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PROGRAMA DE AVALIAÇÃO
HUMBERTO BARBOSA DO NASCIMENTO
IVANÊ LEITE DE ANDRADE
IVONETE NUNES MACHADO
JÚLIA GISLÂNDIA DE ARAÚJO
MARINEIDE LEITE MAIA MELO
THIAGO RAFAEL SOARES DE SOUZA GUEDES
VALDA AVELINO ALVES
Márcia de Figueiredo Lucena Lira,
CARO(A) EDUCADOR(A), Secretária de Estado da Educação
Como parte do todo que é a Secretaria de Estado da Educação, você é agente de uma construção coletiva,
baseada na troca de saberes e experiências, que prima pela formação de sujeitos preparados para (re)
posicionar-se diante do marcante dinamismo da sociedade atual.
Acreditamos que seu trabalho é da maior relevância para o Sistema de Avaliação da Educação da Paraíba
- Avaliando IDEPB, um dos projetos do Plano de Gestão Paraíba Faz Educação, que visa não só obter
informações sistematizadas sobre o desempenho escolar e estabelecer parâmetros de leitura e divulgação
de informações, mas prioritariamente, fomentar o movimento de ação-reflexão-ação para investigar
a prática pedagógica, de modo que as análises apontem caminhos para superação das demandas de
ensino e de aprendizagem no cotidiano escolar.
Na construção da lógica de que avaliação não é um mero complemento do processo educativo, porém,
é parte integrante e permanente da ação diária que precisa ser pensada, temos a incumbência de, num
plano maior, redimensionar as políticas públicas, para a melhoria contínua da educação. Nesse percurso,
nos deparamos com conceitos e valores que mexem com concepções didáticas construídas ao longo da
nossa prática, sendo imprescindível nos apropriarmos de conhecimentos e experiências nessa temática.
Por conseguinte, acreditamos ser essencial que abandonemos preconceitos, hábitos arraigados e abramo-
nos para acolher mais serenamente as diversidades, para que continuemos verdadeiramente no caminho
da melhoria da Educação da Paraíba e seguindo sempre em frente.
São dois anos de Avaliando IDEPB. Nesta revista, apresentamos os resultados da segunda edição-2013,
que se permitem ser analisados comparativamente com os de 2012. São dados para serem divulgados e
debatidos, uma vez que sinalizam desafios de gestão, docência e currículo.
Somos gratos aos professores, técnicos, gestores e estudantes contribuintes dessa segunda edição do
Avaliando IDEPB, que culmina com a produção dessa revista destinada aos educadores da rede estadual
de ensino. Cada um individualmente e todos coletivamente somos responsáveis pelo êxito dessa proposta
inovadora de avaliação no contexto escolar da Paraíba. Por isso mesmo, estamos fazendo nossa parte
com muito cuidado e contamos com sua parceria para aprimorá-la por meio de seu trabalho, responsável,
competente e crítico.
SUMÁRIO
AVALIAR PARA
PROMOVER
PÁGINA 12
1. AVALIAÇÃO: 2. INTERPRETAÇÃO
O ENSINO-APRENDIZAGEM DE RESULTADOS E
COMO DESAFIO ANÁLISES PEDAGÓGICAS
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3. DESENVOLVIMENTO 4. OS RESULTADOS
DE HABILIDADES DESTA ESCOLA
PÁGINA 65 PÁGINA 79
EXPERIÊNCIA
EM FOCO
PÁGINA 74
1
AVALIAÇÃO:
O ENSINO-APRENDIZAGEM COMO DESAFIO
Caro(a) Educador(a), a Revista Pedagógica apresenta os fundamentos, a metodologia e os resultados da avaliação,
com o objetivo de suscitar discussões para que as informações disponibilizadas possam ser debatidas e utilizadas
no trabalho pedagógico.
Um importante movimento em busca da qualidade raciocínio: por meio dos dados levantados, é
da educação vem ganhando sustentação em possível que o professor obtenha uma medida da
paralelo às avaliações tradicionais: as avaliações aprendizagem de seus estudantes, contrapondo
externas, que são geralmente em larga escala e tais resultados àqueles alcançados no estado e até
possuem objetivos e procedimentos diferenciados mesmo à sua própria avaliação em sala de aula.
daquelas realizadas pelos professores nas salas de Verificar essas informações e compará-las amplia
aula. Essas avaliações são, em geral, organizadas a visão do professor quanto ao seu estudante,
a partir de um sistema de avaliação cognitiva dos identificando aspectos que, no dia a dia, possam
estudantes e aplicadas, de forma padronizada, ter passado despercebidos. Desta forma, os
a um grande número de pessoas. Os resultados resultados da avaliação devem ser interpretados
aferidos pela aplicação de testes padronizados em um contexto específico, servindo para a
têm como objetivo subsidiar medidas que visem ao reorientação do processo de ensino, confirmando
progresso do sistema de ensino e atendam a dois quais as práticas bem-sucedidas em sala de aula
propósitos principais: prestar contas à sociedade e fazendo com que os docentes repensem suas
sobre a eficácia dos serviços educacionais ações e estratégias para enfrentar as dificuldades
oferecidos à população e implementar ações que de aprendizagem detectadas.
promovam a equidade e a qualidade da educação.
A articulação dessas informações possibilita
A avaliação em larga escala deve ser concebida consolidar a ideia de que os resultados de
como instrumento capaz de oferecer condições desempenho dos estudantes, mesmo quando
para o desenvolvimento dos estudantes e só tem abaixo do esperado, sempre constituem uma
sentido quando é utilizada, na sala de aula, como oportunidade para o aprimoramento do trabalho
uma ferramenta do professor para fazer com que docente, representando um desafio a ser
os estudantes avancem. O uso dessa avaliação de superado em prol da qualidade e da equidade
acordo com esse princípio demanda o seguinte na educação.
TRAJETÓRIA
2012 2013
68,7% 74,3%
Revista Pedagógica 9
A AVALIAÇÃO EDUCACIONAL EM LARGA ESCALA
O diagrama a seguir apresenta, passo a passo, a lógica do sistema de avaliação de forma sintética,
indicando as páginas onde podem ser buscados maiores detalhes sobre os conceitos apresentados.
(Matriz de Referência)
Página 18
(Escala de Proficiência)
(Itens)
Página 22
Página 44
São os sistemas de ensino os responsáveis em oferecer recursos humanos preparados para os postos
definidos pelo mercado de trabalho. A propósito dessa inegável realidade, faz-se necessário considerar
a concepção de homem, educação e sociedade que é defendida no sistema de ensino, a fim de clarear
os rumos da avaliação, de modo que não se perca de vista o que é significativo ponderar e engendrar
no ato avaliativo.
A formação para a emancipação humana é a principal razão da aquisição de saberes, atitudes e valores. A
humanidade tem em sua essência vontades, capacidades imaginativas e transformativas, e cria relações
de sociabilidade. Sem esses qualificativos não há razão para a existência humana. A formação também
se dá num corpo coletivo, em que experiências são partilhadas, com base nos conhecimentos legados
historicamente para o usufruto das gerações, que se utilizam desses achados, (re)construindo saberes
no crescente aprimoramento do bem viver e do bem comum. A formação ainda se faz na relação com o
mundo econômico e social, criando formas de atendimento e superação das necessidades encontradas,
no movimento crescente de descobertas, que culmina no desenvolvimento integral da humanidade.
