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Motivação

O comportamento organizacional é uma área de conhecimento multidisciplinar cujo principal foco de análise são as
ações e os comportamentos das pessoas nas organizações.
Divisões do comportamento individual nas organizações:
 Atitude ; Personalidade ; Percepção ;Aprendizagem

DIMENSÕES BÁSICAS DA MOTIVAÇÃO : O que energiza o comportamento? O que dirige o comportamento? Como o
comportamento pode ser mantido ou sustentado ao longo do tempo? Quais as diferenças entre motivação e
recompensas intrínsecas e extrínsecas? Qual o contexto organizacional da motivação?

CONCEITO DE MOTIVAÇÃO: Motivo é tudo aquilo que impulsiona a pessoa a agir de determinada forma. Esse
impulso à ação pode ser provocado por um estímulo externo (provido do ambiente) ou interno.
a verdadeira motivação nasce das necessidades interiores e não de fatores externos. Não há fórmulas que ofereçam soluções
fáceis para motivar quem quer que seja. O líder não pode motivar seus liderados. Sua eficácia depende de sua competência em
liberar a motivação que os liderados já trazem dentro de si.

Existem três premissas que explicam o comportamento humano:


 O comportamento é causado por estímulos internos e externos (hereditariedade e meio ambiente
influenciam o comportamento);
 O comportamento é motivado (há sempre uma finalidade e todo comportamento humano);
 O comportamento é orientado para objetivos (em todo comportamento existe sempre um impulso, desejo,
necessidade)

CICLO MOTIVACIONAL : ❑O ciclo motivacional começa com o surgimento de uma necessidade. A necessidade é
uma força dinâmica e persistente que provoca comportamento. ❑Toda vez que surge uma necessidade, esta rompe
o estado de equilíbrio do organismo, causando um estado de tensão, insatisfação, desconforto e desequilíbrio.
❑Esse estado leva o indivíduo a um comportamento, ou ação, capaz de descarregar a tensão ou de livrá-lo do
desconforto.

Se o comportamento for eficaz, o indivíduo encontrará a satisfação da necessidade e, portanto, a descarga da tensão
provocada por ela. Satisfeita a necessidade, o organismo volta ao estado de equilíbrio anterior.

a motivação nasce somente das necessidades humanas e não das coisas que satisfazem essas necessidades.

Nem sempre a necessidade é satisfeita. Ela pode ser frustrada, ou ainda pode ser compensada (transferido para
outro objeto, pessoa ou situação) ❑Não encontrando saída “normal”, a tensão represada no organismo procura um
meio indireto de saída, seja por via psicológica (agressividade, tensão emocional, apatia, indiferença), seja por via
fisiológica (insônia, repercussões cardíacas, digestivas...) ❑Outras vezes a necessidade não é satisfeita nem
frustrada, mas transferida ou compensada. Isso se dá quando a satisfação de outra necessidade reduz a intensidade
de uma necessidade que não pode ser satisfeita. ❑Ex. Quando existe a expectativa de promoção para um cargo
superior e ao invés disso, a compensação é dada através de um bom aumento salarial ou por uma nova sala de
trabalho.

Antigas teorias sobre motivação : hierarquia das necessidades, as Teorias X e Y e a teoria de dois fatores
Teoria da hierarquia das necessidades: Abraham Maslow- existe u m a hierarquia de cinco categorias de necessidades. São elas:
1. Fisiológica: inclui fome, sede, abrigo, sexo e outras necessidades do corpo.
2. Segurança: inclui segurança e proteção contra danos físicos e emocionais.
3. Social: inclui afeição, aceitação, amizade e sensação de pertencer a um grupo.
4. Estima: inclui fatores internos de estima, como respeito próprio, realização e autonomia; e fatores externos de estima, como
status, reconhecimento e atenção.
5. Auto-realização: a intenção de tornar-se tudo aquilo que se é capaz de ser; inclui crescimento, alcance do seu próprio
potencial e autodesenvolvimento.
as necessidades de nível mais alto são satisfeitas internamente (dentro do indivíduo) enquanto as de nível
mais baixo são satisfeitas quase sempre externamente (através de coisas como remuneração, acordos sindicais e
permanência no emprego)
A teoria de dois fatores; Frederick Herzberg- Com a crença de que a relação de u m a pessoa com seu trabalho é básica, e de que
essa atitude pode determinar o seu sucesso ou fracasso

os fatores que levam à satisfação no trabalho são diferentes e separados daqueles que levam à insatisfação.

