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A ENTRADA NA VIDA
TEMA 2
EU
1. São conscientes
2. São voluntários
3. São intencionais
Intencionalidade
A ação humana é
intencional por visar
determinados objetivos,
isto é, por ser realizada de
Intencionalidade: acordo com determinadas
Relação entre a mente ou intenções do sujeito.
consciência e o objeto para Descobrir essas intenções é
que está orientada. compreender quais os
motivos e os fins que
levaram o sujeito a agir, o
mesmo é ficar a conhecer o
quê e o porquê da ação.
Tendências
Elementos constitutivos do ciclo
Tendências: motivacional
1- Necessidade, que é o estado de
São disposições desequilíbrio provocado por uma
internas de um carência.
organismo para efetuar 2- Impulso ou pulsão, que é o estado
energético que ativa e dirige a
determinadas ações ou conduta.
facilitar a sua execução. 3- Resposta, que consiste na
atividade desencadeada pela
pulsão.
4- Objetivo, que diz respeito à
finalidade que se procura atingir.
5- Saciedade, que se refere à
redução ou eliminação da pulsão.
Classificação das Tendências
Teoria da realização pessoal de
Abraham Maslow
O psicólogo humanista Abraham Maslow fez uma análise às
necessidades humanas, apresentando uma teoria sobre a
realização pessoal que assenta nos seguintes pressupostos:
A realização pessoal não se consegue com o mero passar do tempo. Não se trata de uma
promoção automática, mas de uma construção ativa e empenhada em que se exige vigor e
refinamento de competências individuais: força de vontade, firmeza de caráter, criatividade,
compreensão dos problemas, espírito aberto e capacidade de autocrítica. Requer-se ainda
desejo de enfrentar situações novas, coragem para assumir riscos e aptidão para escolher o que
é importante e oportuno. Dado que não dispõe de esquemas fechados de ação para resolver os
seus problemas, o ser humano tem de lançar mão de capacidades especiais, isto é, tem de
pensar, refletir, antes de tomar decisões muitas vezes difíceis e arriscadas. Não sendo a
expressão direta de um querer imediato, os atos humanos exigem, pois, séria ponderação, a fim
de se reduzirem as hipóteses da ocorrência de erros e efeitos indesejáveis. A autodeterminação,
ou seja, a liberdade de escolher acarreta a responsabilidade por aquilo que se escolhe e pelas
consequências daquilo que se escolhe. E não é fácil escolher, em virtude de a vontade não ser
uma capacidade infalível que decida de forma inequívoca e perfeita. Ela é sensível à ignorância,
a preconceitos, ao temperamento pessoal, a desejos e paixões que muitas vezes se constituem
como forças em colisão. Neste palco de contradições em que se movem forças em conflito, é
preciso ser capaz de gerir tudo isto, de renunciar a muitos aspetos em favor de outros, de
conseguir imparcialidade bastante para deliberar com acerto, a fim de que as decisões sejam as
mais corretas e justas para todos.
Análise do ato voluntário
Os elementos que a psicologia tradicional distingue ao
analisar o ato voluntário são os seguintes: conceção,
deliberação, decisão e execução.
A conceção, também designada por projeto, consiste
na representação de um objetivo ou fim a alcançar.
A deliberação consiste na ponderação das vantagens e
inconvenientes de uma determinada ação.
A decisão é a escolha ou determinação da vontade por
uma conduta entre várias possíveis.
A execução é a concretização do que se decidiu fazer.
O poder de decisão da vontade
A vontade tem o papel principal nas ações humanas.
Por maiores que sejamos condicionalismos a interferir
nas nossas decisões, é sempre a vontade que tem o
poder de dizer sim ou dizer não, de decidir fazer ou
não fazer. Os motivos que interferem podem
apresentar-se com vigor, mas a sua força foi-lhes
conferida pela vontade humana que os elegeu como
elementos preponderantes. A este respeito, a vontade
é irredutível, não podendo ser ignorada ou camuflada
atrás de preconceitos, paixões, desejos ou interesses.
Ela é sempre a expressão de um eu que reflete, que
quer, que decide e que tem de se responsabilizar pelas
consequências dos atos que pretende levar à prática.