Você está na página 1de 29

LDB 9394/96

Avaliação
Professor refém:

da má qualidade de ensino que ele próprio recebeu;


do que necessita, mas de que não dispõe;
das pressões internas que sofre do sistema;
da própria consciência, que lhe revela sua impotência;
dos alunos, que hoje o enfrentam em muitos casos;
da família, que perdeu a autoridade sobre os filhos;
da sociedade, que surpreende professores e gestores com medidas
cautelares, mandados de segurança e processos...

ZAGURY, Tânia. O professor refém: para pais e professores entenderem por que fracassa a educação no Brasil .
– Rio de Janeiro: Record, 2006.
Ação docente

Compreendidos nossos jovens têm que ser, sim, sem dúvida, mas superando suas dificuldades de
aprendizagem sempre.

É assim que o aluno precisa ser amparado.

Acreditar no potencial do ser humano, na real capacidade de vencer e superar seus problemas e
deficiências é essencial para que o professor não se aliene do seu real objetivo...

O rendimento do aluno de fato depende diretamente do trabalho do docente.


Ação docente

Se ele ensina bem, usa metodologias adequadas, incentiva e


cria oportunidades de reflexão, revisão e fixação, se há
recuperação paralela sempre, em boa parte dos casos o aluno
atinge os objetivos desejados.

A aprendizagem não depende apenas dos recursos de ensino,


nem apenas do professor, mas também de muitas outras
variáveis.

Portanto, a responsabilidade da aprendizagem também é uma


função do aluno – não apenas da escola ou do professor.
Ação docente

[...] O erro e as atitudes inadequadas são partes intrínsecas do processo de aprendizagem – ninguém
nasce sabendo regras sociais nem qual a ética vigente.

Em síntese, não se pode pretender resultados lançando toda ou a maior parte da responsabilidade sobre
apenas um dos elementos que trabalham no sistema (no caso, o professor) e, ainda por cima, em
condições precárias.

E do processo fazem parte todos que dele participam, inclusive os responsáveis pela tomada de decisão.

Professor é quem ensina.


E quem ensina, para ensinar com qualidade, precisa acreditar no que faz. E precisa também que
acreditem nele.
Avaliação

O que entendem por avaliação?


Pra que se avalia?
Avaliar

“Avaliar” deriva do vocabulário latino” valere” que significa “ter


saúde, vigor, força”. Em português, “valia” deu origem a avaliar,
cujo significado é “determinar o valor; reconhecer a grandeza, a
intensidade”. (MOSNA, 2014, p. 208)

MOSNA, Rosa Maria Pinheiro. Avaliação: paradigmas e paradoxos no âmbito do ensino médio. In:
AZEVEDO, José Clovis de; REIS, Jonas Tarcísio. O ensino médio e os desafios da experiência:
movimentos da prática. 1. ed. – São Paulo: Fundação Santillana: Moderna , 2014
Avaliação

Paro (2001, p.14), afirma que: “o homem, precisa averiguar


permanentemente se o processo está de acordo com os objetivos que
pretende atingir”.

Portanto, “a avaliação faz parte da construção do conhecimento.


Tanto o professor avalia os alunos, ou seja busca reconhecer a
grandeza ou intensidade do seu conhecimento, seus avanços ou
dificuldades, para fazer as intervenções necessárias, quando o aluno
se autoavalia para se autocorrigir – consciente ou inconscientemente
-, e nesse processo acontecem o ensino e a aprendizagem”. (MOSNA,
2014, p. 209)

PARO, Vitor Henrique. Reprovação escolar: renúncia à educação. São Paulo: Xamã, 2001.
Avaliação (para ampliar)
Trechos de filmes sobre avaliação

https://www.youtube.com/watch?v=goQ599p9468

Sugestão:

Filme: Além da sala de aula jcm 2013


disponível em: (acesso 20/08/18)
https://www.youtube.com/watch?v=4BUOV6-L8Mo&t=3240s

Documentário: Pro dia nascer feliz parte 1, 2 e 3


https://www.youtube.com/watch?v=74jokEl7RQ4

Conselho e classe. Pro dia nascer feliz.


https://www.youtube.com/watch?v=BpwY_eEHacA
LDB - AVALIAÇÃO

Art 9º inciso VI - assegurar processo nacional de avaliação do rendimento escolar no ensino f undament al, médio e superior, em colaboração com os sist em as de ensino, objetivando a definição de prioridades e a melhoria da qualidade do ensino;

Art . 12. Os estabelecimentos de ensino [. .. ]:


V - prover meios para a recuperação dos alunos de menor rendimento;
VII - informar pai e mãe, conviventes ou não com seus filhos, e, se f or o caso, os responsáveis legais, sobre a frequência e rendimento dos alunos, bem como sobre a execução da proposta pedagógica da escola;
  (Redação dada pela Lei nº 12.013, de 2009)
LDB - AVALIAÇÃO

