombos e outras minorias;
11. Saúde;
2. Meio ambiente e desenvolvimento
sustentável; 12. Alimentação;

3. Discriminação e desigualdades; 13. Criança e adolescente;

4. Gênero; 14. Educação;

5. Situação Agrária; 15. Cultura;

6. Desenvolvimento econômico próprio; 16. Moradia.

7. Trabalho e sindicalização;
8. Previdência Social;
9. Descanso e lazer;
Sobre a dificuldade de se implementar os direitos
econômicos e sociais

Os Direitos Humanos são universais, isto é, dizem


respeito a toda pessoa humana, e indivisíveis, o que na
prática significa, especialmente, que sem os direitos
econômicos e sociais não é possível alcançar os
direitos civis e políticos.
Direitos
Civis e
Políticos

Revoluçõe
s
Burguesas
Estado
Constituci
o-nalismo
Moderno
(liberal)
Direitos
Civis e
Políticos

Revoluções
Burguesas Estado
Constituci Moderno
+
o-nalismo (Bem-estar
Revoluções social)
socialistas

Estado
Moderno
(liberal)

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