O documento discute o foro especial para julgamento de crimes de abuso de autoridade cometidos por autoridades. Decidiu-se que o foro especial só se aplica se o crime foi cometido no exercício do cargo, restringindo o alcance desse foro. Isso gerou controvérsias sobre quais cargos anteriores determinariam o foro em casos de mandatos cruzados.
O documento discute o foro especial para julgamento de crimes de abuso de autoridade cometidos por autoridades. Decidiu-se que o foro especial só se aplica se o crime foi cometido no exercício do cargo, restringindo o alcance desse foro. Isso gerou controvérsias sobre quais cargos anteriores determinariam o foro em casos de mandatos cruzados.
O documento discute o foro especial para julgamento de crimes de abuso de autoridade cometidos por autoridades. Decidiu-se que o foro especial só se aplica se o crime foi cometido no exercício do cargo, restringindo o alcance desse foro. Isso gerou controvérsias sobre quais cargos anteriores determinariam o foro em casos de mandatos cruzados.
LEI DE ABUSO DE AUTORIDADE Professora Livia Justiniano Pagani FORO ESPECIAL Questão de Ordem na AP 937/RJ (STF, 2018)
Os crimes de abuso de autoridade podem ser praticados por
autoridades em sentido estrito (agentes políticos), não somente por autoridades no sentido genérico (agentes públicos).
Assim, qualquer autoridade que tenha foro especial (Presidente da
República, Governadores, Prefeitos etc.), se for acusado de abuso de autoridade, será julgado no foro especial. FORO ESPECIAL Questão de Ordem na AP 937/RJ (STF, 2018)
O artigo 102 em relação ao Supremo Tribunal Federal da Constituição; o artigo
105 da Constituição Federal em relação ao STJ; o artigo 109 em relação ao TRF e os artigos pertinentes relativos aos tribunais de justiça, como as regras sobre Promotores de Justiça e Desembarcadores também estão na Constituição e remetem a competência ao TJ do Estado respectivo e, por fim, as constituições estaduais naquilo que não seja incompatível com que está descrito na Constituição Federal. FORO ESPECIAL Questão de Ordem na AP 937/RJ (STF, 2018)
O artigo 102 em relação ao Supremo Tribunal Federal da Constituição; o artigo
105 da Constituição Federal em relação ao STJ; o artigo 109 em relação ao TRF e os artigos pertinentes relativos aos tribunais de justiça, como as regras sobre Promotores de Justiça e Desembarcadores também estão na Constituição e remetem a competência ao TJ do Estado respectivo e, por fim, as constituições estaduais naquilo que não seja incompatível com que está descrito na Constituição Federal. FORO ESPECIAL Questão de Ordem na AP 937/RJ (STF, 2018) O tribunal restringiu o foro especial, de modo a considerar que o foro especial só existe naquelas situações em que o crime foi praticado por alguém que tem a função pública enquanto está naquele cargo.
Isso gerou uma série de consequências, porque se reduziu
drasticamente o alcance do foro especial. FORO ESPECIAL Questão de Ordem na AP 937/RJ (STF, 2018)
Por exemplo: um Senador ou um Deputado Federal que tenha sido
Prefeito ou anteriormente não tenha tido atividade pública e praticou crime nessa função, como Prefeito ele teria foro especial no TJ ou no TRE para crimes eleitorais ou no TRF para crimes Federais; posteriormente, ao se eleger Deputado Federal, ele passa a ter foro especial no Supremo Tribunal Federal. FORO ESPECIAL Questão de Ordem na AP 937/RJ (STF, 2018)
Partindo do princípio da igualdade e da isonomia, o STF decidiu que esse
indivíduo fosse responsabilizado perante a Primeira Instância, ou seja, não mais pelo STF ou pelo cargo anterior.
Isso gerou diversas controvérsias, inclusive sobre os mandatos cruzados e por
quem ele seria responsabilizado caso cometesse um crime de Abuso de Autoridade: pela função do cargo anterior ou do cargo atual. Para o STF a questão de Ordem foi de que deveria ser no contexto do cargo, porque assim não haveria jurisprudência e a atuação da Primeira Instância. Caso do Desembargador Santista (2020) • Abuso de autoridade como crime funcional (só existe como tal se estiver ligado a função). • Aplicabilidade do foro.
Em 2020, no Estado de São Paulo cidade de Santos, um Desembargador deu uma
carteirada contra um agente municipal de segurança (Guarda municipal) que estava no legítimo exercício da sua função controlando o espaço público. O Desembargador destratou o funcionário público municipal por ter sido obrigado a colocar a máscara, conforme decreto municipal por causa da pandemia do coronavírus, além de ter o ameaçado com uma chamada para o secretário municipal. Essa atitude nos remete ao patrimonialismo, ou seja, a apropriação do poder público e dos espaços públicos pelos indivíduos que se acham donos do poder, uma herança do passado colonial brasileiro.
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