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Juliana Gonçalo
A poesia de 1945
◦ Pedra do Sono
◦ Meus olhos têm telescópios
Espiando a rua.
Espiando a alma
Longe de mim mil metros.
◦ Mulheres vão e vêm nadando
Em rios invisíveis.
Automóveis como peixes cegos
Compõem minhas visões mecânicas.
◦ Há 20 anos não digo a palavra
Que sempre espero de mim:
Ficarei indefinidamente contemplando
Meu retrato eu morto.
O cão sem plumas II
... Como o rio
aqueles homens
O poema faz uma comparação entre
são como cães sem plumas os moradores da região do
(um cão sem plumas é mais que um cão saqueado;
manguezal do rio Capibaribe, e a
imagem do cão sem plumas ( sem
É mais que um cão assassinado. adereço, enfeites).
Um cão sem plumas Essa metáfora explica ao leitor o
é quando uma árvore sem voz.
problema do poema: a descrição da
miséria e do desmantelamento dos
É quando de um pássaro habitantes do Capibaribe.
suas raízes no ar.