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DESENVOLVIMENTO E CARACTERIZAÇÃO DE

ADSORVENTES MONOLÍTICOS MACROPOROSOS


COM COBRE IMOBILIZADO.

NASCIMENTO RG1*, PORFÍRIO MCP¹, SANTOS LS¹, VELOSO CM¹, BONOMO RCF1,
FONTAN RCI¹.

1 Laboratório de Engenharia de Processos, Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, Itapetinga,


BA,
*E-mail para contato: rui3091@hotmail.com
ABORDAGEM GERAL

INTRODUÇÃO
• Cromatografia de interação de afinidade por metais quelatados;
• Colunas monolíticas poliméricas;
• Caracterização das colunas monolíticas poliméricas.

Objetivos
Metodologia
Resultados e discussões.
CONCLUSÕES GERAIS.

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INTRODUÇÃO
• A cromatografia de afinidades por íons metálicos (IMAC), se baseia na afinidade diferencial que íons metálicos imobilizados
em uma matriz sólida apresentam por grupamentos expostos na superfície de uma molécula em solução.

• Esta afinidade resulta de ligações de coordenação reversíveis formadas entre um íon metálico quelatado (o centro de
adsorção) e resíduos de aminoácidos, tais como imidazol da histidina, tiol da cisteína e indol do triptofano, os quais doam
elétrons para o íon metálico;

• Criogeis; Cada um dos componentes utilizados apresenta uma função específica na formação do criogel de poliacrilamida:

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INTRODUÇÃO
Vantagens;
• Baixo custo; Estrutura contendo macroporos interconectados; Menor resistência ao escoamento e difusão desobstruída
dos solutos; Versáteis (qualquer tipo de biomolécula)

Desvantagens;
• Área superficial menor que as colunas tradicionais; Diminuindo a capacidade de ligação

Modificações estruturais;
• Enxertia sobre o esqueleto polimérico utilizando um agente reativo, como os grupamentos epóxi; São introduzidos na
superfície do suporte para permitir a formação de ligação covalente entre a biomolécula e o suporte na etapa subsequente.

• Caracterização;

Objetivo

O objetivo deste trabalho foi desenvolver um adsorvente


monolítico macroporoso voltado para o processo de
purificação de proteínas por cromatografia de afinidade por
íons metálicos imobilizados e caracteriza-lo com relação a
aspectos, físicos e operacionais.

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Metodologia
SÍNTESE DOS CRIOGÉIS
Funcionalização dos criogeis
• 4,4 g de AAm, 1,2 g de BAAm e 1,4 g de Ácido iminodiacético (IDA) • Pretendeu-se estudar a retenção dos íons de
foram dissolvidas em 100 mL de água destilada. Foram adicionados 140 ferro, zinco, níquel, cobalto e cobre.
µL de solução de persulfato de amônio (APS) na concentração de 0,5
g/mL e 91 µL de N,N,N’,N’-tetrametiletilenodiamino (TEMED); • Solução de Na2CO3 (20 mL, 1 M) por 2 hora,
• Solução solução de IDA (0,5 M em 1,0 M de N
• Após homogeneização da solução, a mesma foi imediatamente vertida em a2C O3, pH 10,0) foi colocada em contato com a
seringas plásticas de 5mL;
coluna, durante 24 h à temperatura ambiente.
• Temperatura de -12°C por 24 horas; • Na2CO3 1 M (20 mL) por uma hora
• Água deionizada até pH 8,0.
• Descongeladas a 4°C por 4 horas; • 0,1 M dos íons metálicos de interesse, durante 2
horas para a ligação do metal na matriz.
• Estufa a 60ºC até que estivessem sem umidade;
• Lavado com água deionizada para remover o
• Os criogéis foram então lavados com água deionizada utilizando-se uma metal não ligado
bomba peristáltica, secos em estufa, e depois submetidos aos processos de • Tampão de imidazol (15 mM em HEPES e 0,2
funcionalização.
M de NaCl, pH 7,0) para remoção do metal
fracamente ligado.

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Metodologia

CARACTERIZAÇÃO DOS CRIOGÉIS CARACTERIZAÇÃO DOS CRIOGÉIS


Capacidade de inchamento (S).
Porosidade (ED)
• Imersão de 6 matrizes (funcionalizadas e não funcionalizadas) em
recipientes contendo 30 mL de água à temperatura ambiente, por 24 horas. • Criogéis desidratados e com as massas conhecidas;
• Posteriormente, o excesso de água foi retirado e as massas (ms) verificadas • Mantidos por sete dias em um dessecador;
em balança analítica. O valor de S foi calculado de acordo com a Equação . • Solução saturada de sulfato de potássio;
• Com essa medida foi determinada a quantidade de água de
ligação do criogel;
• Imersos em recipiente contendo 50 mL de água por 24 horas;
• Onde: ms é a massa (kg) do criogel hidratado e md é a massa (kg) do
criogel desidratado. • Foram delicadamente espremidos e secos com lenços de papel
para retirada da água livre no interior dos macroporos, sendo
suas massas novamente medidas.