Revista Pedagógica 13
significa adotar a avaliação como um ato de identificação de dificuldades e avanços e de intervenção
pedagógica, durante o percurso escolar, permitindo que as competências e as habilidades exigidas pelos
sistemas sejam apenas uma parte de um processo mais rico e pleno de aprendizagens. A avaliação
formativa favorece uma análise de como as aprendizagens estão acontecendo, fazendo o(a) educador(a)
corrigir distorções criadas na relação do ensino e da aprendizagem. Só assim, é possível promover
uma aprendizagem significativa e formadora da autonomia do pensar e do agir humanos. De acordo
com PERRENOUD,
Incontestavelmente, a lógica formativa ganhou importância. Pouco a pouco, denunciam-se os limites que lhe
impõem as lógicas de seleção. Esquece-se que elas reinaram sozinhas, durante décadas. A democratização do
ensino e a busca de uma pedagogia mais diferenciada fizeram emergir, e depois difundir, a lógica formativa, de
modo que hoje em dia as forças e a legitimidade de ambas estão mais equilibradas. (PERRENOUD, 1999, p. 18)
PERRENOUD afirma que a função do(a) educador(a) na prática da avaliação de aprendizagem é análoga
à do artesão e à do médico:
1. Quando um artesão modela um objeto, não deixa de observar o resultado para ajustar seus gestos e, se
preciso for, “corrigir o alvo”, expressão comum que designa uma faculdade humana universal: a arte de conduzir
a ação pelo olhar, em função de seus resultados provisórios e dos obstáculos encontrados. Cada professor
dispõe dela, como todo mundo. Ele se dirige, porém, a um grupo e regula sua ação em função de sua dinâmica
de conjunto, do nível global e da distribuição dos resultados, mais do que das trajetórias de cada aluno. A
2. Nenhum núcleo se preocupa em classificar seus pacientes, do menos doente ao mais gravemente atingido.
Nem mesmo pensa em lhes administrar um tratamento coletivo. Esforça-se para determinar, para cada um
deles, um diagnóstico individualizado, estabelecendo uma ação terapêutica sob medida. (PERRENOUD, 1999,
p. 15)
Referência:
Perrenoud, Phillipe. Avaliação - Da excelência à regulação das aprendizagens - entre duas lógicas. Porto
Alegre. Artes Médicas. Rio Grande do Sul, 1999.
Revista Pedagógica 15
2
INTERPRETAÇÃO
DE RESULTADOS E ANÁLISES PEDAGÓGICAS
Esta seção traz os fundamentos da metodologia de avaliação externa do Sistema Estadual de Avaliação da Educação da
Paraíba, a Matriz de Referência, a Teoria de Resposta ao Item (TRI) e a Escala de Proficiência.
MATRIZ DE REFERÊNCIA
Para realizar uma avaliação, é necessário definir o Diante da autonomia garantida legalmente em
conteúdo que se deseja avaliar. Em uma avaliação nosso país, as orientações curriculares da Paraíba
em larga escala, essa definição é dada pela apresentam conteúdos com características
construção de uma MATRIZ DE REFERÊNCIA, próprias, como concepções e objetivos
que é um recorte do currículo e apresenta as educacionais compartilhados. Desta forma, o
habilidades definidas para serem avaliadas. No estado visa a desenvolver o processo de ensino-
Brasil, os Parâmetros Curriculares Nacionais aprendizagem em seu sistema educacional com
(PCN) para o Ensino Fundamental e para o Ensino qualidade, atendendo às particularidades de seus
Médio, publicados, respectivamente, em 1997 e estudantes. Pensando nisso, foi criada uma Matriz
em 2000, visam à garantia de que todos tenham, de Referência específica para a realização da
mesmo em lugares e condições diferentes, acesso avaliação em larga escala do Avaliando IDEPB.
a conhecimentos considerados essenciais para o
exercício da cidadania. Cada estado, município e A Matriz de Referência tem, entre seus fundamentos,
escola tem autonomia para elaborar seu próprio os conceitos de competência e habilidade. A
currículo, desde que atenda a essa premissa. COMPETÊNCIA corresponde a um grupo de
acelerador etc.
Revista Pedagógica 17
MATRIZ DE REFERÊNCIA DE
9º ano do Ensino Fundamental
Os descritores associam
o conteúdo curricular a
operações cognitivas,
indicando as habilidades
que serão avaliadas por
meio de um item.
item
(M090047C2) Juliana fez uma pesquisa em sua escola para saber os números dos sapatos dos seus colegas.
O item é uma questão
Ela entrevistou alguns alunos e anotou os resultados dessa entrevista na tabela abaixo. utilizada nos testes de uma
Número do sapato Quantidade de alunos
avaliação em larga escala e
35 10 se caracteriza por avaliar uma
36 30 única habilidade indicada
37 45
38 20
por um descritor da Matriz
39 5 de Referência.
De acordo com essa tabela, quantos alunos entrevistados possuem sapatos com numeração maior que 36?
A) 10
B) 40
C) 70
D) 100
Revista Pedagógica 19
TEORIA DE RESPOSTA AO ITEM (TRI)
A Teoria de Resposta ao Item (TRI) é, em termos gerais, uma forma de analisar e avaliar os
resultados obtidos pelos estudantes nos testes, levando em consideração as habilidades
demonstradas e os graus de dificuldade dos itens, permitindo a comparação entre testes
realizados em diferentes anos.
A TRI é uma forma de calcular a proficiência alcançada, com base em um modelo estatístico
capaz de determinar um valor diferenciado para cada item que o estudante respondeu
em um teste padronizado de múltipla escolha. Essa teoria leva em conta três parâmetros:
• Parâmetro "A"
A capacidade de um item de discriminar, entre os estudantes avaliados, aqueles que
desenvolveram as habilidades avaliadas daqueles que não as desenvolveram.
• Parâmetro "B"
O grau de dificuldade dos itens: fáceis, médios ou difíceis. Os itens estão distribuídos
de forma equânime entre os diferentes cadernos de testes, possibilitando a criação de
diversos cadernos com o mesmo grau de dificuldade.
• Parâmetro "C"
A análise das respostas do estudante para verificar aleatoriedade nas respostas: se for
constatado que ele errou muitos itens de baixo grau de dificuldade e acertou outros de
grau elevado – o que é estatisticamente improvável, o modelo deduz que ele respondeu
aleatoriamente às questões.
O Avaliando IDEPB utiliza a TRI para o cálculo de acerto do estudante. No final, a proficiência
não depende apenas do valor absoluto de acertos, depende também da dificuldade e da
capacidade de discriminação das questões que o estudante acertou e/ou errou. O valor
absoluto de acertos permitiria, em tese, que um estudante que respondeu aleatoriamente
tivesse o mesmo resultado que outro que tenha respondido com base em suas habilidades.
O modelo da TRI evita essa situação e gera um balanceamento de graus de dificuldade
entre as questões que compõem os diferentes cadernos e as habilidades avaliadas em
relação ao contexto escolar. Esse balanceamento permite a comparação dos resultados dos
estudantes ao longo do tempo e entre diferentes escolas.