Teorias contemporâneas sobre a motivação

A teoria ERG
Alderfer diz que há três grupos de necessidades essenciais — existência, relacionamento e crescimento:

 O grupo da existência se refere aos nossos requisitos materiais básicos. Ele inclui aqueles itens que Maslow chamou de
necessidades fisiológicas e de segurança.
 relacionamento— o desejo de manter importantes relações interpessoais. Este desejo de status e sociabilidade precisa
da interação com outras pessoas para ser atendido e pode ser comparado às necessidades sociais de Maslow e aos
componentes externos de sua classificação de estima
 crescimento— um desejo intrínseco de desenvolvimento pessoal. Isto inclui os componentes intrínsecos da
categoria estima de Maslow, bem como as características da necessidade de auto-realização.

a teoria ERG demonstra que (1) mais de u m a necessidade pode estar ativa ao mesmo tempo, e, (2) se u m a necessidade de
nível superior for reprimida, o desejo de satisfazer outra de nível inferior aumentará.
Teoria das necessidades, de McClelland
A teoria das necessidades, de McClelland, - enfoca três necessidades: realização, poder e associação.
• Necessidade de realização: busca da excelência, de se realizar em relação a determinados padrões, de lutar pelo sucesso
• Necessidade de poder: necessidade de fazer com que os outros se comportem de um modo que não fariam naturalmente
• Necessidade de associação: desejo de relacionamentos interpessoais próximos e amigáveis

Ao atendermos esses fatores extrínsecos ao indivíduo, só estamos lhe garantindo o bem-estar físico. É necessário ir além dessa
instância e oferecer aos liderados as oportunidades para que cheguem aos objetivos de satisfação interior, aqueles situados no
mais alto nível de prioridade para o indivíduo.

Teoria da expectativa- Victor Vroom

A teoria da expectativa sustenta que a força da tendência para agir de determinada maneira depende da força
da expectativa de que esta ação trará certo resultado, e da atração que este resultado exerce sobre o indivíduo.
1. Relação esforço-desempenho. A probabilidade, percebida pelo indivíduo, de que u m a certa quantidade de esforço
levará ao desempenho.
2. Relação desempenho-recompensa. O grau em que o indivíduo acredita que um determinado nível de desempenho
levará ao resultado desejado.
3. Relação recompensa-metas pessoais. O grau em que as recompensas organizacionais satisfazem as metas pessoais
ou as necessidades do indivíduo e a atração que estas recompensas potenciais exercem sobre ele .
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Valência – grau de atração (desejabilidade) que um determinado resultado exece sobre o trabalhador
Instrumentabilidade – Percepção sobre a probabilidade de que determinados comportamento o levarão a alcançar
os resultados que deseja
Expectativa – Percepção de que uma vez comportando-se de uma determinada forma , atingirá o nível de
desempenho necessário
Motivação intrínseca e extrínseca

Motivação extrínseca – Move-se por recompensas ou punições


Motivação intrínseca – Move-se pela satisfação pela ação

Contrato psicológico é um fenômeno psicossocial que ocorre sempre que se constroem vinculos, em que entra em
jogo a satisfação de necessidade de duas ou mais partes