Art. 13. Os docentes incumbir-se-ão de:


III - zelar pela aprendizagem dos alunos;
IV - estabelecer estratégias de recuperação para os alunos
de menor rendimento;
LDB - AVALIAÇÃO

Art. 23 § 1º A escola poderá reclassificar os alunos, inclusive quando se tratar de transferências entre
estabelecimentos situados no País e no exterior, tendo como base as normas curriculares gerais.
II - a classificação em qualquer série ou etapa, exceto a primeira do ensino fundamental, pode ser feita:
a) por promoção, para alunos que cursaram, com aproveitamento, a série ou fase anterior, na própria escola;
b) por transferência, para candidatos procedentes de outras escolas;
c) independentemente de escolarização anterior, mediante avaliação feita pela escola, que defina o grau de
desenvolvimento e experiência do candidato e permita sua inscrição na série ou etapa adequada, conforme
regulamentação do respectivo sistema de ensino;
LDB - AVALIAÇÃO

V - a verificação do rendimento escolar observará os


seguintes critérios:
a) avaliação contínua e cumulativa do desempenho do
aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os
quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os
de eventuais provas finais;
b) possibilidade de aceleração de estudos para alunos com
atraso escolar;
c) possibilidade de avanço nos cursos e nas séries mediante
verificação do aprendizado;
d) aproveitamento de estudos concluídos com êxito;
e) obrigatoriedade de estudos de recuperação, de
preferência paralelos ao período letivo, para os casos de
baixo rendimento escolar, a serem disciplinados pelas
instituições de ensino em seus regimentos;
LDB - AVALIAÇÃO

Art. 31.  A educação infantil [...]:


I - avaliação mediante acompanhamento e registro do
desenvolvimento das crianças, sem o objetivo de promoção, mesmo
para o acesso ao ensino fundamental; (Incluído pela Lei nº 12.796,
de 2013)

Art. 32. O ensino fundamental obrigatório [...]:


I - o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como
meios básicos o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo;

Art. 36. O currículo do ensino médio [...]:


II - adotará metodologias de ensino e de avaliação que estimulem a
iniciativa dos estudantes;
PNE (Lei n. 13.005 de 25/06/14) - Avaliação

Art. 11.  O Sistema Nacional de Avaliação da Educação


Básica, coordenado pela União, em colaboração com os Estados, o Distrito
Federal e os Municípios, constituirá fonte de informação para a
avaliação da qualidade da educação básica e para a
orientação das políticas públicas desse nível de ensino.
§
1o  O sistema de avaliação a que se refere o caput produzirá,
no máximo a cada 2 (dois) anos: I-
indicadores de rendimento escolar, referentes ao
desempenho dos (as) estudantes apurado em exames
nacionais de avaliação, com participação de pelo menos 80%
(oitenta por cento) dos (as) alunos (as) de cada ano escolar
periodicamente avaliado em cada escola, e aos dados
pertinentes apurados pelo censo escolar da educação
básica;
PNE - AVALIAÇÃO

II - indicadores de avaliação institucional, relativos a


características como o perfil do alunado e do corpo dos (as)
profissionais da educação, as relações entre dimensão do
corpo docente, do corpo técnico e do corpo discente, a
infraestrutura das escolas, os recursos pedagógicos
disponíveis e os processos da gestão, entre outras
relevantes.

Relato de experiências/vivências na prática.


PNE - AVALIAÇÃO

Meta 7: fomentar a qualidade da educação básica em


todas as etapas e modalidades, com melhoria do fluxo
escolar e da aprendizagem de modo a atingir as
seguintes médias nacionais para o Ideb: (Projeção)

IDEB 2013 2015 2017 2019 2021

EF - AI 4.9 5,2 5,5 5,7 6,0

EF - AF 4.4 4,7 5,0 5,2 5,5

EM 3.9 4,3 4,7 5,0 5,2

Fonte: Inep, 2017


AVALIAÇÃO/IDEB - BRASIL

IDEB 2005 2013 2013 2015 2015 2017 2022


P O P O O
EF – AI 3,8 4.9 5.2 5.2 5.3 5.8 6.0
EF - 3.5 4.4 4.2 4.7 4.2 4.7 5.5
AF
EM 3.4 3.9 3.7 4.3 3.7 3.8 5.2
Fonte: Qedu, 2020 - publicado em 2018