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i i ii iiiiiiiiiiiiiii Matemática
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iiiiiiiiiiii CADERNO
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DOMÍNIOS COMPETÊNCIAS DESCRITORES
Grandezas e
Medir grandezas. D12, D13 e D14.
medidas
*As habilidades envolvidas A ESCALA DE PROFICIÊNCIA foi desenvolvimento das habilidades para os
nessas competências não
são avaliadas nesta etapa
desenvolvida com o objetivo de traduzir estudantes que alcançaram determinado
de escolaridade. medidas em diagnósticos qualitativos nível de desempenho.
do desempenho escolar. Ela orienta, por
exemplo, o trabalho do professor com relação Em geral, para as avaliações em larga
às competências que seus estudantes escala da Educação Básica realizadas no
desenvolveram, apresentando os resultados Brasil, os resultados dos estudantes em estudante
em uma espécie de régua onde os valores são colocados em uma mesma Escala de
obtidos são ordenados e categorizados em Proficiência definida pelo Sistema Nacional
intervalos ou faixas que indicam o grau de de Avaliação da Educação Básica (Saeb).
Por permitirem ordenar os resultados de precisam ser trabalhadas em sala de aula, A gradação das cores
indica a complexidade
desempenho, as Escalas são importantes em cada etapa de escolaridade avaliada. da tarefa.
ferramentas para a interpretação dos Com isso, os educadores podem
resultados da avaliação. atuar com maior precisão na detecção
das dificuldades dos estudantes,
A partir da interpretação dos intervalos da possibilitando o planejamento e a
Escala, os professores, em parceria com a execução de novas ações para o
Abaixo do Básico
equipe pedagógica, podem diagnosticar processo de ensino-aprendizagem. Básico
as habilidades já desenvolvidas pelos A seguir é apresentada a estrutura da Adequado
estudantes, bem como aquelas que ainda Escala de Proficiência. Avançado
Revista Pedagógica 23
A ESTRUTURA DA ESCALA DE PROFICIÊNCIA
Na primeira coluna da Escala são apresentados Para compreender as informações presentes na
os grandes Domínios do conhecimento em Escala de Proficiência, pode-se interpretá-la de
para toda a Educação Básica. Esses Domínios três maneiras:
são agrupamentos de competências que, por
sua vez, agregam as habilidades presentes na
• Primeira
Matriz de Referência. Nas colunas seguintes são
Perceber, a partir de um determinado Domínio,
apresentadas, respectivamente, as competências
o grau de complexidade das competências a ele
presentes na Escala de Proficiência e os descritores
associadas, através da gradação de cores ao
da Matriz de Referência a elas relacionados.
longo da Escala. Desse modo, é possível analisar
como os estudantes desenvolvem as habilidades
As competências estão dispostas nas várias
relacionadas a cada competência e realizar uma
linhas da Escala. Para cada competência há interpretação que contribua para o planejamento
diferentes graus de complexidade representados do professor, bem como para as intervenções
por uma gradação de cores, que vai do amarelo- pedagógicas em sala de aula.
claro ao vermelho. Assim, a cor amarelo-claro
indica o primeiro nível de complexidade da • Segunda
competência, passando pelo amarelo-escuro,
laranja-claro, laranja-escuro e chegando ao nível Ler a Escala por meio dos Padrões de
mais complexo, representado pela cor vermelha. Desempenho, que apresentam um panorama
do desenvolvimento dos estudantes em um
Para auxiliar na tarefa de acompanhar o desempenho dos estudantes, na seção Desenvolvimento de habilidades, há
uma análise representativa por meio da competência Conhecer e utilizar números, abordando a perspectiva do seu
ensino para esta etapa e sugestões de atividades e recursos pedagógicos que podem ser utilizados pelo professor. A
escolha desse exemplo foi baseada em um diagnóstico que identificou algumas habilidades desta competência que
apresentaram baixo índice de acerto no 9º ano do Ensino Fundamental nas avaliações educacionais realizadas em
anos anteriores.
OS DOMÍNIOS E COMPETÊNCIAS
DA ESCALA DE PROFICIÊNCIA
Espaço e forma
Revista Pedagógica 25
LOCALIZAR OBJETOS EM REPRESENTAÇÕES DO ESPAÇO
0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500
Um dos objetivos do ensino de Espaço e forma em Matemática é propiciar ao estudante o desenvolvimento
da competência de localizar objetos em representações planas do espaço. Esta competência é desenvolvida
desde os anos iniciais do Ensino Fundamental por meio de tarefas que exigem dos estudantes, por exemplo,
desenhar, no papel, o trajeto casa-escola, identificando pontos de referências. Para o desenvolvimento
desta competência, nos anos iniciais do Ensino Fundamental, são utilizados vários recursos, como a
localização de ruas, pontos turísticos, casas, dentre outros, em mapas e croquis. Além disso, o uso do
papel quadriculado pode auxiliar o estudante a localizar objetos utilizando as unidades de medidas (cm,
mm), em conexão papel quadriculado é um importante recurso para que os estudantes localizem pontos
utilizando coordenadas. No Ensino Médio os estudantes trabalham as geometrias plana, espacial e analítica.
Utilizam o sistema de coordenadas cartesianas para localizar pontos, retas, circunferências entre outros
objetos matemáticos.
Nesta competência, a denominação de “figuras geométricas” será utilizada de forma geral para se referir
tanto às figuras bidimensionais como às tridimensionais. Em todos os lugares, nós nos deparamos com
diferentes formas geométricas – arredondadas, retilíneas, simétricas, assimétricas, cônicas, esféricas
dentre muitas outras. A percepção das formas que estão ao nosso redor é desenvolvida pelas crianças,
mesmo antes de entrarem na escola. Nos anos iniciais do Ensino Fundamental, os estudantes começam
a desenvolver as habilidades de reconhecimento de formas utilizando alguns atributos das figuras
planas (um dos elementos que diferencia o quadrado do triângulo é o atributo número de lados) e
tridimensionais (conseguem distinguir a forma esférica de outras formas). Nas séries finais do Ensino
Fundamental, são trabalhadas as principais propriedades das figuras geométricas. No Ensino Médio,
os estudantes identificam várias propriedades das figuras geométricas, entre as quais destacamos o
Teorema de Pitágoras, propriedades dos quadriláteros dentre outras.
Revista Pedagógica 27
laranja-escuro de 300 a 375 pontos
No intervalo-laranja escuro, 300 a 375 pontos na Escala , os estudantes reconhecem um quadrado
fora de sua posição usual. É muito comum, ao rotacionarmos um quadrado 90 graus, os estudantes
não identificarem a figura como sendo um quadrado. Nesse caso, os estudantes consideram essa
figura como sendo um losango. Em relação às figuras tridimensionais, os estudantes identificam alguns
elementos dessas figuras como, por exemplo, faces, vértices e bases, além de contarem o número de
faces, vértices e arestas dos poliedros. Ainda, em relação às figuras planas, os estudantes reconhecem
alguns elementos da circunferência, como raio, diâmetro e cordas. Relacionam os sólidos geométricos
às suas planificações e também identificam duas planificações possíveis do cubo
Existem vários tipos de transformações no plano. Dentre elas, podemos citar as isometrias que têm como
características a preservação de distâncias entre pontos do plano, como translações, rotações e reflexões e
as transformações por semelhança que preservam a forma, mas não preservam, necessariamente, o tamanho.