FUNDAMENTAÇÃO – Contrato Psicológico de Trabalho


 Duas partes envolvida: Individuo e organização
 Interação e influência mútua
 Contrato informal
 Conjunto de expectativa de ambas as partes sobre as ações da outra parte
 Essas expectativas acabam regendo os comportamentos
PERCEPÇÃO
PERCEPÇÃO - Processo de transferência de estimulação física em informação psicológica; processo mental pelo
qual os estímulos são trazidos à consciência.
Por meio da percepção, a pessoa interpreta: a) Os fenômenos do mundo que a cerca; b) Os fenômenos do mundo
interno a ela; c) A posição que ocupa no espaço.
A percepção conjuga a sensação com um significado que a experiência anterior lhe atribui. Portanto, depende da
memória e do pensamento.
SENSAÇÃO E PERCEPÇÃO
Sensação : Consciência dos componentes sensoriais e das dimensões da realidade (mecanismo de recepção da
informação)
Percepção: Supõe as sensações acompanhadas dos significados; • Levamos em conta as nossas experiências
anteriores.
Apesar de ser possível diferenciá-los, sentir e perceber são, na realidade, um processo único, que é o da recepção e
interpretação de informações.
As funções mentais superiores (sensação, percepção, atenção, memória, linguagem e pensamento): princípios que
regem o comportamento humano.
Sensação: é a operação que possibilita levar ao cérebro informações relativas a fenômenos do mundo exterior, ou ao
estado do organismo. Sem ela, nenhuma atividade física ou mental seria possível.
APRENDIZAGEM E PERCEPÇÃO
Como a maioria das atividades humanas, a percepção resulta de uma interação complexa das tendências inatas,
maturação e aprendizagem.
Assim, a percepção é um processo em que a aprendizagem desempenha um importante papel, desenvolvendo-se sobre
os fundamentos das tendências inatas de respostas, da maturação, bem como de experiências anteriores.
A CONSTÂNCIA PERCEPTIVA
Constância de tamanho – aprendemos que uma bola quando se afasta de nós não diminui de tamanho;
▪ Constância de forma – ex. caneta;
▪Constância de localização – não percebemos as coisas rodando se viramos a cabeça.
ORGANIZAÇÃO PERCEPTIVA E PSICOLOGIA DA GESTALT
Uma tendência organizadora fundamental é chamada relação entre a figura e o fundo. A parte que se destaca é o que
chamados de figura e a outra, o conjunto menos definido, de fundo.
Ex1. O caderno (figura), sobre a mesa (fundo); Ex2. A voz do cantos (figura) e os instrumentos (fundo);
Ex3. Picada da agulha (figura) e o braço (fundo)
AS ILUSÕES PERCEPTUAIS
As ilusões são interpretações falsas da realidade e podem ser visuais, auditivas, táteis, gustativas, olfativas.
QUATRO FUNÇÕES DA PSIQUE SEGUNDO JUNG
Sensação – reproduz uma experiência através dos sentidos, da mesma forma que uma fotografia copia um objeto. A
sensação refere-se a um enfoque na experiência direta, na percepção de detalhes, de fatos concretos — o que uma
pessoa pode ver, tocar, cheirar. A experiência concreta, tangível, tem prioridade sobre a discussão ou a análise da
experiência. Os tipos sensitivos tendem a responder a situação imediata, e lidam efetiva e eficientemente com todos os
tipos de crises e emergências. Em geral, eles trabalham melhor com instrumentos e utensílios do que qualquer um dos
outros tipos.
Intuição – é uma forma de processar informações em termos de experiência passada, objetivos futuros e processos
inconscientes. As implicações da experiência (o que poderia acontecer, o que é possível) são mais importantes para os
intuitivos do que a experiência real por si mesma. Pessoas fortemente intuitivas dão significado as suas percepções
com tamanha rapidez que geralmente não conseguem separar suas interpretações dos dados sensoriais brutos. Os
intuitivos processam informação muito depressa e relacionam, de forma automática, a experiencia passada e
informações relevantes a experiência imediata. Pelo fato deles frequentemente categorizarem em termos de material
inconsciente, seu pensamento parece avançar aos trancos e barrancos.

▪ Pensamento – pensar envolve julgar conscientemente se uma experiência é verdadeira ou falsa.


▪ Sentimento – a avaliação feita pela função de sentimento é expressa em termos de gostar ou não, agrado
ou desagrado,estímulo ou enfado.

PSICOLOGIA DA GESTALT
 Nossa experiencia depende dos modelos que os estímulos despertam na organização de nossa experiencia
 O que nós vemos ou percebemos está relacionada com a totalidade do campo de observação
Conceitos / Gestalt
Boa forma: tendencia da percepção em buscar a boa forma permitirá a figura-fundo
Meio Geográfico : O meio físico em que o conjunto de estímulos determinam o comportamento
Meio Comportamental : Interação do indivíduo com o meio físico que implicam na interpretação desse meio através
das forças que regem a percepção
Campo Psicológico ou organização perceptual : campo de força que leva o individuo a procurar a boa forma
Insight : Olhar para a figura que não tem sentido e, de repente, sem nenhum esforço a relação figura-fundo elucidar-se,
a compreensão imediata , enquanto uma espécie de entendimento interno

