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ANÓXIA

NEONATAL
EMILLY FREITAS DE SOUZA
FISIOTERAPEUTA – PASCA
EPIDEMIOLOGIA
 Encontra-se entre as principais causas de óbitos neonatais em todos os países
 Óbitos neonatais precoces e tardios por 1.000 nascidos vivos no Brasil em 2013
foram 7,5 (6,6 a 8,4) e 2,6 (2,4 a 2,7), respectivamente
 Hipóxia intrauterina e asfixia no parto – 7% das causas básicas de óbitos entre 0 e
6 dias após o nascimento, em 2014
 Causa mais frequente de atraso de desenvolvimento neuropsicomotor – 34,5% dos
casos relacionados à anóxia neonatal
CAUSAS PRÉ-PARTO
 Oxigenação inadequada do sangue arterial materno – hipoventilação durante
anestesia; Doença cianótica congênita; Falência respiratória ou envenenamento
por monóxido de carbono
 Hipotensão arterial materna – perda de sangue, raquianestesia ou compressão da
veia cava inferior e aorta pelo útero gravídico
 Ausência de relaxamento uterino suficiente para permitir o enchimento
placentário, por tetania uterina – administração excessiva de ocitocina
 Descolamento prematuro da placenta
 Obstrução da circulação sanguínea através do cordão
umbilical – compressão ou nó de cordão
CAUSAS PÓS-PARTO
 Falência da oxigenação, resultante de formas graves de cardiopatias congênitas
cianóticas ou doenças pulmonares

 Anemia grave o suficiente para reduzir o conteúdo de oxigênio no sangue


(hemorragia intensa, doença hemolítica)

 Choque grave o suficiente para interferir com o transporte de oxigênio para


órgãos vitais, resultante de uma sepse importante, perda maciça de sangue,

hemorragia intracraniana ou adrenal


ESCALA DE APGAR
 Os RN que apresentam o índice de Apgar
menor de sete no quinto minuto de vida têm
um risco 5,33 vezes maior de morrerem do
que os com Apgar maior de sete, sendo este
parâmetro, um indicativo do número de
crianças que necessitarão de recursos
especializados, como a internação em
unidade de terapia intensiva neonatal

0-3: ASFIXIA GRAVE


4-6: ASFIXIA MODERADA
7-10: BOA VITALIDADE
ENCEFALOPATIA
HIPÓXICO-ISQUÊMICA
 A síndrome hipóxico-isquêmica (SHI) se desenvolve quando há hipoperfusão
tecidual significativa e diminuição da oferta de oxigênio
 A EHI acomete cerca de 50% a 60% dos RN com Asfixia Perinatal
 25% evoluem com sequelas neurológicas permanentes, com ou sem retardo mental,
distúrbios do aprendizado, disfunção motora ou visual, hiperatividade, epilepsia e
paralisia cerebral (ECNE)
 Principal causa de danos encefálicos e sequelas neurológicas em RN com a idade
gestacional entre 37 e 42 semanas
ENCEFALOPATIA
HIPÓXICO-ISQUÊMICA
 Estágio 1 (leve) – RN hiperalerta, irritado, extremamente sensíveis a estímulos
externos, reflexos normais ou um pouco exaltados, taquicardia, midríase e
tremores e ECG normal. Dura menos de 24 horas
 Estágio 2 (moderado) – RN com letargia, hipotonia, com reflexos diminuídos e
apresenta bradicardia, miose, apneia ocasional e hipersecreção e nesse estágio
70% dos RN apresentam convulsão e ECG anormal, pode persistir até 14 dias
 Estágio 3 (grave) – RN torporoso, comatoso, flácido, com reflexos ausentes o
ECG anormal com atividade cerebral diminuída e/ou suprimida, pode durar
semanas
 Resfriamento do corpo inteiro ou resfriamento seletivo da cabeça de 24h à
72h p/ recém nascidos com IG 36 semanas e EHI moderada à grave, nas
primeiras 6h de vida
 Resfriamento de 2º em 2º a cada 1h até a temperatura desejada – redução
do metabolismo cerebral
 Redução da mortalidade e melhor prognóstico
ATUAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA

 Estimulação Precoce

 Neuroplasticidade Cerebral

 Aumentar a capacidade funcional

 Minimizar a instalação de padrões posturais e movimentos anormais

 Promover maior independência

 Atenção à globalidade do paciente

 Equipe multiprofissional
BIBLIOGRAFIA
 VARGAS-VACA, Y. et al. Characterization of Newborns with Moderate or Severe Perinatal Asphyxia Managed with Selective
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 PEREIRA, G. N.; COSTA, C. S.; DA SILVA, K.C. C. Os benefícios da atuação do fisioterapeuta em doenças perinatais. Scire
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sustenere.co/index.php/sciresalutis/article/view/CBPC2236-9600.2018.002.0012/1284
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