As habilidades relacionadas a esta competência dizem respeito às transformações por semelhança e, devido
à sua complexidade, começam a ser desenvolvidas em níveis mais altos da Escala de Proficiência.
A resolução de problemas é uma capacidade cognitiva que deve ser desenvolvida na escola. O ensino
da Matemática pode auxiliar nesse desenvolvimento considerando que a resolução de problemas
não é o ponto final do processo de aprendizagem e sim o ponto de partida da atividade matemática,
propiciando ao estudante desenvolver estratégias, levantar hipóteses, testar resultados, utilizar conceitos
já aprendidos em outras competências. No campo do Espaço e forma, espera-se que os estudantes
consigam aplicar relações e propriedades das figuras geométricas – planas e não planas – em situações-
problema.
Revista Pedagógica 29
Grandezas e medidas
estabelecer conexões entre grandezas e medidas com outros temas competências descritas para este domínio
matemáticos como, por exemplo, os números racionais positivos
e suas representações. Através de diversas atividades, é possível
mostrar a importância e o acentuado caráter prático das Grandezas
e medidas, para poder, por exemplo, compreender questões
relacionadas aos Temas Transversais, além de sua vinculação a outras
áreas de conhecimento, como as Ciências Naturais (temperatura,
velocidade e outras grandezas) e a Geografia (escalas para mapas,
coordenadas geográficas). Estas competências são trabalhadas
desde a Educação Infantil até o Ensino Médio, permitindo que, a
cada ano de escolaridade, os estudantes aprofundem e aperfeiçoem
o seu conhecimento neste domínio..
Um dos objetivos do estudo de Grandezas e medidas é propiciar ao estudante o desenvolvimento
da competência: utilizar sistemas de medidas. Para o desenvolvimento desta competência, nos anos
iniciais do Ensino Fundamental, podemos solicitar aos estudantes que marquem o tempo por meio de
calendário. Destacam-se, também, atividades envolvendo culinária, o que possibilita um rico trabalho,
utilizando diferentes unidades de medida, como o tempo de cozimento: horas e minutos e a quantidade
dos ingredientes: litro, quilograma, colher, xícara, pitada e outros. Os estudantes utilizam também outros
sistemas de medidas convencionais para resolver problemas.
MEDIR GRANDEZAS
0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500
Outro objetivo do ensino de Grandezas e medidas é propiciar ao estudante o desenvolvimento da competência:
medir grandezas. Esta competência é desenvolvida nos anos iniciais do Ensino Fundamental quando, por
Revista Pedagógica 31
exemplo, solicitamos aos estudantes para medirem o comprimento e largura da sala de aula usando algum objeto
como unidade. Esta é uma habilidade que deve ser amplamente discutida com os estudantes, pois, em razão
da diferença dos objetos escolhidos como unidade de medida, os resultados encontrados serão diferentes. E
perguntas como: “Qual é medida correta?” É respondida da seguinte forma: “Todos os resultados são igualmente
corretos, pois eles expressam medidas realizadas com unidades diferentes.” Além dessa habilidade, ainda nas
séries iniciais do Ensino Fundamental, também é trabalhada a habilidade de medir a área e o perímetro de
figuras planas, a partir das malhas quadriculadas ou não. Nos anos finais do Ensino Fundamental, os estudantes
resolvem problemas envolvendo o cálculo de perímetro e área de figuras planas e problemas envolvendo
noções de volume (paralelepípedo). No Ensino Médio, os estudantes resolvem problemas envolvendo o cálculo
do volume de diferentes sólidos geométricos (prisma, pirâmide, cilindro, cone, esfera) e problemas envolvendo
a área total de um sólido (prisma, pirâmide, cilindro, cone, esfera).
O estudo de Grandezas e medidas tem, também, como objetivo propiciar ao estudante o desenvolvimento
da competência: estimar e comparar grandezas. Muitas atividades cotidianas envolvem esta competência,
como comparar tamanhos dos objetos, pesos, volumes, temperaturas diferentes e outras. Nas séries
iniciais do Ensino Fundamental, esta competência é trabalhada, por exemplo, quando solicitamos aos
estudantes que comparem dois objetos estimando as suas medidas e anunciando qual dos dois é maior.
Atividades como essas propiciam a compreensão do processo de medição, pois medir significa comparar
grandezas de mesma natureza e obter uma medida expressa por um número.
Revista Pedagógica 33
Números e operações/Álgebra e funções
Como seria a nossa vida sem os números? Em nosso dia a dia, nos
Conhecer e utilizar números.
deparamos com eles a todo o momento. Várias informações essenciais
para a nossa vida social são representadas por números: CPF, RG, Realizar e aplicar operações.
conta bancária, senhas, número de telefones, número de nossa
residência, preços de produtos, calendário, horas, entre tantas outras. Utilizar procedimentos algébricos.
Não é por acaso que Pitágoras, um grande filósofo e matemático competências descritas para este domínio
grego (580-500 a.C), elegeu como lema para a sua escola filosófica
“Tudo é Número”, pois acreditava que o universo era regido pelos
números e suas relações e propriedades. Este domínio envolve, além
do conhecimento dos diferentes conjuntos numéricos, as operações e
suas aplicações à resolução de problemas. As operações aritméticas
estão sempre presentes em nossas vidas. Quantos cálculos temos
que fazer? Orçamento do lar, cálculos envolvendo nossa conta
bancária, cálculo de juros, porcentagens, divisão de uma conta em um
restaurante, dentre outros. Essas são algumas das muitas situações
com que nos deparamos em nossas vidas e nas quais precisamos
realizar operações. Além de números e operações, este domínio
também envolve o conhecimento algébrico que requer a resolução de
problemas por meio de equações, inequações, funções, expressões,
cálculos entre muitos outros. O estudo da álgebra possibilita aos
estudantes desenvolver, entre outras capacidades, a de generalizar.
Quando fazemos referência a um número par qualquer, podemos
representá-lo pela expressão 2n (n sendo um número natural). Essa
expressão mostra uma generalização da classe dos números pares.
As crianças, nos anos iniciais do Ensino Fundamental, têm contato com os números e já podem perceber
a importância deles na vida cotidiana. Já conhecem a escrita de alguns números e já realizam contagens.
Nessa fase da escolaridade, os estudantes começam a conhecer os diferentes conjuntos numéricos
e a perceberem a sua utilização em contextos do cotidiano. Entre os conjuntos numéricos estudados
estão os naturais e os racionais em sua forma fracionária e decimal. Não podemos nos esquecer de que
o domínio de números está sempre relacionado a outros domínios como o das Grandezas e medidas.
Na etapa final do Ensino Fundamental, os estudantes resolvem problemas mais complexos envolvendo
Revista Pedagógica 35
vermelho acima de 375 pontos
Acima de 375 pontos na Escala, os estudantes, além de já terem desenvolvido as habilidades relativas aos
níveis anteriores, conseguem localizar na reta numérica números representados na forma fracionária, comparar
números fracionários com denominadores diferentes e reconhecer a leitura de um número decimal até a
ordem dos décimos. O vermelho indica o desenvolvimento das habilidades associadas a esta competência.