P= projetado
O= observado
AVALIAÇÃO - IDEB

SC 2005 2007 2009 2011 2013 2015 2017

EF - AI 4.3 4.7 5.0 5.7 5.7 5.9 6.0

EF - AF 4.1 4.1 4.2 4.7 4.1 4.7 4.8

EM 3.5 3.8 3.7 4.0 3.6 3.4 3.6

Fonte: Qedu, 2019


AVALIAÇÃO - IDEB

JLLE 2005 2007 2009 2011 2013 2015 2017 2019


M - AI 5.0 5.5 6.1 6.3 6.8 7.0 7.2 ??
E - AI 4.5 4.8 5.1 6.1 6.0 6.3 6.1
M- 4.6 4.8 5.2 5.4 5.4 5.7 6.5
AF
E - AF 3.8 4.1 4.2 4.9 4.3 4.9 4.8
Fonte: Qedu, 2019 Ainda não
publicado

M = MUNICIPAL
E = ESTADUAL
AVALIAÇÃO - IDEB

Município Mun. AI Est. AI Mun. AF Est. AF


Araquari 6.1 6.0 - 4.6
Bal. Barra do Sul 5.5 5.2 - 4.0
Barra Velha 6.1 6.4 4.9 4.5
Garuva 6.0 - 4.8 4.6
Itapoá 6.2 - 5.2 4.7
Joinville 7.2 6.1 6.5 4.8
São Francisco do Sul 5.5 6.1 4.1 4.0
São João do Itaperiú -- 5.8 - 4.7
Campo Alegre 6.7 5.6 -- 4.8
São Bento do Sul 6.8 7.1 5.5 5.4
Guaramirim 6.6 -- 6.7 5.0
Jaraguá do Sul 7.1 6.4 5.7 5.4

Fonte: Qedu, 2020


QEDU – para saber mais

Acessar o endereço e explore os dados das escolas (inclusive para a


caracterização da unidade para o ECS):

www.qedu.org.br/cidade/728-joinville/pessoas/professor
INDICADORES - taxa de rendimento
BRASIL REPROVAÇÃO % ABANDONO % APROVAÇÃO %
ANOS INICIAIS 5,1 0,7 94,3
ANOS FINAIS 9,5 2,4 88,1
ENSINO MÉDIO 10,6 6,1 83,4

SANTA REPROVAÇÃO % ABANDONO % APROVAÇÃO %


CATARINA
ANOS INICIAIS 3,6 0,1 96,3
ANOS FINAIS 10,0 0,8 89,2
ENSINO MÉDIO 11,8 5,3 82,9

JOINVILLE REPROVAÇÃO % ABANDONO % APROVAÇÃO %


ANOS INICIAIS 3,3 0,1 96,6
ANOS FINAIS 7,8 0,4 91,8
ENSINO MÉDIO 11,7 5,5 82,8
Fonte: Qedu, 2020 - dados 2018
INDICADORES: distorção idade-série

BRASIL DISTORÇÃO SANTA JOINVILLE


IDADE-SÉRIE CATARINA
11% ANOS INICIAIS 7% 7%
25% ANOS FINAIS 20% 17%
28% E. MÉDIO 21% 22%

Fonte: www.qedu.org.br, 2020 acesso: 31/08/20


AVALIAÇÃO - PISA

  Pisa 2003 Pisa 2006 Pisa 2009 Pisa 2012 Pisa 2015

Número de
alunos 4.452 9.295 20.127 18.589 23.141
participantes

Leitura 403 393 412 410 407

Matemática 356 370 386 391 377

Ciências 390 390 405 405 401

Quadro comparativo dos resultados do Brasil no PISA desde 2003.

META: PISA (Programa Internacional de Avaliação de Estudantes com 15


anos) – feita pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento
Econômico - OCDE 
Média dos resultados em Matemática, leitura e ciências = 473
Entre 70 países, a posição do Brasil - 63ª: Leitura = 59º, Ciências = 63º e
Matemática = 65º
Avaliação deve:

Ser democratizada, relativizada, questionada, discutida com todos os


interessados;

Deve cumprir seu papel formativo e regulador das aprendizagens;

Perrenoud (1999), nos dá a seguinte orientação:


a avaliação é processo sistemático, contínuo e integrado, destinado a
determinar se os objetivos propostos foram alcançados;
identificar aspectos do objeto da avaliação e do contexto a ser
aprimorados;
Planejar e desenvolver correção de rumos;
Acompanhar o processo de ensino/aprendizagem;
Verificar saberes, competências e habilidades dos alunos.
Etapas da sequência formativa

Coleta de informações referentes aos progressos


realizados e às dificuldades de aprendizagem encontradas
pelo aluno;

Interpretação dessas informações, com vistas a operar


um diagnóstico das eventuais dificuldades;

Adaptação das atividades de ensino/aprendizagem –


coleta de informação/diagnóstico individualizado/ajuste da
ação.
Portanto,

Todo o processo de aprendizagem deve ser sistematicamente


avaliado. Faz-se necessário, momentos e instrumentos específicos
para a instrumentalização, sistematização e registo da avaliação.
univille.br

Você também pode gostar