Você está na página 1de 9

Direito de

Estabelecimento
Um direito fundamental

Artigos 49º a 55º do TFUE
“ Quem se estabelece exerce noutro Estado
membro a sua profissão não assalariada de
modo pleno e por inteiro”.

O direito de estabelecimento (noção artigo 49º,


nº 2) permite o exercício por uma pessoa
singular (cidadãos da UE) ou colectiva (dois
tipos de beneficiários) de actividades não
assalariadas (actividade independente ou
liberal) que apresentem características de
estabilidade e permanência (frequência da
actividade, a sua regularidade e a sua
continuidade) - artigo 54º TFUE.
Sociedade - todas as pessoas colectivas de
fim lucrativo, ficam excluídas as “que não
prossigam um fim lucrativo”.

O Regulamento nº 2157/2001- cria o


estatuto da sociedade anónima europeia SE,
sociedades sujeitas a normas de direito da
UE, e directamente aplicáveis em todos os
Estados membros.
No caso das pessoas físicas o exercício
deste direito é indissociável do direito
de residência para além dos 3 meses
Este direito é extensivo aos familiares
do profissional liberal - aplicam-se a
estes a Directiva 2004/38/CE.
• O direito de estabelecimento é
directamente aplicável, sendo vinculativo
nas ordens jurídicas internas, ou seja,
vincula nos Estados e não apenas os
Estados.

• Contribui para a criação de condições de


livre e leal concorrência entre empresas e
profissionais liberais, protegendo a
liberdade de escolha da localização da
actividade e da estratégia empresarial com
base em critérios estritamente económicos.
A realização deste direito fundamental, o
direito de estabelecimento, aponta para a
harmonização dos regimes nacionais e,
para a criação de regimes europeus nas
diversas áreas relevantes para o
respectivo exercício .
O artigo 51º do TFUE subtrai do âmbito de
protecção do direito de estabelecimento as
actividades que, num Estado membro,
estejam ligadas, mesmo ocasionalmente, ao
exercício de autoridade pública (ius
imperii). Prevê o mesmo artigo que possam
decidir “o PE e o Conselho, deliberando de
acordo com o processo legislativo
ordinário”, diminuir o âmbito de aplicação
do direito de estabelecimento.
As restrições ao direito de estabelecimento
estão previstas no artigo 52º TFUE, e só são
justificáveis à luz dos Tratados, isto é, se
preencherem cumulativamente as seguintes
condições: carácter não discriminatório
(princípio da não discriminação em razão da
nacionalidade); terem justificação à luz de
razões imperativas de interesse geral
“justificadas por razões de ordem pública,
segurança pública e saúde pública” e
proporcionalidade (em sentido restrito para
prosseguir o fim).
Uma das áreas críticas das restrições ao
direito de estabelecimento é o direito fiscal,
neste contexto a Directiva 90/435/CE,
institui um regime fiscal comum, tendo
como fundamento o princípio da
neutralidade fiscal, facilitando assim o
agrupamento de sociedades no seio da UE.

Você também pode gostar