Esta competência refere-se às habilidades de cálculo e à capacidade de resolver problemas que envolvem
as quatro operações básicas da aritmética. Envolve, também, o conhecimento dos algoritmos utilizados
para o cálculo dessas operações. Além do conhecimento dos algoritmos, esta competência requer a
aplicação dos mesmos na resolução de problemas englobando os diferentes conjuntos numéricos, seja
em situações específicas da Matemática, seja em contextos do cotidiano.
O estudo da álgebra possibilita ao estudante desenvolver várias capacidades, dentre elas a capacidade
de abstrair, generalizar, demonstrar e sintetizar procedimentos de resolução de problemas. As habilidades
referentes à álgebra são desenvolvidas no Ensino Fundamental e vão desde situações-problema em que
se pretende descobrir o valor da incógnita em uma equação utilizando uma balança de dois pratos, até
a resolução de problemas envolvendo equações do segundo grau. Uma das habilidades básicas desta
competência diz respeito ao cálculo do valor numérico de uma expressão algébrica, em que é utilizado
o conceito de variável. No Ensino Médio esta competência envolve a utilização de procedimentos
algébricos para resolver problemas envolvendo o campo dos diferentes tipos de funções: linear, afim,
quadrática e exponencial.
Revista Pedagógica 37
também determinam o cálculo numérico de uma expressão algébrica em sua forma fatorada e resolvem
problemas envolvendo: grandezas diretamente proporcionais, variações entre mais de duas grandezas,
juros simples, porcentagem e lucro.
Tratamento da informação
Um dos objetivos do ensino do conteúdo Tratamento da informação é propiciar ao estudante o desenvolvimento
da competência: ler, utilizar e interpretar informações apresentadas em tabelas e gráficos. Esta competência
é desenvolvida nas séries iniciais do Ensino Fundamental por meio de atividades relacionadas aos interesses
das crianças. Por exemplo, ao registrar os resultados de um jogo ou ao anotar resultados de respostas a
uma consulta que foi apresentada, elas poderão, utilizando sua própria forma de se expressar, construir
representações dos fatos e, pela ação mediadora do professor, essas representações podem ser interpretadas
e discutidas. Esses debates propiciam novas oportunidades para a aquisição de outros conhecimentos
e para o desenvolvimento de habilidades e de atitudes. Nas séries finais do Ensino Fundamental, temas
mais relevantes podem ser explorados e utilizados a partir de revistas e jornais. O professor pode sugerir
a realização de pesquisas com os estudantes sobre diversos temas e efetuar os registros dos resultados
em tabelas e gráficos para análise e discussão. No Ensino Médio, os estudantes são solicitados a utilizarem
procedimentos estatísticos mais complexos como, por exemplo, cálculo de média aritmética.
Revista Pedagógica 39
vermelho acima de 325 pontos
A cor vermelha, acima de 325 pontos, indica que os estudantes leem, utilizam e interpretam informações a
partir de gráficos de linha do plano cartesiano. Além de analisarem os gráficos de colunas representando
diversas variáveis, comparando seu crescimento. Neste nível de proficiência, as habilidades relativas a
esta competência estão desenvolvidas.
Um dos objetivos do ensino do Tratamento de informação em Matemática é propiciar ao estudante o
desenvolvimento da competência: utilizar procedimentos de combinatória e probabilidade. Esta competência
deve ser desenvolvida desde as séries iniciais do Ensino Fundamental por meio da resolução de problemas de
contagem simples e a avaliação das possibilidades de ocorrência ou não de um evento. Algumas habilidades
vinculadas a esta competência no Ensino Fundamental são exploradas juntamente com o domínio Números,
operações e Álgebra. Quando tratamos essa habilidade dentro do Tratamento de informação, ela se torna
mais forte no sentido do professor perceber a real necessidade de trabalhar com ela. O professor deve
resolver problemas simples de possibilidade de ocorrência, ou não, de um evento ou fenômeno, do tipo “Qual
é a chance?” Apesar desse conhecimento intuitivo ser muito comum na vida cotidiana, convém trabalhar
com os estudantes a diferença entre um acontecimento natural, que tem um caráter determinístico, e um
acontecimento aleatório, cujo caráter é probabilístico. Também é possível trabalhar em situações que permitam
avaliar se um acontecimento é mais ou menos provável. Não se trata de desenvolver com os estudantes
as técnicas de cálculo de probabilidade. Mas sim, de explorar a ideia de possibilidade de ocorrência ou
não de um evento ou fenômeno. Intuitivamente, compreenderão que alguns acontecimentos são possíveis,
isto é, “têm chance” de ocorrer (eventos com probabilidades não nulas). Outros acontecimentos são certos,
“garantidos” (eventos com probabilidade de 100%) e há aqueles que nunca poderão ocorrer (eventos com
probabilidades nulas). As habilidades associadas a esta competência são mais complexas, por isso começam
a ser desenvolvidas em níveis mais altos da Escala de Proficiência.
Além disso, as competências e habilidades agrupadas nos Padrões não esgotam tudo aquilo que os estudantes
desenvolveram e são capazes de fazer, uma vez que as habilidades avaliadas são aquelas consideradas essenciais
em cada etapa de escolarização e possíveis de serem avaliadas num teste de múltipla escolha. Cabe aos
docentes, através de instrumentos de observação e registro utilizados em sua prática cotidiana, identificarem outras
características apresentadas por seus estudantes que não são contempladas pelos Padrões. Isso porque, a despeito
dos traços comuns a estudantes que se encontram em um mesmo intervalo de proficiência, existem diferenças
individuais que precisam ser consideradas para a reorientação da prática pedagógica.
Revista Pedagógica 41
Abaixo do Básico
até 225 pontos
0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500
Constata-se, também, que esses estudantes lidam com os algoritmos das operações
aritméticas; localizam números na reta numérica; reconhecem a escrita por extenso
de números naturais e a sua composição e decomposição em dezenas e unidades,
considerando o seu valor posicional na base decimal; resolvem problemas envolvendo
a soma ou subtração de números racionais na forma decimal, constituídos pelo mesmo
número de casas decimais e por até três algarismos e resolvem problemas envolvendo a
soma de números naturais. Esses estudantes reconhecem as características do Sistema
de Numeração Decimal.
As habilidades matemáticas que se evidenciam neste Padrão são elementares para esta
série e o desafio que se apresenta é o de viabilizar condições para que os estudantes
possam vencer as próximas etapas escolares.
Revista Pedagógica 43
(M090047C2) Juliana fez uma pesquisa em sua escola para saber os números dos sapatos dos seus colegas.
Ela entrevistou alguns alunos e anotou os resultados dessa entrevista na tabela abaixo.
De acordo com essa tabela, quantos alunos entrevistados possuem sapatos com numeração maior que 36?
