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doenças cardiovasculares
Rafael Henrique Almeida dos Santos
R1 Cardiologia
Introdução
DM aumenta 2x risco de desfechos vasculares (DAC, AVEi e morte vascular).
Aumento do risco é proporcional ao tempo de doença, complicações microvasculares e nível
de HbA1c.
Diagnóstico de DM2 impõe um risco de IC 2 a 5 vezes maior em comparação com indivíduos
sem diabetes.
Cada aumento de 1% na HbA1c acima de 7% foi associado a um aumento de 16% no risco,
independente de outros FR como obesidade, HAS, dislipidemia e DAC.
Estratificação do risco cardiovascular
Os pacientes com diabetes tipos 1 e 2 são divididos em quatro grandes categorias de risco
cardiovascular, a saber: baixo, intermediário, alto e muito alto com base na idade, na presença de
Estratificadores de Risco (ER), Doença Aterosclerótica Subclínica (DASC), ou Doença
Aterosclerótica Clínica (DACL).
Estratificação do risco cardiovascular
Risco aterosclerótico
O DM é uma doença multissistêmica que determina disfunção endotelial, mudanças no
metabolismo de lípides com hipertrigliceridemia, e partículas de LDL pequena e densa,
compondo o cenário ideal para aterogênese acelerada.
Evidências sugerem que o risco CV aumenta ainda em estágios que precedem o
diagnóstico clínico de DM em 10 a 20 anos.
Risco aterosclerótico
68 % dos diabéticos com 65 anos ou mais morrem de doença cardíaca, sendo a maior parte por
DAC, seguida de IC congestiva.
Em pacientes com diabetes, CAC > 10 é preditor de mortalidade e eventos cardiovasculares futuros.
Recomenda-se que pacientes com diabetes, com CAC > 10 sejam considerados de alto risco
cardiovascular (I, A).
O CACS não deve ser solicitado para pacientes com DM ou SM e risco cardiovascular baixo (< 5%
pelo ERG) ou muito elevado (> 20% em 10 anos) (III, B).
Rastreamento do isquemia miocárdica silenciosa
2. Metas glicêmicas:
- HbA1c quase normal (<7,0%) para reduzir
complicações microvasculares.
- Em pacientes com diabetes sem DACL, as metas de PAS < 130 e PAD < 80 podem ser razoáveis,
se bem toleradas.
- Em pacientes com DAC estabelecida, não é recomendado reduzir a pressão arterial abaixo de
120/70.
- Em pacientes com diabetes e albuminúria (> 30 mg/g), recomenda-se que a meta de PAS e a PAD
sejam < 130 e < 80.
- Em pacientes com diabetes e albumina urinária > 30 mg/g, o tratamento com IECA ou BRA é
indicado.
- Ao usar mais de um anti-hipertensivo para atingir a pressão arterial alvo, é razoável combinar um
IECA ou um BRA com um BCC diidropiridínico.
Prevenção de doenças cardiovasculares em DM
4. Dislipidemia:
- Em prevenção primária, pacientes diabéticos cuja terapia com estatina está indicada devem receber
doses de alta potência destas e/ou de ezetimiba, com alvo de LDL-c < 70 mg/dL. Alternativamente, em
indivíduos com DM de risco elevado ou muito elevado, uma meta de LDL-c < 50 mg/dL deve ser
buscada (I, A).
- Se os alvos não forem atingidos, a intensificação do tratamento é aconselhada, seja mudando para
uma estatina mais potente, aumentando a dose da estatina, adicionando ezetimiba e/ou melhorando as
modificações no estilo de vida (I, A).
Prevenção de doenças cardiovasculares em DM
4. Dislipidemia:
- O uso de inibidores de PCSK9 pode ser considerado em pacientes com muito alto risco, que não
atingiram metas de LDL-colesterol, apesar do uso de estatina de alta potência. A decisão de usar
inibidores de PCSK9, no entanto, deve ser cuidadosamente avaliada por análise custo-benefício (IIa, B).
- Em pacientes portadores de diabetes com muito alto risco com SCA recente, o perfil lipídico deve ser
determinado nas primeiras 12 a 24 horas de internação, para definir os níveis lipídicos basais.
Posteriormente, o tratamento com estatinas deve ser iniciado nas maiores doses toleráveis, o mais
rápido possível, independentemente dos níveis lipídicos, quando o perfil lipídico deve ser reavaliado
para verificar a obtenção do alvo proposto (I, B).
Aspirina em prevenção primária para
diabéticos
Estudo ASCEND em pacientes diabéticos comparando aspirina x placebo com seguimento de
7,5 anos não mostrou diferença na mortalidade CV.
Objetivo: avaliar se controle glicêmico intensivo com sulfoniuréias ou insulina reduziria o risco de
complicações micro ou macrovasculares.
EXCLUSÃO:
RANDOMIZAÇÃO:
INCLUSÃO:
- Cr > 2
- angina ou IC - 3687 pacientes
- DM2 recém diagnosticado
- evento vascular prévio - 70% controle glicêmico intensivo: sulfa ou
- idade 25-65 anos
- retinopatia grave insulina
- GJ > 108 mg/dl
- IAM no último ano - 30% tratamento convencional: dieta
Resultados
HR 0.94 (95% CI, 0.84 to 1.06) HR 0.86 (95% CI, 0.77 to 0.97)
Conclusões
Resultados:
-Não inferioridade estatística vs. placebo (que incluiu medicação alternativa para redução da
glicose para atingir o equilíbrio glicêmico) para o resultado CV composto primário examinado.
- Nenhum dos inibidores DPP4 foi associado a benefícios CV significativos em suas populações
de estudo.
Agonista de GLP-1
- 7020 pctes DM2 com HbA1c > 7, ClCr > 30 e doença arterial manifesta (AVC, IAM ou
DAOP)
- 2 grupos: placebo x empagliflozina 10/25mg
Inibidores do SGLT2
CANVAS – Canagliflozina em DM com alto risco CV
- redução 14% MACE, mas não alterou significativamente morte geral.
- reduziu hospitalização por IC.
- aumento na incidência de fraturas e amputações de MI.