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De acordo com a Constituição Federal de 1988 em conjunto com as

legislações estaduais e municipais retrata certas competências e prerrogativas


de certas autoridades, desta maneira é importante destacar diferentes
requisitos no que se refere a aplicação da Lei Processual Penal e Lei Penal.

A prerrogativa se específica pelo interesse social e público, pois para


ocorrer a aplicabilidade é necessária a coexistência na base do respeito e
harmonia da coletividade, desta forma a evolução do andamento histórico do
direito vai se adaptando ao contexto social englobando certos prerrogativas e
proibições. De acordo com o Durkheim o pensador da teoria da Anomia que
relata que o crime não é compreendido como fator social, mas como algo
normal e necessário para as estruturas sociais, pois o ser humano está
interligado com as forças sociais que o influenciam no seu comportamento,
sendo que a ocorrência do delito é algo normal dentro da sociedade, pois o
crime tem a finalidade de unir a sociedade.

Além disso, a Prerrogativa se exemplifica da forma de obtenção de


benefícios que atingem certos indivíduos como no caso do Presidente da
República que goza de prerrogativa de foro, ou seja, não pode ser julgado por
esferas que atingem as demais pessoas. A prerrogativa de foro, que está
vinculada a sua função, retrata que os indivíduos em determinadas ações
penais respondem de forma diferente presente no artigo 105.

Art. 105. “As autoridades que serão julgadas pelo STJ: nos
crimes comuns, os governadores dos estados e do Distrito
Federal; nestes e nos de responsabilidade, os membros
dos Tribunais de Justiça, Tribunais Regionais Federais,
Tribunais Regionais Eleitorais e do Trabalho, Tribunais e
Conselhos de Contas estaduais, municipais e do DF, além
dos membros do Ministério Público da União que oficiem
perante tribunais.”

Pode se afirmar que a ocorre a restrição na prerrogativa de foro, pois o


julgado da Ação Penal 937, retrata as funções referido ao cargo público, e pela
análise dos Juízes estabeleceu após o fim da instrução processual, se o agente
público vir a ocupar outro cargo ou deixar o cargo que ocupava, a competência
para julgar ações penais não será afetada.

Outra assim, os Governadores e Prefeitos gozam de foro privilegiado,


sendo que a diferença que o primeiro é julgado pelo Superior Tribunal de
Justiça e os Prefeitos julgados pelo Tribunal de Justiça. É importante destacar
que os Vereadores não possuem foro privilegiado e tampouco imunidade
processual.

Hipóteses de foro por prerrogativa de função previstas na CF/88:

AUTORIDADE FORO
COMPETENTE
Presidente e Vice-Presidente da República
Deputados Federais e Senadores
Ministros do STF
Procurador-Geral da República
Ministros de Estado
STF
Advogado-Geral da União
Comandantes da Marinha, Exército e Aeronáutica
Ministros do STJ, STM, TST, TSE
Ministros do TCU
Chefes de missão diplomática de caráter permanente
Governadores
Desembargadores (TJ, TRF, TRT)
Membros dos TRE STJ
Conselheiros dos Tribunais de Contas
Membros do MPU que oficiem perante tribunais
Juízes Federais, Juízes Militares e Juízes do Trabalho
TRF ou TRE
Membros do MPU que atuam na 1ª instância
Juízes de Direito
TJ
Promotores e Procuradores de Justiça
Prefeitos TJ, TRF ou TRE
Além disso, outros que estão previstos nos grupos são os Deputados e
os Senadores que também aplica a inviolabilidade, civil e penalmente, que
engloba as opiniões, palavras e votos impossibilitando a sua prisão não
poderão ser presos, salvo nos casos de flagrante de crimes inafiançáveis, dos
ocorrendo alguém delito o indivíduo é remetido no prazo de vinte quatro horas
á respectiva casa, para que seja julgado pela maioria dos seus membros.

Vale ressaltar que os membros do Ministério Público e o Poder Judiciário


obtém a prerrogativa de foro privilegiado, inamovibilidade e imunidade formal,
sendo que a prisão só corre em casos de delitos inafiançável e em como em
estado de flagrância. Outro grupo que se encaixa nas prerrogativas são os
Advogados, pois engloba a inviolabilidade de seu ambiente de trabalho, bem
como os dados eletrônicos, telefônicos e telemática, outro benefício é o direito
de conversar com seus clientes sobre as informações referente a prisão, sem
precisar da procuração.

Ademais, os militares se englobam aos grupos que obtém os benefícios


e de acordo com a Lei 6880 de 9 de dezembro de 1980 elencam as
prerrogativas no artigo 73, as quais são:

Art. 73. As prerrogativas dos militares são constituídas


pelas honras, dignidades e distinções devidas aos graus
hierárquicos e cargos. Parágrafo único. São prerrogativas
dos militares:

a) uso de títulos, uniformes, distintivos, insígnias e


emblemas militares das Forças Armadas, correspondentes
ao posto ou graduação, Corpo, Quadro, Arma, Serviço ou
Cargo;

b) honras, tratamento e sinais de respeito que lhes sejam


assegurados em leis e regulamentos;

c) cumprimento de pena de prisão ou detenção somente


em organização militar da respectiva Força cujo
comandante, chefe ou diretor tenha precedência
hierárquica sobre o preso ou, na impossibilidade de cumprir
esta disposição, em organização militar de outra Força cujo
comandante, chefe ou diretor tenha a necessária
precedência; e

d) julgamento em foro especial, nos crimes militares


(BRASIL, 1980).

É fundamental relatar que as forças de segurança pública são agentes


que tem competência para agir em conformidade com a lei, qualquer desvio da
finalidade é passível de penalidade. Dessa forma, os Militares carregam
diversos atributos que o diferenciam das outras instituições e demonstrado
pelas competências na constituição federal de 1988 que sua finalidade e na
atuação de policiamento ostensivo.

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