 Para a Gestalt compreendemos melhor os fenômenos psicológicos quando os consideramos


como um todo organizado e não quando o decompomos em unidades de estímulos e respostas.
 Para a Gestalt entre o estímulo que o meio fornece e a resposta do indivíduo, encontra-se o
processo de percepção;
 No estudo do comportamento devem ser consideradas as condições que alteram a percepção do
estímulo;
 A maneira como percebemos um estímulo irá desencadear nosso comportamento (ex: engano
do amigo).
 O que o indivíduo percebe e como percebe são dados importantes para a compreensão do
comportamento humano;
A estrutura perceber/percebido não é passível de subdivisões, ou seja, aquilo que observo – o observado-
forma uma unidade comigo, o observador.
Quando nos detemos a descrever o observado, na verdade estamos descrevendo a nossa relação com o
observado; ou seja, descrevemos uma parte de nós mesmos, uma vez que o que observo é uno com a minha
consciência.
O sentido não está “em mim” e nem está “ no mundo”, mas está exatamente nesta relação eu/mundo.
O sentido das coisas não está nas coisas em si, mas no que sobressai em cada relação observador/observado.
O sentido que brota da relação eu/mundo se dá na implicação do eu no mundo, e não em apenas uma parte
do “eu”, em uma parte do mundo.

ORGANIZAÇÃO PERCEPTIVA
Agrupamento – Tendemos a categorizar os elementos separados, baseados na proximidade ou característica
comum (cor,formato). (Similaridade, proximidade,simetria, continuidade, fechamento)

ESTEREÓTIPO : Categoria favorável ou desfavorável que é partilhada por um grupo social ou cultural e
que se refere a caracteristicas pessoais, especialmente a traços de personalidade , ou a comportamentos de
um grupo de indivíduo. Um estereótipo é uma super-generalização , que se traduz em rígidas e esquemáticas
de pensar que se generalizam . Na base dos estereótipos está um processo de categorização
Percepção seletiva: É a tendência de destacar os aspectos de uma situação, pessoa ou objeto que estejam em
consistência com suas necessidades, valores ou atitudes. Tem impacto mais forte no estágio da atenção do processo
perceptivo. Por exemplo, quando é solicitado à diferentes executivos de uma fábrica que apontem o principal
problema num caso de política da empresa e cada um deles escolhe como problemas consistentes, aqueles
relacionados com suas atribuições da área de trabalho.

Estereotipagem Julgamento de uma pessoa com base na percepção sobre o grupo ao qual ela pertence
Efeito de contraste Tendência de comparar as características de um indivíduo com as de outras pessoas

