Você está na página 1de 16

EVOLUÇÃO E APRECIAÇÃO DO TEATRO

FASC
PROF. JOÃO GUALBERTO

TEATRO DOS
HUMANISTA
EVOLUÇÃO

Características gerais do Humanismo.


Transição do Teocentrismo para o Antropocentrismo.
- EVOLUÇÃO -

Teocentrismo

A palavra teocentrismo vem do grego theos, que significa


Deus, e kentron, que significa centro. A doutrina ou
filosofia teocêntrica consideram Deus como o centro de
todo Universo, responsável pela criação do mundo e de
todas as coisas nele existentes.
- EVOLUÇÃO -

Antropocentrismo

O antropocentrismo é um pensamento filosófico que


coloca o homem como indivíduo central para o
entendimento do mundo. O termo tem origem grega e em
sua etimologia temos anthropos, que significa "humano", e
kentron, "centro", logo homem no centro.
EVOLUÇÃO

 Transição entre a Idade Média e a Idade Moderna, ou entre o


Trovadorismo e o Renascimento.
Segundo Rodrigues (2012):

O Humanismo foi uma época de transição e um dos movimentos que integraram o


Renascimento, período marcado por profundas transformações no campo do conhecimento que
tiveram, entre outras consequências, avanços tecnológicos que facilitaram as grandes viagens
marítimas. O eixo central do Humanismo foi a ideia da dignidade (respeito, justiça, honra, amor,
liberdade, solidariedade), com o propósito de valorizar as ações humanas.
As principais características do Humanismo são:

 Racionalidade
 Antropocentrismo
 Cientificismo
 Modelo Clássico
Valorização do corpo humano e das emoções
 Busca da beleza e perfeição
Portugal

O Marco do inicio do Humanismo em Portugal foi a


nomeação de Fernão Lopes para Cronista – Mor da
Torre do Tombo.
Portugal

O teatro popular, a poesia palaciana e a crônica


histórica foram os gêneros mais explorados durante o
período do humanismo em Portugal.
Teatro

Gil Vicente (1465-1536) foi considerado o pai do teatro


português, escrevendo “Autos” e “Farsas”, dos quais se
destacam:

Auto da Visitação (1502)


O Velho da Horta (1512)
Auto da Barca do Inferno (1516)
Farsa de Inês Pereira (1523)
Teatro Vicentino

Monólogo do Vaqueiro ou Auto da visitação Auto da Sibila Cassandra


Auto Pastoril Castelhano Auto da Festa
Auto dos Reis Magos Auto da Índia
O Velho da Horta Farsa de Inês Pereira
Auto da Barca do Purgatório Floresta de Enganos
Auto da Barca do Paraíso
Teatro Vicentino
O Auto da Barca do Inferno

Personagens e seus Pecados Brígida Vaz: alcoviteira condenada por bruxaria e


prostituição que vai para o inferno.
Diabo: capitão da barca do Inferno. Judeu: personagem que foi recusado pelo Diabo e pelo
Anjo: capitão da barca do Céu. Anjo por não ser adepto ao Cristianismo. Por fim, ele vai
Fidalgo: tirano e representante da nobreza. Teve uma para o inferno.
vida voltada para o luxo e vai para o inferno. Corregedor e Procurador: representantes da lei.
Onzeneiro: homem ganancioso, agiota e usurário. Por Ambos vão para o inferno, pois foram acusados de serem
ter sido um grande avarento na vida ele vai para o inferno. manipuladores e utilizarem das leis e da justiça para o bem
Joane, o parvo: personagem inocente que teve uma e interesses pessoais.
vida simples. Portanto, ele vai para o céu. Cavaleiros: grupo de quatro homens que lutaram para
Sapateiro: homem trabalhador, mas que roubou e disseminar o cristianismo em vida e portanto, são
enganou seus clientes. Assim, ele vai para o inferno. absolvidos dos pecados que cometeram e vão para o céu.
Frade: representante da Igreja, que vai para o inferno.
Isso porque ele tinha uma amante, Florença, e não seguiu
os princípios do catolicismo.
Teatro Vicentino

Auto de moralidade criado por Gil Vicente em dedicação comandantes na proa: o do paraíso um anjo, e o
à sereníssima e muito católica rainha Leonor, nossa
do inferno um comandante infernal e um
senhora, e representado, por sua ordem, ao poderoso
príncipe e muito alto rei Manuel, primeiro de Portugal companheiro.
deste nome.
Começa a declaração e argumento da obra: O primeiro interlocutor é um Fidalgo que chega
com um Pajem, que lhe segura um manto muito
Primeiramente, no presente auto, pressupõem- comprido com uma mão e uma cadeira de
se que, no momento em que acabamos de espaldas com a outra.
morrer, chegamos subitamente a um rio,
o qual, por força, teremos de passar num dos O comandante do Inferno começa o seu pregão
dois batéis que estão atracados num porto. mesmo antes do Fidalgo se aproximar.
Um deles vai em direção ao paraíso e o outro
para o inferno.
Os tais batéis têm, cada um, os seus
- Fontes -

RODRIGUES, Inara de Oliveira. Literaturas de língua portuguesa: história,


sociedade e cultura / Inara de Oliveira Rodrigues, Paulo Roberto Alves dos Santos.
– Ilhéus, BA: Editus, 2012. 374p. : il. (Letras - módulo 4 – volume 4 – EAD)
GRATIDÃO

Você também pode gostar