A) 10
B) 40
C) 70
D) 100
60+40
interpretação equivocada do comando para a percentual
resposta do item e consideraram a quantidade de de acerto
60,5%
estudantes que possui a numeração do sapato
menor ou igual a 36. Os estudantes que assinalaram
a alternativa D provavelmente adicionaram
todas as quantidades de estudantes que usam
numeração maior ou igual a 36 demonstrando,
da mesma forma que aqueles que marcaram a
Esse item avalia a habilidade de os estudantes Constata-se, ao analisar esse item, que uma das
resolverem problema envolvendo a adição dificuldades apresentadas por esses estudantes
e subtração de números racionais em sua é a forma como eles interpretam o problema.
representação decimal. Para resolvê-lo, eles É necessária uma intervenção pontual, que
podem somar os valores dos produtos que foram possibilite a eles a compreensão, a partir de
adquiridos por Renato e subtrair esse total do valor contextos diversos, dos significados das operações
monetário que ele tinha (100 reais). Os estudantes aritméticas implícitas nesses contextos, bem como
que marcaram a alternativa A, provavelmente operar com o Sistema de Numeração Decimal.
desenvolveram a habilidade avaliada pelo item.
Observe abaixo mais alguns exemplos de itens
Os estudantes que assinalaram a alternativa B representativos desse padrão de desempenho.
provavelmente não se apropriaram do comando
para resposta do item e calcularam somente o
A B C D
valor da compra (70 reais) realizada por Renato. Os
81,2% 14,2% 1,8% 1,9%
estudantes que marcaram a alternativa C fizeram
uma interpretação equivocada do enunciado do
81+19
problema e associaram o valor monetário que percentual
Renato possuía para pagar a compra ao valor de acerto
81,2%
do troco que ele deveria receber. Já aqueles
que assinalaram a alternativa D provavelmente
não compreenderam o significado da subtração
implícito, além disso, no contexto do item,
adicionaram todos os valores apresentados no
problema ao valor da compra.
Revista Pedagógica 45
(M050200EX) Observe no mapa abaixo a disposição dos alunos em uma sala de aula. Em um determinado
dia, a professora percebeu que faltou o aluno que senta na 3ª fila, entre Paulo e Júlia. Todos os demais
alunos estavam presentes nesse dia.
87+13
percentual
de acerto
87,2%
84+16
percentual
de acerto
84,5%
Revista Pedagógica 47
Básico
de 225 a 275 pontos
0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500
Neste Padrão de Desempenho, as habilidades matemáticas que se evidenciam são as relativas aos
significados dos números nos diversos contextos sociais, a compreensão dos algoritmos da adição
de números de até três algarismos com reagrupamento, da subtração de até quatro algarismos com
reserva, da multiplicação de até dois algarismos e da divisão exata por números de um algarismo, além
do reconhecimento de figuras bidimensionais pelos lados e pelo ângulo reto, e da planificação do cone
e do cubo. Os estudantes diferenciam entre os diversos sólidos, os que têm superfícies arredondadas;
localizam pontos usando coordenadas cartesianas em um referencial quadriculado; identificam a
localização ou a movimentação de objetos em representações gráficas, com base em referencial igual
ou diferente da própria posição.
Constata-se, também, que esses estudantes lidam com os algoritmos das operações aritméticas;
localizam números na reta numérica; reconhecem a escrita por extenso de números naturais e a sua
composição e decomposição em dezenas e unidades, considerando o seu valor posicional na base
decimal; resolvem problemas envolvendo a soma ou subtração de números racionais na forma decimal,
constituídos pelo mesmo número de casas decimais e por até três algarismos e resolvem problemas
envolvendo a soma de números naturais. Esses estudantes reconhecem as características do Sistema
de Numeração Decimal.
Ainda, neste Padrão, os estudantes já demonstram conhecimentos básicos relativos à Literacia Estatística,
conseguem ler e interpretar informações elementares e explícitas em um gráfico de colunas, por meio da
leitura de valores do eixo vertical, e ler informações em tabelas de coluna única e de dupla entrada. O
ganho em relação aos estudantes do 5º ano reflete-se na capacidade de identificar dados em uma lista
de alternativas, utilizando-os na resolução de problemas, relacionando-os, dessa forma, às informações
apresentadas em gráficos de barras e tabelas. São capazes, ainda, de resolver problemas envolvendo as
operações, usando dados apresentados em gráficos ou tabelas, inclusive com duas entradas.
As habilidades matemáticas que se evidenciam neste Padrão são elementares para esta série e o
desafio que se apresenta é o de viabilizar condições para que os estudantes possam vencer as próximas
etapas escolares.
Revista Pedagógica 49
(M050429ES) Observe abaixo os quadriláteros que Denise desenhou.
Esse item avalia a habilidade de os estudantes que os estudantes compreendam que as formas
identificarem quadriláteros por meio de geométricas são classificadas de acordo com suas
suas propriedades. propriedades geométricas e não conforme suas
qualidades estéticas.
Para resolvê-lo, eles devem reconhecer que um
losango é definido como um paralelogramo que
A B C D
possui os quatro lados congruentes. Portanto,
23,2% 16,1% 53,8% 6%
os estudantes que marcaram a alternativa C
possivelmente desenvolveram a habilidade
54+46
avaliada pelo item. percentual
de acerto
53,8%
Aqueles que escolheram as demais alternativas
possivelmente criaram uma representação
mental do losango que não corresponde à sua
definição conceitual. Isso explica os equívocos
cometidos com relação à nomenclatura dos
polígonos, por exemplo, quando os estudantes
associam a palavra “quadrado” a qualquer tipo
de retângulo ou a palavra “losango” a qualquer
tipo de paralelogramo, por não perceberem as
características relativas aos lados e aos ângulos
que diferenciam esses quadriláteros.
Esse item avalia a habilidade de os estudantes números em cada um desses contextos tem
resolverem problema envolvendo a conversão de significados distintos. Por exemplo, 1 é menor que
unidades de medida de comprimento. 2, mas 1 km é maior que 2 m.
41+59
alternativa C desenvolveram esta habilidade. percentual
de acerto
41,1%
A opção pelas demais alternativas sugere que
os estudantes confundiram a relação entre
essas unidades de medida, considerando 1 km =
10 m ou 1 km = 100 m ou ainda 1 km = 10 000 m,
demonstrando não perceberem a relação existente
entre os múltiplos e submúltiplos do metro.
Revista Pedagógica 51
Danilo comprou 4 kg de feijão branco, 1,80 kg de feijão preto e 3,50 kg de feijão carioca, em
(M050576ES)
uma mercearia.
Quantos quilogramas de feijão Danilo comprou ao todo nessa mercearia?
A) 9,30
B) 7,50
C) 5,34
D) 5,30
59+41
percentual
de acerto
58,8%
Qual é a fração que representa a parte pintada por Janine em relação ao todo?
25
A)
1000
25
B)
100
25
C)
75
100
D)
25
51+49
percentual
de acerto
50,8%
Revista Pedagógica 53
Adequado
de 275 a 325 pontos
0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500
Revista Pedagógica 55
(M090034E4) Maria comprou um estojo de maquiagem para os olhos e quatro batons. O estojo contém três
sombras nas tonalidades prata, preto e azul e as cores dos batons são rosa, vermelho, lilás e marrom.
Considerando esse total de sombras e batons, quantas combinações distintas Maria poderá criar utilizando
uma sombra e um batom?