PROFECIA AUTOREALIZADA
Uma profecia autorrealizável, autorrealizadora ou autorrealizada é um prognóstico que, ao se tornar uma
crença, provoca a sua própria concretização. Quando as pessoas esperam ou acreditam que algo acontecerá,
agem como se a profecia ou previsão já fosse real e assim a previsão acaba por se realizar efetivamente.
TEORIA DA ATRIBUIÇÃO E PRECONCEITO ATRIBUTIVO
Busca explicar um dado comportamento a partir de como julgamos as pessoas. Esse julgamento é baseado
em fatores ou causas internas/pessoais ou em fatores ou causas externas/situacionais.
• Causas internas – sob o controle do indivíduo tais como sua inteligência, motivação e personalidade.
• Causas externas – relacionados a fatores ambientais ou situacionais, tais como as regras organizacionais, a
estrutura do cargo, cultura social, etc.
LOCUS DE CONTROLE
Locus ou Ponto de Controle é o modo geral como as pessoas veem as causas em suas próprias vidas. Eles
podem ser:
Interno – acreditam serem os responsáveis pela própria vida.
Externo – atribuem ao acaso, destino, sorte ou a fatores ambientais o controle de suas vidas.
PERCEPÇÃO E DIFERENÇAS INDIVIDUAIS
Personalidade – É a organização dinâmica, dentro do indivíduo, daqueles sistemas psicofísicos que
determinam seus ajustamentos únicos ao ambiente.
Influências no desenvolvimento da personalidade:
▪ Nossos traços físicos e o revestimento biológico, que limitam os modos com que somos capazes de nos
adaptar ao nosso meio circundante.
▪Nossa socialização e cultura do nosso grupo e sociedade.
▪Os diversos eventos vividos, as sensações e outros fatores situacionais que experimentamos
AUTOCONCEITO
É a maneira como vemos a nós mesmos. É intimamente relacionado à noção de personalidade.
Conscientemente ou não, cada um de nós temos uma imagem de si mesmo que influencia tudo o que
falamos, fazemos ou percebemos em relação ao mundo.
Fatores constitutivos do autoconceito
• Valores – tendem a formar a base do caráter de uma pessoa
• Crenças – ideias que as pessoas tem do mundo e de como ele funciona
• Competências – capacidade e habilidade que aumentam a eficácia de um indivíduo ao lidar com o mundo
• Metas pessoais – objetivos ou eventos futuros que perseguimos para satisfazer nossas necessidades básicas
ATITUDES
É uma predisposição a reagir a um estímulo de maneira positiva ou negativa. É também uma disposição
ligada ao juízo de determinados objetos da percepção ou da imaginação que orientam nosso julgamento se
tais objetos são bons ou maus, desejáveis ou indesejáveis.
Características básicas da atitude:
▪Direção – favorável, desfavorável ou neutra.
▪Intensidade – refere-se a força do componente afetivo e pode variar entre fraca e forte.
▪Saliência – refere-se à importância percebida da atitude. Ela pode variar de muito importante a sem
importância. De afinidade a aversão.
▪Diferenciação – parte de uma mistura inter-relacionadas de crenças, valores e outras atitudes. As que
contam com um grande número de crenças, valores e outras atitudes são altamente diferenciadas. As
baseadas em poucas crenças, valores e atitudes são pouco diferenciadas.
TEORIA DA DISSONÂNCIA COGNITIVA
▪Nós procuramos um estado de harmonia em nossas cognições.
▪Qualquer conhecimento, opinião ou crença acerca do ambiente, acerca da própria pessoa ou acerca de seu
comportamento.
▪Algumas cognições serão mais relevantes que outras.
▪Tendemos a situações de equilíbrio.
▪Quando o equilíbrio não é atingido, e a pessoa não pode mudar de uma situação desequilibrada para uma
situação equilibrada, ela experimenta tensão.

TEORIA DA DISSONÂNCIA COGNITIVA


▪Dissonância cognitiva é um estado desagradável.
▪Havendo dissonância cognitiva o indivíduo tenta reduzi-la ou eliminá-la e se comporta de forma a evitar
acontecimentos que a aumentem.
▪Havendo consonância, o individuo se comporta de forma a evitar acontecimentos provocadores da
dissonância.
▪A intensidade da dissonância cognitiva varia de acordo com a importância das cognições umas com as
outras.
▪A dissonância cognitiva só pode ser reduzida ou eliminada através de: a) Acréscimo de novas cognições
B) Mudança das cognições existentes
▪Se isso não for possível, irá se recorrer a comportamentos que tenham consequências cognitivas que
favoreçam um estado consonante.

Corpo, percepção e conhecimento em Merleau-Ponty


A ciência, em sua versão positivista, considera a percepção como algo distinto da sensação, embora a
relacione por meio da causalidade estímulo-resposta. Nesse sentido, a percepção é o ato pelo qual a
consciência apreende um dado objeto, utilizando as sensações como instrumento.
Gestalt. Segundo essa teoria, a percepção é compreendida através da noção de campo, não existindo
sensações elementares, nem objetos isolados. Dessa forma, a percepção não é o conhecimento exaustivo e
total do objeto, mas uma interpretação sempre provisória e incompleta.
A compreensão fenomenológica da percepção
A percepção como atitude corpórea
A sensação não é nem um estado ou uma qualidade, nem a consciência de um estado ou de uma qualidade. As sensações são
compreendidas em movimento: “A cor, antes de ser vista, anuncia-se então pela experiência de certa atitude de corpo...”

A percepção está relacionada à atitude corpórea. Na concepção fenomenológica da percepção a apreensão do sentido ou dos
sentidos se faz pelo corpo, tratando-se de uma expressão criadora, a partir dos diferentes olhares sobre o mundo.