Grau de expansão (ED)


Onde: ms é a massa do
• Os criogeis (com e sem funcionalização) foram secos em estufa criogel hidratado (kg), md é
a 60°C até massa constante e saturados com água por 24 horas. a massa do criogel
desidratado (kg), me é a
• Transferidos para uma proveta contendo um volume conhecido
massa do criogel espremido
de água (V1), e após a imersão dos criogeis saturados na
proveta foi obtido um novo volume (V2). (kg) e mwb é a massa do
criogel com água de ligação
(kg).
• Onde: V1 é o volume inicial de água na proveta (L), V2 é o volume final lido na
proveta após a colocação do criogel (L) e md é a massa do criogel desidratado (kg).
Resultados e discussões

Síntese dos criogeis

• Estrutura esponjosa, coloração


esbranquiçada, forma cilíndrica, uniforme
e rígida quando desidratados;

• Por se tratar de uma estrutura altamente


porosa, quando hidratados apresentaram
estrutura macia e elástica;

• Esta coloração se deve ao íon metálico,


que é imobilizado ao agente quelante por
ligações de coordenação formadas entre o
íon metálico e átomos de nitrogênio,
oxigênio ou enxofre presentes na estrutura
do agente quelante.

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Resultados e discussões

Caracterização das colunas monolíticas.


  Criogel
• Pouco diferiram para as variáveis estudadas, exceto para Parâmetro Controle Cobre (Cu2+) imobilizado
fração de macroporos que apresentou elevação; 18.93 ± 1.590
Capacidade de inchamento (kg/kg) 18.77 ± 0.950

• Os valores de capacidade de inchamento encontrados nesse Grau de expansão (L/kg) 18.55 ± 2.101 19.53 ± 0.980
trabalho demonstram então a alta capacidade de absorção de
Fração de macroporos 0.828 ± 0.019 0.782 ± 1.024
água apresentada pelos criogéis produzidos;
Fração de meso/microporos 0.103 ± 0.020 0.169 ± 0.021
• Já O valor encontrado para fração de macroporos do criogel Fração de água ligada 0.023 ± 0.001 0.011 ± 0.001
hidratado variou entre 78,2% para o criogel contendo cobre e
82.8% para o criogel controle; Fração de polímero seco 0.046 ± 0.002 0.044 ± 0.002

Porosidade total 0.941 ± 0.003 0.931 ± 0.002


• Essa diferença provavelmente se deve ao alto potencial de
polimerização do agente quelante IDA, que atua como braço
espaçador e diminui o tamanho dos poros formados. Assim
mesmo, a porosidade dos criogéis ativados apresentou-se
relativamente alta.

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Resultados e discussões

Avaliação da morfologia dos crogéis utilizando microscopia eletrônica de


varredura. • A avaliação morfológica das matrizes produzidas foi realizada através (MEV);

• estrutura homogênea, com poros grandes e interconectados.

• As dimensões de poros observada permitem a passagem tanto de


macromoléculas, como de células microbianas, fragmentos celulares e até
mesmo soluções concentradas e particuladas, facilitando processos de
purificação com um menor número de etapas;

• Verifica-se também a diferença entre as imagens das matrizes controle (A a C)


e funcionalizada (D a F);

• Pode ser atribuída à inclusão de IDA nos sítios ativados da superfície dos
criogéis, e posterior funcionalização com o metal de interesse (Cu2+),
indicando que a mesma foi bem-sucedida.

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Conclusão

• Foi produzida uma matriz polimérica macroporosa funcionalizada com cobre para o uso na captura de
proteínas por interação por íons metálicos imobilizados;

• A funcionalização foi confirmada a partir das imagens de MEV;

• Foram avaliadas algumas modificações no processo de produção e caracterização de criogéis.

• Tal alteração não provocou mudanças consideráveis na capacidade de inchamento (S), no grau de
expansão (G), apenas para a porosidade.

• Dessa forma, a matriz produzida apresenta potencial para utilização em processos de captura de
proteínas por interação por íons metálicos imobilizados (IMAC)

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