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Uniões 

de Facto
Carlos Fernandes, Margarida Patoilo e João Bandeira 10.ISP
O que são?
• Vivem juntos há mais de 2 anos em condições semelhantes;
• Devem formar um casal, viver na mesma casa e fazer uma
vida em comum.
Vantagens:

Proteção da casa onde


Fazer o IRS em conjunto;
vivem em união de facto;

Beneficiar das mesmas


regras que se aplicam às
Um subsídio em caso de
pessoas casadas no que
morte da outra pessoa;
respeita a férias,
feriados, faltas e licenças;
Como se prova?
• As uniões de facto podem ser provadas através de uma
declaração emitida pela junta de freguesia. Para pedir essa
declaração, o casal deve apresentar:
• uma declaração de ambas as pessoas, sob
compromisso de honra, de que vivem em união de
facto há mais de dois anos
• certidões de cópia integral do registo de nascimento de
cada uma das pessoas.
O que determina o fim da união de facto?

• A união de facto termina: 


• quando alguma das pessoas morre
• por vontade de qualquer das duas pessoas 
• se alguma das pessoas se casar. 
• Para oficializar o fim da união de facto, devem entregar uma declaração, sob compromisso de honra,
que diga quando terminou a união.
•  Esta declaração não é obrigatória. Só pode ser necessária para fazer valer algum direito.
Dividir os bens em caso de separação

• Não há regras especiais para dividir os bens quando termina uma união de facto. Só há regras
especiais para decidir quem fica na casa onde viviam.
• Se não for feita nenhuma combinação, quando uma pessoa adquiriu bens com a colaboração da
outra durante a união de facto, a situação terá de ser analisada de acordo com a) as regras da
compropriedade ou b) do enriquecimento sem causa.
• a) Segundo a compropriedade, os unidos de facto são ambos proprietários de um bem (móvel ou
imóvel), na proporção do que cada um deles tiver contribuído para a sua compra. 
• b) Por seu lado, o enriquecimento sem causa determina que quem enriquecer sem justificação à
custa de outra pessoa terá de devolver aquilo que obteve. Ou seja, se uma das pessoas adquiriu
um bem em seu nome, mas com dinheiro da outra pessoa, não se pode entender que o bem é
apenas da pessoa que formalmente o adquiriu. 
Dividir os bens em caso de morte

• Se a pessoa sobrevivente não tiver habitação própria no mesmo concelho onde residia em união de
facto, tem direito a viver na casa:
• durante 5 anos após a morte da pessoa a quem a casa pertencia
• durante o total de anos que durou a união de facto, se a união de facto tiver mais de 5 anos à data da
morte.

• Passado este tempo, a pessoa sobrevivente pode continuar a viver na casa pagando uma renda.
• Enquanto viver na casa, a pessoa sobrevivente tem direito de preferência a comprá-la, se for vendida.
Evolução

• Atinge-se o valor de cerca de 381 000


indivíduos em uniões de facto, segundo
os resultados definitivos dos Censos
2001, a que corresponde um aumento
de 96,1%, quando comparado com os
resultados definitivos dos Censos 1991
(cerca de 194 000 indivíduos em 1991).
Por contraste, os indivíduos casados
com registo são aproximadamente 5 140
000 segundo o último censo (cerca de 4
818 000 nos Censos 1991), registando
um aumento de 6,7% entre os dois
últimos recenseamentos. Deste modo,
cerca de metade da população residente
é constituída por indivíduos casados
com registo (49,6%) e apenas 3,7% do
total da população é casada de facto
(2,0% em 1991)
União de facto se houver filhos

• Atualmente, os casais em união de facto partilham as mesmas responsabilidades parentais como no


casamento (até agora eram obrigados a declarar essa vontade quando registavam a criança). De
acordo com artigo Pais a tempo inteiro, da Deco, o pai e mãe partilham os deveres de educação do
filho, de garantir a sua segurança, saúde e sustentá-lo até, pelo menos, aos 18 anos ou se
emanciparem.
• Têm exatamente os mesmos direitos que os filhos nascidos de um casamento. No entanto, continua a
existir uma diferença no que toca ao reconhecimento da paternidade de filhos nascidos fora do
casamento, de acordo com informação veiculada no site Direitos e os Deveres de Cidadania da
Fundação Francisco Manuel dos Santos. Esta terá de resultar de um reconhecimento voluntário pelo
pai (a que se chama perfilhação) ou de uma declaração do tribunal.
• Também os casais em união de facto também podem adotar
Conclusão • Em suma, a união de facto é um regime que tem vindo
aumentar de dia para dia, dados os seus benefícios.

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