Fenomenologia da Percepção, Merleau-Ponty reforça a teoria da percepção fundada na experiência do sujeito encarnado, do
sujeito que olha, sente e, nessa experiência do corpo fenomenal, reconhece o espaço como expressivo e simbólico.

A sensorialidade é um investimento que configura a estesia, a capacidade fisiológica, simbólica, histórica, afetiva de impressão
dos sentidos.

a experiência da obra de arte em geral produz significações mais amplas que a definem como um poema, um romance ou uma
pintura.

O movimento do organismo é a expressão da reorganização do sistema como um todo. É preciso considerar a unidade entre o
sensório e o motor na teoria da percepção.

Desse modo, a percepção seria a cooperação entre os órgãos sensoriais e os músculos, havendo uma sinergia. No entanto, as
teorias motoras da percepção, mesmo considerando a sinergia, ainda vêem os sentidos como transmissores de informações do
ambiente, não rompendo com a concepção tradicional de sentidos como janelas da alma.

O conhecimento perceptivo não é uma adequação, mas fundamentalmente criação, haja vista a plasticidade do cérebro-corpo.

Para uma fenomenologia do conhecimento


noções fenomenológicas como o hábito motor, o arco intencional e a relação do corpo com a cultura, como necessárias para
superar a representação mentalista que, por muito tempo, caracterizou os processos cognitivos.

MerleauPonty identifica o social na relação das ações corporais com a produção de significados, que não é resultado de uma
consciência transcendental ou constituinte, mas do engajamento do corposujeito, via motricidade.

conservam de Merleau-Ponty a exigência científica cultural do ocidente ao considerar nossos corpos como uma estrutura viva e
experiencial, em que o interno e o externo, o biológico e o fenomenológico se comunicam.

Especialmente nos estudos da percepção apresentados por Merleau-Ponty, há uma aproximação com a pesquisa científica atual da
cognição, no sentido de que a experiência humana é, culturalmente, incorporada. Maturana e Varela (1995) colocam em cena a
crítica ao conceito mentalista de representação, enfatizando-se a compreensão interpretativa do conhecimento a partir da
percepção e do movimento, a saber:
Percepção e pensamento são o mesmo no sistema nervoso; por isso não tem sentido falar de espírito versus matéria, ou idéias versus corpo: todas
essas dimensões da experiência são o mesmo no sistema nervoso; noutras palavras, são operacionalmente indiferenciáveis.

ELEMENTOS DA LIDERANÇA
Perspectiva de liderança baseada nos traços: • Foca na identificação desses traços individuais dos líderes que os
diferenciam de outras pessoas.
Perspectiva comportamental da liderança: • Foca não o que os líderes eram, mas o que eles faziam, tentando isolar as
características comportamentais dos líderes eficazes.

Perspectiva contingencial da liderança: A essência das teorias da liderança contingencial é a idéia de que, para ser eficaz, o
estilo tem de ser apropriado à situação.

09 tipos de líder
conector é de um indivíduo hábil em enxergar a teia de relações pessoais e em se conectar.Para ela, pessoas
com diferentes pontos fortes podem se unir para realizar grandes coisas.
Estimulador : É um líder que eleva a energia no ambiente, faz com que as pessoas se apeguem e as coisas
aconteçam.
Professor – líder instigado pelo potencial de cada pessoa. Seu poder vem com a descoberta de como
explorar os pontos fortes de cada um. Ele gosta de aprender a partir de tudo o que faz.
Provedor – Este líder está sempre querendo saber como apoiar a equipe e valorizar os funcionários. É
confiável e defende as outras pessoas.
Pioneiro – Este perfil se apega ao que virá em seguida. Gosta de projets novos, é motivado por novas
experiências. Não tem medo do fracasso.
Criador – Antes de pedir ajuda, esse líder tem ideias. Gosta de ter um tempo sozinho para pensar. Se orgulha de suas
ideias e não gosta de surpresas.
Assessor – É aquele líder a quem as pessoas recorrem quando desejam um conselho sobre determinado tópico.
Como um perito, está aprendendo tanto para poder ensinar os outros.
Equalizador – Este líder sente que todo o universo precisa ser alinhado. Se esforça para equilibrar tudo e espera
muito de todos. Se alguém não fizer o seu trabalho, ele falará na sua cara.
Influenciador – Faz com que as pessoas ajam com base no que recomenda. Seu objetivo é sempre convencer por
meio de persuasão ou charme. É impaciente e ouve apenas o que deseja.

