Você está na página 1de 20

AULA 7 - AMOSTRAS UTILIZADAS EM

IMUNOENSAIOS

Prof a: Jairlane Garcia De Freitas


INTRODUÇÃO

A validação dos imunoensaios é realizada


com base nos parâmetros imunológicos de
sensibilidade, especificidade, repetitividade,
reprodutibilidade e estabilidade.
Apenas ensaios que apresentam bom
desempenho nos parâmetros imunológicos
podem estar disponíveis para comercialização,
pois muitos profissionais do laboratório
deparam-se com resultados não adequados
para amostra em análise.
PREPARO E INSTRUÇÕES AO PACIENTE

Certos aspectos dos ensaios laboratoriais


referentes ao paciente estão fora do
controle médico ou laboratorial. Idade,
sexo, etnia, gravidez, período do ciclo
menstrual, estresse, dieta são alguns dos
exemplos.
MEDICAMENTOS

O uso de medicamentos está fora do


controle laboratorial. Por isso, devem ser
questionados e devidamente anotados.
JEJUM
• Ensaios automatizados:
- Amostras contendo quilomicrons,
hipergliceridemia, fibrina e partículas
podem interferir na fase sólida do teste.
- Os volumes são mínimos, e as agulhas
ou sondas muito finas podem entupir.
JEJUM

- Exames bioquímicos 8 horas;


- Exames imunológicos 4 horas;
- Beber água não invalida jejum;
- O fumo deve ser evitado de preferência
acompanhando o jejum (4 horas).
GRAVIDEZ
- Há aumento de homônios como HCG,
cortisol, hormônios tereoideanos;
- Detecção de anticorpos =São observadas
algumas alterações inespecíficas em
maior frequência em gestantes.
- Pode gerar falsos negativos nos testes
imunológicos.
EXERCÍCIOS
- Principalmente exercícios intensos. A
perda de água pelo suor alteram a
concentração de alguns homônios como
glucagon, cortisol, diminuição de insulina.

A coleta de sangue deve ser feita após 30


minutos de repouso já no laboratório.
IDADE
- No grupo de idosos pode se observar
com mais frequência pacientes
imunocomprometidos, o sistema
imunológico não funciona da mesma
forma, alteração de anticorpos,
deficiência na produção de anticorpos,
pacientes com doenças autoimunes entre
outros.
COLETA DE SANGUE
INTERFERENTES

- Hemólise, bilirrubina e lipídeos;


- Turvação por gorduras interfere nos
ensaios de imunoprecipitação, aglutinação
e fixação do complemento;
ARMAZENAMENTO
• Exceto para analitos especiais, o soro ou plasma
podem ser mantidos em geladeira (2-8°C) por no
máximo 1 semana.
• e a partir desse período devem ser congelados.
• Não poderão estar no tubo primário (com gel) com as
células na porção inferior do tubo, pois congelamento de
hemácia leva a total hemólise.
• Nos imunoensaios para pesquisa de anticorpos, as
amostras de soro podem ser congeladas a -20 ° C.
• Aliquotas com pequenos volumes devem ser
preparadas, evitando assim congelamentos/
descongelamentos sucessivos.
• As geladeiras e congeladores usados devem
manter a umidade interna.
• Tubos devem ser mantidos tampados para
evitar contaminação ambiental, do operador e
também da amostra.
OUTROS ESPÉCIMES UTILIZADOS NOS
IMUNOENSAIOS
• Urina (muito raro)
• Líquido cefalorraquidiano:
Pesquisa de antígenos bacterianos, virais e
parasitários;
Pesquisa de anticorpos nas mais diversas
infecções que podem afetar o SNC.
• Líquido sinovial
Como são frequentes as artrites de etiologia
autoimune, o material é analisado por alguns
imunoensaios.
É comum a pesquisa de proteínas do sistema
complemento e outras proteínas de fase
aguda, fator reumatoide e auto-anticorpos
antinucleares.
• Fezes
Disponível na rotina laboratorial:
Imunocromatografia: Pesquisa de rotavírus,
Entamoeba Histolystica, Giardia lamblia.
Para fazer o teste é preciso preparar a
suspensão de fezes e obter daí uma solução
mais límpida possível.
• Saliva
Determinação de hormônios livres como o
cortisol, progesterona, estradiol e
testosterona.
Embora a saliva contenha imunoglobulinas,
como IgA secretora, ainda não é usual para
determinação de anticorpos nesta amostra.
• Semen:
É utilizado como antígeno na suspeita de
anticorpos antiespermatozóide.
Também pode ser analisado por
imunofluorescência direta para saber se há
infertilidade.

Você também pode gostar