A) 7
B) 12
C) 13
D) 42
33+67
daí, eles podem formar conjuntos utilizando uma cor de batom e uma
percentual
cor de sombra, até esgotar todas as possibilidades. Outra maneira de de acerto
resolver esse problema, seria perceber que eles podem utilizar para 33,5%
cada uma das três cores de sombra uma cor de batom, formando a
relação 3 x 4. Aqueles que assinalaram a alternativa B possivelmente
desenvolveram a habilidade avaliada pelo item.
21+79
quociente da divisão do numerador pelo denominador da fração
3 percentual
4 apresentada no enunciado ou encontrar uma fração equivalente de acerto
cujo denominador seja igual a 100 e, em seguida, representá-la 21,5%
como número decimal. Os estudantes que marcaram a alternativa A
provavelmente desenvolveram a habilidade avaliada pelo item.
Revista Pedagógica 57
(M090607A9) Observe no quadro abaixo algumas frações.
3 7 6 7
7 3 14 12
7 7
B) 3 e 12 .
3 6
C) 7 e 14 .
6 7
D) 14 e 12 .
23+77
percentual
de acerto
23,1%
0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500
Revista Pedagógica 59
No nível Avançado da Escala, os estudantes utilizam o raciocínio matemático de
forma mais complexa, conseguindo identificar e relacionar os dados apresentados em
diferentes gráficos e tabelas para resolver problemas ou fazer inferências. Analisam
gráficos de colunas representando diversas variáveis. Eles também calculam a medida
do perímetro de polígonos sem o apoio de malhas quadriculas e calculam a área de
figuras simples (triângulo, paralelogramo, retângulo, trapézio).
B)
C)
D)
22+78
favoráveis à sua ocorrência e o número de casos possíveis, ou seja, percentual
de acerto
à razão entre o número de bilhetes comprados por Sérgio e o total 22,3%
de bilhetes da rifa. Os estudantes que marcaram a alternativa C,
provavelmente, desenvolveram a habilidade avaliada pelo item.
Revista Pedagógica 61
(M08036MG) O cálculo da área de um retângulo, que tem lados desconhecidos, levou à seguinte expressão:
x2 + 2x – 35 = 0
x é a medida do menor lado do retângulo.
Camila resolveu corretamente a equação e encontrou, para o lado menor, o seguinte valor
A) 5
B) 7
C) 10
D) 14
38+62
-7 e 5 da equação e, em seguida, perceber que somente a raiz percentual
de acerto
positiva pode caracterizar a medida do menor lado do retângulo.
38,4%
Os estudantes que assinalaram a alternativa A, possivelmente,
desenvolveram a habilidade avaliada pelo item.
18+82
percentual
de acerto
17,8%
Revista Pedagógica 63
No revestimento de um piso, foram usados ladrilhos com formato de hexágono regular como
(M090013PE)
mostra a figura abaixo.
17+83
percentual
de acerto
16,9%
DESENVOLVIMENTO DE HABILIDADES
O artigo a seguir apresenta uma sugestão para o trabalho de uma competência em sala de aula. A proposta é que o
caminho percorrido nessa análise seja aplicado para outras competências e habilidades. Com isso, é possível adaptar
as estratégias de intervenção pedagógica ao contexto escolar no qual atua para promover uma ação focada nas
necessidades dos estudantes.
Revista Pedagógica 65
O CONHECIMENTO DOS
NÚMEROS E SUA UTILIZAÇÃO
PELOS estudanteS
NAS SÉRIES FINAIS DO
ENSINO FUNDAMENTAL
“Conhecer e utilizar números” é uma das competências relativas
ao tema “Números e operações/Álgebra e funções”. Seja para a
realização de atividades cotidianas, seja para o prosseguimento dos
estudos da Matemática, consideramos que desenvolver habilidades
ligadas a essa competência faz-se indispensável para os indivíduos.
e os direitos e os
Existem muitos fatores que podem influenciar o resultado alcançado
pelos estudantes, tais como as condições socioeconômicas deveres assumidos
das famílias desses estudantes, as condições de trabalho dos
pelo professor e
professores e as rotinas nas escolas. Um fator crucial relacionado
a esse desempenho é o modo como ocorre o processo de ensino pelos estudantes
e aprendizagem em nossas escolas na Educação Básica, sendo podem consistir
indispensável que o professor tenha momentos em que possa refletir
sobre sua prática e sobre a forma como os estudantes se envolvem
em consideráveis
na execução de alguma tarefa escolar. Deste modo, o trabalho em influências na
sala de aula, as atividades propostas e os direitos e os deveres
aprendizagem dos
assumidos pelo professor e pelos estudantes podem consistir em
consideráveis influências na aprendizagem dos estudantes. estudantes. "
66 Avaliando IDEPB 2013
Dado o contexto supracitado, propomos, neste momento,
uma reflexão sobre o que é desejável para a construção dos
conceitos referentes ao conhecimento e à utilização dos números,
considerando, também, o que temos observado em nossas escolas.
Buscaremos enfocar questões como: as frações são trabalhadas
tanto em conjuntos contínuos como em conjuntos discretos, com
o auxílio de material concreto? Esses assuntos são ensinados,
garantindo-se a conexão entre a representação fracionária de
números racionais e suas representações decimais e porcentuais?
Os estudantes têm oportunidade de resolver situações-problema
variadas que envolvam os diferentes significados das frações?
Revista Pedagógica 67
O desenvolvimento de habilidades
na sala de aula
"Acreditamos ser por
meio da resolução de
Pelos resultados das avaliações realizadas, podemos perceber que,
situações-problema
em sua maioria, as habilidades avaliadas pelos itens presentes nos
testes mostram que os descritores relacionados ao reconhecimento que os estudantes
de diferentes representações de um número racional (“D1”) e desenvolvem a
à identificação de fração como representação que pode estar
associada a diferentes significados (“D2”) têm um percentual de
habilidade de
acerto abaixo de 50%. Além disso, quando os estudantes respondem identificar fração
aos itens referentes ao “D1”, notamos um resultado ligeiramente
como representação
melhor no desempenho dos estudantes do 9º ano para os do 5º
ano do Ensino Fundamental e, quando a habilidade em questão foi que pode estar
relativa ao descritor “D2”, os resultados dos testes mostram que, em
associada a diferentes
alguns casos, o desempenho dos estudantes do 9º é menor que o
dos estudantes do 5º ano. significados."
Acreditamos ser por meio da resolução de situações-problema que
os estudantes desenvolvem a habilidade de identificar fração como
representação que pode estar associada a diferentes significados.
Quando eles se deparam com situações que promovem a conexão
entre as representações fracionária, decimal e percentual, de uma
mesma quantidade, esses estudantes podem perceber que um
número racional apresenta diferentes representações.
"A partir do 4º ano do saibam identificar fração como número. Nesse momento, a
observação das equivalências faz-se importante do mesmo
Ensino Fundamental, modo, pois propiciará, aos estudantes, perceber que uma mesma
ao trabalhar com as quantidade pode ter diferentes representações fracionárias.