ESTILOS DE LIDERANÇA

A liderança situacional consiste da relação entre estilo do líder, maturidade do liderado e situação encontrada. Não
existe um estilo de liderança adequado para todas as situações, mas ocasiões e estilos diferentes de gestores.
Liderança carismática é uma organização ou forma de autoridade, baseada no carisma do líder.
Liderança transacional é um estilo de liderança em que o líder promove o cumprimento do seus liderados através de
recompensas e punições, a fim de garantir o cumprimento dos seus liderados.
Liderança transformacional é um estilo de gerenciamento projetado para dar aos funcionários mais espaço para
serem criativos, olhar para o futuro e encontrar novas soluções para problemas antigos.
CONTINUUM DE COMPORTAMENTOS DE LIDERANÇA

GRADE GERENCIAL DE ROBERT BLAKE E JANE


MOUTON

TEORIA CAMINHO-META DE EVANS E HOUSE

ESTILO DE LIDERANÇA DOS EXECUTIVOS BRASILEIROS

TEORIA DA LIDERANÇA SITUACIONAL E ESTILOS DE


LIDERANÇA
Comportamento Grupal e Intergrupal

O que é grupo?

É um conjunto de indivíduos que interagem entre si compartilhando certas normas numa tarefa.

O grupo constitui um contexto enriquecido no sentido de proporcionar condições de prevenção e promoção da


saúde, sensibiliza os participantes quanto às vivências emocionais, possibilita a expressão das tensões e sentimentos,
amplia a percepção e estimula a criatividade.

Um grupo, se bem conduzido, é capaz de enriquecer e fortalecer laços, além de contribuir positivamente para
discussão e análise de saberes e vivências que auxiliam a qualquer que seja a dificuldade ou a necessidade de
um grupo.

Um grupo consiste de duas ou mais pessoas, que são psicologicamente conscientes umas das outras e que
interagem para atingir uma meta comum.

Bases do comportamento em grupo nas organizações : Dimensões do comportamento de grupo.

* Papeis * Normas * Coesão * Status

Atributos básicos dos grupos

• Status – nível ou posição de uma pessoa dentro do grupo e do grupo dentro da organização
• Papéis – refere-se aos diversos comportamentos que as pessoas esperam de um indivíduo ou de um grupo
em certas situações.
• Normas – padrões ou ideias comuns que norteiam o comportamento dos integrantes em todos os grupos
estabelecidos.
• Escritas ou não escritas
• Centrais ou periféricas
• Coesão – os membros refletem sensações de intimidade, manifestadas por meio de opiniões, atitudes,
gostos, desempenho e comportamentos semelhantes. A coesão do grupo é um determinante poderoso do
seu desempenho.
• Pensamento grupal – aspectos negativo da coesão. À medida que os grupos se tornarem mais coesos, eles
poderão desenvolver um clima de “elite”, caracterizado por sensações de superioridade, exclusividade e
invulnerabilidade.
• Nível de risco – surge quando o grupo assume uma posição mais ousada, em relação a uma questão
específica, do que qualquer um de seus membros individualmente.
Tipos de Grupo

Primários – predominantemente voltados para relacionamentos interpessoais diretos. Secundários – são mais
orientados para tarefas ou metas
Formais – são aqueles formalmente planejados pela organização para atingirem metas. Informais – surgem com o
passar do tempo, por meio da interação dos membros da organização.
Homogêneos – possuem coisas em comum. Heterogêneos – apresentam variações em dimensões significativas.
Interativos – os participantes se envolvem diretamente com algum tipo de intercambio entre si. Nominais – os
membros interagem indiretamente entre si.
Permanentes – são longevos. Temporários – são transitórios

Processo e desenvolvimento de grupos


Estágios de desenvolvimento do grupo
Formação – estágios em que os membros descobrem o que irão fazer, os estilos de liderança e os tipos de
relacionamento
Erupção – ocorre quando os estilos individuais entram em conflito
Normalização – a resistência é vencida à medida que o grupo estabelece normas
Realização – o grupo está pronto para dirigir sua atenção para alcançar suas metas

Socialização grupal e organizacional – processo de adaptação de novos membros ao conjunto de valores, normas e
papeis do grupo.
Socialização antecipada – estágio preliminar durante o qual uma pessoa recebe uma visão realista das metas e
expectativas organizacionais.
Encontro – espécie de iniciação em que o indivíduo é confrontado com a necessidade de equilibrar exigências
pessoais e profissionais
Normas e valores grupais – processo de finalização da socialização em que os indivíduos conciliam as exigências
conflitantes de seus papeis com o ajustamento às normas e valores do grupo.

