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1809 - 1882 1818 - 1881 1820 - 1903 1858–1916 1858 - 1942
Raça e progresso
(conferência proferida no encontro American Associetion for the Advancement of Science, Pasadena,
15/06/1931. Boas estava assumindo a presidência da associação)
◦ Problema com implicações sociais e econômicas – a mistura de tipos raciais (BOAS, 1931, P. 67)
◦ SIGNIFICADO DO TERMO RAÇA – no linguajar comum – um grupo de pessoas que têm em
comum algumas características corporais e talvez também mentais. BOAS, 1931, P. 68)
◦ Diferente quando os indivíduos são estudados como membros de suas próprias linhagens
familiares. Hereditariedade racial implica necessariamente a existência de unidade de
descendência e a existência, numa certa época, de um pequeno número de ancestrais de formas
corporais definidas, dos quais a população atual descende. BOAS, 1931, P. 70)
◦ “Uma característica fundamental de todas as populações é que os indivíduos diferem entre si
(…)” (Boas, 2004, p. 69)
◦ A mistura desempenhou um papel importante na história das populações modernas. (BOAS,
1931, P. 70)
Seria um empreendimento temerário determinar a localidade na qual a pessoa nasceu unicamente a partir de suas
características corporais. . (BOAS, 1931, P. 71)
*Método de acasalamento que consiste na união entre indivíduos aparentados, geneticamente semelhantes.
• Há uma associação bem definida entre a constituição biológica do indivíduo e o funcionamento
fisiológico e psicológico de seu corpo. (Boas, 1931, p. 75)
• Há razões orgânicas pelas quais indivíduos diferem em seu comportamento mental, mas pode ocorrer
que um mesmo indivíduo apresente reações bastante diversas sob codições diferentes. (Boas, 2004, p.
75)
• Todo organismo é capaz de se ajustar a uma grande variedade de condições, as condições
determinarão em grande medida o tipo de reação. (Boas, 1931, p. 76)
• O que é verdadeiro para as funções fisiológicas é também válido para as funções mentais, no entanto
o tipo anatômico não determina o comportamento. O que temos é uma distribuição geográfica de
tipos de comportamento / uma distribuição geográfica de tipos anatômicos. (Boas, 1931, p. 76)
• No que diz respeito a reações inteligentes diante de problemas simples da vida cotidiana as
observações são mais facilmente explicadas pelas diferenças no ambiente social. (Boas, 1931, p. 76)
• Uma solução cientifica para esse problema exige uma linha diferente de abordagem. (Boas, 1931,
p. 77)
• As atividades mentais são funções do organismo. Temos visto que funções fisiológicas do mesmo
organismo podem variar enormemente sob condições variáveis. (Boas, 1931, p. 77)
• Será diferente no caso das reações mentais? (Boas, 1931, p. 77)
• As mesmas funções biológicas ocorrem em diferentes raças com frequência variável, mas que
entre elas não se podem estabelecer diferenças essenciais qualitativas. (Boas, 1931, p. 77)
• É preciso perguntar se as mesmas condições prevalecem na vida mental. (Boas, 1931, p. 78)
• Não devemos supor que os modernos testes de inteligência nos dão uma pista sobre a inteligência
absolutamente determinada biologicamente. (Boas, 1931, p. 78)
• Todas as observações que temos podem ser melhor e mais facilmente explicadas pelas diferenças no
ambiente social. (Boas, 1931, p. 79)
• O ambiente cultural é o mais importante fator para determinar os resultados dos assim chamados testes de
inteligência. (Boas, 2004, p. 80)
• Vida urbana e vida rural, o sul e o norte, todos apresentam tipos diferentes de cenários culturais aos quais
aprendemos a nos adaptar, e nossas reações são determinadas por essas adaptações. (Boas, 2004, p. 80)
• Em todas as raças encontramos uma ampla variedade de diferentes tipos de personalidade. (Boas, 2004, p.
81)
• A evidência etnológica fala em favor da suposição de que os traços raciais hereditários não são importantes
quando comparados às condições culturais. (Boas, 2004, p. 81)
• O autor defende que não há razão biológica para se opor à endogenia em grupos saudáveis, nem à mistura
das principais raças. (Boas, 2004, p. 82)
• O antagonismo racial é entre nós um fato, e devíamos tentar compreender seu significado psicológico. Para
isso cumpre considerar o comportamento, não apenas do homem, como também dos animais. (Boas, 2004, p.
82)
• Sociedades fechadas Não admitem nenhum indivíduo de fora juntar-se ao grupo. (Boas,
2004, p. 82)
• A ética primitiva demanda autossacrifício para o grupo ao qual o indivíduo pertence e inimizade mortal
contra qualquer estrangeiro. (Boas, 1931, p. 83)
• Consciência racial e antipatia racial diferem num aspecto dos grupos sociais aqui enumerados. Enquanto
em todas as outras sociedades humanas não há uma característica externa que ajude a definir o
pertencimento de um individuo a seu grupo, aqui o que indica é sua própria aparência. (Boas, 1931, p.
83)
• Não há fundamento biológico para o sentimento racial. (Boas, 1931, p. 84)
• Quando as divisões sociais seguem fronteiras raciais, como acontece entre nós, o grau de diferença entre
formas raciais é um elemento importante para o estabelecimento de grupos raciais e para a criação de
conflitos entre raças. (Boas, 1931, p. 84)
• O individuo é fundido com seu grupo, e não avaliado conforme seu valor pessoal. (Boas, 1931, p. 84)
• Se os grupos sociais são também grupos raciais, encontramos, no mesmo sentido, o desejo de
endogamia racial como forma de manter a pureza de raça. (Boas, 1931, p. 85)
• Não importa quão fraco o argumento em favor da pureza racial possa ser, nós compreendemos seu
apelo social em nossa sociedade. Embora as razões biológicas aduzidas possam ser irrelevantes, a
estratificação da sociedade em grupos sociais de caráter racial irá sempre levar à discriminação de
raça. (Boas, 1931, p. 85)
• Onde quer que os membros de diferentes raças formem um único grupo social com laços fortes, os
preconceitos e antagonismos raciais irão perder a sua importância.(Boas, 2004, p.86)
• Enquanto insistirmos em uma estratificação segundo camadas raciais, devemos pagar um preço
alto na forma de luta inter-racial. (Boas, 1931, p.86)
• Será melhor continuar como estamos, ou devemos tentar
reconhecer as condições que levam aos antagonismos
fundamentais que nos atormentam? (Boas, 1931, p.86)
Referências
• Castro, Celso (org.). Franz Boas. Antropologia Cultural. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2006.
Raça e progresso (p. 67-86).