Em séries de escolaridade mais avançadas, podem ser feitas
primeiras frações, atividades diversificadas para que os estudantes percebam que,
é necessário que, por exemplo, 1 , 2 , 0,5, 50% são representações da metade do
2 4
inteiro e, portanto, um mesmo número.
primeiramente, os
Revista Pedagógica 69
um trabalho contínuo, até o 9º ano do Ensino Fundamental, pode
ser pensada a inserção de elementos diferentes, que também fazem
"É pelas relações
referência a essas habilidades. que os estudantes
Figura 1A
Figura 1B
Revista Pedagógica 71
representar a mesma porção da superfície da folha de papel – que
escrevemos 1 = 2 . Já na figura 1B, temos um modelo discreto, onde
2 4
o inteiro são os 12 botões e, neste caso, observamos que os botões
vermelhos correspondem a 1 de 12 botões (6 botões) ou a 2 de
2 4
12 botões (6 botões) ou à metade de 12 botões. Assim, é possível
constatar que 1 e 2 de uma mesma coleção representam a mesma
2 4
quantidade de objetos e, portanto, o mesmo número. Por isso, temos
1 = 2.
2 4
Figura 2
variadas, onde as importante é que eles percebam as frações e saibam trabalhar com
elas em diversos contextos; entretanto, o professor deve ter esse
frações assumam
conhecimento para que possa formular as situações-problema que
diversos significados." proporá aos estudantes.
Revista Pedagógica 73
EXPERIÊNCIA EM FOCO
OS DESAFIOS DE UMA RECÉM-FORMADA
Élita Digiara Lacerda Cesário leciona Matemática há esse: tirar o estudante de um ensino tradicional,
dois anos na Escola Estadual Ensino Fundamental despertando o interesse por uma Matemática
de Bandarra, no município de São João do Rio atrativa” resume a professora.
do Peixe, na Paraíba. Apesar do pouco tempo
de magistério, a recém-professora imprime muita Por essas razões, ela encontrou nos instrumentos
energia e uma boa dose de criatividade em sua utilizados pelas avaliações externas, um
prática. caminho possível para desenvolver práticas mais
inovadoras. Centrada na perspectiva metodológica
Há que se ter dom e também prazer no ato de de resolução de problemas, Élita se entusiasma
ensinar. Somente assim, seremos capazes de quando percebe que esse é um dos aspectos mais
formar “cidadãos conscientes do seu papel na considerados nos testes em larga escala. “Estas
sociedade”, afirma Élita. O ensino da Matemática avaliações trazem desafios onde é necessário
apresenta inúmeros desafios a essa professora, desenvolver o raciocínio, ou seja, problemas
que chega à escola, comprometida com a que envolvam a matemática do cotidiano, como
renovação. por exemplo, a utilização do dinheiro dentre
outros”, declara.
“Ensinar Matemática é desenvolver o raciocínio
lógico, estimular o pensamento autônomo, a
criatividade e a capacidade de resolver problemas.
E um dos meus maiores desafios é exatamente
Conhecer os resultados das avaliações e trabalhar, efetivamente, com eles é uma maneira eficaz de
encarar os problemas de perto. É preciso levar à sala de aula, as dificuldades identificadas e falar
abertamente sobre elas e, com isso, “promover uma discussão que ajude a ampliar o conhecimento em
relação aos conteúdos trabalhados” reflete Élita.
Com as revistas pedagógicas, suas aulas ganham dinamismo e maior consistência, do ponto de vista do
conteúdo. Focada no desenvolvimento de habilidades de resolução de problemas, Élita procura levar
para o cotidiano de seus estudantes, uma matemática útil e prazerosa. Nessa perspectiva, a professora
relata uma experiência inspirada nos recursos oferecidos pelas avaliações externas.
cotidiano
Revista Pedagógica 75
“Percebo que há dificuldades na interpretação de situações problemas. Resolvi então, primeiramente,
levar para a turma problemas que fazem parte da realidade, fazendo com que eles percebam e analisem
as diferentes formas de resolver um único problema. Num segundo momento, formados os grupos, os
estudantes passaram a criar e apresentar situações onde cada um usou o que gosta. Feito isso cada
grupo trocou suas criações tentando assim, resolver o desafio um do outro”, narra orgulhosa a professora.
Disposição para inovar não é tarefa simples, mas, para Élita, tem sido um exercício constante. Sensibilizada
pelos problemas do dia a dia de seus estudantes, ela investe no desenvolvimento de habilidades que os
tornem aptos para o aprendizado e mais preparados para a vida.
Dentre os muitos desafios enfrentados pelos professores, para Wagner o maior deles diz respeito
à aproximação da família com a escola e vice-versa. “A família tem um papel fundamental para uma
educação de qualidade. Hoje, podemos observar que, na medida em que a disponibilidade para os filhos
diminui, os pais transferem cada vez mais a responsabilidade de educar para o professor. Portanto, outro
grande desafio não só do professor, mas da escola, é tentar atrair cada vez mais a família para participar
do processo de formação e educação dos jovens”.
jovens
Revista Pedagógica 77
Nessa perspectiva, as avaliações externas Por isso, é necessário manter um olhar mais
colaboram com as estratégias de aproximação generoso para o que as avaliações externas podem
da escola com a família. Essa é uma das mais oferecer. De acordo com Wagner, a partir delas,
importantes ações pedagógicas que produzem novas situações de aprendizagens começam a se
impactos positivos no desempenho estudantil, configurar. O professor, de outro lado, se permite
segundo o professor. Para ele, portanto, envolver buscar “caminhos mais livres para a educação que
a família na vida acadêmica dos estudantes é se julgue essencial e devida, especialmente para
uma delas. “Se a escola conseguir sensibilizar aqueles estudantes que são vítimas de avaliações
os responsáveis a colaborar diariamente na sem compromisso com a aprendizagem”, declara.
aprendizagem dos discentes, podemos (nós,
professores e direção) mostrar e explicar os Em parceria com a avaliação, Wagner e seus
resultados dessas avaliações externas, justificando companheiros de escola têm realizado um trabalho
medidas tomadas no decorrer do ano letivo”, pedagógico direcionado para o envolvimento
justifica Wagner. parental na vida escolar de seus estudantes.
Esse consenso se reflete nas práticas adotadas
Os resultados obtidos nas avaliações externas pelo grupo que revelam forte integração nos
abrem um importante canal de comunicação projetos desenvolvidos.
entre a escola e a família. Ao tomar conhecimento
do progresso dos estudantes nos testes, os “Nas reuniões pedagógicas, nós, professores
pais passam a compreender melhor o trabalho e direção da escola, procuramos socializar os
pedagógico realizado com seus filhos. E isso problemas encontrados e tomar decisões coletivas
aproxima, inevitavelmente, uma instituição da que possam melhorar a aprendizagem dos
outra. estudantes”, finaliza o professor.
Revista Pedagógica 79
RESULTADOS IMPRESSOS NESTA REVISTA
• Proficiência média
• Participação
RESULTADOS DISPONÍVEIS NO
PORTAL DA AVALIAÇÃO
• Percentual de acerto por descritor:
Apresenta o percentual de acerto no teste para cada uma das habilidades avaliadas.
Esses resultados são apresentados por GRE, município, escola, turma e estudante.
MELO, Manuel Fernando Palácios da Cunha e; OLIVEIRA, Lina Kátia Mesquita de; REZENDE, Wagner
Silveira, SALES, Luciana Netto de.
CDU 373.3+373.5:371.26(05)