Teoria das reuniões : As reuniões podem ser vistas como muito mais do que simplesmente o comportamento grupal
por si. As reuniões podem ser analisadas como rituais, metáforas sociais e mantenedoras do status quo

Conflito intergrupal

• Condições preliminares para o surgimento do conflito – identificação das possíveis causas


• Conflito latente – refere-se à fonte do conflito
• Conflito percebido – há um conflito, porém as partes não se incomodam
• Conflito sentido – produzem tensão e estresse
• Conflito manifestado – envolvem comportamentos declaradamente agressivos

Comunicação

O que é comunicação?
 É uma troca de informações entre um transmissor e um receptor. É também a inferência (percepção) do
significado entre os indivíduos envolvidos. Em muitos casos, os esforços de comunicação são intercâmbios
tanto simbólicos como comportamentais.

 Há uma distinção entre a transmissão da comunicação e a compreensão do significado dessa informação.

Elementos básicos da comunicação : Fonte da informação ou emissor ; Mensagem ; Receptor ou alvo da


informação; Interpretação da mensagem

Meios de transmissão da mensagem :


• Símbolos : Palavras ; Textos ; Desenhos.
• Mudança de comportamento : Gestos ; Contato visual ; Linguagem corporal ;Outros atos não
verbais (humor, emoção, etc
Funções básicas da comunicação interpessoal
 Controle : Esclarecer as obrigações ; Implantar normas ; Estabelecer autoridade e responsabilidade
 Informação : Propiciar a base para se tomar decisões, executar ordens e instruções
 Motivação: Influenciar os outros ; Obter cooperação e compromisso com as metas e objetivos
 Emoção: Expressar sentimentos

Modos de comunicação verbal


 Oral
 Escrita
 Jargão – linguagem especializada entre o pessoal interno (dificulta o entendimento do pessoal externo.
 Significado – o significado está na mente e não nas palavras. Não podemos supor que o que dissemos seja
necessariamente recebido e interpretado exatamente como pretendíamos.
 Perguntas – contêm suposições implícitas que faz sentido ao pessoal interno.

Modos de comunicação simbólica : Lugar onde moramos ; Roupas e cores que usamos ;O carro que dirigimos ; O
transporte que usamos ; Apresentação pessoal; Apresentação institucional ; Objetos que portamos ;Decoração do
escritório ; Disposição das cadeiras e mesas no escritório ; Locais da empresa

Modos de comunicação não verbal


 Espaço pessoal – se expande (espaço público) e se contrai (espaço íntimo)
 Linguagem corporal
 Como movimentamos nosso corpo
 Postura pessoal
 Quando e onde as pessoas se tocam
 Duração do contato visual
 Gestos e distância física entre as pessoas

Modos de comunicação paralinguística :


 Tom de voz
 Ritmos e outros aspectos da fala
 O modo como algo é dito
 O modo como o silêncio é usado
 Pausas cheias (hummm, ahh...)
 Timbre da voz

Barreiras à comunicação eficaz


 Sobrecarga de informações
 Tipos de informações (percepção seletiva) – aceitamos melhor as informações que se encaixam em nosso
autoconceito
 Fontes de informação – credibilidade da pessoa que emite a informação (estereótipos e preconceitos)
 Localização física e distrações – proximidade x distância
Chaves para a comunicação eficaz
 Usar linguagem apropriada
 Fornecer informações clara e completas
 Evitar interferências físicas e psicológicas
 Usar canais múltiplos para estimular os sentidos do receptor
 Usar comunicação face a face sempre que possível
 Ter empatia
 Dar feedbacks corretos
 Priorizar a escuta ativa em detrimento da seletiva

Redes formais de comunicação

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